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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CRYSTEPHANY CONCEIÇÃO SANTOS


MARIZIA LUZIA PENALVA COSTA
KATHARINA LÚCIA DE ALMEIDA MORAES FRAGA
KEYLLA PEREIRA DE ALCÂNTARA

CRIANÇAS VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL

SÃO CRISTÓVÃO - SE
2019
CRYSTEPHANY CONCEIÇÃO SANTOS
MARIZIA LUZIA PENALVA COSTA
KATHARINA LÚCIA DE ALMEIDA MORAES FRAGA
KEYLLA PEREIRA DE ALCÂNTARA

CRIANÇAS VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL

Relatório de pesquisa apresentado à


disciplina “Introdução à Psicologia
do Desenvolvimento” como
requisito de avaliação referente a
terceira e última unidade do
semestre 2018-2.

Orientadora: Dr.a Dalila Xavier de França


Co-orientador: Me. Ueliton Santos

SÃO CRISTÓVÃO - SE
2019
SUMÁRIO

1. Introdução 4
2. Abuso sexual como violência, infância e desenvolvimento sexual 4
3. Sexualidade patológica - o pedófilo e o molestador 5
4.​ Sinais de abuso sexual nas crianças 6
5. Consequências do abuso sexual no desenvolvimento 8
6. Redes de apoio psicossocial a vítima 8
7. Elementos para investigação do fato abusivo 9
8.​ Educação sexual nas escolas 9
9. Abuso sexual em Sergipe 11
9.1​. Perfil das vítimas 11
9.2​. Perfil do agressor 12
10. Considerações finais 12
Referências bibliográficas 13
1. INTRODUÇÃO

O presente relatório expõe material de pesquisa com enfoque no


desenvolvimento humano a partir do tema do abuso sexual de crianças. Pesquisa essa
que deverá ser apresentada posteriormente em sala de aula na disciplina Introdução a
Psicologia do Desenvolvimento. Primeiramente o grupo procurou pensar em subtópicos
tematicos que pudessem orientar a pesquisa, são eles de maneira geral: A sexualidade e
a pedofilia, as consequências do abuso no desenvolvimento, o tratamento de vítimas, a
importância da educação sexual como forma de prevenção e alguns dados de abuso
sexual infantil no estado de sergipe. A partir dessa separação, procurou-se material
científico, artigos e livros que pudessem elucidar as questões que foram aparecendo
durante essa breve investigação.

2. ABUSO SEXUAL COMO VIOLÊNCIA, INFÂNCIA E DESENVOLVIMENTO


SEXUAL

Hoje em dia - e apesar das contradições de uma cultura que pode ser vista como
“pedofila” - são visiveis os esforços políticos e sociais no sentido de assegurar a
infância, impedindo a violência contra crianças. Isso se justifica pelo anseio de uma
sociedade mais saudável, visto que situações traumatizantes, especialmente no período
da infância, tem a potencialidade de gerar diversos inconvenientes, patologias, ligadas a
um desenvolvimento psíquico inadequado.

Uma violência grave que se tem tentado combater no Brasil e no mundo afora é
a violência sexual que configura práticas envolvendo indevidamente adultos com
desvios de comportamento sexual ou não e crianças numa idade que as impossibilita de
oferecer consentimento por terem pouca compreensão do que lhes ocorre. Entre essas
práticas de encontrar o abuso sexual que é o ato sexual pervertido em si. Nossa
sociedade contemporânea tem (ao menos oficialmente) repelido fortemente tais atos.

No entanto, nem sempre as coisas foram assim. O abuso sexual é


imemorialmente antigo, e nem sempre foi visto como um ato criminoso em sociedades
anteriores. A obra “A vida dos doze Césares” de Suetônio retrata um “gosto” do
imperador romano Tibério por crianças, tendo até chegado a alojar na ilha de Capri com
várias delas a fim de satisfazer seus desejos. O próprio nome “pedófilo” tem origem
grega, ​paidophilos​, ou “amor por crianças” uma prática recorrente naquele meio.

Portanto, a caracterização de abuso sexual como crime se desenvolve


concomitante a formação do conceito de direito “infância”. Indo da total licenciosidade
até um sentimento de preservação que foi em grande medida impulsionado pelo estudo
da criança e do desenvolvimento.

Uma grande contribuição para esse estudo da criança com vistas a sexualidade
foi de Freud nos ​Três ensaios sobre a teoria da sexualidade.​ Note-se que para Freud
não há uma sexualidade na criança no sentido genital, esta só se desenvolverá
posteriormente. O que há na criança são instintos e atividades outras de sexualidade
latente. Essa teoria do século XX já se adequa e exige uma visão da criança que não a
coloque como um agente sexual no sentido e nos moldes do adulto.

Dentro dos estudos sobre sexualidade foram observadas as consequências


negativas no desenvolvimento da criança e a angústia sentida por elas quando vítimas
dessa violência. Pode-se dizer que isso contribuiu muito para a criminalização e os
esforços políticos e sociais de combate a esse ato.

3. SEXUALIDADE PATOLÓGICA - O PEDÓFILO E O MOLESTADOR

Além a angústia da vítima criança, o abuso sexual pode provocar sentimento


semelhante no agressor. Isso quando ele tem pedofilia que é um transtorno sexual (uma
parafilia, como o masoquismo). Casos isolados de abuso sexual não são caracterizados
como pedofilia (que depende de um diagnóstico). Então, nem todo abuso sexual é
provocado por um pedófilo, diferente de como se pensa popularmente.

A pedofilia em si não é um crime. Trata-se, de acordo com a 5ª edição do


Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (​ DSM-5)​, de um distúrbio do
desenvolvimento da identidade sexual onde o pedófilo (que é normalmente um homem)
sente interesse sexual por um período de seis meses ou mais por crianças pré-púberes
(até 13 anos). É uma condição que causa angústia pessoal a respeito do seu interesse
pessoal sem que esse sofrimento esteja ligado a reprovação ​social da sua preferência.
Além disso, o pedófilo deve ter 16 anos ou mais e cinco anos de diferença entre ele e a
criança objeto de seu desejo.

Portanto, a pedofilia em si, sem o ato criminoso, não é condenada judicialmente,


mas deve sim ser tratada. Porém quando existe o ato, o abuso sexual, pedófilo ou não o
criminoso deve ser penalizado.

4. SINAIS DE ABUSO NAS CRIANÇAS

Inicialmente, é importante destacar a diferença entre exploração sexual e abuso


sexual. A exploração sexual diz respeito a prostituição de menores de idade, enquanto o
abuso sexual refere-se ao contato ou jogo sexual, consentido ou não, em uma relação
heterossexual ou homossexual, entre um adulto e uma criança ou adolescente. Dados do
Ministério da Saúde revelam que o abuso sexual em crianças ocupa o segundo lugar no
tipo de violência sofrida por menores na faixa etária de 0 a 9 anos de idade.

Diante dessa triste realidade, mister indagar o que leva o abusador a praticar o
ato sexual contra uma criança. Segundo especialistas, muitos dos abusadores adultos
foram também abusados sexualmente quando crianças e quando adultos, eles
reproduzem essa prática. Com relação aos homens, geralmente eles são os pais,
padrastos, tios, avós, vizinhos ou pessoas muito próximas das crianças, contudo, a
incidência maior de abuso sexual de crianças ocorre entre o pai e a filha ou entre o
padrasto e a enteada. Quando o abusador não faz parte da família, ou seja, é um
estranho ou desconhecido, geralmente ele atrai as crianças com ofertas de comida,
preferencialmente doces, roupas, sapatos, objetos de interesse das crianças em geral.
Embora em menor escala, o abuso sexual contra menores de idade também é praticado
por mulheres e mães, onde nesses casos, existe uma predominância em atos de carinho,
toques e manipulação física. Estima-se que 80 a 95 por cento dos abusos ocorrem na
própria família da criança, onde as meninas são a maioria, embora exista a incidência
também de abuso sexual em meninos.
Existem alguns sinais indicadores de que uma criança está sendo vítima de
abuso sexual, contudo, nem todos os sinais aparecem ao mesmo tempo e eles podem se
manifestar de forma e intensidade diferente. As alterações nas crianças podem ser
comportamentais, fisiológicas e emocionais e são indicativas de possíveis abusos
sexuais.

As alterações comportamentais são: diminuição no interesse e desempenho


escolar; fuga do lar, furtos, comportamento hipersexualizado, masturbação, rejeição a
alguma pessoa da família ou do possível abusador.

As alterações fisiológicas são: insônia, perturbações no sono, mudanças bruscas


no apetite com ganho ou perda de peso, dores abdominais, mãos suadas, tremores,
febres sem motivo aparente, alterações e aceleração nos batimentos cardíacos.
Ressalte-se que, por exemplo, se uma criança é abusada ela tenderá a voltar a ter
comportamentos regredidos, ou seja, voltará a urinar ou evacuar na roupa ou na cama,
quando estiver dormindo.

São alterações emocionais: na escola e em casa, tenderá ao isolamento e tristeza,


chora com facilidade e frequentemente, tem episódios de tentativa de suicídio, medo e
raiva.

Outros sinais de abuso sexual em crianças podem ser observados em lares com
histórico de violência doméstica; famílias com pais alcoólatras, dependentes químicos,
autoritários, moralistas, ciumentos, possessivos; mães ausentes, passivas, dependentes
financeiramente do abusador; crianças tímidas, retraídas, com baixo desempenho
escolar.

A problemática é tão gravosa que, a fim de conscientização e campanha de


combate a exploração infantil, foi instituído o dia 18 de maio como sendo o Dia
Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, por
meio da Lei Federal nº 9.970/200.
5. CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL NO DESENVOLVIMENTO

As consequências do abuso sexual nas crianças implicam questões legais,


médicas e psicossociais e podem sofrer variáveis conforme as circunstâncias dos abusos
sexuais, tais como, a idade da criança que é abusada, quando se deu o início do abuso
sexual, a diferença etária do abusador e da criança abusada, qual é a relação de
parentesco ou não entre o abusador e a criança, a existência e forma de ameaças e
exigência de segredo para com as crianças abusadas, dentre outros fatores. Outrossim,
toda criança abusada, em maior ou menor grau, precisa de tratamento com psicólogo ou
psicanalista assim que é descoberto o abuso sexual por ela sofrido.

São consequências do abuso sexual podem ser diretas e indiretas e se confundem


com os próprios sinais da existência do abuso. São consequências a curto prazo do
abuso sexual nas crianças: elas tendem a regredir a comportamentos típicos de uma
idade anterior, como, por exemplo, chupar o dedo, voltar a fazer xixi na cama e na
roupa, a criança apresenta ansiedade e depressão, o rendimento escolar cai e a
aprendizagem fica deficitária, a criança tende ao isolamento e passa a ser antissocial;
pode se tornar sexualmente precoce, apresenta hematomas pelo corpo, náuseas,
episódios de vômitos, sangramento vaginal ou anal.

São consequências a longo prazo do abuso sexual nas crianças: insônia,


pesadelos, ansiedade, raiva, depressão, culpa, baixa autoestima, isolamento, tende a
repetir modelos negativos e insatisfatórios de relacionamentos, hostilidade, transtornos
psiquiátricos, dissociação afetiva, grande predisposição a esquizofrenia, pensamentos
invasivos, tentativas de suicídio, fobias agudas, medos, comportamentos de alto risco,
abuso de álcool e outras drogas, lesões físicas genitais ou anais, gravidez indesejada,
doenças sexualmente transmissíveis, anorexia, bulimia.

6. REDES DE APOIO PSICOSSOCIAL A VÍTIMA

O núcleo de apoio a infância e adolescência (NAIA), juntamente com o Salve


são uma grande ferramenta no combate ao abuso sexual infantil.
A organização de apoio às vítimas de abuso sexual, são formadas por equipes
profissionais e especializadas sobre o assunto e também na proteção social e direitos da
criança. O Tratamento deve ser de extremo sigilo e compromisso com a vítima.
Os formulários para realizar denúncias contra os abusos sexuais contra crianças
e adolescentes,são encontrados em qualquer unidade de saúde do município, ao ser
preenchido, ele deve ser encaminhado ao conselho tutelar do estado. É importante
também que, as pessoas que suspeitarem de abusos sexuais contra crianças, contribuam
com o apoio a essas vítimas, denunciando para as redes de apoio ou, ao conselho tutelar,
para que a criança e seus familiares tenham o devido tratamento, e que o abusador seja
punido por seu crime.

7. ELEMENTOS PARA INVESTIGAÇÃO DO FATO ABUSIVO

● Procurar escutar a criança sem a presença dos seus responsáveis, para depois
ouvi-los;
● Ouvir os pais da criança separadamente, pois é possível que uma das pessoas
que acompanham a criança seja o abusador, impossibilitando a criança de
verbalizar com o psicólogo ou conselheiro, motivada pelo medo;
● É interessante sentar-se perto da criança, passando pra ela confiança, fazendo
com o que se quebre uma barreira de desconforto e desconfiança, para que ela
possa contar como aconteceu,sem se sentir oprimida;
● Importante reforçar que a criança não é culpada por ter sido abusada;
● Dialogar com a vítima, buscando saber como tudo começou;
● Ter um lugar reservado, que não tenha interrupções para que a criança não se
desconcentre e nem se sinta envergonhada;
● O conselheiro deve ter comprometimento, ter atenção total com a criança,
desligando aparelhos que possam interromper o processo de diálogo.

8. EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS

O combate à ideia de “ideologia de gênero” é, atualmente, o principal obstáculo


para que a educação sexual seja pensada e implementada em escolas brasileiras. O
presidente Jair Bolsonaro já afirmou, em diversas ocasiões, ser contra a abordagem da
sexualidade nas instituições de ensino. “Quem ensina sexo para a criança é o papai e a
mamãe. Escola é lugar de aprender física, matemática, química”, disse em novembro de
2018. Entre os ministros, Ricardo Vélez Rodríguez, da pasta da Educação, também se
opõe à discussão de gênero no currículo. Em novembro de 2018, afirmou que “quem
define gênero é a natureza”. Já a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos,
Damares Alves, se diz a favor do ensino de educação sexual, mas considera que há
restrições de faixa etária e que o tema tem sido abordado de “forma errada”. Em 8 de
fevereiro de 2019, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta também defendeu a
matéria em entrevista à Agência Brasil: “Acho que tem que fazer, não dá para não
fazer”. Fora do Executivo, tramita no Congresso um projeto de lei elaborado pelo
movimento Escola Sem Partido, que restringe o conteúdo ensinado aos estudantes nas
salas de aula, proibindo professores de manifestar posicionamento político, ideológico e
de gênero, o que seus defensores consideram “doutrinação”. Foi arquivado no fim de
2018, mas pode voltar a ser discutido na Câmara dos Deputados em 2019. A maioria
dos brasileiros, no entanto, é favorável à inclusão de questões sobre gênero e
sexualidade no currículo escolar. É o que mostra uma pesquisa interna encomendada
pelo Ministério da Educação em 2018.
Das 2.004 pessoas que foram ouvidas, em 11 estados e o Distrito Federal, 55,8%
responderam “sim” para a questão sobre se a “abordagem sobre as questões de gênero e
sexualidade deve fazer parte do currículo escolar”. Além disso, 62,6% dos entrevistados
não souberam definir o que “ideologia de gênero” significa.
Crianças e jovens são também vítimas de violência sexual, muitas vezes no
próprio ambiente familiar. Segundo registros do SUS, 49,5 mil meninas de 10 a 19 anos
sofreram estupro de 2011 a 2016. Em 58% dos casos, o crime ocorreu na residência. Em
36%, familiares ou parceiros íntimos foram os prováveis autores.
As dúvidas mais comuns de crianças, por faixa etária, com relação a temas de
sexualidade: FAIXA ETÁRIA: MENOS DE 4 ANOS CONCEITOS GERAIS Meninos
e meninas são diferentes; Nomes corretos dos órgãos genitais; Bebês vêm da barriga das
mães; responder perguntas básicas sobre o corpo e funcionamento dele; explicar sobre
privacidade. Por exemplo: por que cobrimos as partes íntimas, não tocar em partes
íntimas dos colegas.
Educação sexual não é ensinar crianças a fazer sexo, como as notícias falsas nas
redes sociais acabam veiculando. A educação sexual que o senso comum tanto teme é,
na verdade, uma das formas mais eficazes de enfrentamento da violência sexual. Não se
refere apenas ao conhecimento dos genitais e saber de onde vêm os bebês, mas aos
conceitos de autoproteção, consentimento, integridade corporal, sentimentos, emoções,
sonhos, identidade, tipos de toques que adultos estão ou não autorizados em relação ao
corpo da criança e do adolescente, escolhas, higiene, saúde, relações — tudo isso é
educação sexual.

9. ABUSO SEXUAL EM SERGIPE

Em Sergipe são registrados mais de 800 casos por ano, segundo a coordenadora
do Nest/SES, Eliane Nascimento, o boletim apresenta um estudo realizado com dados
coletados do sistema de vigilância de violência e acidentes (VIVA). O conteúdo foi
elaborado a partir das notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes
referente aos anos de 2009 até 24 de Abril de 2017.

Mas de 6.576 notificações foram realizadas em Sergipe. Dessas, mais de 3.887


foram em menores de 18 anos, a violência sexual é o que concentra o maior número de
registros ( 1890) para ser mais exato. No entanto ocorreu um decréscimo de (-7%) entre
2010 e 2016 revelou analista em saúde do Nest, Patrícia Lima.

9.1 Perfil das Vítimas

Em se tratando de perfil das vítimas, o sexo feminino concentra a maior parte


das vítimas (83,96%) para ser mais exato. Para cada menino notificado existiu 5,30
meninas que sofreram agravo. Ser deficiente ou ter alguns transtornos, faz desta criança
ou adolescente uma entre com um grau maior de vulnerabilidade. Nos oito anos e 16
semanas analisados houve o registro de 65 pessoas do sexo feminino e de 15 do sexo
masculino com algum tipo de deficiência ou transtorno" apontou analistas em saúde do
Nest.

9.2 Perfil do agressor

Ainda sofrendo notificações registradas em 2009 24 de Abril de 2017, em


81,80% ( 1.546 dos casos existiu apenas um agressor e em 147 existiu dois ou mais. O
sexo masculino foi predominante, com um 1. 630( 86,24%) registros. Os dados sugerem
também uma análise referente a possibilidade de esses agressores teremos atos
sexualmente das vítimas anteriormente, sendo constatado que esta situação ocorreu em
762 dos casos.

A maioria das vítimas e abuso sexual na infância não se tornam agressores


sexuais na idade adulta. Contudo, a vitimização sexual nessa fase da vítima, é
acompanhada por fatores, tais como abuso físico, a duração do abuso sofrido e a relação
com agressor, pode contribuir para o surgimento de um futuro agressor. O vínculo do
agressor com a vítima, reflete uma relação consanguínea ou afetiva com a criança ou
adolescente em 631 notificações. Conforme o estudo, a violência sexual contra crianças
e adolescentes representam a violação dos Direitos Humanos, sexuais e dos direitos
particulares de pessoa em desenvolvimento a violência sexual intrafamiliar, por sua vez,
constitui uma violação ao direito de uma convivência familiar protetora e uma
ultrapassagem dos limites estabelecidos pelas regras sociais, culturais e familiar.
Conclui Eliana Nascimento.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A violência sexual perverte a ordem ideal do desenvolvimento saudável


humano. Essa verdade apenas se fez presente na sociedade depois de pesquisas
científicas e ideias sobre a infância como um estágio que demanda direitos especiais
diferentes do adulto. O abuso sexual pode causar, como vimos, intensos problemas as
vítimas, e angústia também ao criminoso quando ele sofre de uma condição patológica -
a pedofilia - uma parafilia diagnosticável por critérios presentes no DSM-5 e CID-10.
Ambos, vítima e agressor (quando diagnosticado) devem se submeter a tratamentos a
fim de diminuir os danos. Vimos que um problema que dificulta a prevenção, a
denúncia e o posterior tratamento do problema é a dificuldade das crianças entenderem
o que lhes aconteceu, indicando que a educação sexual, antes de ser uma maneira de
erotizar as crianças, é a forma que a escola pode intervir e identificar crimes (que muitas
vezes ocorrem dentro do ambiente familiar).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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no-Brasil.-E-por-que-abordá-la-nas-escolas?utm_medium=Social&utm_campaign=Ech
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