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educação?”
on: Fevereiro 11, 2018 In: Comportamento No Comments
“Aos pais se pede tanto, e se lhes dá tão pouco.” Se estas palavras da psicoterapeuta familiar Virginia Satir eram verdadeiras na década de 80,
continuam tão ou mais válidas nos dias de hoje. Aos pais pede-se corpo e alma na educação dos filhos, mesmo quando o corpo se desdobra e dá de
si e a alma, essa essência de estar vivo, é estar vivo para os filhos e pouco mais.
Do lado dos filhos, um dos grandes desafios é o aprender formas saudáveis de socializar, de estar em relação com os outros, na existência de regras
e limites e, em simultâneo, afeto. Uma coisa é certa: existem tantas formas de se ser mãe ou pai, quanto de se ser filho ou filha. Não existe apenas
uma correta, mas existem formas de relação positivas entre pais e filhos que promovem um crescimento individual e relacional, outras não tão
positivas e que acabam por trazer mais preocupações, mais dificuldades na gestão dos comportamentos e do reconhecimento da autoridade dos
pais. A autoridade, aquela que se reconhece e não a que se impõe, tem sido um dos desafios com os quais muitos pais lidam, já que também eles
trazem modelos das gerações anteriores, uns mais bem-sucedidos do que outros. A questão mantém-se: é possível mostrar aos filhos os limites e
regras com que se vive as relações humanas sem, no entanto, recorrer à punição física?
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O castigo físico persiste, em parte, por ter resultados aparentemente imediatos (cessa o comportamento da criança) e por ser fácil de aplicar. No
entanto, punições corporais não oferecem à criança oportunidade de refletir sobre as suas ações, nem ensinam à criança a distinção entre o certo e o
errado, levando-a a agir (ou não agir) apenas por medo da punição. A investigação demonstra que apesar de conduzir a uma obediência imediata,
existe um decréscimo na obediência a longo prazo (Gershoff, 2002). Só a convivência e o tempo investido pelos pais no diálogo possibilita uma base
afetiva em que os filhos reconhecem nos pais alguém que se preocupa, que ouve e, mais importante, um modelo a seguir. Isto é importante pois ao
longo do desenvolvimento do seu filho, ele precisa de aprender a decidir e a regular o seu próprio comportamento.
Quais são as possíveis alternativas à punição corporal? Aqui ficam algumas sugestões para pais, mães, ou responsáveis pela educação e
desenvolvimento de uma criança:
– Utilize o diálogo sempre que possível.
Falar com uma criança sobre que comportamentos são aceitáveis e quais não são tem, de longe, muitos mais benefícios do que a punição corporal.
Garanta que lhe explica o porquê de um comportamento ser desadequado ou perigoso. Ao fazê-lo está também a transmitir-lhe uma mensagem
importante: o diálogo é uma ferramenta crucial para resolução de problemas, ao contrário da violência, que cria distância entre as pessoas.
Fonte: Up to kids