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A dura defesa da fé
PERGUNTA
Nome: Matias S. Freitas
Enviada em: 09/10/2006
Local: São Paulo - SP, Brasil
Religião: Católica
Idade: 26 anos
Escolaridade: Superior concluído
Profissão: Professor
Em primeiro lugar, elogio as nobres intenções do senhor, bem como as de todos os seus
colaboradores que vêem em sua Fé "a pérola preciosa" que nos foi concedida e que tratamos de defendê-la
a todo o custo. Parabéns! Não conhecia o trabalho da Monfort até encontrar por acaso o webite há uma
semana. Desde então tenho lido com muito interesse muitos dos artigos publicados. Ressalto desde já que
não faço parte de nenhum movimento da Igreja e falo apenas na condição de fiel católico, uma ovelha no
redil de Cristo.
Ou seja, ainda que não possamos em nenhuma vírgula distorcer ou amolecer o firme depósito
doutrinal da Igreja, quer seja agradável e fácil quer não (e isso afirmo e defendo com todas as letras), tem-
se a impressão de que muitas das respostas às cartas dadas pelo senhor são como uma batalha negativa,
um estar cercado por inimigos que a qualquer momento podem avançar e destruir seu território.
E da mesma maneira, críticas aos movimentos da Igreja, que contam com o apoio ainda que oral do
Magistério e de Sua Santidade, dão uma estranha sensação de desunião no seio da Una e Santa Igreja.
Sim, há desvios e erros porque a Santa Igreja é formada pelo povo pecador que somos nós, e devemos sim
corrijir os erros, mas acho que a pedagogia, a cortesia e a finesse são grandes instrumentos que o próprio
Cristo utilizou e que são essenciais para a propagação e defesa da nossa Fé.
Repare que não faço isso por querer criticá-lo, pois "todo Reino dividido contra si não resiste", mas
antes queria fazer uma sugestão para, unidos "in Corde Iesu" hastearmos a bandeira da Fé pelos 4 pontos
cardeais.
Unidos em Cristo e à Nossa Senhora, despeço-me cordialmente e desejo um futuro amplo e belo
neste caminhar pela estrada da vida até o nosso destino final, até a Felicidade!
Matias S. Freitas
Professor de Ensino Médio
São Paulo-SP
ps: Não faço questão de que o senhor publique esta carta em seu website, mas sinta-se à vontade
caso deseje fazê-lo.
RESPOSTA
2
Em primeiro lugar agradeço suas palavras elogiosas a nosso trabalho, e rogo suas orações por
nós da Montfort.
Sendo um novato no acesso a nosso site, compreendo que tenha essa objeção sobre nosso
modo de ser polêmico e que usar um método de ataque duro, firme e sistemático, o faça temer que isso
seja mais prejudicial do que útil para as almas.
Ora, esse método polêmico, foi aquele que Nosso Senhor usou, quando tratava com os fariseus,
que pareciam ser muito bons, mas que, secretamente, eram hereges .
Dou-he alguns exemplos do Evangelho, pedindo-lhe que reflita sobre eles.
Em São Lucas se conta que, um dia de sábado, quando Jesus foi a uma Sinagoga, encontrou e
curou uma mulher encurvada e possessa pelo demônio, expulsando dela o diabo que a atormentava há 18
anos. Então, o Príncipe da Sinagoga achou ruim essa cura feita em dia de sábado e disse que os doentes
tinham seis dias da semana para irem à sinagoga buscando cura e que não deveriam vir no sábado. Ao que
Nosso Senhor, humilde e manso de Coração, retrucou com violência; "Hipócritas" (Cfr São Lucas, XII, 15).
Doutra feita, tendo sido Jesus convidado a jantar na casa de um fariseu, durante a comida, e
porque Jesus não lavara as mãos para comer, o fariseu pensou mal de Jesus por não seguir a tradição ritual
judaica e Ele então os amaldiçoou. E continua o relato do Evangelho:
"Então, um dos Doutores da Lei, respondendo disse-Lhe: "Mestre, falando assim, ofendes
também a nós Doutores da Lei". Mas Ele respondeu-lhes: "Ái de vós também, doutores da lei" (São
Lucas XI, 45).