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Questão sobre Rousseau:

As citações demonstram um povo manipulado, distante das decisões sobre o próprio


destino, tal qual Rousseau descrevia, necessitando assim de instituições para que se vejam
representadas no debate político. Por meio de tais instituições, o povo poderia ser representado por
uma pessoa coletiva, e sua vontade seria assim dirigida ao bem-estar geral e à conservação comum,
por meio da Vontade Geral descrita por Rousseau, que difere da opinião pública, uma vez que esta
última não exerce de maneira manipuladora o poder, apenas na esfera da opinião pública não
pública, conforme podemos observar na primeira citação.
O juízo orientador descrito nesta citação trata-se do Legislador, que por sua vez tem sua
necessidade destacada pela segunda citação. O Legislador tem por seu papel não somente regular
por meio das leis a sociedade civil, mas também o papel pedagógico de administrar ao povo a
educação que transfoma os homens que necessitam de determinadas leis, naqueles que não
necessitam delas, gerando assim uma legislação específica para cada caso da população. Por
exemplo de o que Rousseau quis dizer com tal aspecto pedagógico da legislação ao povo, podemos
tomar o exemplo do Artigo 121 (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) do Código Penal
Brasileiro que objetiva o ato do assassinato. Na atual situação do país, não é mais necessário ensinar
ao povo que matar é um ato errado e que quem comete-lo estará sujeito à medidas punitivas. Essa
informação já foi incorporada ao saber comum do povo, tornando assim a função do Legislador
avançar em direções mais abstratas do comportamento humano, objetivamente na mesma direção
que prevê a Vontade Geral.
E assim chegamos nas Festas Populares, ambiente descrito por Rousseau como onde os
Homens agem como se fossem selvagens, porém ao adentrar o estado civilizado muitos conceitos
foram adquiridos e atribuídos ao estado de natureza do Homem, de forma que nas Festas o povo
apenas esquece que tais conceitos são civilizados e assim portam-se. De tal forma, exercem
deliberadamente a união em uma instituição política, praticando a política sem que percebam. Seus
atos independem da ação do Legislador nestes ambientes, porém contanto que o Legislador tenha
agido corretamente em sua função pedagógica, o povo irá esquecer de sua Lei mas não desrespeita-
la. E assim de modo deliberado o povo exerce sua ação política, atribuindo conceitos como
necessidade, avidez, opressão, desejo e orgulho, do individual civilizado, a uma pessoa coletiva
selvagem, dentro dos termos já descritos, como se o Legislador fosse um mecânico que inventa e
modela a máquina, o Estado a colocasse em movimento, a direção da Vontade Geral fosse o produto
de tal máquina, e o povo, por fim, seriam as engrenagens que delimitam o quanto, de qual forma, e
para qual fim tal máquina irá operar, revelando tais dados no evento das Festas Populares, que por
sua vez seria o regulador da máquina ( inspirado na passagem de SILVA,2008, p. 33-34).
Questão sobre Hegel:

A crítica de Hegel ao Estado de Natureza começa pelo ponto da ficção dita sobre tal Estado
pelos Homens civilizados, atribuindo a o Estado de Natureza uma racionalidade que levaria ao
conflito, gerando um impasse na fundação do contrato social. Hegel, por outro lado, apresenta o
Estado de Natureza como um estado onde o Homem dedica-se exclusivamente às paixões,
tornando-se injusto, violento, incapaz de reprimir suas tendências e sendo assim levado à atitudes e
sentimentos que na civilização são descritos como não humanos. Ao passo que os Homens
digladiam-se e a opressão torna-se dominação, a racionalidade torna-se ferramenta de dominação
por parte do opressor, para cessar o combate e garantir assim uma posição vantajosa, diminuindo os
riscos para sua posição e oferecendo vantagens aos demais, para que assim seja firmado o Contrato.
Ao passo que os indivíduos aceitam o contrato, suas paixões desenfreadas são submetidas à
racionalização, gerando assim um processo de limitação das vontades, tomando por elas e pela
racionalidade o poder da decisão, pesando as vontades umas contra as outras e assim definindo
aquelas que são de fato vontades, ou seja as que influenciarão as decisões do indivíduo e aquelas
que são apenas considerações do indivíduo. Tal processo de limitação e conhecimento das próprias
vontades por meio dos limites impostos pelo indivíduo ao próprio eu é o que Hegel chama de
eticidade. Ao firmar o Contrato, os indivíduos também ganham o conhecimento das necessidades
uns dos outros, ressaltando assim no conjunto a necessidade do trabalho em uma mesma direção,
que leve em conta a preservação mútua e a saciação das necessidades do grupo. Os desejos tratados
como animais durante o Estado de Natureza passam a ser uma preocupação social, um bem
objetivado pelo coletivo a ser alcançado por meio do trabalho, levando à ascensão não somente do
indivíduo mas sim da Sociedade. Tal sistema de limitações e necessidades pode ser evidenciado
claramente na segunda citação do enunciado.
Uma vez que foi firmado o Contrato, o Homem encontra-se em Sociedade Civil, regulada por
um Estado, e a Sociedade se dá desta forma por dois princípios: a necessidade individual e os
desejos que são satisfeitos por meio do trabalho e a Universalidade, que é quando tais necessidades
e desejos são entrelaçados uns aos outros, gerando um objetivo comum para a sociedade. Cabe por
sua vez ao Estado regular e guiar a Sociedade Civil na direção da realização da Universalidade, de
forma que fique também a cargo dele a identificação de tal demanda. Conforme podemos notar
tanto nas citações quanto nas explicações aqui apresentadas, o pensamento político de Hegel guia-
se pelo desejo do homem e seus passos para realizar seu fim, de forma que o Estado de Natureza
fora quando cada Homem tentava individualmente atingir seus fins, e ao passo que limitou seus
próprios desejos, firmou o contrato e limitou-os ainda mais por meio da Eticidade, tudo isso para
que seus Carecimentos fossem atendidos pela Sociedade Civil, não em uma caminhada solitária
como inicialmente, mas sim como um objetivo social que não somente é perseguido por um
indivíduo mas sim por todo um coletivo, gerando assim o amparo necessário para que tal objetivo se
atinja não mais por meio de violência, e sim por meio do trabalho.
Questão sobre Marx:

Ao contrário de Hegel, Marx acreditava em uma separação total entre os interesses do


Estado e da Sociedade Civil, desta forma o Estado defronta a população, não tornando a soma dos
interesses individuais de cada um da Sociedade Civil o interesse coletivo e sim subordinando tais
interesses ao interesse do Estado. O fim universal estipulado pelo Estado não se presta aos
interesses da Sociedade Civil, mas sim à manutenção do Estado conforme um sistema de classes
sociais, que depende da alienação das classes mais baixas da Sociedade, as quais possuiriam o maior
interesse em combater tal sistema, porém pela sua alienação planejada não possuem sequer o
conhecimento necessário para tal combate.
O Estado conforme descrito por Marx é o elemento central para a manutenção do Capital
como estrutura social, sendo a base disto a propriedade privada, a qual torna-se um dos principais
motivos para a legitimação do Contrato firmado, que encerra o Estado de Natureza do Homem.
Já a Sociedade Civil de Marx é dividida em duas classes principais antagônicas, sendo a
burguesia e proletariado, e os direitos de influenciar a vontade Universal considerados apenas por
parte das vontades individuais da burguesia, que obrigatoriamente seria a parcela menor da
população, para que assim fosse feita a manutenção de um sistema classista de desigualdade social,
de forma que apenas o proletariado permaneça alienado. Ao passo que o proletariado é utilizado
pelo Estado como massa alienada para realizar manutenção de tal sistema, ele torna-se a oposição
do Estado dentro da própria Sociedade Civil, inevitavelmente caminhando em direção a uma
Revolução que gere a abolição do Capital como estrutura de manipulação e desmontando o sistema
classista que proporciona a preservação da burguesia. Tal aspecto pode ser destacado na última da
citação apresentada no enunciado.
O raciocínio de Marx baseia-se no fato de que a dominação imposta pelo Estado não
direciona-se ao bem-estar da população como um todo, mas sim apenas a uma parcela delimitada
da Sociedade Civil, sendo baseadas na subordinação e dependência do povo ao Estado, como
relações externas ao indivíduo e não como relações intrínsecas, elas não são necessárias para a
formulação de um Contrato Social, mas sim apenas utilizadas como pseudo necessidades que ferem
a democracia do Estado ao passo que fazem valer os ditos Universais apenas para parte do povo, de
maneira programada e estipulada pelo Estado.

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