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Cerro Azul
2010
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1 MARCO SITUACIONAL
Céu, permitiu que os educadores fossem despertados para uma educação mais
contextualizada à realidade dos alunos. Assim, os professores têm procurado partir de
problemáticas relacionadas à agricultura e à pecuária, para, a partir daí, ensinarem o
conhecimento científico envolvido nessas problemáticas. Dessa forma, os alunos estão
recuperando sua auto-estima e estão começando a se orgulhar de fazerem parte de
uma comunidade de pequenos agricultores. Isso significa que estão dando mais valor
à cultura local e estão enxergando que há vantagens no fato de serem camponeses.
Nas festas juninas realizadas pelo Colégio, não se ridiculariza a figura do agricultor.
Pelo contrário, se enaltece. Os alunos estão começando a ter orgulho de serem
agricultores. Algumas ações também foram planejadas para o ano de 2010, através do
Programa Viva a Escola, como a construção da Agenda 21 escolar, Preservação
Ambiental e Jornal Escolar. Através dessas três turmas do Programa Viva a Escola,
pretende-se trabalhar com os alunos e com a comunidade a importância da
preservação ambiental e da produção e do desenvolvimento sustentável. Em junho de
2010, foi realizada a 1ª Conferência do Meio Ambiente do Colégio. O Jornal Escolar,
além da complementação curricular, tem o objetivo de fomentar e divulgar as ações
empreendidas para a melhoria da qualidade da educação oferecida pelo
estabelecimento. Além disso, pretende-se criar a Horta na Escola, buscando elevar a
auto-estima dos alunos, mostrando que é possível ganhar dinheiro em um pequeno
pedaço de terra. Na horta, pretende-se trabalhar com a agricultura orgânica e a
agroecologia, começando com o estudo do solo. Pretende-se também mostrar que a
diversificação da produção é a saída para o fracasso de muitos agricultores. Com
relação à Preservação Ambiental, pretende-se incentivar os alunos a reaproveitarem
tudo o que pode ser reaproveitado, mostrando que é possível ganhar dinheiro com a
venda do lixo reciclável. A produção de adubo orgânico também está prevista, através
de um minhocário, o qual já foi construído. Portanto, a Escola está cumprindo seu
papel na comunidade, pois, ao mesmo em tempo que ensina os conteúdos científicos,
desenvolve um projeto de sociedade, valorizando a cultura local e o fortalecimento das
raízes dos moradores do campo.
Quanto ao lazer, os alunos aproveitam as folgas para jogar futebol, assistir TV,
ouvir música, passear em casa de amigos e parentes, irem à Igreja para suas
devoções ou em época de festa da padroeira. Esporadicamente, acontecem alguns
bailes, que são grandes acontecimentos sociais, visto que oportunizam a dança, a
mais importante arte popular local, e o encontro dos jovens para namorar. Alguns
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HORÁRIO
Turnos Início Término
Matutino 8:00 horas 12:30 horas
Vespertino 13:30 horas 18:00 horas
QUADRO FUNCIONAL
CORPO DOCENTE
Nome Disciplina Formação
Adenilson de Jesus Mangger Matemática Licenciatura Plena em
Matemática e Especialização
em Matemática.
Adriane de Fátima Agner Ciências/Biologia Licenciatura Plena em Ciências
Scremin Biológicas;
Especialização em Ciências
Biológicas e Gestão Ambiental.
Aguinalte Antônio Brine Português Licenciatura Plena em Letras –
Português e Inglês;
Especialização em Língua
Portuguesa e Literatura,
Educação Especial e Tutoria
EAD.
Amauri dos Santos Sala de Apoio à Aprendizagem Licenciatura Plena em Letras –
Português e Inglês e
Especialização em Língua
Portuguesa e Literatura.
André de Moura e Costa História Licenciatura Plena em História;
Especialização em História da
Cultura Afro-Brasileira e
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Africana.
Andreyza Desplanches Química Licenciatura Plena em Química;
Especialização em Metodologia
do Ensino de Química e
Biologia.
Ezilda Matias Português Licenciatura Plena em Letras –
Português e Inglês e
Especialização em Língua
Portuguesa e Literatura.
Francilene Tatislaine Sawada Arte/Filosofia Licenciatura Plena em Letras –
Português e Literatura.
Maria José de Freitas Madaloz Português/Inglês Licenciatura Plena em Letras –
Português e Inglês e
Especialização em Língua
Portuguesa e Literatura.
Nivo Nirval de Mattos Auffinger Física/Matemática Curso Superior em Medicina
Veterinária e cursando
Complementação Pedagógica
para Docência.
Rafael Fernandes Gouveia Educação Física Licenciatura Plena em
Educação Física e
Especialização em Educação
Física e Tutoria EAD.
Rosilda da Costa Rosa Inglês Licenciatura Plena em Letras –
Desplanches Português e Inglês e
Especialização em Língua
Portuguesa e Literatura.
Rosilei de Farias Martins História Acadêmica em História (conclui
em 2010.
Rosilene Vaz de Faria Matemática Acadêmica em Matemática e
em Pedagogia.
Samira Flores Blatner Geografia Licenciatura Plena em
Geografia;
Especialização em Geografia
do Brasil e Gestão Ambiental.
Solange Porfírio Arte Licenciatura Plena em Artes
Plásticas;
Especialização em Metodologia
do Ensino de Arte.
Valdir Braine Ciências/Biologia Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas;
Especialização em Oficina de
Ciências Naturais.
Zaniele Chamberlain Ciências/Biologia Licenciatura Plena em Ciências
Desplanches Biológicas;
Especialização em Metodologia
do Ensino de Ciências.
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Nome Cargo/Função Formação
Ciléria Walquíria Frescha Secretária Acadêmica em Pedagogia.
Iara Rosner Auxiliar Administrativo Acadêmica em Pedagogia.
ASSISTENTE DE APOIO
Nome Cargo Função
Claudinéia de Fátima da Paixão Serviços Gerais Merendeira
Claudivino José Braine Serviços Gerais Limpeza
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Observação: Neste ano (2010), a funcionária Vanderli Faria está de licença para
tratamento de saúde.
O Colégio possui dois alunos surdos, os quais estão incluídos nas salas
regulares, não tendo apoio especializado. No entanto, esses alunos têm encontros
semanais com uma professora de Educação Especial, na Sede do Município, cuja
professora faz parte do quadro de profissionais da Prefeitura Municipal. Os pais
reclamam da dificuldade para manterem de seus filhos nos referidos encontros, mas
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PRÉDIO PRINCIPAL
- 04 salas de aula em alvenaria;
- 01 sala usada como Biblioteca e Laboratório de Informática (adaptada);
- 01 sala usada pelos professores e direção da Escola Municipal;
- 01 cozinha;
- 01 depósito de merenda;
- 01 sanitário para os professores e funcionários;
- 01 sanitário feminino para alunos;
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2 MARCO CONCEITUAL
insubstituível nessa função. Embora se tenha hoje diversos outros meios para a
transmissão do conhecimento formal, ainda é através do ensino escolar que a maioria
da população tem acesso aos conhecimentos elementares da leitura, da escrita, da
ciência e da matemática.
A escola, porém, tem outras finalidades que vão além da função produtora,
transmissora e reconstrutora do conhecimento. Cabe a ela, acima de tudo, lutar pela
preservação de princípios e valores que são imprescindíveis para o desenvolvimento
da sociedade. São valores e princípios de justiça, de igualdade, de liberdade, de
criatividade e do direito à manifestação e à expressão.
A escola é uma das instituições responsáveis por zelar pela preservação da
utopia da humanidade, fundada nesses princípios. Utopia que nasce, cresce e se
desenvolve pela ação criativa de sujeitos que mantêm o sonho da possibilidade de
uma sociedade mais justa e mais igualitária.
A missão que o Colégio Estadual Augusto Antônio da Paixão se propõe é a de
garantir o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos vivem no entorno
do mesmo, no Município de Cerro Azul e, para tanto, o plano curricular e a
metodologia são reformulados constantemente, para que se consiga corresponder
aos anseios da comunidade escolar, oferecendo bons serviços educacionais,
através de conteúdos significativos, interessantes, contextualizados e produzindo a
cidadania necessária nos sujeitos do processo educativo. Pretende-se formar um
cidadão consciente, crítico e participativo.
Ainda que muitas sejam as concepções sobre a relação entre educação e
sociedade, educação e produção da existência ou educação e atividade econômica,
todas partilham de algumas questões indubitáveis a essa formação humana do
homem e da mulher em sua ampla dimensão, pessoal e profissional. São elas:
a) A escola oferece um tipo de formação que não é facilmente adquirida em outro
lugar;
b) A escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber
sistematizado, existindo para propiciar aquisição dos instrumentos que possibilitam o
acesso a esse saber (SAVIANI, 1991, p. 22);
c) Essa formação abarca as dimensões científica, técnica, ética e humana, que se
constituem de elementos cognitivos (aprendizagem, ensino, habilidades,
conhecimentos, capacitação e qualificação);
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Todavia, muito ainda precisa ser feito para que a importância e a consciência
dessa verdadeira participação cidadã – que hoje transcende a cidadania local e
exige a possibilidade e a condição de cidadania mundial na construção da
democracia, do projeto político-pedagógico, da autonomia da escola e da própria
vida – seja uma realidade.
O Colégio Estadual Augusto Antônio da Paixão, assim como todas as escolas
públicas do Estado do Paraná, tem como princípio a escola pública, gratuita, laica e
democrática, a igualdade de condições para acesso e permanência na mesma.
Segundo Saviani (1982, p. 63) ‘’isto nos alerta para o fato de que a escola
deve mediar a desigualdade do ponto de partida, com a igualdade do ponto de
chegada, o que acontecerá com a igualdade de oportunidades, com a expansão de
ofertas e com a ampliação do atendimento de qualidade”.
Demo (1994, p.14) afirma que a qualidade formal “significa a habilidade de
manejar meios, instrumentos, formas, técnicas e procedimentos diante dos desafios
do desenvolvimento”.
A escola de qualidade requer baixíssimos índices de evasão e repetência.
Ainda segundo Demo (1994, p.19) “qualidade implica em consciência crítica e
capacidade de ação, de saber e de mudança”.
A análise das possibilidades da administração da educação como prática
educacional destinada não à manutenção, mas à construção coletiva e
organizacional da instituição educativa, vinculada ao projeto da escola, tendo como
referencial o contexto global e as teorias contemporâneas que a potencialidade e a
capacidade participativa do ser humano, ressignificam o valor dessa prática,
conferindo à gestão da educação uma práxis que tenderá a superar, nas
organizações educacionais, as fraquezas institucionais e humanas que resultam em
exclusão, desigualdades e injustiças.
Pensar e compreender, pois, a gestão da educação como realidade política,
como política educacional e como formação para a cidadania, exige que se discuta a
questão da cultura escolar e que se entenda o que é ser cidadão.
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como eles ainda são tratados. Produtores em geral pouco conhecem sobre a
importância de se valorizar o ambiente em que atuam. A extração de determinados
tipos de bens traz lucros para um pequeno grupo de pessoas, que muitas vezes nem
são habitantes da região e levam a riqueza para longe e até para fora do país,
deixando em seu lugar uma devastação que custará caro à saúde da população e aos
cofres públicos;
* por outro lado, a degradação está também nos ambientes intensamente
urbanizados, nos quais se insere a maior parte da população brasileira e nos quais a
fome, a miséria, a injustiça social, a violência e a baixa qualidade de vida estão
fortemente presentes;
* o exercício da cidadania, que pressupõe a participação política de todos na
definição de rumos que serão assumidos pela nação e que se expressa não apenas na
escolha de representantes políticos e governantes, mas também na participação em
movimentos sociais, no envolvimento com temas e questões da nação em todos os
níveis da vida cotidiana, é prática pouco desenvolvida entre as pessoas;
Como formadora de cidadãos, a Escola não interessa apenas à família
do aluno, mas a todos os segmentos da sociedade que, de alguma forma, deverão
participar de todas as etapas da elaboração do Projeto Político Pedagógico.
A comunidade pode ser excelente parceira da escola, oferecendo apoio
estratégico e contribuindo com seu saber espontâneo e recebendo em troca o saber
mais elaborado produzido pela escola elevando, assim, o seu nível de qualidade de
vida. Todos os problemas, interesses, preocupações e projetos da comunidade
devem ser abordados e sistematizados pela escola, através dos diversos
componentes disciplinares.
O homem vive em sociedade e, em função dessa relação social, desenvolve
características específicas, que lhe são peculiares e que possibilitam sua
singularidade enquanto espécie. A maturação do ser humano é decorrente de um
processo de sociabilidade e pode-se citar, por exemplo, a linguagem como
construção necessária a essa sociabilidade.
É possível afirmar que em função do estabelecimento da relação em
sociedade, o homem se humanizou. Essa humanização permite a cada nova
geração o conhecimento, a adaptação e a absorção do que a humanidade construiu,
possibilitando também a transformação e a reconstrução dessa geração e,
consequentemente, dessa sociedade.
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A escola será avaliada a cada bimestre através de uma reunião e consulta direta
a todos os seus segmentos, para que se cumpra o propósito da gestão democrática.
A metodologia utilizada será a mais diversificada possível, abrangendo
projetos, aulas expositivas, pesquisas escolares, aulas práticas, aulas de campo,
dramatização, música, etc, utilizando os mais diferentes materiais, os quais prendam
a atenção dos alunos, de acordo com a faixa etária dos mesmos. A metodologia
pretendida é aquela que vem atender às diversidades de aprendizagens
apresentadas pelo aluno nas diferentes séries, e que deem conta do
desenvolvimento do conteúdo a ser trabalhado, de forma concreta e significativa
para o aluno.
Quanto à avaliação escolar, esta deve ser entendida como um dos aspectos do
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Nos três parágrafos que seguem, enfoca-se especialmente a avaliação e sua
relação com o trabalho do professor e da escola:
“A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem”.
“A avaliação deve proporcionar dados que permitam o estabelecimento de
ensino promover a reformulação do currículo com a necessária adequação dos
conteúdos e métodos de ensino.”
“A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo”.
Como parte constitutiva do processo ensino aprendizagem, a avaliação é um
processo contínuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar processos, de
identificar dificuldades de aprendizagem com vistas à tomada de decisões a respeito
da continuidade do processo pedagógico.
Para ser competente, uma avaliação terá que, necessariamente, levar em
conta o mecanismo de processamento da aprendizagem. Para tanto, cada situação
de ensino exigirá uma estratégia diferente e adequada.
Ao professor que queira exercitar-se em tal prática, é recomendável que se
importe, sobretudo, em estabelecer críticas e paralelismos entre ação, avaliação e
diferentes manifestações pedagógicas.
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destaca alguns pontos que podem contribuir para a construção de uma avaliação
emancipadora e formativa na escola e da escola, nos artigos 12, 13 e 24:
A exigência da elaboração e execução da proposta pedagógica da escola,
assegurando a participação dos professores nesse processo de construção;
Cumprimento do plano de trabalho docente, segundo a proposta pedagógica;
Zelar pela aprendizagem dos alunos;
Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
Chama-se a atenção para o artigo 24 da LDBEN 9394/96, nos seguintes
pontos:
a) a avaliação deverá ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para os alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries, mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos.
Para alcançar seus objetivos, a avaliação deve ser contínua, permanente e
cumulativa, incidindo sobre o desempenho do aluno em todas as experiências de
aprendizagem, fazendo preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a
atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a
memorização.
De caráter diagnóstico, a avaliação deve verificar não só o aproveitamento do
aluno, mas principalmente a eficácia da prática pedagógica desenvolvida pelo
professor. Essa avaliação deve ser dinâmica, contínua e cooperativa, acompanhando
toda a prática pedagógica e exigindo a participação de todos os envolvidos no
processo educacional, incluindo os pais e a comunidade na qual a Escola está
inserida.
A utilização de testes complementares, trabalhos individuais e em grupo,
pesquisas, debates, entrevistas, auto-avaliação, relatórios, provas e diálogos, também
farão parte das estratégias de avaliação.
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3 MARCO OPERACIONAL
3.1 AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
CASTELLS, M. A África na era da Internet. São Paulo: Folha de São Paulo, Caderno
Mais, 2000.
FREIRE, P.; BETTO, F. Essa escola chama vida, 11 ed. São Paulo: Ática, 2000.
SAVIANI, Demerval. “Para além da curvatura da vara”. In: Revista Ande nº 3. São
Paulo: 1982.
Diretora