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Aconselhamento psicanalítico

Na prática do aconselhamento, no princípio, as idéias de Freud não eram


consideradas relevantes, isso se deu porque o trabalho freudiano preocupava-
se com a resolução de problemas graves, e o aconselhamento, num primeiro
momento, tinha seu enfoque maior no poder de tomada de decisão.
A proposta de Freud era de um tipo de análise minucioso e o processo
tinha uma longa duração, cujo foco era o incremento psicossexual. Atualmente,
as teorias do pai da psicanálise, são utilizadas em aconselhamentos de curto
prazo, que resulta em uma análise mais efetiva, embora sem uma totalidade.
Não se podem questionar os subsídios trazidos pelas idéias freudianas, como
por exemplo, os conceitos de inconsciente e mecanismos de defesa, tanto que
o aconselhamento e a psicoterapia embasados na psicanálise são as práticas
de ajuda mais adotadas.
Freud estabelece que os seres humanos são criaturas biológicas dirigidas
pelo instinto de busca e satisfação de um prazer. É a libido que os impulsiona
para a satisfação desse prazer, no entanto, devido às regras sociais os seres
humanos adotam comportamentos que sejam permitidos e não destrutíveis.
Agimos, então segundo o princípio do prazer, o qual está relacionado à
sexualidade. O desejo pelo prazer sexual começa desde a infância e possui
diversas fases, a primeira é chamada fase oral, seguida pelas fases: anal, fálica,
de latência e genital. Para cada uma dessas fases existem necessidades que
precisam ser atendidas com a finalidade de proporcionar um amadurecimento
psicológico, mas se tais necessidades não são aceitas e/ou satisfeitas, o sujeito
tende a tentar satisfazer-se posteriormente, quando tal comportamento já não é
adequado.
O enfoque freudiano na questão da sexualidade provocou, e ainda
provoca muitas controvérsias, no entanto, aceitando ou não a relação entre
instinto e sexualidade, o mais importante a ser estudado da obra de Freud são
as noções de inconsciente, de estrutura da personalidade e dos mecanismos de
defesa.
Sobre o inconsciente, Freud afirma que o sujeito não tem consciência a
respeito da maior parte do seu processo mental e, principalmente, que a
atividade mental pode ocorrer de forma inconsciente. Por exemplo, se um
indivíduo durante sua infância, tem alguma necessidade que não é atendida no
momento certo, ele ira buscar sua satisfação por outros meios posteriormente,
como já dissemos, quando tais atitudes já não são adequadas. No entanto, o
indivíduo não entende porque possuem tal comportamento, ainda que tente ter
explicações plausíveis, mas na realidade é apenas um mecanismo de defesa
sendo acionado a fim de encobrir o motivo inconsciente.
Freud divide em três partes a estrutura da personalidade: o id é instintivo
e ressalta no sujeito a busca do prazer sem se considerar as conseqüências. O
ego, por sua vez, está em contato com a realidade exterior e insere a busca a
satisfação de modo aceitável; já o superego opera sob os conceitos de certo e
errado. O ego e o superego são os responsáveis por controlar os impulsos do id.
Se durante a busca da satisfação o ego não consegue controlar certos impulsos,
ou seja, o id possui a autonomia, as defesas do ego irão ser acionadas a fim de
amenizar o golpe e a tensão sobre o ego. Isso ocorre sob a forma de negação
do problema, ou da racionalização.
Os mecanismos de defesa isolam no inconsciente do indivíduo aquilo com
que não conseguem lidar, no entanto, isso continua a interferir no mundo exterior
dele. No processo de aconselhamento, o conselheiro deve identificar quando o
indivíduo está utilizando mecanismos de defesa, e ajuda-lo a expor, falar a
respeito de seus conflitos, seja por meio da livre associação, ou da narração dos
sonhos. Desta forma o conselheiro terá subsídios para tentar compreender os
motivos do cliente e interpretar para ele seu comportamento.
A importância das idéias freudianas reside principalmente na estruturação
elaborada por ele a respeito da personalidade e sua aplicação ao processo de
diagnóstico, visto que, por meio dela há facilidade na análise do comportamento
humano, pois são consideradas noções como impulso, razão e consciência na
motivação do cliente. O fio condutor do aconselhamento psicanalítico é a
interpretação, e como terapia ele se encontra no cerne das teorias, porque
engloba tanto o lado cognitivo, quanto afetivo, e tanto conselheiro quando
aconselhado são ativos no processo.

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