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DISCORDÂNCIAS E MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA

DISCORDÂNCIAS
- defeitos no qual alguns átomos estão desalinhados (defeitos lineares)
- produzem uma distorção da rede cristalina em torno de uma linha
- são produzidas durante a solidificação e na deformação plástica de sólidos cristalinos.

◊ Características: Interações de discordâncias


- quando os metais são deformados plasticamente, uma fração da energia de deformação é retida internamente e o
restante é dissipado na forma de calor. A maior parte dessa energia é armazenada como energia de deformação que
está associada às discordâncias. Devido ao semiplano de átomos extra, ao redor da linha de discordância surge uma
distorção da rede atômica. Como consequência disso, existem regiões onde deformações da rede, compressivas,
trativas e cisalhantes são impostas sobre os átomos vizinhos. Os átomos imediatamente acima e adjacentes à linha da
discordância estão comprimidos uns contra os outros. Como resultado, esses átomos podem ser considerados como se
estivessem sofrendo uma deformação de compressão em relação aos átomos posicionados no cristal perfeito ou
localizados distantes da discordância. Diretamente abaixo do semiplano, os átomos de rede suportam a imposição de
uma deformação de tração.

- os campos de deformação ao redor das discordâncias próxima umas as outras podem interagir entre si, tal que forças
são impostas sobre cada discordância devido às interações combinadas de todas as discordâncias vizinhas. Por exemplo,
considere 2 discordâncias aresta que possuem o mesmo sinal e um plano de escorregamento idêntico (a). Os campos de
deformação de compressão e de tração para ambas as discordâncias se encontram no mesmo lado do plano de
escorregamento; a interação do campo de deformação é tal que existe uma força de repulsão mútua entre essas 2
discordâncias isoladas, a qual tende a afastá-las. Por outro lado, 2 discordâncias de sinais opostos e que possuem o
mesmo plano de escorregamento (b) serão atraídas uma em direção à outra. Quando elas se encontrarem ocorrerá,
uma aniquilação de discordâncias, isto é, os 2 semiplanos extras de átomos irão se alinhar e se tornar um plano
completo (formação de região perfeita de cristal)
- Materiais cerâmicos: estruturas mais complexas e ligações direcionais dificultam o movimento das discordâncias (são
imóveis)

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
- deformação permanente
- envolve a ruptura de ligações atômicas com a formação de novas ligações em regiões diferentes das anteriores
- ocorre por:
1) Deslizamento/escorregamento de planos cristalinos causado pela movimentação de discordâncias (principal)
- geração (multiplicação, aumento da densidade) e movimentação de discordâncias
- a movimentação de discordâncias causa escorregamento/deslizamento de planos cristalinos
2) Maclação mecânica
3) Difusão
4) Transformações de fase

- quando a tensão de cisalhamento é aplicada como indicado, o plano A é forçado para a direita que por sua vez,
empurra as metades superiores dos planos B, C, D e assim por diante, nessa mesma direção. Se a tensão de
cisalhamento aplicada possuir magnitude suficiente, as ligações interatômicas do plano B são rompidas ao longo do
plano de cisalhamento e a metade superior do plano B se torna o semiplano extra, conforme o plano A se liga à metade
inferior do plano B. Esse processo se repete subsequentemente para os outros planos, de tal modo que o semiplano
extra se move da esquerda para a direita através de sucessivas e repetidas quebras de ligações e deslocamentos de
distâncias interatômicas de semiplanos superiores. Ao final do processo, esse semiplano extra pode emergir da
superfície do cristal, formando um “degrau”

- os cristais reais contém defeitos que reduzem a sua resistência mecânica: O movimento das discordâncias envolve o
rearranjo de apenas alguns átomos ao seu redor e não o movimento simultâneo e cooperativo de todos os átomos de
um plano cristalino, logo, a deformação plástica causada pela movimentação de uma discordância exige uma tensão
muito menor que a necessária para movimentar um plano de átomos como um todo.
MECANISMOS DE ENDURECIMENTO (AUMENTO DA RESISTÊNCIA)
- se a deformação plástica ocorre devido ao movimento de discordâncias, então, dificultando-se o movimento de
discordâncias, a deformação plástica será menor, ou seja, a resistência mecânica do metal será maior
- portanto, mecanismos de endurecimento são mecanismos que dificultam/restringem a movimentação das
discordâncias resultando em/provocando um aumento da resistência mecânica do metal (o metal se torna mais
resistente à deformação plástica)
- DIFICULTAR A MOVIMENTAÇÃO DAS DISCORDÂNCIAS TORNA OS METAIS MAIS RESISTENTES À DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA, MAIS DUROS E MENOS DÚCTEIS
- os mecanismos são:

a) ENCRUAMENTO/ENDURECIMENTO POR DEFORMAÇÃO (obstáculo ao movimento das discordâncias são outras


discordâncias)
- durante a deformação plástica, as discordâncias movimentam-se, multiplicam-se e interagem entre si formando
“emaranhados”
- o aumento da densidade de discordâncias e as próprias discordâncias se tornam obstáculos para o movimento de
outras discordâncias
- essa maior dificuldade do movimento de discordâncias faz com que o metal fique progressivamente mais duro e mais
resistente à medida que é deformado

- esse endurecimento pode ser revertido por meio de um tratamento térmico – RECOZIMENTO (“annealing”)

b) SOLUÇÃO SÓLIDA (átomos de soluto)


- uma técnica para aumentar a resistência de materiais consiste em inserir elementos químicos diferentes daqueles que
compõem a matriz do material que se deseja endurecer
- em metais, esse processo consiste na formação de ligas com átomos de impurezas/solutos que entram em solução
sólida substitucional ou intersticial
- os átomos de impureza ou elementos de liga em solução sólida distorcem a rede cristalina e os campos de tensão ao
seu redor interagem com (os campos de tensão das) as discordâncias, dificultando a movimentação delas
- ocorre acomodação dos átomos de soluto e interação com as discordâncias: os átomos procuram lugares aonde se
acomodam mais facilmente (posições energeticamente melhores/favoráveis) a fim de minimizar a energia do material

c) PRECIPITAÇÃO (formação de outra fase que atua como obstáculo ao movimento das discordâncias)
- o material exibe uma segunda fase, com características (composição química, estrutura, orientação) diferentes,
dispersa na matriz
- essa segunda fase provoca distorção na rede cristalina
- logo, as discordâncias terão dificuldade em se movimentar

d) REFINO DE GRÃO (diminuição do tamanho do grão)


- os contornos de grão são uma barreira/obstáculo que dificultam a movimentação das discordâncias (discordância não
consegue atravessar) por 2 razões:
1) uma vez que 2 grãos têm orientações diferentes, uma discordância que passe de grão terá que mudar a direção do
seu movimento
2) a falta de ordem atômica na região do contorno de grão resultará em uma descontinuidade dos planos de
escorregamento de um grão para o outro

- portanto, um material com grãos pequenos:


a) possui maior área total/quantidade de contornos de grão para impedir o movimento das discordâncias
b) possui menos espaço/caminho livre para as discordâncias se movimentarem
- logo, esse material é mais duro e resistente do que um material com grãos maiores

- a figura abaixo demonstra a dependência do limite de escoamento em relação ao tamanho do grão. Conforme o
tamanho (diâmetro) do grão diminui, o limite de escoamento aumenta
- do gráfico, pode-se observar que quanto menor for o tamanho do grão, então, maior será a tensão LE, ou seja, é
necessário mais força/tensão para começá-lo a deformar plasticamente

◊ Técnicas de refino de grão

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