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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA
CURSO DE INFORMÁTICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

Sistema de Gestão de Informação da Criança no Internato


”Ministério Arco-Iris”

Inácio Rafael Machava


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Dedicatória

A minha amada esposa Joyce Albertina Rocha Duarte Machava e meus filhos Nílton, Délvys e
Whitney pela compreensão as longas horas de ausências, nos momentos que mais me
precisaram;

Aos meus pais Rafael Machava e Ilda Cossa que são e sempre foram grandes educadores pela
confiança e compreensão razão pela qual me fez lutar e nunca desistir desta longa caminhada

 Em memória a minha querida irmã Felizarda Rafael Machava, que muito cedo se foi
deixando um grande vazio!

II
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

AGRADECIMENTOS

Este é o princípio do final de um longo percurso no meu crescimento académico. Endereço o


meu especial agradecimento:
 A todos que me apoiaram directa ou indirectamente na realização deste trabalho de
licenciatura.
 Aos meus pais Rafael Machava e Ilda Cossa, por tudo que me ensinam, pelo amor,
carinho, e por sempre mostrarem me a importância da Educação.
 A meus irmãos Zuleca, Maria, Dr. Pedro, Carolina pelo apoio que sempre deram,
compreendendo a importância desta fase da minha vida.

Ao meu supervisor Prof. Doutor Emílio Mosse pela orientação, críticas, sugestões e
ensinamentos transmitidos ao longo do curso e na realização deste trabalho

 A Profa Doutora Gertrudes Macueve e a Dra Judite Mandlate, pela orientação e


sugestões durante a realização do trabalho.

 Um agradecimento especial ao Administrador do Arco-Iris dr. Francisco Mandlate pela


disponibilidade e apoio que prestou.

 Aos meus amigos de todos momentos Crisólogo Mandlate, Benedito Zunguze, José
Boene, Marcelino Bacar, Adolfo Sitoe e todos aqueles aque não foram mencionados,
por tudo que fizeram por mim.

 Aos Docentes, colegas e funcionários do Departamento de Matemática e Informática


que contribuíram para esta longa caminhada.

III
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro por minha honra que o presente trabalho foi resultado da minha investigação, e que o
mesmo foi concebido para ser submetido apenas para obtenção do grau de Licenciatura em
Informática na Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane.

___________________________________________
(Inácio Rafael Machava)

IV
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

RESUMO
Quando se fala em informática, certamente a primeira impressão que aparece nas
nossas mentes é o uso do computador. De facto, mas não necessariamente, o computador é
um dos recursos mais solicitados na informática e, o seu uso, auxilia na execução de várias
actividades como o armazenamento de informação, a comunicação, consulta de dados e
produção de ferramentas que suportam a tomada de decisão. O MAI (Ministério Arco-Iris)
organização não governamental de caridade, fundada pelo casal Norte Americano BEKER em
1995, tendo como principal objectivo alojar crianças órfãs, da rua, abandonadas e em situação
difícil, desenvolver políticas e estratégias de reintegração social dos mesmos. O centro, efectua
vários processos de entrada e saída de crianças sem recorrer ainda as tecnologia de
informação e comunicação. Os processos de registo, consulta, distribuição e análise da
informação no MAI têm início no sector de Educadores. O Educador chefe processa diverso tipo
de informação relacionada com entrada de crianças, reintegração, atribuição da camarata e
respectivo educador. Contudo, a situação actual mostra que gerir toda a informação resultante
da informação geral da criança é uma tarefa árdua e difícil, pois o suporte actual da informação
baseia-se apenas nos documentos em papel. Deste modo, torna-se desgastante a tarefa de
saber quantas crianças existem no centro, quantas foram reintegradas, qual o histórico de cada
uma, controlar o número de crianças numa camarata assim como o tipo de deficiência ou
doença nalguns casos.
Portanto, no âmbito da elaboração do presente trabalho, surgiu a necessidade de se
implementar soluções tecnológicas para minimizar estes constrangimentos. Essa solução foi
encontrada através da criação de um sistema de gestão de informação com recurso às TIC. A
implementação deste sistema tem como objectivo fundamental a automatização dos processos
rotineiros, desempenhados pelos educadores no acto de registo de qualquer informação da
criança e, permitir a produção de relatórios, de forma a proporcionar um dinamismo no
atendimento aos pais, encarregados ou familiares assim como nas exigências de outras
entidades superiores.

V
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Para além da modelação do sistema, é apresentado neste trabalho, a fundamentação


teórica das diversas tecnologias, metodologias e conceitos usados para a materialização do
mesmo.

Lista de Abreviaturas e Siglas

Termo Descrição
JDBC Java database connectivity
LP Linguagem de programação
MAI Ministério Arco-Iris

MySQL Orientado a Objecto My Structured Query Language


OO Orientado a Objecto
PHP HyperText PreProcessor
SGBD Sistema de Gestão de Bases de Dados
SGIC Sistema de Gestão de Informação das Crianças
SI Sistema de Informação
SIO Sistema de Informação Organizacional
TCP/IP Transmission Control Protocol/Internet Protocol
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
UML Unified Modeling language
XAMPP (qualquer sistema operativo) Apache MySQL PHP Perl

VI
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

GlOSSÁRIO DE TERMOS

Internato/Centro
Casa de educação ou caridade onde vivem alunos ou pessoas socorridas.

Educador
Aquele que cuida e educa as crianças

Internet
A melhor demonstração real do que é uma auto-estrada de informação.
A internet é uma enorme rede de redes que se estende por todo oplaneta. Os meios de ligação
dos computadores nesta rede são variados,partindo desde rádio, linhas telefónicas, linhas
digitais, satélite, fibras ópticas, etc.

Sistema Aberto
Sistema sem fronteiras pré-estabelecidas, isto é, actua em vários ambientes.

Ferramenta CASE
É um aplicativo que auxilia os profissionais envolvidos na tarefa de produzir sistemas, quer na
codificação, quer na análise.

VII
Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA
CURSO DE INFORMÁTICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

Sistema de Gestão de Informação da Criança no Internato


”Ministério Arco-Iris”

Discente: Inácio Rafael Machava


Supervisor: Prof. Doutor Emílio Mosse
Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

ÍNDICE

Dedicatória…………………………………………………….........………………..II

Agradecimento………………………………………...…………........……………III.

Declaração de Honra………………………………………........………………...IV

Resumo.........................................................................................................................V

Lista de Abreviaturas e Siglas.................................................................................VI

Glossário......................................................................................................................VI
I

Capítulo I ...................................................................................................................... - 4 -
Introdução ................................................................................................................... - 4 -
1.1 Contextualização ................................................................................................... - 4 -
1.2 Enunciado do Problema ........................................................................................ - 5 -
1.2.1 Relevância do Tema ........................................................................................... - 8 -
1.3 Objectivos .............................................................................................................. - 9 -
1.3.1 Geral .................................................................................................................... - 9 -
1.3.2 Específicos........................................................................................................... - 9 -
1.4 Metodologias usadas ............................................................................................ - 9 -
1.4.1 Estrutura do trabalho....................................................................................... - 11 -
1.4.2 Fronteiras .......................................................................................................... - 12 -
Capítulo II ................................................................................................................... - 13 -
Fundamentação Teórica ........................................................................................... - 13 -
2.1 Sistemas de Informação Organizacionais .......................................................... - 13 -
2.2 Tecnologias de Informação e Comunicação nas Organizações........................ - 19 -
2.3 Gestão de Sistema .............................................................................................. - 22 -
2.4 Características do modelo relacional ................................................................ - 27 -
Capítulo III.................................................................................................................. - 29 -
Objecto de Estudo ..................................................................................................... - 29 -
3.1 Esquema Modelo do Sistema actual .................................................................. - 30 -
3.2 Vantagem do mysql............................................................................................ - 31 -
3.2.1 Esquema da Interacção entre o User/funcionario e TI.................................. - 31 -
3.3 Modelo Proposto(SGIC) ...................................................................................... - 32 -
3.3.1 Esquema do Modelo proposto(SGIC) ............................................................. - 32 -
3.3.2 Actores do sistema de gestão de informação do internato(SGIC) ............... - 33 -
Capítulo IV ................................................................................................................. - 34 -
Tecnologias Utilizadas .............................................................................................. - 35 -
4.1 MySQL .................................................................................................................. - 35 -
4.2 JDBC ...................................................................................................................... - 35 -
4.3 JAVA...................................................................................................................... - 36 -

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

4.3.1 Comparação do Java e outras linguagens de programação para


desenvolvimento de aplicações desktop ................................................................. - 37 -
Capítulo V................................................................................................................... - 39 -
Modelação do Sistema ............................................................................................. - 39 -
5.1 Linguagem de Modelação Unificada (UML) ...................................................... - 39 -
5.2 Fases de Desenvolvimento de Sistemas em UML ............................................. - 40 -
5.2.1 Visões em UML ................................................................................................. - 41 -
5.2.2 Principais conceitos usados em UML.............................................................. - 43 -
5.2.3 Diagramas UML ................................................................................................ - 43 -
5.3 Análise de requisitos do modelo ........................................................................ - 45 -
5.3.1 Diagramas de Use Cases .................................................................................. - 47 -
5.3.2 Diagrama de Classes ........................................................................................ - 52 -
5.3.3 Diagrama de Sequência de eventos ................................................................ - 56 -
5.3.4 Diagrama de Colaboração............................................................................... - 58 -
5.3.5 Diagrama Entidade e Associação .................................................................... - 59 -
5.4 Modelo Lógico da Base de Dados...................................................................... - 60 -
5.5 Níveis de acesso ao Modelo Proposto .............................................................. - 60 -
Capítulo VI ................................................................................................................. - 64 -
Considerações Finais................................................................................................. - 64 -
6.1. Numa análise geral pode-se concluir que: ....................................................... - 64 -
6.1.2 Tecnicamente pode-se concluir que:.............................................................. - 64 -
6.2 Recomendações .................................................................................................. - 65 -
Capítulo VII ................................................................................................................ - 65 -
Bibliografia................................................................................................................. - 65 -
Capítulo VIII............................................................................................................... - 68 -
Anexos ....................................................................................................................... - 68 -
8.1 Requisitos deste Sistema .................................................................................... - 71 -
8.2. Menu de Acesso ao SGIC ................................................................................... - 72 -
8.3. Registo da Camarata, Funcionario, Familiar da Criança e Alojamento .......... - 72 -
8.4. Visualização dos Dados...................................................................................... - 73 -
8.5. Relatórios (listas de Camaratas, Funcionários, Crianças, Familiares,
Alojamento efectuados) ........................................................................................... - 73 -
8.6. Adicionar um Utilizador ..................................................................................... - 74 -
8.7. Relatório dos alojamentos efectuados............................................................. - 75 -
8.8. Lista de Crianças por Camarata........................................................................ - 77 -
8.9. Registo (Alojar, Reitegrar ou Transferir para outra Camarata) ...................... - 78 -

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Capítulo I

Neste capítulo faz-se uma abordagem geral dos objectivos que se pretendem
atingir, apresenta-se as diferentes técnicas, metodologias e ferramentas usadas para
a elaboração do presente trabalho. Seguidamente faz-se a análise do fluxo de
informação actualmente existente e diversas actividades que são desenvolvidas
pelas crianças e educadores no centro.
Este capítulo inicia com a descrição do fluxo de informação que se
desencadeia no MAI relacionado com o registo de dados das crianças até a produção
de relatórios que motivaram o autor a debruçar sobre o tema, delimitação das
fronteiras que o estudo abrange e a produção do protótipo com recurso a
ferramentas adequadas para o efeito.

Introdução

Os avanços tecnológicos verificados ao nível das organizações e o progresso


causado pelo rápido desenvolvimento e uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC), tem provocado grandes mudanças nas diversas áreas em que
estas são aplicadas (Serrano, 2004). Todo o percurso tem o seu ponto inicial, para
este caso, este é, o primeiro que pretende explicar como integrar um sistema de
gestão de Informação das crianças através de técnicas e tecnologias de informação e
comunicação no MAI.

1.1 Contextualização
As organizações contemporâneas estão a passar transformações que lhes
permitem aceitar a penetração de novas TIC, (Amaral e Varajão, 2000). Esta
transição deve-se à flexibilidade e segurança que estas tecnologias garantem nos
processos de negócio de cada organização. Dependendo da complexidade

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

organizacional e da actividade desempenhada em cada organização, as TIC podem


apresentar desempenhos diferentes. Embora estas tecnologias proporcionem
flexibilidade nas transacções rotineiras das organizações, nem sempre é possível
recorrer à elas devido aos custos financeiros de aquisição de software nos últimos
anos e devido à cultura de cada organização.
A globalização, a inovação e flexibilidade crescentes nessas áreas seriam
difíceis sem o auxílio destas tecnologias; Os Sistemas de Informação (SI) são uma
peça fundamental para as organizações, pois estes possibilitam aos responsáveis
obter informações necessárias para o auxílio e na tomada de decisões, assegurando
simultaneamente a comunicação entre os elementos da organização.
O MAI é uma instituição de caridade criada em 1995, desenvolvendo
actividades de caridade alojando crianças da rua, desamparadas e em situação difícil
nas províncias de Maputo, Maputo-cidade, Sofala e Cabo-Delgado; educando,
alimentando e reintegrando-as na sociedade quando adultas. É neste sentido que, o
presente trabalho pretende, em primeiro lugar, analisar o MAI como uma
organização e posteriorimente desenhar um sistema informático que possa auxiliar
na gestão de informação da criança naquela organização.

1.2 Enunciado do Problema


A informação é um dos recursos mais preciosos para o desenvolvimento de
uma organização, de tal forma que, actualmente a gestão de informação tem se
mostrado como sendo uma das maiores áreas para definição de estratégias e
tomada de decisão no seio das organizações, independentemente da sua
complexidade. Quanto mais complexa for a organização, a informação nela contida
também torna-se complexa e necessita de cuidados específicos que consistem na
definição de estratégias para a sua melhor gestão e consequentemente no desenho
e implementação de estratégias organizacionais suportadas pelas TIC; embora o
processamento manual das transacções rotineiras dos educadores no MAI seja bom
e aparentemente seguro, se este estivesse aliado à algum recurso tecnológico talvez
houvesse um desempenho ideal.
A aplicação de processos manuais, actualmente em uso na instituição
caracteriza-se pelo seguinte cenário: Após a recepção da criança, é feita uma

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

pesquisa nos arquivos de fichas de internamento para se apurar se já esteve


internada ou não; caso não seja encontrada durante a consulta dos arquivos, abre-se
uma ficha para o registo através da colheita das seguintes informações: nome da
criança, filiação, data e local de nascimento, proveniência, se sofre duma doença
crónica como: TB, HIV ou outras; se possui alguma deficiência visual, auditiva, mental
ou física e ainda as condições em que foi encontrada. Apôs isso é atribuída uma
camarata (dormitório) e respectivo educador, sendo toda informação registada na
ficha do internamento e arquivada. Contudo, este processo mostra-se problemático
nos seguintes aspectos:
a) Morosidade no processo de localização de uma determinada ficha de
Internamento

O número de crianças no MAI vem aumentando de forma crescente e


também o volume da informação (fichas) que o centro produz. Esta informação é
arquivada em registos manuais que são susceptíveis a erros o que contribui para a
morosidade no processo de localização das fichas de internamento. A demora na
localizacao de uma certa ficha pode originar a abertura de nova ficha.
b) Dificuldade na localização e atendimento cuidadoso das crianças
doentias

Dificuldade do internato em localizar e dar um atendimento especial as


crianças que precisam de mais cuidados, para aquelas que sofrem de alguma
efermidade ou de qualquer deficiência notória. O que tem acontecido é que todas
são sujeitas á mesmo tratamento nas camaratas, devido ao fraco conhecimento por
parte do educador de cuidados a dar nestes casos.
c) Dificuldade de ingresso á escola existente na organização ou reintegração
na sociedade

As direcções do Internato e da Escola têm encontrado dificuldades, por


exemplo uma criança registada com nomes diferentes para as duas instituições por
falta de coordenação e também a existência de duplicação de ou nome que consta
num departamento e no outro não.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

d) Perda de informação devido a deteorização do papel

Os SI baseados no papel tem grande inconveniente, depois de algum tempo


dependendo das condições de conservação do papel, este começa a deteriorar e
como consequência há uma perda de informação devido a dificuldade na leitura. O
outro inconveniente é o fogo, que em pouco tempo destrói uma grande quantidade
de papel.
e) Dificuldade na actualização dos dados e rotina do centro

Os Educadores e colaboradores deste Centro levam muito tempo na tomada


de decisão pois não existe nenhum mecanismo que possibilite a obtenção rápida da
informação da criança. A informação sobre o número de crianças existentes,
localização da camarata ou seu dormitório, sua idade, classe, ano de ingresso no
centro, se ainda existe ou fugiu para rua ou ainda reintegrada, dificuldade na
elaboração de mapas estatísticos para o controle e percepção da situação real das
crianças constituem informação relevante para a gestão do centro. Os arquivos em
formato físico (papel) amontoam-se e dificultam a manipulação da informação
guardada. A actual rotina de trabalho é óptima porque os educadores já a dominam.
Contudo, se junto à esta forma de trabalho e ao ciclo de informação actual se
pudesse utilizar as TIC como suporte obter-se-iam melhores resultados. Pois, pelo
menos, os inconvenientes mencionados acima e alguns não especificados, mas
implicitamente existentes, seriam provavelmente reduzidos.
As TIC traduzem um reflexo muito positivo quando são implementados em
momentos e lugares oportunos. Dentre vários motivos que levaram a elaboração
deste trabalho, o mais importante é a contribuição que as TIC trarão à
automatização de processos efectuados manualmente, que actualmente devido à
complexidade das organizações, os processos manuais criam certas dificuldades na
gestão da informação neles contida. Assim, a motivação para a realização do
presente trabalho prende-se ao facto de todos os processos de gestão de
informação da criança no MAI serem efectuados manualmente e o MAI ter atingido
uma complexidade notável. Pretende-se que, com este trabalho, seja criada uma
oportunidade para adoptar, através das TIC, estratégias tendentes a reverter ou
minimizar os inconvenientes acima mencionados , através de um modelo de sistema

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

de gestão de informação da criança no centro, mais concretamente tomando o MAI


da Cidade de Maputo como estudo do caso.
Assim temos a seguinte pergunta de investigação:“Que mecanismos podem
ser usados de forma a garantir a segurança da informação, auxiliar a gestão de
informação das crianças bem como a produção de relatórios à nível dos Centros do
MAI?”
A gestão de recursos, principalmente da informação, é uma componente
essencial para o desenvolvimento de qualquer organização, quanto mais qualidade
tiver esta informação, maior será o sucesso e controlo de todas actividades que dela
se desencadearem. Quando esta actividade tem auxílio das TIC, em muitos casos,
torna-se mais eficiente, flexível e segura.
Como foi anteriormente referido, o MAI é uma ONG cristã de caridade sem
fins lucrativos que visa alojar os meninos da rua, desamparados, órfãos e em
situação difícil e um dos seus objectos fundamentais de trabalho nesta organização é
a informação. Quando o recurso da actividade de gestão é informação, a sua
qualidade é que dará consistência à gestão e consequentemente dará qualidade na
tomada de decisão que irá advir dessa informação.

1.2.1 Relevância do Tema


Na óptica do autor, este tema é de extrema relevância, pois o sofrimento e
exclusão social das crianças deficientes e das que padecem de doenças endémicas
sem nenhum cuidado especial, difícil localização, junção das crianças de diferentes
idades nas camaratas é o cenário que actualmente se vive no centro. Uma boa
gestão do centro, é importante para os colaboradores do MAI, quanto para parentes
das crianças e também para o controle do Ministério da Mulher e Acção social, na
medida em que propõe a integração de um sistema informático que poderá auxiliar
na gestão de informação no MAI da Cidade de Maputo, assim como em qualquer
outro Centro pertencente o MAI.
De acordo com as entrevistas efectuadas aos gestores do centro, houve uma
expressão de reconhecimento que, embora a instituição em causa tenha uma
natureza diferente das outras que dedicam-se a criança, precisa de automatizar as
actividades, e as TIC são uma opção correcta de integração. Segundo um dos

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

entrevistados, este tema pode despertar a atenção das entidades que detêm o
poder de decisão pois, em seu ponto de vista, o SGIC (sistema proposto) poderia
impulsionar as actividades no centro, ultrapassando assim dificuldades no processo
de internamento, geração de estatísticas, relatórios e outros documentos
relacionados a criança e de responder às pressões sociais que actualmente se vivem
no Centro procurando saber em que estado as crianças se encontram.

1.3 Objectivos

O presente trabalho pretende alcançar os seguintes objectivos:

1.3.1 Geral
 Propor um Sistema de Informação para suporte á gestão de informação no
MAI através do uso de TIC.
Para alcançar o objectivo supra citado, foram definidos os seguintes objectivos
específicos:

1.3.2 Específicos
Os objectivos específicos do presente trabalho detalham os momentos que irão
caracterizar a criação do Sistema proposto e consistem em:
 Analisar o SI (Sistema de informação) actual;
 Identificar as ferramentas adequadas ao sistema;
 Desenhar uma base de dados para o modelo;
 Construir o protótipo da aplicação que resolva o problema existente no
Centro;

1.4 Metodologias usadas


Como forma de alcançar os objectivos acima definidos, recorreu-se aos
seguintes métodos e ferramentas de trabalho:
Foi feita a consulta e revisão bibliográficas e pesquisas na Internet, sobre as
seguintes áreas: Tecnologias de Informação, Sistema de base de dados, linguagem
UML e conceitos relacionados com as tecnologias de desenvolvimento de sistema.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Assim, foram elaborados os seguintes objectivos específicos:


A análise do SI actual e identificação de diversos constrangimentos do sistema:
Para a realização desta actividade, foi feita a consulta da documentação para
efectuar o registo de internamento das crianças; efectuou-se ainda, um
levantamento da informação referente ao funcionamento do actual sistema, desde o
internamento e reintegração da criança até a produção de relatórios através de
entrevistas semi-estruturadas feitas aos gestores do MAI e aos restantes elementos
que intervêm no processo de registo de crianças até a produção de relatórios.
Realizaram-se ainda entrevistas informais aos diferentes membros da instituição e
dos familiares de algumas crianças, com vista a obter informação auxiliar que de
forma implícita influencia nos relatórios. Como forma de observar a padronização
das actividades no Centro, foi feito um questionário (vide anexos I, II, e III) para a
recolha de dados para os educadores e familiares das crianças e foi realizada uma
observação passiva, onde de forma visual se verificou o comportamento e o
funcionamento do actual sistema de registo de internamento das crianças.
Foram realizadas 12 entrevistas informais e semi-estruturadas aos diversos
intervenientes tais como: ao Administrador do MAI, direcções do Internato e da
Escola (vide o guião em anexo I, II e III), nos dias 10, 11, 12 e 14 de Setembro de
2009, com finalidade de recolher informação útil e de se apurar o maior número de
requisitos que deram melhor entendimento acerca do modo de execução das tarefas
e permitiram levar a cabo o desenvolvimento do sistema pretendido e ainda de se
apurar o maior número de requisitos. Foram feitas actividades e procedimentos do
sistema actual, assistindo os usuários no trabalho que é um melhor modo para
descobrir as falhas e os pontos fortes de sistema assim como os anseios dos
utilizadores do sistema, pois é difícil projectar um sistema novo sem entender
completamente o antigo;
Para elaboração de uma proposta de um SI que se adequa ao modelo proposto:
Foi efectuado um estudo do actual sistema que permitiu realizar uma alteração de
alguns percursos que a informação seguia, de forma a proporcionar uma eficiência
no fluxo dos documentos.
Para a selecção do material para a construção do sistema proposto:

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Foi efectuada por meio de consultas bibliográficas referentes às ferramentas que


constam no penúltimo capítulo ( Bibliografia). Efectuou-se o levantamento de
sistemas com um carácter idêntico ao do MAI para verificar qual é a ferramenta mais
usada.
Para o desenho da base de dados a ser implementada no MAI:
Para este efeito foi feito o desenho de uma base de dados relacional para o
centro devido a simplicidade que esta oferece para modelar de forma adequada
objectos complexos (Pereira, 1998); na análise, desenho de sistema e para a
construção da base de dados foi utilizada a metodologia orientada a objectos (OO)
devido à capacidade que esta metodologia tem de fornecer uma abstracção do
mundo real (Nunes e O´Neill, 2001). Em paralelo a esta metodologia, foi utilizada a
abordagem UML (Unified Modelling Language) por ser uma abordagem que recorre
a uma notação já padronizada para especificar, construir, visualizar e documentar
sistemas de informação OO devido à abrangência e simplicidade dos conceitos
usados (Deboni José Eduardo Zindel, 2008); Foi ainda implementada uma base de
dados usando o SGBD ( Sistema de gestão de base de dados ) MySQL.
Na construção do modelo da aplicação que irá resolver os problemas
detectados no Centro:
Foram desenhadas as interfaces da aplicação usando a plataforma J2EE na
linguagem de programação Java no editor Netbeans; Tratando-se de um sistema
stand alone(Desktop), não houve necessidade de recorrer a uma plataforma Web.
Sendo assim, houve uma limitação que consiste na conexão da base de dados da
aplicação através do JDBC;

1.4.1 Estrutura do trabalho


O trabalho é constituído por 8 (oito) capítulos, a começar temos a Introdução
que define o problema e faz uma abordagem geral dos objectivos que se pretende
atingir e, de forma resumida, apresenta-se as diferentes técnicas, metodologias, e
ferramentas usadas para a elaboração do presente trabalho; a seguir temos
Fundamentação Teórica esta é, eminentemente conceptual e teórico, no qual se
procuram expor, de forma sintética e estruturada, um conjunto de conceitos que são
abordados ao longo do trabalho e se julga necessário que o leitor os tenha para

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

melhor compreensão das diferentes abordagens que serão tratadas nos capítulos
que se seguem; em seguida temos Objecto de Estudo, através deste se efectua uma
descrição das actividades que se desencadeiam no MAI. Para o efeito, foi usado o
Centro do Zimpeto como amostra devido à sua completude e acessibilidade.
Seguidamente dá-se uma projecção do sistema proposto, que afinal, justifica a
existência deste trabalho; mais em diante encontramos o capítulo das Ferramentas
Utilizadas, que são as diferentes tecnologias que foram utilizadas para a
materialização da parte prática do trabalho, bem como as razões de motivação para
recorrer à tais ferramentas; temos ainda o capítulo da Modelação do Sistema que
descreve a metodologia bem como os métodos que foram usados para modelar o
sistema de informação e, dá uma visão da arquitectura geral do sistema através da
projecção do mesmo com base em diversos diagramas disponibilizados pela UML;
em seguida o capítulo das Considerações Finais, neste aborda-se mais as conclusões
a que o autor e os gestores do MAI chegaram com a realização deste trabalho para
melhoramento no futuro; quase no fim temos a Bibliografia, aqui é destacado o
material bibliográfico consultado durante a realização do trabalho. E finalmente
temos os Anexos onde podemos encontrar os questionários usados, figuras, etc.

1.4.2 Fronteiras
O MAI existe em quatro províncias nomeadamente Maputo Cidade, Maputo
Província, Sofala e Cabo-Delgado e é constituído por diversos departamentos:
Administração, Internato, Escola, transporte, manutenção. Com vista a realizar um
estudo mais específico, o presente trabalho centra-se no MAI de Maputo Cidade.
Não obstante, o sistema proposto poderá servir para qualquer outro Centro
existente no País. A escolha do MAI da Cidade de Maputo (Zimpeto) deveu-se ao
facto deste ser um dos mais completos do país em termos da estrutura
organizacional e actividades desenvolvidas, e também pela sua localização
geográfica que permitiu fácil deslocação para acesso à informação. O primeiro
capítulo fez uma abordagem geral dos objectivos que se pretendem atingir,
apresentando as diferentes técnicas, metodologias e ferramentas usadas para a
elaboração do presente trabalho.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Capítulo II

Este capítulo eminentemente conceptual e teórico, no qual procura-se expor,


de forma sintética e estruturada, um conjunto de conceitos que são abordados ao
longo do trabalho e se julga necessário que o leitor os tenha para melhor
compreensão das diferentes abordagens que serão tratadas nos capítulos que se
seguem.

Fundamentação Teórica
2.1 Sistemas de Informação Organizacionais
Falar de sistema de informação organizacional é, actualmente, um tema
bastante complexo, que tem vindo a despertar a atenção de vários autores, pois
alguns analisam-no sob o ponto de vista de tecnologias que auxiliam a execução de
processos e outros sob o ponto de vista de pessoas que constituem um elo de
ligação que a informação segue dentro da organização. Para melhor compreensão
deste tema, dissociar-se-á a expressão “Sistema de informação organizacional” e
separadamente, analisar-se-ão os conceitos de Sistema, Informação e Organização. A
concatenação destes conceitos, poderá, de forma clara e inequívoca, dar uma
definição exaustiva de Sistema de Informação Organizacional (SIO).

Sistema
Na realidade, o nosso quotidiano está rodeado por sistemas, o ser humano é
um sistema, um carro é um sistema, o ar que respiramos é um sistema, a própria
Terra o é, e obviamente, uma organização é um sistema, indissociável ao seu Sistema
de informação (SI). Portanto, como podemos ver, os sistemas podem ser complexos
ou simples, isto é, dentro de sistemas complexos podemos encontrar subsistemas e
dentro destes, por sua vez, encontramos outros subsistemas até ao mais simples
sistema que faz com que os outros funcionem. Segundo Serrano(2004), a teoria de

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sistema foi inicialmente desenvolvida em meados do séc. XX por Ludwing Von


Bertalanffy.
Esta teoria nasce na tentativa de encontrar um modelo conceptual que une e
fundamente as diferentes áreas da ciência. O seu campo de aplicação estende-se à
generalidade das ciências, quer elas sejam formais, sociais ou naturais, e vem
contribuir de forma significativa para o estudo das organizações e dos respectivos
sistemas de informação. Bertalanffy (1973) afirma ainda que um sistema pode ser
definido, de uma forma simples e intuitivamente acessível, como um complexo de
elementos em interacção.
Nas organizações, esses elementos podem ser expressos através dos
diferentes recursos humanos, materiais ou financeiros. Ribas (1984), por sua vez,
define sistema como um conjunto de elementos relacionados entre si, actuando
num determinado ambiente, tendo por finalidade alcançar objectivos comuns e com
capacidade de auto controlo. Um sistema é um conjunto de elementos
dinamicamente relacionados (Chiavenato, 1983), formando uma actividade
(processamento) e interagindo com um dado ambiente, no qual obtém recursos
(entradas) e disponibiliza o resultado do seu processamento (saídas) com fim de
alcançar uma determinada finalidade (Ribas, 1989).
De acordo com estas abordagens referentes à sistemas, é razoável assumir que
todas convergem num ponto comum, que é conjunto de elementos em constante
interacção num determinado ambiente. Não obstante, existem vários tipos de
sistemas, integrados em diferentes ambientes e com diferentes finalidades; por
exemplo o sistema digestivo, cujo ambiente de operação é um corpo com vida, tem
a finalidade de digerir os alimentos ingeridos por esse corpo.
O sistema eléctrico absorve corrente eléctrica, num ambiente de condutores
eléctricos com finalidade de produzir luz, calor, ondas electromagnéticas, etc.
Portanto todos os sistemas têm um ou mais dados de entrada (Inputs), são
processados num determinado ambiente e produzem um ou vários resultados
(Outputs).
Neste trabalho, é analisado o conceito de sistema no âmbito das
organizações, em termos da informação que nelas flui partindo da entrada de dados,
processamento dos mesmos e produção de resultados que auxiliam na tomada de

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 14 -


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decisão ou fornece algum conhecimento. O ambiente dos sistemas é a fronteira em


que estes se desenvolvem, podendo este ser físico, lógico ou meramente
conceptual.

Informação
“ Informação é aquele conjunto de dados que, quando fornecidos, de forma e tempo
adequado, melhora o conhecimento da pessoa que o recebe, ficando ela mais
habilitada
a desenvolver determinada actividade ou a tomar determinada decisão (Amaral e
Varajão, 2000)”
Serrano(2004), afirma por sua vez, que numa perspectiva tecnológica, a
informação pode ser definida como o resultado de um processo computacional de
manipulação de dados. No entanto, existem outras perspectivas em gestão de
conhecimentos que podem ser inferidas através da análise dos dados.
Tanto uma, assim como a outra perspectiva descrita, têm um contributo
importante para suportar a percepção deste conceito, mas para o autor, a
informação consiste num conjunto de dados que juntos formam algum sentido para
um determinado ambiente, situação ou nível, ou seja, é um conjunto de dados
processados, manual ou automaticamente, para a produção de resultados que
suportem à tomada de decisão ou à aquisição de algum conhecimento. É
interessante notar que o valor e a utilidade da informação é determinada pelo
utilizador nas suas acções e decisões, não sendo por si só uma característica dos
dados (Amaral e Varajão, 2000).
A utilidade e o valor da informação depende do contexto em que ela é
utilizada. A mesma informação pode assumir diferentes valores em diferentes
ambientes, isto é, ela pode ser crítica, relevante ou indiferente para o ambiente
duma organização.
No entanto, de acordo com Pereira (1998), para que possa ser usada como um apoio
eficaz à tomada de decisão, a informação só tem valor acrescentado se verificarem
simultaneamente as seguintes condições :
 Actualidade - o valor da informação depende em grande parte da sua
actualidade. Dado o dinamismo verificado nos sectores da sociedade em

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geral e do ambiente empresarial em particular, o período da validade da


informação é cada vez mais curto. Torna-se necessário dispor de fontes de
informação que acompanhem continuamente essas modificações. Só com
base em informação actualizada se pode tomar decisões certas.
 Correcção - Não basta que a informação seja actual, é também necessário
que, na medida do possível seja rigorosa. Só com informação correcta se
pode decidir com confiança.
 Relevância - Dado o grande volume de informação envolvida, o processo de
tomada de decisão, ao contrário de ser facilitado pode ser dificultado pelo
excesso de informação.
 Disponibilidade - Ainda que a informação verifique os 3 requisitos anteriores,
a sua utilidade poderá ser posta em causa se não puder ser disponibilizada de
forma imediata, no momento em que é solicitada.
 Legibilidade - esta condição, apesar de ser apresentada em último lugar, não
é por isso menos importante. A informação, só é informação se puder ser
interpretada. De facto, de nada vale que a informação seja actual, precisa,
disponibilizada em tempo oportuno se não puder ser entendida.
A importância da informação para as organizações actuais é universalmente
aceite, constituindo, senão o mais importante, pelo menos um dos recursos
cuja gestão e aproveitamento mais influencia o sucesso das organizações
(Ward, 1990), além de ser vista apenas como qualquer outro recurso, a
informação é também utilizada e considerada em muitas organizações como
um instrumento de gestão das organizações (Zorrinho 1991).

Organização
“ Uma organização é um sistema social inserido num meio mais vasto, no
qual
desenvolve a sua actividade, podendo assim ser entendida como um sistema aberto e
dinâmico, em constante evolução e adaptação permanente de modo a assegurar a
sua existência, visando atingir homeostases pontuais, ou seja, funcionar em
equilíbrio dinâmico e tendo por referência os objectivos que pretende atingir
(Zorrinho,1991)”

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O conceito de organização, inicialmente proposto por diversos autores, como


Varajão (1998), Hampton (1983), tem sido objecto de diferentes abordagens. Cada
abordagem, tende a dar relevância e explicar determinados assuntos específicos na
realidade de uma organização.
Para Varajão (1998), as organizações são entidades que surgem para
satisfazer
necessidades da sociedade que indivíduos isoladamente ou outras organizações não
conseguem (ou pelo menos não são capazes de o fazer igualmente bem),
dependendo a sua sobrevivência e desenvolvimento da capacidade em afirmar a sua
singularidade na satisfação das mesmas. Portanto, segundo este autor, é possível
inferir que uma organização só existe enquanto instrumento para realização de
certos afins, que à partida, lhe são necessariamente exteriores.
Estas definições nos submetem a uma perspectiva introspectiva, segundo a
qual, uma organização pode ser considerada como uma combinação de pessoas e
tecnologias (Hampton, 1983), visando atingir determinados objectivos através da sua
actuação e cujos membros são, eles próprios, indivíduos intencionalmente co-
produtores desses objectivos e, concomitantemente, possuidores de objectivos
próprios (Sousa, 1990).
O termo organização pode ser visto, por um lado, como um sinónimo do
verbo organizar, como o acto de colocar coisas num determinado padrão, estrutura
ou ordem, e , portanto, um definidor de uma actividade. Por outro lado, como uma
organização humana, isto é, usando-o para designar precisamente o objecto da
actividade organizar, o homem e os diversos recursos que usa para realizar uma
certa actividade e atingir determinados fins.
Neste trabalho, analisa-se organização de acordo com o segundo ponto de
vista, como organização humana. De acordo com a convergência deste conjunto de
definições, pode-se, categoricamente afirmar, numa abstracção geral, que
organização é um conjunto de elementos (pessoas, tecnologias, recursos financeiros,
materiais, psíquicos,...) intencionalmente unidos e inseridos num determinado
sistema, que visam atingir um ou vários objectivos comuns. Estes objectivos podem
ser para o benefício interno ou externo do sistema. Portanto, as organizações são
um sistema complexo, numa perspectiva de organização humana, porque há um

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conjunto de subsistemas (Operacional, Gerencial, Táctico e Estratégico) que o fazem


funcionar. “A importância de contextualizar organizações como sistemas complexos
reside no facto de nos permitir uma compreensão global do seu funcionamento e
das suas interacções com o meio sócio-económico em que estão inseridas. As
organizações são, assim, encaradas como sistemas, por natureza abertos e em
permanente acção com o seu meio envolvente (Varajão, 1998)”.

Sistema de informação
Em função dos conceitos descritos nos sub-pontos anteriores, pode-se dizer,
de forma intuitiva, que sistemas de informação são um conjunto de procedimentos e
técnicas, manuais ou automáticas, para obtenção de dados, processamento dos
mesmos e produção de resultados que darão suporte ao desempenho das
actividades nas organizações, onde os dados são o input, o processamento é a
conversão de dados em informação e análise da mesma, resultados são o output de
que dependerá o sucesso ou insucesso da organização.
Para Wanda do Amaral (2000), sistema de informação é um sistema que reúne,
guarda, processa e faculta informação relevante para a organização, de modo que a
informação seja acessível e útil para aqueles que a querem utilizar, incluindo
gestores, funcionários, clientes, isto é, ele afirma sucintamente que um sistema de
informação é um sistema de actividade humana (social) que pode envolver ou não a
utilização de computadores. E o SI existe fortemente integrado na organização. E
desta forma se constitui a definição de SI organizacional.
Através de uma mera concatenação dos conceitos Sistema, Informação e
Organização pode-se concluir que sistema de informação organizacional pode ser
tecnicamente definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que
coleccionam (ou recuperam), processam e distribuem informação para apoiar a
tomada de decisão, coordenação e controle dentro do contexto organizacional.
Um sistema de informação é composto por todos os componentes que
recolhem, manipulam e disseminam dados ou informação. Incluem-se tipicamente
pessoas, sistemas de comunicação como linhas telefónicas, e os dados propriamente
ditos. As actividades envolvidas incluem a introdução de dados, processamento dos
dados em informação, armazenamento de ambos, e a produção de resultados, como

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relatórios de gestão. Independentemente do nível da complexidade organizacional,


as actividades de cada organização estão subordinadas a um sistema de informação,
o qual define a qualidade de informação que auxiliará a gestão das actividades, a
tomada de decisão e definição de estratégias futuras dessa organização.
Lamentavelmente, a gestão da informação, ou gestão do sistema responsável
pela sua operacionalização (o sistema de informação), não tem beneficiado o mesmo
crescendo de interesse e reconhecimento por parte da grande generalidade das
organizações. É assim comum que a concepção e o planeamento do
desenvolvimento de SI sejam uma consequência da gestão de outros recursos como,
por exemplo, o financeiro ou o resultado marginal de projectos de reorganização
administrativa (Amaral e Varajão, 2000).
A figura1 representa a estrutura de um sistema de informação
organizacional, partindo dos elementos brutos (dados), o seu processamento
(produção da informação), os diferentes níveis da organização em que a informação
flui e a gestão dessa informação dum modo geral.

Fig.1 Transformação de dados em informação

2.2 Tecnologias de Informação e Comunicação nas


Organizações
A difusão das chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação pelas
organizações é actualmente uma realidade indiscutível. Presente nos vários sectores
da economia, desde a administração pública até o sector privado, da área industrial
até a área de serviços, e mais recentemente, nos próprios lares. A sua utilização
tornou-se, de tal forma imprescindível, que no mundo actual, tornou-se impensável
conceber a sociedade sem recurso às TIC (Pereira, 1998).
Ainda que conceptualmente seja aceite a ideia de SI não usarem
necessariamente TIC, as organizações adquiriram uma complexidade nas transacções

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rotineiras de tal forma que a utilização de TIC como recurso principal para os SI se
tornou imprescindível. Pois, estas traduzem inequivocamente, um reflexo muito
positivo para o desempenho das actividades nas organizações. Para o caso vertente,
que se pretende integrar TIC no MAI, é muito importante que se fale da conjugação
SI+TIC, onde SI= Dados + procedimentos + Informação + Pessoas, e TIC = hardware +
software + meios de comunicação, pois na actualidade em que vivemos, é quase
impossível falar de organizações e seus sistemas de informação sem TIC. As
organizações se tornaram indissociáveis dos seus SI e para melhor gestão recorrem
às TIC.

Papel das TIC nas organizações


A utilização de TIC como meio de suporte e de melhoria das actividades de
organização é indiscutível. Apesar disto, ao longo do tempo, a informação e as TI/SI
que as suportam têm sido percebidas de forma diferente nas organizações (Pereira,
1998). Esta divergência de percepção deve-se ao facto de, em certos casos, ou se
calhar, na maioria dos casos, se confundirem TI com SI, assumindo desta forma que
o facto de se adoptarem TIC faz com que exista por defeito integrado o SI. Estes dois
elementos SI e TI são diferentes porém, com um forte grau de relacionamento.
Implícita ou explicitamente, todas as organizações possuem um SI com o propósito
de auxiliar no cumprimento da sua missão. Neste contexto, as TI desempenham um
papel muito notório no suporte da articulação dinâmica dos vários subsistemas que
coexistem na organização e concorrem para um objectivo comum.
Pereira, (1998), reconhece que entre as TI e as organizações existem
influências mútuas, complexas e de interpretação controversa e a forma como se
relacionam suscita diferentes opiniões entre vários autores, contudo este autor,
acrescenta que este relacionamento pode ser explicado por três perspectivas
diferentes:
1. Imperativo Organizacional - nesta perspectiva, as TI são consideradas uma
variável dependente em que as opções tecnológicas são determinadas pelas
características da própria organização, pelos requisitos de processamento de
informação e pelas escolhas que os responsáveis pelas decisões efectuam com
vista a satisfazer essas necessidades.

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2. Imperativo Tecnológico - as TI constituem um determinante fundamental


das características da organização, podendo a sua adopção provocar mudanças
radicais na própria organização.
3. Emergente - esta perspectiva resulta na prática da conjugação das
perspectivas anteriores, isto é, por um lado as TI devem ser alinhadas à organização
de modo a suportarem adequadamente o seu funcionamento, por outro a
organização deve estar atenta e receptiva às influências causadas pelas TI, pois só
assim poderá retirar maiores benefícios da aquisição e da utilização dessas
tecnologias.
Pelas anteriormente citadas e várias outras razões, a importância das TI para
as organizações é, actualmente, inquestionável pois, da sua aplicação e utilização
podem surgir como benefícios para as organizações:
• A redução de custos, nomeadamente através da redução de distâncias a percorrer
para a troca ou busca de informação;
• Aumento de produtividade, com a melhoria da gestão e exploração de recursos
disponíveis;
• Melhoria de suporte, através da melhoria da informação disponibilizada aos
gestores e do apoio na tomada de decisões;
• O desenvolvimento organizacional, com a utilização de TI na procura e na
implementação de novos objectivos que de outra forma não poderiam ser
contemplados.
Apesar destes benefícios existirem, em muitos casos as TIC não são aproveitadas nas
organizações, na medida em que as situações inerentes às TIC nem sempre são
identificadas correctamente pelas organizações. Outra razão para a sua utilização
inadequada é a falta de cultura organizacional. Porém, Rodrigues (2002) salienta que
sem uma utilização eficaz e eficiente das TIC, é cada vez mais evidente que as
organizações não poderão ser competitivas nem rentáveis, estando por isso o seu
sucesso dependente do modo fundamental da capacidade de gestão destes recursos
e do aproveitamento das oportunidades que estas oferecem.

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2.3 Gestão de Sistema


Quem gere um sistema que envolve vários subsistemas e recursos diferentes
possui responsabilidades amplas, igualmente diferenciadas e que actualmente
pedem um novo olhar. Pois, afirma Pereira (1998), que vivemos numa sociedade em
rápida transformação, na qual a velocidade das mudanças coloca aos gestores em
geral, constantes problemas e desafios.
O chefe de educadores no Centro, será neste contexto tratado como centro
das atenções pois, na verdade, a actividade que ele desempenha é de gestão de
todos os recursos que existem no centro desde os materiais até aos humanos.
A actividade de gestão pode ser considerada como um conjunto de processos
que englobam actividades de planeamento, organização, direcção, distribuição e
controle de recursos de qualquer natureza, visando racionalizar a efectividade de
determinado sistema, produto ou serviço (Rascão, 2001). O Freitas do Amaral afirma
igualmente que a actividade de gestão é simplesmente um acto de planear,
organizar, dirigir e controlar os recursos, independentemente da sua natureza.
Destas duas perspectivas pode-se subentender que no nosso quotidiano,
desenvolvemos consciente ou inconscientemente a actividade de gestão, porque em
tudo o que fazemos, por menor que seja, existem por vezes de forma implícita as
actividades de planeamento, organização, direcção e controlo dos recursos (estes
podem ser: tempo, financeiro, material, informação, disponibilidade física e outros
que nos rodeiam), que constituem o ponto de convergência das definições
anteriormente citadas. Em sistemas de informação, que é o pressuposto principal
deste trabalho, a actividade que compõe a função de gestão, pode ser vista por duas
naturezas, como pressupõe Serrano et al., (2004).
Organizacional - esta natureza corresponde ao planeamento estratégico dos SI/TI e é
responsável por estabelecer alterações ao SI em resposta à estratégia da
organização. Esta estratégia de termina toda a infra-estrutura tecnológica e de
negócio para suportar o desenvolvimento das actividades e é definida pela equipa de
gestão na organização.
Tecnológica - que corresponde ao desenvolvimento exploração dos SI/TI:
• Desenvolvimento de SI/TI - esta actividade procura concretizar a estratégia da
organização para o domínio dos SI/TI e se depara com a questão: como fazer? (Que

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soluções tecnológicas se nos colocam em alternativas que componentes iremos


desenvolver?). Esta actividade pressupõe uma gestão de investimento em SI/TI que
visa maximizar os benefícios para o negócio.
• Exploração dos SI/TI - esta actividade pretende , com as questões práticas
do funcionamento dos sistemas, onde não só os aspectos tecnológicos são
considerados, mas também os aspectos relacionados com a dimensão Humana, no
uso das tecnologias devem ser entendidas. É importante sublinhar que as actividades
desenvolvidas pelos gestores do centro, necessariamente passam pelos cinco
pressupostos da gestão (planificar, dirigir, distribuir, controlar e organizar os
recursos). Visto que, um dos principais, senão o principal recurso do gestor no centro
é a informação, é necessário que esta seja relevante, precisa, legível e actual para
auxiliar a tomada de decisão. Claramente, para estes gestores seria desejável ter
essa informação de forma rápida, detalhada e no momento certo. A satisfação
desses desejos certamente aponta para a automatização de processos (adopção de
sistemas de processamento de dados computarizados), que irão aumentar a
flexibilidade, garantir a segurança da informação, proporcionar um dinamismo e
uma nova forma de trabalho para os educadores. No entanto, o uso das TIC para
actividade educacionais deveria, no entender do autor, ser explorada em todos os
Centros do MAI.
Base de Dados
Toda a organização, todo o ser humano tem a necessidade de guardar dados
para uma posterior consulta (Batista, 1995).
Na verdade, uma base de dados é um repositório onde guardamos dados que
eventualmente poderemos ter a necessidade de aceder para exercer uma certa
actividade. De forma comum, o armário em que guardamos livros na biblioteca, a
prateleira em que ficam medicamentos numa farmácia, são exemplos típicos e
simples de uma base de dados. À nível da informática, as bases de dados podem ser
dispositivos físicos e lógicos onde se pode armazenar grande volume de dados e são
bastante rápidos no seu processamento. Batista (1995) salienta que uma base de
dados pode ser entendida como um conjunto estruturado de dados residentes em
suporte acessível pelos computadores para satisfazer, em simultâneo, vários
utilizadores de forma selectiva e em tempo oportuno. É, portanto, um dos recursos

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

utilizados para facilitar a busca da informação (Pereira,1998) e estes podem ser


manipulados através de SGBD ( Sistemas de Gestão de Base de Dados).
Sistema de gestão de base de dados (SGBD)
SGBD é o conjunto de software, destinado a gerir todo o armazenamento e
manipulação dos dados do sistema, fazendo interface entre o nível aplicacional e a
base de dados propriamente dita (Pereira, 1998). Salienta ainda que mais do que
uma interface que “esconde” os detalhes de armazenamento físico dos dados, o
SGBD proporciona ao nível aplicacional, um grau de abstracção elevado, tal que, em
certos modelos de base de dados, nomeadamente os mais recentes, o nível
aplicacional trabalha com conceitos já muito próximos do mundo real. Portanto, os
SGBD, permitem o acesso simultâneo dos dados, incorpora mecanismos que
asseguram a sua validade, a segurança e a recuperação dos mesmos em caso de
falhas ou acidentes.
Segundo Batista (1995), existem várias razões para a utilização de base de
dados:
_ Integração de dados e redução de redundâncias - Há um controle
centralizado de dados, evitando que os mesmos dados sejam armazenados em
mais do que um ficheiro, ou evitando mesmo que um ficheiro esteja armazenado
em locais diferentes;
_Compactação – Elimina o volume de arquivos de papel;
Padronização - torna-se possível estabelecer normas padrão que todos os
utilizadores deverão respeitar;
_ Segurança - Permite maior segurança definindo à partida quais os utilizadores
que irão ter acesso a uma determinada informação e qual a informação que não
tem autorização de acesso;
_ Rapidez - Pode recuperar e modificar os dados muito mais rapidamente do que o
ser humano.
As bases de dados são caracterizadas por prover um nível de abstracção de dados
descartando os detalhes técnicos do armazenamento de dados que não são
necessários para a maioria dos utilizadores. O modelo em que os dados são
armazenados é o pressuposto principal para a garantia dessa abstracção.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Os modelos de base de dados podem ser classificados em três gerações distintas


correspondendo cada uma delas à utilização de tecnologias diferentes ( Pereira,
1998):
1ª Geração
Primeiros passos da tecnologia de base de dados que usavam a técnica de
processamento de ficheiros com o desenvolvimento dos seguintes modelos:
Hierárquico- este é o primeiro modelo de base de dados reconhecido como
tal.
Tendo surgido na década de 60, este modelo organiza os dados numa estrutura
hierárquica, em forma de árvore. O acesso aos dados faz-se percorrendo essas
mesmas hierarquias, desde a raíz até ao nó que contém o registo pretendido.
Rede- Este modelo corresponde, basicamente, a uma extensão do modelo
hierárquico, utilizado entre as décadas de 60 e 70; organiza os dados em uma
estrutura formada por várias listas que definem uma rede de ligações integradas.
2ª Geração
Uma das grandes diferenças entre os modelos da 1ª e 2ª geração é a forma como se
estabelecem as associações entre os dados. Enquanto nas primeiras gerações as
associações são construídas em ligações explícitas, através de apontadores, nesta
geração, as associações existem mas de forma implícita, através de valores comuns
entre entidades relacionadas. Esta geração é caracterizada pelo desenvolvimento e
divulgação do seguinte modelo:
Relacional- Contrariamente aos modelos da 1ª geração, o modelo relacional
não evoluiu a partir das técnicas de processamento de ficheiros, antes pelo
contrário, foi fruto de um desenvolvimento teórico que teve por base a teoria de
conjuntos.
Este modelo foi definido na década de 70, apesar de ser actualmente aceite
como o “melhor” em relação aos outros da 1ª e 3ª geração, para maior parte das
aplicações, a sua aceitação não foi imediata. A estrutura fundamental do modelo
relacional é a relação, também designada por tabela.
3ª Geração
Os modelos de 1ª e 2ª geração tem incidido, maioritariamente na área de
processamento de gestão, contudo o cenário tem vindo a alterar-se

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

progressivamente, de tal forma que surgem novas áreas de aplicação de novas


tecnologias que devem suportar características como som, vídeo, voz, gráficos
complexos, etc., portanto houve necessidade de se criar esta nova geração que
corresponde ao estado actual do desenvolvimento de tecnologias de base de dados.
Os modelos desenvolvidos nesta geração ainda não foram estabilizados:
Extensões ao modelo relacional- dado que o modelo relacional é um modelo
estável, tentam aproveitar-se as suas características (simplicidade de conceitos,
linguagem de manipulação de alto nível, bom suporte teórico, etc.)
Modelo Lógico/ Dedutivo- proveniente da junção de 2 tecnologias
(linguagem de programação em lógica e base de dados) tenta adicionar as
facilidades da dedução lógica à gestão de armazenamento de dados.
Modelo Orientado a Objecto (OO)- esta linha de progresso surge na
sequência de desenvolvimentos ocorridos com as linguagens de programação OO.
Trata-se de uma metodologia nova, revolucionária e com grande potencial. Dispondo
de grandes capacidades de modelação adequa-se aos requisitos das áreas de
aplicação mais complexas. No presente trabalho, será abordado com detalhe o
modelo relacional, pois foi o modelo escolhido para a construção da base de dados
do sistema proposto. Esta escolha deveu-se ao facto das características deste
modelo (simplicidade, relação entre tabelas, entidade/relação) adequarem-se à
realidade do sistema e também por ser considerado pela maioria dos autores o “
melhor” modelo de base de dados até então estudado. Machado (2004), define
modelo de base de dados relacional como sendo um software de armazenamento e
sua principal característica está na normalização dos dados, desta forma
possibilitando um maior desempenho e segurança das informações evitando uma
repetição de dados.
No modelo relacional, as relações possuem algumas características que
convém desde já identificar: O valor de cada atributo numa túpla é atómico, ou seja,
no cruzamento entre uma coluna e uma linha de uma tabela só é possível encontrar
um atributo. Os atributos de uma relação devem ter identificadores distintos. As
túplas de uma relação devem ser distintas; a ordem das túplas numa relação, da
mesma forma que a ordem dos atributos no seu esquema, não tem significado
algum. Todos valores de um atributo tem um certo domínio ( Tipo de dado).

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

No contexto do sistema proposto ao MAI, uma entidade representa um


objecto do mundo real, tal como uma criança e um registo. Os atributos
representam alguma propriedade que caracteriza uma entidade, por exemplo, nome
do crianca, tipo de problema e proveniência. Um outro contexto fundamental
inerente ao modelo relacional é o conceito de Chave que serve para identificar as
tabelas no momento das relações entre elas. Existem quatro tipos de chaves:
Super Chave- associação de um ou mais atributos cujos valores, em conjunto,
identificam unicamente cada túpla.
Chave Candidata- subconjunto dos atributos de uma super chave que, sendo
ainda super chave, não pode ser reduzido sem perder essa qualidade.
Chave Primária- É chamada também por chave principal, é seleccionada de
entre várias chaves candidatas.
Chave Estrangeira- Também designada por chave importada, é um
subconjunto constituído por um ou mais atributos que é (são) chave(s) primária(s)
numa outra relação.

2.4 Características do modelo relacional


Segundo Silva (2001), um modelo de base de dados relacional possui as seguintes
características: Modelo constituído por tabelas, cada qual contém linhas (registos,
túplas) e colunas; uma tabela é acessível por qualquer campo (atributo)
independentemente dele ser chave; é através da chave (primária) que se identifica
uma (somente um) registo do valor contido no campo; os registos não precisam
estar ordenados; o relacionamento entre tabelas não existe fisicamente, pois este
apenas lógico, representado através das chaves estrangeiras;
Utilização de linguagens não procedimentais para consulta. O modelo
relacional é o primeiro modelo de dados que oferece linguagens de manipulação de
dados cujos comandos podem ser executados independentemente de aplicação (não
estão obrigatoriamente vinculados ao código da aplicação). Se ainda linguagens de
alto nível, ou seja, um pequeno comando de manipulação equivale (implementa) a
um procedimento de acesso a dados se comparado com os modelos anteriores;
Optimização para recuperação de dados. O capítulo acima é eminentemente
conceptual e teórico, no qual procurou-se expor, de forma sintética e estruturada,

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

um conjunto de conceitos que são abordados ao longo do trabalho e se julga


necessário que o leitor os tenha para melhor compreensão das diferentes
abordagens que serão tratadas nos capítulos que se seguem.

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Capítulo III
O presente capítulo centra-se no objecto de estudo do trabalho, através do
qual se efectua uma descrição das actividades que se desencadeiam no MAI. Para o
efeito, foi usada o Centro do Zimpeto como amostra devido à sua completude e
acessibilidade. Seguidamente dá-se uma projecção superficial do sistema proposto,
que afinal, justifica a existência deste trabalho.

Objecto de Estudo
Para maior compreensão do trabalho, o presente capítulo aborda o Objecto de
estudo. É nele apresentado a visão geral do funcionamento actual do sistema de
gestão da informação no Ministério Arco-Iris centro de caridade. O modelo proposto
para posterior solução do sistema actual é também apresentado neste capítulo.
O Ministério Arco-Iris ONG ( Centro de caridade), acolhe crianças órfãs, da rua,
abandonadas, ou em situação difícil. Esta organização religiosa opera a anos no país,
com quase 150 trabalhadores dentre eles educadores, operário, professores e
pastores, possui um pouco mais de 500 crianças internas com diferentes problemas
sociais, e a estudar dentro e fora com o suporte financeiro do centro, Arco-Iris
possui uma escola onde estudam crianças internas e da comunidade.
Em Moçambique, o número de instituições que aderem à utilização das TI e a
implementar os SI tem vindo a aumentar. Este aumento deve a visão que as
organizações tem de que as TI podem ajudar na gestão e no suporte das actividades
do seu dia a dia. O Arco-Iris também está no grupo que aposta nas TI. Esta
organização assim como outras necessita de pessoal com qualificações técnicas e
competência profissional para gerir os recursos de que ela dispõe; para tal, esta
organização tem dedicado especial atenção à Crianças em situação difícil,
estimulando-os em alojamento, formação académica dos internados e sua
integração na sociedade

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 29 -


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3.1 Esquema Modelo do Sistema actual

Effsta figura mostra como os diferentes intervenientes do sistema actual


interagem uns com os outros. ( administrador, educador, director da escola e
pais/familiares das crianças) do sis

Fig.2 Modelo actual.

A fig.2 acima representada, mostra que o administrador do MAI, não tem acesso
aos ficheiros sem passar do educador chefe, com tudo tem se verificado dificuldades
na obtenção da informação (morosidade), produção de mapas estatísticos, perda da
informação(deteorização do papel) ou perda de arquivos que contém informação
das crianças, e dificuldade na actualização dos dados da criança conforme dados
colhidos durante as entrevistas. “Anexo I”.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 30 -


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3.2 Mysql

Fig.3 Mostra a partilha de informação em rede usando Mysql.

3.2.1 Esquema da Interacção entre o User/funcionário e TI

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 31 -


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BD

Fig.4, acima ilustrada, mostra a interação entre o utilizador e as tecnologias de


informação e comunicação.

3.3 Modelo Proposto(SGIC)


 O modelo Proposto prevê a automatização dos processos de Sistema de
gestão de informação do internato, disponibilizando deste modo a
informação em ambiente web.
 Para tal adiciona componentes da TI de forma que os processos manuais
sejam automáticos.

3.3.1 Esquema do Modelo proposto(SGIC)

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 32 -


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Administrador do sistema (Arco-Iris)

Este utilizador permite o acesso ao sistema dando privilégios, faz manutenção do


sistema, cadastra novos usuários, faz backups(cópias de segurança), pois certos
aspectos podem a ter em conta que podem prejudicar a integridade da informação
se não tiver restrições de segurança estáveis, tais situações indesejadas são o acesso
de intrusos no sistema, possibilitando a entrada de virus ou perda total e ou parcial
da informação e roubo da informação confidencial, ele determina ainda níveis e
prioridades de acesso e outras actividades relacionadas com manutenção do
sistema.

Fig.5 Mostra a partilha de informação no modelo proposto(SGIC)


Educador chefe – é o utilizador central do sistema pois tem o privilégio de
aceder, executar quase todas actividades de registos das crianças no sistema,
nomeadamente registo, remoção e alteração de dados das crianças, assim como
a permissão de acesso aos mesmos, operações relacionadas com impressão de
relatórios. User – são educadores, direcção da escola, obterão informação
actualizadas, para o processo de reintegração ou gerar relatórios académico tais
como certificados com nomes reais das crianças.

3.3.2 Actores do sistema de gestão de informação do


internato(SGIC)
Um actor como sendo uma entidade externa ao sistema, que interage com o
sistema. A linha que separa os actores do caso de uso é a fronteira do sistema
(Nunes e O’neil, 2003). Foram identificados os seguintes actores do sistema:
 Administrador do Sistema;
 Operador do sistema (Educador chefe)
Administrador do Sistema
 Cadastra os Operadores do Sistema;

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 33 -


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 Cria backups de toda a informação pertinente do sistema;


 Elabora relatório especiais que podem ser solicitados em outras instâncias
dentro ou fora do Arco-Iris.
Operador do sistema (educador chefe)
 Regista dados das crianças internas na Arco-Iris;
 Produzir listas das crianças pelas camaratas;
 Actualizar dados das crianças que facilitarão a emissão de relatórios
acadêmicos;
De acordo com o regulamento do MAI, constatou-se que o educador chefe
possui competências de duas naturezas diferentes: efectivas e administrativas.
Compete ao educador:
a) Ser responsável pela atenção que deve ser directamente prestada à todas as
pessoas que vem ao centro. Tais como crianças da rua, órfãs, desamparadas ou
familiares das mesmas, funcionários ou cidadãos em geral, que por ventura dirigem-
se ao centro solicitando os serviços destes ou fazendo consultas;
b) Garantir que se façam as devidas anotações no livro de entrada dados da criança á
internar, o seu estado de saúde, nutrição, proveniência e atribuição dum educador e
da camarata;
c) Manter um ficheiro de todas crianças do centro, onde constem todos os
dados para a sua rápida localização.
d) Controlar através do livro os dados das crianças que vivem no centro.

Capítulo IV
Neste capítulo, apresentam-se as diferentes tecnologias que foram utilizadas
para a materialização da parte prática do trabalho, bem como as razões que o
motivara a recorrer à tais ferramentas.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 34 -


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Tecnologias Utilizadas
4.1 MySQL
Como foi referido no capítulo II, o modelo de sistema proposto usa uma base de
dados do tipo relacional. Esta foi uma, de entre várias razões, que seguidamente são
descritas que motivaram o autor a recorrer ao uso do MySQL.
Segundo Dubois (1999), MySQL é o SGBD mais utilizado actualmente com uma
tecnologia gratuita, é um software de código aberto “Open Source”. Para além de
ser extremamente rápido, confiável e fácil de usar, possui as seguintes
características:
 Suporta diferentes Sistemas Operativos: Windows, Linux, Unix, Macintoch,...
 Suporta vários tipos de linguagens: C, C++, Java, PHP, ...
 Usa um sistema sofisticado de senhas criptografadas e seguras.
 Suporta JDBC (Java database connectivity) drives para a conexão da base de
dados a aplicação.
Segundo Júnior (2001), várias razões para usar o MySQL são inerentes às
seguintes características:
1. Portabilidade - O MySQL foi escrito nas linguagens C e C++, testado com
uma ampla faixa de compiladores diferentes. Possui API’s (Aplications Programme
Interface) para várias linguagens de programação, tais como : C, C++, Java, Perl,
PHP...
2. Estabilidade e limites - capacidade de lidar com um número praticamente
ilimitado de utilizadores, além de gestão de bases de dados enormes. Existe o uso do
MySQL com base de dados que contém 50 milhões de registos e 60 mil tabelas.
3. Sistema de Segurança - possui um sistema de segurança simples e funcional, onde
há um sistema de privilégios e senhas que é muito flexível, seguro e permite a
verificação baseada em estações/máquina.

4.2 JDBC
JDBC (Java database connectivity) é uma interface SQL para acesso à variadas
bases de dados do tipo relacional, P. Coelho (2003).
Esta tecnologia surgiu através do Java com o objectivo de trazer uma nova solução
para acesso de clientes a bases de dados. Para efectuar uma ligação Java a uma

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 35 -


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determinada base de dados é necessário ter um driver específico que faça a ligação
entre o JDBC e a base de dados em causa. A grande vantagem do Java, é que muitos
fabricantes das principais bases de dados disponibilizam drives JDBC para as suas
bases de dados.

4.3 JAVA
É uma linguagem de programação que está entre várias que obedecem a
filosofia da orientação a objectos13. Segundo Coelho (2003), o Java é, apesar de
tudo, uma LP completa com dificuldades inerentes à sua aprendizagem. Vários
potenciais utilizadores tendem a optar por tecnologias igualmente atractivas (mas
substancialmente diferentes) como o JavaScript ou VBScript/ ActiveX que o
desenvolvimento e aprendizagem são fáceis, contudo, vários factores contrariam
esta tendência:
• A universalidade do Java- o único standard realmente compatível com quase todo
o universo de plataformas;
• O aparecimento de ferramentas poderosas (e fáceis de usar) de desenvolvimento
(como seja J++ ou o JBuilder).
P. Coelho (2003), afirma ainda que existem várias razões para ser feito o
desenvolvimento de aplicações em Java:
1. Portabilidade - os programas Java podem ser transportados de uma plataforma
para a outra e correr em plataformas completamente distintas sem necessidade de
haver nova compilação.
2. Orientação a objectos - o Java é orientado a objectos, com todas as vantagens
conhecidas que este tipo de programação traz em termos de ordenação lógica dos
programas e também da reutilização do código.
3. Facilidade de aprendizagem - Foi objectivo, desde o início da sua criação, que Java
fosse fácil de aprender. É sem dúvida, muito mais simples de aprender, escrever,
compilar e eliminar erros de programação do que nos seus antecessores C, C++.
4. Segurança - o Java não faz nenhum tipo de gestão ou de alocação de memória ao
nível da compilação. Torna-se assim impossível ao programador escrever em cima de
posições de memória indevidas, como acontecia com o C e o C++, utilizando
ponteiros.

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4.3.1 Comparação do Java e outras linguagens de programação para


desenvolvimento de aplicações desktop
Existem diversas linguagens de programação para desenvolvimento de
aplicações desktop, mas o Java, C++ e Pascal foram as que mais se destacaram
durante as actividades lectivas do curso de informática, não é apenas por esta
circunstância que elas são citadas, mas por uma questão de serem objectos de
estudo que melhor elucida as diferenças que podem existir entre as diversas
linguagens de programação. Portanto, de acordo com alguns critérios de
comparação, seguidamente se apresenta uma tabela comparativa que ilustra
resumidamente as características do Java comparado com C++,
Vbasic.
Tabela 1. Comparação de linguagens.
Java C++ Vbasic
Quanto á potabilidade Corre em diferentes É necessário Corre em diferentes
plataformas recompilar plataformas
Quanto á OO (orientado á OO (orientado á Orientado á Eventos
metodologia(paradigma) Objectos Objectos
Quanto á Acessibilidade Aberto Proprietário Proprietário
do codigo fonte
Plataforma Multiplataforma J2EE Cvisual basic
Quanto á Compilação Compilado Compilado Compilado

O Java apresenta clara vantagem de ser independente da plataforma e do SO


(Sistema Operativo) utilizado e também a vantagem económica de poder ser
implementado totalmente sem custos de software (Com plataformas Free & Open
Source). Foram, de facto, estas razões que motivaram à utilização do Java para a
construção do modelo proposto no presente trabalho. Aqui, apresentou-se as
diferentes tecnologias que foram utilizadas para a materialização da parte prática do
trabalho, bem como as razões que o motivaram a recorrer à tais ferramentas.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 37 -


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Capítulo V

Quando se modela um sistema, simplifica-se sua realidade e complexidade


com vista a dar uma melhor compreensão do seu desenvolvimento. Este capítulo
descreve a metodologia bem como os métodos que foram usados para modelar
este sistema de informação e, dá uma visão da arquitectura geral do sistema através
da projecção do mesmo com base em diversos diagramas disponibilizados pela UML.

Modelação do Sistema
5.1 Linguagem de Modelação Unificada (UML)
UML (Unified Modelling Language) que significa linguagem de modelação
unificada é segundo O’Neil et al. (2001), uma linguagem que utiliza uma notação
padrão para especificar, construir e documentar sistemas de informação orientado a
objectos.
Esmin (2007), afirma que UML é um modelo de linguagem, não um método.
Um método pressupõe um modelo de linguagem e um processo. O modelo de
linguagem é a notação que o método usa para descrever o projecto. O processo são
os passos que devem ser seguidos para se construir o projecto. Esta linguagem foi
desenvolvida por Grady Booch, James Rombough e Ivor Jacobson que são
conhecidos como os “três amigos”, eles desenvolveram esta linguagem como forma
de unificar cada uma das suas próprias metodologias de análise orientada a objectos
e é um padrão aceite internacionalmente.
Permite ainda realizar a “planta” de um projecto através de especificação,
visualização, concepção e documentação de um conjunto de artefactos que compõe
o Sistema Informático.
A modelação deste sistema através da UML deveu-se ao facto desta, segundo O’Neil
et al., possuir as seguintes características:
_ Abrangência e simplicidade de conceitos;
_ Facilita o desenvolvimento de sistemas;

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_ É uma linguagem aberta e muito rica de ponto de vista semântico, que pode ser
usado em diferentes enquadramentos metodológicos;
-Permite integrar aspectos de natureza tecnológica que irão constituir o sistema
informático, ajudando a dominar a complexidade das regras de negócio e definir
os processos e fluxos informativos;

5.2 Fases de Desenvolvimento de Sistemas em UML


Descreve a sequência de actividades em um sistema. Este diagrama é uma
variação do diagrama de estados em que contém principalmente actividades. A
modelação em UML deve sempre seguir uma estrutura ou metodologia.
Segundo Esmin, a UML suporta 5 fases de desenvolvimento de software:
Análise de requisitos, análise, projecto, implementação e testes.
1. Análise de Requisitos - Nesta fase são capturadas as necessidades dos usuários e
o comportamento do sistema através da análise de casos de uso chamados use
cases, das entidades externas ao sistema (Em UML chamados “Actores”), que
interagem com o sistema. O princípio básico da análise de requisitos é identificar e
documentar o que é realmente necessário, desta forma comunicando a todos os
envolvidos no projecto, de forma mais clara possível e de maneira não ambígua, de
modo a que os riscos sejam identificados sem correr risco de imprevistos(O’Neil,
2001); ou esta é a fase da colecta dos requisitos do software, especificamente os
requisitos funcionais. É nesta fase que o negócio é estudado. São feitas também as
especificações formais dos requisitos
2. Análise - nesta fase, são identificadas as classes, objectos e mecanismos que estão
presentes no domínio do problema. As classes são modeladas e interligadas através
de relacionamentos utilizando o diagrama de classes, na análise, só são modeladas
as classes que pertencem ao domínio do problema, classes que gerem bases de
dados, comunicação, interface e outros não estarão presentes nesse diagrama.
3. Projecto ou Desenvolvimento: Projectar a concretização da especificação do
software, definindo base de dados, representações de interfaces, algoritmos. Por
resultado da análise é expandido nesta fase em soluções técnicas.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Esta é a fase do desenho, onde novas classes serão adicionadas para prover
uma infra-estrutura técnica. A interface do usuário e dos periféricos, gestão de base
de dados, comunicação com outros sistemas, entre outras. As classes de domínio do
problema, modeladas na fase da análise são mescladas nessa nova infra-estrutura,
tornando possível alterar tanto o domínio do problema quanto a estrutura. O design
resulta no detalhe das especificações para a fase seguinte.
4. Implementação – Consiste em escrever o projecto do sistema em uma linguagem
de programação. Nesta fase, as classes são convertidas para código real em uma
linguagem OO (procedimental não é recomendada). Dependendo da capacidade da
linguagem usada, essa conversão pode ser uma tarefa fácil ou não. Esta é a fase da
programação e se o desenho foi elaborado correctamente e com detalhes
suficientes, a tarefa de codificação é facilitada. A complexidade dessa conversão vai
depender da capacidade da linguagem escolhida, no entanto, esta pode se tornar
fácil ou difícil de realizar .
5. Testes e Manuntenção – idêntico à qualquer outro método de modelagem,
dividida em testes de unidades, testes de integração, testes de sistema e de
aceitação. Nesta fase, Corrigir eventuais erros no software e efectivar actualizações
Os diagramas seleccionadas foram escolhidos tendo em conta o objectivo é de
tornar o sistema proposto o mais claro possível. Executando-se um programa com
intenção de descobrir um erro, testa-se cada rotina ou processo detalhadamente,
bem como a integração de todos os processos e a aceitação. Nos testes de aceitação,
é verificado se o sistema está de acordo com a especificação nos diagramas de use
cases. O sistema também será testado pelo usuário no final e este verificará se os
resultados apresentados estão realmente de acordo com as suas intenções
expressas no início do projecto.

5.2.1 Visões em UML


Segundo Esmin, o desenvolvimento de um sistema complexo envolve vários
aspectos, tais como, o aspecto funcional, aspecto não funcional e aspectos
organizacionais. Para tal, utilizam-se visões. Cada visão é descrita por um número de
diagramas que contêm informações que dão ênfase aos aspectos particulares do

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sistema. Os diagramas que compõem as visões contém os modelos de elementos do


sistema. As visões que compõem o sistema são:
_ Visão “Use Cases” – Descreve a funcionalidade do sistema desempenhado
pelos actores externos ao sistema; para este caso um diagrama Use Case mostra um
conjunto de casos de utilização, actores e seus relacionamentos. O objectivo do
diagrama é apresentar uma espécie de diagrama de contexto pelo qual rapidamente
se identificam os actores de um sistema e as formas chaves pelas quais eles o usam e
também é mostrar o que um sistema deve efectuar e não como o fazer (Pereira,
1998; Nunes e O’neil, 2003). Um Use case para este caso concrecto representa uma
unidade discreta da interacção entre um usuário (humano ou máquina) e o sistema.
É uma unidade de um trabalho significante. Ex: “o login para o sistema”, “registar no
sistema” e “Criar inscrição” são todos Use case. Cada Use case tem uma descrição
que descreve a funcionalidade que irá ser construída no sistema proposto. Um Use
case pode “incluir” outra funcionalidade de use case ou “estender” outro Use case
com seu próprio comportamento (Wikipedia, 2009). Use case são tipicamente
relacionados a “actores”. Um actor é um humano ou entidade máquina que interage
com o sistema para executar uma actividade.
_Visão Lógica – Descreve como a funcionalidade do sistema será implementada, esta
visão contrariamente à dos “use cases”, estuda e observa o sistema
internamente;
_ Visão de componentes – É uma descrição da implementação de módulos e suas
dependências, consiste nos componentes dos diagramas;

_ Visão de Concorrência – Trata a divisão do sistema em processos e processadores,


este aspecto, que é uma propriedade não funcional do sistema, permite uma melhor
utilização do ambiente onde o sistema se encontrará, se o mesmo possui execuções
paralelas e se existe dentro do sistema uma gestão de eventos assíncronos.
_ Visão da Organização – Finalmente, a visão da organização mostra a organização
física do sistema, os computadores, os periféricos e como eles se conectam entre si.

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5.2.2 Principais conceitos usados em UML


Objecto - o objecto representa, segundo Esmin, uma entidade que pode ser física ou
de
software, o objecto é caracterizado por: Estado, Comportamento e Identidade.
A identidade é que identifica unicamente um objecto, mesmo que ele possua
estados ou comportamentos diferentes.
O estado de um objecto é mutável ao longo do tempo, é implementado por
um conjunto de atributos e ligações que o objecto pode ter com outros
objectos.
O comportamento de um objecto é modelado através de um conjunto de
mensagens das operações executadas internamente pelo objecto.
Classe - também designado por classe do objecto, é um conjunto de objectos que
partilham os mesmos atributos (Chiavenato, 2001), ou seja, é uma descrição de um
grupo de objectos com atributos, comportamentos, relacionamento com outros
objectos e semânticas comuns.
Associação – É uma relação entre classes e objectos. Representa a ligação entre
classes e objectos de classes, podendo ambas conhecer-se. Uma associação é
definida em UML como um relacionamento (Silva, 2000).
Multiplicidade – Define quantos objectos participam numa dada relação. A
multiplicidade de uma associação especifica quantas instâncias de uma classe
relacionam-se à uma única instância de uma classe associada (Chiavenato, 2001).

5.2.3 Diagramas UML


Antes da elaboração de uma actividade, é necessário projectá-la, de modo a
simplificar a sua realidade e melhor compreender o seu desenvolvimento. Na
modelação de sistemas, recorre-se aos diagramas disponibilizados pela UML com
vista a visualizar os blocos de sua construção e prever o seu comportamento.
Segundo Nunes et al. (2001), um modelo em UML é constituído por um conjunto de
diagramas que representam aspectos complementares de um sistema informático.
Em cada um desses diagramas são utilizados símbolos e linhas que relacionam esses
elementos.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Esmin (2007) acrescenta que os diagramas são gráficos que descrevem o


conteúdo de uma visão. UML possui 9 (nove) tipos de diagramas que são usados em
combinação para prover todas as visões do sistema, estes diagramas estão
subdivididos em 2 grupos:
1. Diagramas de Visão Estática – use cases, classes, objectos, componentes e
distribuição;
2. Diagramas de Visão Dinâmica – sequência, colaboração, estados
(Statechart), actividades; Neste modelo proposto, são usados apenas 4 desses 9
diagramas, 2 estáticos e 2 dinâmicos; use cases, classes e sequência, estados
respectivamente.
Use Cases – captura a funcionalidade ou comportamento do sistema, tal como é
visto pelos utilizadores (actores) e tem o objectivo de :
-Especificar o contexto de um sistema;
-Capturar requisitos funcionais de um sistema;
-Validar a arquitectura do sistema;
-Dirigir a implementação e gerar casos de teste.
Classes – captura o vocabulário de um sistema, descreve a estrutura da informação
que é utilizada no sistema, e tem como objectivo:
-Nomear e modelar conceitos no sistema;
-Especificar colaborações;
-Especificar esquemas lógicos de base de dados.

Estados – captura o comportamento dinâmico (orientado a eventos), os diferentes


estados;
1. pelos quais um objecto pode passar, tem o objectivo de:
-Modelar o ciclo de vida dos objectos;

- Modelar objectos reactivos (Interfaces com o utilizador, dispositivos, etc.).

Especificação do Modelo

Este é um modelo que propõe desenvolver um sistema Desktop ou stand


alone capaz de realizar dinamicamente, a gestão das actividades desenvolvidas

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

diariamente, no centro pelos gestores especialmente os educadores. As


funcionalidades deste sistema visam aumentar o dinamismo e flexibilidade nas
consultas, nos registos de dados das crianças, bem como reduzir o fluxo de
documentos que circulam no centro e no MAI em geral.

5.3 Análise de requisitos do modelo

Quando os requisitos de um sistema são definidos de forma intuitiva e


compreensiva, tanto para o informático quanto para os usuários (Stackholders),
existe a máxima probabilidade de se atingir o sucesso.
Portanto, para o sucesso deste modelo, realizou-se a análise de requisitos,
paralelamente às fases da análise e desenho. Estes requisitos foram reunidos através
de entrevistas, observação passiva, análise de documentação existente no centro,
concretamente no sector de educadores e o fluxo que esses documentos seguiam,
bem como o comportamento dos processos que se desencadeiam no centro.
1. Requisitos Funcionais
Descrevem o que o sistema faz, ou é esperado que faça, numa abstracção
extrema, é representado em UML através de cenários de use cases.

É importante referir que alguns destes use cases, listados na tabela 3 tem
uma multiplicidade de funções, como por exemplo, o caso do use case ‘emitir
relatórios’ que tem a função de listagem de informação processada durante uma
sessão e é constituído por várias outras opções de use cases para listagem de dados.
Este use case irá descrever o historial das actividades desenvolvidas num período de
trabalho.
2. Requisitos Não funcionais
Estes requisitos estão relacionados com as características qualitativas do
sistema, descrevem a qualidade com que o sistema funcionará, respeitam
directamente às funções específicas do sistema, são inerentes às medidas de

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desempenho tais como: segurança, tempo de resposta, volume de dados,


confidencialidade.
No contexto do modelo proposto, são abordados os seguintes requisitos não
funcionais:
Confidencialidade – a informação processada pelo Educador deve
estar segura, o acesso ao sistema deverá ser com base em senhas devidamente
criptografadas e toda a informação por este processada deve ser registada.
Segurança – o acesso ao controle do sistema deve ser restrito, reservado apenas aos
administradores do sistema e algumas operações devem ser efectuadas com base
em autorizações emitidas aleatoriamente pelo administrador do MAI. Esta
circunstância tem como objectivo garantir que não seja possível efectuar algumas
alterações de informação sem o conhecimento da entidade superior do centro;
Desempenho – as tecnologias utilizadas devem proporcionar eficácia e
flexibilidade às operações e um tempo de resposta satisfatório.

Implementação – o modelo proposto é baseado em tecnologias de


desenvolvimento de sistemas desktop, desta forma, para a sua implementação é
necessário o recurso à base de dados MySQL, uma linguagem de programação OO, o
Java, plataforma J2EE e editor Netbeans 6.0. para a modelação do sistema foi usado
o Altnova Umodel.

Requisitos de facilidade de utilização


Estes requisitos garantem uma boa relação entre o sistema, os utilizadores e
as
transacções efectuadas pelos utilizadores, isto é, uma “simpatia” entre o sistema e o
utilizador. No caso vertente, o modelo proposto é caracterizado pelos requisitos de
facilidade de utilização seguidamente descritos:
O utilizador não terá que interagir com o código, nem terá que conhecer os
detalhes técnicos da implementação da aplicação, o sistema desenvolvido é feito por
API(Application Program Interface) e GUI(Graphical User Interface), que constituem um

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conjunto de gráficos que facilitarão os processos de registo e consulta de


informação.

5.3.1 Diagramas de Use Cases

A decomposição funcional do sistema é feito em termos de use cases. O use


case é um diagrama usado para identificar como um sistema se comporta em várias
situações que podem ocorrer durante a sua operação. Os componentes desse
diagrama são: actores, use cases e as relações. A abstracção dos diagramas use cases
é feita por:
_ Actor – representa qualquer entidade que interage com o sistema, pode ser uma
pessoa, outro sistema ou um dispositivo externo ao sistema que interage com ele.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Diagrama de Casos de Uso


registar_dados_pess
oais

Solicitar registo

Registar_crianca

«extends»
Enviar_historial
Registar_crianca
Educador/chefe
Pai/familiar «extends»

enviar_dados_pessoa
is

atribuir_permissoes

«uses»

registarfuncio

efectuar_manutencao

registar_funcio

Administrador_sistema gerar_relatorios

Fig.6 Casos de uso(SGIC)

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Quadro 1. Diagrama Use Case(SGIC)

Registar dados das


crianças internas Produzir listas Actualizar
p/ camarata dados

Operador do sistema

Cria backups
Administrado do sistema
Elabora
relatórios
Cadastra os
operadores
especiai
s

Descrição de Use case

Cada use case deve ser descrito, detalhado em termo de cenário de uso.
Estes cenário são os possíveis caminhos seguidos dentro de use case, de forma a
fornecer ao actor uma.
Na descrição de use case pressupõe-se que estão criadas todas condições que
garantem que tudo corre bem, sendo um cenário onde não surgem problemas,
denominado cenário principal. Contudo, pode existir a necessidade de descrever
caminhos alternativos, ou seja, cenários seguintes, especialmente quando se
pensa que poderá correr algo mal no cenário. Em seguida são mostrados os
caminhos dos use case do diagrama de use case.

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Quadro 2. Descrição do caso de uso Registar dados da criança


Nome do caso de Registar dados da criança
uso
Descrição de caso O caso de uso inicia no momento em que oporerador do
de Uso sistema(educador chefe) recebe as informações verbais ou
escritas da criança encontrada na rua, ficha individual da
mesma já preenchida pelo educador para registá-la na base de
dados (BD). E o operador do sistema simplesmente regista os
dados constantes nas fichas para a BD.
Caminho Se o sistema não estiver bom manter os dados da criança na
alternativo ficha manualmente preenchida
Actores Criança, educador chefe, pai/familiar da criança e o
administrador do sistema
Localização Arco-Iris
Pré-condições Existência da ficha preenchida
Pós-condições Criança registada

Quadro 3. Descrição de caso de uso Listar crianças em idade, sexo, camarata e


educador.
Nome do caso de Listar as crianças em idade, sexo, camarata e educador
uso
Descrição do caso O caso de uso inicia quando, depois de registados os dados da

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

de uso criança, chega o momento de atribuir camarata e seu


educador. Neste momento o usuário imprime a lista das
crianças que precisam de cuidados especiais (as que padecem
de qualquer doença ou outros problemas)
Actor Operador do sistema ( educador chefe)
Localização Arco-Iris
Pré-condição Os dados das crianças a listar devem estar disponíveis na BD
Pós-condição Lista produzida
Prioridade Cada criança de ser listada apenas uma vez em todo o
processo

Quadro 4. Descrição de caso de uso certificar dados da criança


Nome do caso de Certificar os dados da criança
uso
Descrição do caso Este tem o seu inicio no momento em que o operador do
de uso sistema é solicitado por qualquer outro sector do centro para
certificar os dados da criança para qualquer outro fim do
sector que solicitou a confirmação.
Actor Operador so sistema (educador chefe)
Localização Arco-Iris
Pré-condição Solicitação da Confirmação de dados ao operador
Pós condição Resposta da confirmação de dados

Quadro 5. Descrição de caso de uso Actualizar dados da criança.


Nome do caso de Actualizar dados da criança
uso
Descrição do caso O caso de uso inicia quando se constata, por algum motivo, a
de uso necessidade de actualizar os dados da criança. Este caso é feito

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 51 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

pelo administrador ou por um operador que tenha privilégio


para o efeito.
Actor Administrador ou Operador do sistema privilegiado ( educador
chefe)
Localização Arco-Iris
Prioridade A actualização só pode ser feita por um operador privilegiado
Pré-condição Necessidade de actualização de dados comprovada
Pós- condição Dados actualizados

Quadro 6. Descrição de caso de uso Cadastrar operador


Nome do caso de Cadastrar operador
uso
Descrição do caso O caso de uso inicia quando há necessidade de se cadastrar
de uso um novo operador ou user.
Actor Administrador do sistema
Localização Arco-Iris
Pré-condição Operador com condições de ser cadastrado
Pós- condição Operador cadastrado

5.3.2 Diagrama de Classes


Segundo Deboni (2002), sendo UML uma linguagem de descrição, permite
muitos níveis de abstracção aos diagramas, dependendo da etapa de
desenvolvimento do sistema em que se encontra. Sendo assim, os diagramas de
classes aqui exibidos, apresentam numa fase inicial apenas o nome das classes, seus
atributos, métodos e tipos de dados. No contexto do modelo proposto, o diagrama
de classes descreve as classes que formam a estrutura do sistema e suas relações. As
relações entre as classes podem ser de agregação, herança, associação e tipos de
dados.
O Nome_da_classe constitui a identidade da classe que a identifica
univocamente;

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 52 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Os atributos são as características da classe, ou seja, conjunto de elementos


que caracterizam a classe;
Os métodos são as operações que se executam sobre a classe, ou seja, é o
conjunto de comportamentos que a classe pode ter.
Segundo Nunes e O’Neill (2001), os diagramas de classes são uma descrição
do modelo geral de informação do sistema. Este diagrama é uma descrição formal da
estrutura de um objecto num sistema, para cada objecto, descreve a sua identidade,
seus relacionamentos com outros objectos, os seus atributos e suas operações.
O diagrama de classes é constituído pelos seguintes elementos:
1. Classes e objectos;
2. Relações.
As relações podem ser:
Associação - uma associação representa uma relação entre classes e dá a semântica
e a estrutura para vários tipos de “ligações” entre objectos. As associações são um
mecanismo que permite aos objectos comunicarem uns com os outros. Descreve a
ligação entre as diferentes classes. As associações podem ainda ter um papel que
indica o objectivo da associação e podem ser unidireccionais ou bidireccionais
(indicam se os dois objectos que participam na relação poderão enviar mensagens
um para o outro), cada extremo da associação também tem um valor de
cardinalidade, que define quantos objectos desse lado da associação poder-se-ão
relacionar com um objecto do outro lado. As associações podem ser:
Agregação - as agregações são um tipo especial de associação, nas quais as
duas classes participantes não tem um estado igual, mas tem uma relação “ do ‘todo’
para as partes”. Uma agregação diz como é que a classe que tem o papel do “todo” é
composta ou tem as outras classes, que tem o papel das partes.
Um diagrama de classes é uma descrição formal da estrutura de objectos
num sistema. Para cada objecto descreve a sua identidade, os seus relacionamentos
com os outros objectos, os seus atributos e as suas operações.
A criação de um modelo de classes resulta de um processo de abstracção
através do qual se identificam as entidades e conceitos relevantes no contexto que
se pretende modelar e se procuram descrever características comuns em termos de
atributos e comportamentos. As classes permitem compreender o mundo real

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 53 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

naquilo que é relevante para o sistema de informação que se pretende desenvolver


e fornecem também uma base prática para a implementação em computador.
Um diagramas de classes é composto por classes de objectos e relações de
associação e generalização. O diagrama de classes é utilizado no seguinte conjunto
interdependente de formas, modelar o vocabulário de um sistema, modelar
colaboração simples e modelar o esquema lógico de uma base de dados.
O diagrama de classes que se segue ilustra a estrutura dos objectos do
Sistema de Gestão de Informação do Internato-Arco-Iris. Descreve a identidade de
cada objecto e seu relacionamento com outros objectos

Diagrama de classe conceptual

Educador Criança Operador do sistema/educador


chefe

Fig. 7 Diagrama de classe acima, mostra a criança como centro das atenções dos
intervenientes. Pai/familiar da criança

Diagrama de classes de desenho


No diagrama de classes de desenho aparecem para além do nome da classe e
das relações entre as classes e os atributos, os atributos com os respectivos tipos de
dados e as operações correspondentes a cada classe.
É uma descrição formal do modelo geral de informação do sistema; Segundo
Nunes & O'Neill (2001), um diagrama de classes é a descrição de um modelo geral de
informação de um sistema.
Estes diagramas descrevem as classes que formam a estrutura do sistema e
suas relações. As classes possuem além de um nome, os atributos e as operações
que desempenham para o sistema.
Classes de objectos: as classes são elementos abstractos que definem um
conjunto de objectos. Entende-se por objecto uma entidade específica do mundo
real com atributos, operações e relações comuns.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 54 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Relação entre classes: uma relação indica um tipo de dependência entre as


classes. As dependências indicam que as classes relacionadas cooperam de alguma
forma para cumprir um objectivo para o sistema. Existem 3 tipos de dependência:

- Associação: é um relacionamento estrutural que descreve um conjunto de ligações,


onde uma ligação é uma conexão entre objectos.;
- Generalização: abstrai classes genéricas, a partir de classes com propriedades
(atributos e operações) semelhantes, preservando as diferenças;
- dependência: demonstra certo grau de dependência de uma classe a outra, neste
caso uma mudança em uma classe reflecte-se na classe dependente ;
Multiplicidade: este componente especifica quantos objectos participam em
uma ligação entre classes e limita o número de componentes relacionados. Existem
3 tipos de multiplicidade de associação entre classes:
- Um-para-um (1:1): ocorre quando um registo da entidade A se associa apenas a um
registo da entidade B, e um registo da entidade B se associa apenas a um registo da
entidade A;
- Um-para-muios (1:*): ocorre quando um registo da entidade A pode estar
associada a vários registos da entidade B, mas um registo da entidade B está
associada a apenas um da entidade A;
- Muitos-para-muitos (*:*): quando nas duas entidades ocorre o sentido de (1:*).
Tipos de Dados - os tipos de dados que vêm tipicamente incorporados numa
linguagem de programação são primitivos. Os exemplos comuns incluem Inteiros,
String e Booleanos. Eles não poderão ter relações com as classes mas as classes
poderão ter relações com eles. Ao final do processo de modelagem, o diagrama de
classes neste modelo é traduzido em uma estrutura de código que serviu de base
para implementação do sistema. Observasse, no entanto, que no diagrama de
classes não existe uma informação sobre os algoritmos que serão utilizados nas
operações, e também, não se pode precisar a dinâmica do sistema porque não há
elementos sobre o processo ou sequência de processamento neste diagrama. Estas
informações são representadas em outros diagramas, como o diagrama de
sequência de eventos e diagrama de transição de estados que seguidamente são
descritos.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 55 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

5.3.3 Diagrama de Sequência de eventos


Os casos de uso, como vimos, representam um conjunto de cenários que
descrevem os diferentes processos que se desencadeiam no sistema. O diagrama de
sequência de eventos permite modelar estes processos através de troca de
mensagens (eventos) entre objectos do sistema. Os objectos são representados por
linhas verticais e as mensagens com setas que partem do objecto que invoca um
outro objecto. As setas podem ser cheias para indicar uma mensagem de chamada
ou tracejado para indicar uma mensagem de retorno. Cada mensagem no diagrama
de sequência de eventos corresponde a uma operação no diagrama de classes.
Como as mensagens são operações invocadas, elas devem estar presentes nos
objectos de destino, que são activadas pelas mensagens do objecto de origem.

Os diagramas de sequência mostram a troca de mensagens (chamadas aos


métodos) entre vários objectos numa situação específica delimitada no tempo. Os
objectos são instâncias das classes. Estes diagramas colocam uma ênfase especial na
ordem e nas alturas em que as mensagens são enviadas para os objectos.
As mensagens tanto podem ser síncronas, o que acontece normalmente nas
chamadas de mensagens quando o controlo é passado para o objecto que é
invocado até que esse método termine a sua execução, ou poderão também ser
assíncronas, onde o controlo é passado de volta directamente para o objecto que
invoca o método. As mensagens síncronas tem uma caixa vertical do lado do
objecto, que é chamado para mostrar o fluxo de controlo do programa.
Um diagrama de sequencia apresenta as interacções entre objectos apartir do
encadeamento temporal das mensagens e também realça a ordem cronológica das
mensagens entre objectos (Nunes e O’neill, 2003).
Num diagrama de sequência, um objecto é exibido num rectângulo no topo de linha
vertical e tracejada. A linha vertical é chamada linha de vida, que representa a vida
do objecto durante a interacção.

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Diagrama de Sequência de Eventos:


Registar Funcionário

Administrador_sistema funcio_registo

registar_funcio

verificar_funcio

funcionario existe

registado com sucesso

Fig.8 Diagrama de sequência de eventos no registo do funcionário.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 57 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

O diagrama acima (fig.8) mostra a sequência de eventos para o registo do


funcionário. Para tal, o administrador de sistemas acciona o método registar_funcio,
que através dos seus parâmetros verifica se o funcionário foi registado
anteriormente. Caso não tenha sido feito, é registado com seus atributos
(cod_funcio, nome_funcio, categoria_funcio, sexo_funcio, contacto_funcio,
camarata e num_dependentes, caso existam.

5.3.4 Diagrama de Colaboração

Um diagrama de colaboração descreve as mesmas interacções mas


centradas nos objectos intervenientes. Estes diagramas podem ser desenhados com
níveis de detalhe e ao longo das diversas etapas do processo de desenvolvimento do
sistema.
Um diagrama de colaboração realça a organização estrutural dos objectos
que enviam e recebem mensagem. Enquanto que o diagrama de sequência está
rigidamente ligado a variáveis tempo, o diagrama de colaboração apenas demonstra
a interacção entre objectos.

1.Obter ficha Ficha da criança 2.Registar


computador
criança

Operador do sistema

Fig. 9 Diagrama de colaboração.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 58 -


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5.3.5 Diagrama Entidade e Associação

Camarata Pai/familiar_crianca
-cod-camarata -nome_pai
-localizacao -num_bi
-End5
-num_camarata
-cod_pai
-cod_crianca 1
-idade-crianca
-email
-morada
+registar() -End2
+actualizar()
-num_telef
1 +registar()
+actualizar()

Registar_crianca
-cod_crianca
-nome_crianca * -End6
Morada
-num_crianca -num_casa
-historial Crianca -End1 -bairro
-cod_camarata -cod_crianca -avenida
-livro_reg -num_crianca 0..1
+registar_morada()
-data_registo -nome +actualizar_mora()
+registar() -historial
+actualizar() +registar()
+actualizar()

0..1 -End7
Registar
1 -End8
-cod_reg
Funcionario/Educador -cod_crianca
-cod_funcionario
-cod_fun
-livro_reg
-nome
-data_reg
-ocupacao
+registar()
+registar()
+actualizar()
+actualizar()

Fig. 10 Diagrama de Entidade e associação, este indica como as entidades do sistema


estão associadas

 Diagrama de Interacção
Os diagramas de interacção que se seguem ilustram as sequencias e as colaborações
do caso se uso registar dados da criança interna Arco-Iris.

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5.4 Modelo Lógico da Base de Dados


Num_casa
Cod_pai
Nome_pai Num_bi n
Morada
Cod_Crianc tem
Cod_fun email
1
Pai/familiar
da crianca bairro
Num_cell avenida
Registo 1
Cod_Crianc
Num_fax Historial
cod_registo
Crianca
Num_telefone Nome
Num_cama tem
rata Cod_Crianc
Nome_func
Cod_Crianc Num_crian
Historial
Cod_fun sexo
n Num_crian
1 possui n
funcionario
Registo_Crianca
cod_camarata
n
tem

Ocupacao 1
data_reg
sexo
Livro_reg Camarata
cod_camarat

Cod_crianca
localizacao
Idade
num_camarata

Fig. 11 Modelo lógico de Base de Dados

5.5 Níveis de acesso ao Modelo Proposto

Propôs-se níveis de acesso ao sistema para controlar e impedir o acesso de


pessoas não autorizadas ao sistema que possam ter intenções de viciar ou deturpar

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 60 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

alguma ou toda informação que se encontre no sistema. Sendo assim, para aceder
ao Sistema será necessário ter sido anteriormente cadastrado pelo administrador do
sistema e seguidamente autenticar-se através de uma senha (username e password),
todas operações executadas por um utilizador serão registadas, pelo que, cada
utilizador é responsável pela sua password. Uma das medidas de segurança mais
utilizadas e mais credíveis é a autenticação dos utilizadores. Para que um utilizador
seja autenticado é necessário que este esteja cadastrado no sistema com um nome e
uma senha. Estes elementos permitem que o sistema faça a verificação do utilizador
Algumas operações, que necessitem de verificação dos superiores hierárquicos,
serão apenas efectuadas com base em autorizações numéricas, produzidas
aleatoriamente pelo sistema. Só o administrador do sistema terá acesso a essas
autorizações. Aqui mostra-se que quando se modela um sistema, simplifica-se sua
realidade e complexidade com vista a dar uma melhor compreensão do seu
desenvolvimento. Foi neste capítulo que se descreveu a metodologia bem como os
métodos que foram usados para modelar este sistema de informação e dá uma
visão da arquitectura geral do sistema através da projecção do mesmo com base em
diversos diagramas disponibilizados pela UML.
O uso contínuo das tecnologias, principalmente da Internet, tem se tornado
indispensável nas organizações. Porém este processo deve sempre relevar as
questões de segurança. Entende-se por segurança à necessidade de protecção de
informações confidenciais contra o acesso ou manipulação, intencional ou não, de
informações por elementos não autorizados. Para que um sistema seja bem
sucedido tanto a nível de desenvolvimento como de usabilidade, ele deve ser
seguro. Um sistema computacional diz-se seguro se atende a 3 requisitos básicos:
confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Confiabilidade: a informação só é disponível para aqueles que estão
autorizados; Integridade: a informação não pode ser destruída ou
corrompida e o sistema tem um desempenho correcto;
Disponibilidade: os serviços do sistema devem estar disponíveis sempre que
necessário. As aplicações Web por serem mais vulneráveis à ataques maliciosos
devem ter uma política de segurança mais bem definida e cuidada. Deste modo, são
definidas as seguintes técnicas de segurança para o modelo proposto:

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 61 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Backup
Uma cópia de segurança, ou simplesmente backup, é uma técnica de
segurança de informação que assegura que os conteúdos são recuperados
independentemente do que possa acontecer.
O risco de se perder os dados mantidos nos computadores, devido às
ameaças, aumenta a preocupação em se manter a disponibilidade, confidencialidade
e integridade das informações. Para manter a segurança dos dados, além de outras
medidas, é necessário que as estratégias para backup de dados façam parte do plano
estratégico de segurança do sistema. O plano de backup deve ser claro e contínuo,
de modo a garantir que os dados relevantes sejam protegidos.

Controle de vandalismo
Pela filosofia do sistema, o mesmo tem um ambiente aberto, permitindo que
seja acedido e alterado por qualquer utilizador. Esta característica pode ser vista
como o seu ponto negativo, visto que torna o site vulnerável à ataques de
vandalismo.
Vários autores acreditam que esta abertura não põe em risco a segurança do
site tal como aparenta. Eles defendem que quanto mais aberto for, menor é a
necessidade dos vândalos atacarem o site.
O vandalismo no caso de sistema é manifestado na criação de conteúdos
vazios ou sem lógica, com informações erradas, apagar informações, distorcer
informações correctas ou violar os direitos autorais, copiando dados de outras
fontes.
Como medida de controle de vandalismo, o administrador do sistema deverá
fazer revisões constantes das páginas e fazer alterações, desde correcções
gramaticais até apagar todo conteúdo da página. Uma forma de defesa comum
contra o vandalismo é através do histórico das páginas, permitindo que uma página
seja restaurada com as suas versões anteriores.
Outra forma de defesa é a gestão correcta do Access Control List (Controle
de Lista de Acesso) que define a política de segurança para edição, leitura, criação e
upload por grupo de utilizadores registados. Permite a criação de regras para acesso
de páginas. Desta maneira as páginas mais recorrentes à vandalismo devem ser

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 62 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

desabilitadas para que utilizadores não cadastrados não tenham permissão para
editar as páginas. Este capítulo centrou-se no objecto de estudo do presente
trabalho, através do qual se efectuou uma descrição das actividades que se
desencadeiam no MAI.
Para o efeito, foi usada o Centro do Zimpeto como amostra devido à sua
completude e acessibilidade. Seguidamente dá-se uma projecção superficial do
sistema proposto, que afinal, justifica a existência deste trabalho.
De acordo com Schelemer (2001), a implementação de uma política de
segurança é uma parte fundamental e necessária de qualquer esquema de
segurança eficiente, pois as políticas de segurança incluem documentos que
descrevem a forma adequada da utilização de recursos de SI/TI, as responsabilidades
e direitos tanto dos utilizadores quanto dos administradores, apresentam o que deve
ser protegido e descrevem os procedimentos a manter e desenvolver com o
objectivo de garantir a segurança dos SI/TI. Schelemer (2001), define ainda, política
de segurança como sendo um conjunto de leis, regras e práticas que regulam como
uma organização gere protege e distribui sujas informações e recursos. A política de
segurança define o que é, e o que não é permitido em termos de segurança, durante
a operação de um dado sistema, é uma declaração formal das regras pelas quais as
pessoas que utilizarão determinada tecnologia de uma organização devem se
submeter. Uma organização sem uma política de segurança fica inviabilizada de ter
uma boa segurança, sendo portanto o elemento fundamental em segurança de
sistemas.

A segurança na área informática subdivide-se em segurança física e lógica,


portanto, o modelo proposto, propõe a implementação de uma política de
segurança institucional, através das quais serão definidos os requisitos de essenciais
de segurança interna sob ponto de vista de hardware.

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Capítulo VI
Considerações Finais

É um facto, que as sociedades actuais estão absolutamente submersas no


universo das TIC para o desenvolvimento das suas actividades. Não obstante, o
computador constitui uma ferramenta imprescindível e de extrema relevância desde
as actividades domésticas, comerciais e até de lazer, com a realização do presente
trabalho chegou-se à uma conclusão que possui duas vertentes:

6.1. Numa análise geral pode-se concluir que:


O sistema proposto(SGIC), no presente trabalho, poderá vir a automatizar as
actividades dos gestores do MAI, flexibilizar as transacções, auxiliar na tomada de
decisão e proporcionar uma segurança na informação. Mas, não quer isto significar
que as actividades anteriormente desenvolvidas, sem o sistema, não possuem estas
características (flexibilidade, segurança, dinamismo), o recurso às TIC vem apenas
auxiliar algumas actividades que o homem por si só, não é capaz de desenvolve-las
num determinado intervalo de tempo. Este modelo, não vem inovar nem
modernizar, mas sim, vem auxiliar o sistema de informação das crianças já existente
no MAI com vista a minimizar os gastos do recurso ‘tempo’ e ‘papel’ e minimizar os
riscos de perda de informação e o acesso ilegal à ela.

6.1.2 Tecnicamente pode-se concluir que:


A escolha da tecnologia a ser usada depende de certos factores como: o tipo
de aplicação, sue dimensão, a finalidade, os objectivos e à cima de tudo a política
organizacional e a infra-estrutura do destinatário do sistema e, de acordo com estes
factores foram seleccionadas ferramentas adequadas ao sistema; Através dos testes
efectuados verificou-se que este modelo responde ao objectivo geral do trabalho e é
facilmente familiarizável aos destinatários, os testes foram efectuados apenas com
funcionalidades básicas do sistema, tais como:
Efectuar registos, consultas e imprimir relatórios; O sistema proposto(SGIC)
traz uma solução automatizada aos problemas identificados no processo de registo,

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

internamento das crianças no MAI de Zimpeto em particular; O modelo apresenta


interfaces amigáveis e fáceis de manipular, pois possuem ligações lógicas e vem
acompanhado do manual de utilizador numa das suas funções.

6.2 Recomendações
O SGIC é um sistema muito complexo e recomenda-se que o seu
desenvolvimento continue uma vez que a plataforma usada para o seu
desenvolvimento é reutilizável. Recomenda-se ainda que se desenhe uma base de
dados centralizada e a mesma seja controlada através do MAI sede e sistemas
distribuídos entre os Centros espalhados pelo país de forma a possibilitar a
comunicação entre eles através do mesmo sistema, e este sistema integrado com
base de dados deverá garantir:
 O envio diário de relatórios ao MAI sede;
 O controlo remoto das actividades nos Centros;
 O controlo de crianças que precisam de cuidados especiais;
 Produzir indicadores de índices de sero-prevalência no centro;
 Garantir que informações importantes e de última hora sejam enviadas em
tempo útil.

Capítulo VII
Bibliografia
_ Amaral Luis, Varajão João (2000), Planeamento de sistemas de informação, 3ª
edição, FCA,

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 65 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

_ Amaral, Diogo Freitas Do, Teoria geral da Administração pública,


_ Amaral, Wanda Do (1999)- Guia para apresentação de teses, dissertações,
trabalhos de graduação, 2a edição, livraria universitária, UEM, Maputo.
_ Batista, Luís, Fundamental do dBASE 5 fos windows, FCA editora informática,
1995.
_ Bertalanffy (1973) Sistemas de informação ,http://www.inf.ufrgs.br
consultado em 15.10.2009.
_BOTTENTIT Jr., João Batista. A informática na educação: Mudando os paradigmas
da educação. Olhares & Trilhas. Uberlândia: v. 4. 2003.
Disponével em: <
http://www.seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/viewFile/161/159 >.
Acedido em: 18 de Agosto de 2009.

_BOTTENTUIT Jr., João Batista; COUTINHO, Carla Pereira. Comunicação


educacional: Do modelo unidimensional para a comunicação multidirecional na
sociedade do conhecimento. In: Atas do 5º Congresso da Sociedade Portuguesa de
Ciências da Comunicação (SOPCOM). Braga: Universidade do Minho. 2007.

Disponível em: <lasics.uminho.pt/ojs/index.php/5sopcom/article/view/168/164 >.


Acedido em: 18 de Agosto de 2010.

_ Coelho, Pedro Programação em JAVA2, FCA editora informática, 2003;


_ Chiavenato, I. (1983), Introdução a teoria geral da administração, 3ª edição,
McGraw-Hill;
_ Deboni José Eduardo Zindel Breve introdução aos diagramas UML
deboni@voxxel.com.br consultado em 20.10.2008
_ Dubois, P. 1999, MySQL Executive WallEditor.
Esmin, (2003) Pesquisa de desenvolvimento em UML.
www.unisul.br, consultada em 13.10.2008.
_ Hampton, D. R. (1983), - Administração Contemporânea, 2ª edição, McGrawHill

_ Machado (1980),- A relação entre a função informática e a organização em que se


insere: uma perspectiva e sua aplicação prática, Instituto de informática do
Ministério das Finanças.

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 66 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

_ Nunes, M e O’Neil – Fundamentos de UML, 2a edição, FCA editora;


_ P. Silva e Júnior UML: classe e relacionamentos
Departamento de Ciência da Computação - UFMG
_ Pereira, J.Larman (1998)- Tecnologias de base de dados, 3a edição, FCA editora,
Lisboa;
_ Rasção, José Poças- Sistemas de informação para organizações- Informação chave
para tomada de decisão, 1ª edição, edição sílaba Lda;
_ Ribas, F.G.-P (1984),- Estruturas Organizativas de Informação na Empresa,
editorial Domingos Barreira,
_ Serrano, A. Caldeira, M. e Guerreiro, A.(2004)- Gestão de Sistemas e tecnologias
de informação, FCA editora;
_ Sousa, A. (1990),- Introdução a Gestão: Uma abordagem Sistemática, Verbo.
_Schelemer. (2001) Introdução à segurança de sistemas de informação, FCA editora,
Lisboa.
_ Varajão, J.E.Q ( 1998)- A arquitectura da gestão de sistemas de informação, 2ª
edição, FCA editora, Lisboa;
_Ward (1990) Sistemas nas Organizações, 2ª edição,
McGraw-Hill;
_Zorrinho (1991) Gestão das Organizações, 2ª edição, FCA editora;
McGraw-Hill;

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 67 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Capítulo VIII
Anexos

Anexo I

Guião de entrevista

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


Faculdade de Ciências
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

Data da entrevista ____/_____/20____

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Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

Hora do inicio_________________
Hora do fim___________________
Nome do entrevistado__________________________________________________
Posição que ocupa_______________________________

1. Que tipo de informação da criança tem sido registada no processo de gestão de


internamento?
2. Como é que é efectuada a análise e o processamento da informação que tratam?
3. Qual é a principal fonte da informação?
4. Quais são as responsabilidades do educador chefe?
5. Qual é o destino que a informação tem após o tratamento à nível do centro?

Anexo II

Guião de entrevista

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


Faculdade de Ciências
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

Data da entrevista ____/_____/20____


Hora do inicio_________________
Hora do fim___________________
Nome do entrevistado__________________________________________________
Posição que ocupa_______________________________

a) Como avalia o processo de inscrição para o internamento das crianças?

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 69 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

b) O que acha que devia mudar nesse processo?


c) Como é o processo de solicitação de dados da criança?
d) O que acha de implementação de um sistema computa rizado? Porquê?
e) Será possível e necessário a sua implementação com acesso a Internet?
d)Tendo em conta a proposta de computa rizar do sistema de informação do centro,
o que acha que o sistema devia fazer para melhorar a prestação de serviços a
criança?

Anexo III
Guião de entrevista

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


Faculdade de Ciências
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA
Data da entrevista ____/_____/20____
Hora do inicio_________________
Hora do fim___________________
Nome do entrevistado__________________________________________________
Posição que ocupa_______________________________
a) Quais são os constrangimentos verificados no centro e no sistema em vigor?
b) Como funciona o sistema actual?
c) Como é feito o processo de busca de informação académica?
d) Quais são os procedimentos usados para a emissão dos documentos requeridos
no centro?
e) Como é que a informatização do sistema irá contribuir para a obtenção do
resultado positivo?

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 70 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

f)Que processos precisam de informatização imediata?


g) O que acha dum processo com acesso a internet
h) Seria possível e necessário a sua implementação?
i) No que concerne a inscrição do internamento que problemas enfrentam e como é
feito esse processo?
\l) como é feita a distribuição das crianças por camarata?
m) Que estratégias de segurança ou cuidados especiais a crianças que padecem de
doenças crónicas?

Anexo IV

8.1 Requisitos do Sistema Proposto


Para o funcionamento do sistema proposto é necessário um computador
com os seguintes requisitos mínimos:
 Hardware
1500 mhz Processador;
256 mb de RAM;
40 gb de ROM;
Monitor;
Teclado;
Mouse;
Flash drive 256 mb.
 Software
Sistema operativo Xp, opcionalmente um sistema open source (GNU/ Linux,
UBUNTU, FEDORA, ….)
Anti-Virus ( Com as respectivas actualizações, caso o sistema não seja FOSS)
MySQL

Trabalho de Licenciatura-Inácio Rafael Machava Pág - 71 -


Sistema de Gestão de Informacão da criança no MAI SGIC

JDK.

8.2. Menu de Acesso ao SGIC

8.3. Registo da Camarata, Funcionario, Criança, Familiar da


Criança e Alojamento

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8.4. Visualização dos Dados

8.5. Relatórios (listas de Camaratas, Funcionários, Crianças,


Familiares, Alojamento efectuados)

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8.6. Adicionar um Utilizador

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8.7. Relatório dos alojamentos efectuados

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8.8. Lista de Crianças por Camarata

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8.9. Registo (Alojar, Reitegrar ou Transferir para outra


Camarata)

Fig.12 Diagrama de entidades

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