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Mas será que isso é suficiente? Será que isso permite um profundo
entendimento da situação?
E isso pode ser apoiado por esforços pessoais se você se colocar na posição do
consumidor e experimentar, você mesmo, a experiência de consumo para,
assim, efetivamente, entender o que acontece.
A esse tipo de prática de gestão chamamos de “ir ao gemba”. Trata-se de uma
expressão japonesa que significa “lugar onde as coisas acontecem”. Pode ser nos
escritórios, numa linha de produção nas áreas de manufatura, nos laboratórios
Muitos, porém, estão fazendo isso de uma forma na qual não se aproveita
plenamente o seu potencial. Eis, então, a pergunta capital: o que fazer no
gemba?
Outra consciência fundamental que se deve ter é a de que ir ao gemba não pode
ser algo “esporádico”, como “vamos dar uma voltinha na fábrica hoje?” ou ser
chamado para apagar um incêndio. Deve ser parte de uma rotina regular, parte
do “trabalho padronizado”.
Quem vai ao gemba tem que estar preparado para saber enxergar, saber ouv ir e
saber fazer a pergunta certa. A atitude de mais perguntar (do que afirmar) ajuda
a entender por que está acontecendo aquilo e como poderia ser resolvido. Sem
procurar culpados ou punir. A ida ao gemba não é para intimidar ou punir, mas
para apoiar as pessoas e melhorar processos.
É importante que haja uma sólida gestão visual que coloque de forma muito
clara as informações mais básicas sobre o que está acontecendo e o que deveria
ocorrer nos locais de trabalho, da forma mais visual possível, para que fique
bem claro para quem está indo ao gemba o que está ocorrendo ali e quais são os
problemas.
Para alguns dos líderes que passam seus dias “apagando incêndios”,
basicamente chamando pessoas em suas salas para “darem explicações”, a ida
cotidiana e inteligente ao gemba pode até parecer perda de tempo.
E muitos podem pensar que se trata de “passar” a autoridade. Mas é muito pelo
contrário. Na empresa lean, o importante não é a autoridade, mas a
responsabilidade. Assim, ir ao gemba nada mais é do que o exercício do papel de
auxiliador que líderes e gestores têm.
Ela concentra e permite a imersão do gestor no mundo real. Naquele lugar onde
coisas importantes realmente acontecem. Onde se cria ou não valor para o
cliente.