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Introdução

A Legítima defesa é uma causa de exclusão da ilicitude que se caracteriza pela existência de
agressão ilícita, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se
moderadamente dos meios necessários. Esta situação justificante encontra-se positivada no Art. 23,
II, e no Art. 25, ambos do Código Penal.
Agindo nos termos que justificam a legítima defesa o agente não pratica crime, devido à exclusão
da antijuridicidade, que é elemento integrante e essencial do fato punível. No entanto, o agente
pode responder pelo excesso a título de dolo ou culpa.

Este trabalho trata da legítima defesa como causa excludente da


ilicitude, buscando o seu conceito, requisitos, a ilicitude que esta
diretamente ligada a tipicidade do fato criminoso, e a posição do
agente quando ele estiver diante de uma agressão atual ou iminente.

Antes de abordarmos o conceito de legítima defesa, é preciso saber o


significado do que vem a ser antijuridicidade ou ilicitude dentro da
estrutura do crime.

Segundo o autor Cleber Masson (2015, p.413) ilicitude é a


contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o
ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão
bens jurídicos penalmente tutelados.

Tudo que vem a ser contrário ao fato típico, aquilo que corresponde a
uma conduta praticada no mundo físico, real descrita em lei, ou seja,
toda posição contraria a lei provoca a ilicitude no ordenamento
jurídico, tornando o fato definido como crime ou infração penal,
ensejando a aplicação de uma pena para o indivíduo que transgrediu
a lei.
Conceito
Conforme estabelece o art. 25 do Código Penal, entende-se em
legitima defesa que, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Segundo o art. 23 do Código Penal, preceitua que não há crime
quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;

II – em legitima defesa;

III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular


de direito.

A legitima defesa é causa de exclusão de ilicitude que consiste em


repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou
alheio, usando moderadamente dos meios necessários. Não há, aqui,
uma situação de perigo pondo em conflito dois ou mais bens, na qual
um deles deverá ser sacrificado. Ao contrário, ocorre um efetivo
ataque ilícito contra o agente ou terceiro, legitimando a repulsa.
(CAPEZ, 2008, p.281).

Consiste a legitima defesa, a exclusão da antijuridicidade, quando o


agente passivo se encontra em um estado de agressão, sendo ele atual
ou iminente e para a vítima se defender, ela usa dos meios
necessários agindo com cautela e usando dos meios necessários para
se defender de uma ou mais condutas ilícitas praticadas pelo seu
oponente.

A legitima defesa, é inerente ao ser humano, nasce com a pessoa e


passa a existir durante toda a sua vida, pois é natural do ser quando
ele usa os meios de defesa para repelir uma agressão injusta.

De acordo com o entendimento do autor Cleber Masson (2015,


p.448), em razão da sua compreensão como direito natural, a
legitima defesa sempre foi aceita por praticamente todos os sistemas
jurídicos, ainda que muitas vezes não prevista expressamente em lei,
constituindo-se dentre todas, na causa de exclusão da ilicitude mais
remota ao longo da história da civilizações.

Requisitos legais
A legitima defesa estabelecida no Código Penal em seu artigo 25,
possui os seguintes requisitos:
I – agressão injusta;

II – atual ou iminente;

III – direito próprio ou alheio;

IV – reação com os meios necessários;

V – uso moderado dos meios necessários.

Agressão injusta
Define-se agressão como a conduta humana que lesa ou põe em
perigo um bem ou interesse juridicamente tutelado. Mas a agressão,
contudo, não pode confundir-se com a mera provocação do agente,
que é, digamos, uma espécie de estágio anterior daquela, devendo-se
considerar a sua gravidade, intensidade para valorá-la
adequadamente. (BITENCOURT, 2012, P.416).

A agressão ela parte de uma ação ou omissão do ser humano, ou seja,


só haverá a conduta agressiva se for iniciada por um indivíduo, não
existindo desse modo uma conduta agressiva por um irracional, isto
é, um animal, ou por qualquer outra coisa inanimada.
Conforme esclarece Capez (2008, p.282), ataque de animal não a
configura, logo, não autoriza a legitima defesa. No caso, se a pessoa
se defende do animal, está em estado de necessidade. Convém notar,
contudo, que, se uma pessoa açula um animal para que ele avance em
outra, nesse caso existe agressão autorizadora da legitima defesa,
pois o irracional está sendo utilizado como instrumento do crime.

Em regra por si só o animal não pratica agressão, logo, ele precisará


da ajuda de um ser racional para agredir outra pessoa, havendo dessa
forma para o agredido o instituto da legitima defesa.

A agressão ela pode estar vinculada a uma omissão, a qual, a o dever


jurídico de agir e o agente não age causando danos a terceiros, devido
a sua conduta omissiva. Um exemplo da conduta omissiva é do
agente policial que tem o dever de liberar o detento da prisão por ele
já ter cumprido a sua pena, todavia devido a sua omissão, agride um
bem jurídico do preso, autorizando a reação em legitima defesa.

Além disso, a agressão deve ser injusta. Agressão injusta é a de


natureza ilícita, isto é, contrária ao direito. Poder ser dolosa ou
culposa, é obtida com uma análise objetiva, consistindo na mera
contradição com o ordenamento jurídico. (MASSON, 2015, P.450).

Toda agressão contraria a lei que é instituída pelo Poder Público,


passa a ser injusta, ilícita, pois, desrespeita a norma jurídica de um
Estado, fragmentado desta forma o princípio Constitucional da
dignidade da pessoa humana.

Atual ou iminente
Segundo o autor Damásio Evangelista de Jesus (2011, p.431), a
agressão, além de injusta, deve ser atual ou iminente. Agressão atual
é a presente, a que está acontecendo. Ex: A está agredindo B a golpes
de faca. Agressão iminente é a que está prestes a ocorrer. Ex: A está
perseguindo B para atacá-lo a golpes de faca. A reação do agredido é
sempre preventiva: impede o início da ofensa ou sua continuidade,
que iria produzir maior lesão. Não há legítima defesa contra a
agressão passada ou futura. Se a agressão já ocorreu, a conduta do
agredido não é preventiva, tratando-se de vingança ou
comportamento doentio. Se há ameaça de mal futuro, pode intervir a
autoridade pública para evitar a consumação. Se a conduta do
agressor perdura, fazendo com que seja mais intensa a lesão do
interesse, como ocorre nos delitos permanentes (ex.: sequestro),
admissível é a legítima defesa do agredido enquanto exista a privação
de sua liberdade.

Considera-se como atual a agressão que já esteja efetivamente


acontecendo; iminente, a seu turno, é aquela que está preste a
acontecer (GRECO, ROGÉRIO, 2009. P.64).

Fica nítido, no dizer do autor Damásio, que não existe legitima defesa
contra agressão pretérita ou futura, logo, só admitirá a legitima
defesa se a agressão for presente ou a que está preste a ocorrer, caso o
agente alegue legitima defesa de agressão passada ou futura, ele está
cometendo um ilícito penal, devendo a autoridade policial autuá-lo.

Direito próprio ou alheio


Conforme leciona o autor Cleber Masson (2015, p.451), a agressão
injusta, atual ou iminente, deve ameaçar bem jurídico próprio ou de
terceiro. Qualquer bem jurídico pode ser protegido pela legitima
defesa, pertencente aquele que ser defende ou a terceira pessoa. E na
legítima defesa de terceiro, a reação pode atingir inclusive o titular do
bem jurídico protegido. O terceiro funcional como agredido e
defendido, simultaneamente. Exemplo: A, percebendo que B se droga
compulsivamente e não aceita conselhos para parar, decide agredi-lo
para que desmaie, e, assim, deixe de ingerir mais cocaína, que o
levaria à morte.
A legitima defesa pode ser empregada para defender direito próprio
ou de terceiro, visto que a proteção caíra ao bem jurídico da vítima
ameaçado pelo agressor.

Reação com os meios necessários


Conforme explica Fernando Capez (2008, p.286), meios necessários
são os menos lesivos colocados à disposição do agente em que no
momento em que sofre a agressão. Exemplo: se o sujeito tem um
pedaço de pau a seu alcance e com ele pode tranquilamente conter a
agressão, o emprego de arma de fogo revela-se desnecessário.

No momento em que a vítima se encontra numa situação de agressão


atual ou iminente e precisa se defender, ela vai usar como meios
necessários aquele que ela entende como o meio menos lesivo para o
ataque de seu algoz, pois, se for este meio empregado por ela
desproporcional a gravidade da agressão, estará caracterizado o
excesso doloso, culposo ou exculpante, ou seja, sem dolo ou culpa.

A causa excludente de legitima defesa não é vista como um desforço


desnecessário, pois, visa a proteção de bens jurídicos tutelados pelo
Direito Penal, por essa razão não há punição pelo nosso ordenamento
jurídico, todavia, deve ser usada da maneira menos lesiva possível.

Uso moderado dos meios necessários


Nas palavras do autor Cleber Masson (2015, p.453), caracteriza-se
pelo emprego dos meios necessários na medida suficiente para
afastar a agressão injusta. Utiliza-se o perfil do homem médio, ou
seja, para aferir a moderação dos meios necessários o magistrado
compara o comportamento do agredido com aquele que, em situação
semelhante, seria adotado por um ser humano de inteligência e
prudência comuns à maioria da sociedade. Essa análise não é rígida,
baseada em critérios matemáticos ou científicos, comporta
ponderação, a ser aferida no caso concreto, levando em conta a
natureza e a gravidade da agressão, a relevância do bem ameaçado, o
perfil de cada um dos envolvidos e as características do meios
empreendidos para a defesa.

Neste mesmo diapasão, o autor Guilherme de Souza Nucci (2015,


p.25), moderação, é a razoável proporção entre a defesa empreendida
e o ataques sofrido que merece ser apreciada no caso concreto, de
modo relativo, consistindo na medida dos meios necessários. Se o
meio fundamentar-se, por exemplo, no emprego de arma de fogo, a
moderação basear-se- á no número de tiros necessários para deter a
agressão.

A vítima da agressão atual ou iminente quando usar dos meios


necessários para se defender, ela precisa se basear no uso moderado
desse meio empregado, para afastar a agressão injusta do seu
oponente. Através da sua ponderação e proporção da sua defesa, o
Estado-Juiz analisará no caso concreto a sua conduta defensiva e os
meios empregados por ela.

Por tudo isso, fica claro dizer que nem toda conduta humana em que
há uma ação tipificada em lei será considerada uma infração penal,
pois, existe a causa de excludente das ilicitude. Sendo assim, quando
o agente agir em legítima defesa a uma agressão injusta, atual ou
iminente, estará acobertado pelo instituto da excludente da
antijuridicidade.

Bibliografia
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. V.1. Parte geral.12ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2008.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral.
17ª. Ed. Rev. Ampl e atual. São Paulo: Saraiva, 2012.

MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado. Parte geral. V. 1. 9ª.


Ed. Rev. Atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método,
2015.

GRECO, Rogério Código penal Comentado. 2ª ed. Niterói. RJ:


Impetus, 2009.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal comentado. 15ª ed. Rev.
Atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
CURIA, Luiz Roberto, CÉSPEDES, Lívia, NICOLETTI, Juliana. Vade
mecum. 13ª ed. Atual e ampl. São Paulo: Saraiva, 2012.

JESUS, Damásio de Direito penal. V. 1. Parte geral. 32ª. Ed. São


Paulo: Saraiva, 2011.

Antijuridicidade[editar | editar código-fonte]


"Em Direito Penal a antijuridicidade é uma contradição entre a ação humana (realizada ou omitida)
e o ordenamento jurídico no conjunto de suas proibições e permissões: as proibições são os tipos
legais, como descrição de ações realizadas ou omitidas; as permissões são as justificações legais e
supralegais, como situações legais que excluem as proibições"[1]
Caso adotemos a concepção bipartida de fato punível, tipicidade e antijuridicidade devem ser
analisadas em conjunto, como se o tipo descrevesse os elementos positivos para caracterizar a
conduta criminosa enquanto a antijuridicidade os elementos negativos, que estando presentes
justificam a conduta. A legitima defesa seria assim, não um fato típico sem antijuridicidade, mas um
fato atípico.
Por outro lado, a teoria tripartida do delito, adotada pela maioria da doutrina analisa os elementos
do tipo de injusto, tipicidade e antijuridicidade, separadamente."A relação funciona como regra e
exceção: se a tipicidade da ação indica a antijuridicidade e as causas de justificação excluem a
antijuridicidade, então toda ação típica é antijurídica, exceto as ações tipicas justificadas"[2]

Componentes da Legítima Defesa[editar | editar código-fonte]


"Agressão é toda ação humana de violência real ou ameaçada dirigida contra bens jurídicos do
agredido ou de terceiro. O conceito de agressão não abrange as chamadas não-ações, no caso de
lesão de bens jurídicos relacionada a ataques epiléticos ou estados de insciência, como sono,
desmaio ou embriaguez comatosa - que podem todavia, fundamentar o estado de necessidade -,
porque movimentos corporais meramente causas não constituem ações humanas"[1]
Injusta é aquela ação não provocada ou não motivada pelo agredido.
Atual ou iminente. Atual é aquela agressão que esta sendo realizada ou continuada no momento.
Iminente, segundo Roxin, está situada no momento final da preparação, relacionado ao conceito de
desencadeamento imediato, inerente ao conceito de tentativa: a aproximação do agressor com um
porrete na mão para agredir, ou o movimento da mão do agressor em direção à arma, não
configuram, ainda, tentativa, mas o último momento da fase preparatória, suficiente para
caracterizar a iminência da agressão, e assim, justificar a defesa.[3]
Direito próprio ou de outrem são os bens jurídicos que podem ser protegidos através da legitima
defesa. O bem jurídico não se confunde com o objeto da ação, caso alguém ataque outrem com o
objetivo de feri-la, o objeto da ação é a pessoa em concreto, enquanto o bem jurídico protegido é a
integridade física ou a vida.

Elementos Objetivos da Legítima Defesa[editar | editar código-fonte]


Meios necessários usados moderadamente. "Necessários são os meios suficientes e
indispensáveis para o exercício eficaz da defesa. Senão houver outros meios poderá ser
considerado necessário único meio disponível (...) além, do meio utilizado dever ser o necessário
para repulsa eficaz, exige-se que seu uso seja moderado, especialmente quando se tratar do único
meio disponível e apresentar-se visivelmente superior ao que seria necessário. Essa circunstância
deve ser determinada pela intensidade da agressão e pela forma do emprego e dos meios
utilizados"[4] Assim, os meios não devem ir além do estritamente necessário para que seja realizada
uma defesa eficaz.
A defesa necessária não exige proporcionalidade entre os meios de defesa e os meios de
agressão, porém modernamente defende-se que desproporcionalidade extrema é incompatível com
o conceito de necessidade de defesa, assim não seria legitimo atirar em meninos que furtam
laranjas no quintal de casa[5]

Elemento Subjetivo da Legítima Defesa[editar | editar código-fonte]


Para a doutrina dominante basta que a pessoa tenha conhecimento da situação justificante para se
caracterizar a legítima defesa, já outra parte da doutrina entende que além de conhecimento da
situação justificante deve haver vontade de defesa, conhecida como animus defendi. Assim, a
mulher que pensando atirar em seu marido que voltava de uma orgia noturna atinge um ladrão
armada que adentrava sua casa, não encontra-se em situação justificada, pois não tinha
conhecimento da situação de legítima defesa, havendo um desvalor da ação.[6]

Excesso na Legítima Defesa[editar | editar código-fonte]


Consiste na desnecessária intensificação de uma conduta inicialmente legítima. O excesso pode
decorrer tanto do emprego do meio desnecessário, quanto da falta de moderação. Segundo o
parágrafo único do artigo 23 do Código Penal, o agente pode responder pelo excesso culposo ou
doloso.No excesso doloso o agente tem plena consciência que intensifica desnecessariamente sua
conduta de início legítima, já no excesso culposo o excesso é inconsciente, ou involuntário, de
maneira que sua conduta resulta de uma má apreciação da realidade, incidindo em erro de tipo.
Nestes casos, deve-se avaliar se este erro foi evitável ou inevitável, caso evitável o agente será
punido a título de culpa (culpa imprópria), caso inevitável, exclui-se dolo e culpa Parte da doutrina
costuma analisar a inevitabilidade conforme o critério do homem-médio, de maneira a considerar
evitável, o erro que uma pessoa de mediana prudência e discernimento não teria cometido, e
inevitável o erro em que qualquer pessoa mediana incorreria.[7] No entanto, a dourina mais apurada
reconhece que o conceito de homem-médio, como um ser abstrato, não é racional, visto que
impossível estabelecer aprioristicamente padrões de conduta que possam ser sempre exigidos no
caso concreto. Os seres humanos não existem na abstração, e somente em sua concretude podem
ser analisados como critério de culpabilidade.
Legítima Defesa Sucessiva ou Recíproca[editar | editar código-fonte]
Quando a legítima defesa é exercida de maneira desproporcional o agressor inicial se torna vítima
da agressão desproporcional, este pode então defender-se desta agressão que não mais se
encontra justificada. "Imagine-se, por exemplo, que para defender-se das agressões verbais
proferidas por José, Maria pega a faca de cozinha que tinha ao alcance da mão com a intenção de
feri-lo, momento em que José agarra violentamente Maria pelo braço, causando-lhe escoriações,
logrando desta forma retirar a faca de cozinha que esta empunhava. As escoriações estarão
justificadas porque trata-se de defesa exercida legitimamente pelo agressor inicial frente a uma
reação desproporcionada daquela que inicialmente foi agredida"[8] Neste situação existe legítima
defesa sucessiva.
Ao contrário da legítima defesa sucessiva, que é permitida pelo Direito, a legitima defesa recíproca
não é admitida, pois incabível legítima defesa contra legítima defesa. Este é o caso típico do duelo,
no qual ambos são agressores recíprocos. Pode-se considerar possível a legítima defesa recíproca
no caso haver legítima defesa real contra legítima defesa putativa, na qual o agente encontra-se em
erro, supondo situação de fato, que permitiria a ação de defesa, que não existe.

Legítima Defesa Putativa[editar | editar código-fonte]


A legítima defesa putativa pode se dar por duas espécies: Por erro de tipo permissivo, regida pelo
art. 20, §1º, CP ou por erro de proibição, inscrito no art. 21 do CP. No erro de tipo permissivo ocorre
falsa percepção da realidade que recai sobre situação de fato descrita como requisito objetivo da
legítima defesa. Se em uma situação concreta, a pessoa acreditando estar diante de uma injusta e
iminente agressão, quando está de fato não existe, age em legítima defesa, ocorre erro de tipo
permissivo. Nestas situações, caso o erro seja plenamente justificado pelas circunstâncias, o
agente é isento de pena, porém, caso o erro derive de culpa, e o fato seja punível como crime
culposo, não há isenção de pena.
Já no erro de proibição, o erro do agente recai sobre os limites legais da legítima defesa. O agente
tem perfeita percepção da realidade fática da situação, porém, desconhece que a lei proíbe sua
conduta. Trata-se de erro de proibição indireto (falsa percepção da realidade incide sobre uma
autorização contida em uma norma permissiva). Se o erro é inevitável, há exclusão da
culpabilidade, se evitável, leva a diminuição da pena.[9]

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