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Objetivo:
• Estabelecer diretrizes e critérios gerais para que acidentes e quase-acidentes, sejam eles pessoais ou
materiais, possam ser identificados, comunicados, analisados, classificados e registrados de forma a
proporcionar ações de bloqueio para evitar a recorrência e propiciar o aprendizado organizacional.
Aplicação:
• Todas as áreas da Vale e suas controladas, devendo-se, sempre que possível, buscar adoção pelas coligadas.
• Deve ser aplicada a todos os empregados nas dependencias da Vale ou fora a serviço dela e pelas empresas
contratadas, que se encontrem nas dependências da Vale .
• Dúvidas e questões relacionadas a este documento deverão ser encaminhadas ao Departamento de Saúde,
Segurança Ocupacional e Empresarial, através do e-mail apoio.saude.seguranca@vale.com.
Referências:
• POL-0006-G – Política de Saúde e Segurança.
• NOR-0003-G – Norma de Responsabilidades, Saúde, Segurança e Meio Ambiente – SSMA
• NOR-0052 – Requisitos Sistêmicos de Saúde e Segurança
• INS-0037 – Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos
• INS-0021 – Instrução para Requisitos de Atividades Críticas
Definições:
• Para conhecer as definições de Acidente, Risco, Severidade, Severidade Potencial, Severidade Real e
Situação de Risco, recomendamos a leitura da Norma de Responsabilidades, Saúde, Segurança e Meio
Ambiente – SSMA (NOR – 0003-G).
• Acidente de Trabalho Típico ou Acidente Pessoal: É o acidente que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão pessoal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
• Acidente de Trajeto: Acidente com lesão sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículos de propriedade do
empregado.
• Acidente Material: Evento não planejado que provoca danos materiais diretos e visíveis, mas que não
provoca lesão pessoal ou perturbação funcional.
• Análise de Abrangência: Verificação da possibilidade de ocorrência de um evento semelhante em
área/unidade diferente da área/unidade onde aconteceu o evento.
• APOLLO: Método para identificação das causas básicas a partir de um evento com otimização de soluções de
bloqueio das causas.
• 5 Porquês: Método onde se usa sistematicamente a pergunta “Por Quê?” para determinar as causas de um
problema específico. O número 5 é apenas um referencial, considerando que frequentemente as causas são
encontradas por volta do quinto nível de “Porquês”.
• Classificação Inicial do Acidente: É a maior severidade entre as severidades reais para a Saúde, Segurança
e Danos Materiais obtidas com base nas informações iniciais do acidente. Essa classificação considera as
severidades constantes na Tabela 5 da INS-0037- Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos.
• Classificação Final do Acidente: É a maior severidade entre as severidades reais para a Saúde, Segurança
e Danos Materiais obtidas após a investigação. Essa classificação considera as severidades constantes na
Tabela 5 da INS-0037- Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos.
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Instrução para Identificação, Comunicação,
Análise e Tratamento de Acidentes
e Quase-Acidentes
− Utilização de terapia quente e fria (Ex: compressas, lavagem com sabão e anti-séptico, cremes/loções não
− Remoção de corpos estranhos apenas com irrigação ou remoção com hastes flexíveis de algodão;
− Remoção de estilhaços ou material estranho de outras áreas, que não os olhos, por irrigação, pinças,
− Uso de massagens;
− Utilização de instrumentos temporários de imobilização durante o transporte de uma vítima (colar cervical,
prancha, etc.).
− Se uma lesão inicialmente classificada como FAC vier a se tornar um MTC, RWC ou LWC, sua classificação
inicial deve ser revista, adequando a situação final, incluindo período de tempo referente.
• FAT (Fatality / Fatalidade): Quaisquer lesões ou perturbações funcionais, decorrentes do trabalho e que
resultam em morte.
• Facilitador do Apollo: Empregado treinado na metodologia Apollo como facilitador, sendo responsável pela
condução da metodologia durante uma investigação.
• Lesão Pessoal: Qualquer lesão identificada em uma pessoa.
• LWC (Lost Workday Case / Afastamento): Quaisquer lesões ou perturbações funcionais que impeçam o
empregado de retornar ao trabalho no dia seguinte ao evento.
− A presença do empregado na unidade nos dias seguintes ao acidente para reavaliação de lesão,
participação do processo de investigação ou qualquer outra atividade que não seja exercer as suas
atividades normais de trabalho não é considerada como dia trabalhado;
− Após a ocorrência de lesão ou perturbação funcional, não poderá ser realizada mudança de turno de um
empregado, com o objetivo de mudar a classificação da lesão;
− O dia da lesão e o dia do retorno ao trabalho não contam como afastamento;
− Se uma lesão inicialmente classificada como FAC, MTC ou RWC vier a se tornar um LWC, sua classificação
inicial deve ser revista, adequando a situação final.
• MTC (Medical Treatment Case/Tratamento Médico): Quaisquer lesões ou perturbações funcionais que
requeiram atendimento médico específico (Que não estejam incluídas na lista do FAC) e não resulte em
afastamento do trabalho (LWC) ou trabalho restrito (RWC).
− Todo diagnóstico de doença ocupacional deve ser considerado no mínimo como MTC.
− A perda de consciência mesmo que temporária devido a um acidente ou exposição do ambiente de trabalho
é também considerada no mínimo como MTC.
− Se uma lesão inicialmente classificada como MTC vier a se tornar um RWC ou LWC, sua classificação inicial
deve ser revista, adequando a situação final, incluindo período de tempo referente.
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Análise e Tratamento de Acidentes
e Quase-Acidentes
• Quase Acidente: Evento não esperado que tem o potencial de conduzir a um acidente com perdas pessoais
ou materiais.
• RWC (Restricted Workday Case / Restrição): Quaisquer lesões ou perturbações funcionais que impeçam o
empregado de realizar parte de suas atividades/tarefas regulares no seu turno seguinte de trabalho.
− Mesmo nos caso de troca de turno do empregado, a lesão permanece considerada como RWC.
− Se o acidentado sofrer restrição de tempo de jornada de trabalho, como por exemplo, não poder trabalhar
sua carga horária integral, ele é considerado RWC.
− A restrição e a alta da restrição devem estar formalmente acordadas entre o empregado, Área de Saúde
Ocupacional, a Área de Segurança do Trabalho e o Gerente/Supervisor de linha do empregado.
− Para fins de classificação da lesão de acidente de trabalho, a execução de tarefas do tipo leitura de
regulamentos de segurança, ou treinamentos, não são considerados como restrição de atividade (RWC).
Caso o acidentado não possa realizar suas atividades habituais a lesão deve ser classificada como LWC.
− A data do acidente no reporte deve ser a data do dia em que a lesão ocorreu. A data da doença deve ser a
data do dia que foi feito o diagnostico médico.
− Se um empregado for transferido para outro trabalho devido a suspeita de doença ocupacional, os dias de
transferência não precisam ser registrados como dias de restrição de trabalho enquanto o caso estiver sendo
diagnosticado. Entretanto, se o diagnóstico revelar uma doença ocupacional que justificasse a transferência,
todos os dias deverão ser registrados como dias de trabalho restrito (RWC).
− Se uma lesão inicialmente classificada como RWC vier a se tornar um LWC, sua classificação inicial deve
ser revista, adequando a situação final, incluindo período de tempo referente.
• Super Usuário do Apollo: Empregado treinado na metodologia Apollo como Facilitador e como Super
Usuário, sendo responsável pela condução da metodologia durante uma investigação e também como
Coacher (orientador técnico) dos Facilitadores.
• Tratamento Estatístico: Utilização de metodologias estatísticas e gráficos para análise de tendências
(ex.:Pareto) com base nas informações dos eventos registrados no sistema de informação, com propósito de
conhecer, tratar e minimizar os acidentes.
Responsabilidades:
• Departamento Corporativo de Saúde, Segurança Ocupacional e Empresarial:
− Estabelecer diretrizes e critérios gerais para padronização de processo de identificação, comunicação,
análise e tratamento de acidentes e quase-acidentes;
− Prover, sempre que necessário, às unidades operacionais da Vale assessoria técnica nas metodologias e
métodos para análise de causas de acidentes e quase-acidentes, bem como na elaboração do respectivo
relatório conclusivo;
− Estabelecer diretrizes de capacitação para investigação de acidentes e quase-acidentes, bem como avaliar e
validar os respectivos treinamentos e instrutores;
− Consolidar e reportar à Diretoria Executiva o indicador associado a acidentes e quase-acidentes;
− Monitorar a implantação dos planos de ação associados à investigação e tratamento dos acidentes com
severidades críticas e catastróficas e, periodicamente, auditar os planos concluídos ou em andamento.
• Diretores de Departamento (L.4):
− Comunicar acidentes com severidade “Crítica” ou “Catastrófica” para a Diretoria Executiva (conforme Figura
1);
− Coordenar e convocar a equipe obrigatória (Tabela 1) e conduzir a reunião de análise de causas de
acidentes com severidade “Crítica” ou “Catastrófica”.
− Garantir que as ações definidas nas reuniões de análise de causas tenham seu orçamento assegurado e
sejam implementadas de forma eficaz;
− Definir processo de comunicação interna dos eventos e relatório para análise e tratamento de acidentes e
quase-acidentes em conformidade com os itens mínimos necessários descritos nesta Instrução (mostrados
na Figura 1) modelo corporativo e com o apoio técnico das áreas locais de Saúde e Segurança;
− Realizar apresentação, acompanhado do Diretor L.5 da área de negócio, na Reunião da Diretoria Executiva
(RDE) dos acidentes fatais, seguindo modelo padrão conforme Anexo 7a, para acidentes cuja investigação
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não se encerrou antes da RDE (Reunião da Diretoria Executiva) ou conforme Anexo 7b, para acidentes cuja
investigação já tenha sido encerrada antes da RDE (Reunião da Diretoria Executiva).
• Gerentes Gerais (L.3):
− Comunicar acidentes com severidade “Crítica” ou “Catastrófica” para o Diretor de Departamento;
− Coordenar e convocar a equipe obrigatória (Tabela 1) e conduzir a reunião de análise de causas de
acidentes com severidade real ou potencial “Grave”;
− Participar das reuniões de análises de causas de acidentes com severidade “Crítica” ou “Catastrófica” de seu
Departamento;
− Acompanhar a implementação das ações definidas nas reuniões de análise de causas.
• Gerentes de Área (L.2):
− Comunicar acidentes com severidade real ou potencial “Grave”, “Crítica” ou “Catastrófica” para o Gerente
Geral;
− Comunicar às áreas locais de Saúde e Segurança os acidentes ocorridos no âmbito da sua unidade
operacional;
− Convocar a equipe obrigatória (Tabela 1) e conduzir a reunião de análise de causas de acidentes com
severidade “Moderada”;
− Participar das reuniões de análises de causas de acidentes com severidade “Crítica” ou “Catastrófica”;
− Garantir a implementação das ações definidas nas reuniões de análise de causas.
• Supervisor (L.1):
− Comunicar, imediatamente, acidentes e quase-acidentes para o Gerente de Área e para as áreas locais de
Saúde e Segurança;
− Comunicar, imediatamente, acidentes para o Centro de Controle Corporativo (CCC) e o Representante Local
da Segurança Empresarial;
− A comunicação ao Centro de Controle Corporativo (CCC) deve ser imediata por telefone (0800-2868253
danos causados. O local e as evidências devem ser preservados pelos responsáveis da área de ocorrência
do evento. O local e as evidências devem ser preservados pelos responsáveis da área de ocorrência do
evento.
• Identificar Acidente ou Quase-Acidentes:
− A identificação do acidente ou do quase-acidente deve ser realizada pelas áreas locais de Saúde e
Segurança e pela área de ocorrência do evento ou área responsável pelos trabalhadores/materiais
envolvidos no evento.
• Realizar Categorização Preliminar da Severidade e Comunicação Interna do Evento:
− A área de Saúde e Segurança Local deve realizar a categorização preliminar da severidade do evento.
• Comunicar os Acidentes
− Todo acidente deve ser imediatamente comunicado dentro da localidade às áreas de operação, área local de
Saúde e Segurança e de Segurança Empresarial, seguindo o fluxo de comunicação interna que está
associado à categoria de severidade do evento, conforme apresentado na Figura 1. Para isso, devem-se
utilizar os formulários de Comunicação de Acidente Pessoal e Material (Anexo 1) e de Comunicação Médica
de Acidente Pessoal (Anexo 2) ou preenchê-los e enviá-los diretamente pelo sistema de informação de
Saúde e Segurança. Observar sempre os campos obrigatórios dos formulários, conforme observação
constante nos mesmos.
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Vale
• Centro de
Controle
Corporativo (CCC)
• Diretor de
• Gerente de • Gerente Geral Departamento
Contratada Área de S&S de S&S Local ou do Projeto
Local ou Líder ou PMO’s • Diretor Global
de S&S do Segurança • Diretor
• Classificar lesão:
− A Área de medicina Ocupacional local deve classificar lesão de acordo com o descrito abaixo:
− FAC (First Aid Case / Primeiros Socorros)
• Categorizar Severidade:
− Os acidentes devem ser categorizados por severidade, as quais fornecem uma indicação qualitativa das
consequências, baseada no tipo de lesão e/ou a quantificação do dano, conforme Tabela 5 da INS-0037-
Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos.
− A responsabilidade pela categorização da severidade, seja esta real ou potencial, é dos representantes das
áreas de Segurança Local.
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− Descrição do evento;
− Ações Imediatas;
− Ações Propostas;
− Equipe de Análise.
− Após a conclusão da investigação, os formulários Investigação (Anexo 3), Plano de Ação (Anexo 4) e Equipe
de Investigação (Anexo 5) devem ser completados e arquivados ou preenchidos diretamente no sistema de
informação de Saúde e Segurança. Para os acidentes com Severidade Real “Crítica” e “Catastrófica” estes
formulários devem ser enviados para o Departamento Corporativo de Saúde, Segurança Ocupacional e
Empresarial.
• Cadastrar Causas e Ações:
− O Representante da área de segurança local deve registrar informações complementares, no sistema de
informação de Saúde e Segurança da Vale, sobre o evento e cadastrar as causas identificadas e as ações
corretivas e preventivas planejadas.
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− Testemunha(s) do evento.
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Fluxo do Processo:
Acidente
ou Quase +
acidente
ocorrido *
16 Analisar e
realizar
1 Identificar tratamento
X
acidente ou 4 Atender estatístico
quase-acidente acidentado
17 Encaminhar
Quase ações
Acidente
2 Verificar necessidade de Acidente
realização de ações imediatas 5 Classificar lesão
+
3 Realizar categorização
preliminar/ comunicação 15 Coletar evidências e
18 Realizar
imediata do evento Cadastrar evento -
gestão das ações
quase acidente
19 Compartilhar
informações e
9 Convocar reunião aprendizado
11 Cadastrar de análise de
causas e ações causas
8 Cadastrar
evento - acidente 14 Verificar a
eficácia das
ações
* Pessoal / material.
** Empregados ou Empresa/pessoa contratada pela Vale.
Escolha da Metodologia:
• A Figura 2 apresentada a seguir ilustra a necessidade de aplicação de cada uma das metodologias (5 Porquês
ou APOLLO).
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Análise e Tratamento de Acidentes
e Quase-Acidentes
Identificar
Severidade Real
Tratamento Estatístico
Crítica / Catastrófica
Anexos:
• Anexo 1: Comunicação de Acidente Pessoal e Material.
• Anexo 2: Comunicação Médica de Acidente Pessoal.
• Anexo 3: Investigação.
• Anexo 4: Plano de Ação.
• Anexo 5: Equipe de Investigação.
• Anexo 6: Checklist para coleta de evidências.
• Anexo 7a: Modelo Imediato Apresentação de Fatalidade para DE (antes investigação).
• Anexo 7b: Modelo Completo Apresentação de Fatalidade para DE (após a investigação).
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