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TEOLOGIA SISTEMÁTICA

PROF.: ALESSANDRO ROCHA


ALUNO: PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA
MAT.: 3500057
A PESSOA E A IMAGEM DE JESUS
ALFONSO GARCIA RUBIO
RESENHA CRITICA

No texto lido, Alfonso Garcia Rubio apresenta sua percepção quanto à


cristologia na modernidade, sua sistematização e as mudanças que ocorrem na
visão do ser humano, que em contato com os diversos métodos de estudo e
pesquisa, tem a liberdade de buscar mais acerca do Jesus histórico, sem que
com isso tenha que abrir mão do Cristo da fé eclesial. Antes, são capazes de
comunicar o conteúdo dessa fé a homens e mulheres contemporâneos, sem
serem limitados por conceitos dogmáticos pré-estabelecidos.

O autor aborda sobre os fundamentais aspectos dessa


modernidade/pós-modernidade ao fazer a exposição de cada um e suas
aplicações: o aparecimento do método experimental nas ciências, que prefere
o método indutivo ao dedutivo; a forte valorização da historicidade, que ao
preferir fazer a história à recebê-la como algo dado, percebe o sujeito como ser
da história e não objeto dela; a desvalorização das explicações mitológicas
tradicionais, substituindo-as por uma visão cientifica de humanidade e mundo;
a ruptura desenvolvida entre a razão e as verdades dogmáticas, onde a
primeira se torna independente da segunda, ou seja, razão separada da
religião; a subjetividade humana como racionalidade instrumental, autonomia e
independência interior; o antropocentrismo em substituição ao teocentrismo
medieval e ao cosmocentrismo da filosofia clássica, que põe o ser humano
como centro de todas as coisas, até mesmo de Deus; a valorização de tudo a
partir da subjetividade humana, entendida unilateralmente.

Em outro ponto, o autor trata acerca do que chama de grande crise,


ocasionada pelo estudo do Jesus histórico em contraposição ao Cristo da fé: a
figura humana de Jesus ganha um crescente interesse ao ser apresentada
como encarnação dos valores mais queridos pelo mundo moderno; percebe-se
não ser possível articular o evangelho com a mentalidade historicista moderna,
posto que a busca do Jesus histórico o apresentou segundo os pressupostos
interesse de cada autor. Sendo assim, só a fé leva ao encontro da realidade de
Jesus; fala-se de uma terceira onda nas investigações do Jesus histórico, onde
o historiador faz com que seus pressupostos culturais e interesses interfiram no
resultado das pesquisas.

Na cristologia atual, a identidade do Jesus histórico e o Cristo da fé


(dogmático) deixou de ser um ponto pacifico entre muitos, mesmo na igreja. Os
interesses entre um e outro não se acompanham. Rubio destaca a valorização
da história de Jesus, tendo como ponto de partida o citado nos evangelhos,
interpretado de forma pascal, afirmando o encontro com o homem Jesus,
realizado na fé, não na mera investigação histórica. Assim, as definições
dogmático cristológicas devem continuar normativas para a fé eclesial,
contudo, sem ter que permanecer como origem da cristologia hoje.

As abordagens de Rubio chegam ao interesse teológico pelo homem


Jesus, destacando-o como um homem judeu, que apresenta as características
de um filosofo e um reformador social. Daí em diante, outros temas são
tratados: a recuperação da imagem neo-testamentária de Deus; a cruz de
Jesus e o sofrimento humano; o sentido libertador de sua ressurreição na
história; a cristologia desenvolvida em função da salvação do homem; a filiação
divina, seu mistério mais profundo; a universalidade da salvação-mediação de
Jesus.

Para concluir, podemos afirmar que as exposições do autor nos abrem a


percepções significativas acerca de Jesus, e a tratarmos sobre sua cristologia
de um modo mais livre, porém responsável, e que faça o equilíbrio necessário
entre a concepção do Jesus histórico e o Cristo da fé da igreja.

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