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teoria e questões
Aula 11 - Prof. Ricardo Torques
AULA 11
RECURSOS
Sumário
1 - Considerações Iniciais .......................................................................... 3
2 - Teoria Geral dos Recursos..................................................................... 3
2.1 - Pressupostos Recursais ................................................................... 3
2.2 - Disposições Gerais ......................................................................... 8
3 - Apelação........................................................................................... 27
3.1 - Cabimento .................................................................................. 27
3.2 - Procedimento .............................................................................. 29
4 -Agravos no NCPC ................................................................................ 39
4.1 - Agravo de Instrumento ................................................................. 39
4.2 - Agravo Interno ............................................................................ 49
4.3 - Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário ................. 51
5 - Embargos de Declaração .................................................................... 55
5.1 - Cabimento .................................................................................. 56
5.2 - Procedimento .............................................................................. 59
5.3 - Prequestionamento....................................................................... 61
5.4 - Embargos de declaração protelatórios ............................................. 62
5.5 - Embargos de declaração atípicos (modificativos ou com efeitos
infringentes) ....................................................................................... 63
6 - Recurso Ordinário Constitucional ......................................................... 67
6.1 - Conceito e cabimento ................................................................... 67
6.2 - Procedimento .............................................................................. 70
7 - Recurso Extraordinário e Recurso Especial ............................................ 72
7.1 - Cabimento .................................................................................. 73
RECURSOS
1 - Considerações Iniciais
Na aula de hoje vamos estudar a parte referente aos recursos e à ação rescisória.
Será uma aula extensa, porém bastante importante.
Boa aula!
Assim...
1
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2,
16ª edição, reform. e ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
472.
(1) cabimento/adequação
Esses requisitos remetem à ideia de que o ato impugnado precisa ser suscetível
de ataque em tese pela parte, permitindo identificar qual é o recurso cabível.
Segundo a doutrina2,
para que se configure tal pressuposto é preciso que se admita o emprego de algum recurso
contra a decisão em questão e que o recurso concretamente empregado seja adequado para
ela. Ou seja, o cabimento é definitivo pelo binômio admissibilidade X adequação recursais.
(2) legitimidade
A legitimidade recursal está prevista no art. 996, do NCPC, e são:
parte vencida;
terceiro prejudicado; e
Ministério Público, seja quando atuar como parte, seja quando atuar como fiscal da
ordem jurídica.
Importante observar que o art. 138, do NCPC, prevê também duas hipóteses de
legitimidade recursal do amicus curie. A regra é que o amicus curie não possa
interpor recurso, mas existem duas exceções descritas no §1º, do art. 138, do
NCPC, quais sejam:
a) embargos de declaração; e
b) recurso contra decisão em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR).
(3) interesse
O interesse recursal segue a mesma metodologia do interesse agir e configura-
se pela demonstração da necessidade de ajuizamento do recurso e a
adequação do expediente recursal escolhidos. Assim, demonstra-se a utilidade
do recurso interposto para a parte, que pretende a melhora da sua situação fática.
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Ele tem por finalidade a revisão da decisão recorrida – o que abrange sua reforma
(mudança do seu conteúdo), sua cassação (invalidação, para que outra venha a
ser posteriormente proferida em seu lugar), complemento (integração) de
omissões, esclarecimento de contradições e obscuridades ou a correção de erros
materiais6.
O recurso possui natureza jurídica de faculdade, revestida de um ônus
(obrigação). Caso a parte pretenda alterar o conteúdo da decisão deverá interpor
um recurso (faculdade). Ao mesmo tempo, se a parte pretender a reforma da
decisão, a única forma de obtê-la é por intermédio do recurso (ônus).
Antes de iniciarmos a análise dos dispositivos do NCPC, é
importante que você tenha em mente que há um sistema
de impugnação de decisões judiciais que compreende
recursos, ações autônomas e sucedâneos recursais.
As ações autônomas são instrumentos de impugnação da decisão judicial pelo
qual se dá origem a um processo novo, que tem por objetivo interferir ou atacar
decisões judiciais. Essas ações autônomas podem se desenvolver de forma
concomitante com o processo principal, mas temos exceções a exemplo da ação
rescisória, que se faz posteriormente ao julgamento da ação principal. O mesmo
ocorre em relação à querela nulitatis, que tem por finalidade atacar vícios
transrescisórios. Por exemplo, nulidade de citação após o decurso do prazo de 2
nos para ajuizar ação rescisória.
Os sucedâneos recursais são todos os meios de impugnação da decisão judicial
que não se constitui nem em um recurso, nem em uma ação autônoma, a
exemplo da remessa necessária que é condição de eficácia de sentença. Outro
exemplo é o pedido de reconsideração de sentença.
Para a prova...
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WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2,
16ª edição, reform. e ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
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Não obstante essa devolução das questões a serem apreciadas pelo tribunal,
proíbe-se que julgamento em sede de recurso seja mais prejudicial à parte que
a decisão originária. Veda-se, assim, a reformatio in pejus.
Registre-se que o efeito devolutivo é comum a TODOS os recursos.
Ainda em relação ao efeito devolutivo dos recursos, distingue-se a extensão e
profundidade desses efeitos. Vamos com calma!
A extensão do efeito devolutivo refere-se aos pontos ou questões recorridas.
Somente podem ser analisados pelo tribunal os pontos que foram objeto de
recurso pela parte.
Por exemplo, a parte formula três pedidos (A, B e C). O magistrado de primeiro
grau defere apenas o pedido A. A parte autora poderá recorrer para buscar a
reforma da decisão em relação aos pedidos B e C, mas decide recorrer apenas
em relação ao pedido C. Nesse caso, em razão da extensão do efeito
devolutivo, apenas o pedido C poderá ser objeto de nova análise pelo órgão
colegiado.
Quem delimita a extensão do efeito devolutivo – ou dito de forma simples que
pontos exatos pretende reforma – é a parte recorrente.
Por outro lado, temos que analisar a profundidade do efeito devolutivo que atua
verticalmente e não horizontalmente, tal como vimos em relação à extensão do
efeito devolutivo.
Pela regra da profundidade entende-se que em relação àquele ponto recorrido,
deve o tribunal conhecer de todas as questões suscitadas em primeiro grau,
independentemente de terem sido decididas ou não, e de todas as questões de
ordem pública, mesmo que não tenham sido suscitadas pela parte ou percebidas
pelo magistrado na origem.
Retomando o exemplo, em relação ao pedido C, objeto do recurso da parte
autora, o tribunal deverá levar em consideração todas as questões suscitadas em
primeiro grau, ainda que não analisadas pelo magistrado de primeira instância,
além de ter o dever de conhecer todas as questões de ordem pública afetas
àquele caso.
Assim, ao passo que, em relação a extensão do efeito devolutivo, o tribunal está
circunscrito horizontalmente pelo objeto do recurso formulado pelas partes, em
relação àqueles pontos que foram objeto de recurso, o órgão colegiado terá ampla
liberdade para analisar questões suscitadas e matéria de ordem pública não
analisada.
Assim...
Nos casos acima, ainda que não façam parte do processo originário – o servidor
nomeado, proprietário dos bens constritos e sócio – são terceiros juridicamente
prejudicados e poderão recorrer da decisão que lhes for desfavorável.
Vamos ler o dispositivo?!
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado
e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre
a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme
titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
O art. 1.006, do NCPC, estabelece prazo de 5 dias para baixa dos autos ao
tribunal a partir da certidão do trânsito em julgado da decisão de primeiro grau.
Por exemplo, enviado o recurso ao tribunal, julgado o recurso sem a interposição
de novos recursos, a secretaria do tribunal irá certificar o trânsito em julgado. A
partir da certidão, conta-se 5 dias para que os autos sejam remetidos ao juízo de
origem para cumprimento de sentença (ou seja, é dada a baixa nos autos).
Veja:
Art. 1.006. Certificado o trânsito em julgado, com menção expressa da data de sua
ocorrência, o escrivão ou o chefe de secretaria, independentemente de despacho,
providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de 5 (CINCO) DIAS.
O preparo representa uma taxa referente aos gastos que o Estado tem para fazer
frente a recurso interposto pela parte. Todo recurso terá um valor de preparo, a
não ser que a parte seja isenta. Além disso, quando o recurso for interposto na
forma física teremos, ainda, o pagamento do denominado porte, remessa e
retorno, que são os custos referentes ao envio físico do recurso ao tribunal para
julgamento.
Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O efeito expansivo ocorre
quando a decisão do recurso extrapola os limites do recurso atingindo algo ou
alguém que não fez parte deste.
O efeito expansivo subjetivo atinge sujeitos que não participaram do recurso.
Comentários
O objeto do juízo de admissibilidade dos recursos é composto dos
chamados requisitos de admissibilidade, que se classificam em dois grupos, os
requisitos intrínsecos, cabimento, legitimação, interesse e inexistência do fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer, e os requisitos extrínsecos, preparo,
tempestividade e regularidade formal.
Assim, o que não constitui requisito intrínseco de admissibilidade recursal é a
regularidade formal. Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da
questão.
Comentários
Nesse caso, Sérgio não poderá substituir seu recurso em razão da ocorrência de
preclusão consumativa.
Pode dar-se a preclusão nas formas lógica, temporal ou consumativa, que são
impedimentos impostos às partes e interessados no processo. Na preclusão
lógica, existe a incompatibilidade da prática de um ato processual com outro já
praticado. A preclusão temporal, também impeditiva, decorre da perda de uma
faculdade processual, em virtude de seu não exercício no prazo fixado por lei. A
consumativa, ocorre quando a faculdade processual já foi exercida validamente,
tendo o caráter de fato extintivo.
Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
3 - Apelação
A disciplina da apelação está entre os arts. 1.009 e 1.014, todos do NCPC. É o
recurso mais relevante e exigido em provas objetivas de concurso público, em
relação aos recursos em espécie.
A apelação é o recurso que cabe contra sentenças no Direito Processual Civil
brasileiro, representando o exercício do duplo grau de jurisdição. Trata-se,
portanto, da espécie recursal mais corriqueira na Justiça Comum.
De acordo com a doutrina, a apelação constitui11
o recurso que se interpõe das sentenças dos juízes de primeiro grau de jurisdição para levar
a causa ao reexame dos tribunais de segundo grau, visando a obter uma reforma total ou
parcial da decisão impugnada, ou mesmo sua invalidação.
Sigamos!
3.1 - Cabimento
De acordo com o art. 1.009, caput, do NCPC, caberá apelação das sentenças,
sejam elas terminativas (art. 485, do NCPC) ou definitivas (art. 487, do NCPC).
Assim, toda vez que a decisão puser fim ao processo, caberá o recurso de
apelação, em respeito ao duplo grau de jurisdição.
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
11
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2,
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Nos §§ do art. 1.009, abaixo citados, temos uma regra importante. A apelação
tem por finalidade atacar a decisão que põe fim à fase de conhecimento, quando
o juiz profere uma sentença terminativa ou definitiva. Contudo, ao longo do
procedimento podemos ter diversas decisões interlocutórias que resolvem
incidentes no curso processo. Embora não ponham fim ao processo, essas
decisões não constituem meros despachos e são dotados de conteúdo decisório.
Dessas decisões interlocutórias cabe, em regra, o recurso de agravo de
instrumento disciplinado no art. 1.015, do NCPC, que estabelece as hipóteses de
cabimento desse recurso.
Não obstante a previsão desse recurso, o rol descrito no art. 1.015 é taxativo.
Dito de outra forma, fora daquelas hipóteses não será admissível o recurso de
agravo. Nesse contexto, preveem os §§ 1º a 3º, do art. 1.009, que se
determinado assunto for decidido de forma interlocutória no curso do processo e
dessa decisão NÃO COUBER RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO na
forma do art. 1.015 do NCPC, a parte poderá, quando da apelação, suscitar nova
análise desses pontos julgados por decisão interlocutória no curso do processo.
Para tanto, deverá trazer essas matérias em sede de preliminar de apelação para
que o tribunal profira nova decisão.
Assim, essa matéria deve ser levantada pelo recorrente em preliminar de
apelação. Por outro lado, se deduzida pelo recorrido, a matéria deverá ser
suscitada nas contrarrazões. Nesse segundo caso – ou seja, de discussão de
decisões interlocutórias nas contrarrazões ao recurso de apelação –, prevê o
NCPC que a parte recorrente deverá ser intimada para se manifestar no prazo de
15 dias, antes do envio dos autos ao Tribunal.
Veja:
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito
não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem
ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão
final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente
será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas
no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Assim:
Confira:
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente,
o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado.
Sigamos!
É possível o julgamento imediato de mérito pelo tribunal
no julgamento da apelação, em razão da Teoria da Causa
Madura.
De acordo com a doutrina12:
Causa madura é aquela cujo processo já se encontra com todas as alegações necessárias
férias e todas as provas admissíveis colhias. Assim, o que realmente interessa para a
aplicação do art. 1.013, §3º, CPC, é que a causa comporte imediato julgamento pelo tribunal
– por já se encontrar devidamente instruída. Estando madura a causa – observada a
necessidade de um processo justo no seu amadurecimento (art. 5º, LIV, CF) – nada obsta
que o tribunal, conhecendo da apelação, avance sore questões não versadas na sentença
para resolvê-la no mérito.
12
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 1072.
b) O recurso interposto pelo autor foi o agravo de instrumento, uma vez que
o ato do juízo não pôs fim ao processo, tratando-se de decisão interlocutória.
c) É indispensável a citação do réu para integrar a relação processual e
oferecer contrarrazões, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do
contraditório.
d) Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal, Renato deverá ser
condenado ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
331, do NCPC, após indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado
ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se.
Ademais, o §1º, estabelece que se não houver retratação, o juiz mandará citar o
réu para responder ao recurso.
A alternativa B está incorreta. A decisão judicial que indefere a petição inicial é
uma sentença, a qual é impugnável pelo recurso de apelação.
A alternativa C está incorreta. O indeferimento da petição inicial corresponde a
um julgamento antecipado do processo, antes mesmo de ser ordenada a citação
do réu.
A alternativa D está incorreta. Não há que se falar em sucumbência diante da
extinção do processo sem resolução do mérito.
Comentários
De acordo com o art. 331, do NCPC, indeferida a petição inicial, o autor poderá
apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de
5 (cinco) dias, retratar-se.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §6º,
do art. 1.007, do NCPC, provando o recorrente justo impedimento, o relator
relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 dias
para efetuar o preparo.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção,
por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
Comentários
De acordo com o art. 331, do NCPC, o advogado de Flávio para recorrer dessa
decisão deverá interpor recurso de apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo
de 5 dias, reformar sua decisão.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de
5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
4 -Agravos no NCPC
Vamos analisar os agravos previstos no NCPC, que são três:
agravo de instrumento – voltado para atacar decisões interlocutórias;
agravo interno – cabível contra decisões interlocutórias monocráticas do relator no
tribunal;
agravo em REsp e RExt – que tem por finalidade propiciar a análise de admissibilidade
pelo órgãos superiores, viabilizando a análise dos recursos especiais e extraordinários.
Cabimento
Em relação ao cabimento, devemos sabe que o rol previsto no art. 1.015, do
NCPC, é restritivo (taxativo), vale dizer, o agravo de instrumento cabe tão
somente nas hipóteses abaixo listadas.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário.
13
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 1074.
Para a prova...
Da leitura do art. 1.018 extraímos uma situação bastante peculiar, qual seja: há
uma obrigatoriedade de informar o juízo de origem da interposição do
agravo, mas a inadmissibilidade do recurso por falta de comunicação
depende de provocação da parte agravada.
Assim, podemos ter as seguintes situações:
1ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal e comunica o juízo na
origem.
Nesse caso, se presentes os requisitos, o agravo será admitido (se presentes os demais
requisitos). Nada poderá fazer a parte contra quem se agravou.
2ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal, não comunica o juízo na
origem e a parte agravada nada alega.
Nesse caso, devido a inércia do agravado, o recurso de agravo de instrumento será
admitido (se presentes os demais requisitos).
3ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal, não comunica o juízo na
origem e a parte agravada prova a não comunicação no prazo de 3 dias.
Nesse caso, o recurso de agravo de instrumento não será admitido.
Veja:
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, SALVO
quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão
geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (Redação dada pela Lei nº 13.256,
de 2016)
I e II (com respectivas alíneas) revogados.
Procedimento
A petição de agravo em RExt e REsp será dirigida diretamente ao Presidente ou
ao vice-Presidente do Tribunal agravado, sem necessidade de pagamento de
custas ou valores referentes de porte e de remessa.
15
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2,
16ª edição, reform. e ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
618.
Comentários
De acordo com o art. 1.015, do NCPC, a decisão sobre os efeitos em que o recurso
de apelação é recebido é impugnável por meio do recurso de agravo de
instrumento, e não em sua forma retida. Vejamos:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo
de execução e no processo de inventário.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A juntada de cópia do agravo de instrumento e
documentos anexos não é uma faculdade da parte.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Conforme prevê o art.
1.018, §3º, do NCPC, não será admitido o agravo de instrumento.
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da
petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos
documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará
prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput,
no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo
agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
5 - Embargos de Declaração
Os embargos de declaração estão disciplinados no NCPC entre os arts. 1.022 a
1.026.
Trata-se de recurso que, diferentemente dos demais, não tem por finalidade
cassar ou reformar a decisão proferida. Pretende-se com os embargos de
declaração esclarecer, integrar, corrigir, completar a decisão prolatada. Segundo
o entendimento doutrinário, essa espécie recursal está intimamente relacionada
com:
o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, com fundamento no art. 5º,
XXXV, da CF; e
o dever de fundamentação das decisões judiciais, prescrito no art. 93, IX, da CF.
5.3 - Prequestionamento
Uma questão importante a ser analisada é a possibilidade de interposição de
recurso de embargos de declaração para fins de prequestionamento.
O prequestionamento constitui exigência do objeto do recurso especial ou do
recurso extraordinário. É necessário que a matéria já tenha sido objeto de decisão
prévia por tribunais inferiores. A ideia é simples: deve constar pré-análise e
julgamento prévio pelos tribunais de segunda instância da matéria que se
pretende recorrer.
A exigência do prequestionamento tem por finalidade impedir que seja analisado
o recurso especial ou o extraordinário, quando nele houver matéria que não foi
anteriormente analisada pelo tribunal de segunda instância.
O STJ sumulou entendimento no sentido da
inadmissibilidade do recurso especial quando a questão que,
apesar da oposição dos embargos de declaração, não foi
apreciada pelo tribunal interior (Súmula STJ 211).
Veja:
Súmula STJ 211
Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos
declaratórios, não foi apreciada pelo tribunal “a quo”.
O STF, por sua vez, tinha entendimento diverso. A Corte Constitucional entendia
que o simples fato de apresentação dos embargos de declaração contra decisão
omissa, independentemente do resultado desse julgamento, já criava no caso
concreto o prequestionamento. (Súmula STF 356).
Veja:
Súmula STF 356
O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
Veja:
Art. 1.026. Os embargos de declaração NÃO possuem efeito suspensivo e
interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo
juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo
relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Vamos em frente!
Comentários
A alternativa A está incorreta. Há interposição de recurso ordinário para o STJ
contra decisão proferida por juiz que atua em primeiro grau de jurisdição.
Confira o art. 105, II, “c” combinado com o art. 109, II:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um
lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A oposição de embargos
de declaração contra acórdão que julgou apelação determina a interrupção do
prazo para a interposição de outros recursos, conforme estabelece o art. 1.026,
do NCPC:
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o
prazo para a interposição de recurso.
Veja que esses dois requisitos restritivos não estão presentes nas hipóteses de
cabimento do recurso ordinário para o STF.
A segunda hipótese envolve recurso de acórdãos em decisões de tribunais em
que tivermos Estado estrangeiro ou organismo internacional versus município ou
pessoa residente ou domiciliada no Brasil. Justifica-se o recurso ordinário
constitucional para o STJ nesse caso, pois o Superior Tribunal de Justiça é o órgão
judiciário que detém a competência judicial para tratar de questões que envolvem
interesses da federação.
Em síntese:
7.1 - Cabimento
O cabimento desses recursos possui sede constitucional.
Cabe RExt quando a decisão julgar válida lei ou ato de governo local
contestado em face da Constituição.
Nessa hipótese, temos o contrário. Ao invés de analisar a inconstitucionalidade
da legislação federal, busca-se verificar se a interpretação que privilegiou o
ordenamento local ou ato de governo local não está contrário à Constituição.
Cabe RExt quando a decisão julgar válida lei local contestada em face
de lei federal.
Nessa última hipótese de cabimento do recurso extraordinário verifica-se a
harmonização da legislação federal. Somente será da competência do STF se,
entre uma lei federal e uma lei estadual ou municipal, a decisão optar pela
aplicação da última por entender que a norma central regulou a matéria de
competência local. Nesse caso, como a repartição de competência é
constitucionalmente prevista, ao se deixar de aplicar a lei federal, conclui-se
obliquamente que a lei federal é inconstitucional, pois invadiu esfera de
competência de lei estadual ou local.
7.2 - Procedimento
O NCPC disciplina o procedimento dos recursos especial e extraordinário. Para
fins da nossa prova é importante que conheçamos a literalidade dos dispositivos
do NCPC.
O art. 1.029 prevê que tanto o RExt como o REsp são interpostos mediante
petição dirigida ao Presidente do tribunal recorrido devendo conter:
exposição do fato e do direito;
demon tração de que o recur o e tá dentro da hipóte e de cabimento acima
estudadas; e
razões do pedido.
Veja:
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos
na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-
presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
O art. 1.036, do NCPC, trata do julgamento de RExt e REsp repetitivos. No §1º desse
dispositivo há a possiblidade de os tribunais de segunda instância informarem ao STF ou
ao STJ a existência de recursos repetitivos no respectivo tribunal. Para tanto irá destacar
dois desses processos para serem considerados paradigmas, considerados representativos
da controvérsia que serão encaminhados ao STF ou ao STJ para julgamento coletivo.
5ª POSSIBILIDADE: juízo de admissibilidade e envio ao STF/STJ
Se não for o caso de julgamento anterior (1ª possibilidade), se não for o caso de retratação
pelo órgão julgador (2ª possibilidade), se não for o caso de sobrestamento (3ª
possibilidade) ou de seleção para julgamento de RExt ou REsp repetitivo (4ª possibilidade),
o Presidente ou o vice-Presidente fará o juízo de admissibilidade.
Temos duas possibilidades:
A) Se o juízo de admissibilidade for positivo (houve conhecimento do recurso), os
autos serão enviados ao tribunal superior para processamento.
B) Se o juízo de admissibilidade for negativo (não for conhecido o recurso por
ausência dos pressupostos processuais), a parte poderá agravar de instrumento na
forma do art. 1.042 do NCPC, que já estudamos.
Ufa!
Veja como ficou mais fácil a compreensão do dispositivo do NCPC:
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (QUINZE) DIAS, findo o qual
os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que
deverá: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
I – NEGAR SEGUIMENTO: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo
Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;
(Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que
esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de
recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do JUÍZO DE
RETRATAÇÃO, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos
regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016)
III – SOBRESTAR o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda
não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça,
conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; (Incluído pela Lei nº
13.256, de 2016)
IV – SELECIONAR O RECURSO COMO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA
constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; (Incluído pela
Lei nº 13.256, de 2016)
V – realizar o JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE e, se positivo, remeter o feito ao
Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: (Incluído
pela Lei nº 13.256, de 2016)
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de
julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)
Você deve ter notado que tanto o recurso especial como o recurso extraordinário
são interpostos em face da mesma decisão. Isso ocorre porque a competência
recursal do STF (no RExt) é específica e diferente da competência recursal do STJ
(no REsp), que possui suas hipóteses de cabimento próprias.
Conforme estudamos no início desse capítulo, o STF é o “guardião da CF” ao
passo que o STF é “guardião do ordenamento jurídico”.
Como não há hierarquia entre os dois tribunais – que possuem esfera de atuação
distintas – se estiverem adequadas as hipóteses de cabimento, é possível interpor
conjuntamente o RExt e o REsp.
Contudo, o recurso extraordinário somente será julgado após o recurso
especial. Isso ocorre porque o texto constitucional se sobrepõe
hierarquicamente em relação a todo o ordenamento constitucional. Assim, se
tivermos a violação de uma norma infraconstitucional e constitucional, o que irá
prevalecer é o entendimento conforme o texto constitucional.
Veja, não é uma questão de hierarquia, mas da hierarquia normativa da CF em
face da legislação infraconstitucional!
Em face disso, se a parte interpor ambos os recursos (RExt e REsp), os autos
serão enviados ao STJ para processamento do recurso especial conforme
expressamente determina o art. 1.031 do NCPC.
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso
especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
21
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 1106.
Para encerrarmos a análise dos recursos excepcionais vamos analisar o art. 1.035
do NCPC, que se aplica apenas aos RExt.
Vimos na leitura acima que os recursos que tramitam perante o STF devem
demonstrar a repercussão geral. Isso não ocorre em relação ao REsp, mas apenas
em relação ao RExt.
A demonstração da repercussão geral é considerada pela doutrina como requisito
intrínseco de admissibilidade do RExt. A repercussão geral tende a selecionar
para julgamento pelo STF tão somente os processos cuja matéria discutida
transcende aquele caso concreto, revestindo-se de interesse institucional.
De acordo com o art. 1.035, do NCPC, ao analisar determinado processo, o STF
poderá entender que determinado RExt não tem repercussão geral. Segundo a
doutrina22:
O recurso poderá ser apenas poderá ser inadmitido se dois terços dos membros do tribunal
reputarem que a questão não tem tal relevância geral. Ou seja, a manifestação negando a
existência de repercussão geral precisará provir do Plenário do STF, que reúne todos os
seus membros. O relator isoladamente ou mesmo a Turma não poderão negar conhecimento
ao recurso esse fundamento, enquanto não houver pronunciamento nesse sentido do
próprio Plenário.
Veja:
Art. 1.035. O Supremo Tribuna l Federal, em decisão irrecorrível, NÃO conhecerá do
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver
repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada A EXISTÊNCIA OU NÃO DE
QUESTÕES RELEVANTES DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO, POLÍTICO, SOCIAL OU
JURÍDICO QUE ULTRAPASSEM OS INTERESSES SUBJETIVOS DO PROCESSO.
22
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2,
16ª edição, reform. e ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
607.
Comentários
De acordo com o art. 102, III, “c”, da CF/88, da decisão recorrida que julgar
válida, em única ou última instância, lei local contestada em face de lei federal,
é cabível recurso extraordinário.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Comentários
De acordo com o art. 102, III, “a”, combinado com o art. 105, III, “a”, da CF/88,
a contrariedade do julgado às normas contidas na legislação federal e às contidas
na Constituição da República dá ensejo, respectivamente, a recurso especial e
recurso extraordinário.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última
instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Em sede de recurso
extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer
repercussão geral sob pena de não ser conhecido pelo juízo ad quem.
Vejamos o art. 1.035, do NCPC:
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso
extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral,
nos termos deste artigo.
8.1 - Cabimento
Trata-se de recurso que tem por finalidade uniformizar a jurisprudência dos
tribunais superiores. De acordo com a doutrina23:
Quando o art. 1.043, CPC, arrola a hipóteses de cabimento dos embargos de divergência,
o que está por detrás dessa previsão é a viabilização de uma oportunidade de debate
institucional para que uma determinada questão constitucional ou federal possa ser definida
pela corte responsável em dar a última palavra a respeito de dignidade do direito para toda
a administração da Justiça Civil.
23
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 1122.
a extinção do processo sem julgamento de mérito (art. 485, do NCPC), mas em relação
ao mérito das respectivas decisões.
A segunda também envolve a divergência entre dois acórdãos do mesmo Tribunal
Superior. A diferença é que, nesse caso, um dos acórdãos analisou o mérito e o outro
embora não tenha conhecido do recurso, apreciou a controvérsia.
Isso é ocorre porque muitas vezes, nesses pronunciamentos de admissibilidade, os
tribunais superiores enfrentam o mérito recursal, averiguando a existência à violação ao
direito federal infraconstitucional ou constitucional, apresentados como decisões negativas
de conhecimento do recurso.
Em razão disso, ainda que não tenha enfrentado o mérito o acórdão poderá ser
considerado para fins de divergência com outro acórdão que tenha enfrentado o mérito da
causa.
Assim, dentro das situações que vimos acima, quando a sentença sem
julgamento de mérito impedir a propositura de uma nova ação ou obstar a
admissibilidade do recurso, é possível ajuizar a ação rescisória.
Por exemplo, sentença sem julgamento de mérito fundada em erro extraível dos
autos que levou o magistrado decidir pela perempção, que é uma sanção
processual que impede a propositura de nova demanda. Nesse caso, não obstante
se tratar de uma sentença sem julgamento do mérito, é admissível a ação
rescisória.
Na sequência, confira o §3º:
§ 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.
No art. 701, §3º, do NCPC temos uma hipótese específica de ação rescisória, que
é aplicável ao procedimento especial da ação monitória. Quando a parte ingressa
com uma ação monitória, se restar demonstrada a evidência do direito do autor,
o juiz expedirá ordem para pagamento que, se não cumprida no prazo de 15 dias
constituirá automaticamente um título jurídico judicial em favor do autor, para
que ele promova a ação. Essa decisão que concede a tutela de evidência e que
pode ser transformada em título executivo judicial – caso se enquadre em uma
das hipóteses previstas nos incisos do art. 966 do NCPC – pode ser atacado por
intermédio da ação rescisória.
Veja:
Assim, quando nós tivermos uma sentença homologatória não são passíveis de
ação rescisória, mas de ação homologatória, desde que se enquadre nas
hipóteses descritas acima.
Por exemplo, acordo homologado judicialmente, no qual o réu foi coagido a
transacionar. Trata-se de decisão homologatória que pode ser objeto de ação
anulatória com fundamento no inc. III do art. 966, do NCPC.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não caberá uma nova demanda, por se tratar
de coisa julgada.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 975, do NCPC, o direito à
rescisão se extingue em 2 anos contados do trânsito em julgado da última
decisão proferida no processo.
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado
da última decisão proferida no processo.
Nesse caso, a última decisão proferida no processo foi a sentença, que transitou
em julgado em 19/10/2012, portanto, o direito à rescisão se extingue em
19/10/2014.
A alternativa C está incorreta. No caso, se Tânia descobrisse que o juiz é irmão
de Márcia, parente consaguíneo colateral de 2º grau, estaria configurado o seu
impedimento, portanto, uma vez já transitado em julgado a decisão proferida por
juiz impedido, seria cabível uma ação rescisória, e não uma ação anulatória.
Vejamos o art. 144, IV combinado com o art. 966, II, da Lei nº 13.105/15:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
Comentários
A alternativa A está incorreta. O instrumento adequado para se rescindir
diretamente uma decisão judicial, não é este, mas a ação rescisória. A ação
anulatória é um meio de impugnação que visa a desconstituir um ato da parte
que, por via reflexa, pode levar à desconstituição da decisão judicial.
A alternativa B está incorreta. Caso a inconstitucionalidade da lei tivesse sido
declarada pelo STF, Luan deveria ajuizar reclamação constitucional perante a
Suprema Corte a fim de obter a cassação da decisão proferida pelo TJ/MG.
A alternativa C está incorreta. A reclamação constitucional somente teria
cabimento caso a decisão de inconstitucionalidade tivesse sido proferida pelo STF.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A legislação processual
admite o ajuizamento de ação rescisória fundamentada em violação a literal
disposição de lei, não se prestando o instrumento à rediscussão de matéria de
fato. Vejamos o art. 966, V, do NCPC:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
V - violar manifestamente norma jurídica;
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 996, do NCPC, o recurso
pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 968,
II, da referi Lei:
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art.
319, devendo o autor:
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá
em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou
improcedente.
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 966, do
NCPC, onde prevê em quais situações a decisão de mérito, transitada em julgado,
poderá ser rescindida:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou,
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha
a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento
favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
969, do NCPC:
A alternativa C está incorreta. Com base no §4º, do art. 337, da referida Lei, a
decisão da segunda ação fará coisa julgada.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em
julgado.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 968, II,
do NCPC:
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art.
319, devendo o autor:
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá
em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou
improcedente.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 967, III, “b”, da referida Lei,
têm legitimidade para propor a ação rescisória o Ministério Público quando a
decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de
fraudar a lei.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 59, da Lei nº 9.099/95, a turma
recursal dos juizados especiais cíveis não tem competência para processar e
julgar ação rescisória.
11 - Bateria Extra
Questão – FGV/OAB – Exame de Ordem – XIX – Primeira Fase
– 2016
Em determinada execução fundada em um cheque, o juiz, atendendo pedido
do credor, defere a penhora de 50% do faturamento da sociedade
empresária devedora. Inconformada, tendo em vista que tal decisão poderia
gerar a interrupção de suas atividades, a executada interpõe agravo de
instrumento, recurso esse que, apesar de regularmente admitido, é
desprovido, à unanimidade, pelo competente Tribunal de Justiça. Ato
contínuo, a executada interpõe recurso especial, o qual se encontra
pendente de julgamento, sem previsão de análise.
Levando em conta a legislação processual e as orientações jurisprudenciais
aplicáveis à espécie, assinale a opção que indica o procedimento que o
advogado deve adotar para, ao menos, suspender os efeitos da referida
decisão.
a) Deverá requerer o efeito suspensivo ao Desembargador Relator do Agravo
de Instrumento, demonstrando, na oportunidade, a urgência e a gravidade
da situação.
b) Deverá requerer o efeito suspensivo diretamente ao Superior Tribunal de
Justiça, órgão competente para o julgamento do Recurso Especial.
c) Deverá, em razão da impossibilidade de concessão de efeito suspensivo
em sede de recurso especial, impetrar Mandado de Segurança junto ao
Superior Tribunal de Justiça, requerendo, na oportunidade, a concessão de
medida liminar.
d) Deverá propor uma medida cautelar, dirigida ao Desembargador
Presidente do Tribunal de Justiça de origem, tendo em vista não ter havido,
ainda, juízo de admissibilidade a respeito do recurso especial.
Comentários
As alternativas A e B estão incorretas. Caso já tenha sido vencido o primeiro
juízo de admissibilidade, a concessão de efeito suspensivo deveria ser requerida
ao ministro-relator do recurso especial, ou caso este ainda não tenha sido feito
ao desembargador-presidente do tribunal de justiça.
Comentários
Para responder essa questão precisamos saber a diferença entre o error in
procedendo e o error in judicando.
O error in procedendo corresponde a um vício de forma, que ocorre quando o juiz
deixa de observar algum requisito formal necessário para a prática do ato. A
ocorrência deste tipo de erro provoca, em regra, a anulação da sentença
recorrida.
O error in judicando corresponde a um vício quanto à materialidade, que ocorre
quando o juiz se equivoca na interpretação ou na aplicação da lei, o que implica
na reforma da sentença por ele proferida.
Nesse caso, por se tratar de error in procedendo e a causa não estar madura para
julgamento, o pedido recursal deve ser de anulação da sentença. Dessa forma, a
alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 1º, da Lei nº 12.016/09,
conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com
abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao §1º, do
art. 10, da referida Lei:
§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a
competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um
dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que
integre.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
313, I, do NCPC, o falecimento do advogado provoca a suspensão do prazo
processual.
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
Porém, o art. 50, da Lei nº 9.099/95, prevê que se o processo correr sob o rito
especial dos juizados especiais, a oposição desses embargos provoca apenas a
suspensão do prazo.
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.
Comentários
De acordo com o art. 299, do NCPC, os prazos são contados em dobro quando a
ação é ajuizada em face de partes representadas por diferentes procuradores.
Por isso o prazo para a interposição do recurso de apelação passará de 15 para
30 dias.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer
juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não há duplo grau de jurisdição obrigatório em
todas as ações com decisões proferidas contra a Fazenda Pública. Vejamos o art.
496, do NCPC:
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo
tribunal avocá-los-á.
Fica claro que nem toda decisão contrária à Fazenda Pública gera duplo grau de
jurisdição obrigatório.
A alternativa B está incorreta. Não há que se falar em condicionar o duplo grau
de jurisdição obrigatório à interposição de apelação.
A alternativa C está incorreta. Não é toda sentença que julga embargos à
execução de dívida ativa da Fazenda Pública procedente que terá duplo grau de
jurisdição obrigatório.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §4º,
do art. 496, da Lei nº 13.105/15:
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo
do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
775, do NCPC, o credor pode desistir de toda a execução ou alguma de suas
medidas executivas. Vejamos:
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma
medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões
processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do
embargante.
Comentários
A alternativa A está correta, com base na súmula nº 625, do STF:
Súmula 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de
segurança.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo a súmula nº 86, do STJ, cabe recurso
especial contra acordão proferido no julgamento de agravo de instrumento.
A alternativa B está incorreta. A súmula nº 733, do STF, estabelece que não
cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de
precatórios.
Gabarito: D
d) Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal, Renato deverá ser condenado ao
pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais.
Gabarito: A
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: A
a) o interesse recursal.
b) a regularidade formal.
c) a inexistência de fato impeditivo ou extintivo.
d) a legitimidade.
Gabarito: B
Gabarito: D
Gabarito: A
Gabarito: B
c) Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega
tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
d) Compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais.
Gabarito: D
Gabarito: C
Gabarito: A
Gabarito: C
Gabarito: C
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: D
Gabarito: B
b) caso haja prova de que a decisão de mérito transitada em julgado tenha sido proferida
por prevaricação, concussão ou corrupção do prolator.
c) se a sentença de mérito transitada em julgado se fundar em prova cuja falsidade tenha
sido apurada em processo administrativo.
d) caso o julgamento da apelação interposta tenha resultado de acórdão não-unânime.
Gabarito: B
Gabarito: A
Gabarito: A
13 - Considerações Finais
Encerramos mais uma aula do nosso curso. Essa aula está muito grande e possui
muita informação, por isso estudem com calma e atenção. Fracionem o estudo.
Vejam o conteúdo em um dia e o restante da aula em outro.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato
conosco. Estou disponível no fórum no Curso e por e-mail.
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
www.fb.com/dpcparaconcursos