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LIÇÃO 9

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 9ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2019 – DOMINGO, 3 DE MARÇO DE 2019

CONHECENDO A ARMADURA DE DEUS

Texto áureo

“Portanto, tomai toda a armadura


de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo
feito tudo, ficar firmes.” (Ef 6.13)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Efésios 6. 13-20.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Meu Distinto e nobre Amigo Leitor, eis a 9ª Lição deste trimestre, desta feita
com o tema: Conhecendo a Armadura de Deus.

Destarte, nesta presente Lição, tomaremos ciência de que é a vontade de


Deus que sejamos revestidos de toda a armadura espiritual; Mostraremos a guerra e
o seu sentido simbólico; Discutiremos a metáfora bíblica da armadura; e,
elencaremos outras armas usadas como ilustração.

Portanto, distinto amigo leitor - boa leitura e bons estudos!

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I – A GUERRA

Sem sombra de dúvida estamos em guerra, e guerra renhida – guerra


espiritual!

Por guerra entendemos uma sucessão de batalhas, conflitos deflagrados


contra inimigos comuns ou não.

Etimologicamente falando temos que a palavra guerra oriunda do germânico


werra, que significa luta, discórdia, que substituiu a palavra latina bellum, cujo étimo
vemos presente em vocábulos tais como rebelde, rebeldia e rebelião.

Do vocábulo germânico werra (virá igualmente o war inglês), cujo significado


inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que
podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

Atualmente, temos diversos conceitos em dicionários vários; citamos o


conceito guerra tomado do Aurélio que diz: “s.f. Luta armada entre nações ou
partidos; campanha; luta”.

1. Ao longo dos séculos.

Segundo Eduardo Szklarz a “conquista de canaã, terra prometida por Deus


aos israelitas, começa por volta do século 21 a.C., com os profetas Abraão e
Moisés. Mas foi só com o guerreiro Josué, provavelmente no fim do século 15 a.C.,
que o avanço dos hebreus sobre aquele território assumiu características de uma
autêntica campanha militar. Primeiro, ele liderou um ataque devastador à fortaleza
de Jericó”.

E continua:

“Depois, passou como um rolo compressor sobre os demais reis cananeus


que controlavam a região. Foi sucedido no comando por outros líderes igualmente
carismáticos e determinados – como os juízes Débora e Gideão, ou os reis Saul e
Davi. Assim foi sendo escrita uma história de grandes vitórias, todas registradas na
Bíblia”.

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2. Os antigos.

Como bem frisou o comentarista da Lição: “os antigos encaravam a guerra


como algo sagrado; esse era o contexto da época”. Portanto, vejamos.

Com a morte do profeta Moisés, o Guerreiro Josué vira líder militar dos
israelitas e dá início a conquista da terra prometida e outras batalhas sucedem. Eis
essas batalhas em linha temporal.

 1406 a.C. – Batalha de Jericó;

 1406 a.C. – Reis cananeus começam a negociar uma coalização;

 1406 a.C. – As cidades canaanitas de Gibeão fazem uma aliança com


os israelitas;

 1406 a.c. – Conquista de Ai (Js 8.25-26);

 1405 a.c. – Águas de Merom (Js 11.9-11);


 1240 a.c. – Vitória sobre Sísera (Js 4.15-16);
 1194 a.C. – Campanha da Fonte de Harode (Js 7.25);
 1075 a.C. – Sansão e Dalila;
 1070 a.C. – Filisteus roubam a arca da aliança ;
 1040 a.C. – Batalha de Micmás (1 Sl 14.13-14 );
 1024 a.C. – Davi mata Golias;
 1000 a.C. – Jerusalém (2 Sl 5. 6-7)
 970 a.C. – Salomão sucede Davi;
 890 a.C. – Cerco a Samaria (1 Rs 20.1);
 874 a.C. – Acabe vira rei de Israel;
 874 a.C. – Colinas de Golã (1 Rs 20.28-29);
 869 a.C. – Josafá assume o trono de Judá;
 850 a.C. – Revolta de Mesa (2 Rs 3.4-6);
 842 a.C. – Jeú toma o poder em Israe;
 785 a.C. – Batalha de Edom (2 Rs 14.7-8); Etc.

Portanto, várias guerras houve ao longo desses anos, envolvendo o Reino de


Israel.

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3. Sentido metafórico.

Mas o que significa o termo Metáfora?

Metáfora é uma figura de linguagem em que se usa uma palavra ou uma


expressão em um sentido que não é muito comum, revelando uma relação de
semelhança entre dois termos. Metáfora é um termo que no latim, “meta” significa
“algo” e “phora” significa “sem sentido”. Esta palavra foi trazida do grego onde
“metaphorá” significa “mudança” e “transposição”. Portanto, Metáfora é a
comparação de palavras em que um termo substitui outro.

Portanto, esta figura de linguagem corresponde na substituição de um termo


por outro através de uma relação de analogia. É importante referir que para que a
analogia possa ocorrer, devem existir elementos semânticos semelhantes entre os
dois termos em questão.

Logo, como bem descreveu o comentarista da lição, concernente ao termo


guerra: “na presente lição, o enfoque é metafórico, representando a nossa luta
espiritual contra os inimigos da nossa salvação (2 Co 10.3; 1Tm 1.18)”. Isso porque
o sentido de batalha, conflito, guerra, no Novo Testamento, trás em si o significado
conotativo, isto é, outro, aplicável, e não o denotativo, primeiro, de per si, de guerra.
(Mt 5.9).

II – A METÁFORA BÍBLICA

Pois bem, já sabemos o significado do termo metáfora, portanto, entendemos


que em sentido bíblico o Apóstolo Paulo usou termos trazidos do contexto bélico, ou
militar mesmo, para dar enfoque no campo espiritual, comparando elementos da
armadura romana para a defesa e o combate da luta corporal como projeção ao
embate na luta espiritual; logo, temos que estar preparado com todas as armas
possíveis, isto é, as “armaduras de Deus” (no Grego: Panoplían tou Théou) contra os
nossos inimigos invisíveis.

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1. A armadura do soldado romano.

Na época em que o imperador romano Trajano morreu, em 117 d.C, o Império


Romano era extensamente vasto. Da Grã-Bretanha à Síria, do Rio Reno à África do
Norte, os governadores romanos dominavam enormes áreas do mundo. A chave
para este grande êxito era o soldado romano. Guerreiros resistentes, leais e
dedicados, os romanos também eram altamente disciplinados e hábeis na luta.
Com seus grandes escudos, lanças mortais e dardos de arremesso, além de
espadas curtas, penetrantes, eles enfrentaram inimigos terríveis – e os venceu.
Foi pensando nesse soldado – exército Romano – que Paulo se valeu para
escrever sobre as armaduras de Deus.

2. A armadura de Deus (v.13).

“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau
e, havendo feito tudo, permanecer firmes”.

Esta armadura era usada por cima de uma túnica e incluía a cota de malha, ou
chapas metálicas entrelaçadas e unidas por couro ou tecidos, que protegia os
soldados de investidas inimigas contra o seu peito, tronco, flancos. Não obstante ser
pesada era flexível.

Essa armadura mantinha o soldado romano firme e resistente. Não é isso,


pois, o que Paulo recomenda? – “[...] havendo feito tudo, permanecer firmes”. Não
podemos combater o combate da fé de forma titubeante, não! Pois, “Ora, sem fé é
impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6).

3. A couraça da justiça (v.14).

“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e


vestida a couraça da justiça”.

Antes de falar sobre a Couraça da Justiça, neste mesmo versículo, Paulo


atenta para cingir a “cintura vossa com a verdade”, tal como consta no grego Koiné

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do Novo Testamento. Aqui os estudiosos do assunto veem uma alusão ao cinto da
armadura romana.

Na armadura do soldado romano, é o cinto que dava sustentação a todos os


componentes da armadura.

Paulo diz que a verdade é como um cinturão que sustenta tudo em nossa
caminhada cristã. A verdade a que Paulo se refere é a verdade de Deus. Se
fôssemos sustentados pela nossa verdade, a nossa armadura não resistiria no
combate contra as forças das trevas. (Jo 17.17).

A Couraça da Justiça. Na armadura do soldado, havia uma couraça grossa


que o protegia no combate corpo-a-corpo, como já nos referimos anteriormente. A
couraça que nos protege é a da justiça de Cristo imputada a nós. Na luta contra os
principados e potestades estamos protegidos com a justiça de Cristo que nos foi
dada pela fé somente. Esta justificação imputada, então, é como uma couraça em
nossa batalha espiritual, guardando nossos corações (Rm 10. 8-11).

III – OUTRAS ARMAS USADAS COMO ILUSTRAÇÃO

1. Os calçados (v.15).

“E calçando os pés com a preparação do evangelho da paz”

Calçado do evangelho da paz. Na armadura romana, os pés dos soldados


deveriam estar firmes e protegidos. O calçado usado por eles era para dar
sustentação nos combates, portanto, não poderiam escorregar de modo nenhum. Na
batalha espiritual, os pés precisam estar calçados, protegidos e firmados; e o que
pode dar sustentação a nós é o Evangelho da Paz (Mc 16.15), que é o meio pelo
qual fomos pacificados com Deus, e estando em paz com o nosso general, podemos
avançar na batalha e nos tornar vitoriosos.

2. O escudo da fé (v.16).

“Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os


dardos inflamados do Maligno”.

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O Escudo da Fé. Os escudos dos soldados romanos eram grandes, curvos e
ovais (oblongos) ou, depois, retangulares, feitos de duas camadas de madeira,
revestidas com linho e couro, e envolvidas com ferro, tendo como enfeite uma
saliência de metal no centro, dessa forma o protegia no combate protegendo dos
dardos e das espadas.

É interessante que a palavra que Paulo usa para escudo (Grego: “Thîréòn”)
não se aplica ao relativamente pequeno escudo redondo, mas sim ao grande e
oblongo que levava o guerreiro pesadamente armado. Uma das armas mais
perigosas nas guerras da antiguidade era o dardo aceso. Era um dardo que levava
na ponta uma estopa empapada em breu. Esta estopa era acesa ao arrojar o dardo.
Mas o grande escudo oblongo era a arma própria para extingui-lo.

Na nossa armadura espiritual o escudo que nos protege é a fé. Tudo na vida
cristã é alcançado por ela. Pela fé fomos justificados, pela fé fomos salvos, pela fé
as nossas orações são respondidas, pela fé vencemos o mundo. Esta fé que nos
protege dos dardos inflamados do maligno (1 Jo 5.4).

3. O capacete da salvação e a espada do Espírito (v.17).

“Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a


palavra de Deus”

O Capacete da Salvação. Os elmos romanos eram feitos de ferro, bronze ou


latão. Eles variavam de forma, mas em geral eram projetados para proteger o
pescoço, o rosto, a testa e também a cabeça. O capacete era “a parte mais
ornamental da armadura primitiva”. O capacete protegia, dessa maneira, toda a
cabeça do soldado. Paulo usa esta parte da armadura para ilustrar a salvação.

A nossa cabeça/mente só é protegida quando colocamos o capacete da


certeza de salvação que Jesus conquistou para nós na cruz do calvário. Tendo esta
certeza em mente, o diabo não nos vencerá com os seus argumentos de acusação;
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Fl 4.8).

A Espada do Espírito. À época dos soldados romanos, havia diversos tipos de


espadas, com tamanhos e pesos diferentes.
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Provavelmente a espada que Paulo tem em mente é a confiável espada curta
e reta que os soldados romanos usavam – o gládio (em latim: Gladius Romanus),
pois, esta, era de fácil manuseio. Era de dois gumes (as melhores eram feitas na
Espanha), pontuda, usada para incisão e para investida, tanto defensiva como
ofensiva; perfeita para as lutas corpo-a-corpo. Paulo diz que esta espada do Espírito
é a palavra de Deus, que é uma arma que utilizamos em nossas defesas e ataques.
Cristo venceu o diabo dizendo: “assim está escrito” (Mt 4, Lc 4). Com esta espada,
também, o venceremos.

4. A outra lista (vv. 18,19).

“Com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o


mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, e por
mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez,
fazer conhecido o mistério do evangelho”.

Como, pois, podemos orar “em todo o tempo”? Uma maneira possível é orar
em espírito, em todo tempo, em todo lugar, orando a Deus a respeito de cada
situação que ocorra durante o nosso dia. Outra maneira possível é organizar nossa
vida em torno da vontade e dos ensinamentos do Senhor, de modo que a nossa
própria vida se torne uma oração.

Portanto, como diz Barclay:

São três as coisas que devemos notar aqui com respeito à oração. (a) Deve
ser constante. Deve-se orar em todos os momentos da vida. Talvez a maior
falha da vida cristã seja que frequentemente tendemos a orar só nas
grandes crises da vida. Só pela oração diária o cristão torna-se forte cada
dia.(b) Tem que ser intensa. Não tem que ser sonolenta, mas sim
perseverante. Exige concentração. Uma oração frouxa não leva a parte
alguma; exige a concentração em Deus de todas as faculdades. (c) Não
deve ser egoísta; deve abranger a todo o povo consagrado de Deus. Os
judeus diziam: “Que o homem se una em suas orações com a comunidade”.
Penso que frequentemente oramos por nós mesmos e muito pouco por
outros. Devemos aprender a orar tanto e tão intensamente pelos outros
como por nós.

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CONCLUSÃO

Portanto, como bem escreveu o comentarista da Lição: “Os recursos


espirituais apresentados aqui são importantes e poderosos para expelir todas as
forças do mal”.

Assim, louvemos ao Senhor Jesus com este lindo coro – extraído do Hino de
número 305 da nossa Harpa Cristã –, tendo por certo que toda vitória por nós
vencida aqui, procede exclusivamente de Deus.

Breve vamos terminar a batalha aqui,


E p´ra sempre descansar com Jesus ali,
Todos os que são fiéis ao bom Capitão,
Hão de receber lauréis como galardão.

[Jairo Vinicius da Silva Rocha. Professor. Teólogo. Tradutor. Bacharel em


Biblioteconomia – Presbítero, Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia
de Deus no Pinheiro.]
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Maceió, 2 de março de 2019.

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