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DIREITO PENAL
Nomenclatura: Direito Penal x Direito Criminal ?? Vide art. 22, I da CF/88.

O Brasil, desde que se tornou independente, só se utilizou da expressão Direito Criminal uma única vez: em seu Código
Criminal do Império, de 1830. Em todos os outros Códigos passou a adotar a expressão Direito Penal.

A fonte indica o lugar de onde vem e como se revela a norma penal.

Lugar de onde vem = Fonte Material


Como se revela = Fonte Formal

1) Fonte Material (“fábrica’’): É a fonte de produção, o órgão encarregado da produção do Direito Penal. É a fonte de
produção da norma (órgão encarregado de criar o Direito Penal): UNIÃO!

→ Pergunta – Qual a fonte material do Direito Penal?


R: A União, art.22, I, Constituição Federal (Segundo Canotilho).

(Art.22, CF - Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho).

Atenção! Lei complementar pode autorizar o Estado a legislar sobre Direito Penal incriminador no seu âmbito. Cuidado
com o artigo 22, parágrafo único, CF, que diz que “LC poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
relacionadas neste artigo”, o que nos permite entender que é, inclusive, o Direito Penal.

Exemplo citado pela doutrina sobre esse artigo – “Um Estado possui uma vegetação específica, que só existe nesta localidade,
e, por isso, Lei Complementar autoriza a edição de lei estadual punindo crimes ambientais para proteger essa vegetação
específica, na forma do art.22, p.único, CF”.

Fonte Formal (“propaga o produto fabricado”): É a fonte de conhecimento, de revelação. Ademais, é o instrumento de
exteriorização do Direito Penal, o modo como as regras são reveladas (fonte de conhecimento ou cognição).

FONTE FORMAL FONTE FORMAL


(DOUTRINA CLÁSSICA) (DOUTRINA MODERNA)

IMEDIATA: IMEDIATAS:
-LEI -LEI
-CONSTITUIÇÃO FEDERAL
-TRATADOS INTERNACIONAIS DE
DIREITOS HUMANOS
-JURISPRUDÊNCIA
-PRINCÍPIOS
-ATOS ADMINISTRATIVOS

MEDIATAS: MEDIATA:
-COSTUMES -DOUTRINA
-PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO

PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (RESERVA LEGAL OU ESTRITA LEGALIDADE)

Prof. Jefferson SANCO


Disciplina: Direito Penal
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No Direito Penal, o princípio da legalidade se manifesta pela locução nullum crimen nulla poena sine previa lege, prevista no
artigo 1º, do Código Penal brasileiro, segundo o qual não há crime (utilizada em sentido genérico) sem lei anterior que o
defina, nem há pena sem prévia cominação legal.

E as contravenções penais (Dec. Lei nº3.688/41)??

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

A lei penal produz efeitos a partir do momento em que entra em vigor.

A lei penal pode retroagir?? E durante o período de vacatio legis?

PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE/INTRANSCENDÊNCIA

Nos termos do art. 5º, XLV, da CF, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido. Esse princípio tem total correção com o princípio da responsabilidade pessoal, que
proíbe a imposição de pena por fato de outrem, Ninguém pode ser punido por fato alheio. O filho não responde pelo delito do
pai, a esposa não responde pelo delito do marido etc.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA/BAGATELA

Segundo tal preceito, não cabe ao Direito Penal preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos
tipos incriminadores que descrevam condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o bem jurídico.

Cumpre que não se confunda delito insignificante ou de bagatela com crimes de menor potencial ofensivo. Estes últimos são
definidos pelo art. 61 da Lei n. 9.099/95 e submetem-se aos Juizados Especiais Criminais, sendo que neles a ofensa não
pode ser acoimada de insignificante, pois possui gravidade ao menos perceptível socialmente, o que repele a incidência do
princípio em comento.

OBS: O reduzido valor patrimonial do objeto material não autoriza, por si só, o reconhecimento da criminalidade de bagatela.
Exigem-se também requisitos subjetivos.

PONTOS IMPORTANTES:

 O princípio da insignificância também incide nos crimes contra a ordem tributária , a exemplo do descaminho
(art.334, CP) quando o tributo devido não ultrapassa o valor de R$10 mil.
 Não se admite em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça.
 Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes relacionados a entorpecentes, seja qual for a qualidade do
condenado.
 Não se se admite o postulado da bagatela no tocante ao crime de tráfico internacional de arma de fogo.
 Aplica-se diante de crimes contra a Administração Pública? Posições STF e STJ.
 Cabe diante de atos infracionais e de crimes ambientais (pesca proibida, por exemplo).

Enfim, o cabimento do princípio deve ser analisado no caso concreto, de acordo com as suas especificidades, e não no plano
abstrato. Neste contexto, “o princípio da bagatela não haveria de ter como parâmetro tão só o valor do bem, devendo ser
analisadas as circunstâncias do fato e o reflexo da conduta do agente no âmbito da sociedade, para decidir sobre seu efetivo
enquadramento nas hipóteses de crime de bagatela”.

REQUISITOS OBJETIVOS (STF):

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Mínima ofensividade da conduta;


Ausência de periculosidade social da ação;
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
Inexpressividade da lesão jurídica.

REQUISITO SUBJETIVO (STJ): A importância do objeto material para a vítima (condição econômica; valor sentimental
do bem; etc).

APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO

Como regra aplica-se a LEI PENAL vigente ao tempo da realização do ato criminoso, é o que chamamos em latim de
“tempus regit actum”.

Quando falamos em REGRA, quase que instantaneamente trazemos à baila as possibilidades de EXCEÇÃO.

Dá-se o nome de EXTRA-ATIVIDADE à possibilidade conferida à lei de movimentar-se no tempo. Esta EXTRA-
ATIVIDADE deve ser entendida como gênero, onde existem espécies, quais sejam, RETROATIVADE e ULTRA-ATIVIDADE.
(Cuidado para não confundir!!).

Funciona assim:

RETROATIVIDADE EXTRA-ATIVIDADE ULTRA-ATIVIDADE


(capacidade que a lei penal tem de
ser aplicada a fatos praticados antes da sua vigência). (a possibilidade de aplicação da lei
penal mesmo após a sua revogação
ou cessão de seus efeitos).

Qual o tempo do CRIME, isto é, quando um CRIME se considera praticado?

Considere a seguinte situação hipotética: MÉVIO, conhecido pela alcunha de “LY”, possui 17 anos e é muito
conhecido na cidade de Caxias/MA pela periculosidade que ostenta. Ocorre que, no dia 15.03.2016, “LY” encontrava-se num
bar, desses onde costuma frequentar, quando se envolveu em uma discussão e fazendo uso de uma arma, que carregava no
cós de sua calça, descarregou as seis balas de seu revólver (calibre 38, marca Taurus, nº de série 4321) no Sr. Anderson, em
seguida fugiu do local do crime, tomando rumo incerto e não sabido. O Sr. Anderson foi levado ao Hospital, respirando com
muita dificuldade, porém só veio a falecer no dia 18.03.2016, ocasião em “MEMÉ PERIGOSO” já havia completado 18 anos.
Em que momento o crime foi praticado?

O nosso Código Penal adota a TEORIA DA ATIVIDADE, conforme se verifica no art.4º.

TEMPO DA REALIZAÇÃO SUCESSÃO DE LEIS RETROATIVIDADE ou


DO ATO LEI POSTERIOR IRRETROATIVIDADE
Novatio legis incriminadora Irretroatividade
Fato atípico Torna o fato típico (Ex: art.311-A, CP)
Mantém o fato típico, mas, Irretroatividade
Fato típico de qualquer forma Novatio legis in pejus (Ex: Lei nº12.234 – alterou o
prejudica o réu. prazo prescricional).
Retroatividade
Fato típico Supressão da figura Abolitio criminis (Ex: Crime de Adultério,
criminosa (lex gravior) art.240 CP, revogado pela Lei

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(art.2º, CP) nº11.106/2005).


Retroatividade
Novatio legis in mellius (Ex: Art.229, CP – “lugar
Mantém o fato típico, mas, (lex mitior) destinado a fins libidonosos”
Fato típico de qualquer forma (art.2º, p.único, CP) pela Lei nº12.015/09 passou a
favorece o réu. ser: “estabelecimento onde
haja exploração sexual”).
Princípio da continuidade A extra-atividade da nova lei
normativo-típica vai depender se, ao migrar o
Fato típico O conteúdo típico migra (não se confunde com o conteúdo criminoso para outro
para outro tipo penal. Abolitio criminis) tipo penal, redundou num
benefício ou prejuízo ao réu.

Lei Temporária e Lei Excepcional

A previsão encontra-se no art.3º, CP. Tais leis não se sujeitam aos efeitos da abolitio criminis.

Lei Temporária (ou temporária em sentido estrito) é aquela instituída por um prazo determinado, isto é, criminaliza
determinada conduta, prefixando o lapso temporal para sua vigência. Podemos citar, como exemplo, a Lei da Copa (Lei
nº12.663/12) criada para vigorar até 31 de dezembro de 2014.

Lei excepcional (ou temporária em sentido amplo) é aquela editada em função de algum evento transitório, como
estado de guerra, calamidade ou qualquer outra necessidade estatal. Perdura enquanto persistir o estado de emergência.

Entendida essa diferença, passemos a analisar as semelhanças. Destacaremos duas: Autorrevogabilidade e Ultra-
atividade.

O Brasil adotou o princípio da territorialidade como regra, e os demais princípios aplicados nas hipóteses de
extraterritorialidade da lei penal nacional.

3) Princípio da Territorialidade (art.5º, CP):

Territorialidade
Art. 5º, CP - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido
no território nacional.

 Pergunta de prova: O art. 5º, do CP adotou territorialidade absoluta ou relativa/ temperada?


R: Se o artigo 5º fosse composto apenas do que está em verde, ele seria uma territorialidade absoluta. Mas existem
exceções, admitindo aplicação de leis internacionais em alguns casos em que o crime é cometido no território
nacional. Então, o art.5º do CP adotou territorialidade temperada, pois “convenções, tratados e regras internacionais
podem impedir a aplicação da lei brasileira ao crime cometido em território nacional” (isso se chama intraterritorialidade - o
que está entre aspas).

Vejamos uma comparação entre as regras:

Territorialidade Extraterritorialidade Intraterritorialidade


Local do Crime Brasil Estrangeiro Brasil

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Lei aplicada Brasileira Brasileira Estrangeira

* Crime Lei * Crime


Lei

Lei
* Crime

 Pergunta de prova: O que se entende por território nacional?

R: Território nacional é o espaço físico (geográfico) e o espaço jurídico (espaço por ficção ou equiparação ou extensão), sendo
este previsto no art.5º, §§1º e 2º, do CP.

Art.5º, §1º CP - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Art.5º, §2º CP - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil (Princípio da Reciprocidade).

ATENÇÃO! Se o Brasil está dizendo para o mundo que sua aeronave ou embarcação é pública, e, que, portanto, são
consideradas como extensão do território nacional onde quer que se encontrem, é claro que ele tem que respeitar as
embarcações e aeronaves de outro Estado em nosso país. Esse é o Princípio da Reciprocidade.

Diante do exposto, podemos chegar às seguintes CONCLUSÕES acerca do conceito de território e a aplicação da lei
penal:

1ª Conclusão: Quando os navios ou aeronaves forem públicos ou estiverem a serviço do governo brasileiro, são
considerados partes do nosso território. Então aplica a lei brasileira, onde quer que se encontrem.

2ª Conclusão: Se os navios ou aeronaves forem privados, quando em alto-mar ou espaço aéreo correspondente, seguem
a lei da bandeira que ostenta. Em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente nenhum país exerce soberania.
Ex. avião da TAM. Só é extensão do governo brasileiro se estiver em alto-mar. Se estiver em espaço aéreo de outro país, não
é território brasileiro.

 Pergunta de prova: Embaixada é extensão do território que representa?

R: O CP não abre as embaixadas, bem como CF/88. O STF já decidiu essa questão. O art.5º, CP não fala em embaixada.
Quanto à territorialidade das embaixadas, mesmo havendo divergências entre alguns doutrinadores, prevalece que
não fazem parte do território do país que representam, apesar de invioláveis.

Ex. Um crime ocorrido na embaixada brasileira em Portugal, em regra, é cometido em Portugal. Mas a embaixada é inviolável.
Para Portugal entrar e investigar este crime, ele tem que vencer obstáculos impostos pelos Tratados de Direito Internacional.

Ex. crime cometido em embaixada Chilena no Brasil; considera-se ocorrido em território brasileiro. Mas, para ser investigado
pelo Brasil, tem que se vencer obstáculos impostos por tratados internacionais.

 Alguns exercícios e problemas sobre o assunto:


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1º Problema: Ex. Há uma embarcação privada brasileira em alto-mar e ela naufraga. Sobre os destroços desta embarcação,
um italiano mata um holandês. Qual lei se aplica?
a) Brasileira → é a lei brasileira – os destroços continuam ostentando a bandeira.
b) Italiana
c) Holandesa

2º Problema: Ex. Há duas embarcações em alto-mar: uma privada, brasileira; e uma privada, portuguesa. Elas colidem. Dois
sobreviventes constroem uma jangada, com destroços dos 2 navios. Um norte-americano mata um argentino na jangada.
Qual lei se aplica no caso?
a) Brasileira
b) Portuguesa
c) Norte-americana → O CP não explica essa situação, pois foram misturados territórios. Então, na dúvida, deve-se
aplicar a lei da nacionalidade do agente (Aplicação da Lei da Nacionalidade Ativa para não surpreender o agente).
d) Argentina

3º Problema: Ex. Na costa brasileira, há um navio público da Colômbia atracado. No crime ocorrido nessa embarcação, aplica-
se a lei da Colômbia, pois o navio é público. Mas, imagine-se que um marinheiro da Colômbia pratique um crime no solo
brasileiro.

Se este marinheiro estiver a serviço do seu governo → aplica-se a lei da Colômbia;


Se este marinheiro NÃO estiver a serviço do seu governo → aplica-se a lei brasileira.

4º Problema: Ex. Navio privado holandês pratica abortos fora do mar territorial brasileiro. Uma brasileira sai do território, vai
ao navio, pratica o aborto e volta. A brasileira não pode ser responsabilizada, pois em alto-mar prevalece a lei da bandeira (no
caso, a holandesa).

Territorialidade

Art. 5º, CP - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido
no território nacional.

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público:
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.

LUGAR DO CRIME

Então, nos termos do art.5º, CP aplica-se a lei brasileira quando um crime é praticado no território nacional. Mas
quando um crime é praticado no território nacional? É necessário verificar quando, em concreto, se pode afirmar que um crime
foi realizado no território brasileiro. Existem 03 teorias na discussão do assunto.

1ª) Teoria da Atividade – Considera-se o lugar do crime aquele em que houve a conduta.

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2ª) Teoria do Resultado/Evento – Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorreu o resultado.

3ª) Teoria da Ubiquidade ou Mista – Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorreu a conduta, bem como onde se
produziu ou deveria se produzir o resultado.

O CP adotou a Teoria da Ubiquidade ou Mista, conforme art.6º, do CP:

Art. 6º, CP - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

LEMBRETE (LUTA):

TEMPO DO CRIME – TEORIA DA ATIVIDADE


LUGAR DO CRIME – TEORIA DA UBIQÜIDADE

Então:
 Se a conduta ocorrer no Brasil e o resultado fora → crime praticado no Brasil
 Se a conduta ocorrer fora do Brasil e o resultado no Brasil→ crime praticado no Brasil
 Se a conduta ocorrer fora do Brasil e o resultado deveria ocorrer no Brasil (o destino era o Brasil) → crime praticado
no Brasil

Mas, ATENÇÃO!!! Se em território brasileiro ocorre unicamente o PLANEJAMENTO ou PREPARAÇAO do crime, não se
aplica a lei brasileira (salvo quando a lei brasileira pune alguns atos preparatórios, isto é, quando a preparação por si só,
caracterizar crime, por exemplo, associação para o tráfico).

Obs1: Sobre o direito de passagem e a Lei 8.617/93 (Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica
exclusiva e a plataforma continental brasileiros, e dá outras providências): Suponha-se que um navio privado de Portugal
saia deste país com destino ao Uruguai. Porém, quando este navio está de passagem no mar territorial brasileiro, ocorre um
homicídio. Aplica-se a lei brasileira nesse caso?

TEORIA GERAL DO CRIME

O conceito analítico leva em consideração os elementos estruturais que compõem infração penal, prevalecendo fato típico,
ilícito e culpável.
PJ pode praticar crimes?

Tanto pessoa física quanto a pessoa jurídica praticam crimes ambientais, podendo ser responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente. No mais, para o STJ, a denúncia deve imputar o fato criminoso à pessoa física
para também abranger a pessoa jurídica criminosa. Já para o STF (1º Turma), a denúncia pode imputar o fato
criminoso, somente, a pessoa jurídica, principalmente nos casos em que não é possível identificar a pessoa física
autora do comportamento indesejado ao meio ambiente (2º Fase MP/MG).

 O que são crimes de dupla subjetividade passiva?

 Morto pode ser vítima de crime?

 E os animais?

 Pode o homem ser, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do crime?

 O é crime impossível???? ART.17, CP (INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO + ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO


OBJETO).

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O fato típico possui 4 elementos: (1) Conduta; (2) Resultado; (3) Nexo causal e (4) Tipicidade

Estudando a CONDUTA:

1 - Caso fortuito ou força maior

Maria Helena Diniz:

-Força maior: fato da natureza ocasionando o acontecimento (ex.: raio que provoca incêndio).

-Caso fortuito: o evento tem origem em causa desconhecida (ex.: cabo elétrico que sem motivo aparente se rompe provocando
incêndio).

Em resumo: Nos dois casos estamos diante de fatos imprevisíveis ou inevitáveis (não há comportamento voluntário).

2- Involuntariedade

Ausência de capacidade de dirigir a conduta de acordo com uma finalidade.

a) Estado de inconsciência completa: sonambulismo, hipnose dentre outros (não existe comportamento voluntário).

b) Movimento reflexo: sintoma de reação automática do organismo a um estímulo externo (ato desprovido de vontade).
Cuidado! Movimentos reflexos previsíveis NÃO excluem a conduta;

3- Coação física irresistível: o coagido é impossibilitado de determinar seus movimentos de acordo com a sua vontade.

CUIDADO! Não abrange a coação moral irresistível!

COAÇÃO FÍSICA COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL


IRRESÍSTIVEL

EXCLUI CONDUTA INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA


(DESAPARECE O FATO DIVERSA
TÍPICO) (DESAPARECE CULPABILIDADE)

DO CRIME DOLOSO:

a.1) Previsão legal: art.18, I, CP (quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo).
Elementos do dolo:

Elemento intelectivo  consciência da conduta e do resultado;


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Elemento volitivo  vontade de praticar a conduta descrita na norma;


Teorias do dolo:

a) Teoria da vontade: Dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal.

b) Teoria da representação: Dolo é a previsão pelo agente do resultado como possível, sendo que este, mesmo
com a previsão, assim decide continuar agindo. O problema dessa teoria é que ela é tão ampla que ela acaba abrangendo
no seu conceito de dolo a culpa consciente (confusão pela abrangência de conceitos).

c) Teoria do consentimento ou do assentimento: Dolo é a previsão pelo agente do resultado como possível, sendo
que este, mesmo com a previsão, assim decide continuar agindo, assumindo o risco de produzi-lo. (essa teoria não
mais abrange a culpa consciente).

CRIME CULPOSO:

b.1) Previsão legal: art.18, II, CP.

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia (princípio da
excepcionalidade).

b.2) Conceito de crime culposo:

Consiste numa conduta voluntária, que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele
previsto (culpa consciente) ou lhe era previsível (culpa inconsciente), e que podia ser evitado, se o agente atuasse
com o devido cuidado.

Crime Culposo = conduta voluntária + resultado ilícito involuntário

CRIME PRETERDOLOSO

c.1) Previsão Legal: art.19, do CP

Agravação pelo resultado: Art. 19, CP - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o
houver causado ao menos culposamente.

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só
responde pelos atos já praticados.

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

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