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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AO PATRIMÔNIO MATERIAL
LINHA DE TRANSMISSÃO 345 kV ITUTINGA – BARRO BRANCO
JUNHO DE 2018
Elaborado para:
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
Brasília – DF
Elaborado por:
Biodinâmica Rio Engenharia Consultiva Ltda.
Rio de Janeiro – RJ
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 1
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ........................................................... 6
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 7
3. EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................... 8
3.1 INDICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ................................................................................ 8
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................... 9
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................ 9
4.1.1 OBJETIVO ........................................................................................................... 10
4.1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 10
4.1.3 LOCALIZAÇÃO ..................................................................................................... 11
4.2 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DIRETAMENTO AFETADA (ADA) E DA ÁREA DE
INFLUÊNCIA DIRETA (AID) ......................................................................................... 18
4.2.1 LOCALIZAÇÃO PROPOSTA E ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO EMPREENDIMENTO ................... 19
4.2.2 INTERFERÊNCIAS DA AID E/OU ADA E/OU ELEMENTOS COMPLEMENTARES COM OS BENS
MATERIAIS ACAUTELADOS E SUAS POLIGONAIS DE ENTORNO, QUANDO EXISTENTE ................. 22
4.2.3 PERCURSOS VIÁRIOS PREFERENCIAIS PARA ACESSO AO EMPREENDIMENTO, RELACIONANDO‐OS
AOS BENS MATERIAIS ACAUTELADOS .......................................................................... 22
4.2.4 ÁREAS DE CANTEIRO DE OBRAS E BOTA‐FORA (POR MUNICÍPIO) E DOS PERCURSOS VIÁRIOS
PREFERENCIAIS PARA ACESSO A ESSAS ÁREAS E SUA SITUAÇÃO EM RELAÇÃO AOS BENS MATERIAIS
ACAUTELADOS ..................................................................................................... 23
5. CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DO PATRIMÔNIO MATERIAL
EXISTENTE NA AID .......................................................................................23
5.1 DESCRIÇÃO DAS LOCALIDADES ................................................................................. 24
5.1.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA ........................................................................... 24
5.1.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS ................................................................................... 27
5.2 DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS BENS E DE SUA INTERAÇÃO COM O MEIO ....................... 30
i
5.2.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA > CONJUNTO FERROVIÁRIO ....................................... 30
5.2.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS > IMAGEM DE SANT’ANA .................................................. 31
5.3 DIAGNÓSTICO DE BENS CULTURAIS DE NATUREZA MATERIAL ACAUTELADOS EM
ÂMBITO FEDERAL ..................................................................................................... 31
5.3.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA > CONJUNTO FERROVIÁRIO ....................................... 31
5.3.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS > IMAGEM DE SANT’ANA .................................................. 32
6. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE OS BENS .........32
6.1 APRESENTAÇÃO DO MÉTODO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS EM CAMPO E
INDICAÇÃO DE SISTEMAS DE SIMULAÇÃO DE IMPACTOS ......................................... 32
6.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES COM REGISTRO FOTOGRÁFICO PARA LEVANTAMENTO
DE INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS, APRESENTAÇÃO DE RELAÇÃO DE
CAUSA E EFEITO CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO E OS
IMPACTOS NA MATERIALIDADE DO BEM E NAS CONDIÇÕES DO MODO DE VIVER E DE
APROXIMAÇÃO DOS BENS CULTURAIS TOMBADOS/VALORADOS E DESCRIÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE IMPACTO POR BEM ..................................................... 34
6.2.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA > CONJUNTO FERROVIÁRIO ....................................... 34
6.2.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS > IMAGEM DE SANT’ANA .................................................. 41
7. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE DE IMPACTOS E PARA A
CONSERVAÇÃO DE BENS (DESCRIÇÃO DE MÉTODOS,
ATIVIDADES/OPERAÇÕES, INDICAÇÃO DE RECURSOS NECESSÁRIOS E
ESTIMATIVA DE CUSTO) ...............................................................................45
8. REFERÊNCIAS ...............................................................................................47
ANEXOS
I – DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DOS MUNICÍPIOS
II – CURRÍCULO LATTES DA EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE
RAIPM
III – MAPA DE BENS TOMBADOS E VALORADOS
IV – DOCUMENTAÇÃO REFERENTE AO STATUS DE CONSERVAÇÃO DA ESTAÇÃO
FERROVIÁRIA DE ENGENHEIRO CORREA
ii
APRESENTAÇÃO
O Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Material ‐ RAIPM, do projeto da Linha de
Transmissão (LT) 345 kV Itutinga – Barro Branco, aqui apresentado, foi elaborado com base na Instrução
Normativa ‐ IN nº 001, de 25 de março de 2015 (IPHAN, 2015) e nas instruções dadas no Ofício
nº106/2016/CNL/PRESI/IPHAN, de 14 de outubro de 2016, no qual foi emitido o Termo de Referência
Específico (TRE) para o empreendimento, através do processo 01450.010571/2016‐92.
O empreendimento alvo deste Relatório, a LT 345 kV Itutinga ‐ Barro Branco, possui uma proposta de
traçado de aproximadamente 211 km de extensão, interceptando os municípios mineiros de Itutinga,
Nazareno, Conceição da Barra de Minas, São João Del Rei, Ritápolis, Resende Costa, Entre Rios de Minas,
São Brás do Suaçuí, Jeceaba, Congonhas, Ouro Preto e Mariana. O projeto da LT interliga as Subestações
(SE’s) Itutinga, Jeceaba, Itabirito 2 e Barro Branco, todas já existentes.
Para que possa ser implementado, o empreendimento deverá passar pelas seguintes diferentes fases:
Inicialmente deverá passar pela aprovação da Licença Prévia (LP), requerida no início do estudo
de viabilidade;
Em seguida, aprovação da Licença de Instalação (LI), a qual deverá ser obtida antes da
construção do empreendimento; e
Por fim, aprovação da Licença de Operação (LO), a qual deverá ser obtida antes do início do
funcionamento do empreendimento.
Tendo em vista tais fases, esclarece‐se que este empreendimento se encontra na primeira fase de
aprovação, ou seja, o requerimento da LP que, por sua vez, relaciona‐se ao desenvolvimento de seu
projeto básico. Durante a elaboração do projeto básico para implantação da Linha de Transmissão,
informações complementares e detalhamentos ainda não estão definidos e são passíveis de adequações
julgadas necessárias, tais como a localização exata de suas torres, a proposição final do traçado, etc.
Dentre os processos de aprovação, inicialmente, há o processo administrativo junto ao órgão federal de
meio ambiente, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), nº
2001.001298/2016‐66, através do Núcleo de Licenciamento Ambiental (NLA) da Superintendência desse
órgão em Belo Horizonte (MG), o qual requer a Licença Prévia (LP) do empreendimento.
Nesse processo, a deliberação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão vinculado
ao Ministério das Minas e Energia (MME), em sua 160ª Reunião (de 08/10/2015) e com base na Nota
Técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) 0146/2015, de outubro de 2015, decidiu que a
competência para o licenciamento ambiental desse e dos demais empreendimentos do Lote A do Leilão
nº 005/2015 seria da União. Tal decisão foi embasada na possibilidade de tal empreendimento
comprometer a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético do Sistema Interligado
Nacional (SIN), conforme § 3º do Art. 3º do Decreto Federal nº 8.437 de 22/04/2015.
Ainda visando a aprovação do empreendimento, todas as Prefeituras Municipais dos municípios
interceptados pela LT Itutinga‐Barro Branco foram consultadas, tendo sido requeridas emissões de
1
declarações de conformidade ambiental do empreendimento. Do total de 12 municípios mineiros, onze
já concederam o referido documento (Anexo I deste documento), quais sejam: Itutinga, Nazareno,
Conceição da Barra de Minas, São João Del Rei, Ritápolis, Resende Costa, Entre Rios de Minas, São Brás
do Suaçuí, Jeceaba, Congonhas e Mariana, faltando apenas o município de Ouro Preto. Para esse
município, tramites específicos estão em andamento. Vale destacar que o procedimento de submissão à
aprovação dos estudos nos órgãos competentes não elimina a importância de discussão junto às
comunidades afetadas pelos impactos advindos da implantação da Linha de Transmissão 345 kV
Itutinga‐Barro Branco.
É importante pontuar que a proposta de traçado em processo de licenciamento junto ao IBAMA,
encontra‐se também em análise junto ao Município de Ouro Preto/MG, tendo em vista que o Município
apresenta uma legislação especifica para emissão de anuência de implantação do empreendimento. Nos
estudos elaborados para apresentação ao ente municipal responsável, a saber Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV) e Estudo Prévio de Impacto no Patrimônio Cultural (EPIC), foram identificados pontos
de conflito com referentes aos critérios de avaliação previstos pelo município. Uma nova locacional nos
pontos conflitantes nos Distritos de Engenheiro Corrêa e na localidade de Chapada está em
desenvolvimento, mas ainda sem definição. Ainda assim, essas alternativas em estudo e avaliação junto
ao Município não alteram a análise referente aos bens materiais tombados em nível federal.
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Torres projetadas para LT 345 kV Itutinga – Barro Branco ............................................................ 9
Figura 2: Municípios interceptados pela LT ................................................................................................ 11
Figura 3: Municípios interceptados pela LT com destaque para a AID ....................................................... 19
Figura 4: Alternativas locacionais das LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. ................................................. 21
Figura 5: Mapa do distrito de Engenheiro Corrêa com destaque para a AID e o núcleo urbano. .............. 26
Figura 6: Mapa do distrito de Lavras Novas com destaque para a AID e o núcleo urbano. ....................... 28
Figura 7: Trecho em que a LT intercepta o núcleo urbano de Chapada. Com destaque para a
localização das cachoeiras e da Capela de Sant’ana. ................................................................... 29
Figura 8: Vista geral de Engenheiro Corrêa, com destaque para a Estação Ferroviária de Engenheiro
Corrêa e a simulação da localização da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco ................................ 34
Figura 9: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a
LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, que demonstra que a Estação estaria,
aproximadamente, na cota 964 m ............................................................................................... 35
Figura 10: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a
LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, que demonstra que o ponto mais alto entre as duas
extremidades estaria, aproximadamente, na cota 1.022 m ........................................................ 35
Figura 11: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a
LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, que demonstra que a Estação estaria,
aproximadamente, na cota 964 m ............................................................................................... 36
Figura 12: Simulação do local proposto para implantação da a LT 345 kV Itutinga – Barro Branco,
inserida no perfil do terreno. Destaca‐se que o local das torres aqui apresentado foi
locado hipoteticamente pois, na atual fase do licenciamento (prévio), contando apenas
com o projeto básico, ainda não há uma definição dos locais destas estruturas ....................... 36
Figura 13: Vista geral do subdistrito de Chapada, com a localização da Capela de Sant’Anna e da
proposta de traçado da LT ........................................................................................................... 41
Figura 14: Corte esquemático – núcleo urbano de Chapada em relação com torre da LT Observa‐se a
proximidade da LT com a Capela e as edificações residenciais do entorno ................................ 42
3
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Municípios interceptados pela LT. Características das estruturas da LT. ................................. 10
Quadro 2: Municípios interceptados pela LT. ............................................................................................ 11
Quadro 3: Localização dos canteiros da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. ............................................. 12
Quadro 4: Variáveis de análise para alternativas locacionais com destaque variável de interferência no
Patrimônio Histórico Material. ................................................................................................. 20
Quadro 5: Alternativas de traçado para a LT. ............................................................................................ 22
Quadro 6: Bens acautelados pelo IPHAN inseridos na AID do empreendimento. .................................... 23
Quadro 7: Listagem completa dos bens reconhecidos pelo Poder Público no distrito de Engenheiro
Corrêa ....................................................................................................................................... 26
4
LISTA DE FOTOS
Foto 1: Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa. ................................................................................... 25
Foto 2: Núcleo urbano de Engenheiro Corrêa. .......................................................................................... 25
Foto 3: Vista da fachada frontal da principal edificação da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa,
dentro da AID. A da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco estaria passando à direita, nesta foto,
conforme indicação da seta branca pontilhada e não estaria visível neste ponto de visada ....... 37
Foto 4: Vista da Caixa D´Água, bem integrado à Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, localizada na
parte posterior desta, dentro da AID. A Linha de Transmissão Itutinga‐Barro Branco estaria
passando à direita, nesta foto, conforme indicação da seta e não estaria visível neste ponto de
visada ............................................................................................................................................. 37
Foto 5: Vista da fachada frontal da Fazenda do Juquinha, próxima à Estação Ferroviária de Engenheiro
Corrêa, dentro da AID. A marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento
do traçado da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, que não estaria visível a partir deste ponto de
visada ............................................................................................................................................. 38
Foto 6: Vista da fachada frontal da Casa de Dona Claudia Jane, localizada próximo à Estação Ferroviária
de Engenheiro Corrêa, dentro da AID ........................................................................................... 38
Foto 7: Vista da Rua da Estação, através da qual acessa‐se a esplanada da Estação Ferroviária. Em
primeiro plano está a Casa de Dona Claudia Jane, dentro da AID. A marcação, em círculo branco
pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco, que
não estaria visível a partir deste ponto ......................................................................................... 39
Foto 8: Edificação à Rua da Estação, 63, próximo à Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, dentro da
AID. A marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT
345 kV Itutinga–Barro Branco, que não estaria visível a partir deste ponto ................................ 39
Foto 9: Vista da fachada posterior da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, dentro da AID. A
marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT 345 kV
Itutinga–Barro Branco, que não estaria visível a partir deste ponto ............................................ 40
Foto 10: Vista da fachada frontal da Capela de Sant’Ana, localizada no subdistrito de Chapada, distante
cerca de 230 m da proposta de traçado da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o
direcionamento do traçado da LT ................................................................................................. 41
Foto 11: Cruzeiro, ambos localizados no subdistrito de Chapada. Percebe‐se a interferência da LT a uma
distância de cerca de 230 m do núcleo do povoado (ver corte esquemático acima) ................... 42
Foto 12: Vista a partir da Praça de Chapada, distante cerca de 230 m da proposta de traçado da LT 345
kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o direcionamento do traçado da LT ............................ 42
Foto 13: Vista a partir da Praça de Chapada, distante cerca de 230 m da proposta de traçado da LT 345
kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o direcionamento do traçado da LT ............................ 43
Foto 14: Vista da fachada posterior da Igreja de Sant’Ana, no subdistrito de Chapada, distante cerca de
230 m da proposta de traçado da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o
direcionamento do traçado da LT ................................................................................................. 43
5
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
a. Razão Social: Mantiqueira Transmissora de Energia S.A.
b. CNPJ: 24.176.892/0001‐44
c. Inscrição Estadual: 87.099.024
d. Dados para correspondência: Avenida Presidente Wilson, 231 – Sala 1004 – CEP: 20.030‐021 –
Centro – Rio de Janeiro/RJ
e. Telefone: (21) 2101‐9900
f. Representante Legal: Antônio Lisboa Salles Neto
E‐mail: alisboan@cymimasa.com
Pessoa de Contato: Isabela Antunes Mendes Monteiro
Telefone: (21) 2101‐9919
E‐mail: iantunesm@cymimasa.com
6
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
a. Nome do Empreendimento
Linha de Transmissão (LT) 345kV Itutinga – Barro Branco
b. Localização do Empreendimento
O empreendimento alvo deste Relatório, a LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, possui uma proposta de
traçado de aproximadamente 211 km de extensão, interceptando os seguintes municípios mineiros:
Itutinga;
Nazareno;
Conceição da Barra de Minas;
São João Del Rei;
Ritápolis;
Resende Costa;
Entre Rios de Minas;
São Brás do Suaçuí;
Jeceaba;
Congonhas;
Ouro Preto;
Mariana.
O projeto da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco interliga as Subestações (SE’s) Itutinga, Jeceaba, Itabirito
2 e Barro Branco, todas já existentes.
7
3. EQUIPE TÉCNICA
3.1 INDICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS:
Razão Social: Biodinâmica Rio Engenharia Consultiva Ltda.
CNPJ: 07.864.232/0001‐37
Endereço: Rua México no – 3º andar – CEP: 20.031‐144 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2240‐2645
E‐mail: central@biodinamica.bio.br
Representante Legal: Edson Nomiyama
E‐mail: edson@biodinamica.bio.br
Pessoa de Contato: Marcos José Jardim Guabiroba
Telefone: (21) 2524‐5699 ‐ ramal 215
E‐mail: marcos@biodinamica.bio.br
Por sua vez, a equipe técnica responsável pela elaboração deste RAIPM foi composta pelos profissionais
listados abaixo, com breve descrição de suas áreas de formação e atuação profissional.
O currículo Lattes da equipe está apresentado no Anexo II deste documento.
Sarah Floresta Leal (Currículo Lattes anexado ao final deste RAIPM)/Coordenadora
RG: MG 13.250.256
CAU/MG: A65165
Paulo Augusto de Carvalho Campos (Currículo Lattes anexado ao final deste RAIPM)
RG: MG 12.913.492
CAU/MG: A60370
Marcela Maciel Santana (Currículo Lattes anexado ao final deste RAIPM)
RG: MG 15.167.568
CAU/MG: A58459‐2
Camila Souza Lopes (Currículo Lattes anexado ao final deste RAIPM)
RG: MG 13256662
CAU/MG: A60309‐0
Wander Cabral Gomes
RG: MG 13.250.652
CAU/MG: A58457‐6
8
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento em questão se refere a implantação de uma linha de transmissão e ampliações de
subestações existentes, que constitui parte do Lote A do Leilão de nº 005/2015, promovido pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 18/11/2015. O referido lote foi arrematado pelo Consórcio
CYMI/LINTRAN que, posteriormente, constituiu a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Mantiqueira
Transmissora de Energia S.A., responsável pela construção, operação e manutenção, por 30 anos, a
partir da data da assinatura do Contrato de Concessão, 03 de junho de 2016.
O projeto para implementação deste empreendimento encontra‐se na primeira fase de aprovação, ou
seja, o requerimento da Licença Prévia (LP) que, por sua vez, relaciona‐se ao desenvolvimento de seu
projeto básico. Nesta fase não estão definidas as localizações exatas de implantação de seus elementos
de engenharia. Considerando a proposta de traçado em estudo (projeto básico), estão previstas 420
torres para a extensão total da LT 345 kV Itutinga ‐ Barro Branco, que terão distância média de 500
metros entre si e altura média das estruturas de cerca de 40 metros. As torres em estudo – cujas
especificações e silhuetas estão apresentadas na Figura 1, a seguir – consideram uma faixa de servidão
de 48 metros de largura.
Serão implantados dois tipos de torres: autoportantes e estaiadas. Estima‐se, ainda, que as torres
autoportantes demandarão, em média, uma área bruta de 35 metros x 35 metros (resultando ao
equivalente a 1.225 m²) para a instalação, incluindo uma faixa de 5 metros no entorno da estrutura para
fins de manobras dos veículos das obras.
Figura 1: Torres projetadas para LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
Fonte: BIODINÂMICA RIO, 2016.
Para montagem das torres estaiadas será demandada a abertura de uma área no centro do alinhamento
que possibilite o recebimento e armazenamento dos materiais constituintes de sua estrutura, além da
movimentação de um veículo com um guindaste acoplado para o içamento da haste principal.
Embora os estais venham a ser afixados na área limite da faixa, isso não significa que em áreas cobertas
por vegetação arbórea nativa toda a vegetação da praça da torre venha a ser suprimida de forma
9
indiscriminada. Estima‐se que sejam necessários 1.072 m² para a instalação desse tipo de estrutura. Em
áreas de maior sensibilidade ambiental e se comprovadamente for necessário, como nas Áreas de
Preservação Permanente (APP’s), as torres estaiadas poderão vir a ser montadas de forma manual, para
evitar o uso de guindaste e reduzir a área de supressão de vegetação.
Quadro 1: Municípios interceptados pela LT. Características das estruturas da LT.
Característica Descrição
Extensão (km) 210,55
Largura (m) e área (ha) da faixa de
servidão 48/1.010,6
Largura da faixa de serviço (m) 4,0
Tipos de estruturas (torres) Estaiada e Autoportante
Nº total de estruturas 420
Altura média das estruturas (m) 39,5
Distância média entre as torres (m) 500
Nº de cabos para‐raios ao longo da LT 2
CAA 176,9 kCM DOTTEREL e OPGW 15,60 mm (24 FO), próximo às
Tipos de Cabo Para Raios SEs e Aço 3/8” EAR, OPGW 12,40mm (24 FO), nos demais trechos da
LT em estudo.
Fonte: Biodinâmica (2017).
4.1.1 OBJETIVO
A LT 345 kV Itutinga–Barro Branco tem como principal objetivo o desenvolvimento regional através do
aumento da capacidade de transmissão de energia e reforço da região da Mantiqueira, no Estado de
Minas Gerais, além integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN) que por sua vez, tem por finalidade:
“[...] transmitir e ampliar a oferta de energia da Rede Básica, de tal forma que
não se verifiquem mais naquela região, como atualmente, sobrecargas acima
dos limites de emergência na malha de distribuição em contingências na
mencionada Rede Básica ou, como especifica a EPE, o critério N‐1, já citado,
deixe de ocorrer, além de minorar os impactos em termos de confiabilidade de
atendimento à área do Espírito Santo.” (BIODINÂMICA, 2017, p. 1.4‐18)
4.1.2 JUSTIFICATIVA
Segundo os estudos1 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as instalações existentes para
suprimento de energia elétrica à região da Mantiqueira vêm se mostrando insuficientes, necessitando
assim, de reforços na Rede Básica, os quais serão viabilizados através da implantação da LT 345 kV
Itutinga ‐ Barro Branco.
1
Estudos para a Licitação da Expansão da Transmissão; Análise Técnico‐Econômica de Alternativas, quais sejam, o Relatório R1
e o Estudo de Atendimento à Região Mantiqueira do Estado de Minas Gerais (Nº EPE‐DEE‐RE‐025/2014‐ ver. 0; Data: 31 de
Janeiro de 2014).
10
4.1.3 LOCALIZAÇÃO
A Linha de Transmissão 345 kV Itutinga‐Barro Branco apresenta extensão total de 210.55 km, na região
da Mantiqueira de Minas Gerais, atravessando parcialmente as áreas de doze municípios: Itutinga,
Nazareno, Conceição da Barra de Minas, São João Del Rei, Ritápolis, Resende Costa, Entre Rios de Minas,
São Brás do Suaçuí, Jeceaba, Congonhas, Ouro Preto e Mariana (ver Figura 2).
Figura 2: Municípios interceptados pela LT
Fonte: Google Earth – modificado pelos autores.
A proposta interligará as SE’s Itutinga, Jeceaba, Itabirito 2 e Barro Branco, já existentes. O Quadro 2
apresenta a extensão da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco em cada um dos doze municípios.
Quadro 2: Municípios interceptados pela LT.
Item Município Extensão (km) %
1 Itutinga 0,65 0,31
2 Nazareno 9,90 4,70
3 Conceição da Barra de Minas 20,79 9,87
4 São João Del Rei 1,10 0,52
5 Ritápolis 22,82 10,84
6 Resende Costa 21,43 10,18
7 Entre Rios de Minas 20,70 9,83
8 São Brás do Suaçuí 10,33 4,91
9 Jeceaba 6,67 3,17
10 Congonhas 21,16 10,05
11 Ouro Preto 60,27 28,63
12 Mariana 14,73 7,00
TOTAL 210,55 100,00
Fonte: EIA/RIMA – BIODINÂMICA, 2017
11
Conforme será apresentado, foram avaliadas três alternativas locacionais, sendo que o trecho em
estudo neste relatório contempla em grande parte de seu percurso o paralelismo com a linha de
transmissão existente na região, a LT 345 kV Ouro Preto II ‐ Barro Branco (Furnas), a fim de minimizar os
impactos gerados pela nova LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
Os canteiros deverão ser estrategicamente distribuídos ao longo do traçado, com a finalidade de
minimizar o deslocamento dos efetivos de pessoal e equipamentos nas frentes de trabalho, priorizando
locais que causem o mínimo de impactos ambientais às comunidades lindeiras. Os canteiros principais e
de apoio para a implantação, a princípio, serão localizados conforme o Quadro 3.
Quadro 3: Localização dos canteiros da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
Item Município Tipo
1 Itutinga Canteiro SE Itutinga
2 Rezende Costa Canteiro Principal da LT
3 Jeceaba Canteiro da SE Jeceaba
4 Congonhas Canteiro de Apoio
5 Ouro Preto Canteiro da SE Itabirito 2
6 Ouro Preto/Santo Antônio do Leite Canteiro de Apoio
7 Ouro Preto/Santo Antônio do Salto Canteiro de Apoio
8 Mariana Canteiro da SE Barro Branco
Fonte: EIA/RIMA‐ BIODINÂMICA (2017).
Tendo em vista que o empreendimento objeto deste relatório se encontra na fase de requerimento da
LP, não está definido ou detalhado o cronograma físico das ações do empreendimento. Nesse
momento, há apenas a previsão de que as atividades de implantação do projeto levarão cerca de 20
meses para conclusão.
Apresenta‐se, a seguir, a caracterização geral da área atravessada pela LT, por trecho e por município.
Trecho Itutinga – Jeceaba
O primeiro trecho da LT, entre as SEs Itutinga e Jeceaba, atravessará o território de 9 (nove) municípios
do Estado de Minas Gerais: Itutinga, Nazareno, Conceição da Barra de Minas, São João Del Rei, Ritápolis,
Resende Costa, Entre Rios de Minas, São Brás do Suaçuí e Jeceaba.
1. Km 0 ao Km 0,9 (V‐03) – municípios de Itutinga e Nazareno
No trecho inicial do traçado da futura LT, foram identificadas: duas vilas residenciais situadas no entorno
da SE Itutinga (Km 0), a Vila de FURNAS (23k 538.225 E/7.644.932 S) e a Vila da CEMIG (23k 538798
E/7645142 S), que compõem a área urbana do município de Itutinga; e o Bairro Santa Mônica (23k
538.251 E/7.645.684 S), situado à esquerda da futura LT, às margens do Rio Grande, já no município de
Nazareno. Também foram identificadas duas casas situadas à esquerda da futura LT (23k 538.201
E/7.645.058 S, na altura do Km 0,1, e 23k 538.202 E/7.645.542 S, no Km 0,5). As áreas de pastagens
dessas propriedades deverão ser interceptadas pelo empreendimento.
12
Entre o Km 0,1 (V‐01) e o Km 0,3 (V‐02), a futura LT deverá atravessar um pequeno trecho de mata em
estágio de regeneração. Nesta área, ocorreu a extração de brita (antigo “britador” da Usina Hidrelétrica
(UHE) de Itutinga (23k 538.289 E/7.645.114 S). Em seguida, a futura LT deverá atravessar o rio Grande
(23k 538.468 E/7.645.416 S), em um trecho com uma pequena ilha, à jusante da barragem da UHE de
Itutinga.
2. Km 0,9 (V‐03) ao Km 10,6 – município de Nazareno
No trecho entre o Km 0,9 (V‐03) e o Km 10,6 (divisa intermunicipal de Nazareno e Conceição da Barra de
Minas), foi observado o predomínio de áreas de pastagens, intercaladas por pequenos fragmentos de
matas (inclusive matas ciliares) e pequenas lavouras de milho, cana e capim, culturas destinadas à
alimentação das criações de gado bovino leiteiro, características marcantes em pequenas propriedades
rurais, com mão de obra familiar.
Entre o Km 4,3 e o Km 4,5 e o Km 4,8 e o Km 5,1 (próximos ao V‐04), e o entre o Km 8,0 e o Km 8,4, a
futura LT deverá interceptar fragmentos de mata preservados. Importante destacar que, próximo ao
cruzamento da futura LT com a Rodovia BR‐265 (23k 539.945 E/7.646.457 S), foram observadas duas
construções próximas ao traçado: uma casa em construção (23k 539.906 E/7.646.322 S), a cerca de 80m
(lado direito); e uma casa (23k 540.085 E/7.646.613 S), a 50m (lado esquerdo). Segundo Biodinâmica
(2017), as propriedades encontravam‐se com as porteiras fechadas, não sendo possível a realização da
entrevista com seus proprietários e/ou encarregados.
No entorno do rio Grande e dos reservatórios das UHEs de Itutinga e Camargos, são comuns os sítios e
ranchos de pescaria de fim de semana, como o Sítio Pontal do Lago (23k 539.340 E/7.645.891 S), na
altura do Km 1,5, e a cerca de 155m do traçado da LT. No entanto, durante os dias de semana, essas
propriedades encontram‐se fechadas, sem moradores fixos, inclusive caseiros.
3. Km 10,6 ao Km 32,4 – Municípios de Conceição da Barra de Minas e São João Del Rei
No trecho entre o Km 10,6 e o Km 32,4, além de áreas de pastagens e de lavouras de milho destinadas à
criação de gado bovino leiteiro – semelhantes ao segmento anterior – no território municipal de
Conceição da Barra de Minas e São João Del Rei, também foram observadas lavouras de café, que
deverão ser interceptadas pelo empreendimento, entre o Km 10,7 e o Km 11,4, e entre o Km 12,2 e o
Km 13,3 (Fazenda dos Forros).
Foram observados pequenos trechos de mata, entre o Km 15,3 e o Km 30,0, que deverão ser
interceptados pelo traçado da futura LT. Também merece menção uma área de silvicultura (cultivo de
eucaliptos), que deverá ser interceptada pela futura LT, entre o Km 21,0 e o Km 21,4. Entre o Km 24,9 e
o Km 28,5, a futura LT deverá atravessar uma área composta por pastagens e fragmentos de mata;
nesse trecho, não foram observadas ocupações humanas próximas ao empreendimento.
Entre o Km 31,0 e o Km 32,1, a futura LT atravessará o território municipal de São João Del Rei, ainda em
área pertencente à Fazenda Caburu. Em seguida, o empreendimento voltará a percorrer cerca de 450m
em áreas de mata ciliar (rio das Mortes) e de pastagens (entre o Km 32,1 e o Km 32,4 da futura LT),
pertencentes ao município de Conceição da Barra de Minas.
13
4. Km 32,4 ao Km 97,4 – Municípios de Ritápolis, Resende Costa e Entre Rios de Minas
No trecho entre o Km 32,4 e o Km 97,4, a futura LT atravessará predominantemente áreas de
silvicultura (cultivos de eucaliptos), intercaladas por áreas de pastagens, lavouras de milho – destinadas
à produção de silagem para o rebanho bovino – e fragmentos de mata. Foram observadas áreas de
cultivo de eucaliptos mescladas com a mata (regenerada), o que pode ser justificado pela explicação
apresentada por alguns produtores rurais, em relação ao baixo valor de mercado do eucalipto e seus
produtos. Os fragmentos de mata que deverão ser interceptados pela futura LT estão compreendidos
entre o Km 32,8 e o Km 96,3, de forma não contínua.
Quanto às áreas de lavouras de milho, citam‐se: entre o Km 54,4 e o Km 55,1 (ponto de travessia do
ribeirão Santo Antônio, na divisa entre Ritápolis e o município de Resende Costa), e entre o Km 58,9 ao
Km 59,4, entre o Km 77,0 e o Km 77,5 (no entorno do vértice V‐10), entre o Km 80,5 e o Km 81,5, e entre
o Km 89,6 e o Km 89,8 (área de lavoura mecanizada, com uso de colheitadeiras, na Fazenda Cayuaba).
Também foi observada uma área de lavoura de soja, entre o Km 69,3 e o Km 70,6 da futura LT.
Na estrada de acesso (não pavimentada) às localidades identificadas na presente pesquisa, foram
observados alguns balneários muito utilizados pela população de Ritápolis, sobretudo nos finais de
semana e feriados, como a Cachoeira do Jaburu (23k 567.491 E/7.674.162 S) e o Balneário Cachoeira
(23k 566.167 E/7.672.226 S), na área da Fazenda Cachoeira. Essas áreas requerem maior atenção,
sobretudo no período construtivo do empreendimento, a fim de evitar interferências nas áreas de lazer
da população.
5. Km 97,4 ao Km 106,5 – Municípios de São Brás do Suaçuí e Jeceaba
No segmento entre o Km 97,4 e o Km 106,5, o traçado da futura LT deverá atravessar
predominantemente áreas de pastagens intercaladas por fragmentos de mata, no território dos
municípios de São Brás do Suaçuí e Jeceaba. Em alguns povoados, na área rural de São Brás do Suaçuí,
como Rio Abaixo e Ponte Pequena, foram observadas pequenas propriedades rurais, caracterizadas
como sítios de veraneio, destinadas ao lazer dos proprietários, que utilizam os sítios somente nos finais
de semana e feriados. Neste município, foram observados alguns fragmentos de mata, que deverão ser
interceptados pela futura LT, entre o Km 99,2 e o Km 104,2.
A partir da divisa intermunicipal entre São Brás do Suaçuí e Jeceaba (próximo ao vértice V‐13), o
empreendimento deverá atravessar uma Área de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal
(RL), compreendida entre o Km 105,3 e o Km 105,4 da futura LT, pertencente à empresa Vallourec
&Sumitomo Tubos do Brasil (VSB).
Na área do distrito industrial do município de Jeceaba, a LT deverá cruzar as linhas férreas da empresa
MRS (entre o Km 105,4 e o Km 105,6), e uma futura linha férrea projetada pela VSB (Km 105,9), que
possuirá cerca de 5 km de extensão. O empreendimento já foi aprovado pelo IBAMA, segundo as
informações prestadas pelos funcionários da VSB, entrevistados durante a pesquisa de campo.
Após atravessar a área da empresa, entre as estruturas de manutenção das locomotivas da MRS (lado
direito, Km 105,6, a 229m do traçado) e de pelotização, além do pátio de matérias‐primas e moega de
14
descarga da própria VSB (lado esquerdo, Km 105,8, a 336m do traçado), a futura LT ainda deverá cruzar
duas estradas pavimentadas (Km 106,0 e Km 106,3), uma área de mata nativa (entre o Km 106,0 e o Km
106,2 – vértice V‐14) e uma futura LT da mineradora Ferrous, que se encontra em fase de licenciamento
ambiental (Km 106,2 – entre os vértices V‐14 e V‐15). Segundo relataram os funcionários da VSB, a
futura LT interligará a SE Jeceaba à barragem da Ferrous (23k 609.355 E / 7.725.885 S). Em seguida, a
futura LT deverá apresentar paralelismo com a LT 345 kV Jeceaba ‐ Itabirito II (existente), até alcançar a
SE Jeceaba (CEMIG), na altura do Km 106,5.
Trecho Jeceaba – Itabirito II
1. Km 0 ao Km 7,8 – Municípios de Jeceaba e São Brás do Suaçuí
Na área do distrito industrial do município de Jeceaba, o traçado de saída da futura LT da SE Jeceaba,
localizada na área da empresa VSB, (já caracterizada no trecho anterior), deverá cruzar duas estradas
pavimentadas (Km 0,1 e Km 0,3). Na altura do Km 0,2 desse segmento, antes, portanto, do segundo
cruzamento, a futura LT deverá interceptar uma área destinada ao estacionamento das carretas, que
possui estrutura de detecção de radioatividade. Em seguida, entre o Km 0,7 e o Km 0,9 (lado direito), a
LT deverá se aproximar das instalações da área de apoio e infraestrutura da VSB (a 117m do traçado),
onde há rota de fuga, brigada de incêndio, centro médico (ambulatório), entre outras estruturas. Do
lado esquerdo, na altura do Km 0,9, a VSB pretende instalar seu futuro Centro Administrativo. Contudo,
de acordo com os funcionários da VSB entrevistados, não há previsão de quando acontecerá isso.
Na altura do Km 1,0 e do Km 1,5, deverão ocorrer mais dois cruzamentos com estradas pavimentadas na
área da VSB. Ressalta‐se que, entre esses dois cruzamentos, a futura LT deverá cruzar o gasoduto
GASMIG 1 (Km 1,3). Adiante, a LT deverá cruzar mais duas vezes o gasoduto (Km 1,6 e Km 1,7). Dando
prosseguimento ao traçado da futura LT, esta deverá atravessar um sítio arqueológico identificado pela
empresa de arqueologia Zanettini, de São Paulo, contratada pela VSB para o resgate/salvamento do
patrimônio arqueológico encontrado no local. O traçado deverá atravessar esse sítio, entre o Km 1,4 e o
Km 2,2 (vértice V‐02), de acordo com as informações obtidas com a equipe técnica de Meio Ambiente
da VSB.
Na altura do Km 1,6, o traçado da futura LT entrará na área rural do município de São Brás do Suaçuí,
devendo atravessar área composta por pastagens, inclusive o local onde se pretende instalar o futuro
distrito industrial, entre o Km 2,3 e o Km 3,7 (vértice V‐03). O projeto da Prefeitura Municipal de São
Brás do Suaçuí encontra‐se em fase de estudo pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de
Minas Gerais (CODEMIG).
A partir do Km 3,8, a LT retornará ao território municipal de Jeceaba, devendo cruzar, em sequência: a
faixa de dutos da Transpetro, composta pelos oledutos ORBEL I e ORBEL II e o gasoduto GASBEL (Km
4,0); estrada pavimentada (desativada), (Km 4,1); e as duas faixas da Rodovia Estadual MG‐155 (Km 4,2).
A partir desses cruzamentos, a LT voltará a percorrer a área rural dos municípios de São Brás do Suaçuí e
Jeceaba, atravessando áreas de pastagens intercaladas por fragmentos de mata (entre o Km 4,3 e o Km
4,7, e entre o Km 6,0 e o Km 7,0).
15
2. Km 7,8 ao Km 29,0 – Município de Congonhas
Neste trecho, a futura LT passará a atravessar predominantemente áreas de pastagens, em pequenas
propriedades rurais, caracterizadas como sítios e chácaras de veraneio destinadas ao lazer de seus
proprietários, que moram nos centros urbanos mais próximos, como Congonhas e Conselheiro Lafaiete.
Também foram observados extensos fragmentos de mata. A região é considerada a última fronteira de
especulação imobiliária, no município de Congonhas, seja por parte de sitiantes e chacareiros, que
buscam novas áreas de lazer, seja pela demanda das grandes empresas mineradoras – como a Vale, a
CSN/Namisa e a Gerdau –, que buscam as áreas verdes remanescentes para a criação de áreas de
preservação permanente (APPs), a fim de compensar os impactos socioambientais provocados por suas
atividades.
3. Km 29,0 ao Km 44,1 – Município de Ouro Preto
A partir da divisa intermunicipal de Congonhas e Ouro Preto (Km 29,0), a futura LT começará a
atravessar o território municipal de Ouro Preto, passando próximo a processos minerários pertencentes
a grandes mineradoras, e de alguns distritos e povoados, cuja população há algum tempo sofre com os
impactos socioambientais causados pelas mineradoras, em função da proximidade de suas residências
com as áreas de extração de minério de ferro. Destaca‐se, nas proximidades da chegada da futura LT à
SE Itabirito II, o distrito de Engenheiro Corrêa, que possui vocação turística e alguns patrimônios
histórico‐culturais localizados próximos ao empreendimento.
Além disso, a futura LT atravessará também fragmentos de mata: entre o Km 29,6 e o Km 30,1, no
entorno da estrada (não pavimentada), que serve de acesso aos caminhões de minério da Gerdau e da
CSN (Nacional Mineradora S.A. – Namisa), e entre a Rodovia BR‐040 e o distrito de Miguel Burnier
(planta da Gerdau Açominas).
Trecho Itabirito II – Barro Branco
1. Km 0 ao Km 35,0 – Município de Ouro Preto
A partir da saída da SE Itabirito II (Km 0), a futura LT atravessará um território marcado pela vocação ao
lazer (sítios de veraneio) e às atividades de ciclismo, ecoturismo, turismo rural e histórico‐cultural. Neste
trecho, não são observadas atividades minerárias (como no segmento anterior), todavia continuam
sendo notadas as atividades pecuaristas, que servem de complemento à atividade turística, ou para o
consumo das famílias residentes nos povoados e distritos existentes ao longo do caminho a ser
percorrido pela futura LT.
No entorno da SE Itabirito II, foram identificadas a Fazenda da Barra (23k 626.433 E/7.751.491 S), no Km
0, a 709m do traçado, cuja atividade econômica desenvolvida é a pecuária de gado bovino de corte. Na
altura do Km 0,5 da LT, o traçado deverá interceptar pequenas propriedades rurais/sítios de veraneio
(23k 627.636 E/7.752.008 S) com benfeitorias a aproximadamente 65m do traçado, pertencentes ao
distrito de Engenheiro Corrêa, caracterizado no segmento anterior.
16
Neste trecho, também são observados extensos fragmentos de mata, que comportam atrativos
naturais, como cachoeiras e trilhas, muito procurados e utilizados por moradores da região e visitantes,
compreendidos entre o Km 0,2 e o Km 20,5 (nesse segmento, a LT atravessará uma área de concessão
de lavra/calcário); e seguirá entre o Km 24,2 e o Km 35,0.
A área rural existente entre os distritos de Amarantina e Santo Antônio do Leite encontra‐se sob forte
especulação imobiliária, no que tange a projetos de loteamentos para construção de chácaras e sítios de
veraneio, segundo informações obtidas com os moradores entrevistados. Uma dessas áreas deverá ser
interceptada pela futura LT, entre o Km 8,0 e o Km 8,1 (vértice V‐04). Entre o Km 28,9 e o Km 29,2, o
traçado atravessará um areal desativado.
Destaca‐se ainda, nas proximidades do distrito de Lavras Novas, o povoado da Chapada, que possui
vocação turística e alguns patrimônios históricos tombados pela Secretaria Municipal de Cultura de
Ouro Preto e pelo IPHAN. Nessa localidade, o córrego do Falcão apresenta inúmeros locais de banho ao
longo de seu percurso, além de cachoeiras, tais como as Cachoeiras do Castelinho, do Falcão e Moinhos.
A partir da altura do Km 35,0, a futura LT atravessará a região de Santo Antônio do Salto (distrito de
Ouro Preto), composta por alguns povoados, e, em seguida, acessará o território municipal de Mariana,
atravessando grandes extensões de matas, até alcançar a SE Barro Branco (Km 59,9), na área rural desse
município.
Em contraposição ao trecho analisado anteriormente, percebe‐se que esse território, apesar de também
possuir atrativos naturais e patrimônios histórico‐culturais, não possui a mesma vocação turística. São
notadas atividades pecuaristas, que servem de complemento à renda dos moradores dessa região,
nitidamente menos abastada em termos financeiros, que o Povoado da Chapada e o distrito de Santo
Antônio do Leite, por exemplo.
No que tange aos fragmentos de mata que deverão ser atravessados pela futura LT, citam‐se: entre o
Km 35,5 e o Km 58,8. Também foram notadas algumas áreas com plantio de eucaliptos: entre o Km 46,4
e o Km 46,8; e entre o Km 59,2 e o Km 59,7, próximo à chegada na SE Barro Branco (Km 59,9).
Na altura do Km 35,5 e do Km 36,0 da futura LT, foram identificadas duas pequenas propriedades rurais,
o Sítio São Lázaro (23k 654.312 E/7.732.216 S), no Km 35,5 da LT, a 201m do traçado, e a Fazenda do Sr.
Leôncio (23k 654.776 E/7.732.086 S), no Km 36,0 da LT, a 101m do traçado, caracterizadas como sítios
de veraneio, que possuem apenas um morador.
Mais adiante, na altura do Km 37,3 da LT, a localidade dos Fojos (23k 655.944 E/7.732.920 S) possui seis
casas, a cerca de 1,2 km do traçado. No local, observou‐se um ferro velho.
Ao longo da estrada (não pavimentada), que serve de acesso ao distrito de Santo Antônio do Salto,
percebe‐se o curso de um canal, cuja água verte na direção contrária ao curso natural de um rio, ou seja,
a água “sobe”, acompanhando a maior parte do curso da estrada. É o Canal do Maynart (23k 656.001
E/7.732.514 S ‐ início), cujas águas são utilizadas para a geração de energia elétrica nas três Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCH) existentes na região: PCH Caboclo (23k 658.164 E/7.732.882 S), PCH Salto
(23k 661.537 E/7.732.982 S), e PCH Funil / Prazeres (a 4 km).
17
As três PCHs existem há mais de 70 anos. Em 1940, na PCH Salto, ocorreu o início do giro. Funcionando
em capacidade máxima, as 3 PCHs de Santo Antônio do Salto produzem 15 MW/h. Eram administradas
pela Alcan Alumínio do Brasil (Alumina), que passou a ser Novelis, e recentemente, tornou‐se Mainart
Energética. Há planejamento para fazer uma UHE no Tabuões, que atualmente é só barragem, próximo
à Santa Rita de Ouro Preto.
A Mainart Energética planeja fazer uma PCH no Rio Gualaxo do Sol (de 3MW/h), próximo ao distrito de
Mainart. Próximo à Elevatória da PCH Caboclo se inicia a estrada que acessa o Restaurante Taberna da
Cachoeira, localizado na Fazenda do Engenho (23k 658.116 E/7.731.718 S), na altura do Km 39,4 da
futura LT.
4.2 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DIRETAMENTO AFETADA (ADA) E DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
DIRETA (AID)
Como Área Diretamente Afetada ‐ ADA, considerou‐se à área do terreno a ser utilizada nas
intervenções construtivas do empreendimento que representa 48 m de largura (faixa de 24 m para cada
lado do eixo da LT), os canteiros de obras e o sistema viário a ser utilizado para o transporte de
equipamentos, materiais e trabalhadores do empreendimento. Considerou‐se também os acessos a
serem abertos, que por ventura estiverem localizados fora da faixa de servidão e que venham intervir
diretamente na abertura de novas vias ou adequação de vias existentes.
A ADA do empreendimento é constituída, predominantemente, por propriedades rurais de pequeno e
médio portes, com atividade pecuária leiteira, turística e de lazer e plantios de eucaliptos. O território a
ser atravessado pela LT é majoritariamente ocupado por pequenas propriedades rurais, com dimensões
máximas de 25 ha.
Sobre a Área de Influência Direta ‐ AID da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, considerando o
componente da área de estudos do meio socioeconômico, delimitou‐se um buffer máximo de 5 km (2,5
km para cada lado do traçado da LT).
A definição da área de influência do empreendimento apoiou‐se na caracterização da AID realizada no
Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Essa definição levou em conta a natureza linear do
empreendimento, considerando as peculiaridades técnicas de sua instalação e operação, as
características da região, os acessos rodoviários preexistentes, utilizados pela população local e pelas
equipes de manutenção de outros empreendimentos implantados na região, os aspectos legais, os
impactos nos espaços sociais e equipamentos comunitários das localidades, etc.
18
Figura 3: Municípios interceptados pela LT com destaque para a AID.
Fonte: Google Earth – modificado pelos autores.
Conforme Ofício nº 106/2016/CNL/PRESI/IPHAN foram listados os bens acautelados pelo IPHAN nos
munícipios interceptados pelo empreendimento. Considerando a listagem apresentada e a localização
dos bens acautelados em âmbito federal, foram identificados bens na AID do empreendimento apenas
no município de Ouro Preto, conforme destacado no mapa apresentado no Anexo III deste documento.
4.2.1 LOCALIZAÇÃO PROPOSTA E ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO EMPREENDIMENTO
As propostas em avaliação do traçado consideraram três alternativas locacionais, as quais foram
largamente discutidas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento (BIODINÂMICA,
2017), parte integrante de seu licenciamento como um todo. Os estudos levaram em consideração o
grau e o alcance das possíveis interferências positivas e negativas que o planejamento, a implantação e
a operação da LT em questão irão trazer ao cotidiano da população que reside na região de inserção do
empreendimento, incluindo suas áreas de produção econômica, sua dinâmica social e cultural, de
circulação e distribuição territorial. Essa análise prévia das áreas consideradas no Estudo de Impacto
Ambiental ‐ EIA (BIODINÂMICA, 2017) foi possível a partir do conhecimento das características do
empreendimento e das principais inter‐relações que são estabelecidas na região a partir da sua
presença, tais como as demandas para as obras, a utilização de acessos, de serviços públicos e de
insumos locais, a relação com os proprietários e o Poder Público, dentre outros.
A partir dessa avaliação, foi definido um traçado preferencial, considerado na avaliação do presente
relatório.
Para a avaliação das alternativas foram valoradas 18 variáveis de análise (Quadro 4), de forma definir o
traçado preferencial. As alternativas consideradas são apresentadas na Figura 4.
19
Quadro 4: Variáveis de análise para alternativas locacionais com destaque variável de interferência no
Patrimônio Histórico Material.
Variáveis de análise para avaliação das alternativas locacionais
01 Acessibilidade e necessidade de abertura de acessos às torres.
02 Extensão da LT e previsão de número de torres, considerando vão médio entre elas.
Interferência em áreas de importância biológica (incluindo as áreas úmidas, grandes fragmentos florestais e
03 outras áreas de importância para conservação já registradas, mapeadas ou reconhecidas do ponto de vista
da sensibilidade da flora e/ou da fauna).
04 Zonas de elevada declividade e de quebras abruptas do relevo.
Áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (Ministério do Meio Ambiente e Estado de Minas
05
Gerais).
06 Áreas legalmente protegidas reconhecidas nos âmbitos federal, estadual ou municipais.
Estimativa de área (ha) com cobertura vegetal, por formação (florestal e savânica), passível de ser suprimida
07
(corte raso), destacando as que se situarem em APPs.
08 Proximidade de adensamentos populacionais periurbanos e rurais.
09 Interferência em pequenas propriedades rurais já interceptadas por outras LT’s.
10 Interferência com Terras Indígenas.
11 Interferência com Projetos de Assentamento.
12 Interferência com Comunidades Remanescentes de Quilombos.
13 Interferência com comunidades tradicionais.
Interferência em patrimônio espeleológico, considerando as cavidades naturais existentes e cadastradas no
14
CANIE e em outras fontes de dados espeleológicos.
15 Interferência em patrimônio arqueológico, histórico, cultural e áreas de beleza cênica.
16 Interferência em corpos d'água.
17 Traçados de empreendimentos lineares já instalados ou planejados, corredores de infraestrutura.
18 Interferência em poligonais de áreas de processos minerários em lavra.
Fonte: Biodinâmica (2017).
Em linhas gerais, o traçado proposto no leilão da ANEEL apresenta a primeira alternativa locacional, a
qual possui alta demanda de abertura de novos acessos bem como interceptaria, no trecho de Ouro
Preto, a Unidade de Conservação APA Cachoeira das Andorinhas.
A fim de buscar a otimização dessa opção, foi proposta a segunda alternativa que contempla o
paralelismo com a LT 345 kV Ouro Preto II ‐ Barro Branco (Furnas). No entanto, a nova alternativa
também vai de encontro a uma condicionante ambiental por propor sua interceptação em outra
Unidade de Conservação, o Monumento Estadual Natural de Itatiaia (MONA), a qual teve sua criação no
ano de 2009 e seu Plano de Manejo recentemente aprovado, o que, em termos legais, inviabiliza a
implantação da nova LT em seu território, mesmo com a pré‐existência a LT 345 kV Ouro Preto II ‐ Barro
Branco (Furnas) em sua área.
Com isso, a terceira proposta de traçado, considera todo o paralelismo com a LT existente, exceto em
Ouro Preto, no desvio das Unidades de Conservação, interceptando como via alternativa a localidade de
Chapada, subdistrito de Lavras Novas, conforme figura abaixo.
20
Figura 4: Alternativas locacionais das LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
Fonte: Biodinâmica, 2017.
21
Das três alternativas locacionais, a proposta em estudo contempla em grande parte de seu percurso o
paralelismo com a linha de transmissão existente na região, a LT 345 kV Ouro Preto II ‐ Barro Branco
(Furnas), a fim de minimizar os impactos gerados pela nova LT. Devido às propostas de otimização do
traçado, bem como condicionantes ambientais impostas principalmente no trecho em que a linha
intercepta o município de Ouro Preto, é que foram propostas novas alternativas (Quadro 5).
Quadro 5: Alternativas de traçado para a LT.
Alternativa
Trecho a LT em estudo Preliminar I Preliminar II Preliminar III
ANEEL 1ª Otimização 2ª Otimização
106 km 106 km 107 km
Itutinga ‐ Jeceaba
212 torres 212 tores 214 torres
43,67 km 43,32 km 44,16 km
Jeceaba – Itabirito 2
87torres 87 torres 88 torres
56,93 km 60,02 km 59,45 km
Itabirito 2 – Barro Branco
114 torres 120 torres 119 torres
206,60 km 210,33 km 210,61 km
TOTAL
413 torres 419 torres 421 torres
Fonte: Biodinâmica (2017).
Com a análise e valoração das 18 variáveis estabelecidas no EIA, o traçado proposto para estudo mais
detalhado foi a alternativa III a ser aqui abordada. Em síntese, paralelismo com a citada LT existente não
ocorrerá em cerca de 5 km a partir da SE Itabirito 2 e no contorno do Monumento Natural Estadual do
Itatiaia (MONA) em aproximadamente de 10 km, tendo como objetivo do desvio não atravessar essa
Unidade de Conservação de Proteção Integral.
4.2.2 INTERFERÊNCIAS DA AID E/OU ADA E/OU ELEMENTOS COMPLEMENTARES COM OS BENS MATERIAIS
ACAUTELADOS E SUAS POLIGONAIS DE ENTORNO, QUANDO EXISTENTE.
Inexistente. Não há interferência.
4.2.3 PERCURSOS VIÁRIOS PREFERENCIAIS PARA ACESSO AO EMPREENDIMENTO, RELACIONANDO‐OS AOS BENS
MATERIAIS ACAUTELADOS
Tendo em vista que o projeto para implementação da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco encontra‐se na
primeira fase de aprovação, ou seja, o requerimento da LP que, por sua vez, relaciona‐se ao
desenvolvimento de seu projeto básico, ainda não estão definidas as localizações exatas de implantação
de seus elementos de engenharia.
Os acessos têm por objetivo viabilizar a instalação do empreendimento e, se necessário, serão utilizados
para as atividades de operação e manutenção da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. Nesse momento, a
definição que se tem é a de que as vias de acesso existentes na região de implantação do
empreendimento serão utilizadas prioritariamente. Somente na ausência destas ou do fato de que não
seja viável tecnicamente aproveitá‐las, novas vias de acessos poderão ter planejadas. No caso de uso
parcial ou total de estradas e acessos já existentes poderão ser providenciadas melhorias necessárias
para que possam ser utilizadas durante a execução da montagem. Para o empreendimento como um
todo, os acessos serão executados preferencialmente pela faixa de serviço, com uma largura de 4
metros.
22
4.2.4 ÁREAS DE CANTEIRO DE OBRAS E BOTA‐FORA (POR MUNICÍPIO) E DOS PERCURSOS VIÁRIOS PREFERENCIAIS
PARA ACESSO A ESSAS ÁREAS E SUA SITUAÇÃO EM RELAÇÃO AOS BENS MATERIAIS ACAUTELADOS
Em obras de implantação de Linhas Transmissão em geral não há, a princípio, necessidade de materiais
de empréstimo e nem a utilização de áreas de “bota‐fora”, uma vez que os materiais retirados nas
escavações para a execução das fundações das bases de torres normalmente são armazenados em área
adjacente ao local e oportunamente reutilizados para reaterro na própria área da base, em especial, no
entorno das fundações.
Já nos casos em que são instaladas fundações com tubulões, nos quais o vão escavado é totalmente
preenchido pelo concreto, o material excedente da escavação pode ser espalhado homogeneamente
sobre a área de praça da torre, preservando‐se a vegetação, ou na repavimentação do acesso ao local.
Considerando essas rotinas de trabalho, o uso de áreas de bota‐fora ou áreas de empréstimo pode não
ser necessário para a implantação das torres. Se for o caso, algumas dessas áreas já existentes e
licenciadas ao longo dos cerca de 211km de extensão do empreendimento poderão vir a ser utilizadas,
sendo o órgão ambiental competente informado com antecedência, mediante a apresentação da
documentação necessária.
Caso haja necessidade de uso de materiais de empréstimo, a preferência será por adquirir os materiais
minerais e dispor os resíduos gerados das atividades em locais já existentes, conforme autorização do
Poder Público municipal ou estadual.
No município de Ouro Preto, a LT cruzará o território dos seguintes distritos: Miguel Burnier, Engenheiro
Corrêa, Amarantina, Santo Antônio do Leite, Cachoeira do Campo, Rodrigo Silva, Lavras Novas, Santa
Rita de Ouro Preto e Santo Antônio do Salto. Dessa maneira, considerando o objetivo de análise de
impacto no patrimônio cultural material, abaixo são identificados os seguintes bens culturais
acautelados pelo IPHAN localizados na AID do empreendimento, em Ouro Preto.
Quadro 6: Bens acautelados pelo IPHAN inseridos na AID do empreendimento.
Bens Tombados ou em
Município processo de Estágio de instrução Livros do tombo
tombamento
Imagem de Santana/ Tombado
Ouro Preto (Distrito de Lavras Novas/
Aleijadinho, do Povoado 1162‐T‐1985 Livro do Livro de Tombo Belas Artes
Subdistrito de Chapada)
da Chapada Tombo Belas Artes
Bens ferroviários valorados ou em processo de
Município Processo nº
valoração
Ouro Preto Em Instrução
Estação Ferroviária de Engenheiro Correa
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
23
Bens ferroviários valorados ou em processo de
Município Processo nº
valoração
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) Estação Ferroviária de Engenheiro Correa 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto (Cont.) Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Ouro Preto Em Instrução
(Distrito de Engenheiro Correa) 01514.0059990/2011‐14
Fonte: Ofício nº 106/2016/CNL/PRESI/IPHAN.
5.1 DESCRIÇÃO DAS LOCALIDADES
5.1.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA
403 habitantes (pop. urbana 70%; rural 30%)
248 domicílios particulares
Área total ‐ 41,16 km²
A ocupação de Engenheiro Correa remonta às diversas fazendas agrícolas e mineradoras que existiam na
localidade até o século XIX. Assim como Miguel Burnier, a consolidação desta ocupação também se
intensificou com a chegada da ferrovia na década de 1890. Esta história deixou suas marcas com um
patrimônio ferroviário no local, cujos exemplares arquitetônicos se encontram em ruínas. Desta época,
restam os vestígios urbanísticos do traçado da linha e algumas edificações residenciais.
O traçado do núcleo urbano é caracterizado por uma ocupação linear ao longo da colina, entorno da rua
principal, onde estão localizados os principais edifícios. As ruas são estreitas, com traçado irregular,
sendo a maioria asfaltada. Na parte baixa do núcleo, se encontra a linha férrea com sua estrutura de
apoio.
24
Foto 1: Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa. Foto 2: Núcleo urbano de Engenheiro Corrêa.
Fonte: Dos autores (2018). Fonte: Dos autores (2018).
Dentre os equipamentos públicos e comunitários existentes no núcleo urbano do distrito, merecem
destaque a Igreja de N. S. da Conceição e a Capela de São José, ambas inventariadas pelo município de
Ouro Preto.
O distrito conta com uma Escola Municipal que atende às demandas locais por educação até o 5º ano do
ensino fundamental, dependendo de escolas de Santo Antônio do Leite e de Cachoeira do Campo para
as demais demandas. Há na localidade uma UBS, com atendimento de enfermaria diário e médico duas
vezes por semana.
Quanto à infraestrutura urbana, há uma cisterna coletiva e uma rede de abastecimento de água do
SEMAE, captada em poço artesiano. Apesar de haver uma rede de esgoto, o deságue dos efluentes
domésticos ocorre no rio que atravessa a região. A coleta de lixo é feita pela Prefeitura de Ouro Preto, e
ocorre duas vezes por semana.
Na área urbana de Engenheiro Corrêa, há tráfego intenso de caminhões da BEMIL, sendo que,
diariamente, transitam pela via principal do distrito mais de 100 caminhões.
25
Figura 5: Mapa do distrito de Engenheiro Corrêa com destaque para a AID e o núcleo urbano.
Fonte: Google Earth – modificado pelos autores.
O núcleo urbano de Engenheiro Corrêa está inserido na AID, a 1,4 km do traçado previsto para a LT.
Além disso, na zona rural do distrito, o traçado proposto da LT se aproximará da Capela de Santo
Antônio do Monte e interceptará algumas propriedades rurais.
Foram identificadas diversas propriedades rurais nas proximidades do traçado previsto da LT, algumas
delas com características de veraneio. A LT cruzará áreas de pastagem, matas e uma reserva mineral.
Conforme apontando, a análise cartográfica das áreas de influência da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco
e a análise da distribuição territorial dos bens tombados ou valorados em âmbito federa demonstrou
que o distrito de Engenheiro Corrêa está completamente dentro da AID e possui bens valorados,
referentes ao patrimônio material ferroviário, listados no Quadro 7, a seguir.
Quadro 7: Listagem completa dos bens reconhecidos pelo Poder Público no distrito de Engenheiro Corrêa
BENS TOMBADOS OU VALORADOS PELO IPHAN
Categoria Denominação do bem Endereço Incluída da AID
Edificação com área de 74,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº
Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto
Edificação com área de 80,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº
Estruturas Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto Praça da Estação –
Arquitetônicas e
Urbanísticas Edificação com área de 92,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº Conjunto Ferroviário
Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto
Edificação com área de 129,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº
Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto
26
BENS TOMBADOS OU VALORADOS PELO IPHAN
Categoria Denominação do bem Endereço Incluída da AID
Edificação com área de 74,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº
Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto
Edificação com área de 80,00m² ‐ Rua da Estação, s/nº Sim
Estruturas Engº Corrêa ‐ Ouro Preto Praça da Estação –
Arquitetônicas e Conjunto Ferroviário
Urbanísticas (cont.) Edificação com 70m² Sim
(cont.)
Edificação com área de 92,00m² ‐ Rua da Estação, s/n, Sim
Engº Corrêa ‐ Ouro Preto
Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa Sim
Fonte: BIODINÂMICA, 2018
5.1.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS
929 habitantes (pop. urbana 89%; rural 11%)
520 domicílios particulares
Área total ‐ 81,57 km²
O distrito tem acesso a partir de Ouro Preto por uma estrada tortuosa parcialmente pavimentada. A
origem do núcleo urbano de Lavras Novas remonta período da exploração aurífera da região no século
XVIII que, na região do povoado, durou relativamente pouco. A ocupação se deu ao redor da Capela de
Nossa Senhora dos Prazeres no alto da serra. Com o esgotamento do ouro, o povoado foi sendo
abandonado aos poucos, passando a sobreviver de culturas de subsistência, extrativismo e, hoje,
artesanato.
Na década de 1990, a economia local passou por uma nova dinâmica, com a intensificação da atividade
turística no local, devido a sua beleza cênica, bucolismo, e potencial natural para atividades de
ecoturismo e turismo de aventura. Como consequência, a população local cresceu consideravelmente. A
partir de então, muitos moradores começaram a vender suas terras aos forasteiros, que foram aos
poucos parcelando as propriedades, aumentando a extensão da malha urbana. Atualmente, Lavras
Novas conta com grande número de pousadas de diversos portes, lojas de artesanato, restaurantes,
bares e diversas residências de veraneio, sendo o turismo a principal força econômica local.
Há no distrito uma Escola Municipal de ensino fundamental até o 9º ano, sendo que as demais
demandas educacionais são supridas no distrito sede. O distrito também possui uma UBS (com
atendimento médico duas vezes por semana como nos outros distritos).
27
Figura 6: Mapa do distrito de Lavras Novas com destaque para a AID e o núcleo urbano.
Fonte: Google Earth – modificado pelos autores.
O núcleo urbano de Lavras Novas fica a 2,2 Km do traçado previsto para LT (Figura 6), contudo é o
núcleo urbano de Chapada, subdistrito de Lavras Novas que será mais impactado, estando a apenas 260
metros do traçado. Esse núcleo será caracterizado a seguir.
Povoado Chapada
A ocupação do povoado tem sua origem ligada à descoberta de uma mina de ouro no início do século
XVIII. Como em Lavras Novas, com o declínio do ouro, a localidade passou a sobreviver das atividades
extrativistas, culturas de subsistência e, posteriormente, artesanato. As primeiras construções em pau‐
a‐pique e a Capela de Sant’ana, remontam ao século XVIII e são, atualmente, bens tombados pelo
município de Ouro Preto. A imagem de Sant’Ana e as demais esculturas do interior da igreja (obras de
Aleijadinho) estão na Arquidiocese de Mariana2, e foram tombados pelo IPHAN.
O traçado urbanístico do povoado ainda se apresenta bastante próximo ao original, com uma ocupação
que se estende de forma linear com a capela no centro, quase em paralelo com o traçado da futura LT.
Na praça, ao lado da igreja, há uma estrada que acessa algumas trilhas para as cachoeiras do Córrego do
Falcão. Assim como no núcleo urbano de Lavras Novas, o turismo ganhou força econômica nos últimos
anos e é relacionado à tranquilidade do lugar, à beleza cênica, aos atrativos naturais e aos eventos
culturais que ocorrem com frequência.
2 Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/07/28/interna_gerais,887295/chapada‐celebra‐santana‐e‐renova‐a‐
esperanca‐de‐ter‐de‐volta‐imagem.shtml
28
Na Chapada, há 20 famílias de residentes fixos e 13 flutuantes (sitiantes de fins de semana). Desta
população fixa, 90% tem renda e atividades profissionais baseadas no turismo: aluguel de quartos,
hospedagem, pousadas, camping, restaurantes e bares.
A localidade depende dos equipamentos comunitários de Lavras Novas, como atendimento médico,
escola, etc. No que se refere à infraestrutura, a localidade é abastecida por uma caixa d’água cuja
captação é realizada em nascentes. As casas possuem fossas individuais, pois não há rede de esgoto. Já
a coleta de lixo é realizada pela Prefeitura de Ouro Preto, duas vezes por semana.
A localidade conta com uma Associação de Moradores da Chapada (AMOC) e com a ONG Serra do
Trovão, ambas atuam em defesa da comunidade em relação aos empreendimentos que tem impacto no
local.
Figura 7: Trecho em que a LT intercepta o núcleo urbano de Chapada. Com destaque para a localização
das cachoeiras e da Capela de Sant’ana.
Fonte: Google Earth – modificado pelos autores.
O traçado previsto para a LT, intercepta o subdistrito a 260m de algumas casas, cruzando as trilhas que
interligam o povoado às cachoeiras.
A análise da influência da LT no território de Lavras Novas e, especialmente, na localidade de Chapada,
foi sucedida pela análise da distribuição territorial dos bens tombados ou valorados em nível federal
pelo IPHAN. A listagem encontrada demonstrou que haveria um3 bem reconhecido no local: a Imagem
de Santana. Apesar de esta imagem estar no município de Mariana, é pertencente a esta Capela, o que
justifica sua análise.
3
A Capela de Santana listada no quadro de bens tombados pelo IPHAN se refere à capela localizada no Morro Santana, no
Distrito Sede de Ouro Preto fora da AID do empreendimento.
29
Considerando que a imagem estaria no ambiente interno da Capela, as análises que serão apresentadas
se relacionam à Capela de Santana, tombada em nível municipal, cuja preservação e ambiência
influenciam na conservação do bem imóvel reconhecido pelo IPHAN.
5.2 DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS BENS E DE SUA INTERAÇÃO COM O MEIO
5.2.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA ‐ CONJUNTO FERROVIÁRIO
Para o distrito de Engenheiro Corrêa será apresentada a descrição a respeito dos bens do Conjunto
Ferroviário. Para facilitar a leitura e entendimento a respeito do bem, os dados foram organizados em
um quadro, apresentada a seguir.
Identificação Conjunto Ferroviário
Município/UF Ouro Preto/MG
Localidade Engenheiro Correia
Endereço completo Rua da Estação, s/nº Eng. Correia
Linha: L001 – EFCB/Estrada de Ferro Central do Brasil’
Localização do bem Ramal: R002 – Ramal do centro
Trecho: Santana do Deserto a Itabirito
Tipo de propriedade do bem S/R
Coordenadas geográficas Latitude: S20º 20.905’ | Longitude: W43º46.206’
Contexto do bem Urbano/conjunto ferroviário
Informação sobre o processo de proteção
Em Instrução 01514.0059990/2011‐14
do IPHAN
Estação ferroviária – abandonada. Do conjunto, somente algumas edificações
Uso ou manifestações culturais residenciais existentes ainda possuem uso.
vinculadas ao bem
Linha/Ramal em desativada
Informação sobre legislação incidente no Federal: Decreto‐Lei nº25/1937
bem Municipal: Decreto nº 59, de 11 de abril de 2005.
Referências bibliográficas e relação de
estudos científicos/publicações técnicas –
ou históricas sobre o bem
Fonte: BIODINÂMICA, 2018
30
5.2.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS > IMAGEM DE SANT’ANA
Para o distrito de Lavras Novas, subdistrito de Chapada, será apresentada a descrição a respeito da
Imagem de Sant’ana. Para facilitar a leitura e entendimento a respeito do bem, os dados foram
organizados em um quadro, apresentado a seguir.
Identificação Conjunto Ferroviário
Município/UF Ouro Preto/MG
Localidade Lavras Novas – Subdistrito de Chapada
Endereço completo Capela de Santana, Chapada, s/n. (originalmente)
Atualmente sob guarda do Museu de Arte Sacra de Mariana/MG, sede da
Localização do bem
arquidiocese.
Tipo de propriedade do bem Arquidiocese
Coordenadas geográficas Não se aplica
Contexto do bem Bem móvel
Informação sobre o processo de Tombado
proteção do IPHAN (1162‐T‐1985 Livro do Tombo Belas Artes)
Uso ou manifestações culturais Atualmente sob guarda do Museu de Arte Sacra de Mariana/MG, sede da
vinculadas ao bem arquidiocese.
Informação sobre legislação Federal: Decreto‐Lei nº25/1937
incidente no bem Municipal: Decreto nº 59, de 11 de abril de 2005.
Referências bibliográficas e relação
de estudos científicos/publicações ‐
técnicas ou históricas sobre o bem
Fonte: BIODINÂMICA, 2018
5.3 DIAGNÓSTICO DE BENS CULTURAIS DE NATUREZA MATERIAL ACAUTELADOS EM
ÂMBITO FEDERAL
5.3.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA > CONJUNTO FERROVIÁRIO
Para o distrito de Engenheiro Corrêa será apresentado o diagnóstico a respeito dos bens do Conjunto
Ferroviário. Para facilitar a leitura e entendimento a respeito do bem, os dados foram organizados em
um quadro, apresentada a seguir.
Identificação Conjunto Ferroviário
Descrição e classificação da condição Boa. O conjunto conforma uma esplanada que permite ampla visibilidade das
de visibilidade edificações que o compõem, bem como da paisagem do entorno.
Boa. A ambiência do conjunto é formada por edificações de gabarito baixo, de
Descrição e classificação da pequeno porte e por uma densa massa vegetal. Tendo em conta a distância do
ambiência empreendimento, as condições topográficas locais e as barreiras visuais entre os
elementos.
31
Identificação Conjunto Ferroviário
Descrição da classificação sobre a
presença de equipamentos No entorno do conjunto ferroviário não existem equipamentos publicitários.
publicitários ou sinalização
Inexistente. O acesso ao conjunto se dá por uma rua estreita e sinuosa a partir da
Descrição e classificação sobre as
área central do núcleo urbano e por outros acessos não pavimentados. Pela
condições de
natureza do empreendimento, não haverá impactos nas condições de acessibilidade
acessibilidade/mobilidade
e mobilidade aos bens do conjunto ferroviário.
Péssimo. Algumas edificações do conjunto sofreram alterações recentes em termos
Classificação do estado de
de fachadas, coberturas e volumetrias. O edifício da estação, a caixa d’água e a linha
conservação
férrea encontram‐se abandonadas e sem uso.
Descaracterizado. O conjunto encontra‐se bastante descaracterizado em função das
Classificação do estado de
adaptações e ampliações dos imóveis residenciais e do estado de abandono da
preservação
edificação da Estação, em estado de ruína.
Fonte: BIODINÂMICA, 2018
5.3.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS > IMAGEM DE SANT’ANA
Devido ao fato de o bem acautelado ser um bem móvel que não é mantido no distrito, esta análise não
se aplica a este caso.
6. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE OS BENS
Neste item apresenta‐se uma avaliação objetiva dos impactos que potencialmente podem ser
provocados pelas atividades de instalação e operação do empreendimento sobre os bens culturais
relacionados ao empreendimento da LT 345 kV Itutinga ‐ Barro Branco, no município de Ouro Preto,
único dentre os doze municípios que possui bens acautelados pelo IPHAN dentro da AID. A identificação
e análise dos possíveis impactos ao Patrimônio Cultural estão apresentadas de acordo com as
possibilidades de ocorrência levantadas durante os estudos ambientais realizados pela Biodinâmica
(2017) e na pesquisa de campo que originou este RAIPM. O objetivo é que os possíveis impactos sejam
conhecidos, avaliados e, possivelmente, sanados ou minimizados e salvaguardados.
6.1 APRESENTAÇÃO DO MÉTODO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS EM CAMPO E
INDICAÇÃO DE SISTEMAS DE SIMULAÇÃO DE IMPACTOS
A elaboração deste Estudo, referente ao projeto da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, está direcionado
aos bens culturais de natureza material. A fase inicial de preparação do trabalho de campo foi baseada
na delimitação das áreas de estudo do empreendimento, entendendo‐se que tais áreas
corresponderiam aos espaços físico, biótico e de relações sociais, culturais, políticas e econômicas
passíveis de sofrer os potenciais efeitos e impactos das atividades do empreendimento decorrentes de
seu planejamento, implantação, operação e desativação.
A definição da área de estudos socioeconômicos levou em consideração o grau e o alcance das possíveis
interferências positivas e negativas que o planejamento, a implantação e a operação da Linha de
Transmissão (LT) em questão podem trazer ao cotidiano da população que reside em sua região de
32
inserção, incluindo suas áreas de produção econômica, dinâmica social e cultural, circulação e
distribuição territorial. Tendo sido consideradas, conforme apresentado:
Área de Influência Direta (AID): delimitada por um buffer máximo de 5 km (2,5 km para cada
lado do traçado da LT), tendo como referência o componente da área de estudos do meio
socioeconômico;
Área Diretamente Afetada (ADA): Área do terreno a ser utilizada nas intervenções construtivas
do empreendimento que representa 48 metros de largura (sendo 24 metros para cada lado do
eixo da LT), os canteiros de obras e o sistema rodoviário a ser utilizado para o transporte de
equipamentos, materiais e trabalhadores do empreendimento, incluindo os acessos a serem
abertos que por ventura estiverem localizados fora da faixa de servidão e que venham intervir
diretamente na abertura de novas vias ou adequação de vias existentes.
Tendo vista tais parâmetros e delimitações foi aqui adotada para especial aprofundamento a análise dos
impactos da Área de Influência Direta (AID) do empreendimento.
O mapa com a delimitação do AID no território municipal de Ouro Preto demonstra que estão incluídos
na AID os seguintes distritos: Miguel Burnier, em especial seu subdistrito Mota; Engenheiro Corrêa;
Santo Antônio do Leite; Cachoeira do Campo; Rodrigo Silva; Lavras Novas, em especial seu subdistrito
Chapada; e Santo Antônio do Salto.
O trabalho de campo na AID ocorreu entre os dias 17 e 19 de janeiro, durante os quais percorreu‐se os
distritos de Engenheiro Corrêa e Lavras Novas/Chapada.
O trabalho foi, então, organizado de forma a considerar os possíveis impactos do empreendimento na
paisagem cultural deste local, direcionado o foco de análise aos bens culturais de natureza material
acautelados pelo IPHAN. Buscou‐se analisar quais seriam os possíveis impactos da implantação da LT
345 kV Itutinga – Barro Branco no contínuo processo de interação dos moradores do local com o meio
natural e com os símbolos que lhes conferem valores culturais, e às respectivas maneiras de viver
tradicionais, trazendo a análise para um contexto mais amplo que extrapolasse o foco no bem de forma
individualizada.
Tendo em vista que o patrimônio material é composto por bens de natureza arqueológica, paisagística e
etnográfica, belas artes e das artes aplicadas, divididos em bens imóveis e móveis, ou seja, bens
palpáveis, considerou‐se a distribuição territorial dos bens, com foco de análise restrito aos bens
locados dentro da AID. Foram utilizadas ferramentas cartográficas e softwares que pudessem auxiliar
este estudo tendo sido, inicialmente, mapeada a distribuição dos bens reconhecidos pelo Poder Público
em cada um dos distritos.
À análise da implantação da LT e sua relação com o entorno e a paisagem local foram incorporadas,
ainda, simulações 3D do relevo, viabilizadas através das ferramentas disponíveis nos softwares Google
Earth e SketchUp, quando cabível.
Nos casos em que foi utilizado o Google Earth, foram realizadas simulações acerca das diferenças
altimétricas do relevo, com o desenvolvimento de cortes do perfil do relevo. Nas simulações executadas
através do SketchUp foi utilizado um modelo digital do terreno com a geolocalização do distrito e a
configuração do relevo, no qual foram inseridas torres de 40 metros de altura e analisadas em
33
simulações dos pontos de visadas possíveis para cada caso. Para complementação das análises e
conclusões, nos casos em que a LT pudesse estar visível a partir dos pontos de visada, foram
desenvolvidas imagens de foto‐inserção com a inclusão de torres de Linha de Transmissão na paisagem.
O critério técnico utilizado para caracterizar os possíveis impactos teve como referência o conceito de
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), um processo de coleta de informações, análises e predições,
destinadas a identificar, interpretar, prevenir e comunicar os possíveis efeitos de um empreendimento
sobre o meio ambiente e as práticas culturais.
Para o Patrimônio Cultural Material não existem metodologias ou indicações de medidas de avaliação
de impactos sobre os bens culturais tombados, valorados ou inventariados, levando a equipe
responsável a realizar um levantamento in loco baseado em percepções sensoriais a respeito das
possibilidades de impactos e da apreensão dos significados relacionados ao patrimônio material, a fim
de identificar possíveis bens ainda não reconhecidos pelo Poder Público, além da análise cartográfica da
inserção e da relação entre os elementos da Linha de Transmissão e o patrimônio material. Essa
estratégia permite obter dados técnicos consistentes sobre a relação entre a LT 345 kV Itutinga–Barro
Branco e a realidade local.
6.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES COM REGISTRO FOTOGRÁFICO PARA LEVANTAMENTO DE
INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS, APRESENTAÇÃO DE RELAÇÃO DE CAUSA E
EFEITO CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO E OS IMPACTOS
NA MATERIALIDADE DO BEM E NAS CONDIÇÕES DO MODO DE VIVER E DE
APROXIMAÇÃO DOS BENS CULTURAIS TOMBADOS/VALORADOS E DESCRIÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE IMPACTO POR BEM
6.2.1 DISTRITO DE ENGENHEIRO CORRÊA ‐ CONJUNTO FERROVIÁRIO
A Estação encontra‐se implantada em uma área de cota inferior em relação ao núcleo central do distrito
de Engenheiro Corrêa, o que pode ser visualizado na Figura 8. Ver Também documentos do Anexo IV.
Figura 8: Vista geral de Engenheiro Corrêa, com destaque para a Estação Ferroviária de Engenheiro
Corrêa e a simulação da localização da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
Fonte: Google Earth – editado pelos autores.
34
As diferenças altimétricas entre o local de implantação da Estação e a LT podem ser visualizadas, ainda,
através das simulações de perfil do relevo entre estes dois pontos, desenvolvidas através do software
Google Earth.
Figura 9: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a LT 345 kV
Itutinga – Barro Branco, que demonstra que a Estação estaria, aproximadamente, na cota 964 m.
Fonte: Google Earth – editado pelos autores.
Figura 10: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a LT 345
kV Itutinga – Barro Branco, que demonstra que o ponto mais alto entre as duas extremidades estaria,
aproximadamente, na cota 1.022 m.
Fonte: Google Earth – editado pelos autores.
35
Figura 11: Simulação do perfil do terreno entre a Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa e a LT 345 kV
Itutinga – Barro Branco, que demonstra que a Estação estaria, aproximadamente, na cota 964 m.
Fonte: Google Earth – editado pelos autores.
Estando a 1,25km da esplanada da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, as simulações de perfil do
relevo nos demonstraram que a LT 345 kV Itutinga – Barro Branco estaria em uma cota mais elevada em
relação à que se encontra implantada a Estação, o que, à primeira vista, levaria entender que haveria
impactos na paisagem. No entanto, a observação em campo e a análise do relatório fotográfico
demonstram que a LT não estaria visível a partir da esplanada da Estação.
O local de implantação da Estação, em uma cota inferior no contexto do distrito, é marcado, em
primeiro plano, pela ocupação por edificações de um pavimento, e circundado por um relevo
montanhoso. Dessa forma, tal conformação territorial acaba limitando o campo de visão e bloqueando
visadas mais longínquas do relevo a partir da esplanada. Seu relevo acidentado e a densa massa vegetal
que circunda a área do distrito estariam à frente da LT, impedindo sua visualização. Além dos perfis do
relevo, a simulação 3D desenvolvida através do software SkecthUp nos demonstra estas afirmações.
Figura 12: Simulação do local proposto para implantação da a LT 345 kV Itutinga – Barro Branco, inserida
no perfil do terreno. Destaca‐se que o local das torres aqui apresentado foi locado hipoteticamente pois,
na atual fase do licenciamento (prévio), contando apenas com o projeto básico, ainda não há uma
definição dos locais destas estruturas.
Fonte: Google Earth e SketchUp – editado pelos autores.
36
As fotos a seguir demonstram as visadas da área de entorno da Estação.
Foto 3: Vista da fachada frontal da principal edificação da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, dentro da
AID. A da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco estaria passando à direita, nesta foto, conforme indicação da seta
branca pontilhada e não estaria visível neste ponto de visada.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
Foto 4: Vista da Caixa D´Água, bem integrado à Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, localizada na parte
posterior desta, dentro da AID. A Linha de Transmissão Itutinga‐Barro Branco estaria passando à direita, nesta
foto, conforme indicação da seta e não estaria visível neste ponto de visada.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
37
Foto 5: Vista da fachada frontal da Fazenda do Juquinha, próxima à Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa,
dentro da AID. A marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT 345 kV
Itutinga – Barro Branco, que não estaria visível a partir deste ponto de visada.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
Foto 6: Vista da fachada frontal da Casa de Dona Claudia Jane, localizada próximo à Estação Ferroviária de
Engenheiro Corrêa, dentro da AID.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos (2018).
38
Foto 7: Vista da Rua da Estação, através da qual acessa‐se a esplanada da Estação Ferroviária. Em primeiro
plano está a Casa de Dona Claudia Jane, dentro da AID. A marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao
direcionamento do traçado da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco, que não estaria visível a partir deste ponto.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
Foto 8: Edificação à Rua da Estação, 63, próximo à Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, dentro da AID. A
marcação, em círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT 345 kV Itutinga–Barro
Branco, que não estaria visível a partir deste ponto.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos (2018).
39
Foto 9: Vista da fachada posterior da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, dentro da AID. A marcação, em
círculo branco pontilhado, refere‐se ao direcionamento do traçado da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco, que não
estaria visível a partir deste ponto.
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos (2018)
Tendo em vista o exposto, consideramos que em Engenheiro Corrêa a implantação da LT 345 kV Itutinga
– Barro Branco não romperia com a leitura de uma paisagem preservada e ainda sem intervenção. A
inserção da futura LT se daria de forma sutil, considerando‐se o contexto formado por uma massa
vegetal volumosa, em uma região de relevo acidentado. Entende‐se, portanto, que não há prejuízos ao
patrimônio material e à paisagem cultural ou, ainda, à construção da memória local, à valorização e
vitalidade do patrimônio cultural.
6.2.2 DISTRITO DE LAVRAS NOVAS ‐ IMAGEM DE SANT’ANA
No subdistrito de Chapada, a Figura 13 mostra a proximidade entre a LT e o subdistrito, inclusive da
Capela de Sant’Anna, bem imóvel tomado em nível federal pelo IPHAN (cerca de 260 m). Com essa
proximidade e contando com torres que podem atingir os 40 metros de altura, é inegável que os
elementos da LT estariam visíveis a partir de alguns pontos, e trariam impactos ao patrimônio cultural
material do distrito. Apresenta‐se, a seguir, o relatório fotográfico da visita de campo realizada no
distrito de Chapada que, apesar de ter poucos bens reconhecidos pelo Poder Público, apresenta
diversos imóveis de valor cultural e está muito próximo da AID.
Visando simular o impacto visual dos elementos da futura LT, foram desenvolvidas foto‐inserção que
demonstram a situação possível caso a LT seja implantada na proposta atual de traçado.
40
Figura 13: Vista geral do subdistrito de Chapada, com a localização da Capela de Sant’Anna e da
proposta de traçado da LT
Fonte: Google Earth – editado pelos autores.
Foto 10: Vista da fachada frontal da Capela de Sant’Ana, localizada no subdistrito de Chapada,
distante cerca de 230 m da proposta de traçado da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o
direcionamento do traçado da LT
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
Figura 14: Corte esquemático – núcleo urbano de Chapada em relação com torre da LT Observa‐se a
proximidade da LT com a Capela e as edificações residenciais do entorno
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
41
Foto 11: Cruzeiro, ambos localizados no subdistrito de Chapada. Percebe‐se a interferência da LT a
uma distância de cerca de 230 m do núcleo do povoado (ver corte esquemático acima).
Autor: Paulo Augusto de Carvalho Campos, 2018.
Foto 12: Vista a partir da Praça de Chapada, distante cerca de 230 m da proposta de traçado da LT
345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o direcionamento do traçado da LT
Autora: Marcela Santana, 2018.
42
Foto 13: Vista a partir da Praça de Chapada, distante cerca de 230 m da proposta de traçado da LT
345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o direcionamento do traçado da LT
Autora: Marcela Santana, 2018.
Foto 14: Vista da fachada posterior da Igreja de Sant’Ana, no subdistrito de Chapada, distante cerca
de 230 m da proposta de traçado da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. A seta indica o
direcionamento do traçado da LT
Autora: Marcela Santana, 2018.
43
Observa‐se que há impactos negativos diretos para o patrimônio cultural material do distrito de
Chapada na implantação da LT 345 kV Itutinga–Barro Branco conforme o traçado proposto. Não se trata
de analisar individualmente os impactos em um bem material, mas de considerar os aspectos negativos
que a LT pode trazer para o contexto de inserção desses bens, a apreensão da paisagem cultural e a
memória da população que faz parte desta cultura.
No caso do bem material protegido, a Imagem de Sant’Anna, não há impactos diretos. Ainda assim, há
de se considerar a contextualização do impacto indireto envolvendo a Capela de Sant’ana e sua
conformação no contexto local, extremamente importante para a manutenção de práticas culturais
locais, tais como a Festa de Sant’Ana, a qual envolve não somente a população local em sua
organização, mas traz visitantes e devotos de outras localidades. A festividade reúne, ainda, uma
procissão na qual a imagem de Santana, tombada pelo IPHAN, é levada a percorrer as ruas do
subdistrito. Trata‐se de um contexto de grande potencial cultural que envolve diversas categorias e
manifestações do patrimônio cultural, parte significativa da memória da população local que deve ser
preservada.
Nesse contexto, a LT se comportaria como um elemento estranho de muita visibilidade e com impactos
negativos marcados pela inclusão de elementos modernizadores nestas paisagens e na ambiência
desses lugares. A implantação das torres de transmissão seria acompanhada, ainda, do desmatamento
de uma faixa considerável de vegetação, modificando de forma negativa a paisagem rural, marcada por
seu aspecto bucólico histórico.
Não é possível abandonar a ideia de que, nestes locais, a paisagem é parte da composição do
patrimônio material e, por isso, parte da apreensão do lugar, da memória afetiva a ele ligada, e aos
sentidos e valores a eles relacionados. É necessário que o entendimento do conceito de patrimônio
cultural abarque a relação da cultura, da natureza, e dos saberes tradicionais, também em dimensões
intangíveis. Não se trata de defender uma ideia de congelamento destas paisagens ou de suas
expressões culturais, mas de defender o potencial de aprendizado que estes locais carregam em relação
ao povo que os ocupa, sua relação com o meio físico, os materiais locais, a natureza e seus significados,
fatores que enriquecem a diversidade cultural e a identidade das comunidades.
1. Em Engenheiro Corrêa, não são identificados impactos negativos relativos ao patrimônio
cultural material, portanto, não são necessárias proposições de medidas mitigadoras.
44
2. Em Lavras Novas – subdistrito de Chapada – a LT traria impactos negativos. A LT se comportaria
como um elemento estranho, sendo visível de alguns pontos do subdistrito, acarretando
impactos negativos marcados pela inclusão de elementos modernizadores nesta paisagem e na
ambiência do lugar. A implantação das torres de transmissão deve modificar de forma negativa
a paisagem rural, marcada por seu aspecto bucólico e histórico. Há, ainda, uma intensa
associação entre o patrimônio cultural material e manifestações e práticas culturais locais, o que
extrapolaria os danos causados pela inserção da LT para outras categorias de patrimônio
cultural, além do material. Portanto, os impactos incluem desde a modificação de forma
negativa da ambiência da paisagem, como da apreensão e da memória ligada a eles.
Não é possível abandonar a ideia de que a paisagem é parte da composição do patrimônio
material e, por isso, parte da apreensão do lugar, da memória afetiva a ele ligada, e aos sentidos
e valores a eles relacionados. É necessário que o entendimento do conceito de patrimônio
cultural abarque a relação da cultura, da natureza, e dos saberes tradicionais, também em
dimensões intangíveis. Não se trata de defender uma ideia de congelamento da paisagem ou de
suas expressões culturais, mas de defender o potencial de aprendizado que estes locais
carregam em relação ao povo que os ocupa, sua relação com o meio físico, os materiais locais, a
natureza e seus significados, fatores que enriquecem a diversidade cultural e a identidade das
comunidades.
Tendo em vista os possíveis impactos negativos, indica‐se que se dê continuidade aos estudos
de novas possibilidades de variantes de traçado no local, pois o processo de definição dessa
questão ainda encontra‐se em curso. Nas discussões realizadas até aqui, inclusive aquelas
ocorridas na audiência pública do empreendimento, promovida pelo IBAMA, ainda não foi
formalizado um consenso quanto à proposta de um traçado. Através do diálogo junto aos
representantes das comunidades, instituições, órgãos e instâncias políticas envolvidas, tem‐se
buscado uma nova opção, ainda não formatada.
Indica‐se, ainda, que sejam executadas, como ações mitigadoras ou compensatórias, bem como
atividades de educação ambiental e patrimonial que possam desenvolver o entendimento da
importância do patrimônio natural e cultural das localidades junto à população. Tais ações se
configurariam como medidas educativas positivas e de abrangência em longo prazo, as quais
teriam o poder de atingir futuras gerações e melhorar ou aprimorar a relação da população com
o patrimônio cultural local. Além desta, indica‐se que sejam desenvolvidas ações de
comunicação social que foquem em informar a população sobre a segurança, os processos de
implantação e os resultados da implantação da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco para a
comunidade, envolvendo‐a nas questões relativas à importância dos empreendimentos desta
natureza.
Ressalta‐se que não há mecanismos legais que impeçam a implantação do empreendimento. Os
impactos e respectivas ações mitigadoras listadas neste relatório visam equacionar e tornar positiva a
relação entre a população, o patrimônio cultural material e os processos ligados à implantação e
funcionamento da LT 345 kV Itutinga – Barro Branco.
45
8. REFERÊNCIAS
Portal do IEPHA: http://www.ipac.iepha.mg.gov.br, acessado em 05 de fevereiro de 2018, às 16:35.
BIODINÂMICA. EIA – Estudo de Impacto Ambiental: Projeto LT 345 kV Itutinga – Barro Branco. Rio de
Janeiro, 2017. (Disponível em: http://twixar.me/sCn3)
GONÇALVES, Vicente Geraldo. Histórias e estórias de um distrito de Ouro Preto: Santo Antônio do Leite.
Itabirito: Pontual Artes Gráficas Ltda, 2014
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN. Patrimônio Imaterial, 2014.
Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234>. Acesso em: 28 nov. 2017.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN. Instrução Normativa nº 001,
de 25 de março de 2015. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 mar. 2015.
Disponível em:
<http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Instrucao_normativa_01_2015.pdf>. Acesso em:
11 nov. 2017.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN. Rodas de capoeira, 2014.
Disponível em:<http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/66>. Acesso em: 14 nov. 2017.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN. Roda de Capoeira ‐ Patrimônio
Cultural Imaterial da Humanidade, 2014f. Disponível
em:<https://www.youtube.com/watch?v=_HeWO3vmCXY>. Acesso em: 14 nov. 2017.
BRASIL. Decreto nº 3.551, de 04 de agosto de 2000. Institui o Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio
Imaterial e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 ago.
2000.
46
ANEXO I
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
DOS MUNICÍPIOS
Prefeitura Municipal de Itutinga
I‐1
Prefeitura Municipal de Nazareno
I‐2
Prefeitura Municipal de Conceição da Barra De Minas
I‐3
Prefeitura Municipal de São João Del Rei
I‐4
Prefeitura Municipal de Ritápolis
I‐5
Prefeitura Municipal de Resende Costa
I‐6
Prefeitura Municipal de Entre Rios de Minas
I‐7
Prefeitura Municipal de Jeceaba
I‐8
Prefeitura Municipal de São Brás Do Suaçui
I‐9
Prefeitura Municipal de Congonhas
I‐10
Prefeitura Municipal de Mariana
I‐11
ANEXO II
CURRÍCULO LATTES DA EQUIPE
RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO
DESTE RAIPM
22/05/2018 Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Camila de Souza Lopes)
Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Foi bolsista do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) da Universidade Federal de Viçosa
desenvolvendo pesquisa na área de Planejamento Urbano e Urbanismo (2008/2009). Foi bolsista Programa
Institucional de Bolsas de Extensão Universitária da Universidade Federal de Viçosa (PIBEX/UFV) atuando na
área de Planejamento Urbano, trabalhando com elaboração de Plano Diretor Participativo (2007/2008). Tem
experiência de estágio em escritórios de arquitetura e foi estagiária no projeto do Parque Tecnológico de Viçosa.
Participou como colaboradora no desenvolvimento de novos projetos no processo de implantação do Parque
Tecnológico de Viçosa (2009) e atualmente é Bolsista de Gestão em Ciência e Tecnologia da Fapemig (2010)
atuando como Gerente de Projetos do Parque Tecnológico de Viçosa. Já atuou em serviços de fiscalização e
acompanhamento de execução de obra para a Secretaria de Estado de Esducação/MG - Regional Ponte Nova
(2009). Atua também como Arquiteta e Urbanista desenvolvendo projetos residenciais, comerciais, design de
interiores, entre outros. (Texto informado pelo autor)
Identificação
Nome Camila de Souza Lopes
Nome em citações bibliográficas LOPES, C. S.
Endereço
Endereço Profissional Universidade Federal de Viçosa, Reitoria, Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional
de Viçosa.
Av. P. H. Rolfs s/n - Edifício CEE - Sala 112
Campus UFV
36570-000 - Vicosa, MG - Brasil
Telefone: (31) 38993133
Ramal: 4385
URL da Homepage: http://www.centev.ufv.br/
Formação acadêmica/titulação
2004 - 2009 Graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
Título: De uma praça a outra: Uma proposta de reintegração urbana para a área central
de Teixeiras/MG..
Orientador: Maristela Siolari da Silva.
Atuação Profissional
Áreas de atuação
1. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Arquitetura e Urbanismo / Subárea:
Projeto de Arquitetura e Urbanismo.
2. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Administração / Subárea: Administração
Pública/Especialidade: Planejamento em Ciência e Tecnologia.
Idiomas
Inglês Compreende Razoavelmente, Fala Razoavelmente, Lê Razoavelmente, Escreve
Razoavelmente.
Espanhol Lê Razoavelmente.
Prêmios e títulos
2009 Medalha de Prata Presidente Bernardes concedida pela Universidade Federal de Viçosa ao
melhor desempenho entre os formandos de Arquitetura e Urbanismo (Formandos Julho de
2009), Universidade Federal de Viçosa..
2009 Certificado de destaque pelo Excelente Desempenho Acadêmico da turma de formandos
do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal
de Viçosa., .
2007 Trabalho classificado entre os trinta finalistas da V Bienal José Miguel Aroztegui: Concurso
Estudantil Latino-Americano de Arquitetura Bioclimática., IX Encontro Nacional e V
Encontro Latino Americano de Conforto no Ambiente Construido.UFOP..
Produções
Produção bibliográfica
Apresentações de Trabalho
1. LOPES, C. S.; BARROS, G. A. ; MOREIRA, F. V. ; BIANCH, G. M. ; TIBIRICA, A. C. G. . Example of a Brazilian Drawn
Integrated Bioclimatic Pratics. 2008. (Apresentação de Trabalho/Seminário).
2. LOPES, C. S.; STEPHAN, I. I. C. . Construção do Plano Diretor PArticipativo na área de abrangência da Estrada Real: uma
estratégia associativista e de capacitação para o municipio de Minduri.. 2007. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
Eventos
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4267498H5 3/3
22/05/2018 Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Marcela Maciel Santana)
Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa (2008) e mestrado em
Arquitetura e Urbanismo - com ênfase em Planejamento Urbano - pela Universidade Federal de Viçosa (2012).
Atualmente é doutoranda em "Patrimônios de Influência Portuguesa", CES/III - Universidade de Coimbra,
Portugal, com o tema: "Cidades, planejamento e cultura de língua portuguesa na contemporaneidade: visão
global e ações integradas nas políticas urbanas para um futuro sustentável", orientada pelo Doutor Walter Rossa.
Lecionou de 2012 a 2014 no curso de Arquitetura e Urbanismo da FACIG, Manhuaçu-MG, nas disciplinas de
História da Arquitetura, Desenho e Projeto. Atua desde 2009 como arquiteta e urbanista na empresa
A7Arquitetura, em projetos arquitetônicos, urbanísticos e consultorias técnicas. (Texto informado pelo autor)
Identificação
Nome Marcela Maciel Santana
Nome em citações bibliográficas SANTANA, M. M.
Endereço
Formação acadêmica/titulação
2015 Doutorado em andamento em Patrimônios de Influência Portuguesa.
Universidade de Coimbra, UC, Portugal.
Título: Cidades, planejamento e cultura de língua portuguesa na contemporaneidade:
visão global e ações integradas nas políticas urbanas para um futuro sustentável,
Orientador: Walter Rossa.
Coorientador: Andréa da Rosa Sampaio.
Palavras-chave: patrimônio urbano; urbanismo de influência portuguesa; gestão do
patrimônio e planejamento urbano.
Grande área: Ciências Sociais Aplicadas
Grande Área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Arquitetura e Urbanismo / Subárea:
Gestão do Patrimônio.
Grande Área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Planejamento Urbano e Regional /
Subárea: Planejamento Urbano.
2010 - 2012 Mestrado em ARQUITETURA E URBANISMO (Conceito CAPES 3).
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
Título: AS BORDAS DA CIDADE COLONIAL: UM ESTUDO DA PAISAGEM TOMBADA DE
OURO PRETO-MG,Ano de Obtenção: 2012.
Orientador: Ítalo Itamar Caixeiro Stephan.
Coorientador: Regina Esteves Lustoza/ Geraldo Browne Ribeiro Filho.
Bolsista do(a): CAPES/REUNI, CAPES/REUNI, Brasil.
Palavras-chave: Planejamento urbano; Crescimento urbano - Ouro Preto; Patrimônio
cultural.
Grande área: Ciências Sociais Aplicadas
Grande Área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Planejamento Urbano e Regional /
Subárea: Planejamento do Espaço Urbano e Regional.
2004 - 2008 Graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
Título: Intervenção em cidade histórica: Uma proposta de Museu de Arte Contemporânea
para Ouro Preto.
Orientador: Ítalo Itamar Caixeiro Stephan.
Formação Complementar
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4479409A1 1/7
2013 - 2013
22/05/2018 Espanhol do
Currículo nível B1. (Carga
Sistema horária: Lattes
de Currículos 60h). (Marcela Maciel Santana)
Expanish Buenos Aires, EXPANISH, Argentina.
2013 - 2013 Workshop de Métodos Ativos da FACIG. (Carga horária: 4h).
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu, FACIG, Brasil.
2011 - 2011 Organização e Apresentação de Seminários. (Carga horária: 2h).
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
2011 - 2011 O Planejamento do Ensino e seus Desdobramentos. (Carga horária: 2h).
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
2011 - 2011 Aplicação do Regulamento Técnico daQualidade RTQ-R. (Carga horária: 24h).
Procel Edifica, PROCEL, Brasil.
2008 - 2008 D' Olho na Qualidade. (Carga horária: 16h).
Sebrae, SEBRAE, Brasil.
2008 - 2008 O uso do aço na arquitetura. (Carga horária: 16h).
Centro Brasileiro da Construção em Aço, CBCA, Brasil.
2008 - 2008 Museus e Turismo. (Carga horária: 30h).
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
2006 - 2006 Arquitetura Hospitalar. (Carga horária: 16h).
Empresa Júnior de Arquitetura e Urbanismo, TETU, Brasil.
Atuação Profissional
Projetos de pesquisa
2015 - 2016 UNESCO's Global Report on Culture and Sustainable Urban Development regional survey
for Portuguese speaking countries
Descrição: Relatório regional relativo a países de língua portuguesa, que integrou o Global
Report on Culture and Sustainable Development da UNESCO. O objetivo desta
investigação foi analisar como a cultura, o património e os seus diferentes componentes
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4479409A1 3/7
22/05/2018 fazem parte
Currículo dos processos
do Sistema de desenvolvimento
de Currículos urbano
Lattes (Marcela Macieldas cidades. Como casos de estudo
Santana)
foram utilizados alguns locais históricos de países de língua portuguesa: Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, e a região
administrativa de Macau. Toda a análise foi feita tendo como foco principal as dinâmicas
contemporâneas das cidades e as relações entre planeamento urbano e patrimônio..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Doutorado: (2) .
Projetos de extensão
2008 - 2008 Projeto Habitat - Consultório Móvel de Arquitetura no Bairro Nova Viçosa, em Viçosa-MG
Descrição: Orientação técnica às famílias do bairro Nova Viçosa, nas ações referentes à
construção, reformas, acréscimos e soluções de problemas construtivos das moradias..
Situação: Concluído; Natureza: Extensão.
Áreas de atuação
1. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Arquitetura e Urbanismo.
2. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Planejamento Urbano e Regional.
3. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Arquitetura e Urbanismo / Subárea:
Patrimônio.
4. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Arquitetura e Urbanismo / Subárea:
História da Arquitetura e Urbanismo.
Idiomas
Espanhol Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.
Inglês Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.
Prêmios e títulos
2017 TOEFL ITP - Test of English as a Foreign Language (score: 570), ETS - Educational Testing
Service.
2015 Aprovação em 1º lugar (fase extraordinária) do processo seletivo para ingresso no
Doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, Universidade de Coimbra.
2015 Aprovação no processo seletivo para ingresso no Programa de Pós-Graduação (Doutorado)
em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4479409A1 4/7
2011
22/05/2018 Bolsa, CAPES/REUNI.
Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Marcela Maciel Santana)
2010 Aprovação no processo seletivo para ingresso no Programa de Pós-Graduação (Mestrado)
em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa.
2009 Bolsa, Pibex/UFV.
2008 Prêmio Arthur Bernardes - Mérito em Extensão: Melhor projeto do Centro de Ciências
Exatas/UFV, Universidade Federal de Viçosa.
2008 3o Lugar Nacional - Concurso de Projeto em Estrutura em Aço - CBCA para Estudantes de
Arquitetura, CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço.
Produções
Produção bibliográfica
Ordem Cronológica
1. SANTANA, M. M.. Mindelo: Entre Portugal e Brasil. Arquiteturismo (São Paulo), v. 120, p. 02, 2017.
Apresentações de Trabalho
1. SANTANA, M. M.. 'Patrimônios de Influência Portuguesa: visão global'. 2016. (Apresentação de Trabalho/Seminário).
2. SANTANA, M. M.. Apresentação do caso de Mindelo no lançamento do livro 'Cidades Imaginadas nos Planos de
Urbanização: Cabo Verde 1934-1974', de Sérgio Padrão Fernandes (2016). 2016. (Apresentação de Trabalho/Outra).
3. SANTANA, M. M.. 'Discussões contemporâneas acerca das cidades'. 2016. (Apresentação de Trabalho/Seminário).
4. SANTANA, M. M.. Acessibilidade na cidade de Manhuaçu. 2014. (Apresentação de Trabalho/Outra).
5. Nolasco, I.C.C.S. ; SANTANA, M. M. . Mesa redonda - Profissional Arquiteto e Profissional Engenheiro. 2014.
(Apresentação de Trabalho/Outra).
6. SANTANA, M. M.; STEPHAN, I. I. C. . As bordas da cidade colonial: Um estudo da paisagem tombada de Ouro Preto-MG.
2013. (Apresentação de Trabalho/Seminário).
7. SANTANA, M. M.; PAIXAO, A. C. ; CARLO, J. C. ; STEPHAN, I. I. C. . A Inserção da Eficiência Energética no Ensino de
Projeto de Arquitetura. 2011. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
8. SANTANA, M. M.; SUYAMA, T. ; Gomes, W.J.C. ; Arantes, P.T.L. . Acessibilidade, a utopia possível. 2009. (Apresentação
de Trabalho/Outra).
9. SANTANA, M. M.; CARVALHO, A.W.B. ; CARVALHO, A.G.S. ; LOPES, A. M. L. . Projeto Habitat - Consultório Móvel de
Arquitetura no Bairro Nova Viçosa. 2008. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
10. BORGES, R.M. ; CARVALHO, A.W.B. ; SANTANA, M. M. ; URUSHIBATA, C.E. . Projeto Habitat - Consultório de Arquitetura
no Bairro Nova Viçosa, em Viçosa-MG. 2007. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
Bancas
Eventos
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4479409A1 7/7
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Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa (2008). Atua como
arquiteto e urbanista na empresa A7 Arquitetura, onde desenvolveu projetos arquitetônicos residenciais,
institucionais, comerciais, urbanísticos, etc. (2009-2018) (Texto informado pelo autor)
Identificação
Nome Wander José Cabral Gomes
Nome em citações bibliográficas GOMES, W. J. C.
Endereço
Formação acadêmica/titulação
2004 - 2009 Graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
Título: Reabilitaçõa Urbana e uma Nova Centralidade para Tiradentes-MG.
Orientador: Regina Esteves Lustoza.
Formação Complementar
2008 - 2008 Museus e Turismo. (Carga horária: 30h).
Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil.
2008 - 2008 O Uso do Aço na Arquitetura. (Carga horária: 16h).
Centro Brasileiro da Construção em Aço, CBCA, Brasil.
2006 - 2006 Arquitetura Hospitalar. (Carga horária: 16h).
Empresa Junior de Arquitetura e Urbanismo, TETU, Brasil.
Atuação Profissional
Áreas de atuação
1.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4206699T6 1/2
22/05/2018 Grandedo
Currículo área: Ciências
Sistema Sociais Aplicadas
de Currículos / Área: Arquitetura
Lattes (Wander José Cabral eGomes)
Urbanismo / Subárea:
Projeto de Arquitetura e Urbanismo.
2. Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Planejamento Urbano e Regional.
Idiomas
Inglês Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.
Prêmios e títulos
2008 Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura (Estruturas em Aço), Centro Brasileiro de
Construções em Aço - CBCA.
Produções
Produção bibliográfica
Eventos
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4206699T6 2/2
ANEXO III
MAPA DE BENS TOMBADOS E
VALORADOS
121 TOMBADO (500-T-1954) Livro de Tombo Belas Artes
Barão de Pontal
122 Igreja Nossa Senhora da Glória TOMBADO (502-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
123 Capela de São Pedro INSTRUÇÃO (646-T-1962) -
124 Casa: Palácio Velho INSTRUÇÃO (647-T-1962) -
Casa: Rua D. Silvério (do Pai do Inconfidente
125 INSTRUÇÃO (648-T-1962) -
José Álvares Maciel)
Casa à Rua Nossa Senhora da Glória (verificar
126 INSTRUÇÃO (1205-T-1986) -
número)
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Morro da Água Quente
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525000 550000 575000 Córrego do Feijão 600000 625000 650000 675000
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Bom Jesus de Angicos
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(
£
¤ 381 .
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Brumadinho
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356 RI
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Bens Tombados ou em processo de tombamento e Bens Ferroviários valorados ou em processo de valoração
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Município tombamento e Bens Ferroviários Estágio da instrução Livros do Tombo/Processo nº
Carmo do Cajuru Ordem
valorados ou em processo de valoração
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431
Itatiaiuçu
Palhano
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São João dei Rei, MG: conjunto arquitetônico e GOIÁS
/ Goiânia
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Aranha RERRATIFICAÇÃO (68-T-38) Livro de Tombo Belas Artes
(
Sousas
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MINAS GERAIS
(
urbanístico
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(
Oc e a
!
( 2 Igreja de São Francisco de Assis TOMBADO (171-T-38) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
Acuruí
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Cláudio Manuel 3 Igreja Nossa Senhora do Carmo TOMBADO (172-T-38) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
SE BARRO BRANCO
DI
VIN ÓP OLI
S CARMO DO CAJU RU 4 SE ITABIRITO 2
!
(
Santa Teresinha Sobrado à Rua Marechal Deodoro, 12 TOMBADO (361-T-46) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
t lân
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tico
Bento Rodrigues 6 Passo da Rua Duque de Caxias TOMBADO (410-T-49) Livro de Tombo Belas Artes ESPÍRITO SANTO
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(
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I
TABI
RITO
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!
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(
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DO SUL
Santo Antônio da Serra Rio Manso BON FI
M .
! 117 8
Igreja Matriz de São Miguel Arcângelo (ex
INSTRUÇÃO (796-T-67) - SE ITUTINGA
Aconchego da Serra
/
Cajurú)
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Águas Claras
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Complexo ferroviário de São João Del Rei a
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79 ¬
« 129
( Camargos
9
Tiradentes
TOMBADO (1185-T-85) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes SE JECEABA
!
SÃO PAULO
!
£
¤ 381
! ! ! ! ! !
!
!
!
£
¤ 356 80 Antônio
!
10
Acervo: bens móveis que pertencem à capela RIO DE JANEIRO
SE ITABIRITO 2
!
MOEDA
!
!
!
Pombal, localizada na fazenda Ouro Fino.
MARIANA PARANÁ
! !
!
( /
11
!
Pátio da Estação Ferroviária Chagas Dória - VALORADO 01514.003981/2011-81
! !
!
(
63
!
P LAN TADESI
TU AÇ Ã O
!
!
/
12 Estação Ferroviária de Chagas Dória - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
São Bartolomeu
! !
! ! ! !
!
107
!
13
!
!
Bonfim
!
³
Amarantina
!
São João
!
! (
!
!
(
99 a 106, 109, 14 Estação Ferroviária de Tiradentes - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
Moeda Del Rei MINAS GERAIS SE ITABIRITO 2
!
.
!
!
!
.
! 83 110 e 115 15 - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
124 118 e 119, 121, Rei
! !
Engenheiro
7750000
7750000
Bação 16
!
Estação Ferroviária de São João Del Rei - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
(
Correia 46 123, 125 OURO PRETO
!
!
48 MARIANA
¬
440
« 10
39, 42, 68 e 77
!
!
17
!
(
Alojamento para manobrador/guarda chaves - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
(
!
Monsenhor Horta
!
(
!
!
Acaica Acaiaca
! (
!
(
90 a 98 Bandeirantes
40
45 Prédio do antigo armazém da Carpintaria e
!
!
I
TAGU ARA Cachoeira 18 - VALORADO 01514.003981/2011-81 CONGONHAS
!
Santo Antonio Furquim
( (
Ferraria
!
!
.
!
!
do Campo
Itaguara Crucilândia £
¤ 040 do Leite
!
¬
« 262
!
!
JECEABA
!
50 ACAI
ACA
!
20
!
.
!
!
Casa de Bomba de Óleo - VALORADO 01514.003981/2011-81
!
! !
SE BARRO BRANCO
¬
«
260
!
CLÁU DI
O Ouro Preto !
!
21
.
! !
!
.
!
!
Cachoeira
¬
«
030
!
CRU CI
LÂN DI
A 22
! ! !
Padre
!
( ! ! ! !
Corumbá
!
!
OURO PRETO
( !
(
!
! ! !
Passagem
! ! !
Viegas 23
!
! !
!
!
.
! !
Rodrigo de Mariana
!
!
20 24 RESENDE SE JECEABA
!
Silva
! !
!
! !
! !
!
COSTA
!
¬
«
!
41, 44 e 76 Barrocas 26
PI
EDADEDOSGERAI
S
!
Miguel !
!
27
!
Burnier RITÁPOLIS
!
( !
(
.
!
30
Cláudio
SE BARRO BRANCO
Pires Terreno do leito ferroviário do município de
!
!
!
28
!
!
- INSTRUÇÃO 01514.006003/2011-91
!
¬
155
« 37 e 38, 40, 43, 47,
!
Barro Branco São João del Rei, km 88.000 a 136.000
!
64 e 86
!
CONCEIÇÃO DA
!
Ritápolis 29
! ! ! !
BARRA DE MINAS
!
Fazenda do Pombal: remanescentes TOMBADO (832-T-1970) Livro de Tombo Histórico
!
87
!
!
!
!
DI
OGO DEV ASCON CELOS
!
30
Piedade dos Gerais
!
.
! NAZARENO
84, 88 e 89
!
36 Costa do Inconfidente Resende Costa
!
!
!
!
!
Área Ampliada
Congonhas
!
31 a 35 Santuário de Bom Jesus de Matozinhos:
£
¤
!
381
!
Lavras Novas
( ! !
!
50 31 ITUTINGA SÃO JOÃO DEL REI
!
conjunto arquitetônico, paisagístico e TOMBADO (75-T- 1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
!
Santo Antônio
!
escultórico
CONGONHAS
.
!
!
!
40
! !
32
.
!
TOMBADO (238-T- 1941)
!
urbanístico paisagístico
!
Lobo Leite
.
!
!
! !
! !
!
Ouro Branco
! !
!
Caetano Lopes 33 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição TOMBADO (395-T- 1950) Livro de Tombo Belas Artes
!
Congonhas
JECEABA
!
(
!
CON V EN Ç Õ ES
!
.
!
!
Santa Quitéria Coleção constituída de 89 ex-votos pintados
20
Jeceaba
!
Carmópolis PI
RACEMA
!
Bituri 34 pertencentes ao Santuário do Bom Jesus de TOMBADO (1039-T- 1980) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
de Minas Santa Rita de Ouro Preto
.
!
!
!
! !
(
Matozinhos
(
ESTRADAP AV I
MEN TADA
.
!
!
!
(
SE JECEABA
2
Carmo da Mata Gleba com 490.664,00m - Lote 01 - Ferrovia
!
35
!
- EM INSTRUÇÃO 01514.003479/2009-55
!
!
!
OU RO BRAN CO
!
10
PI
RAN GA 644+10 - Fazenda Mazargão
¬
155
« Joaquim Murtinho ESTRADASEM P AV I
MEN TAÇ Ã O
7725000
7725000
!
(
36 Fábrica de Ferro Patriótica: ruínas TOMBADO (31-T-1938) Livro de Tombo Histórico
!
!
Alto Maranhão
!
!
( Pinheiros Altos
!
! ! !
37
! ! !
!
TOMBADO (70-T-1938) paisagístico; Livro de Tombo Histórico e Livro de
!
! !
urbanístico
£
!
¤
383 !
!
(
Vinte Alqueires !
!
0
10
!
P ASSATEMP O OURO PRETO Ampliação 40 Oratório da Rua Barão de Ouro Branco TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes FERROV I
A
!
CARMÓP OLI
SDEMI
N AS Santo Antônio do Pirapetinga
!
(
São Brás do Suaçuí 41 Igreja de Santa Efigênia TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
!
(
42 Igreja do Bom Jesus do Matozinhos TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
(
.
!
Monsenhor Isidro
!
!
.
!
SÃO BRÁS Conselheiro Lafaiete 45 Capela de Nossa Senhora da Piedade TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes L
TEXI
STEN TE
¬
«
!
DO SUAÇUÍ 46
90
Pereirinha
£
!
.
!
¤ 482
!
30 Povoado Chapada
!
47 Passo da Rua São José TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
.
!
Itaverava CATASAL
TASDAN ORU EGA 48
Entre Rios
!
Capela de São João Batista TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
ÁREAU RBAN A
Piranga 49
.
!
Igreja de São Francisco de Paula TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
Oliveira de Minas Catas Altas da Noruega
!
50
!
Capela do Bom Jesus das Flores TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
.
! .
! .
!
QU ELU ZI
TO CON SELHEI
RO 51 Capela do Senhor do Bonfim TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
SEDEMU N I
CIP AL/LOCALI
DADES
!
52
!
Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
LAFAIETE
.
!
I
TAV ERAV A
!
ENTRE RIOS DE MINAS 53 Passo da Ponte Seca TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
£
¤369
£
¤ 482
!
54
!
!
!
1:
50.
000 56
!
.
OLI
V EI
RA Jacarandira RESENDE COSTA Buarque 57 Capela de Nossa Senhora das Dores TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
( de Macedo
CU RSO D'
ÁGU A/
CORP O D'
ÁGU A/
BARRAGEM
!
!
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
!
¤ 383
!
de Antônio Dias
!
( !
(
CON V EN Ç Õ ESADI
CION AI
S
!
Presidente Bernardes
.
!
Joselândia 60
! !
Igreja de Nossa Senhora do Carmo TOMBADO (110-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
£
¤040
!
Santana dos Montes
!
Casa Grande 61
!
Igreja de São Francisco de Assis TOMBADO (111-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
7700000
.
!
62
!
(
!
!
Km
!
.
!
Lamim
.
!
!
!
L
T345kV I
TU TI
N GA-
BARRO BRAN CO
!
.
! 63 Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré TOMBADO (403-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
! !
70
64
!
Capela de Santana TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
! !
!
!
Palácio dos Governadores ou Casa à Praça
66
!
£
¤ 381 Ribeirão Santo Antônio
!
(
Cristiano Otoni !
.
! !
67
Tiradentes
!
¤ 494 Rio Melo Ponte de São José ou Ponte Grande de São José TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
N ° de
!
!
CASAGRAN DE Rio Espera 69 Ponte do Pilar TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
LAGOADOU RADA
.
!
!
CRI
STI
AN O OTON I Ouro Preto 70 Chafariz da Praça de Marília TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
.
!
!
71
!
!
!
!
Albuquerque
!
73 Chafariz do Passo de Antônio Dias TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
¬
« 124
!
CAP ELAN OV A
!
74 Ponte da Barra TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
Santo Antônio
!
!
RI
O ESP ERA Cipotânea ÁREADEI N FLU EN CI ADI RETA– AID
! ! !
30 BRÁSP I
RES 75
!
Pedra do Sino Chafariz de São José ou dos Contos TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
! !
(5km ,2.
5km pa r a ca da l
a doda L
T)
!
!
!
!
(
76
! !
.
!
Resende Costa
!
!
. !
CARAN AÍ
BA
!
.
!
77 Chafariz do Alto das Cabeças TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
!
.
!
78 Ponte de Antônio Dias TOMBADO (430-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
Capela Nova
!
!
.
!
79 Igreja Matriz de Santo Antônio em Glaura TOMBADO (465-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
CI
P OTÂN EA
!
!
!
80
¬
« 275 TOMBADO (472-T-19xx) Livro de Tombo Histórico
!
!
£
¤
383 Casa à Praça Tiradentes, antiga Câmara e
REFERÊ N CI
AS
50
Carandaí 81
!
!
¬
«275
!
82 Casa a rua do Conselheiro Quintiliano, nº 9 INSTRUÇÃO (546-T-1956) -
Dores do Turvo
!
RITÁPOLIS 83 Igreja Matriz de São Bartolomeu TOMBADO (604-T-1960) Livro de Tombo Belas Artes
Ramos Vitorinos -Ba s
e V etor
ia lContínua na esca l
a 1:
250.
000(
IBGE,2015)
!
!
.
! 84 Teatro ou Casa da Ópera INSTRUÇÃO (700-T-1963) -
Palmital dos Carvalhos
!
!
£
!
CORON EL
XAV I
ERCHAV ES
! ¤
040
Missionário
!
( Abreus
86
Imagem de Santana / Aleijadinho, do Povoado
da Chapada
TOMBADO (1162-T-1985) Livro de Tombo Belas A1tes OfícioN ° 106/
2016/CN L/P RESI /
IP HAN de 14de Outub r
ode 2016
87
!
Gruta: Igrejinha (da) INSTRUÇÃO (1247-T-1987) -
CARAN DAÍ
!
(
Ritápolis
7675000
7675000
Hermilo Alves ! 88 Coleções do Museu da Inconfidência INSTRUÇÃO (1395-T-1997) -
!
Coronel Xavier
!
.
! .
! (
.
!
. Bom Sucesso
40
!
¬
335
« 29
Chaves
!
Canjamba !
( .
!
Senhora dos Remédios
DORESDO TU RV O 89 autoria atribuída à Antônio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho
INSTRUÇÃO (1707-T-2014) -
!
Prados
!
Mercês de
(
Vargem do Amargoso
!
(
¬
« 132 2
Edificação com área de 74,00m - Rua da
!
.
!
Ressaquinha 2
Edificação com área de 80,00m - Rua da
!
91 - EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14
Estação, s/nº Engº Correia - Ouro Preto
!
.
!
10
!
!
(
Simão Tamm
DORESDECAMP OS
2
Edificação com área de 92,000m - Rua da
SEN HORA
!
AL
TO RI
O DOCE 92 - EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14
Estação, s/nº Engº Correia - Ouro Preto
DOSREMÉDI OS
!
RESSAQU I
N HA
2
Edificação com área de 129,00m - Rua da
13 e 14 93 - EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14
São Gonçalo !
£
¤ 494
Tiradentes P RADOS
Estação, s/nº Engº Correia - Ouro Preto
!
2
Edificação com área de 74,00m - Rua da
Santa Cruz 94 - EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14 Es
ca l
a Gr
áfica
CONCEIÇÃO DA
30
TI
RADEN TES MERCÊ S - EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14
(
.
! Estação, s/nº Engº Correia - Ouro Preto
São João del Rei São José do Pouso Alegre 96 2
- EM INSTRUÇÃO 01514.005990/2011-14 0 2,
5 5 10 15 20 25
!
Edificação com 70 m
(
Conceição da
!
.
!
ALFREDO V ASCON CELOS km
!
(
SI
LV EI
RÂN I
A
!
(
!
Elvas
(
Da tum Horizonta l:SI
RGAS2000
!
11 e 12
¬
«
332
£
¤
265
urbanístico
a crescida sa sconsta ntes10. 000km e 500km ,r espectiva m ente.
!
20
DESTERRO DO MELO 100 Igreja de Nossa Senhora das Mercês TOMBADO (71 -T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
I
BITU RU N A Rio das Mortes
!
101 Igreja de São Francisco de Assis TOMBADO (72-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
102 Igreja de Nossa Senhora do Carmo TOMBADO (75-T-1938) Livro de Tombo Belas Artes
!
( !
Barroso
.
!
Ca r
togr
a fia Digita l Biodinâm ica Rio Da ta
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Setem b r
o/2016
!
Pretos
! !
£
¤ 265 Barbacena 104 Igreja da Sé TOMBADO (75-T- 1938) Livro de Tombo Belas Artes
Da ta
\BensTom b a do.
Pr
ojeto Biodinâm ica Rio Setem b r
o/2016
!
.
105 TOMBADO (75-T- 1938) Livro de Tombo Belas Artes
.
!
Rosário Arquiconfraria de São Francisco
!
I
TU MI
RIM São Sebastião da Vitória RI
O P OMBA
!
!
(
Bom Retiro 107 Igreja Matriz de São Caetano TOMBADO (340-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
10
Costas da Mantiqueira
£
¤ 265
7650000
! 7650000
108 Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré TOMBADO (356-T-19xx) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
!
( !
(
!
!
( .
!
109
!
Galego
(
Igreja de Nossa Senhora do Rosário TOMBADO (357-T-19xx) Livro de Tombo Histórico e Livro de Tombo Belas Artes
Colônia Rodrigo Silva
!
110 Igreja Matriz de Bom Jesus do Monte TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
! !
(
!
SAN TABÁRBARA 111 Passo da Ponte da Areia TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
os
.
!
Campolide
Itutinga
\cc_ 286_ MTQ\Diver
da Boa Morte
!
(
Mariana
!
!
( !
(
Emboabas Dr. Sá Fontes
( Pedro Brito 113
!
£
!
!
¤
265
!
!!
(
! ! !
! !
! ! !
! !
! !
( !
( !
(
São Sebastião de Campoline São Sebastião dos Torres
! !
!
!
!
Paiva 114
!
(
Passo da Ladeira do Rosário TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
!
! !
!
.
! .
!
0
! ! ! !
!
115
!
!
Igreja Bom Jesus do Monte TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
!
Arcângelo
!
! !
( !
(
Correia de Almeida
!
!
SÃO JOÃO DEL REI 116 Casa Capitular TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
!
Antônio Carlos
!
117
LT 345 kV ITUTINGA-BARRO BRANCO
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
!
!
!
.
!
OLI
V EI
RAFORTES 118 Passo da Areia TOMBADO (410-T-1949) Livro de Tombo Belas Artes
¬
« 133
!
Usina Hidrelétrica
Aracitaba Casa de Câmara e Cadeia ou Paço Municipal,
!
!
(
Caquente 119
AN TÔN I
O CARLOS TOMBADO (414-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
!
Oliveira Fortes !
!
120
.
Casa com rótulas na rua do Rosário TOMBADO (438-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
TABU LEI
RO
.
!
GU ARAN I
£
¤ Ponto Chique do Martelo
!
494
Docum entP a th:M:
! 122 Igreja Nossa Senhora da Glória TOMBADO (502-T-19xx) Livro de Tombo Belas Artes
FERROVIÁRIOS VALORADOS OU EM PROCESSO DE VALORAÇÃO
!
¬
!
MADREDEDEU SDEMI
N AS I
BERTI
OGA «
338
Bens
_ Tom b a dose BensFer
roviár
ios
!
!
(
01/
01
!
!
(
!
(
!
!
!
!
!
!
!
!
!
ANEXO IV
DOCUMENTAÇÃO REFERENTE AO
STATUS DE CONSERVAÇÃO DA
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE
ENGENHEIRO CORREA
IV‐1
IV‐2
IV‐3
IV‐4
IV‐5
IV‐6
IV‐7
IV‐8