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T O L E R Â N C I A DE CULTIVARES D E T R I G O A DIFERENTES NÍVEIS

D E A L U M Í N I O E M S O L U Ç Ã O N U T R I T I V A E N O S O L O (1)

CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA CAMARGO ( 2 ) e OTÁVIO FRANCO DE OLIVEIRA, Seção de


Arroz e Cereais de Inverno, Instituto Agronômico

RESUMO
Foram estudados dez cultivares de trigo em soluções nutritivas contendo cinco
diferentes níveis de alumínio tóxico. A tolerância foi medida pela capacidade de as
raízes primárias continuarem a crescer em solução sem alumínio, após um período prévio
de 48 horas em solução contendo uma concentração conhecida de alumínio. Os cultivares
Siete Cerros e Tobari-66 foram sensíveis, respectivamente, a 1 e 3 ppm de alumínio.
'Alondra-S-46', 'Alondra-S-45' e 'IAC-17' foram sensíveis a 6 ppm; 'BH-1146', 'IAC-5',
'IAC-18', 'IAC-13' e 'Londrina' foram tolerantes a 10 ppm, porém 'BH-1146', 'IAC-18'
e 'IAC-13' foram mais tolerantes que 'IAC-5' e 'Londrina'. Os cultivares BH-1146, IAC-17,
Alondra-S-46, Tobari-66 e Siete Cerros foram cultivados em vasos contendo solo ácido
mostrando a presença de alumínio. Metade do número de vasos recebeu uma aplicação
de calcário. Os resultados desse experimento mostraram que o cultivar BH-1146 diferiu
significativamente em produção de grãos por planta de 'Tobari-66', 'Alondra-S-46',
'IAC-17' e 'Siete Cerros'. Esse resultado confirmou a tolerância ao alumínio do cultivar
BH-1146, observada quando se empregou solução nutritiva com a presença desse elemento.

1. INTRODUÇÃO que provocam decomposição nas


estruturas minerais da argila (geral-
O alumínio é um constituinte mente pH abaixo de 5,5, mas parti-
das partículas de argila do solo e sua cularmente abaixo de 5,0). Quando
toxicidade é teoricamente possível na esse ponto é alcançado, parte do alu-
maioria dos solos onde o pH diminui mínio, formalmente constituinte das
para níveis suficientemente baixos, partículas de argila, migra para a

(1) Os autores agradecem ao Eng. 0 -Agr.° Derly Machado de Souza, Chefe da Seção de Arroz
e Cereais de Inverno, a colaboração na realização do trabalho apresentado na VI Reunião Norte-Bra¬
sileira de Pesquisa de Trigo, Curitiba (PR), 1980. Recebido para publicação a 27 de fevereiro de 1980.
(a) Com bolsa de suplementação do CNPq.
fração trocável ou para a solução do Um método rápido para a iden-
solo (4). Tal alumínio, nas camadas tificação de plantas tolerantes e de
superficiais dos solos ácidos, pode ser fácil reprodução foi desenvolvido na
precipitado pela prática da calagem, Universidade Estadual de Oregon (1,
porém no subsolo pode permanecer 2, 6, 7), baseado na paralisação irre-
solúvel e tóxico às plantas, mesmo versível do meristema das raízes pri-
depois da calagem feita geralmente márias do trigo no estádio de plântula,
utilizando-se soluções nutritivas con-
na camada de solo que atinge no
tendo níveis elevados de Al.
máximo até 0,30m de profundidade.
Nos solos corrigidos por essa prática, A cultura do trigo no Estado de
o excesso de alumínio trocável ou so- São Paulo instalou-se tradicionalmen-
te na região Sul, representada por
lúvel no subsolo pode restringir o
solos ácidos, com baixos teores de
crescimento das raízes dos cultivares
bases e elevados níveis de alumínio.
de trigo sensíveis ao alumínio so- Nessas condições, o cultivo do trigo
mente para as camadas superficiais só foi possível com o desenvolvi-
do solo que receberam calagem, dei- mento de cultivares tolerantes à toxi-
xando as plantas mais suscetíveis à cidade de alumínio.
seca pelo seu impedimento em obter
Com o deslocamento da triticul-
água das camadas mais profundas do
tura para o Vale do Paranapanema,
solo (5).
onde os solos são mais férteis, a ocor-
rência de alumínio tóxico no subsolo
KERRIDGE (6) concluiu que o
efeito primário da toxicidade de alu- tem sido problema no caso de cultiva-
mínio no trigo é a paralisação do res mexicanos de alto potencial pro-
crescimento da raiz devida a uma dutivo, porém de grande suscetibili-
inibição da elongação das células. dade a esse metal (2).
Por outro lado, MOORE et alii (7) O presente trabalho tem por
informaram que é muito difícil con- objetivo estudar a tolerância a dife-
trolar o complexo mineral do solo rentes níveis de alumínio dos cultiva-
adequadamente para que determinado res de trigo atualmente empregados
nível de alumínio possa ser repro- no Estado de São Paulo, em solu-
duzido de um experimento para outro ção nutritiva e em vasos contendo
ou de um local para outro. Além do solo ácido com e sem calcário.
mais, a toxicidade de alumínio não
é o único fator limitante em solos
ácidos; portanto, os métodos de sepa- 2. MATERIAL E MÉTODO
ração de plantas tolerantes e susce-
tíveis a determinado nível de alumínio 2.1 Origem dos cultivares
usando solos ácidos não são bastante estudados
precisos. Além disso, as partes da
planta diretamente afetadas, as raízes, A relação e a origem dos culti-
não são facilmente observadas. O em- vares estudados encontram-se a
prego de soluções nutritivas pode seguir:
tornar mais eficiente e precisa a sepa-
ração das plantas em relação à tole- 'BH-1146': Selecionado no Ins-
rância do alumínio (3). tituto Agronômico de Minas Gerais,
Belo Horizonte.
'Londrina': Obtido pelo IPEAS 2.2 Ensaio de cultivares de trigo
e introduzido no IPEAME (Instituto em solução nutritiva
de Pesquisa e Experimentação Meri-
dional), através da Estação Experi- O método utilizado consistiu no
mental de Londrina (PR). seguinte:
'Siete Cerros' e Tobari-66*:
Criados pelo Centro Internacional de As sementes dos dez cultivares
Melhoramento de Milho e Trigo de trigo estudados foram cuidadosa-
(CIMMYT), de onde foram introdu- mente lavadas com uma solução de
zidos. hipoclorito de sódio a 10% e coloca-
das para germinar em caixas de Petri
'Alondra-S-45' e 'Alondra-S-46': por 24 horas em germínador com
Criados pelo CIMMYT e introduzi- temperatura de 25-30°C.
dos pelo Centro Nacional de Pesquisa
de Trigo — EMBRAPA, onde foram Após esse tempo, as radículas
resselecionados. estavam iniciando a emergência.

'IAC-5': Obtido da progênie Foram escolhidas vinte sementes


17521, selecionada na Estação Expe- uniformes de cada cultivar, e coloca-
rimental de Capão Bonito, em 1956, das sobre o topo de cinco telas de
proveniente do cruzamento ('Fron- náilon, que foram postas em contacto
tana' x 'Kenya') x 'Polissu'. com a solução nutritiva existente em
cinco vasilhas plásticas de 8,30 litros
'IAC-13: Selecionado no Ins- de capacidade.
tituto Agronômico (Campinas) a par-
tir do híbrido 272, em 1970, o qual é A concentração final da solução
proveniente do cruzamento entre os que será referida como sohição-base,
cultivares Ciano-67, de origem mexi- foi a seguinte: Ca(N0 3 )2 4mM;
cana, e IAS-51, do Rio Grande do MgS0 4 2mM; KNO a 4mM; (NH 4 ) 2
Sul. S0 4 0,435mM; KH 2 P0 4 0,5mM;
MnS0 4 2[iM; CuS0 4 0,3|JLM; ZnS0 4
'IAC-17': Obtido por seleção de 0,8]xM; NaCl 3 0 ( Í M ; Fe-CYDTA
progenies, em 1974, no Instituto IOIXM; Na 2 Mo0 4 0,10y.M e H 3 B0 3
Agronômico (Campinas), a partir do 10[JLM. O nível da solução na vasilha
híbrido F] 75, que foi obtido do cru- plástica foi tal de modo a tocar a par-
zamento efetuado, em 1969, entre os te inferior da tela de náilon, de manei-
cultivares IAS-20 (originário do Rio ra que as sementes foram mantidas
Grande do Sul) e IRN-526-63 (mexi- úmidas, tendo as radículas emergentes
cano), introduzido pelo Instituto Bio- um pronto suprimento de nutrientes.
lógico do Estado de São Paulo. O pH da solução foi previamente
ajustado para 4,00 com H 2 S0 4 IN. A
'IAC-18': Oriundo da seleção
solução foi continuamente aerificada
de progenies do híbrido Fj 411 que se
e as vasilhas plásticas contendo as so-
originou do cruzamento entre o cul-
luções foram colocadas em banho-
tivar BH-1146 e S-12 proveniente da
-maria com temperatura de 25±1°C.
Secretaria da Agricultura do Rio
O experimento foi mantido com luz
Grande do Sul, seguido de três retro-
artificial em sua totalidade.
cruzamentos para o cultivar BH-1146.
As plantas desenvolveram-se mento da raiz, após esse período na
nessas condições por 48 horas. Após solução-base depende da severidade
esse período, cada plântula tinha três da prévia solução-tratamento. Com
raízes primárias, uma mais longa me- uma quantidade tóxica de alumínio,
dindo cerca de 4,5cm e duas mais as raízes primárias não crescem mais
curtas, localizadas lateralmente à pri- e permanecem grossas, mostrando no
meira. ápice uma injúria típica com descolo-
ramento. A quantidade de cresci-
Cada uma das cinco telas de mento da raiz foi determinada, me-
náilon contendo vinte plântulas de dindo-se novamente o comprimento
cada um dos dez cultivares foi trans- da raiz de cada plântula no final das
ferida para soluções-tratamento con- 72 horas na solução-base e subtraindo
tendo respectivamente 0, 1, 3, 6 e o comprimento da raiz medida no
10 ppm de alumínio na forma de final de crescimento nas soluções-
A12(S04)3. tratamento.

A composição da solução-trata- Durante todo o experimento, o


mento foi basicamente um décimo da pH das soluções foi mantido o mais
solução-base, exceto que o fósforo foi próximo possível de 4,0, com ajusta-
omitido e o ferro foi adicionado em mentos diários.
quantidade equivalente como FeCl 3 ,
no lugar de Fe-CYDTA, como foi des- Foram feitas duas repetições pa-
crito por MOORE et alii (7). O fósfo- ra cada uma das soluções-tratamento.
ro foi omitido para evitar a possível
precipitação do alumínio. Por causa O delineamento empregado foi
da possibilidade da precipitação do o split-plot, onde as parcelas foram
alumínio com Al(OH) 3 , especial aten- compostas pelas cinco diferentes con-
ção foi dada a esse ponto. Antes de centrações de alumínio e, as subpar-
transferir as telas para a soluçao-tra- celas, formadas pelos dez cultivares
tamento, suficiente H 2 S0 4 foi adicio- estudados. Os dados foram analisados,
nado para trazer o pH para cerca de considerando-se a média do cresci-
4,2, e então a necessária quantidade mento da raiz das vinte plântulas de
de Al como A12(S04)3, — I8H2O foi cada cultivar após a influência preju-
colocada. O pH final foi ajustado dicial do alumínio na solução-trata-
para 4,0 com H 2 S0 4 , evitando-se adi- mento.
cionar KOH, que poderia causar a
precipitação do alumínio, pelo menos
no local de queda da gota. As plân- 2.3 Ensaio de cultivares de trigo
tulas ficaram crescendo por 48 horas em vasos
na solução-tratamento. Decorrido
esse tempo, a raiz primária de cada
Foram utilizados vinte vasos plás-
seedling foi medida e transferida de
ticos medindo aproximadamente 25cm
volta à vasilha contendo solução
de altura e 20cm de diâmetro. Dez
nutritiva onde as plântulas cresceram
deles foram cheios com solo do tipo
nas primeiras 48 horas (solução-base).
latossolo roxo série Barão, coletado
no Centro Experimental de Campi-
As plântulas cresceram na solu- nas, e que não recebeu calagem nem
ção-base por 72 horas. O cresci- adubação, e dez vasos foram cheios
com o mesmo solo recebendo uma Os vasos foram colocados no
calagem na base de 4t/ha, também telado à prova de pássaros localizado
sem adubação.
no Centro Experimental de Campi-
Anteriormente ao plantio do
trigo, os solos dos vasos foram bem nas, distante um do outro 30cm. Foi
misturados e mantidos úmidos pelo plantada uma bordadura, empregan-
espaço de um mês, sendo após reti- do-se vasos com altas doses de adu-
radas amostras compostas dos mes-
mos, cujos resultados analíticos foram bação e calagem e usando-se os mes-
os seguintes (3): mos cinco cultivares.

Foram estudados os cinco culti- Foram coletados os dados se-


vares seguintes: BH-1146, IAC-17, guintes: altura medida do nível do
Tobari-66, Alondra-S-46 e Siete solo até a ponta da espiga mais alta
Cerros. de cada planta, excluindo as aristas,
Duas plântulas de cada um des- número de perfilhos contendo espi-
ses cinco cultivares provenientes do gas, número de grãos por planta e
ensaio usando solução nutritiva onde produção de grãos medida em gra-
a solução-tratamento não continha mas.
alumínio, foram plantadas em um Os dados foram obtidos na base
vaso contendo solo com calcário e de plantas individuais. Cada cultivar
em outro solo sem calcário, perfa- foi representado pela média das duas
zendo, portanto, um total de dez plantas de cada vaso.
vasos, o que foi considerado uma
repetição. Foram utilizadas duas re- O delineamento empregado foi
petições. de blocos ao acaso.

(a) Análise efetuada pela Seção de Fertilidade do Solo, Instituto Agronômico, Campinas (SP).
(') e.mg/lOOml de T.F.S.A. Teores trocávcis.
<5) jug/ml de T.F.S.A.
3. RESULTADOS E Os resultados da análise esta-
DISCUSSÃO tística desse experimento mostraram,
pelo teste F, diferenças altamente
3.1 Ensaio de cultivares de trigo significativas para concentrações de
em solução nutritiva alumínio, cultivares e interação culti-
vares x concentrações de alumínio.
O comprimento médio das raízes
dos dez cultivares de trigo, medidos Aplicando-se o teste de Tukey
após 72 horas de crescimento na so- ao nível de 5% para a comparação
lução-base e de 48 horas de cresci- dos diferentes cultivares dentro de
mento na solução-tratamento conten- uma mesma concentração de alumí-
do cinco diferentes concentrações de nio, verificou-se que a diferença
alumínio, encontram-se no quadro 1 mínima significativa foi 9,2mm.
e figura 1. Comparando-se as médias dos dife-
'IAC-13' foram os mais tolerantes,
não diferindo estatisticamente entre
si, diferindo, porém, de 'TAC-5' e
'Londrina', que foram menos tole-
rantes.
Aplicando-se o teste de Tukey
ao nível de 5% para a comparação
de cada cultivar nas diferentes con-
centrações de alumínio, foi calculada
a diferença mínima significativa de
6,6mm. Observando-se o compri-
mento das raízes de cada cultivar,
nas diferentes concentrações de alu-
mínio, verificou-se que, aumentando-
-se a concentração desse metal, o cres-
cimento das raízes diminui. A inten-
sidade da diminuição mede o grau de
tolerância de cada cultivar.
Os resultados indicaram que o
'Siete Cerros' foi muito suscetível ao
alumínio; 'Tobari-66' foi suscetível;
'Alondra-S-46', 'Alondra-S-45' e
'IAC-17' apresentaram média tolerân-
rentes cultivares estudados com o cia; 'Londrina' e 'IAC-5' foram tole-
ppm de alumínio na solução-trata- rantes e 'BH-1146', 'IAC-18' e IAC-
mento, verificaram-se diferenças sig- 13' foram muito tolerantes ao alu-
nificativas no comprimento das raízes. mínio.
Esse fato pode ser explicado pela
diferença de crescimento das raízes
mesmo na ausência do estresse de 3.2 Ensaios de cultivares de trigo
alumínio, condição essa específica de em vasos
cada genótipo.
Os dados médios de produção,
Considerando-se 1 ppm de alu- altura, número de perfilhos e número
mínio, pode-se verificar que o culti- de grãos/planta dos cinco cultivares
var Siete Cerros foi totalmente sensí- estudados em vasos contendo o mes-
vel a essa concentração. A 3 ppm de mo solo com e sem calcário encon-
alumínio, o Tobari-66' passou a tram-se no quadro 2.
mostrar suscetibilidade.
A análise estatística desse expe-
Aplicando-se o teste de Tukey rimento apresentou diferenças alta-
e 'IAC-17' foram suscetíveis a 6 ppm mente significativas (teste F) para
de Al. 'BH-1146', 'IAC-18\ 'IAC-5\ solo com e sem calcário. O teste F
'IAC-13' e 'Londrina' mostraram-se também foi altamente significativo
tolerantes mesmo a 10 ppm de alu- para as diferenças observadas em pro-
mínio na solução-tratamento. Nessa dução, altura, número de perfilhos e
concentração. 'BH-1146', 'IAC-I8' e número de grãos por espiga entre os
cultivates. As interações cultivares x altamente suscetíveis ao solo sem
solo com e sem calcário foram alta- calcário, não havendo diferenças
mente significativas para altura e nú- entre si, em relação à produção.
mero de perfilhos, não sendo signifi-
cativas para produção e número de No solo com calcário, o cultivar
grãos por espiga. TAC-17 não diferiu &m produção do
'BH-1146', porém produziu significa-
Aplicando-se o teste de Tukey tivamente mais que o 'Siete Cerros'.
ao nível de 5% para a comparação Esses resultados confirmam aquele1"
das médias de produção, altura, nú- encontrados por CAMPBELL & * v
mero de perfilhos e número de grãos FEVER (3) usando outros cultivares.
por espiga, calcularam-se as seguin-
tes diferenças mínimas significativas: Observando-se as figuras 2, 3 e
2,97g; 12cm; 0,7 perfilho e 73 grãos 5, pode-se verificar que os sistemas
por planta respectivamente. radiculares dos cultivares BH-1146,
Alondra-S-46, IAC-17 e Siete Cer-
O cultivar BH-1146 foi o mais ros, dos vasos contendo o mesmo
tolerante às condições do solo ácido solo com e sem calcário, mostraram
estudado, não mostrando diferenças o seguinte: 'BH-1146' apresentou
significativas para os dados coletados pequeno aumento no volume das
em solo com e sem calcário. raízes pela adição da calagem; 'Alon-
Os cultivares IAC-17, Alondra- dra-S-46' e 'IAC-17* mostraram
S-46, Tobari-66 e Siete Cerros foram grande vantagem pela adição da cala-
gem, o mesmo acontecendo em relação A produção de raízes no solo
menor com o 'Siete Cerros'. está de acordo com as produções
mostradas no quadro 2, indicando que
A figura 4 mostra o potencial de a tolerância ao alumínio é um fator
produção de raízes em vasos contendo de grande importância para aumentar
solo com calcário e altas doses de a produtividade desse cereal nos solos
adubação N.P.K. ácidos do país.
4. CONCLUSÕES e) O 'BH-1146' diferiu signifi-
cativamente em produção de Tobari-
a) A técnica empregada para -66', 'Alondra-S-46', 'IAC-17' e
o estudo da reação de cultivares de 'Siete Cerros' em solo ácido sem cal-
trigo ao alumínio tóxico, usando solu- cário, confirmando a sua tolerância
ções nutritivas e em condições de la- ao alumínio, observada em solução
boratório, foi eficiente, possibilitando nutritiva.
a separação de cultivares tolerantes e
suscetíveis em aproximadamente sete f) A tolerância à toxicidade de
dias. alumínio é um fator importante para
garantir bom desenvolvimento do
b) O cultivar Siete Cerros foi sistema radicular do trigo, permitindo
suscetível a lppm de alumínio em a obtenção de água em maior profun-
solução nutritiva; Tobari-66', a didade em condições de seca, onde o
3ppm, 'Alondra-S-46', 'Alondra-S-45' cultivar suscetível não sobreviveria,
e 'IAC-17', a 6ppm de alumínio, e dada a inibicão pelo alumínio do
'BH-1146', 'IAC-18', 'IAC-13', 'IAC- crescimento do sistema radicular, além
-5' e 'Londrina' foram tolerantes a da camada superficial do solo que, em
lOppm. geral, é corrigida.
g) Os dados obtidos permitiram
c) 'BH-1146', 'IAC-18' e 'IAC classificar os cultivares estudados nas
13' mostraram-se mais tolerantes a seguintes classes de tolerância ao
lOppm de alumínio do que 'IAC-5' e alumínio: 'Siete Cerros': muito susce-
'Londrina'. tível; 'Tobari-66': suscetível; 'Alondra-
-S-45', 'Alondra-S-46' e 'IAC-17':
d) A presença do alumínio na médios; 'IAC-5' e 'Londrina': toleran-
solução foi prejudicial a todos os cul- tes; 'BH-1146', 'IAC-18' e 'IAC-13':
tivares tolerantes e suscetíveis. muito tolerantes.

TOLERANCE OP WHEAT CULTIVARS TO DIFFERENT LEVELS OF


ALUMINUM TOXICITY

SUMMARY
Ten wheat cultivars were studied to aluminum toxicity using five different levels
of this element.
The tolerance was measured taking into account the root growth in a aluminum-
-free complete nutrient solution after a previous Al treatment.
With toxic amounts of Al, the primary roots did not grow at all and remained
thickned at the tip as a typical Al injury.
The wheat cultivars Siete Cerros and Tobari-66 were sensitive to 1 and 3 ppm of
aluminum, respectively. The cultivars Alondra-S-46, Alondra-S-45 and IAC-17 were sensi-
tive to 6 ppm. The cultivars BH-1146, IAC-5, IAC-18, IAC-13 and Londrina showed
tolerance to 10 ppm but BH-1146, IAC-18 and IAC-13 were more tolerant than IAC-5
and Londrina.
The cultivars BH-1146, IAC-17, Alondra-S-46, Tobari-66 and Siete Cerros were
planted in pots containing acid soil presenting toxic aluminum. Half of the pots had
the soil limed and the other half no lime was applied. The results of this experiment
showed that the cultivar BH-1146 significantly outyielded the cultivars Tobari-66.
Alondra-S-46, IAC-17 and Siete Cerros. These results confirmed those obtained at
nutrient solution.

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