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Aula 02

Normas da Corregedoria Geral da Justiça p/ TJ-SP (Escrevente Técnico Judiciário) -


Com videoaulas

Professores: Felipe Petrachini, Tiago Zanolla


Normas da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Teoria e exercícios comentados
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 02

AULA 02 – Dos Ofícios da Justiça em Geral – Ordem


Dos Serviços, Papéis, Certidões, Mandados, Ofícios,
Transmissão Eletrônica, Cartas Precatórias e Rogatórias.

SUMÁRIO PÁGINA

Sumário
2. Dos Ofícios da Justiça em Geral .............................................................. 2

2.5 Da Ordem dos Serviços dos Processos em Geral ................................. 2

2.5.1 Autuação, Abertura de Volumes e Numeração de Feitos................ 2

2.5.2 Recepção e Juntada de Petições, Dos Atos e Termos Judiciais e


Das Cotas nos Autos ........................................................................................ 10

2.5.3 Movimentação dos Autos .............................................................. 17

2.6 Dos Papéis em Andamento ou Findos ................................................. 21

2.7 Das Certidões ...................................................................................... 22

2.8 Dos Mandados ..................................................................................... 29

2.9 Dos Ofícios .......................................................................................... 34

2.10 Das Comunicações Oficiais, Transmissão de Informações


Processuais, e Prática de Atos Processuais por Meio Eletrônico ......................... 37
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2.11 Das Cartas Precatórias, Rogatórias e Arbitrais .................................. 53

Questões Comentadas .................................................................................. 64

Questões Propostas ...................................................................................... 81

Gabarito ......................................................................................................... 89

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E vamos nós de novo em busca daquela vaga tão desejada :D.

Hoje nós começaremos a estudar os serviços que são realizados pelos


Ofícios de Justiça. Você vai descobrir a razão pela qual o Poder Judiciário do
Estado de São Paulo precisa de escreventes, e consequentemente, seu novo lugar
no mundo .

Esta aula e a próxima estão voltadas à descrição das diversas atividades que
você desempenhará no ofício de justiça. Como abrir volumes, como enviar e-mails,
como confeccionar uma carta precatória.

Para você entender a matéria completamente, mostrarei a você diversos


artigos do Código de Processo Civil que inspiraram as disposições do Provimento.

Vamos em frente. Vai ser divertido! (tanto quanto da última vez!)

Ah sim: meu irmão mandou um recado: ele disse que a necessidade de


funcionário é enorme e que, muito provavelmente, quem for aprovado neste
concurso será nomeado, assim como ocorreu no caso dele (e no meu também).

Ele nem precisava ter dito: você pode conferir as nomeações do TJ de SP


por si próprio, e chegar às suas próprias conclusões.

2. Dos Ofícios da Justiça em Geral

2.5 Da Ordem dos Serviços dos Processos em Geral

2.5.1 Autuação, Abertura de Volumes e Numeração de Feitos


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Todas estas tarefas estão relacionadas aos processos que tramitam pelos
ofícios de justiça.

Autuação: é a ação através da qual se dá início aos autos de um processo.


Antes da autuação, a petição inicial não era mais do que um calhamaço de folhas
endereçada pelo advogado ao Juízo competente para decidir sua causa. Depois da

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autuação, aquele documento estará contido em um processo, onde novos


documentos poderão ser juntados.

Importante! Só falamos de autuação quando não há um processo anterior


referente àquele documento. É em função do documento que o processo é aberto,
de tal forma que só teremos a fase da autuação quando estivermos diante de
uma petição inicial ou de uma denúncia, pois estes dois documentos é que dão
início ao processo cível (no caso da petição inicial) ou do processo criminal (no
caso da denúncia)

Veja só:

Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de


justiça providenciará, em 24 (vinte e quatro) horas, a autuação,
nela afixando a etiqueta que, gerada pelo sistema informatizado
e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das
partes, data etc.).

Olha que artigo completo. Não sei se você conseguiu captar a grandiosidade
do artigo 87, então, vou fazer os apontamentos necessários, e tudo isso puxando o
que já vimos nas aulas passadas.

Muito bem, tanto a petição inicial como a denúncia (conforme o tipo de


processo que buscam instaurar) são encaminhadas pelo distribuidor (aquele setor
responsável por sortear o encaminhamento das petições para as varas possíveis)
aos ofícios de justiça.

Mas, segundo a doutrina processual, "processo" não é aquela coisa cheia de


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páginas, e sim, o procedimento através do qual o Juiz resolve a lide (o conflito) entre
as partes. De tal forma, você, escrevente, não manuseia "processos" e sim os
"autos de um processo", a manifestação física deste procedimento. Por esta mesma
razão você "autua" petições, transformando-as em "autos de um processo". Mas isto
é só curiosidade quanto ao significado do termo: este tipo de diferenciação só é feita
em provas orais da Magistratura.

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Uma vez recebido o documento pelo ofício de justiça, este terá 24 horas
(olha o prazo!) para autuar a petição, ou seja, transformá-la em um processo (ou
melhor dizendo, nos autos de um processo).

E como isto é feito? Fora colocar a encadernação apropriada, você deverá


gerar uma etiqueta por meio do sistema, etiqueta esta na qual constará o número
atribuído pelo sistema ao processo, bem como outras informações relevantes,
previamente cadastradas pelo distribuidor (você já sabe o porquê disto).

Até agora, o procedimento é o seguinte:

Distribuidor recebe a Ofício de Justiça autua


Advogado entra com petição, cadastra os o processo, gerando
Petição dados e envia ao Ofício etiqueta com número
de Justiça e informações

24 Horas

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Em suma, autuar é transformar:

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Obs.: aquele é um processo da Justiça Federal, não achei uma foto de um


processo do TJ-SP.

Parágrafo único. É dispensada a lavratura de certidão, no interior


dos autos, da autuação e do registro do processo.

Em regra, todo ato praticado pelo ofício de justiça precisa de uma certidão
dentro do processo afirmando que o procedimento foi realizado. Mas, no caso
específico da autuação e do registro do processo, não é necessário lavrar a
certidão correspondente ao ato.

Art. 88. O ofício de justiça afixará nas autuaçõestarjascoloridas,


na posição horizontal, para assinalar situações especiais
descritas nestas Normas de Serviço.

Pois bem, em 2009, uma matéria do CONJUR1 (é um site que publica


matérias de interesse de pessoas que trabalham diretamente com o Direito) afirmou
que o TJSP possuía nada menos do que 18 milhões de processos ainda em seu
poder, com uma entrada de 25 a 30 mil processos por dia!

Imagine essa monstruosidade de processos colocados nas prateleiras. É fácil


se perder no meio do volume colossal de autos.

Sabendo disto, o Provimento criou uma ferramenta que permitisse distinguir


rapidamente os processos que se encontram em situações especiais (por exemplo,
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processo com tramitação preferencial).

Esta ferramenta é a tarjacolorida.

1
http://www.conjur.com.br/2009-jul-30/317-milhoes-acoes-tj-sp-compromete-cumprir-meta-cnj

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Veja como elas são:

A principal vantagem da tarja é que podemos identificar situações especiais


no processo sem nem mesmo abri-lo. Ele fica lá no escaninho dele, e o escrevente,
só de olhar para o processo na prateleira, consegue dizer qual situação especial
justificou sua afixação.

Pois bem, o provimento fixa as situações especiais, e não nos cabe estudá-
las neste momento, tampouco o arco-íris disponível para sinalizar cada uma dessas
situações. O que interessa a você é saber que afixação de tarjas coloridas faz parte
do procedimento de autuação.

Mas, como gosto sempre de dar exemplos, veja as tarjas que são utilizadas
nos ofícios de justiça cíveis:

Art. 192. Nas autuações afixar-se-ão tarjas coloridas, no dorso dos


autos, para assinalar as seguintes situações especiais:
I - uma tarja verde, intervenção do Ministério Público;
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II - duas tarjas verdes, intervenção de curador especial;


III - uma tarja amarela, existência de parte beneficiária da justiça
gratuita;
IV - duas tarjas amarelas, ação que envolve conflito fundiário, a
qual deverá ter o processamento priorizado e monitorado;
V - uma tarja azul, quando, deferida a prioridade, figure como parte
ou interessado:
a) pessoa com idade igual ou superior a sessenta (60) anos;
b) pessoa portadora de enfermidade grave;
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VI - duas tarjas pretas, nos casos de violência doméstica e familiar


contra a mulher;
VII - uma tarja vermelha, processos sentenciados;
VIII - uma tarja preta, ação que tramita em segredo de justiça.
Seguindo:

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas)


folhas em cada volume, salvo determinação judicial expressa
em contrário ou para manter peça processual com seus
documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.

Agora paramos de falar de autuação, e começaremos a estudar a abertura de


volumes de processos no ofício de justiça.

Se a autuação permitia a criação de um novo processo, a abertura volume


apenas dá continuidade a um processo já existente.

Por que fazemos isto? Bom, um processo de falência (e isto é só um


exemplo), costuma exceder 3.000 páginas em alguns casos. Você consegue
imaginar tudo isto inserido em um volume único?

Isto são aproximadamente 24 quilos de papel concentrados em um único


processo (dá pra quebrar as pernas de algumas mesas com isso)! Fora o fato de
que desafio alguém a consultar a página 1465 do aludido processo.

Já sabendo dessa predisposição desastrosa que possuem os processos, o


Provimento fixou um máximo de 200 folhas por volume de processo. Acima disto, o
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ofício deve providenciar a abertura de um novo volume.

Existem apenas duas exceções para esta regra:

- Determinação judicial em contrário (o Juiz falou que é pra fazer


diferente);

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- Para manter a peça processual e seus anexos dentro do mesmo


volume (para evitar colocar em volumes separados, por exemplo, a defesa do réu e
os documentos que a instruem).

Em ambos os casos, podemos encerrar o volume com menos de 200 folhas


ou com mais de 200 folhas. Se não, é para cada volume ficar com 200 folhas.

§ 1º O encerramento e a abertura dos novos volumes serão


certificados em folhas regularmente numeradas, prosseguindo-
se a numeração sem solução de continuidade no volume
subsequente.
Cada abertura de volume gera a necessidade de lavratura de uma certidão
de encerramento no volume que se encerra, e outra de abertura, no volume
subsequente. Estas certidões também são páginas do processo, de tal forma que,
muito provavelmente, a folha 200 será um termo de encerramento, e a folha 201
será um termo de abertura, já constante do volume subsequente.

§ 2º A numeração ordinal indicativa de novos volumes será


destacada nas respectivas autuações e anotada na autuação do
primeiro volume.
Muito bem, vamos seguindo:

Art. 90. Nos feitos antecedidos por procedimentos preparatórios,


a peça inaugural (petição inicial de ação civil pública,
representação em procedimento afeto à área infracional da
infância e juventude, denúncia em ação penal pública etc.) terá
numeração própria, apondo-se o número da folha, seguido da
letra “i” (1-i; 2-i; 3-i...), de tal forma que a numeração dos
mencionados procedimentos preparatórios (inquéritos civis,
comunicações de atos infracionais, inquéritos policiais, entre
outros) seja sempre aproveitada integralmente.
Existem determinados processos que correm nos ofícios que pressupõem a
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existência de um procedimento anterior, às vezes nem mesmo iniciado no Poder


Judiciário. O caso mais emblemático é o da Ação Penal Pública, que pressupõe,
necessariamente, um inquérito policial prévio.

A ideia é continuar a numeração de onde ela parou, mas ainda assim, é


necessário distinguir o feito do procedimento preparatório. Assim, além da
numeração, colocaremos a letra “i” do lado do número da página, o que nos
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garantirá, a um só tempo, a continuidade da numeração e a distinção entre


procedimento preparatório e a peça inaugural a qual deu origem.

Art. 91. Os escrivães judiciais ou, sob sua supervisão, os


escreventes zelarão pela correta numeração das folhas dos
autos.
Numeração de processos é uma daquelas coisas extremamente sagradas
dentro de qualquer repartição. É ela que assegura, por exemplo, que aquele
documento crucial de fls. 77 não desapareça entre as fls. 76 e 78. Isto é tão
importante que ninguém menos do que o escrivão judicial (o seu chefe) deve zelar
pela numeração. E mesmo quando a tarefa for atribuída a escrevente, ainda assim
será sob a supervisão do escrivão.

§ 1º Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência,


sendo vedada a renumeração.
Errou? Certifica (aliás, “qualquer coisa”, certifica!). Mas para evitar abusos, o
erro deve permanecer lá. Pulou a folha 77 e numerou a 78? Tudo bem, faça a
certidão, mas não renumere as folhas. Siga dali.

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Mas, professor, eu não pulei a folha, eu repeti a numeração! Ora, jeito tem
pra tudo nessa vida:

§ 2º Na hipótese de numeração repetida, acrescentar-se-á


apenas uma letra do alfabeto, em sequência (188-a, 188-b, 188-c
etc.), certificando-se

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Coloque um “a” do lado do primeiro número, e um “b” do lado do segundo


número, e ficará tudo certo!

2.5.2 Recepção e Juntada de Petições, Dos Atos e Termos Judiciais e Das


Cotas nos Autos

A segunda série de trabalhos recorrentes em um ofício de justiça diz respeito


à juntada de documentos no processo (incluída aqui a sua recepção). Para variar,
existe uma série de regras para se efetuar também este procedimento .

E a primeira delas: nunca receba um documento que não tenha vindo do


protocolo.

Que protocolo???

Este setor, por várias vezes esquecido nas outras disciplinas, tem grande
destaque nas aulas de arquivologia Porém, aqui, ele foi relegado para além do
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artigo 900 do Provimento. Em todo caso, vale a pena pelo menos saber o que ele
faz:

Art. 948. Os protocolos dos foros do Estado receberão petições,


exceto as iniciais, dirigidas a outras comarcas do Estado, bem
como receberão as destinadas ao Tribunal de Justiça e Justiça
Militar, remetendo-as ao juízo destinatário pelo sistema de malotes.
§ 1º As petições iniciais de reconvenção, ação declaratória
incidental, incidente de falsidade, oposição, embargos de devedor (à
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execução, à execução fiscal, à adjudicação, à alienação ou à


arrematação) e embargos de terceiros, por apresentarem juízo
conhecido e certo, poderão ser recebidas pelo protocolo integrado,
devendo ser encaminhadas aos juízos destinatários para distribuição
por dependência por seus cartórios distribuidores.
§ 2º As partes poderão utilizar sistema de transmissão de imagens
tipo fac-símile para a prática de atos processuais que dependam de
petição escrita, nos termos da Lei nº 9.800/1999, observando-se, no
que for aplicável, as normas da presente seção.3
§ 3º Uma vez protocolada a petiçãoem nenhuma hipótese será
restituída pelo setor de protocolo, devolução esta que deverá
ser requerida ao juízo destinatário daquela peça
Só uma curiosidade: o protocolo não recebe petições iniciais pelo fato de esta
atribuição ser do distribuidor.

Dito isto, nunca receba um documento que não tenha vindo do


protocolo, exceto quando:

Art. 92. É vedado aos ofícios de justiça receber e juntar petições


que não tenham sido encaminhadas pelo setor de protocolo,
salvo:
I – quanto às petições de requerimento de juntada de
procuração ou de substabelecimento apresentadas pelo
interessado diretamente ao ofício de justiça, caso em que o
termo de juntada mencionará esta circunstância;

O primeiro caso de documento que você deve receber e juntar no processo,


independentemente do fato de ter sido ou não encaminhado pelo protocolo é o de
procurações e substabelecimentos (este último documento consiste em uma
“procuração do procurador”, onde o advogado concede poderes a outro advogado
para atuar também como procurador da parte. Você constitui o advogado “A” para
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representa-lo, e este substabelece os poderes recebidos para o advogado “B”, que


também passará a representa-lo).

II – quando houver, em cada caso concreto, expressa decisão


fundamentada do juiz do feito dispensando o protocolo no setor
próprio.
Mais uma da série “fazemos assim, pois o Juiz disse para fazermos assim”.
Lembre-se: você está lá para auxiliá-lo, o Magistrado sabe o que faz, fora o fato de
que o Sr. Corregedor irá repreender o Juiz, e não você, pela inobservância das
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regras. O Juiz vai repreender o Escrivão, e o Escrivão finalmente vai repreender


você. Mas, neste caso, você não tem culpa :P.

Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios


recebidos, laudos, mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o
respectivo termo de juntada.
Ok, aqui não é certidão, é termo, mas se segue a regra geral: fez alguma
coisa referente ao processo, faça constar no processo.

§ 1º Para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais


petições ou documentos, será confeccionado um único termo
de juntada com a relação das peças.
Já temos termos suficientes para uma vida inteira em cada processo que
corre no Judiciário. Pois bem, dessa vez, se formos realizar a juntada de duas ou
mais petições ou documentos em uma única oportunidade, faça apenas um
único termo de juntada, relacionado às peças que estão sendo acrescentadas ao
documento.

§ 2º É vedado o lançamento do termo de juntada na própria


petição ou documento a serem encartados aos autos.
Pelo amor de Deus, não esqueça este parágrafo! Esta disposição é um
primor de sabedoria por parte de seus elaboradores.

O principal motivo pelo qual os escreventes, sempre, e a todo o momento,


consignam a prática de atos nos processos é para que fique praticamente
impossível subtrair o registro dos mesmos de dentro do processo. Se existe um
termo dizendo que o documento “x” foi juntado, o documento “x” precisa estar lá, na
página apontada no termo.
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Na pior das hipóteses, a pessoa mal intencionada terá de remover o


documento, o termo, tentar remover a tinta da numeração de forma disfarçada (já
que a renumeração é vedada, assim como o uso de borracha, detergente, corretivo,
raspagem e o que quer mais busque apagar o registro da folha) e proceder a nova
numeração, de forma igualmente disfarçada (o que também é vedado), tudo isso
sob o olhar vigilante dos funcionários do ofício, em cima do balcão.

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Creio que agora você entenda a origem de muitas das disposições do


provimento (e é isto que permite que você faça a prova sem ter de memorizar).

Enfim, ao lançar o termo de juntada na própria petição ou documento juntado,


você está simplesmente facilitando uma eventual subtração do documento (afinal,
será uma só folha a ser retirada), o que vai contra tudo que o provimento busca
evitar.

§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou por correio eletrônico (e-


mail) diretamente no ofício de justiça ou na vara, será
imediatamente lançado número de protocolo no corpo do
documento, para oportuno controle dos prazos previstos no
caput e parágrafo único do art. 2º da Lei Federal nº 9.800, de
26.05.1999

Para quem for mais curioso, eis o artigo 2º da Lei Federal 9.800/1999:

Art. 2o A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens


não prejudica o cumprimento dos prazos, devendo os originais
ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data
de seu término.
Parágrafo único. Nos atos não sujeitos a prazo, os originais deverão
ser entregues, necessariamente, até cinco dias da data da recepção
do material.
Pois bem, se a petição for recebida por fax ou por e-mail, precisamos
atribuir um número de protocolo ao documento, e ainda controlar o prazo para
recepção do original (veja bem: a entrega do fax não desobriga a parte a apresentar
o original, dentro de 5 dias após o término do mesmo prazo).

§ 4º Recebida petição inicial ou intermediária acompanhada de


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objetos de inviável entranhamento aos autos do processo, o


escrivão deverá conferir, arrolar e quantificá-los, lavrando
certidão, sempre que possível na presença do interessado,
mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até
encerramento da demanda

Entranhar, entre meus significados favoritos, significa “cravar


profundamente”, ou mesmo “introduzir nas entranhas”. Poético? Pois bem, o termo,
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no ambiente forense, significa tão somente “juntar ao processo”, ao mesmo tempo


em que “desentranhar” é retirar um documento do processo.

Pois bem, de tempos em tempos, alguém vai aparecer com um documento


mirabolante, cuja juntada aos autos será inviável. Pode ser um “mapa mundi” com
escala de 1:20, uma submetralhadora ou 500 caixas de gelatina. Se o indivíduo
acredita que aquilo é um documento e que pode fazer prova em seu favor, ele tem o
direito de juntá-lo aos autos.

Só que isso não vai entrar no processo. Cabe ao escrivão conferir, arrolar e
quantificar aquilo que é entregue, lavrar a correspondente certidão e guardar toda
aquela parafernália até o processo se encerre, afinal, este documento de inviável
entranhamento só não está no processo porque seu entranhamento é inviável. Só
por isso .

Art. 94. Todos os atos e termos do processo serão certificados


nos autos e anotados no sistema informatizado oficial.
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação e anotação de que
trata o caput com relação à emissão de documento que passe a
fazer imediatamente parte integrante dos autos
(ofíciosexpedidos, mandados, etc.), por original ou por cópia,
rubricado pelo emitente. A data constante do documento deverá
corresponder à de sua efetiva emissão.
Olha outro documento que dispensa certificação e anotação! (e são raros).
Documentos emitidos que, por sua natureza, passem a integrar imediatamente o
processo, não precisam ser anotados e certificados nos autos. Exemplo? Ora,
quando o ofício de justiça elabora um ofício direcionado a outro órgão, imprimirá
duas vias do mesmo, e uma delas será imediatamente juntada ao processo. Ou
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seja, não precisamos certificar sua juntada.

Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é vedado o lançamento


de termos no verso de petições, documentos, guias etc.,
devendo ser usada, quando necessária, outra folha, com
inutilização dos espaços em branco.
Esta é uma variante da regra do artigo 93, parágrafo 2º. Lançar a anotação
do verso é quase a mesma coisa do que lançar no corpo do documento, e já
sabemos por que isto é ruim.
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Recapitulando:

A propósito, o artigo 140 diz o seguinte:


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Art. 140. A publicação de atos ordinatórios, despachos,


decisões interlocutórias e sentenças, no Diário da Justiça
Eletrônico, será documentada pelo encarte, aos autos, da
respectiva certidão gerada automaticamente pelo sistema
informatizado oficial ou, na impossibilidade, pela certidão
aposta na mesma folha, ao pé, ou, se não houver espaço, no
verso da folha em que lançado o ato publicado.
Parágrafo único. As publicações feitas no Diário da Justiça
Eletrônico comprovam-se mediante certidão,
independentemente da juntada do exemplar impresso.
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Ainda não é o momento de falar disto, mas em breve chegaremos lá.

Art. 96. São vedados o lançamento de cotas marginais ou


interlineares nos autos, a prática de sublinhar palavras à tinta
ou a lápis, ou o emprego de expressões injuriosas nos escritos
apresentados no processo, incumbindo ao serventuário, ao
constatar a irregularidade, comunicá-la imediatamente ao juiz.

Mais uma série de coisas que não podem ser feitas! .

Vamos explicar com desenhos!

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Nada disso pode!

Qualquer irregularidade constatada pelo serventuário (pessoa que trabalha


no ofício) deve ser comunicada ao Juiz da vara. Simples assim.

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Estamos prontos para ir em frente.

2.5.3 Movimentação dos Autos

Você já sabe o motivo de o provimento utilizar “autos” e não “processos” (se


um dia isso te for útil na prova oral da Magistratura, um simples “obrigado” será
suficiente ).

Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 1 (um)
dia e executados os atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias.

Esta disposição foi inspirada pelo artigo 228 do Código de Processo Civil.

Dê uma olhada:

Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos


no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais no prazo
de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi
imposto pela lei;
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a
hora em que teve ciência da ordem referida no inciso II.
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições
ou de manifestações em geral ocorrerá de forma automática,
independentemente de ato de serventuário da justiça.

Já falamos sobre a “conclusão”. A expressão “autos conclusos” significa


que o processo encontra-se em poder do Juiz, para que nele tome uma decisão. A
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partir do momento em que o processo entra nessa situação, o serventuário tem 1


dia para remetê-lo ao Juiz.

Quanto aos atos processuais, o prazo para que sejam realizados é de 5


dias.

São prazos bastante apertados, então, nada de corpo mole .

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Art. 98. Constarão dos termos de movimentação dos processos a


data do efetivo encaminhamento dos autos e, sempre que
possível, os nomes, por extenso, dos juízes, representantes do
Ministério Público, advogados ou daqueles a quem se refiram.
Como você já deve ter imaginado, a movimentação refere-se à remessa do
processo de um lugar para outro, ora dentro do ofício, ora para fora dele.

A informação mais importante nas movimentações é a data na qual elas


foram realizadas. Com esta informação, podemos verificar as seguintes
informações:

- Se foram observados os prazos de 1 dia (conclusão dos autos) e 5 dias


(atos processuais) previstos no Código de Processo Civil e no Provimento;

- Se está havendo demora excessiva na recepção de um processo


encaminhado (o que pode indicar o extravio do documento);

§ 1º São vedados, sob qualquer pretexto, termos de conclusão


ou de vista sem data ou, ainda, a permanência dos autos em
cartório depois de assinados os respectivos termos.
Se existe um termo, ele contém uma providência que deve ser cumprida. O
termo de conclusão, por exemplo, indica que o processo deve ser encaminhado ao
Gabinete do Juiz, para decisão. Não faz sentido mantê-los no cartório depois do
comando já ter sido transmitido (com a assinatura do termo).

Outra coisa que a Corregedoria tem arrepio é termo de conclusão ou de


vista sem data (pois não permitem verificar a obediência aos prazos fixados pelo
Código de Processo Civil, quer para remessa dos autos ao Juiz, quer para
contagem de prazos recursais em função da ciência da parte de determinado ato
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processual, no caso das vistas).

§ 2º Nenhum processo será entregue com termo de vista, a


promotor de justiça ou advogado, sem prévia assinatura no livro
de carga ou no relatório de carga eletrônica, e correspondente
andamento no sistema informatizado.
A gente já conversou sobre o livro de carga na aula passada. Resta
apresentar a você o termo de vista. O termo de vista é um documento que atesta

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que a parte tomou conhecimento do conteúdo do processo até aquele momento.


Caso, por exemplo, já haja uma decisão dentro do processo, a parte não poderá
alegar desconhecimento.

Muito bem, concorda que quando um advogado ou Membro do Ministério


Público dá carga no processo, ele também toma vista dos mesmos? Afinal, se ele
vai levar o processo para casa, o mínimo que podemos imaginar é que ele também
lerá o processo, e tomará conhecimento de seu conteúdo.

Assim, nenhum processo será entregue com termo de vista (ou, melhor
dizendo, não se dará carga do processo) a menos que o respectivo Livro de Carga
seja assinado. Isso implicará também a atualização do andamento no sistema
informatizado oficial.

§ 3º Todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema


informatizado, acrescendo-se a carga, em meio físico ou
eletrônico, somente quanto aos autos conclusos que não
receberem despacho ou não forem sentenciados até o final do
expediente do dia.
A situação do Juiz é ligeiramente diferente. Toda conclusão que lhe é
remetida é anotada no sistema, e quanto a isto, tudo normal. Todavia, quanto à
carga de processos que o Magistrado tem em seu poder, só haverá acréscimo
daqueles autos que não forem despachados ou sentenciados no próprio
expediente em que foram remetidos para conclusão.

Por exemplo: se o cartório remete 50 autos para conclusão, e o Juiz


despacha 40 deles, o sistema informatizado receberá 50 anotações, porém, a carga
de processos que se dará ao Magistrado será de apenas 10 processos (50 que fora
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remetidos em conclusão, menos 40 que receberam despacho ou sentença no


mesmo expediente do dia).

§ 4º Se o juiz se recusar a assinar, consignar-se-á essa


ocorrência no assentamento da carga.
Nunca vi acontecer, mas precisava haver disposição para o dia em que
acontecesse.

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§ 5º A conclusão dos autos ao juiz será efetuada diariamente,


sem limitação de número.
Eu disse que o Juiz era uma pessoa ocupada. Um dos motivos para isto ser
uma verdade é o fato de que o ofício vai encaminhar todo e qualquer processo que
se encontre na situação “em conclusão” para o gabinete, em 24 horas (afinal, o
próprio cartório não tem outra escolha se não cumprir o prazo previsto na
legislação), sem qualquer limitação numérica.

É melhor o Juiz começar a correr.

Art. 99. Nenhum processopermanecerá paralisado em cartório,


além dos prazos legais ou fixados, ou ficará sem andamento
por mais de 30 (trinta) dias, no aguardo de diligências
(informações, respostas a ofícios ou requisições, providências das
partes etc.).
Muito bem meu caro. Ainda no tempo em que eu trabalhava no TRT, meu
Diretor consultava o sistema informatizado de tempos em tempos, para verificar
quais processos não apresentaram andamento dentro do período.

Caso ele localizasse algum, tomava alguma providência a respeito.

No TJ-SP, o artigo 99 cuidou de fixar um procedimento semelhante. Nenhum


processo pode ficar parado no cartório além do prazo fixado. Se os autos precisam
ser encaminhados para conclusão, o prazo legal para que isto ocorra é de 24 horas
e o processo não pode ficar paralisado no cartório além deste tempo.

Por outro lado, o processo pode estar paralisado para aguardar a realização
de uma diligência capaz de esclarecer algum ponto da situação analisada. Se o Juiz
determina a expedição de um Ofício para o Banco do Brasil, solicitando informações
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a respeito do efetivo recolhimento de uma guia de pagamento cuja autenticidade é


duvidosa, é natural que o processo fique parado até que o ofício seja respondido.

Contudo, esta espera não pode ser eterna. O Provimento fixou um prazo de
30 dias para se aguardar a resposta. Passado este prazo, é necessária alguma
providência:

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Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, o ofício de


justiça reiterará a diligência uma única vez e, em caso de não
atendimento, será aberta conclusão ao juiz, para as
providências cabíveis.

Muito bem, passados os 30 dias de espera, o próprio o ofício de justiça vai


reiterar a diligência. No nosso exemplo caso o Banco do Brasil não tenha
respondido o primeiro ofício, o ofício de justiça encaminhará um segundo,
reiterando a solicitação do primeiro.

Se não houver atendimento deste segundo ofício (o de reiteração),


faremos conclusos os autos para o Juiz, para que este decida o que fazer (muito
provavelmente vai determinar uma nova diligência, desta vez com um simpático
lembrete sobre o “crime de desobediência” do Código Penal ).

Avancemos

2.6 Dos Papéis em Andamento ou Findos

Um único artigo nos diz o que fazer com todos os papéis em andamento ou
findos no âmbito do Poder Judiciário. E para ser bem sincero, não nos diz muita
coisa por si...

Art. 103. Os papéis em andamento ou findos serão bem


conservados e, quando for o caso, encadernados, classificados
ou catalogados, aplicando-se, quanto ao seu descarte, o
disposto no § 2º do art. 74.
Olha só: uma chance de revisar o artigo 74:

Art. 74. Os livros em andamento ou findos serão bem


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conservados, em local adequado e seguro dentro do ofício de


justiça, devidamente ordenados e, quando for o caso,
encadernados, classificados ou catalogados.
[...]
§ 2º Após revisados e decorridos 2 (dois) anos do último
registro efetuado, os livros de cargas de autos e mandados,
desde que reputados sem utilidade para conservação em
arquivopelo escrivão judicial, poderão ser inutilizados,
mediante prévia autorização do Juiz Corregedor Permanente. A
autorização consignará os elementos indispensáveis à identificação
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do livro, e será arquivada em classificador próprio, com certidão da


data e da forma de inutilização
Valem as mesmas observações:

- O último registro feito já conta com dois anos ou mais;

- Não há utilidade na sua conservação em arquivo (quem tem de decidir


isto é o Escrivão Judicial);

- O Juiz Corregedor Permanente autorizou a inutilização dos livros.

- Devem ser consignados os elementos indispensáveis à identificação


do livro, e ainda devemos arquivar no respectivo classificador certidão em que
conste data e forma de inutilização.

E é só isso mesmo! Vamos avançar.

2.7 Das Certidões

Lá nas aulas de Arquivologia que ministro no site, eu digo a todos os meus


alunos que uma certidão é:

CERTIDÃO: Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou


assentamento constante de processo, livro ou documento que se encontre em
repartições públicas. Podem ser de inteiro teor - transcrição integral, também
chamada traslado - ou resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do
original. Neste caso, as chamaremos de certidões em breve relatório.

Certidão é, em essência, uma declaração. Algo que alguém diz, afirma ser
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verdade. Mas a certidão tem uma particularidade: a declaração é baseada em um


registro constante na repartição. Ou seja: a informação da certidão foi retirada de
um documento, livro ou processo que estava naquela repartição.

Pensemos nos grandes clássicos: Sua certidão de nascimento é uma


declaração do titular do cartório de registros de pessoas naturais de que existe um
registro em um dos livros constantes em seu cartório, no qual consta à página Y, do
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Livro Z, que você nasceu na cidade x, é filho do Sr. Fulano e da Sra. Fulana, que o
nascimento ocorreu às tantas horas do dia w, que seus avós são os Srs Ciclano e
Ciclana e os Srs. Beltrano e Beltrana. E por não ser uma transcrição exata daquilo
que consta registrado no livro, não é um traslado, mas um breve relatório do que se
encontra registrado. Por isto, a certidão de nascimento é uma certidão em breve
relatório.

Pode pegar sua certidão de nascimento e reparar em tudo isso que eu falei: é
o melhor exemplo prático do que é uma certidão. E todas são assim!

Pois bem, o Provimento nos diz como devem ser expedidas estas certidões.
Obviamente, elas não tratarão de nascimento de pessoas, mas sobre os processos
que se encontram naquele ofício de justiça.

Art. 104. A expedição de certidões em breve relatório ou de inteiro


teor compete exclusivamente aos ofícios de justiça.
Simples e direto: quem pode declarar que algo consta nos registros de algum
lugar é justamente quem mantém o documento, livro ou processo de onde a
informação será extraída. Ou seja, só podem expedir certidões os ofícios de justiça.

Só que o número de certidões a serem expedidas é monstruoso, e cada qual


dirá respeito a um andamento em particular de um dos milhares de processos que
correm na vara. Você já deve imaginar que, se fosse necessário consultar cada um
dos processos para os quais se requer certidão, o ofício de justiça passaria o dia
inteiro só fazendo isso...

É para isso que o sistema informatizado oficial surge novamente em nossos


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estudos:

§ 1º Sempre que possível, as certidões serão expedidas com


base nos assentamentos constantes do sistema informatizado,
cabendo ao escrivão dar a sua fé pública do que nele constar
ou não, admitida, de qualquer forma, a consulta aos autos de
processos em andamento ou findos, livros ou papéis a seu
cargo, caso em que se designará o número e a página do livro
ou processo onde se encontra o assentamento.

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Mais um ponto importante: quem assina as certidões é o Escrivão (seu chefe,


diga-se de passagem). É ele quem dá fé pública à certidão, o que torna a
informação ali constante presumidamente verdadeira. Bastante responsabilidade,
não?

Por isso ele pode questionar aquilo que sistema informa, e ainda por cima,
consultar o próprio processo, livro ou papel que contém a informação a ser
certificada, tudo buscando ter certeza de que aquilo que é declarado é verdadeiro.

Falemos de prazos agora:

§ 2º As certidões serão expedidas no prazo de 5 (cinco) dias,


contados da data do recebimento do respectivo pedido pelo
ofício de justiça, fornecido ao interessado protocolo de
requerimento.
§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de
certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro. A certidão
será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.

A certidão de objeto e pé é uma certidão formulada pelo ofício de justiça


descrevendo o andamento do processo até o momento de sua expedição. Aliás,
"pé" aqui tem o mesmo significado de "andamento", da mesma forma que seu chefe
pergunta "em que pé que está" o relatório que ele te pediu.

Pois bem, os prazos são os seguintes:

- 5 dias úteis para certidões de objeto e pé, solicitadas por e-mail, por
um ofício de justiça para outro;
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- 5 dias para os demais casos.

Mas professor: ouvi dizer por aí que os processos demoram a vir do arquivo!
E de fato demoram, isso em qualquer repartição pública. Seria inviável cumprir os
prazos do provimento nas vezes em que fosse necessário requerer os processos do
arquivo.

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Por esta razão, bolaram o parágrafo 4º:

§ 4º Se houver necessidade de requisição de autos do Arquivo


Geral, os prazos deste artigo contar-se-ão do recebimento do
feito pelo ofício de justiça.
E, por fim, o parágrafo 5º prevê a hipótese de o processo do qual se requer a
certidão correr em segredo de justiça:

§ 5º A expedição de certidão de processos que correm em


segredo de justiça dependerá de despacho do juiz competente
Dê uma olhadinha neste trecho do Código de Processo Civil:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam


em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos,
divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda
de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento
de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em
segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito
às partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer
ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de
inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

Em regra, qualquer pessoa pode requerer uma certidão sobre qualquer


processo que esteja em determinado ofício de justiça. Eu posso, amanhã, dar uma
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passada no prédio da Comarca da Capital, passar em qualquer das varas e solicitar


uma certidão sobre um processo de pedido de indenização por danos materiais que
Ciclano ajuíza contra Beltrano, a fim de obter indenização sobre os gastos
realizados no conserto de seu veículo, danificado em decorrência de um acidente de
carro. Eu não conheço Ciclano, não conheço Beltrano, e, embora o acidente tenha
ocorrido no Centro de São Paulo, eu estava viajando naquele dia pelo Camboja.

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Por que então pedir a certidão? Porque me deu vontade!

Pelo fato de que os processos são públicos e as informações neles


constantes também, os pedidos de certidão não dependem de despacho do Juiz
autorizando sua confecção e entrega, em regra.

Mas existem exceções. Algumas ações, por expressa disposição legal,


correm em segredo de justiça (e assim, suas informações estão restritas às partes e
seus procuradores, não sendo de conhecimento público). Veja alguns exemplos:

- ações de interdição, antes de publicada a sentença; (processos de


interdição correm em segredo de justiça)

- ações de arresto ou seqüestro ou de busca e apreensão, antes de


realizada;(só faltava esta: avisar o potencial devedor que um de
seus bens será arrestado para assegurar eventual ressarcimento,
caso o Judiciário decida em seu desfavor)

- ações de separação judicial, divórcio, nulidade ou anulação de


casamento e alimentos;(Código de Processo Civil, art. 155: Os atos
processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os
processos: I - em que o exigir o interesse público; Il - que dizem
respeito a casamento, filiação, separaçãodoscônjuges,
conversãodestaemdivórcio, alimentos e guardademenores);

- ações penais, antes da pronúncia ou sentença definitiva;(Imagine-


se procurando emprego e seu potencial empregador conseguindo
uma certidão de que você figura como réu em uma ação penal
ainda não julgada. Todo mundo é inocente até que se prove o
contrário, mas vai explicar isto para ele :P)
Muito bem, se as informações do processo não são públicas nestes casos,
uma certidão, que nada mais é do que uma declaração sobre o que consta no
processo, obviamente terá de receber tratamento semelhante, não se podendo
entregá-la a qualquer interessado. 09555860467

Decidir se o requerente pode ou não obter a certidão envolve análise da


qualidade de parte do interessado, ou então, de seu interesse jurídico na causa
(caso se tratar de terceiro, conforme vimos no Código de Processo Civil). Estas
ponderações são atribuições do Magistrado, razão pela qual as certidões, quando
disserem respeito a processos que correm em segredo de justiça, dependem
de despacho do mesmo.

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O Provimento 17/2016 especificou o tratamento a ser dado a um tipo


específico de certidão: as que se prestarão a realização de protesto em cartório da
dívida ali mencionada.

Aí vai uma historinha: sempre que você precisar executar um devedor


(digamos, alguém que lhe deve dinheiro), você precisa dispor de um título executivo.
Esse título executivo pode ser extrajudicial ou judicial. Os títulos executivos
extrajudiciais são gerados fora de um processo de conhecimento no âmbito do
Poder Judiciário (a exemplo de cheques e títulos de crédito em geral). Se alguém
assinar um cheque e lhe dar em pagamento, e a conta não tiver fundos, você não
precisa convencer um juiz de que aquela dívida existe: basta apresentar o cheque e
a execução do devedor já começa desde logo.

Por outro lado, os títulos executivos judiciais nascem de um processo de


conhecimento no Poder Judiciário. Se você vendeu seu carro, entregou as chaves,
mas o devedor não lhe deu o dinheiro, você faz jus a pleitear o valor em juízo.

Entretanto, como você não dispõe de um título executivo (que o autorize a


invocar o Poder Judiciário para que este extraia dos bens do devedor o valor
necessário para ressarci-lo) você terá de convencer o Poder Judiciário de que tem
razão.

Se o Poder Judiciário se convencer de seus motivos, dará a sentença. Se


esta decisão transitar em julgado, esta decisão constituirá um título executivo
judicial, que o autorizará a iniciar os atos de execução contra o devedor.

Além da execução, quem dispõe de um título executivo pode protestá-lo


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perante o cartório, o que trará alguns transtornos ao devedor (é uma forma lícita de
pressioná-lo ao pagamento). Se estivéssemos falando de um cheque ou título de
crédito, bastaria a apresentação desse (cumpridos alguns outros requisitos) e o
título seria então protestado.

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Mas algum advogado engenhoso teve uma ideia genial: as sentenças


transitadas em julgado também são títulos executivos e, portanto, podem ser
protestadas. Eis que nasce o protesto baseado em um título executivo judicial.

E agora chegamos no artigo 104-A: se alguém quiser protestar usando como


título uma sentença transitada em julgado, terá de levar a certidão abaixo descrita,
com os dados exigidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, os quais constam
abaixo:

Art. 104-A. A requerimento escrito do credor, tratando-se de


sentença cível, transitada em julgado, que reconheça a
existência de obrigação de pagar quantia ou alimentos, expedir-
se-á certidão de teor da decisão para fins de protesto
extrajudicial, a qual deverá indicar:
I - nome; número de inscrição no cadastro do Ministério da
Fazenda (CPF e CNPJ), no registro geral de identidade (RG) ou
no registro nacional de estrangeiro (RNE); e endereço do
credor;
II - nome; número de inscrição no cadastro do Ministério da
Fazenda (CPF e CNPJ), no registro geral de identidade (RG) ou
no registro nacional de estrangeiro (RNE); e endereço do
devedor; III- número do processo judicial;
IV - o valor da dívida;
V - a data em que, após intimação do executado, decorreu o
prazo legal para pagamento voluntário.
§ 1º As certidões serão expedidas no prazo de três (03) dias,
contados da data do recebimento do respectivo pedido pelo
ofício de justiça.
§ 2º A expedição de certidão de processos que correm em
segredo de justiça dependerá de despacho do juiz competente.
§ 3º Em todos os casos, a certidão será levada a protesto sob a
responsabilidade do credor.
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§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado


por determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao
cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo
do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral
da obrigação.
E, com isso, você venceu mais uma Seção de um só artigo! Mas a moleza
está acabando!

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2.8 Dos Mandados

Nós vimos na aula passada que um Mandado é uma ordem emitida por um
Juiz, a ser cumprida por alguém (normalmente um Oficial de Justiça). Aliás, e os
mandados a serem cumpridos pelos Oficiais de Justiça são os mais comuns, tendo
sido mencionados no Código de Processo Civil:

Art. 250. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir


conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos
domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações
constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo
para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a
execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da
ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer,
acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência
de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e
do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que
deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a
declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Observe que o próprio Código de Processo Civil já nos dá uma série de
requisitos a serem atendidos quando da elaboração do Mandado. E o Provimento já
sabe que eles existem! Não faria sentido ficar repetindo tudo de novo...

É por esta razão que o Provimento nos apresenta a outros requisitos, que
interessam muito mais do ponto de vista administrativo do que processual:
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Art. 105. Constarão de todos os mandados expedidos:


I - o número do respectivo processo;
II - o número de ordem da carga correspondente registrada no livro
próprio;
Vamos relembrar de um dos pontos da aula passada:

Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também:

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I - Livro de Cargas de Mandados, salvo se as respectivas varas


forem atendidas pelas Seções Administrativa de Distribuição de
Mandados;
[...]
Art. 70. O Livro de Cargas de Mandados poderá ser desdobrado
em número equivalente ao dos oficiais de justiça em exercício,
destinando-se um para cada qual.
Parágrafo único. Serão também registradas no Livro de Carga de
Mandados as petições que, por despacho judicial, sirvam como
tal.
Já ressaltei que o livro de carga de mandados existe em todas as comarcas,
se não nos próprios ofícios de justiça (quando não atendido por Seções
Administrativas de Distribuição de Mandados) então na Central de Distribuição de
Mandados daquela comarca.

Dito isto, o mandado precisa ter o número de ordem da carga, informação


esta que também está registrada no Livro de Cargas de Mandados.

Por fim o Provimento ainda quer mais uma coisa:

III - o seguinte texto, ao pé do instrumento: “É vedado ao oficial


de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da
parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de
suas funções, será feita mediante apresentação de carteira
funcional, obrigatória em todas as diligências.”.
§ 1º Nos mandados em geral, constarão todos os endereços dos
destinatários da ordem judicial, declinados ou existentes nos autos,
inclusive do local de trabalho.
§ 2º Aos mandados e contramandados de prisão e alvarás de soltura
aplicam-se as disposições constantes na Seção XII do Capítulo IV,
no que couberem.
Muito vago? Ora, então veja um Mandado de Citação e Intimação com seus
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próprios olhos (o modelo é utilizado pelo próprio TJ SP). Tomei a liberdade de


destacar as informações que foram mencionadas no Provimento:

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MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE LIMINAR/TUTELA ANTECIPADA

Processo n°:

Classe:

Assunto(s):

Documento de Origem:

Requerente:

Requerido:

Oficial de Justiça:

Mandado:

O (A) MM.Juiz (a) de Direito da *, Dr (a). *, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento ao


presente, expedido nos autos da ação em epígrafe, PROCEDA à

CITAÇÃO de *, para os termos da ação proposta, conforme cópia da petição inicial


que segue anexa e deste faz parte integrante, e para, no PRAZO de 15 (quinze)
dias,apresentar defesa. PROCEDA, ainda, à

INTIMAÇÃO da liminar/tutela antecipada, nos termos da r. decisão de seguinte


teor: “*”.
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ADVERTÊNCIA: Nos termos do artigo 285 do Código de Processo Civil, não sendo
contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados
pelo autor.

CUMPRA-SE, observadas as formalidades legais. Local e data. Eu,


______________ [*], [*], expedi e providenciei a impressão. Eu, ________________ [*], [*],
conferi e subscrevi.
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Juiz(a) de Direito
Carga:

DILIGÊNCIA guia nº *

Advogado: Dr(a). *

Endereço: *

Nos termos do Prov. 3/2001 da CGJ, fica constando o seguinte: “4. É vedado ao oficial de justiça o recebimento
de qualquer numerário diretamente da parte.4.1. As despesas em caso de transporte e depósito de bens e outras
necessárias ao cumprimento de mandados, ressalvadas aquelas relativas à condução, serão adiantadas pela parte
mediante depósito do valor indicado pelo oficial de justiça nos autos, em conta corrente à disposição do juízo. 4.2.
Vencido o prazo para cumprimento do mandado sem que efetuado o depósito (4.1.), o oficial de justiça o devolverá,
certificando a ocorrência. 4.3. Quando o interessado oferecer meios para o cumprimento do mandado (4.1.), deverá
desde logo especificá-los, indicando dia, hora e local em que estarão à disposição, não havendo nesta hipótese depósito
para tais diligências. 5.A identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante
apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências.” Texto extraído do Cap. VI, das Normas de
Serviço da Corregedoria Geral de Justiça.

Advertência: Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio: Pena – detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, Desacatar
funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou
multa. “Texto extraído do Código Penal, artigos 329 “caput” e 331.

O texto pode estar um pouco desatualizado, mas o jeitão do Mandado é


esse. O que foi grifado corresponde a uma exigência do Provimento atual, de forma
a facilitar a visualização.
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Art. 106. Na hipótese do mandado anterior não consignar elementos


essenciais para o cumprimento da nova diligência, será
dispensado o seu desentranhamento e aditamento, expedindo-se
novo mandado

Essa disposição busca atender aqueles casos nos quais as informações do


mandado não permitiram seu cumprimento. Exemplo recorrente: o endereço do réu
a ser citado não foi informado. O Oficial de Justiça não sabe onde procurá-lo e,
consequentemente, a realização da diligência restou inviabilizada.

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O artigo 106 permite que outro mandado seja expedido nestes casos, ao
invés de se tentar corrigir o mandado anterior através de aditamento (o que daria
bem mais trabalho).

E assim como os processos, toda vez que um mandado sair do ambiente do


Ofício de Justiça, o fará mediante carga:

Art. 107. Os mandados serão entregues ou encaminhados aos


encarregados das diligências mediante a respectiva carga.
E vamos indo:

Art. 108. Os mandados que devam ser cumpridos pelos oficiais


de justiça serão distribuídos, na forma regulada pela
Corregedoria Geral da Justiça, aos que estiverem lotados ou à
disposição das respectivas comarcas ou varas.
Parágrafo único. Os mandados de prisão não serão entregues
aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao Instituto de
Identificação Ricardo GumbletonDaunt - IIRGD.

Repetindo: Mandados de Prisão possuem trâmite diferenciado


(infelizmente não veremos o trâmite no curso, já que não cai na prova :P). Apenas
para saciar sua curiosidade, o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt
ou IIRGD é vinculado à Polícia Civil do Estado de São Paulo e mantém, entre outras
coisas, cópias das suas impressões digitais e da sua foto 3x4 que está no RG
(repare que a foto vem furada justamente com a sigla “IIRGD”).

Art. 109. Nas certidões de expedição e de entrega dos


mandados, constarão o nome do oficial de justiça a quem
confiado o mandado e a data da respectiva carga.
Olha outro exemplo de certidão! Valem aqui as mesmas regras estudadas no
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capítulo anterior.

E para terminar:

Art. 110. Mensalmente, o escrivão relacionará os mandados em


poder dos oficiais de justiça, além dos prazos legais ou fixados,
comunicando ao Juiz Corregedor Permanente, para as
providências cabíveis.
Mais uma seção vencida! Que venha a próxima!
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2.9 Dos Ofícios

Mais um capítulo de um único artigo. Capítulos como este se multiplicaram


no provimento, em decorrência da criação do sistema informatizado oficial. Aliás, o
artigo 47, estudado na aula passada, ilustra bem o que quero dizer

Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça deverão se adaptar


continuamente às evoluções do sistema informatizado oficial,
utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para
a realização dos atos pertinentes ao serviço(emissão de
certidões, ofícios, mandados, cargas de autos etc.).

As certidões, mandados, ofícios, entre outros tantos documentos possuíam


regras próprias para sua elaboração, quase todas buscando manter a uniformidade
entre os diversos documentos gerados por inúmeros funcionários do Ofício de
Justiça.

Atualmente, muitas das disposições perderam o sentido, restando


pouquíssimos artigos a serem estudados que digam respeito especificamente a
cada um desses documentos. Todavia, isso também deu origem a uma seção
gigante que estudaremos logo mais (“Das Comunicações Oficiais, Transmissão
de Informações Processuais e Prática de Atos Processuais por Meio
Eletrônico”), regulamentando a prática desses mesmos atos por meio eletrônico.

Mas vamos devagar.

Primeiro: o que é um ofício?

Seu professor de Arquivologia explica (prometo ser a última vez que faço
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propaganda de outros cursos :P):

OFÍCIO: Correspondência pela qual se mantém intercâmbio de


informações a respeito de assunto técnico ou administrativo, cujo teor tenha
caráter exclusivamente institucional. São objetos de ofícios as comunicações
realizadas entre dirigentes de entidades públicas, podendo ser também dirigidos à
entidade particular. Trata-se de comunicação eminentemente externa.
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Um ofício é uma comunicação voltada para um órgão externo à estrutura do


órgão que o elabora. Se um Juiz pretende, por exemplo, dar ciência à Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo de que foi decretada a falência de determinada
empresa (procedimento bastante comum e com o qual seu professor lida bastante),
ele fará essa comunicação por meio de um ofício, já que a Secretaria da Fazenda
não pertence ao Poder Judiciário.

Art. 111. A lavratura de ofícios observará as regras de


escrituração dispostas na Seção VII do presente capítulo e o
seguinte:
Você já estudou a Seção VII na aula passada, quando falamos sobre
escrituração.

Valem as mesmas regras gerais vistas na aula passada:

Art. 80. Na lavratura de atos, termos, requisições, ordens,


autorizações, informações, certidões ou traslados, que
constarão de livros, autos de processo, ou papéis avulsos,
excluídas as autuações e capas, serão observados os seguintes
requisitos:
I - o papel utilizado terá fundo inteiramente branco ou ser
reciclado, salvo disposição expressa em contrário;
II - a escrituração será sempre feita em vernáculo,
preferencialmente por meio eletrônico, com tinta preta ou azul,
indelével;
III - os numerais serão expressos em algarismose por extenso;
IV - os espaços em branco e não aproveitados, nos livros e
autos de processo, serão inutilizados;
V - as assinaturas deverão ser colhidas imediatamenteapós a
lavratura do ato ou termo, e identificadas com o nome por
extenso do signatário.09555860467

Art. 81. Na escrituração serão evitadas as seguintes práticas:


I - entrelinhas, erros de digitação, omissões, emendas, rasuras
ou borrões;
II - anotações de “sem efeito”;
III - anotações a lápis nos livros e autos de processo, mesmo que
a título provisório.
Mas não estamos aqui apenas para revisar!

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Pois bem, existem dois tipos de ofícios: aqueles que se referem a processos
que correm no Ofício de Justiça, e aqueles que não se referem a tais processos.
Para cada caso existe um tratamento:

I - os ofícios extraídos de processos, exceto aqueles destinados


a instruir precatórios ou requisições de pequeno valor, serão
datados e identificados com o número dos autos respectivos,
com numeração sequencial e renovável anualmente, anexada
uma cópia exclusivamente nos autos;
Se o ofício está relacionado a um processo, a cópia do mesmo tem destino
certo: a cópia do ofício deve ser anexada ao processo a que se refere. E estou me
referindo à cópia, pois o original foi encaminhado para o órgão destinatário da
comunicação.

E frise-se: o ofício extraído de processo não é arquivado no classificador:


ele é anexado exclusivamente nos autos do processo que justificaram sua
confecção.

Daí a importância de se fazer constar o número do processo a que se


refere aquele ofício no corpo da mensagem. Quando a resposta chegar, seremos
capazes de identificar a que processo aquela resposta se refere, de tal forma que a
própria resposta também poderá ser anexada ao processo.

E se não tem processo? Ora, eles vão para um lugar já conhecido por você:

II - os ofícios que não se refiram a feito do próprio ofício de


justiça serão numerados sequencialmente, em série renovável
anualmente, de acordo com as respectivas datas de expedição,
arquivada uma cópia no classificador próprio.
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Lembra-se deles?

Art. 75. Os ofícios de justiça possuirão os seguintes


classificadores:
[...]
II - para cópias de ofícios expedidos;
[...]

E viva a pastinha:
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ATENÇÃO!!! A numeração dos ofícios segue um padrão! Em qualquer dos


casos acima listados, a numeração segue uma ordem sequencial que se encerra
a cada final de ano. O primeiro ofício produzido no ano de 2014 é o Ofício 01/2014,
depois o 02/2014, 03/2014 e assim por diante, até o último dia do ano de 2014.

Chegando em 2015, teremos: 01/2015, 02/2015, 03/2015....e por aí vai.

Como eu disse, foi tranquilo até aqui pelo fato de a elaboração de


documentos terem sido uma funcionalidade incorporada ao sistema informatizado
oficial.

Isso torna o próximo capítulo da nossa aula um dos mais importantes do


curso!

2.10 Das Comunicações Oficiais, Transmissão de Informações


Processuais, e Prática de Atos Processuais por Meio Eletrônico

Vamos nos lembrar da regra de ouro: 09555860467

Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça deverão se adaptar


continuamente às evoluções do sistema informatizado oficial,
utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para
a realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de
certidões, ofícios, mandados, cargas de autos etc.).
Se um ato pode ser praticado através do sistema informatizado oficial, ele
DEVE ser praticado através do sistema informatizado oficial.

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Muito bem: o Poder Judiciário do Estado de São Paulo manifesta sua


preferência pela utilização de meios digitais de comunicação em diversas
passagens do Provimento.

Uma delas é o artigo 112:

Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios convencionais no


caso de indisponibilidade do sistema informatizado e do sistema
de malote digital, quando implantado, as comunicações oficiais
que transitem entre os ofícios de justiça serão por meio
eletrônico, observadas as regras estabelecidas nesta Seção.
A primeira comunicação que aparece é aquela realizada entre os próprios
Ofícios de Justiça. Se o Ofício de Justiça A deseja solicitar um processo que se
encontra no Ofício de Justiça B, deverá fazer esta solicitação por meio eletrônico
(nós estudaremos passo a passo como fazer essa solicitação)

Mas não fiquemos por aí:

Art. 113. Serão transmitidas eletronicamente:


I - informações que devam ser prestadas à segunda instância,
conforme determinação do relator;
Exemplo: Os Desembargadores (Magistrados de 2ª Instância, com assento
no Tribunal de Justiça) estão julgando uma apelação contra uma sentença proferida
pelo Juiz da Xª Vara Cível da Comarca da Capital. Eis que surge uma dúvida sobre
um dos pontos do processo (por exemplo, nada se falou sobre o recolhimento das
custas de preparo do recurso de apelação). O relator, ao invés de mandar o
processo voltar para a 1ª Instância com seus questionamentos, pode simplesmente
encaminhar um e-mail para a respectiva Vara, perguntando sobre aquilo que deseja
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saber.

Nada de papel de novo: encaminhe um e-mail e estará tudo certo! (quer


dizer, desde que essa comunicação seja enviada como manda o artigo 115).

II - ofícios;

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O Juiz deseja comunicar um órgão externo a respeito de uma decisão de sua


lavra? Pois bem, você elaborará um ofício utilizando o sistema informatizado oficial
e... adivinha? Vai encaminhá-lo eletronicamente!

O mesmo vale para as recorrentes comunicações e solicitações feitas pelos


Ofícios de Justiça sobre absolutamente qualquer coisa:

III - comunicações;
IV - solicitações;
E ainda para alguns tipos de certidões:

V - pedidos e encaminhamento de certidões de objeto e pé,


certidões criminais e certidões de distribuição;
Dentre as quais:

§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de


certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro. A certidão
será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.

Pois bem, segundo o Provimento, as certidões apontadas no inciso V podem


ser solicitadas e encaminhadas eletronicamente. Entretanto, navegando no site do
Portal de Serviços do TJ SP (ESAJ), só consegui confirmar a solicitação e entrega
de certidões criminais pelo próprio sistema.

Só nos resta acreditar que as demais certidões também podem ser obtidas
eletronicamente, afinal, o Provimento assim ordenou que fosse possível.
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E, por derradeiro:

VI - cartas precatórias, nos casos de urgência.

Lembra-se de que a competência do Magistrado está limitada, entre outros


fatores, aos limites territoriais da comarca? Mesmo assim, e se ele precisar que
determinado ato seja praticado fora dos limites de sua comarca?

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Por exemplo: autor e réu litigam na Comarca da Capital, mas uma das
testemunhas que precisa ser ouvida reside em outra comarca, bem longe dali.

Não podemos fazer a testemunha vir até nós, então faremos o seguinte:
enviaremos uma carta precatória para o Juízo daquela comarca, a fim de que ele
providencie a realização da diligência (neste caso, a oitiva da testemunha).

Isto normalmente envolve cadastramento de um novo procedimento no


sistema, abertura de novo volume (segundo as regras que você já estudou na aula
passada), numeração das páginas, e o encaminhamento dessa carta precatória
para o Juízo deprecante.

Se estivermos com pressa, dificilmente a diligência será realizada a tempo,


daí a previsão específica do inciso VI: em caso de urgência, a carta precatória
deve ser encaminhada eletronicamente.

Ok, mas: quem é que pode encaminhar as informações e documentos


eletronicamente? Veja que é uma pergunta interessante: se o mesmo documento
fosse produzido em papel, não aceitaríamos que ele fosse confeccionado e
encaminhado por qualquer pessoa, certo?

Ora, o documento eletrônico mantém essas mesmas características, com a


diferença que sua transmissão é mais simples de ser realizada. O resto continua o
mesmo.

Dito isto:
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Art. 114. A transmissão eletrônica de informações e documentos


será realizada por dirigente, escrivão judicial, chefe de seção e
escrevente técnico judiciário.
Estagiário pode transmitir informações e documentos eletronicamente? NÃO!
Mas ele está se graduando em direito, é bastante diligente, e a tarefa vai ajudar no
aprendizado dele! Então peça ao estagiário para sentar ao lado de um escrevente
técnico judiciário e OBSERVAR enquanto o ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO
faz a transmissão :P.

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Ah Professor! É fácil: Eu já sei mandar e-mail, é só utilizar os anos de prática


na frente do computador que já possuo e continuar fazendo igual no TJ SP. Vou até
unificar minha conta pessoal com a institucional, porque acho o layout do gmail /
yahoo/ bol/ uol/ "insira o serviço de e-mail de sua preferência aqui"/ mais bonitinho
que o do Tribunal de Justiça...

Queria eu que fosse tão simples assim. Fosse, não haveria 9 incisos de
instrução sobre como remeter uma comunicação eletrônica e outros 5 incisos sobre
como recebê-la...

Então preste atenção nesta lista de passos para se REMETER uma


comunicação eletrônica:

Art. 115. O remetente da comunicação eletrônica deverá:


I - utilizar seu correio eletrônico (e-mail) institucional, e não o da
unidade em que lotado, para enviar a mensagem;
Primeira coisa: quem presta a informação é a pessoa, não a unidade. O e-
mail será encaminhado através do seu e-mail funcional: fulano@tjsp.jus.br ao
invés de xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br. Obviamente, o e-mail pessoal também não
serve...

Bom, você não está escrevendo um e-mail à toa. Você pretende que alguém
o leia. Então nós precisamos preencher o campo "para", indicando o destinatário. E
agora vem a parte interessante: embora quem envie a mensagem seja uma pessoa,
quem a recebe é um Ofício de Justiça. Fulano não escreve para Ciclano, Fulano
escreve para outro Ofício de Justiça, ou para outra unidade.
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E também existe um motivo para você escrever aquele e-mail. Assim, toda
comunicação eletrônica tem um assunto:

II - preencher o campo “para” com o endereço eletrônico da


unidade destinatária e o campo “assunto” com o número do
processo e a especificação de uma hipótese do art. 113;
Relembrando:

Art. 113. Serão transmitidas eletronicamente:


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I - informações que devam ser prestadas à segunda instância,


conforme determinação do relator;
II - ofícios;
III - comunicações;
IV - solicitações;
V - pedidos e encaminhamento de certidões de objeto e pé,
certidões criminais e certidões de distribuição;
VI - cartas precatórias, nos casos de urgência.
Assim, nosso e-mail já começa a ter uma aparência mais consistente:

De: fulano@tjsp.jus.br

Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

Assunto: Pedido de Certidão de Objeto e Pé - Referente ao Processo XXXX01W3Z/2014

A comunicação eletrônica precisa versar sobre uma das hipóteses do artigo


113!

E vamos indo:

III - digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados


do processo (número, unidade judiciária, comarca e partes) e o
endereço do correio eletrônico (e-mail) institucional da unidade
em que lotado;
Cuidado para não ser enganado: quem está enviando o e-mail é uma pessoa,
quem está recebendo é uma unidade. Mas, no corpo do e-mail, o remetente deve
fazer constar o e-mail da sua própria unidade. Afinal, se uma resposta tiver de ser
encaminhada, terá de seguir as mesmas regras.
09555860467

Mais ou menos assim:

fulano@tjsp.jus.br->xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

O funcionário Ciclano, do Xº Ofício Cível, ao responder o e-mail, procederá


da seguinte forma:

ciclano@tj.sp.jus.br->yoficiocivelsp@tjsp.jus.br
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Não fique desesperado: visualizando se torna mais simples:

De: fulano@tjsp.jus.br

Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

Assunto: Pedido de Certidão de Objeto e Pé - Referente ao Processo XXXX01W3Z/2014

Mensagem:

Número do processo: XXXX01W3Z/2014

Unidade Judiciária: Yº Ofício Cível da Comarca de São Paulo

Comarca: São Paulo

Partes:

Autor: Pedro

Réu: Paulo

Email da Unidade: yoficiocivels@tjsp.jus.br

Estamos indo muito bem.

Ironicamente, este e-mail terá de ser impresso para fazer parte do processo...

Mas não devemos gastar mais papel do que o estritamente necessário:

IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada,


dispensadas a impressão e a juntada de anexos que
consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no
09555860467

classificador correspondente;
Se os documentos anexos ao e-mail já constam no processo (por exemplo,
uma certidão, petição, laudo, ofício ou o documento de sua preferência), não há
razão para juntá-lo novamente no processo: ELE JÁ ESTÁ LÁ!!!

Assim, apenas a impressão e juntada do e-mail serão necessárias, e os


anexos podem ou não ser juntados.

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E se a comunicação eletrônica não se referir a qualquer processo do Ofício


de Justiça. Ora meu caro: para isso temos classificadores :P.

Bom, que mais você está querendo mandar? Provavelmente algum


documento digitalizado, instruindo a solicitação que você está confeccionando...

V - anexar à mensagem os documentos necessários, no padrão


PDF e sem restrição de impressão ou salvamento;
Grande PDF!!!!O Portable Document Format é um formato de arquivo
bastante popular desenvolvido pela empresa Adobe System. Sua característica
mais peculiar é que um formato aberto (as especificações do formato são de
conhecimento público e não há restrições legais para o seu uso por quem quer que
seja) e de fácil utilização (tanto que você está estudando por uma apostila
inteiramente montada no formato PDF).

Essas especificações técnicas dizem o motivo pelo qual o Tribunal de Justiça


escolheu este formato particular, mas a você, apenas interessa saber que todo e
qualquer anexo encaminhado eletronicamente deve ser gerado em formato PDF.

E, mais ainda: o remetente não deve aplicar restrições no arquivo.

Vamos ver nosso e-mail de novo:

De: fulano@tjsp.jus.br

Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

Assunto: Pedido de Certidão de Objeto e Pé - Referente ao Processo XXXX01W3Z/2014


09555860467

Mensagem:

Número do processo: XXXX01W3Z/2014

Unidade Judiciária: Yº Ofício Cível da Comarca de São Paulo

Comarca: São Paulo

Partes:

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Autor: Pedro

Réu: Paulo

Email da Unidade: yoficiocivels@tjsp.jus.br

Anexos: formulário.pdf

Se estivéssemos lidando com processos em papel, toda vez que um


processo sai da repartição, é emitida uma relação de remessa, indicando o destino
do processo.

O destinatário, ao assinar a relação de remessa, confirma que recebeu


aquele processo, e passa a ser responsável por ele.

Não seria legal ter um mecanismo semelhante nos e-mails? Afinal, queremos
ter certeza que o destinatário recebeu a mensagem e que agora é responsável por
dar andamento à solicitação.

Mas pera aí: essa opção existe nos e-mails também! São duas opções na
verdade: a "confirmação de entrega" (que indica que o e-mail chegou à caixa de
entrada do destinatário) e a "confirmação de leitura" (que indica que o e-mail foi
aberto pelo destinatário).

VI - selecionar as opções de confirmação de entrega e de


confirmação de leitura da mensagem;
Quase terminando...

O que talvez mais pese em desfavor dos documentos digitais seja a


09555860467

desconfiança que as pessoas têm a respeito da autenticidade do documento. Afinal


de contas, se você pegar uma cédula de dinheiro, vai ver um monte de marcas
d’agua, sinais de segurança, e até uma fitinha passando a nota de ponta a ponta.

Se receber uma comunicação oficial, verá a assinatura da autoridade que


mandou expedi-la, ou da que emitiu o despacho. Enfim, os documentos físicos
transmitem mais segurança àqueles que o consultam, justamente porque exibem

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sinais que garantem ao consulente (aquele que consulta) que aquele documento foi
emitido por determinado órgão.

Contudo, usemos este pdf como exemplo de documento digital. Você sabe
que ele é autêntico (que fui eu quem o fez) porque baixou o arquivo do site.

Entretanto, se, por alguma infelicidade, este mesmo arquivo circular na rede
de maneira não autorizada (só lembrando que é feio e que é crime), convenhamos:
qualquer pessoa poderia ter montado o cabeçalho, colocado o logo do Estratégia e
dizendo ser eu, posto o pdf em circulação.

Como garantir que um documento tão versátil como o documento eletrônico


transmita a mesma confiança àqueles que o consultam?

É aí que surge o conceito de certificação eletrônica.

Pense no Certificado Digital como um documento eletrônico com seu nome e


um número de controle único. Através dele, você passa a ser capaz de “assinar”
digitalmente os documentos que criar, e assim, perante os olhos do computador e
de todos que acessarem o arquivo, foi você o autor do documento.

Isso é possível, pois, de forma semelhante a uma assinatura, apenas o


usuário do Certificado Digital possui a senha que permite que a certificação seja
inserida no documento. Se a senha para o certificado digital de fulano foi inserida no
documento, é porque fulano é o autor daquele documento, da mesma forma que, se
um rabisco com determinado formato é colocado em um documento em papel,
apenas a pessoa com aquele punho e caligrafia poderia reproduzi-lo, daí o
09555860467

documento ser autêntico.

Assim, chega a hora de assinar o documento:

VII - assinar a mensagem com seu certificado digital;

Finalmente o e-mail está completo:

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De: fulano@tjsp.jus.br

Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

Assunto: Pedido de Certidão de Objeto e Pé - Referente ao Processo XXXX01W3Z/2014

Mensagem:

Número do processo: XXXX01W3Z/2014

Unidade Judiciária: Yº Ofício Cível da Comarca de São Paulo

Comarca: São Paulo

Partes:

Autor: Pedro

Réu: Paulo

Email da Unidade:yoficiocivels@tjsp.jus.br

Anexos: formulário.pdf

09555860467

Mas ainda restam providências:

VIII - imprimir os comprovantes de confirmação de entrega e de


leitura, para juntada aos autos, assim que recebê-los;
IX - inserir no sistema informatizado de andamento processual a
informação de envio da mensagem eletrônica.
Ok, mas toda mensagem enviada é recebida. E o ofício que recebe a
mensagem também tem providências a tomar:

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Art. 116. O ofício de justiça que receber a mensagem deverá:


I - expedir eletronicamente as confirmações de entrega e de
leitura da mensagem, que valerão como protocolo;
Quando um advogado entrega uma petição em papel ao Poder Judiciário,
normalmente leva duas vias. Uma delas é a via entregue ao distribuidor e a segunda
é mantida com o advogado, para fins de controle. Ambas as vias são
protocolizadas, normalmente por autenticação mecânica ou por um enorme
carimbo. Esse protocolo comprova que a petição foi entregue na data e hora
constante no carimbo ou na autenticação.

A confirmação de entrega e de leitura busca imitar esse procedimento


analógico dentro do mundo digital. Quando o ofício de justiça destinatário da
mensagem abrir a comunicação, uma janela se abre logo em seguida, perguntando
se o usuário deseja encaminhar a confirmação de leitura. O trabalho do ofício
destinatário é dizer “sim” nesta etapa. Só isso!

II - imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para


juntada aos autos do processo ou arquivamento em classificador
próprio, se for o caso;
Reparou que não há ressalva quanto a anexos que porventura já se
encontrem no processo? O ofício de justiça remetente da mensagem tem uma
instrução parecida, mas ligeiramente diferente:

IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada,


dispensadas a impressão e a juntada de anexos que
consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no
classificador correspondente;
Ora, por que o procedimento mudou? Porque, para o destinatário da
09555860467

mensagem, os anexos serão, necessariamente, documentos novos, dos quais não


dispunha anteriormente, enquanto para o remetente, é bem provável que a
informação tenha sido extraída de um processo que se encontrava naquele ofício de
justiça.

Pense neste pdf como exemplo: se eu te encaminho este documento


eletrônico é porque eu mesmo já o possuo (do contrário, seria impossível fazê-lo)

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Mas, para você, o pdf é novo (do contrário, o envio seria desnecessário). É por isto
que você provavelmente imprime este documento, enquanto eu evito ao máximo
fazê-lo.

Valem as mesmas regras com os documentos transmitidos eletronicamente.

III - inserir no sistema informatizado de andamento processual a


informação de recebimento da mensagem eletrônica, se for o
caso;
IV - promover a conclusão, no prazo legal, quando a mensagem
se referir a providências a cargo do juiz;
V - encaminhar eletronicamente a mensagem, no mesmo prazo
da conclusão, ao correio eletrônico (e-mail) institucional do juiz,
se este assim o determinar, ou ao correio eletrônico (e-mail)
institucional do funcionário, a quem couber o envio da
resposta.

Relembrando: “autos em conclusão” é andamento processual que indica que


o processo foi encaminhado para o juiz, a fim de que este profira algum despacho,
decisão interlocutória ou sentença no processo.

Como a sala do Juiz é um ambiente diferente do Ofício de Justiça, para que o


processo vá de um lugar a outro é necessário o cadastramento de um andamento
processual, justamente o de “conclusão”. E como o Provimento sempre tenta imitar
o que ocorre no nosso mundo no mundo digital, o inciso V manda ainda que a
mensagem seja encaminhada ao próprio Juiz, caso este assim o deseje.

Em frente:

Art. 117. A resposta aos e-mails deverá ser dada


09555860467

eletronicamente, cabendo ao juiz, a quem a mensagem houver


sido encaminhada nos termos do inciso V do art. 116, ou ao
funcionário, encarregado do envio da resposta, preencher no
campo “para” o endereço do correio eletrônico (e-mail) da
unidade cartorária do remetente da mensagem original.
O tio já falou sobre isso! O e-mail sempre tem como remetente uma
pessoa, e como destinatário uma unidade!!!!

fulano@tjsp.jus.br->xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br

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O funcionário Ciclano, do Xº Ofício Cível, ao responder o e-mail, procederá


da seguinte forma:

ciclano@tj.sp.jus.br->yoficiocivelsp@tjsp.jus.br

Vou te contar um segredo agora: a confirmação de entrega e de leitura são


configurações opcionais na caixa de entrada dos e-mails. Se alguém não quiser
enviá-las, confirmando o recebimento ao remetente, basta simplesmente clicar em
“não”, o que daria ao destinatário prazo infinito para a resposta :P... Ou melhor: se
eu não abrir a caixa de entrada, e impossível tomar ciência do que tem nela... Férias
permanentes!!!!

Prevendo a possibilidade de pouquíssimos funcionários mal intencionados


pudessem atravancar o andamento dos serviços com ideias pouco elogiosas como
essa (o Poder Judiciário é uma máquina que depende de cada pequena
engrenagem), o artigo 118 assim dispõe:

Art. 118. Na ausência da expedição de confirmação de entrega e


leitura pelo destinatário da mensagem, presumir-se-ão
recebidas e lidas as mensagens no primeiro dia útil
subsequente ao do envio.
Simples assim: enviou o e-mail na quinta-feira, o prazo para atendimento
começa a correr na sexta-feira se as confirmações de entrega e leitura não forem
recebidas (se forem, o prazo começa a contar da própria confirmação).

Parágrafo único. Tratando-se de medidas urgentes, se frustrada a


entrega, ou se não confirmados o recebimento e a leitura até o
dia seguinte à transmissão, o remetente entrará em contato
telefônico com o destinatário e, se o caso, reenviará a
09555860467

mensagem, de tudo lavrando-se certidão nos autos.


Professor: mas e o processo eletrônico? Já é realidade em várias comarcas
que conheço. Preciso imprimir o e-mail para depois digitalizá-lo e incluí-lo no
processo eletrônico? Raramente!

Mas, em regra, NÃO!

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Para isso existem programas que “enganam” o computador e, ao invés de


realizarem uma impressão, geram um arquivo PDF. O Tribunal de Justiça terá uma
tela de impressão mais ou menos assim:

Se quiser utilizar a impressora de verdade, clique nela, se não, escolha a


impressora “de mentira”, que cuidará de criar o PDF.

É isso que diz o artigo 119: 09555860467

Art. 119. Em se tratando de documentos que devam ser juntados


em processo digital, será feita em PDF a impressão de que
cuidam os incisos IV e VIII do art. 115 e o inciso II do art. 116.
Relembrando:

Art. 115. O remetente da comunicação eletrônica deverá:


[...]
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IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada,


dispensadas a impressão e a juntada de anexos que
consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no
classificador correspondente;
[...]
VIII - imprimir os comprovantes de confirmação de entrega e de
leitura, para juntada aos autos, assim que recebê-los;
[...]
Art. 116. O ofício de justiça que receber a mensagem deverá:
[...]
II - imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para
juntada aos autos do processo ou arquivamento em classificador
próprio, se for o caso;
[...]
Eu contei a você há poucas páginas atrás que o que mais pesa contra um
documento digital é a verificação de sua autenticidade. Com a adoção do conceito
de certificação digital pela legislação brasileira (vou poupá-lo da explicação sobre
chaves assimétricas e criptografia :P), os documentos digitais passaram a contar
com meios que permitem a verificação de sua autenticidade.

Sem isso, os e-mails que são encaminhados pelos ofícios de justiça são
desprovidos de qualquer valor legal, pois é impossível atestar a origem da
solicitação.

Aí voltamos à idade da pedra:

Art. 120. Nos casos de inoperância do certificado digital ou


enquanto não for disponibilizado, o remetente materializará o
documento em papel, colherá a assinatura, digitalizará o
09555860467

documento assinado e o enviará como anexo da mensagem


eletrônica.
Sim, é isso mesmo: dada a impossibilidade de se conferir ao documento
digital uma assinatura sem o certificado digital, nós apelaremos para o método
ancestral de certificação da autenticidade de um documento: a assinatura!

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Escreva o e-mail (afinal, o Provimento mandou que assim se fizesse),


imprima-o, assine-o e pasme: digitalize-o para que o mesmo volte a ser eletrônico
(só que agora devidamente autenticado). Depois disto, basta anexar o arquivo no
formato PDF.

Adotadas todas as providências vistas nesta seção, os e-mails devem ser


deletados:

Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. 115, 116 e 117, as


mensagens eletrônicas e seus anexos serão deletados.
Mais uma etapa a vencida.

Que venha o próximo tópico.

2.11 Das Cartas Precatórias, Rogatórias e Arbitrais

O título deste capítulo foi alterado pelo Provimento 17/2016, acrescentando-


se as cartas arbitrais ao rol de cartas. Entretanto, nem uma única menção a estas
cartas foi feita aqui. Se eu tivesse de apostar, esse capítulo sofrerá acréscimos em
breve.

Lembra-se daquela questão de competência dos diferentes Juízos? Cada


09555860467

Juiz é competente para julgamento de determinadas matérias e dentro dos limites


de sua comarca.

Mas é possível que ele precise que determinado ato seja realizado fora dos
limites territoriais de sua comarca.

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Repetindo o exemplo dado anteriormente: autor e réu litigam na Comarca da


Capital, mas uma das testemunhas que precisa ser ouvida reside em outra
comarca, bem longe dali.

Não podemos fazer a testemunha vir até nós, então faremos o seguinte:
enviaremos uma carta precatória para o Juízo daquela comarca, a fim de que ele
providencie a realização da diligência (neste caso, a oitiva da testemunha).

A carta rogatória funciona sob o mesmo fundamento, entretanto, a diligência


a ser realizada é solicitada a autoridade judiciária com jurisdição no exterior.

As disposições gerais sobre as cartas precatórias e rogatórias estão no


Código de Processo Civil:

Veja:

Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem


judicial.
§ 1o Será expedida carta para a prática de atos fora dos limites
territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção
judiciárias, ressalvadas as hipóteses previstas em lei.
§ 2o O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado,
se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do
local de sua sede.
§ 3o Admite-se a prática de atos processuais por meio de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens em tempo real.

Dentro de sua comarca, o Juiz possui competência para atuar. Em outras


palavras, o Juiz é competente para exercer a jurisdição dentro dos limites territoriais
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de sua comarca.

Desta forma, para que um ato processual seja cumprido dentro dos limites de
sua comarca, basta que ele emita uma ordem, e assim será feito.

Mas, fora dos limites da comarca (seja dentro ainda dentro do Brasil ou no
restante do mundo), o Juiz não é competente para atuar. Seja porque, em outra
comarca do país, outro Magistrado possui competência para tanto, ou, seja porque
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a jurisdição brasileira limita-se ao território nacional, de tal forma que, no


estrangeiro, nossos juízes não possuem jurisdição (não podem dizer o direito no
caso concreto) e, consequentemente, também não possuirão competência para
atuar.

O Código de Processo Civil é bem claro:

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais


em todo o território nacional, conforme as disposições deste
Código.
Bom, e aí? O ato processual precisa ser praticado, mas o Juiz não pode
emitir uma ordem judicial para sua realização. O que fazer?

Simples meu caro: o ato deve ser requisitado por carta! O Magistrado
interessado na prática do ato enviará uma carta à autoridade judiciária competente,
para que esta ordene a prática do ato pretendido.

Neste momento o artigo 237 do Código de Processo Civil nos aponta os tipos
de cartas existentes na legislação:

Art. 237. Será expedida carta:


I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o do art. 236;
II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato
de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso
perante órgão jurisdicional brasileiro;
III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou
determine o cumprimento, na área de sua competência territorial,
de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por
órgão jurisdicional de competência territorial diversa;
IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou
09555860467

determine o cumprimento, na área de sua competência


territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária
formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação
de tutela provisória.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça
federal ou em tribunal superior houver de ser praticado em local
onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
estadual da respectiva comarca.

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A carta de ordem é emitida por Tribunais de Justiça em todo o país. Por não
ser um documento produzido pela 1ª Instância do Poder Judiciário, não é abordada
pelo Provimento. Coisa semelhante ocorre com as cartas arbitrais: o ato a ser
praticado foi solicitado por um juízo arbitral, externo ao Poder Judiciário. Só para
não nos alongarmos muito, juízos arbitrais são órgãos privados que realizam
julgamentos. As partes concordam previamente que as questões atinentes a
determinado contrato serão solucionadas não pelo Poder Judiciário, mas, por
exemplo, por uma Câmara Arbitral.

Temos duas vantagens principais: a solução de conflitos é mais rápida (pois


as câmaras arbitrais lidam com bem menos casos) e a solução tende a ser
tecnicamente mais satisfatória (pois as câmaras são formadas por profissionais que
conhecem profundamente os poucos assuntos que analisam).

Restam, então, as cartas precatórias (encaminhadas a autoridades


judiciárias brasileiras) e rogatórias (encaminhadas a autoridades judiciárias
estrangeiras), sendo as primeiras muito mais comuns, razão pela qual o
Provimento passa a maior parte desta seção regulando seu funcionamento (aliás,
existe apenas um artigo nesta seção tratando sobre cartas rogatórias, e ele serve
apenas para dizer que o Provimento não fala sobre cartas rogatórias :P).

Comecemos:

Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias,


servindo, uma delas, de contrafé
Contrafé é uma cópia da citação ou intimação realizada pelo Oficial de
Justiça. Se você, um dia, for citado em uma ação judicial, e essa citação se der por
09555860467

Oficial de Justiça, você será visitado por esse servidor, o qual lhe dirá que uma ação
corre contra você na Comarca X e que você tem prazo para contestá-la.

Além de lhe dizer tudo isso, o Oficial de Justiça deixará com você uma cópia
dessa citação e da petição inicial da ação ajuizada pelo autor.

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A precatória é confeccionada em 3 vias: uma delas será entregue ao


réu/testemunha ou quem quer que tenha de ser citado ou intimado a pedido do juízo
deprecante (essa é a chamada contrafé), a outra ficará com o próprio juízo
deprecante (aquele que solicita a prática de um ato) e a via remanescente ficará
com o juízo deprecado (aquele de quem se solicita a prática do ato judicial).

Só que nada é feito de graça nesta vida! A prestação de serviços


jurisdicionais é fato gerador de um tributo que será visto por você ao longo de toda
sua vida funcional: a taxa judiciária.

A intenção do tio não é dar a você um curso completo de Direito Tributário


bem no meio da aula de Provimento, mas acho importante que você conheça ao
menos o dispositivo constitucional que trata das taxas:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão instituir os seguintes tributos:
[...]
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
[...]
Contribuinte recebeu um serviço público (dentre os quais a prestação
jurisdicional) para o qual existe uma taxa instituída? Então ele deve recolher a taxa
que incide pela prestação desse serviço público.

Pois bem, o cumprimento da carta precatória está condicionado ao


recolhimento da taxa judiciária até o momento da distribuição da mesma.
09555860467

E se você esqueceu:

A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os


diversos feitos que chegam à comarca ou foro distrital entre as varas que o
compõem. A Carta Precatória é mais um feito que está sujeito a distribuição nos
locais em que houver mais de um juiz, conforme nos diz o Código de Processo Civil

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Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser


distribuídos onde houver mais de um juiz.
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e
aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade.

Ok, mas de onde eu tirei tudo isso? Daqui ó:

§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do


cumprimento, deverá ser demonstrado até o momento da
distribuição, mediante a juntada da 1ª via original do respectivo
comprovante de recolhimento.
§ 2º Quando o ato deprecado for a citação, será instruída com
tantas cópias da petição inicial quantas sejam as pessoas a
citar.
E vamos indo.

As cartas precatórias ainda se destacam por outra característica interessante:


seu caráter itinerante.

Dê uma olhada neste artigo do Código de Processo Civil:

Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois


de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo
diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Se o Juízo da comarca X solicita a prática de ato pelo juízo da comarca Y, a
carta precatória terá como juízo deprecado a comarca Y.

Todavia, ao ser distribuída, o juiz da comarca Y sorteado constata que o ato


deve ser praticado na comarca Z. E aí? Devolve-se a carta para que seja corrigida e
encaminhada ao juízo correto? Não! 09555860467

A carta pode ser encaminhada diretamente à comarca Z, para que lá se dê


cumprimento à solicitação.

Aliás, a carta pode ser enviada de comarca em comarca, até que o ato nela
requisitado seja cumprido. Eis aí o significado de “itinerante”: aquilo que se desloca
constantemente. É como o circo! :P.

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O artigo 123 foi inspirado diretamente no artigo 262 do Código de Processo


Civil:

Art. 123. Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço


de jurisdição diversa daquela constante da carta precatória, ou
ainda, que o endereço originário pertence à outra jurisdição,
deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo competente,
comunicando tal fato ao juízo deprecante.

Preste bem atenção: no caso do artigo 123, o ato está em condições de ser
cumprido. O único empecilho constatado foi quanto ao local onde o ato deve ser
praticado: em território de comarca diversa daquela que consta como deprecada
(“jurisdição” neste artigo tem o mesmo significado de “comarca”). O simples
encaminhamento para o juízo da comarca correta é suficiente para que o ato possa
ser cumprido.

Coisa diferente ocorre no artigo 124:

Art. 124. O juízo deprecado devolverá acarta precatória,


independentemente de cumprimento, quando não devidamente
instruída e não houver regularização no prazo determinado.
Se a carta precatória não estiver corretamente instruída, a prática do ato
solicitado fica inviável. Neste caso, não resta outra opção: a carta precatória deve
ser devolvida ao juízo deprecante para que este decida o que fazer a respeito.

Art. 125. As cartas precatórias não serão autuadas, servindo os


encartes remetidos pelo juízo deprecante como face das
mesmas, sobre os quais o ofício de justiça deprecado afixará a
etiqueta adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá
de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando
também anotar no alto, à direita, o número do processo.
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Art. 126. As cartas precatórias, quando possível, servirão como


mandado.
Olha que legal: a carta precatória não é só uma solicitação: ela incorpora a
própria ordem judicial do Juiz deprecante. Essa ordem judicial só não foi dada
diretamente por conta da falta de competência do Juiz sobre a área da comarca do
juízo deprecado.

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Muito bem: a característica apontada no artigo 126 (servir a carta precatória


como mandado) é típica das cartas precatórias citatórias (aquelas que solicitam a
citação do réu, informando-lhe que uma ação foi ajuizada contra ele) e das cartas
precatórias intimatórias (aquelas que solicitam a intimação das partes ou
testemunhas para a prática de determinado ato no processo).

As demais cartas precatórias costumam depender de despacho do Juiz


deprecante para cumprimento, justamente por não valerem como mandado.

Pois bem, nos casos em que a carta precatória valer como mandado, seu
cumprimento não dependerá de mandado expedido pelo Juiz deprecado: o
Oficial de Justiça poderá pegar a própria carta precatória, colocar embaixo do braço
e praticar o ato ordenado pelo Juiz deprecante, sem que o Juiz deprecado tenha se
manifestado a respeito do assunto.

Muito legal (ao menos em minha opinião).

O tempo passou, e passou, e passou, e nada de resposta sobre o


cumprimento da carta precatória. O Escrivão (responsável pelo controle dos prazos
dos processos, aí incluído aquele processo que está aguardando o retorno da
precatória) fica ansioso e manda que você envie um pedido de informações ao
Juízo deprecado...

E nada de resposta!

E aí?
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Art. 127. Não atendidos pedidos de informações sobre o


cumprimento do ato, cumprirá ao ofício de justiça do juízo
deprecante reiterar a solicitação e estabelecer contato
telefônico com o escrivão do juízo deprecado, de tudo
certificando nos autos.

Agora, se nem falando diretamente com o escrivão do juízo deprecado por


telefone resolver o problema (ele jurou que iria tomar providências, mas não
resolveu coisa alguma :P), precisaremos recorrer a um poder maior:

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Parágrafo único. Em caso de inércia, os autos serão conclusos


ao juiz do feito para as providências cabíveis.
Daí por diante, meu caro, a coisa fica feia. Mas não vem ao caso agora...

Seguindo:

Art. 128. É permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo


deprecado, para a entrega ao juízo deprecante, desde que nela
conste o nome do advogado da parte que tiver interesse no
cumprimento do ato, com o número da respectiva inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil.

Agora quem vos fala não é o Felipe, ex-Técnico Judiciário, mas sim o Felipe,
ex-estagiário de Direito. Para você, aquela Carta Precatória cumprida é só mais um
papel como qualquer outro, que precisa ser encaminhado a seu destino. Você fará
isso, mas depois de um monte de outras coisas mais urgentes que demandam sua
atenção.

Para o advogado, aquele processo é o cliente cornetando na orelha dele dia


após dia, querendo saber por que o processo não foi resolvido, porque as coisas
demoram tanto, porque ele não pode ter o que quer agora, e porque o mundo, de
maneira geral, lhe furta o direito de alcançar a felicidade através da atividade
jurisdicional.

Assim, se a carta já está cumprida, e o advogado se dispõe a poupá-lo do


trabalho de encaminhar um malote para o juízo deprecante, porque não deixar que
ele faça a entrega? Que leve a carta consigo e faça dela bom proveito!

Mas, para evitar que a carta precatória desapareça, o advogado deve estar
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perfeitamente identificado na mesma, inclusive com seu número de OAB. Assim,


caso a Carta Precatória “suma”, teremos como identificar e repreender o
responsável.

Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial


juntará, aos autos principais, apenas as peças essenciais,
imprescindíveis à compreensão das diligências realizadas no juízo
deprecado, especialmente as certidões de lavra dos oficiais de

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justiça e os termos do que foi deprecado, salvo determinação


judicial em contrário.
Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a carta precatória
por fac-símile (fax), telegrama, telefone, radiograma ou correio
eletrônico (e-mail), observando-se as cautelas previstas nos arts.
264 e 265 do Código de Processo Civil e nos arts. 354 e 356 do
Código de Processo Penal.
Os códigos de processo... sempre inspirando o Corregedor...

As cautelas são as seguintes para o Código de Processo Civil:

Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por meio


eletrônico, por telefone ou por telegrama conterão, em resumo
substancial, os requisitos mencionados no art. 250,
especialmente no que se refere à aferição da autenticidade.
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de
secretaria do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a carta
de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se
cumprir o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da
primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma
vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
E para o Código de Processo Penal:

Art. 354. A precatória indicará:


I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as
especificações;
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá
comparecer.
[...]
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em
resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser
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expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do


juiz, o que a estação expedidora mencionará.

Em ambos os casos, a proposta é simples: o fato de estarmos utilizando um


veículo de comunicação mais ágil que o usual não desobriga ao atendimento dos
demais requisitos para elaboração de uma carta precatória.

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Ademais, como já vimos anteriormente a Carta Precatória é encaminhada por


via eletrônica apenas em casos urgentes, conforme o próprio Provimento dispôs:

Art. 113. Serão transmitidas eletronicamente:


[...]
VI - cartas precatórias, nos casos de urgência.
Quase terminando:

Parágrafo único. A via original da carta não será encaminhada ao


juízo deprecado. Será encartada aos autos, juntamente com a
certidão de sua transmissão, tãologo ocorra o pedido de confirmação
de seu teor por parte do juízo destinatário.
Relembremos do artigo 122:

Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias,


servindo, uma delas, de contrafé

1ª Via: Mantida no juízo deprecante e encartada nos autos;

2ª Via: Encaminhada ao juízo deprecado;

3ª Via: Contrafé. É também encaminhada ao juízo deprecado, mas será


posteriormente entregue ao citado/intimado.

E o único artigo do Provimento que aborda a carta rogatória limita-se a dizer


que não será no Provimento que encontraremos instruções para sua expedição.

Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas


conforme o procedimento, modelos e formulários aprovados e
divulgados pela Corregedoria Geral da Justiça no sítio do
Tribunal de Justiça na internet.
09555860467

Melhor para você!

Bom meu caro, o que tinha para hoje era isso. Espero que tenha se divertido.

Na próxima aula encerraremos os tópicos referentes às Normas da


Corregedoria e você estará pronto para gabaritar a prova!

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Abraço

Questões Comentadas

1 - VUNESP – TJ SP - 2013 -Excetuados os casos especiais, decididos pelo


juiz,ou para manter peça processual com seus documentos anexos, os autos de
processos não poderão exceder:

a) 100 (cem) folhas em cada volume.

b) 500 (quinhentas) folhas em cada volume.

c) 200 (duzentas) folhas em cada volume.

d) 50 (cinquenta) folhas em cada volume.

e) 30 (trinta) folhas em cada volume.

Comentário: Essa questão é tão batida que mal tem graça.

Você, obrigatoriamente, precisa saber qual o número máximo de folhas que


um volume pode chegar:

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas)


folhas em cada volume, salvo determinação judicial expressa
em contrário ou para manter peça processual com seus
documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.

Detalhe: os volumes sempre terão 200 folhas? NÃO! Existem exceções no


09555860467

próprio artigo 89.

A primeira exceção é clássica: o Juiz mandou que fosse feito de outra forma.

A segunda exceção é mais interessante: o volume pode ser encerrado antes


ou depois de forma a manter uma peça processual e seus anexos dentro do mesmo
volume (isso facilitará muito a leitura depois). Se você chegou à página 198 do

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processo, e tem de juntar uma petição do advogado de 50 páginas, você poderá


encerrar o volume já na página 198, de forma que as 50 páginas de petição fiquem
juntas no próximo volume.

Letra c)

2 - VUNESP - 2013 – ADAPTADA Assinale a alternativa que está de acordo


com o texto expresso das Normas da Corregedoria Geral de Justiça em relação à
Ordem Geral dos Serviços.

a) O volume deverá ser encerrado com no máximo 250 folhas.

b) É autorizada a utilização de chancela ou de outro recurso que propicie a


reprodução mecânica da assinatura do juiz nos autos judiciais.

c) Serão atendidos em 72 horas os pedidos de certidões de objeto e pé


formulados pelo e-mail institucional de um cartório judicial para outro.

d) As certidões em breve relatório ou de inteiro teor serão expedidas no prazo


de 5 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.

e) Não poderá haver anotações de “sem efeito” nos autos judiciais, sob pena
de responsabilidade administrativa do Escrevente que as lançar.

Comentário: Ponto por ponto:

A assertiva a), está errada. São 200 folhas:

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas)


09555860467

folhas em cada volume, salvo determinação judicial expressa


em contrário ou para manter peça processual com seus
documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.

A assertiva b) está errada também, pois é vedada a utilização de chancela ou


outros recursos, nos termos do artigo 82 do Provimento (a Corregedoria abomina a

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mera possibilidade de a assinatura do Juiz poder ser reproduzida por quem quer
que seja, inclusive pelos demais servidores)

Art. 82. Na escrituração é vedada:


[...]
IV - a utilização de chancela, ou de qualquer recurso que
propicie a reprodução mecânica da assinatura do juiz

A assertiva c) também está errada. O prazo correto é de 48 horas e não de


72 horas como afirmado, nos termos do artigo 104, §3º das Normas:

Art. 104. A expedição de certidões em breve relatório ou de inteiro


teor compete exclusivamente aos ofícios de justiça.
[...]
§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de
certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro. A certidão
será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.
Procure se lembrar dos prazos para atendimento a solicitações de certidão
de objeto e pé:

- 5 dias úteis para certidões de objeto e pé, solicitadas por e-mail, por
um ofício de justiça para outro;

- 5 dias para os demais casos.

Assertiva e) também incorreta: anotações sem efeito são permitidas, devendo


ser apenas evitadas. 09555860467

Art. 81. Na escrituração serão evitadas as seguintes práticas:


[...]
II - anotações de “sem efeito”;
É uma recomendação, não uma ordem.

A assertiva d) é justamente aquilo que procuramos:

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Art. 104. A expedição de certidões em breve relatório ou de inteiro


teor compete exclusivamente aos ofícios de justiça.
[...]
§ 2º As certidões serão expedidas no prazo de 5 (cinco) dias,
contados da data do recebimento do respectivo pedido pelo
ofício de justiça, fornecido ao interessado protocolo de
requerimento.
Letra d)

3 - VUNESP - 2007 - TJ-SP - Técnico Judiciário – Interior As certidões em


breve relatório ou de inteiro teor serão expedidas no prazo

a) 2 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.

b) 5 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.

c) 10 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.

d) 15 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.

e) 30 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.

Comentário: Olha como você já está ficando bom em analisar as questões.

Por exemplo: uma das alternativas fala em 2 dias. Você já leu, em qualquer
lugar que fosse do provimento, esse prazo em particular?
09555860467

Com certeza você já viu 48 horas, mas "2 dias" nem pensar.

Quanto aos demais prazos, poxa: mais de 10 dias para declarar uma
informação que consta dos próprios autos ou papéis que circulam no ofício de
justiça? Basta pegar o processo, lê-lo e certificar. Não tem segredo (você verá que a
pegadinha é o volume de trabalho).

Prazos de 10, 15, 30 dias, parecem razoáveis? Lógico que não!


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Assim, pode marcar a letra b) sem temor:

Art. 104. A expedição de certidões em breve relatório ou de inteiro


teor compete exclusivamente aos ofícios de justiça.
[...]
§ 2º As certidões serão expedidas no prazo de 5 (cinco) dias,
contados da data do recebimento do respectivo pedido pelo
ofício de justiça, fornecido ao interessado protocolo de
requerimento.
Letra b)

4 - AUTORIA PRÓPRIA -Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício


de justiça providenciará a autuação, nela afixando a etiqueta que, gerada pelo
sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das partes, data etc.), no
prazo de:

a) 24 horas

b) 72 horas

c) 5 dias

d) 10 dias

e) 15 dias

Comentário: A VUNESP tem por tradição sempre colocar pelo menos uma
questão de prazo.
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E este aqui eu creio que tem grande potencial de cair!

Pense bem, assim que as peças processuais entram no ofício o ideal é que
estas sejam transformadas em um processo o mais rápido possível, pois, do
contrário corre-se o risco de perder os documentos (papéis soltos não recebem
números de controle quando são destinados a serem juntados ao processo).

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A etiqueta do distribuidor, além da função que você viu no enunciado,


usualmente possui um código de barra que permitirá o controle do trâmite do
processo durante toda sua vida útil. O papel solto (dentre eles a petição) não tem
esse mesmo tratamento e, enquanto não for juntado ao processo, pode muito bem
escorregar e ir parar embaixo do armário.

Dito isto, a autuação precisa ser muito, mas muito rápida mesmo.

Tudo isso para dizer: o prazo é de até 24 horas. O mais célere dos prazos
existentes no Provimento:

Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de


justiça providenciará, em 24 (vinte e quatro) horas, a autuação,
nela afixando a etiqueta que, gerada pelo sistema informatizado
e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das
partes, data etc.).
Letra a)

5 - AUTORIA PRÓPRIA -Considerando os procedimentos adequados para a


autuação, marque a alternativa correta:

a) É necessária a lavratura de certidão, no interior dos autos, da autuação e


do registro do processo.

b) É permitido o lançamento do termo de juntada na própria petição ou


documento a ser encartado nos autos.

c) A numeração ordinal indicativa de novos volumes será destacada nas


09555860467

respectivas autuações, dispensada sua anotação na autuação do primeiro volume.

d) Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência, renumerando-


se.

e) O ofício de justiça afixará nas autuações tarjas coloridas, na posição


horizontal, para assinalar situações especiais descritas nestas Normas de Serviço.

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Comentário: Hora de brincar pelo Provimento. Quem conhece, não decora,


passeia pelos artigos.

Jogue fora a proposição a): é dispensada a lavratura de certidão a respeito


da autuação e do registro do processo (afinal de contas, se eu estou com o
processo em mãos, é razoável supor que ele tenha sido autuado e registrado no
sistema).

Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de


justiça providenciará, em 24 (vinte e quatro) horas, a autuação,
nela afixando a etiqueta que, gerada pelo sistema informatizado
e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das
partes, data etc.).
Parágrafo único. É dispensada a lavratura de certidão, no interior
dos autos, da autuação e do registro do processo.

A proposição b) está incorreta: não se lança o termo de juntada na própria


petição ou documento. Já falamos sobre isso: o termo de juntada é lançado em
folha diferente para tornar mais difícil a subtração do conteúdo do processo, pois o
malfeitor teria de sumir com o documento, a folha que contém o termo de juntada e
ainda dar um jeito de camuflar a numeração que ficaria defasada por duas folhas:

Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios


recebidos, laudos, mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o
respectivo termo de juntada.
[...]
§ 2º É vedado o lançamento do termo de juntada na própria
petição ou documento a serem encartados aos autos.
09555860467

A alternativa c) também está incorreta. O número de volumes vem anotado


justamente no primeiro volume do processo:

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas)


folhas em cada volume, salvo determinação judicial expressa
em contrário ou para manter peça processual com seus
documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.
[...]
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§ 2º A numeração ordinal indicativa de novos volumes será


destacada nas respectivas autuações e anotada na autuação do
primeiro volume.
Cuidado com a alternativa d). Era uma prática permitida antigamente, mas
vedada atualmente!

Deve-se apenas certificar o ocorrido nos autos..

Art. 91. Os escrivães judiciais ou, sob sua supervisão, os


escreventes zelarão pela correta numeração das folhas dos
autos.
§ 1º Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência,
sendo vedada a renumeração.

Alternativa e) está correta. São as famosas tarjas coloridas que servem para
guiar o serviço do cartório indicando uma determinada situação do processo, como,
por exemplo, ajustiça gratuita ou trâmite em segredo de justiça, entre outras
situações.

Art. 88. O ofício de justiça afixará nas autuações tarjas coloridas,


na posição horizontal, para assinalar situações especiais
descritas nestas Normas de Serviço.
Letra e)

6 - AUTORIA PRÓPRIA - Os pedidos de certidões de objeto e pé formulados


pelo correio eletrônico (e-mail) institucional de um ofício de justiça para outro, serão
atendidos em

a) 24 horas
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b) 48 horas

c) 72 horas

d) 5 dias úteis

e) 10 dias úteis

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Comentário: A regra geral é que certidão de objeto e pé seja expedida em


até 5 dias para as partes. Não se cogita um prazo maior que este!

Quanto às solicitações por e-mail, até o provimento 17/2016, os prazos para


resposta eram de 48 horas (antigo gabarito desta questão). Entretanto, a partir do
referido diploma, os prazos passaram a ser de 5 dias úteis.

Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios convencionais no


caso de indisponibilidade do sistema informatizado e do sistema
de malote digital, quando implantado, as comunicações oficiais
que transitem entre os ofícios de justiça serão por meio
eletrônico, observadas as regras estabelecidas nesta Seção.
(...)
§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de
certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro. A certidão
será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.
Letra d)

7 - AUTORIA PRÓPRIA - Com o advento do processo eletrônico a


transmissão de informações se tornou mais ágil, podendo muitas vezes ser
realizada por e-mail. São procedimentos a serem observados pelo emitenteda
comunicação eletrônica, conforme as Normas da Corregedoria, exceto:

a) utilizar seu correio eletrônico da unidade em que lotado, e não o


institucional, para enviar a mensagem

b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo


(número, unidade judiciária, comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico
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(e-mail) institucional da unidade em que lotado;

c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a


impressão e a juntada de anexosque consistirem em peças do processo, ou,
quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no
classificador correspondente;

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d) anexar à mensagem os documentos necessários, no padrão PDF e sem


restrição de impressão ou salvamento;

e) selecionar as opções de confirmação de entrega e de confirmação de


leitura da mensagem;

Comentário: As comunicações eletrônicas são um grande avanço em prol da


celeridade processual. O e-mail proporciona rapidez inigualável na troca de
informações.

Mas rapidez não pode descambar para bagunça! Sabendo disto, o


Provimento providenciou um arranjo que padroniza as trocas das mensagens.

De todas as alternativas presentes, a única que apresenta incorreção é a


proposta na letra a).

O e-mail que deve ser utilizado é o institucional e não o da unidade em que o


servidor está lotado. Deste modo a resposta da questão é a letra a).

Art. 115. O remetente da comunicação eletrônica deverá:


I - utilizar seu correio eletrônico (e-mail) institucional, e não o da
unidade em que lotado, para enviar a mensagem;
Letra a)

8 - AUTORIA PRÓPRIA - A comunicação eletrônica facilitou a troca de


informações entre os Ofícios de Justiça. Quanto ao recebimento da mensagem,
marque a alternativa que apresenta um procedimento incorreto por parte do
receptor. 09555860467

a) expedir eletronicamente as confirmações de entrega e de leitura da


mensagem, que valerão como protocolo;

b) imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos


autos do processo ou arquivamento em classificador próprio, se for o caso;

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c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, sendo necessária


a impressão e a juntada de todos os anexos ao processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquiva-los no classificador
correspondente;

d) inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de


recebimento da mensagem eletrônica, se for o caso;

e) encaminhar eletronicamente a mensagem, no mesmo prazo da conclusão,


ao correio eletrônico (e-mail) institucional do juiz, se este assim o determinar, ou ao
correio eletrônico (e-mail) institucional do funcionário, a quem couber o envio da
resposta.

Comentário: Se na questão anterior falamos em emissor, aqui tratamos do


receptor. Preste muita atenção nestas duas questões, pois acredito que a banca vai
tentar confundi-lo no meio da infinidade de procedimentos.

Dito isto, reforço: não precisamos juntar peças que já estejam no processo:

Art. 116. O ofício de justiça que receber a mensagem deverá:


[...]
IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada,
dispensadas a impressão e a juntada de anexos que
consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no
classificador correspondente;
Letra c)

9 - AUTORIA PRÓPRIA - Quanto as Cartas Precatórias e Rogatórias é


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correto afirmar apenas o contido em:

a) Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição


diversa daquela constante da carta precatória, ou ainda, que o endereço originário
pertence à outra jurisdição, deverá o juízo deprecado remeter a carta precatória ao
juízo deprecante para posterior remessa deste ao juízo correto.

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b) O juízo deprecado devolverá a carta precatória, dependentemente de


cumprimento, quando não devidamente instruída e não houver regularização no
prazo determinado.

c) As cartas precatórias serão autuadas, servindo os encartes remetidos pelo


juízo deprecante como face das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça
deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá
de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no alto,
à direita, o número do processo.

d) Não é permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado,


para a entrega ao juízo deprecante, pelo advogado da parte interessada.

e) As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas conforme o


procedimento, modelos e formulários aprovados e divulgados pela Corregedoria
Geral da Justiça no sítio do Tribunal de Justiça na internet.

Comentário: Esta questão esta cheia de pegadinhas no meio dos textos.


Além de ser um clássico da banca, é ótima para confundir quem tentou apenas
decorar o Provimento, sem compreendê-lo, pois as frases simplesmente não fazem
sentido dentro do contexto do ofício de justiça.

Enfim, assim dispõe o artigo 131 do provimento:

Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas


conforme o procedimento, modelos e formulários aprovados e
divulgados pela Corregedoria Geral da Justiça no sítio do
Tribunal de Justiça na internet.
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O único artigo sobre carta rogatória das normas diz que as normas não
falaram sobre a carta rogatória naquele momento :P. O resto, meu caro, está
errado!

Letra e)

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10 - VUNESP – TJ SP - 2014. As Normas da Corregedoria Geral de Justiça


do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo preveem que, recebida petição
inicial ou intermediária acompanhada de objetos de inviável entranhamento aos
autos do processo,

a) o escrivão deverá conferir, arrolar e quantificar esses objetos, lavrando


certidão, sempre que possível na presença do interessado, mantendo- -os sob sua
guarda e responsabilidade até encerramento da demanda.

b) tais objetos serão certificados nos autos e anotados no sistema


informatizado oficial e encaminhados, a seguir, ao depositário oficial do juízo, para
guarda até o trânsito em julgado da decisão.

c) o escrivão deverá apresentar todos os objetos ao juiz competente para o


feito, que deverá designar depositário judicial, o qual deverá guardar os objetos
durante o trâmite do feito.

d) os objetos deverão ser restituídos imediatamente à parte que os


apresentou, sendo assinalado prazo de 10 (dez) dias para reapresentação de tais
objetos, de forma que seja viabilizado o encarte destes aos autos.

e) os objetos serão previamente arrolados, descritos e documentados, sendo


intimada a parte peticionante a retirá-los e conservá-los no estado em que se
encontram até a decisão final nos autos.

Comentário: Mais procedimentos... Sua vida funcional será uma sucessão


deles e, depois de um tempo, pode apostar que começa a ficar divertido :P.
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E aí?

Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios


recebidos, laudos, mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o
respectivo termo de juntada.
§ 4º Recebida petição inicial ou intermediária acompanhada de
objetos de inviável entranhamento aos autos do processo, o
escrivão deverá conferir, arrolar e quantificá-los, lavrando
certidão, sempre que possível na presença do interessado,
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mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até


encerramento da demanda
Entranhar, entre meus significados favoritos, significa “cravar
profundamente”, ou mesmo “introduzir nas entranhas”. Poético? Pois bem, o termo,
no ambiente forense, significa tão somente “juntar ao processo”, ao mesmo tempo
em que “desentranhar” é retirar um documento do processo.

Pois bem, de tempos em tempos, alguém vai aparecer com um documento


mirabolante, cuja juntada aos autos será inviável. Pode ser um “mapa mundi” com
escala de 1:20, uma submetralhadora ou 500 caixas de gelatina. Se o indivíduo
acredita que aquilo é um documento e que pode fazer prova em seu favor, ele tem o
direito de juntá-lo aos autos.

Só que isso não vai entrar no processo. Cabe ao escrivão conferir, arrolar e
quantificar aquilo que é entregue, lavrar a correspondente certidão e guardar toda
aquela parafernália até o processo se encerre, afinal, este documento de inviável
entranhamento só não está no processo porque seu entranhamento é inviável. Só
por isso.

Letra a)

11 - VUNESP – TJ SP – 2015 Acerca da autuação, abertura de volumes e


numeração de feitos, preveem as Normas da Corregedoria Geral da Justiça que

a) todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema informatizado,


acrescendo-se a carga, em meio físico ou eletrônico, no número máximo de 50
(cinquenta) processos por dia. 09555860467

b) deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 48 (quarenta e oito)


horas e executados os atos processuais no prazo de 3 (três) a 5 (cinco) dias,
dependendo da complexidade do ato a ser realizado.

c) os autos de processos não excederão de 200 (duzentas) folhas em cada


volume, salvo determinação judicial expressa em contrário ou para manter peça

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processual com seus documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado
com mais ou menos folhas.

d) para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais petições ou


documentos, será confeccionado um termo de juntada para cada uma das peças,
com a devida descrição pormenorizada do conteúdo delas.

e) ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de justiça providenciará,


em 48 (quarenta e oito) horas, a autuação, nela afixando a etiqueta que, gerada
pelo sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo.

Comentário: Item por item:

a) todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema informatizado,


acrescendo-se a carga, em meio físico ou eletrônico, no número máximo de 50
(cinquenta) processos por dia sem limitação de número.

Art. 98. [...]


[...]
§ 3º Todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema
informatizado, acrescendo-se a carga, em meio físico ou
eletrônico, somente quanto aos autos conclusos que não
receberem despacho ou não forem sentenciados até o final do
expediente do dia.
[...]
§ 5º A conclusão dos autos ao juiz será efetuada diariamente,
sem limitação de número.

Não há limitação de número de processos que podem ser encaminhados


09555860467

para conclusão do Juiz.

b) deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 48 (quarenta e oito)


horas 1 (um) dia e executados os atos processuais no prazo de 3 (três) a de 5
(cinco) dias, dependendo da complexidade do ato a ser realizado.

Os prazos estão errados. Os corretos são os do artigo 97 do Provimento e do


artigo 228 do Código de Processo Civil:
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[Normas da Corregedoria do Tribunal de Justiça de SP]


Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 1 (um)
dia e executados os atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias.
[Código de Processo Civil]
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos
no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais no prazo
de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi
imposto pela lei;
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a
hora em que teve ciência da ordem referida no inciso II.
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições
ou de manifestações em geral ocorrerá de forma automática,
independentemente de ato de serventuário da justiça.
c) os autos de processos não excederão de 200 (duzentas) folhas em
cada volume, salvo determinação judicial expressa em contrário ou para
manter peça processual com seus documentos anexos, podendo, nestes
casos, ser encerrado com mais ou menos folhas.

Perfeita, conforme redação do caput do artigo 89:

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas)


folhas em cada volume, salvo determinação judicial expressa
em contrário ou para manter peça processual com seus
documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.
[...]
d) para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais petições ou
documentos, será confeccionado um único termo de juntada para cada uma das
peças, com a devida descrição pormenorizada do conteúdo delas.
09555860467

Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios


recebidos, laudos, mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o
respectivo termo de juntada.
§ 1º Para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais
petições ou documentos, será confeccionado um único termo
de juntada com a relação das peças.
Já temos termos suficientes para uma vida inteira em cada processo que
corre no Judiciário. Pois bem, dessa vez, se formos realizar a juntada de duas ou
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mais petições ou documentos em uma única oportunidade, faça apenas um


único termo de juntada, relacionado às peças que estão sendo acrescentadas ao
documento.

e) ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de justiça providenciará,


em 48 (quarenta e oito) 24 (vinte e quatro) horas, a autuação, nela afixando a
etiqueta que, gerada pelo sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui
número ao processo.

O prazo assinalado para autuação de petição inicial ou denúncia é de 24


horas, conforme artigo 87 do Provimento:

Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de


justiça providenciará, em 24 (vinte e quatro) horas, a autuação,
nela afixando a etiqueta que, gerada pelo sistema informatizado
e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das
partes, data etc.).
Parágrafo único. É dispensada a lavratura de certidão, no interior
dos autos, da autuação e do registro do processo.
Letra c)

12 - VUNESP – TJ SP – 2015 Consoante as Normas da Corregedoria Geral


da Justiça, os mandados de prisão

a) não serão entregues aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao Instituto


de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD.

b) não serão objeto de recolhimento de guias de despesas, mas deverão ser


cumpridos pelos oficiais de justiça a serviço daquele juízo.
09555860467

c) serão entregues diretamente, por meio eletrônico, ao Departamento de


Capturas da Polícia Civil do Estado, que tomará as providências cabíveis.

d) serão distribuídos aos oficiais de justiça que realizaram as devidas buscas


com o apoio da Polícia Civil.

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e) serão remetidos por sistema eletrônico ao Comando de Operações –


COPOM da Polícia Militar, responsável pelas medidas cabíveis.

Comentário: Os mandados de prisão recebem tratamento diferenciado no


âmbito do Tribunal de Justiça de São Paulo:

Art. 108. Os mandados que devam ser cumpridos pelos oficiais


de justiça serão distribuídos, na forma regulada pela
Corregedoria Geral da Justiça, aos que estiverem lotados ou à
disposição das respectivas comarcas ou varas.
Parágrafo único. Os mandados de prisão não serão entregues
aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao Instituto de
Identificação Ricardo Gumbleton Daunt - IIRGD.

O Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt ou IIRGD é vinculado à


Polícia Civil do Estado de São Paulo e mantém, entre outras coisas, cópias das
suas impressões digitais e da sua foto 3x4 que está no RG (repare que a foto vem
furada justamente com a sigla “IIRGD”).

Motivo disso? Quem prende pessoas não é o Oficial de Justiça e sim a


Polícia Civil, de tal forma que o mandado é encaminhado a quem irá dar-lhe
cumprimento.

Letra a)

Questões Propostas

1 - VUNESP – TJ SP - 2013 - Excetuados os casos especiais, decididos pelo


09555860467

juiz, ou para manter peça processual com seus documentos anexos, os autos de
processos não poderão exceder:

a) 100 (cem) folhas em cada volume.

b) 500 (quinhentas) folhas em cada volume.

c) 200 (duzentas) folhas em cada volume.

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d) 50 (cinquenta) folhas em cada volume.

e) 30 (trinta) folhas em cada volume.

2 - VUNESP - 2013 - ADAPTADA Assinale a alternativa que está de acordo


com o texto expresso das Normas da Corregedoria Geral de Justiça em relação à
Ordem Geral dos Serviços.

a) O volume deverá ser encerrado com no máximo 250 folhas.

b) É autorizada a utilização de chancela ou de outro recurso que propicie a


reprodução mecânica da assinatura do juiz nos autos judiciais.

c) Serão atendidos em 72 horas os pedidos de certidões de objeto e pé


formulados pelo e-mail institucional de um cartório judicial para outro.

d) As certidões em breve relatório ou de inteiro teor serão expedidas no prazo


de 5 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.

e) Não poderá haver anotações de “sem efeito” nos autos judiciais, sob pena
de responsabilidade administrativa do Escrevente que as lançar.

3 - VUNESP - 2007 - TJ-SP - Técnico Judiciário - InteriorAs certidões em


breve relatório ou de inteiro teor serão expedidas no prazo

a) 2 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.

b) 5 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo pedido.


09555860467

c) 10 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.

d) 15 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.

e) 30 dias, contados da data do recebimento em cartório do respectivo


pedido.
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4 - AUTORIA PRÓPRIA - Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício


de justiça providenciará a autuação, nela afixando a etiqueta que, gerada pelo
sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das partes, data etc.), no
prazo de:

a) 24 horas

b) 72 horas

c) 5 dias

d) 10 dias

e) 15 dias

5 - AUTORIA PRÓPRIA - Considerando os procedimentos adequados para a


autuação, marque a alternativa correta:

a) É necessária a lavratura de certidão, no interior dos autos, da autuação e


do registro do processo.

b) É permitido o lançamento do termo de juntada na própria petição ou


documento a ser encartado nos autos.

c) A numeração ordinal indicativa de novos volumes será destacada nas


respectivas autuações, dispensada sua anotação na autuação do primeiro volume.

d) Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência, renumerando-


09555860467

se.

e) O ofício de justiça afixará nas autuações tarjas coloridas, na posição


horizontal, para assinalar situações especiais descritas nestas Normas de Serviço.

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6 - AUTORIA PRÓPRIA - Os pedidos de certidões de objeto e pé formulados


pelo correio eletrônico (e-mail) institucional de um ofício de justiça para outro, serão
atendidos em

a) 24 horas

b) 48 horas

c) 72 horas

d) 5 dias úteis

e) 10 dias

7 - AUTORIA PRÓPRIA - Com o advento do processo eletrônico a


transmissão de informações se tornou mais ágil, podendo muitas vezes ser
realizada por e-mail. São procedimentos a serem observados pelo emitente da
comunicação eletrônica, conforme as Normas da Corregedoria, exceto:

a) utilizar seu correio eletrônico da unidade em que lotado, e não o


institucional, para enviar a mensagem

b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo


(número, unidade judiciária, comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico
(e-mail) institucional da unidade em que lotado;

c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a


impressão e a juntada de anexos que consistirem em peças do processo, ou,
09555860467

quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no


classificador correspondente;

d) anexar à mensagem os documentos necessários, no padrão PDF e sem


restrição de impressão ou salvamento;

e) selecionar as opções de confirmação de entrega e de confirmação de


leitura da mensagem;
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8 - AUTORIA PRÓPRIA - A comunicação eletrônica facilitou a troca de


informações entre os Ofícios de Justiça. Quanto ao recebimento da mensagem,
marque a alternativa que apresenta um procedimento incorreto por parte do
receptor.

a) expedir eletronicamente as confirmações de entrega e de leitura da


mensagem, que valerão como protocolo;

b) imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos


autos do processo ou arquivamento em classificador próprio, se for o caso;

c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, sendo necessária


a impressão e a juntada de todos os anexos ao processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquiva-los no classificador
correspondente;

d) inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de


recebimento da mensagem eletrônica, se for o caso;

e) encaminhar eletronicamente a mensagem, no mesmo prazo da conclusão,


ao correio eletrônico (e-mail) institucional do juiz, se este assim o determinar, ou ao
correio eletrônico (e-mail) institucional do funcionário, a quem couber o envio da
resposta.

9 - AUTORIA PRÓPRIA - Quanto as Cartas Precatórias e Rogatórias é


correto afirmar apenas o contido em:

a) Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição


09555860467

diversa daquela constante da carta precatória, ou ainda, que o endereço originário


pertence à outra jurisdição, deverá o juízo deprecado remeter a carta precatória ao
juízo deprecante para posterior remessa deste ao juízo correto.

b) O juízo deprecado devolverá a carta precatória, dependentemente de


cumprimento, quando não devidamente instruída e não houver regularização no
prazo determinado.

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c) As cartas precatórias serão autuadas, servindo os encartes remetidos pelo


juízo deprecante como face das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça
deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá
de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no alto,
à direita, o número do processo.

d) Não é permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado,


para a entrega ao juízo deprecante, pelo advogado da parte interessada.

e) As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas conforme o


procedimento, modelos e formulários aprovados e divulgados pela Corregedoria
Geral da Justiça no sítio do Tribunal de Justiça na internet.

10 - VUNESP – TJ SP - 2014. As Normas da Corregedoria Geral de Justiça


do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo preveem que, recebida petição
inicial ou intermediária acompanhada de objetos de inviável entranhamento aos
autos do processo,

a) o escrivão deverá conferir, arrolar e quantificar esses objetos, lavrando


certidão, sempre que possível na presença do interessado, mantendo- -os sob sua
guarda e responsabilidade até encerramento da demanda.

b) tais objetos serão certificados nos autos e anotados no sistema


informatizado oficial e encaminhados, a seguir, ao depositário oficial do juízo, para
guarda até o trânsito em julgado da decisão.

c) o escrivão deverá apresentar todos os objetos ao juiz competente para o


feito, que deverá designar depositário judicial, o qual deverá guardar os objetos
09555860467

durante o trâmite do feito.

d) os objetos deverão ser restituídos imediatamente à parte que os


apresentou, sendo assinalado prazo de 10 (dez) dias para reapresentação de tais
objetos, de forma que seja viabilizado o encarte destes aos autos.

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e) os objetos serão previamente arrolados, descritos e documentados, sendo


intimada a parte peticionante a retirá-los e conservá-los no estado em que se
encontram até a decisão final nos autos.

11 - VUNESP – TJ SP – 2015 Acerca da autuação, abertura de volumes e


numeração de feitos, preveem as Normas da Corregedoria Geral da Justiça que

a) todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema informatizado,


acrescendo-se a carga, em meio físico ou eletrônico, no número máximo de 50
(cinquenta) processos por dia.

b) deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 48 (quarenta e oito)


horas e executados os atos processuais no prazo de 3 (três) a 5 (cinco) dias,
dependendo da complexidade do ato a ser realizado.

c) os autos de processos não excederão de 200 (duzentas) folhas em cada


volume, salvo determinação judicial expressa em contrário ou para manter peça
processual com seus documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado
com mais ou menos folhas.

d) para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais petições ou


documentos, será confeccionado um termo de juntada para cada uma das peças,
com a devida descrição pormenorizada do conteúdo delas.

e) ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de justiça providenciará,


em 48 (quarenta e oito) horas, a autuação, nela afixando a etiqueta que, gerada
pelo sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo.
09555860467

12 - VUNESP – TJ SP – 2015 Consoante as Normas da Corregedoria Geral


da Justiça, os mandados de prisão

a) não serão entregues aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao Instituto


de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD.

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b) não serão objeto de recolhimento de guias de despesas, mas deverão ser


cumpridos pelos oficiais de justiça a serviço daquele juízo.

c) serão entregues diretamente, por meio eletrônico, ao Departamento de


Capturas da Polícia Civil do Estado, que tomará as providências cabíveis.

d) serão distribuídos aos oficiais de justiça que realizaram as devidas buscas


com o apoio da Polícia Civil.

e) serão remetidos por sistema eletrônico ao Comando de Operações –


COPOM da Polícia Militar, responsável pelas medidas cabíveis.

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Gabarito

1 C 6 D 11 C
2 D 7 A 12 A
3 B 8 C
4 A 9 E
5 E 10 A

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