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Apostila do Curso
Terapia Nutricional Enteral e
Parenteral em Pediatria
Idade Corrigida
Ex.: Paciente com 1 ano e 3 meses de idade de nascimento, com idade gestacional de
34 semanas.
1. 40 – 34 = 6 semanas
Nutrição Enteral (NE) - “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes,
na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não,
utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação
oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas.”
Portanto, em pacientes gravemente doentes a nutrição por via enteral deve ser
tentada, sempre que possível, e em caso de impossibilidade para seu uso, deve-se
iniciar (ou reiniciar) a TNE o mais precocemente possível, quando do impedimento de
Via Oral.
BP 120-150kcal/kg/dia
IDADE G/KG/DIA
6 A 12 MESES 1,6
1 A 3 ANOS 1,2
CATCH UP 3,5
1) 30% em média no primeiro dia e por vezes por dois dias, dependendo do
estado nutricional e tempo de jejum;
2) Passado estes primeiros dias, 50-75% a seguir por 1 ou 2 dias;
3) Atingir as metas entre o terceiro e o quinto dia.
Síndrome da Realimentação
Nasogástrica: Mais fisiológica TGI totalmente funcionante, TNE por curto período e
tempo;
Leite Humano
Imunoglobulinas: IgA (maior quantidade na forma secretora); IgM; IgG; IgD; IgE e
complemento (C3/C4);
Cerca de 200 ml de leite humano por quilo de peso são necessários para
fornecer ao RNMBP as necessidades energéticas diárias. O uso do leite humano
exclusivo apresenta algumas limitações pela capacidade da mãe em promover um
suprimento adequado, capacidade gástrica do recém-nascido e pelas consequências
indesejáveis da sobrecarga hídrica.
Por essas razões é prática comum alimentar o RNMBP com leite humano
fortificado. A suplementação preserva as virtudes essenciais do leite humano e pode
ser feita por diferentes técnicas. Uma das possibilidades é a utilização do próprio leite
humano desidratado ou partes dele, entretanto não é prática comum, devido às
dificuldades em se obter volumes grandes de leite para tais preparações. Muitos dos
fortificantes disponíveis são obtidos do leite de vaca ou de hidrolisados de proteína,
portanto o perfil de aminoácidos nestes casos é diferente do obtido com o leite
humano, apesar de fornecer uma proporção maior de proteínas e minerais.
Fórmulas
Crianças no primeiro ano de vida, que não possam receber leite materno por
alguma razão, devem receber fórmulas infantis.
Para crianças maiores de 1 ano de idade, o mercado brasileiro conta com alguns
produtos disponíveis.
Osmolaridade
Hipertônicas: >300mOsm/L
Hipotônicas: <300mOsm/L
Isotônicas: = 300mOm/L
Modulação de Fórmulas
Complicações da TNE
A transição da dieta via Sonda para Via Oral deve ser realizada assim que possível,
porém com cautela, garantindo aporte calórico. Para tanto, o paciente deve estar apto a
ingerir alimentos por VO, sem riscos. E ainda deve-se:
Três enfoques educativos são considerados no preparo dos pais para a alta
hospitalar do bebê: respeito à promoção do vínculo no ambiente hospitalar para
favorecer o processo de alta; ações educativas criadas conjuntamente entre os
profissionais e os familiares, bem como estratégias de suporte definidas para o grupo
de pais; e iniciativas de internação domiciliar. É importante ressaltar que tais enfoques
não são apresentados nos artigos de forma excludente.
A NP deve ser instituída quando a via enteral for impossível, difícil, inadequada,
insuficiente, perigosa ou contra-indicada. Quando bem indicada e bem utilizada, a
Nutrição Parenteral é fundamental e segura, e trará benefícios ao paciente que não
deve permanecer sem suporte nutricional.
Enterocolite necrosante
Pancreatite
Fístulas
Caquexia
Doenças debilitantes
Câncer
Insuficiência renal
coma hepático
Prematuros 110-120
0-1 90-100
1-7 75-90
7-12 60-75
12-18 30-60
Fontes calóricas da NP
***Pacientes mais críticos e instáveis, reduzir em 20% a quantidade de calorias não proteicas
por g de nitrogênio, sem reduzir a quantidade de aa.
2
1g ptn = 0,16gN
Recomendações de Proteínas em NP
Prematuros 1,5-4,0
RN a termos 1,5-3,0
Onde:
A oferta mínima de lipídios deve ser de 0,5 a 1g/kg/dia, afim de oferecer ácidos
graxos essenciais. A solução deve obedecer à proporção de 3:1 (glicose+aa +lipídios),
com infusão lenta de lipídios, favorecendo seu metabolismo.
Sódio* 0-3 3-5 (7) mEq/kg 2-5 mEq/kg 1-3 mEq/100 3 mEq/100
(5)mEq/kg >72h kcal kcal
Cálcio** 1-2mEq/kg 1-2 mEq/kg 1-2 mEq/kg 0,5-2 mEq/kg 0,5-2 mEq/kg
<24h
( ) máxima quantidade; *oferta de sódio para lactentes e crianças, existe a recomendação de oferecer no
mínimo 75mEq/L de solução e não utilizar estes valores por kg de peso; ** 1 ml Gluconato de Cálcio=
0,45 mEq Ca; *** 1 ml KH2PO4=2 mEq K + 2 mEq PO4 (1 mMol P); **** 1 ml MgSO4 12,32%= 1 mEq Mg
/ 1 ml de MgSO4 50%=4 mEq Mg.
Necessidades hidricas
BP 120-150kcal/kg/dia
Tipos de solução de NP
Vias de Acesso
Periférico Central
Etapas da prescrição:
1. Avaliação do paciente, plano;
2. Determinação de valor calórico total a ofertar;
3. Distribuição de macronutrientes;
4. Calcular, a partir dos percentuais, os valores em gramas e calorias provenientes de
cada dos macronutriente;
5. Dividir valores em g dos macronutrientes pelo peso atual do paciente;
6. Calcular kcal não proteicas/g de nitrogênio;
7. Calcular TIG;
8. Prescrição de vitaminas, eletrólitos e oligoelementos;
9. Determinar volume de infusão.
Exemplo:
Estabilidade hemodinâmica;
Inicio precoce principalmente em RNs prematuros;
Lenta e gradualmente;
Atenção aos pacientes desnutridos ou com longos períodos de jejum (Sindrome da
Realimentação!);
Inicio com 25-30%, atingindo necessidades totais no terceiro a quinto dia.
Complicações da NP
Monitoramento da NP
Para que ocorra a transição da via parenteral para a via enteral, é necessário
que o TGI esteja funcionante, sem contraindicações para tal. Para tanto, deve-se
reduzir a NP aos poucos, reduzindo volume de infusão ou “compactando”, já que a
interrupção abrupta pode causar hipoglicemia.
OMS, 1985
SCHOFIELD, 1985
< 3 ANOS 0,167 (p) + 15,7 (e) – 617,6 16,252 (p) + 10,232 (e) – 413,5
3 A 10 ANOS 19,59 (p) + 1,303 (e) + 414,9 16,969 (p) + 1,618 (e) + 371,2
10 A 18 ANOS 16,25 (p) + 1,372 (e) + 515,5 8,365 (p) + 4,65 (e)
+ 200
Este paciente não tem condições de VO, já que apresenta distúrbio de deglutição com
posterior aspiração pulmonar. A indicação de nutrição enteral via sonda é a longo
prazo, logo sugere-se alimentação via gastrostomia, já que apesar da impossibilidade
de VO, o paciente de TGI funcionante.
Conforme a fórmula de Holiday and Seagar, as necessidades calóricas totais são: 1000
+ 100 = 1100kcal/dia (91kcal/kg). Paciente não apresenta outras patologias mais
catabólicas e tem pouca atividade, portanto não necessita de acréscimo energético
A oferta inicial de calorias deve ser de 345kcal (30% do VET), com meta de atingir o
VET no terceiro dia conforme tolerância. Infusão intermitente de 3/3horas, com
pausa noturna.
Esta paciente tem previsão de jejum por 7 dias no mínimo, sendo indicado o uso de
Nutrição Parenteral afim de garantir aporte de nutrientes e contribuir para
recuperação pós cirúrgica.
Sugere-se a NP via periférica pela previsão de uso de NP por curto período de tempo.
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