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A Górgona de Brumadinho

Paralelismos santos, formas


geométricas que deixaram de
ter força para encontrar a força
do teu desejo. Impossível, enfim,
desejar-te um desejar. Para sempre
serás o suco celeste de teu peito, mais
de mil veias a complementar os ausentes
vazios do nosso leito. Por onde andarias tu
se soubesses o que sei? Por onde andarias tu
se soubesses que eu não sei? Vai, vamos embora
agora porque eu não quero parte nas quedas sem brio
que endereças aos teus. Ó vastas cabeleiras em serpenteio
prontas a mastigar os futuros petridestinatários de teus olhares.

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