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Bioquímica Clínica

Daniella Paternostro de Araújo Grisólia


Farmacêutica- Bioquímica - UFPA.
Ms. Ciências Farmacêuticas – UFPA.
Dra. Neurociência e Biologia Celular – UFPA.
Pós- Doutorado – UFPA.

Belém-Pará
Conteúdo Programático
• Coleta, Transporte e Processamento de Amostras;
• Recomendações para coleta de sangue venoso;
• Causas que podem interferir nos resultados de
exames laboratoriais;
• Fase Pré-Analítica, Analítica e Pós-Analítica;
• Estrutura física do local de coleta;
• Procedimento de coleta em bioquímica clínica;
• Seringa e agulha;
• Coleta á vácuo;
• Tipos de materiais e tubo para coleta;
• Automação em Bioquímica e os materiais usados no
laboratório.
O laboratório clínico:
Organização, Propósitos e Prática
1. Introdução
O Papel da bioquímica clínica na medicina
O Laboratório pode ser visto como uma ponte, ligando as ciências básicas
da Biologia, bioquímica e físicas com o clínica médica

Física, Prática
química, Médicas
biologia Diagnóstico
terapêutica
Equipamentos modernos
Bons reagentes
Interfaciamento e informática
Profissionais qualificados
O uso de testes bioquímicos

• Confirmar ou rejeitar o diagnóstico;

• Providenciar linha de conduta para lidar com paciente;

• Estabelecer um prognóstico

• Acompanhamento das pós terapia (monitoramento)

• Triagem de doenças
Bioquímica básica
x
Exames especializados
Automação e informatização

• Métodos informatizados e automatizados


• Uso de código de barras em amostras
• Alta produtividade e qualidade do serviço
• Conexões com computadores nas alas e na clínica geral
Instalação e infraestrutura física

do local de coleta
2. Instalação e infraestrutura física do local de coleta

• Amostra do paciente é a parte do material biológico de origem


humana utilizada para análises laboratoriais.
• São líquidos, secreções, excreções, tecidos e sangue (+ utilizado).
• A coleta de sangue é o momento mais importante na relação do
paciente com o laboratório.
• São fundamentais para uma boa coleta tanto instalação quanto a
infraestrutura física do local.
2. Instalação e infraestrutura física do local de coleta

A RDC/Anvisa n. 302, de 13 de outubro de 2005, que dispõe sobre o


regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos,
detalha padrões para o funcionamento de áreas de coleta de amostras
biológicas.

• Recepção e sala de espera;


• Área física da sala de coleta;
• Salas de coleta infantil;
• Salas para coleta de outros líquidos biológicos;
Área física da sala de coleta
Deve conter espaço suficiente para a instalação de uma cadeira ou poltrona,
com braçadeira apropriada para a coleta de sangue, um móvel ou bancada de
apoio para armazenamento e uso de materiais de coleta, um dispositivo para a
higienização das mãos (álcool em gel, lavatório ou similares) e um recipiente
rígido adequado para o descarte de materiais perfurocortantes utilizados.
Salas de coleta infantil
Necessidade de se criar um espaço separado e apropriado para a coleta infantil.
A recepção dos pacientes deve ser decorada com motivos infantis, com uma
pequena brinquedoteca associada, de modo a distrair as crianças antes da coleta.
Salas para coleta de outros líquidos
biológicos
• Deve dispor de sala para coleta de secreções genitais masculinas e femininas
• Macas apropriadas aos procedimentos
• Banheiro privativo ligado a cada sala
• Salas apropriadas para coleta de mielogramas e LCR
• Maior cuidado de assepsia
Infraestrutura
Algumas recomendações á infraestrutura nas salas de coleta:
• Pisos impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes;
• Paredes lisas e resistentes ou divisórias constituídas de materiais que sejam
lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes;
• Tetos de material liso, impermeável e lavável;
• Colchões, cadeiras e poltronas com revestimento impermeável;
• Dispositivos de ventilação ambiental eficazes, naturais ou artificiais, de
modo a garantir conforto ao cliente e ao flebotomista;
• Boa iluminação;
• Portas e corredores com dimensões que permitam a passagem de cadeiras de
rodas, macas e o livre trânsito dos portadores de necessidades especiais;
• Instalação de pias com água corrente que possibilitem ao flebotomista higienizar
as mãos entre o atendimento dos pacientes
O laboratório clínico se divide em diversas áreas: Fase
Pré-Analítica, Analítica e Pós-Analítica.
Registro
Identificação Pré- Analítica
Preparo do paciente
Coleta de Amostra

Bioquímica
Hematologia
Imunologia Analítica
Microbiologia
Parasitologia
Urianálise

Elaboração e padronização dos laudos


Análise e consistência dos resultados Pós- Analítica
Transmissão e arquivamento dos laudos
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.

• Posição ou Postura corporal


• Gênero
• Faixa etária
• Jejum
• Dieta
• Álcool e fumo
• Atividade física
• Medicamentos em uso.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Posição ou Postura corporal
• Paciente deve estar sentado;
• A mudança rápida na postura
determina variações no teor de alguns
componentes séricos.
• Quando o indivíduo se move da posição
supina para a ereta, ocorre um afluxo
de água e substâncias filtráveis do
espaço intravascular para o
intersticial.
• Causando redução do volume
promovendo o aumento dos teores das
PP (enzimas, hormônios e compostos
ligados ás proteínas, como drogas,
Ca++ e bilirrubina).
• Os valores reais são restaurados
quando equilíbrio hídrico é
restabelecido.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.

Gênero

• Alguns exames de sangue e urina


apresentam níveis
significativamente distintos
entre homens e mulheres devido
a variações hormonais,
metabólicas e de massa muscular,
entre outras.
• Os intervalos de referência para
esses parâmetros são específicos
para cada gênero.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.

Faixa etária

• Certos indicadores bioquímicos


possuem nível sérico
dependente da idade, o que se
deve a fatores como
maturidade funcional dos
órgãos e sistemas, conteúdo
hídrico e lipídico, massa
corporal.
• Vale lembrar que cada idade
tem valor de referência.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Jejum

• A necessidade do jejum decorre do


fato de os valores de referência dos
testes terem sido estabelecidos em
indivíduos nessa condição.
• A maioria dos exames exige:
• 3 hs de jejum;
• 8 hs de jejum para com glicemia;
• 12 hs para o perfil lipídico;
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Dieta
• A amplitude das alterações de
parâmetros no plasma ainda depende
da composição da dieta e do tempo
decorrido entre a ingestão e a
coleta da amostra.
• Alimentos que contêm muita
gordura, por exemplo, fazem subir a
concentração de TGAs, da mesma
forma que dietas ricas em proteínas
promovem níveis elevados de amônia,
ureia e ácido úrico.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Álcool e fumo
O álcool e o fumo determinam variações nos resultados de exames laboratoriais .
Mesmo o consumo esporádico de etanol pode ocasionar alterações significativas
e quase imediatas na glicose e nos TAGs.
O tabagismo, por sua vez, aumenta a concentração de hemoglobina, a quantidade
de leucócitos e de hemácias , além de reduzir o HDL-colesterol.

Álcool atua no fígado, impedindo que haja liberação


De estoque de glicose, o pode provocar hipoglicemia
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Álcool e fumo
O tabagismo, por sua vez, aumenta a concentração de hemoglobina, a quantidade
de leucócitos e de hemácias , além de reduzir o HDL-colesterol.

Um dos resultantes da queima do tabaco, o monóxido de


carbono, possui alta afinidade pela hemoglobina, ligando-se a
ela, e indisponibilizando o sítio de ligação para a molécula de
oxigênio. Dessa forma, há uma diminuição da concentração de
oxigênio .Em função disso, o organismo, compensatoriamente,
aumenta a produção de eritrócitos, numa tentativa de aumentar
a disponibilidade dos sítios de ligação com o oxigênio. (OGA,
2008; NORDENBERG, et. al., 1990; NUNES, 2006). Além do
aumento nas concentrações de hemoglobina, e no número de
eritrócitos circulantes, em função da escassa oxigenação tecidual
provocada pelo monóxido de carbono.
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Atividade física

• Não é recomendado fazer atividade física antes da coleta de sangue;


• A coleta de amostras deve ser feita em condições basais, que são mais
facilmente reprodutíveis e padronizáveis.
• O esforço físico ainda é capaz de aumentar a atividade sérica de enzimas de
origem muscular, como a creatinoquinase (CK), a aldolase e a aspartato
aminotransferase (AST\TGO) pelo aumento da liberação celular.
• Pode haver ainda hipoglicemia.

x
Fatores pré-analíticos que mais interferem nos
exames laboratoriais.
Medicamentos em uso.

• Os fármacos usados pelos pacientes devem ser reportados ao


atendente de laboratório;
• Para evitar alterações que acabem induzindo o médico a erros na
interpretação dos valores encontrados;
• Alguns medicamentos que modificam os resultados:

Propranolol: pode alterar as dosagem de enzimas hepáticas ( ALT, AST)


Cetocanazol: alterações em enzimas hépaticas
Coleta, transporte e Processamento de Amostras
Constituição do sangue Água
Glicose
Lipídios
AA
transportar o oxigênio
Proteínas
São células de defesa
SM
vitaminas

coagulação sanguínea
Para obter o plasma é preciso adição O soro é obtido após a coleta, coagulação
de um anticoagulante no tubo de da amostra e posterior centrifugação,
coleta. Existem vários tipos de sendo que nenhum anticoagulante é
anticoagulantes, como por exemplo o utilizado. O objetivo é que haja a
EDTA, o citrato de sódio, a heparina formação de coágulo, e nesse processo
etc. os fatores da coagulação, plaquetas e
fibrinogênio são consumidos;
O sangue é obtido por três processos diferentes:

Punção venosa Punção arterial

Punção de pele
Sangue venoso Sangue arterial

Locais de coleta:

Utilizado na avaliação do
equilíbrio ácido-base
Recipientes para descarte de objetos perfurocortantes
• Coletores para resíduo perfuro cortante (agulhas, escalpe, lâminas
de bisturi, vidrarias, entre outros), deve ser rígido, impermeável,
resistente a perfurações, na cor amarela.
• Com a simbologia de substância, e linha demarcatória.
• Não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua
capacidade total e devendo ser colocados próximos do local onde é
realizado o procedimento.
Coleta á vácuo
• A recomendação do CLSI é pela utilização do sistema fechado, composto por um
dispositivo que permite a aspiração do sangue diretamente da veia através do vácuo
e/ou aspiração, utilizando agulha ou escalpe de duas pontas que se conectam
diretamente ao tubo de análise para onde o sangue é drenado.

As vantagens do sistema fechado para coleta de sangue venoso são:


• facilidade no manuseio;
• segurança e conforto ao paciente;
• segurança ao profissional de saúde;
• atendimento à norma regulamentadora 32 (NR32): tem por finalidade
estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde do trabalhador.
As vantagens do sistema fechado para coleta de sangue venoso são:

• facilidade no manuseio: o tubo e/ou tubo seringa para coleta de sangue


contém, no seu interior, vácuo calibrado ou seringa com vácuo e/ou aspiração,
que está correlacionado com a proporção entre a quantidade de volume de
sangue coletado com o anticoagulante/ativador de coágulo determinado na
etiqueta do produto;

• segurança e conforto ao paciente: a disponibilidade dos diversos calibres de


agulhas, escalpes e tubos com menor volume de aspiração, assim como a
possibilidade de que, em uma única punção, sejam colhidos vários tubos (coleta
múltipla), beneficiam pacientes com acessos difíceis.
As vantagens do sistema fechado para coleta de sangue venoso são:

• segurança ao profissional de saúde: minimização do risco de contaminação,


não havendo o manuseio da amostra de sangue, uma vez que o sangue entra
diretamente no recipiente de coleta. A coleta em sistema aberto (seringa e
agulha) eleva o risco de acidente perfurocortantes no manuseio da
transferência do sangue para o tubo e posterior descarte. Os acidentes com
agulhas e outros perfurocortantes, em geral, são considerados
extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir
diversos patógenos; sendo assim, evitar a exposição ocupacional é o principal
caminho para prevenir a transmissão de doenças infectocontagiosas;

• atendimento à norma regulamentadora 32 (NR32): tem por finalidade


estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde do trabalhador.
Coleta á vácuo
Seringa e agulha
• Tipos de materiais e tubo para coleta;

Sequência de coleta
A recomendação da sequência dos tubos é baseada na CLSI H3-A6, e deve
ser respeitada, para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos
subsequentes (contaminação cruzada dos aditivos), quando há necessidade
da coleta para diversos analítos de um mesmo paciente.

Exemplo: coletar um tubo contendo


aditivo de heparina (anticoagulante
natural) antes do aditivo citrato de
sódio (utilizado para coagulação)
pode levar a heparina para dentro do
tubo de citrato de sódio que poderá
interferir nos resultados dos fatores
de coagulação.
citrato de sódio heparina
Recomendações para coleta de sangue venoso
FIM

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