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LUCAS 2.

25-35 – O QUE VOCÊ VÊ QUANDO SE DEPARA COM O DEUS-HOMEM,


JESUS?

INTRODUÇÃO

Uma das coisas que mais fascinam os homens e as mulheres são os testes psicológicos.
Você pode atestar isso ao olhar para sua timeline no Facebook e ver a quantidade de pessoas
fazendo testes: Teste para descobrir se você é um psicopata; teste para saber se você é isso ou
aquilo. Dentro desse universo de testes psicológicos, um deles me chama a atenção, o teste de
Rorschach.
O teste de Rorschach é interessante pois o indivíduo terá do psicólogo habilitado um
relatório do seu psicológico depois de visualizar 10 pranchetas com manchas de tintas assimétricas.
E eu imagino que uma sessão em que o psicólogo utiliza essa técnica do Teste de Rorschach deve
se iniciar da seguinte maneira: “O que você vê?”
O fato é que este texto não é nenhum teste de Rorschach, mas durante o preparo deste
sermão, o que mais me chamou a atenção foi o versículo 30: “porque os meus olhos já viram a
tua salvação, (Luk 2:30 ARA)” Em vez de figuras assimétricas em pranchas, Simeão visualizava
um menino em seus braços, em vez de teorias da psicologia interpretando; o próprio Espírito Santo
dava o entendimento; em vez de enxergar a sua própria consciência e seu psique, Simeão estava
vendo algo fora de si, vislumbrava a salvação.

NARRATIVA

Este texto é o chamado “Cântico de Simeão”, o último cântico de uma série de quatro
cânticos que Lucas relata nos dois primeiros capítulos de seu livro: 1) Cântico de Maria (1.46); 2)
Cântico de Zacarias (1.67); 3) Cântico da milícia celestial (2.14) e agora o Cântico de Simeão
(2.25).
Nesta altura do texto, já se passaram 40 dias do nascimento de Jesus, pois no v. 22 temos a
informação de que os dias de purificação (Lv. 12.1-4) já se passaram e agora José e Maria levam
Jesus para ser apresentado ao Senhor no Templo, em Jerusalém. Aparece então a pessoa de Simeão.
Quem é Simeão? Não temos muitas informações de quem poderia ser este Simeão. Alguns
estudioso afirmam que nesta mesma época havia um Simeão filho do grande Rabino Hillei, e
especula-se que esse Simeão, filho de Hillei, poderia ser o Simeão de Lucas 2.25. Outros estudiosos
afirmam que este Simeão é pai de Gamaliel, o fariseu que tinha grande reputação entre o povo,
descrito em Atos. Já outros estudioso alegam falta de evidências para sustentar as outras duas
hipóteses e afirmam que este Simeão era o que poderia ser dito hoje como “um crente normal”,
alguém que não tinha nenhum prestígio social, não estava na classe eclesiástica, era o que
chamaríamos hoje de “leigo”.
De qualquer maneira essa é uma discussão que não altera os fatores do texto, por essa razão
prefiro me ater ao que as Escrituras dizem a respeito deste homem. Dessa forma, olho para as
Escrituras e pergunto para Ela, quem é Simeão? E ela me responde: “Um homem que vivia em
Jerusalém; justo e piedoso. Homem que era revestido pelo Espírito Santo; que era movido pelo
Espírito Santo de Deus, e que recebera uma promessa advinda da parte de Deus: "Que não passaria
pela morte antes de ver o Cristo de Deus”.
Simeão, o justo e piedoso, movido pelo Espírito de Deus e Sua Providência, vai ao Templo
e observa as pessoas adentrando ao Templo, quando, pelo Espírito Santo, vislumbra o casal que
viera de Belém, trazendo um menino de 40 dias a tiracolo. Tomou aquele menino de 40 dias nos
braços, olhou para o rosto daquela criança e viu. Ele viu. Sua boca louvou, porque ele VIU!
Façamos aqui uma breve pausa e um exercício de suposição. Simeão poderia ver naquele
instante apenas um menino, um belo e saudável menino, mas ainda assim somente um menino.
Simeão poderia ver ali naquele momento, um menino pobre. A oferta dada pelos pais no versículo
24 foi de um par de rolinhas ou dois pombinho, oferta que as pessoas de menos condição financeira
poderia oferecer. Simeão poderia ter visto apenas uma criança, que naquele momento histórico era
como um nada para a sociedade, visto que eram enxotada do meio dos adultos e nem faziam parte
da contagem de pessoas, juntamente com as mulheres. Mas o que Simeão estava vendo naquele
momento não era fruto de sua mente, não era fruto de sua cosmovisão social, não era resposta das
suas experiências, era uma visão muito mais sublime, concedida pelo alto, revelado pelo Espírito
Santo de Deus. Assim como Pedro só pôde confessar Jesus como o Cristo, Filho do Deus Vivo
pela revelação que só veio do alto (Mt 16.17), Simeão só pôde ver o que estava vendo pois o
Espírito Santo estava sobre ele.
Diante de tudo isso, quero apresentar para os irmãos a proposta deste sermão:

G.I – O QUE VOCÊ VÊ QUANDO SE DEPARA COM O DEUS-HOMEM, JESUS?

Simeão poderia ver outras coisas, mas naquele momento em que tomou aquela criança pelos
braços, e viu o que estava entre os panos, seu coração se encheu de alegria, e entoou um cântico,
pois se todos estavam vendo um bebê de 40 dias bonitinho e dorminhoco, ele estava vendo:

1) O consolo de Israel (v.25)

Pensem comigo no que estava acontecendo em Israel naquele momento histórico. Israel
perdera sua independência política, agora era anexada à Roma. Era subjugada pelo cruel rei
Herodes. A religião judaica sofreu uma degeneração intensa, passando de algo que dizia respeito
ao interior do homem, passando a ser algo externo, de aparências, exemplo disso são os fariseus.
Havia também aqueles que secularizaram a religião, os saduceus. Em meio a todo esse caos e
desespero, Simeão aguardava a consolação de Israel, e ao tomar aquele menino nos braços ele viu
O consolo.

2) O Cristo do Senhor (v.26)

Simeão sendo um homem justo e piedoso, cheio do Espírito Santo, conhecia a lei de Deus,
pois não há como ser cheio do Espírito Santo sem ser cheio da Palavra de Deus. E conhecedor da
Palavra de Deus, sabia que esta, desde de Gênesis até Malaquias, ou, desde a Lei até os Profetas,
testemunhava acerca do Messias prometido, conforme está escrito em Lucas 24.27. Simeão
vislumbrava naquele menino o cumprimento da promessa feita desde os tempos eternos.

3) A Salvação para todos os povos (v.31)

Simeão via naquela criança a redenção de Deus sendo extendida para todos os povos, as
Boas Novas eternas agora não estão mais restritas nos limites da religião judaica, mas em Cristo,
naquele bebê está a oportunidade de TODAS AS FAMÍLIAS DA TERRA serem abençoadas,
conforme Deus havia prometido para Abraão em Gênesis 12.3.

4) A luz para revelação aos gentios e para a glória do povo de Deus (v.32)

Simeão viu naquele menino a luz que dissipará as trevas da ignorância dos gentios. O
conhecimento de Deus será possível pelo Sol da Justiça que alumiará todas as coisas: Mas para a
terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou
desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho
do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e
aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. (Isa 9:1-2 ARA)
Para o povo de Deus, este menino será o motivo de glória, pois estava nos braços de Simeão,
aquele que regeria o mundo com cetro de ferro; a imagem do Deus invisível; o primogênito de
toda a criação; aquele que é antes de todas as coisas; o cabeça da igreja; o princípio; o alfa e o
ômega; aquele em que reside toda a plenitude. Este menino é o motivo de glória para o povo de
Deus.

5) Aquele que derrubará e levantará muitos em Israel (v.34)

Simeão vislumbra naquele bebê um divisor de águas e corações. Derrubaria uns e levantaria muitos
em Israel. O que Simeão está dizendo para seus pais é que a atitude ou relação de uma pessoa com
Jesus seria determinante para o seu futuro eterno. Isso é facilmente detectável em toda teologia dos
evangelhos; Jesus sofre grande rejeição por meio dos “pastores de Israel”: Veio para o que era
seu, e os seus não o receberam. (Joh 1:11 ARA); mas levanta muitos daqueles que eram
considerados rejeitados: as crianças, os leprosos, as mulheres, as viúvas: Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus. (Joh 1:12-13 ARA)
6) O Sacrifício Eterno (v.35)

Simeão vislumbra naquele bebê o Sacrifício Eterno, que aplacou a ira de Deus que estava destinado
para nós. Aquele que bebeu o cálice da ira de Deus e que foi transpassado para que se cumprisse
as Escrituras: 34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água. 35 Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a
verdade, para que também vós creiais. 36 E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum
dos seus ossos será quebrado. 37 E outra vez diz a Escritura: Eles verão aquele a quem
traspassaram. (Joh 19:34-37 ARA)

Mas agora que Simeão vislumbrou o seu Redentor, ele pode dizer algumas coisas: 1) Que
não teme mais a morte (v.29); 2) Que está em paz (v.29). Simeão poderia descansar em paz, porque
a Palavra de Deus se cumpriu, a Redenção se fez carne, a Esperança estava entre os homens.
Simeão não era necessariamente um homem que estava para morrer, mas se fosse um homem de
idade média, viveria agora na expectativa do encontro pleno com o seu Redentor, já não mais nessa
vida, mas na Eternidade.

APLICAÇÕES PRÁTICAS.

Algumas lições práticas podem ser retiradas desse texto pra alimento de nossa alma.

1) Só pode ver Jesus da forma que Simeão viu, se essa visão for dada pelo Espírito Santo
de Deus.

O mundo tem várias visões a respeito de Jesus. Alguns o veem como um delírio; outros o veem
como uma figura histórica revolucionária; já outros o reconhecem como alguém que veio ensinar
uma filosofia de vida; um determinado grupo o define como profeta. Alguma dessas visões estão
completamente erradas, outras são verdades incompletas, mas somente quando o Espírito Santo de
Deus nos capacita e abre nossa visão que podemos enxergar Jesus como o que Ele realmente é: O
Deus conosco, o Salvador, O Redentor, O Rei, Profeta e Sacerdote.
2) Aquele que vê a Cristo da maneira verdadeira encontra a verdadeira paz.

1) Paz com Deus; 19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude 20 e que, havendo
feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
quer sobre a terra, quer nos céus (Col 1:19-20 ARA); 2) Paz de Deus: 6 Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração
e pela súplica, com ações de graças. 7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. (Phi 4:6-7 ARA); 3) Paz uns com os outros: se
possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; (Rom 12:18 ARA).
3) Aquele que tem um encontro verdadeiro com o Deus encarnado não teme a morte, mas
anseia pelo encontro pleno com seu Redentor.

As coisas terrenas já não tem o peso de outrora. Embora a vivência aqui seja desejada,
louvada e apreciada, depois do encontro face a face com o Deus encarnado, a existência se torna
um ensaio para a vivência plena com o Criador. A morte já não o assusta, mas é vista como uma
passagem, as preocupações terrenas não tem mais a dimensão que atordoa a alma e tira o vislumbre
da eternidade. Após se deparar com o Deus encarnado, o sentimento recorrente na alma se torna a
expectativa da vivência eterna com Cristo.

CONCLUSÃO

Para concluir esse texto maravilhoso, como se fosse um teste de Rorschach, mas não
vislumbrando 10 pranchetas com figuras assimétricas, mas observando as Escrituras e fazendo uma
reflexão profunda de alma, faço uma pergunta para mim e para você: “Quando você se depara com
o Deus-menino, o Verbo encarnado; o que você vê?

Que Deus nos abençoe e nos guarde.

Belo Horizonte, 26/12/15.

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