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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

THAYNÁ BARATO

APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS RADIOATIVOS GERADOS NA EXTRAÇÃO DE


TERRAS RARAS A PARTIR DE AREIA MONAZÍTICA

POÇOS DE CALDAS/MG
2015
THAYNÁ BARATO

APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS RADIOATIVOS GERADOS NA EXTRAÇÃO DE


TERRAS RARAS A PARTIR DE AREIA MONAZÍTICA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como parte dos requisitos
para obtenção do título de Engenheira
Química pelo Instituto de Ciência e
Tecnologia da Universidade Federal de
Alfenas.
Orientadora: Profa. Giselle Patrícia
Sancinetti.
Co-orientador: Prof. Leandro Lodi.

POÇOS DE CALDAS/MG
2015
B226a Barato, Thayná.
Aproveitamento de resíduos radioativos gerados na extração de Terras Raras a
partir de areia monazítica. /Thayná Barato.

Orientação de Giselle Patrícia Sancinetti. Poços de Caldas: 2015.


29 fls.: il.; 30 cm.
Inclui bibliografias: fls. 27 - 29

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Química) –


Universidade Federal de Alfenas– Campus de Poços de Caldas, MG.

1. Terras raras . 2. Areia monazita. 3. Urânio.


I . Sancinetti,Giselle Patrícia .(orient.). II. Lodi, Leandro. (coorient.)III. Universidade
Federal de Alfenas – Unifal. IV. Título.

CDD 620.11
AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha saúde e força para superar os desafios encontrados no meio do
caminho.
Aos meus pais, por todo tipo de apoio, incentivo, amor e exemplo que me fizeram me
tornar quem sou hoje.
A minha orientadora Giselle Patrícia Sancinetti e co-orientador Leandro Lodi pelas
correções e sugestões dadas na realização desse trabalho.
A Universidade Federal de Alfenas, docentes, técnicos e outros funcionários, que sem
os quais não seria possível a conclusão deste ciclo.
As Indústrias Nucleares do Brasil, de onde surgiu o meu interesse pelo tema
desenvolvido nesse trabalho.
Aos meus amigos e colegas de classe que me apoiaram e me acompanharam durante
essa longa jornada.
A todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação.
RESUMO

A extração de elementos denominados terras raras é de grande importância visto a enorme


gama de aplicações dos mesmos, como, por exemplo, baterias recarregáveis, catalisadores,
equipamentos médicos de raio-X, dentre outras. O mineral que contém em maior abundância
esses elementos é a monazita. A monazita pode constituir areias provenientes da
decomposição de rochas como granitos, aplitos, pegmatitos e de rochas metamórficas, já que
a mesma é um mineral acessório dessas rochas. Associados à monazita estão os elementos
radioativos tório e urânio, que, após o processamento do mineral, são eliminados como
resíduos. Dessa forma, para se evitar o descarte de resíduos radioativos no ambiente, se faz
necessário o uso de técnicas que possam purificar o máximo possivel do rejeito, extraindo
tório, urânio e até mesmo elementos terras raras que não foram extraídos no processo inicial.
Este trabalho possuiu como objetivo listar as técnicas existentes na extração desses elementos
do resíduo gerado no processamento da monazita. A extração, além de evitar danos ao meio
ambiente, também gera outros produtos que podem ser utilizados na indústria. O processo
mais conhecido aplicado é denominado Amex (amine extraction), que consiste na utilização
de solventes para a reextração desses elementos.

Palavras-chave: Amex. Monazita. Terras raras. Tório. Urânio.


ABSTRACT

The extraction of elements called rare earths is of great importance since these elements can
be used in many ways (for example, rechargeable batteries, catalysts, medical X-ray
equipment, among others). The mineral which most contains these elements is the monazite.
The monazite can constitute sand from the decomposition of rocks as granite, aplites,
pegmatites and metamorphic rocks, since it is an accessory mineral of these rocks. Associated
to the monazite there are the radioactive elements uranium and thorium, which, after the
mineral processing, are eliminated as waste. Thus, to avoid the disposal of radioactive waste
on the environment, it is necessary to use techniques that can purify as much as possible the
waste, extracting thorium, uranium and even rare earth elements that have not been drawn in
the initial process. This paper aimed to list the existing techniques for the extraction of these
elements present in the waste generated by the monazite processing. The extraction, in
addition to avoiding damage to the environment, it also generates other products that can be
used in industry. The most applied process is denominated Amex (amine extraction), which
consists in using solvents to extract these elements.

Keywords: Amex. Monazite. Rare earths. Thorium. Uranium.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8
2. JUSTIFICATIVAS............................................................................................................ 10
3. OBJETIVOS...................................................................................................................... 11
3.1. OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................. 11
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 11
4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 12
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 13
5.1. TERRAS RARAS ......................................................................................................... 13
5.2. MONAZITA .................................................................................................................. 13
5.3. EXTRAÇÃO DE TERRAS RARAS A PARTIR DA AREIA MONAZÍTICA ........... 15
5.4. RESÍDUOS GERADOS NA EXTRAÇÃO DE TERRAS RARAS E IMPACTOS
AMBIENTAIS ......................................................................................................................... 17
5.5. MÉTODOS PARA RECUPERAÇÃO DE TÓRIO E URÂNIO .................................. 18
5.5.1. TÓRIO ....................................................................................................................... 19
5.5.1.1. RECUPERAÇÃO DE TÓRIO ............................................................................... 20
5.5.2. URÂNIO .................................................................................................................... 21
5.5.2.1. RECUPERAÇÃO DE URÂNIO............................................................................ 22
5.5.3. PROCESSO AMEX .................................................................................................. 22
5.6. ANÁLISES POLÍTICA E ECONÔMICA .................................................................... 23
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 25
7. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 26
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 27
8

1. INTRODUÇÃO

Terras raras compõem um conjunto de 15 elementos químicos, constituído pela família


dos lantanídeos, além do elemento ítrio. Os principais depósitos minerais de terras raras se
encontram na China, Estados Unidos, Austrália, Índia, Brasil, Canadá, Países Escandinavos e
nos países da antiga União Soviética (AMARAL, 2006). Suas características físicas podem
variar em sua coloração, podendo esta ser incolor, verde, castanha, avermelhada, ou
acinzentada. Acredita-se que isso depende do teor de grafita ou de produtos oxidados de ferro
presentes neste mineral (AMARAL, 2006).
As terras raras presentes em maior quantidade na monazita são, normalmente,
elementos do grupo cério (Ce), englobando do lantânio (La) ao európio (Eu) (terras raras
leves); a partir do gadolínio (Gd), elementos mais pesados, são menos abundantes no mineral
(AMARAL, 2010).
Tório e urânio não fazem parte das terras raras, pois possuem comportamento químico
diferente, além de serem extraídos por técnicas próprias, que evitam a contaminação dos
produtos de terras raras. Dentre as fontes de Tório, a monazita é uma das maiores no mundo,
além de ser o mineral mais abundante (AMARAL, 2006).
O termo monazita, segundo COELHO et al. (2005), deriva do grego monazein, que
significa estar solitário, devido à raridade do mineral. Esse mineral se concentra nas areias,
por ser resistente ao intemperismo, ou seja, ações da natureza, além de possuir alta densidade,
estando, assim, associado com outros minerais resistentes e pesados (COELHO et al., 2005).
Sua composição química corresponde a fosfato de cério, lantânio e outros metais, sendo,
geralmente, 16,9% La2O3 , 34,1% Ce2O3 , 5,5 % ThO2 , 29,5% P2O5 , 14,0% Nd2O3. A
fórmula química do mineral monazita é representada por (Ce,La,Nd,Th)PO4 (MACHADO,
2015).
A ocorrência da monazita pode ser observada em diferentes ambientes geológicos,
estando distribuída como material acessório em rochas metamórficas, derivadas de
sedimentos argilosos.
As areias monazíticas apresentam um expressivo potencial econômico, porém ainda
não existem programas que visam à exploração destas para aplicações tecnológicas. Porém
existem muitos estudos ambientais, em longo prazo, de interesse em sua estrutura, uma vez
que sua estabilidade instiga os estudiosos a desenvolverem um modelo sintético para
imobilização de lixo radioativo (AMARAL, 2006).
9

Na medicina, as propriedades elétricas e magnéticas das areias monazíticas permitem


aplicações terapêuticas no tratamento de reumatismo e doenças alérgicas (AMARAL, 2006).
Segundo Martins e Isolani (2004), a combinação de diversas inovações na ciência dos
materiais, biológicas, sínteses inorgânicas, métodos em escala industrial e caracterização
analítica são as chaves para novas aplicações dos elementos terras raras.
Devido à presença de elementos com propriedades radioativas, a monazita tornou-se
um dos minerais acessórios comumente utilizados em datações radiométricas, ou seja, através
da medição da quantidade de energia emitida pelos elementos radioativos, a idade absoluta de
uma rocha pode ser determinada (AMARAL, 2006).
10

2. JUSTIFICATIVAS

No Brasil, o processamento da monazita, na obtenção do concentrado de terras raras,


gera um resíduo, cuja composição média equivale a 39,5% de ThO2 (óxido de Tório), 2,3% de
U3O8 (óxido de urânio), 6,1% de TR2O3 (óxidos mistos de terras raras) e o restante impurezas,
como ferro, zircônio, cálcio e sílica (VASCONCELLOS, 2000).
O Tório e o Urânio podem ser separados do resíduo obtido, devido à capacidade
desses metais de formarem complexos aniônicos, com elevado número de íons, tanto em
soluções básicas como ácidas. No Brasil, esta recuperação é de responsabilidade das
Indústrias Nucleares do Brasil, INB. Em 1992, a empresa interrompeu a produção de
concentrado de terras raras, retomando esta atividade em 2004, não mais em Santo Amaro/SP,
mas sim em Caldas/MG, realizando algumas modificações no processo (AMARAL, 2006).
A recuperação do urânio presente no resíduo é de grande importância para que se evite
a produção de rejeitos, reduzindo, assim, os impactos ambientais gerados, bem como a
exposição da população a esses resíduos radioativos. Por este motivo, este trabalho
apresentará as técnicas de extração do urânio, bem como opções de tratamento do resíduo
gerado no processamento da monazita, já existentes.
11

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVOS GERAIS

O trabalho possuiu como objetivo geral estudar métodos existentes no aproveitamento


de resíduos compostos por ThO2, U3O8, óxidos mistos de terras raras e impurezas, como ferro,
zircônio, cálcio e sílica para extração de elementos radioativos, gerados na extração de terras
raras a partir da areia monazítica.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Dentre os objetivos específicos deste trabalho, podem ser citados:


 Apresentação dos elementos terras raras;
 Apresentação do mineral monazita;
 Estudo do processo de extração dos elementos terras raras a partir da monazita;
 Estudo do resíduo gerado no processo de extração;
 Estudo dos impactos ambientais causados pelo resíduo gerado;
 Levantamento dos métodos de extração de tório e urânio a partir do resíduo.
12

4. METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho foi feita através de levantamento de dados já existentes


encontrados na literatura, por meio de uma revisão bibliográfica. Para tal, foram realizadas
pesquisas bibliográficas, incluindo trabalhos publicados em revistas científicas, relatórios
técnicos e estudos desenvolvidos por órgãos do governo brasileiro.
Os dados coletados foram analisados e dispostos de maneira a apresentar os métodos
utilizados nos dias de hoje.
13

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1. TERRAS RARAS

A denominação “terras raras” (ou TR, como serão referidos nesse trabalho) foi dada a
esses elementos, pois, inicialmente, os mesmos foram descobertos em suas formas de óxido,
as quais se assemelham aos materiais conhecidos como terras. Não se sabe ao certo o porquê
do termo “rara”, mas segundo Martins e Isolani, 2004, essa denominação é incoerente, já que
esses elementos são mais abundantes na natureza do que muitos outros. Essa afirmação pode
ser confirmada pelo fato dos dois elementos terras raras menos abundantes na crosta terrestre
(túlio e lutécio) serem ainda mais abundantes que a prata (MARTINS; ISOLANI, 2004)
Os TR são sempre encontrados juntos na natureza, devido às suas propriedades
químicas e físicas semelhantes e seus principais depósitos minerais (AMARAL, 2006). Suas
propriedades físico-químicas semelhantes dificultaram a extração e separação desses
elementos, para que, então, as espécies puras pudessem ser obtidas, fazendo com que não
houvesse grande exploração no início de sua descoberta (MARTINS; ISOLANI, 2004).
Inicialmente, os TR foram industrializados na fabricação de camisas de lampiões,
porém conhecendo-se melhor suas propriedades, esses elementos passaram a ser largamente
aplicados, como, por exemplo, na produção de “mischmetal” para pedras de isqueiros,
baterias recarregáveis, como catalisadores, tratamento de emissões automotivas e no
craqueamento do petróleo, fabricação de laseres, equipamentos médicos de raio-X, entre
outros (MARTINS; ISOLANI, 2004).
Uma das principais e mais abundantes fontes de terras raras é o mineral monazita
(AMARAL, 2010), que será tema do próximo item desse trabalho.

5.2. MONAZITA

O mineral monazita foi descoberto nas montanhas Ilmen, na Rússia e é uma das
principais fontes de TR. Seu grupo estrutural consiste de arsenatos, fosfatos e silicatos de
fórmula geral ABO4, sendo A = Bi, Ca, Ce, La, Nd, Th ou U e B = As5+, P5+ ou Si4+
(AMARAL, 2006). Esse mineral pode ser encontrado na natureza com colorações incolor,
como ilustrado na Figura 1, e amarela, verdes, castanhas, avermelhadas ou acinzentadas,
como ilustrado na Figura 2.
14

Figura 01 – Monazita de coloração incolor.


Fonte: http://consultas.gemologiabrasil.com.br/paginas/monazita.htm

Figura 02 – Diferentes colorações da monazita.


Fonte: http://consultas.gemologiabrasil.com.br/paginas/monazita.htm

A monazita constitui areias provenientes da decomposição de rochas como granitos,


aplitos, pegmatitos e de rochas metamórficas, já que a mesma é um mineral acessório dessas
rochas. A Figura 3 apresenta a areia monazítica.
15

Figura 04 – Areia monazítica.


Fonte: Brasília (2012)

Devido à sua resistência a ataques químicos e alta densidade relativa, a monazita pode
se concentrar nas areias, associando-se a outros minerais resistatos (grosseiros) e pesados
(como, por exemplo, a magnetita e o zircão). As maiores reservas desse mineral encontram-se
nas areias de praia do Brasil, Índia e Austrália, podendo também ser encontradas nos Estados
Unidos e África do Sul (TOLEDO; PEREIRA, 2003). O conteúdo de óxido de tório presente
nesse mineral varia entre 1 a 20% e, por isso, é fonte primária na extração desse óxido, que é
utilizado na produção de mantas incandescentes para lâmpadas de gás (KLEIN; DUTROW,
2008).

5.3. EXTRAÇÃO DE TERRAS RARAS A PARTIR DA AREIA MONAZÍTICA

Segundo Lima (2012), há várias etapas nas quais a cadeia produtiva de terras raras
pode ser decomposta. Primeiro a monazita é extraída, depois triturada e moída. Em seguida, o
minério concentrado, contendo os elementos TR, é obtido através de um processo de flotação
e, então, esse concentrado é submetido a um processo de separação, no qual os diferentes
óxidos de terras raras serão obtidos. Esse conjunto de procedimentos é denominado
processamento primário, e, ao seu fim, os óxidos são refinados e convertidos em metais que
serão, posteriormente, combinados com outros metais para a formação de ligas que contém
TR. Essas ligas são largamente aplicadas na área de alta tecnologia (LIMA, 2012). O
fluxograma ilustrado na Figura 4 apresenta as etapas do processo de extração de terras raras.
16

Figura 4 – Fluxograma do processo de extração de terras raras.


Fonte: LIMA (2012)

Desde a década de 50, o perfil da produção dos óxidos de terras raras passou por
diversas transformações. A Figura 5 apresenta o perfil dessas transformações de acordo com
os produtores desses óxidos:

Figura 5 – Mudanças em relação aos produtores de terras raras, desde a década de 50 até 2007.
Fonte: LIMA (2012)
17

Como se pode observar, os EUA diminuíram a sua produção, enquanto a China


aumentou significativamente, fazendo com que o país se tornasse o maior exportador dos
óxidos de terras raras para os EUA (LIMA, 2012), se mantendo nessa posição até os dias de
hoje (LIMA, 2015).
No Brasil, o projeto de lei número 8.325/2015 institui o programa de apoio ao
desenvolvimento tecnológico de elementos terras-raras e à criação de cadeia produtiva
(LIMA, 2015), já que novas demandas desses elementos tem gerado uma tensão na oferta e
uma preocupação de que, em breve, o mundo poderá enfrentar uma escassez de terras raras
(NERY, 2015).
A INB retomou a atividade de produção de terras raras no Brasil em 2004, após tê-la
interrompido em 1992 (AMARAL, 2006). Nos dias de hoje, a empresa não mais realiza esse
processo, pois o mesmo exige grande quantidade de mineral monazita e tecnologia adequada
para produzir os compostos TR a um valor competitivo com o mercado internacional
(INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL, 2015).

5.4. RESÍDUOS GERADOS NA EXTRAÇÃO DE TERRAS RARAS E IMPACTOS


AMBIENTAIS

Por estar geralmente associado a elementos como tório e urânio, o processamento da


monazita gera rejeitos contendo esses materiais radioativos (MOUTINHO, 2013). Segundo
Brasil (2015), doses de radiação acima de 50 milisiverts (unidade utilizada para medir níveis
radioativos) causam modificações celulares e genéticas, podendo, até mesmo, levar a
formação de cânceres. No Brasil, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) detém a exploração
desse minério, justamente pelos perigos associados a esses elementos, e a empresa é
fiscalizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) (MOUTINHO, 2013).
Em 2004 a INB retomou as atividades relacionadas à extração da monazita para a
produção de TR. No novo processo adotado, a abertura, ou seja, o tratamemto químico, da
monazita é realizado utilizando-se ácido súlfurico. Esse procedimento é denominado
“abertura ácida”, e gera um licor sulfúrico contendo tório, urânio e terras raras. Ao ser
processado, o licor, são gerados efluentes, os quais contêm urânio. O processo seguido pela
INB inclui as seguintes etapas (AMARAL, 2006):

 Abertura da monazita com ácido sulfúrico concentrado;


 Extração de Tório com amina primária;
18

 Precipitação do sulfato duplo em hidróxido de terras raras;


 Conversão do sulfato duplo em hidróxido de terras raras;
 Separação do cério e produção do cloreto de terras raras mistas;
 Reextração do tório com ácido clorídrico 2 M;
 Precipitação do tório com fluoreto de tório.

Na segunda etapa, extração do tório, extrai-se, também, parte do urânio contido no


licor, 15%, segundo Amaral (2006). O urânio transferido para a fase orgânica é reextraído
com o tório e permanece em solução. O ácido clorídrico utilizado na reextração do tório não é
recirculado no processo, pois o mesmo contém íons amônio e flúor que podem comprometer a
eficiência da etapa de extração. Assim, são gerados duas correntes de efluentes ácidos que
contêm urânio. A Tabela 1 apresenta as composições químicas de produtos gerados em
determinadas etapas do processo de produção dos óxidos de terras raras (AMARAL, 2006):

Tabela 1 – Composições químicas de produtos obtidos em diferentes etapas da extração de terras raras.
Amostra TR2O31 ThO2 U3O8 P2O5 SO42-
Monazita (%) 56,9 4,97 0,235 27,6 -
Licor (g/L) 36,2 3,25 0,17 15,1 94,0
Orgânico – Th (g/L) - 4,15 0,047 - -
Efluente 1 (g/L) 1,93 - 0,06 7,89 88,9
Efluente 2 (g/L) - 0,018 0,031 - -
Fonte: AMARAL (2006)

Como mostra a Tabela 1, há a presença de tório e urânio nos efluentes, sendo, então,
de extrema importância a máxima extração/recuperação de ambos os compostos, para se
evitar e reduzir impactos ambientais gerados devido à disposição desses rejeitos.

5.5. MÉTODOS PARA RECUPERAÇÃO DE TÓRIO E URÂNIO

No tratamento de resíduos líquidos que contém materiais radioativos, utiliza-se,


geralmente, as operações de precipitação química, troca iônica e evaporação. A precipitação
química envolve procedimentos de ajuste de pH, adição dos reagentes escolhidos para o
processo (essa escolha é baseada nas características dos radionuclídeos presentes no efluente),

1
TR2O3 faz referência aos diferentes óxidos de terras raras (TR) obtidos no processo.
19

mistura, e separação, por filtração, centrifugação ou decantação; a troca iônica se resume na


troca entre elementos iônicos de mesmo sinal presentes em solução e em uma matriz sólida e
insolúvel; o processo de evaporação consiste em evaporar a água presente no rejeito, obtendo-
se, assim, a fase destilada (composta em sua maioria por água) e outra concentrada (composta
pelos radionuclídeos) (MONTEIRO, 2009).
O processo mais utilizado na remoção de tório e urânio do licor sulfúrico gerado na
digestão ácida da monazita é o processo denominado Amex (amine extraction) (AMARAL,
2010), que será discutido nos próximos itens.

5.5.1. TÓRIO

Habashi (1997) descreve o tório como sendo um metal dúctil, de coloração prateada e
baixas propriedades de resistência química e mecânica. Se comparado ao urânio, o tório é até
quatro vezes mais abundante na crosta terrestre, pois o mesmo é menos suscetível à
mobilização no ambiente (AMARAL, 2006).
Desde 1828, quando foi isolado pela primeira vez, até 1884, esse elemento foi
utilizado basicamente como objeto de pesquisas acadêmicas, até que foi desenvolvido um
sistema de iluminação no qual o principal componente era o óxido de tório. Após esse feito, o
surgimento da energia elétrica fez com que o elemento fosse, novamente, deixado em segundo
plano, até que, na década de 40, com o desenvolvimento da energia atômica, o tório passou a
ter um papel importante, devido às suas propriedades nucleares (HABASHI, 1997).
Sua principal fonte está associada ao mineral monazita, sendo que as maiores
concentrações de tório estão localizadas nas reservas de monazita situadas na Índia
(AMARAL, 2006).
O tório é um material considerado bastante insolúvel em água, porém forma
complexos inorgânicos com íons Cl-, NO3-, H2PO4-, SO42-, F-, OH- e HPO4- e orgânicos como
EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético), e sua formação de complexos contribui para que
sua mobilidade seja favorecida no ambiente hídrico (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,
2015).
Esse elemento é utilizado para compor ligas de metais utilizadas na indústria
aeroespacial (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2015), mas a sua aplicação mais
importante está na produção de energia atômica no processo de obtenção do isótopo 233 do
urânio (CROUSE; BROWN, 1959). Além disso, também possui papel catalítico no
fracionamento de petróleo e na produção de ácido sulfúrico (HABASHI, 1997).
20

5.5.1.1. RECUPERAÇÃO DE TÓRIO

Como já citado, o tório forma complexos com certos íons em soluções ácidas ou
neutras, como com SO42 e HPO4-, por exemplo (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 2015).
Alguns de seus sais formados são insolúveis ou possuem solubilidade muito baixa em meios
ácidos, sendo, então, utilizados industrialmente na separação do tório. Dentre esses sais,
podem-se destacar os iodatos, peróxidos, fluoretos e fosfatos (AMARAL, 2010).
A extração do tório do licor gerado na digestão da monazita além de diminuir
possíveis impactos ambientais devido a disposição do rejeito, também garante uma
concentração mais baixa de impurezas nos TR, característica essa exigida para a aplicação
desses elementos na tecnologia nuclear (AMARAL, 2006).
Devido a formação de sais de baixa solubilidade, o tório é separado dos TR através de
sua precipitação como fosfato, em soluções ácidas com pH de 1,3, enquanto a maior parte dos
TR é precipitada a um pH acima desse, geralmente acima de 2 (HABASHI, 1997). Como
alternativa quando há elevado teor de urânio na solução, o método de precipitação simultânea
de tório e TR pode ser realizado utilizando-se ácido oxálico, porém este é um método
considerado muito caro (AMARAL, 2006).
A Figura 6 apresenta o fluxograma do processo de precipitação do tório, desde a
digestão da monazita.
A técnica de precipitação para se separar os TR ou tório e urânio tem sido substituída
pela técnica de extração por solventes com estágios múltiplos e em contracorrente. Nesse
processo, são utilizados aminas e a reação química é descrita como na Equação 1 (AMARAL,
2010):

4( ) ( )
+ 2[ ℎ( ) ] ( )
→ 2( ) [ ℎ( ) ] ( )
+

4 ( )
(1)

Os fatores que influenciam na eficiência do processo de extração são a acidez do meio


bem como o teor de sulfato, porém o processo depende fortemente do tipo de amina. Neste
caso, os extratantes mais efetivos são as aminas primárias de cadeia longa (AMARAL, 2006).
21

Figura 6 – Processo de separação do tório através da técnica de precipitação.


Fonte: HABASHI (1997)

5.5.2. URÂNIO

O urânio é um metal radioativo prateado, dúctil, maleável e, ao ser exposto ao ar,


forma em sua superfície uma camada de óxido (MONTEIRO, 2009). Seu minério mais
comum e importante é a uranita, a qual sua maior reserva é encontrada na África (AMARAL,
2006) e também é muito comum ser encontrado em areias monazíticas (TOLEDO; PEREIRA,
2003).
Sua aplicação mais importante é a energética, sendo utilizado como combustível para
a geração de energia nuclear. Essa aplicação bem como a extração de TR de areias
monazíticas geram rejeitos líquidos radioativos, que devem ser tratados, já que seus isótopos,
mesmo que em baixas concentrações, são tóxicos e causam danos ao meio ambiente e outros
seres vivos (MONTEIRO, 2009).
22

5.5.2.1. RECUPERAÇÃO DE URÂNIO

Ao ser lixiviado o minério (neste caso monazita) com ácido sulfúrico, obtêm-se
soluções de sulfato, que também contêm urânio, ferro, molibdênio e outros metais. Para se
extrair o urânio dessas soluções, emprega-se o método de extração com amina, método este o
mais utilizado na indústria para a purificação do urânio. As Equações 4, 5 e 6 apresentam as
reações químicas do íon uranila com sulfato em meio ácido (AMARAL, 2006):

+ ↔ (4)
+ ↔ ( ) (5)
( ) + ↔ ( ) (6)

Nessa técnica de extração de urânio com amina, utiliza-se uma amina terciária ou uma
secundária de cadeia longa diluída em querosene ou outro diluente adequado. A Equação 7
ilustra a reação química envolvida nesse processo de separação do urânio utilizando-se
aminas terciárias ou secundárias (ZHU; CHENG, 201-):

4( ) ( )
+ 2[ ( ) ] ( )
→ 2( ) [ ( ) ] ( )
+

4 ( )
(7)

Utiliza-se, no método descrito, de 3 a 5 estágios de misturadores e decantadores para a


extração e de 1 a 4 para a reextração (AMARAL, 2006).

5.5.3. PROCESSO AMEX

O processo Amex (amine extraction) é um processo muito aplicado na recuperação de


TR, tório e urânio do licor sulfúrico gerado na digestão ácida da monazita. Os autores mais
conhecidos sobre esse procedimento são Crouse e Brown (1959). Esse processo baseia-se na
combinação de aminas diferentes em três ciclos consecutivos, nos quais o primeiro ciclo
consiste na extração do tório, o segundo na extração do urânio e o terceiro na extração de TR.
Essa técnica permite a obtenção dos três produtos com alto teor de pureza (CROUSE;
BROWN, 1959).
A Figura 7, ilustra o processo Amex.
23

Figura 7 – Processo Amex.


Fonte: HABASHI (1997)

Na extração do tório utiliza-se o primene JM-T (mistura de alquil aminas primárias


(DOW CHEMICAL, 2014)) como agente extratante; o urânio é extraído utilizando-se
triisoactilamina e os TR também são extraídos com primene JM-T (AMARAL, 2010).

5.6. ANÁLISES POLÍTICA E ECONÔMICA

A exploração de terras raras no Brasil é considerada tão específica que não fez parte
do Marco da Mineração, lançado pelo Palácio do Planalto em 2013. Dessa maneira, a
atividade tem sido regulamentada por leis e projetos de leis próprios (WELLE, 2013).
A China se mantém hoje como o maior exportador de TR, porém dados apontam que
está acontecendo um rápida redução na produção e venda desses elementos por parte desse
país. Dessa forma, para compensar esse cenário, é necessário que se coloque em produção, a
curto prazo, jazidas conhecidas nas quais ainda não há exploração e avaliar ocorrências de
novas jazidas. Dessa maneira, estará sendo atendido o aumento da demanda desses elementos
(LOUREIRO, 2013).
24

No ano de 2013 anunciou-se, no Brasil, investimentos de 11 milhões de reais em


quatro anos para que o Brasil realizasse as atividades de exploração de TR. Neste valor está
incluso o mapeamento das jazidas, estudos de viabilidade de exploração e a capacitação dos
técnicos (WELLE, 2013).
Essa exploração é de grande importância para o país já que, de acordo com senadores,
o mercado de TR é capaz de movimentar um valor de até 20 bilhões de euros distribuídos em
30 anos (WELLE, 2013).
Porém, além dos investimentos necessários para a exploração de TR, é essencial que
sejam considerados os mais atuais princípios de sustentabilidade, os quais devem ser aliados
àqueles técnico-econômicos para o desenvolvimento de estratégias que resultem em inovação e
exploração desses elementos (LOUREIRO, 2013).
25

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Tabela 2 apresenta os principais métodos de tratamento para efluentes que contêm


em sua composição elementos radioativos:

Tabela 2 – Principais técnicas utilizadas no tratamento de resíduos compostos por elementos radioativos.
Método Princípios envolvidos
Precipitação química Ajuste de pH, escolha do reagente, mistura, filtração, decantação.
Troca iônica Troca entre elementos iônicos de mesmo sinal.
Evaporação Destilação do efluente.
Fonte: do autor

Mesmo com os métodos acima listados, para o tratamento do licor gerado no


processamento da monazita utiliza-se o processo denominado Amex. Esse processo consiste,
basicamente, na utilização de aminas primárias ou secundárias para a extração de tório, urânio
e reextração de terras raras do licor, aumentando a eficiência do processo de extração de terras
raras.
Mesmo o processo Amex sendo o mais utilizado, ainda existem trabalhos em
desenvolvimento (pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, por exemplo) para a
escolha adequada das aminas a serem utilizadas no mesmo, para que seja obtida a melhor
eficiência possível.
26

7. CONCLUSÕES

O trabalho realizado permitiu o levantamento de métodos utilizados na extração de


tório e urânio do resíduo líquido gerado no processamento de areia monazítica para extração
de terras raras. Este procedimento é de fundamental importância, uma vez que minimiza os
impactos ambientais gerados, já que resíduos radioativos são difíceis de serem dispostos de
maneira a preservar o meio ambiente e outros seres vivos. Além disso, na extração desses
elementos radioativos também há a reextração de terras raras, o que aumenta a eficiência do
processamento da monazita. O tório e o urânio, se purificados, também podem servir para
aplicações tecnológicas.
Observou-se que, no tratamento de resíduos líquidos radioativos, podem ser utilizados
os métodos de precipitação química, troca iônica e evaporação, mas no caso do resíduo aqui
estudado, o método de extração por solventes Amex é o mais utilizado. Isso pode se dar
devido ao fato de que nesse método os elementos de interesse (tório, urânio e terras raras) são
obtidos separadamente, o que permite a utilização dos mesmos. Mesmo sendo largamente
utilizado, o método Amex ainda é estudado para que sejam melhor determinados os solventes
a serem utilizados, afim de se obter uma maior eficiência no processo.
Como sugestão para possíveis trabalhos futuros pode-se incluir um estudo prático
consistindo na simulação do processo Amex variando-se os tipos de aminas utilizadas no
tratamento do licor gerado no processamento da monazita.
27

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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licor gerado no processamento da monazita pela INB/Caldas, MG, via extração por
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