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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

DISCIPLINA: TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA

PROFESSOR: DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR

SEMESTRE: 2018.1 CARGA HORÁRIA: 60 horas CRÉDITOS: 04

PLANO DE CURSO

TEMÁTICA E OBJETIVOS: O curso está estruturado em torno da discussão de


conceitos fundamentais quando se trata de pensar a relação entre história e espaço. A
partir da discussão destes conceitos os alunos serão levados a entrar em contato com
diferentes matrizes teóricas e distintas formas de abordagens presentes
contemporaneamente no campo historiográfico. Ao invés de organizarmos o curso
através da revisão das clássicas correntes teóricas e metodológicas da história, vendo-as
em abstrato e tratando-as desligadas das preocupações que norteiam a área de
concentração do PPGH, resolvemos revisitá-las a partir da discussão de uma
bibliografia básica para o Programa e fundamental para o desenvolvimento dos futuros
trabalhos dos alunos que cursarem a disciplina. O objetivo do curso será, portanto, o de
debater as diferentes correntes teóricas e metodológicas da historiografia
contemporânea, a partir da discussão de conceitos que são nucleares para se pensar a
relação entre história e espaço, além da discussão desta própria relação, da historicidade
dos espaços e de como se pode tratá-la de formas distintas, usando diferentes aportes
teóricos e diferentes abordagens e metodologias e com o uso de distintos tipos de fontes.

ESTRUTURA E BIBLIOGRAFIA: Cada sessão está estruturada em torno de um


conceito a ser debatido. Para cada uma destas sessões foram selecionados textos que
representam distintas formas de abordagem do objeto historiográfico escolhido, que
utilizam diferentes tipos de fontes, que representam tradições historiográficas e
filosóficas distintas. Em cada sessão as discussões girarão em torno do conceito em
questão, mas também em torno dos pressupostos teóricos, da(s) corrente(s)
historiográfica(s) representada(s) na bibliografia proposta. Pede-se aos alunos que ao
lerem os textos o façam buscando encontrar a conceituação para a categoria que está
sendo discutida, mas também prestando atenção em que corrente teórica se apóia o
texto, trazendo para a sala de aula, informações complementares sobre este tipo de
abordagem (por exemplo, se o texto se apóia nas concepções dos Annales, a aula
também discutirá esta corrente teórica, pede-se que os alunos pesquisem sobre suas
concepções e características para facilitar o debate). Cada sessão será comandada por
dois alunos que ficarão responsáveis por introduzir a discussão, mas não será feita uma
longa apresentação, o fundamental é que haja debate. Far-se-á a discussão buscando ver
as semelhanças e diferenças entre os autores quando se trata de pensar o conceito em
discussão, por pertencerem a tradições historiográficas diversas.

1ª sessão: A natureza do espaço e o espaço da natureza.

Textos: SANTOS, Milton. A natureza do espaço. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2009
(Introdução e Primeira Parte, p. 17-112)

THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988
(Introdução, Capítulos IV e V, p. 15-20, 170-287)

2ª sessão: A produção do espaço e o espaço da produção.

Textos: LEFBVRE, Henri. La producción del espacio. Madrid: Capitán Swing Libros,
2013 (Capítulos 2 e 5, p. 125-216, 329-384)

HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005


(Capítulos II e IV, p. 41-74, 127-162).

3ª sessão: A formação do espaço e o espaço em formação.

Textos: MOREYRA, Ruy. Formação espacial brasileira: uma contribuição crítica à


geografia do Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2012 (Introdução e Capítulos 1 a 6,
p. 7 a 164)

MORAES, Antônio Carlos Robert. Território e história no Brasil. 2 ed. São Paulo:
Annablume, 2005 (Capítulos IV, V e VI, p. 61-104)

4ª sessão: A invenção do espaço e espaços de invenção.

Textos: FARINELLI, Franco. A invenção da terra. São Paulo: Phoebus, 2012.


O’GORMAN, Edmundo. A invenção da América. São Paulo: Unesp, 1992 (Terceira
Parte, p. 97-180).

5ª sessão: A reinvenção do espaço e espaços reinventados.

Textos: SANTOS, Douglas. A reinvenção do espaço. São Paulo: Unesp, 2002


(Introdução, Capítulos 4 e 5, p. 13-33, 117-188).

MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. São Paulo:
Bertrand Brasil, s/d (Partes três e cinco, p. 97-156, 211-274).

6ª sessão: A poética do espaço e os espaços poéticos.

Textos: BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993
(Introdução, Capítulos I e II, VIII, IX e X, p. 1-86, 189-242).

BRANDÃO, Luís Alberto. Teorias do espaço literário. São Paulo: Perspectiva; Belo
Horizonte: Fapemig, 2013 (Parte I, Capítulo 2, p. 47-72).

PEREC, Georges. Especies de espacios. Madrid: Montesinos, s/d (Introducción e


Capítulo 13: El espacio, p. 9-22, 121-140).

7ª sessão: O imaginário dos espaços e os espaços imaginados.

Textos: ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas, São Paulo: Companhia das


Letras, 2008 (Introdução, Capítulos 1, 2, 5, 7, 9 e 10, p. 26-83, 127-162, 199-215, 256-
280).

ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. The Invention of the Brazilian Northeast.
Duham and Lonndon: Duke University Press, 2014 (Introduction, Chapter two: Spaces
of Nostalgia, p. 1-14, 36-130).

8ª sessão: O espaço crítico e a crítica dos espaços.

Textos: VIRILIO, Paul. O espaço crítico. São Paulo: Editora 34, 1993 (Capítulos 1 a 3,
p. 7-80).

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano 2: morar, cozinhar. Petrópolis: Vozes,


1996 (Capítulos I, III, IV, VI, VIII e IX, p. 37-45, 70-130, 150-165, 189-207).

9ª sessão: Topografias e lugares.


Textos: TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Londrina: Eduel,
2013 (Capítulos 1, 6, 7, 8, 9, 12 e 13, p. 11-16, 89-167, 199-218).

RAVETTI, Graciella, CURY, Maria Zilda e ÁVILA, Myriam (orgas.). Topografias das
culturas: representação, espaço e memória. Belo Horizonte: Ufmg, 2009. (Capítulos 1 a
3 e 12, p. 11-62, 167-178).

10ª sessão: Hiperespaços e Não-lugares.

Textos: WERTHEIM, Margaret. Uma história do espaço: de Dante à internet. Rio de


Janeiro: Jorge Zahar, 2001 (Capítulos 4-6, p. 115-184).

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. 4 ed.


Campinas: Papirus, 1994 (Capítulos 2 e 3, p. 43-106).

11ª sessão: Heterotopias, Distopias e Instituições totais.

Textos: FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: N-1


Edições, 2013 (Capítulo 2, p. 19-32).

PAVLOSKI, Evanir. 1984: a distopia do indivíduo sob controle. Ponta Grossa: EUPG,
2014 (Introdução, Capítulo 1, p. 1-9, 62-152)

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 2008


(Introdução e Parte I, p. 11-108).

12ª sessão: O corpo do espaço e o espaço do corpo.

Textos: HAROCHE, Claudine. Da palavra ao gesto. Campinas: Papirus, 1998


(Capítulos 3 a 6, p. 51-112).

GARCIA, Wilton. Corpo & Espaço: estudos contemporâneos. São Paulo: Factash
Editora, 2009, (Capítulos 3, 4 e 10, p. 45-72, 171-192)

13ª sessão: A paisagem como acontecimento e o acontecimento da/na paisagem.

Textos: VIRILIO, Paul. Uma paisaje de acontecimentos. Barcelona: Paidós, 1997


(Advertencia de passo, da Primera a la Tercera Parte, p. 11-60)

SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996
(Introdução e Quarta Parte, p. 13-32, 513-573)
14ª sessão: História e Espaços.

Textos: KOSELLECK, Reinhart. Espaço e história. In: Estratos do tempo: estudos


sobre a história. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2014, p. 73-90.

CORBIN, Alain. O território do vazio. São Paulo: Companhia das Letras, 1989
(Prefácio e Capítulo 1, p. 7-68)

SAID, Edward. Orientalismo: o oriente como invenção do Ocidente. São Paulo:


Companhia das Letras, 1990 (Introdução e Parte 1, p. 13-82).

15ª sessão: História e Espaços.

Textos: FEBVRE, Lucien. Os temas do Reno. In: O Reno: história, mitos e realidades.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 69-96.

BLOCH, Marc. Os regimes agrários. In: A terra e seus homens. São Paulo: Edusc, 2001,
p. 127-172.

WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade na história e na literatura. São Paulo:


Companhia das Letras, 1989 (Capítulos 1 a 5, p. 11-79).

Avaliação: Os alunos que cursarem a disciplina serão avaliados ao final do curso a partir
de quatro instrumentos: a assiduidade, presença nas sessões que compõem o curso (nota
de 0 a 10); a entrega de anotações de cada leitura realizada ao final de cada aula (notas
de 0 a 10); a apresentação do texto pelo qual ficou responsável, com a entrega da
proposta de apresentação e discussão (notas de 0 a 10); a redação de um trabalho final
em que consiga articular o seu objeto de trabalho com a discussão de alguns conceitos e
de algumas obras da bibliografia discutida na disciplina (notas de 0 a 10). As notas serão
somadas e divididas por quatro, e a média transformada em conceito conforme os
valores expressos na Resolução que rege a Pós-Graduação na UFRN.

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