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O QUE É TECNOLOGIA?
Prof.Yussef Garcia
BELÉM
2018
1. Tecnologia e sua episteme
O uso do termo “tecnologia”, teve sua episteme na revolução
industrial no final do Século XVIII, tem sido generalizado para
outras áreas do conhecimento, alem dos setores da industria
têxtil e mecânica. O léxicon da Língua Portuguesa, Aurélio
Buarque de Holanda, indica a palavra “tecnologia” como “um
conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos,
que se aplicam a um determinado ramo de atividade: tecnologia
mecânica”. Notoriamente, dentro das áreas de engenharia que
esse termo é mais aplicável, para produtos, processos e
sistemas.
Muitos teóricos e pesquisadores , afirmam que estamos vivendo
o início da terceira revolução industrial. A primeira Revolução
Industrial ocorreu no século XVIII,como já citado anteriormente a
partir da mecanização do segmento têxtil.
A segunda industrial, originou-se no início do século XX, com a
invenção da montagem em série por Henry Ford na fabricação
de veículos. A terceira industrial está sendo vivênciada, através
dos processos digitais.
Neste ciclo atual da revolução,destacam-se muitas inovações
tecnológicas,porém uma das mais badaladas e comentadas em
mídias e revistas do meio é a impressora 3D,onde um produto
pode ser desenhado e impresso, em várias camadas, em 3D. E,
abra cadabra, está pronto para ser utilizado.
Em publicações científicas recentes sobre o tema, mais
especificamente na revista “The Economist”, tangeu - se um
dado, um exemplo notável. Um indivíduo que estivesse no meio
do deserto e necessitasse de uma ferramenta, simplesmente
faria o download da mesma e a imprimiria em 3D. Algo no
passado parecia improvável, não é mais nos dias atuais e será
corriqueiro no futuro.
A nova Revolução Industrial, também chamada de Revolução
Técnico-Científica-Informacional, iniciou-se em meados do
século XX e germina fortes impactos sociais, econômicos e,
sobretudo, trabalhistas. A exemplificar , entre outros, a busca por
países com oferta de mão de obra barata, que deverá ser
reduzida drasticamente, já que os produtos poderão ser feitos
sem a interferência de operários em linhas de montagem.
Será a era tecnológica, a era do desemprego? Presumo que não.
No entanto as mudanças podem ser extremamente profundas.
Em plena vivência de uma nova Revolução Industrial, o Brasil,
por conta de sua economia periférica, ainda vive situações
paradoxais, uma vez que as duas primeiras revoluções ainda
não foram completamente assimiladas.