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ARARAQUARA – S.P.
2017
Una identidad segura de sí no teme la diversidad, sino que la cultiva.
(Carlos Fuentes)
Projeto de Mestrado
ensino/aquisição de línguas.
PROFESSORES DA FCLAR
Unesp de Araraquara ecoa nas salas de aula devido à presença de um número significativo de
professores de línguas, o que trouxe a necessidade de uma maior compreensão das variáveis
determinantes das características específicas do falar de alguns deles – neste caso, dos
professores de língua espanhola desta instituição, tendo como foco os falantes não-nativos.
No ano de 2015, dentro da disciplina de Língua Espanhola II, houve uma tentativa
de realizar esse estudo, porém, por questões estruturais e falta de aprofundamento teórico, os
resultados não foram tão satisfatórios não se deu continuidade ao projeto. O presente projeto
esperando obter resultados mais sólidos e consistentes, que possam contribuir para futuras
Espanhol/LE
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
com dados do Instituto Cervantes (2010), é a segunda língua com maior número de falantes
nenhum momento podemos pensar em uma unidade linguística, pois toda língua abriga uma
americanas. Segundo Moreno Fernández (2010), a Língua Espanhola é língua oficial da ONU
uma considerável expansão no uso do Espanhol em nosso país: aumentou a demanda para a
professores também têm direito de manter a identidade linguística nas aulas a partir de suas
vivências e escolhas.
lecionar, acabam por promover uma determinada marca ou variante linguística que são
o saber nesse sentido está ligado ao que se atribui ao conhecimento adquirido pela troca, que
levará ao amadurecimento individual. Experiências vividas não podem ser transmitidas a
outra pessoa, porém o processo de mediação é capaz de influenciar outros sujeitos a buscar
Assim, a experiência se constitui individual, mas pode ser resultado de uma mediação. Num
de língua estrangeira, a análise deve tomar uma perspectiva mais ampla, abrangendo não
técnica derivados de sua experiência com a língua gera influências nos estudantes como
sujeitos que absorvaem e aprendem. Isto cria uma ampla gama de possibilidades de como
falar, pois diferentes tipos em contato podem acabar por fundirem-se minimamente e se
influenciar mutuamente, especialmente em relação ao aluno, já que é mais provável que este
se adapte e mude. É claro que o dever do professor é expor e deixar em aberto a maneira
correta de falar espanhol, a partir das variantes existentes e aprovadas, mas é fato que as
variantes usadas por eles acabam influenciando os alunos. É por isso que é importante que,
nas aulas, os alunos conheçam não só uma, mas também outras variedades e acentos da língua
espanhola, portanto, tanto na vida acadêmica como na vida pessoal, e em muitos outros casos,
os alunos podem encontrar falantes de língua espanhola com uma variedade linguística
diferente da enfatizada pelo professor, como também encontramos nas variedades linguísticas
do português.
Acredita-se que para que o ensino seja totalmente eficaz, é necessário estimular as
social atribuído a cada um, o que permite ao aluno a capacidade de selecionar uma variedade
que o contemple. Desta forma, os alunos terão uma educação de maior qualidade e expandirão
sua bagagem cultural, pois é importante que o professor leve aos alunos uma nova percepção
linguísticas e suas variantes, que inclui não apenas a variedade que o professor usa, mas todas
as demais.
da Unesp de Araraquara faz eco nas salas de aula e departamentos de línguas devido àa
uma maior compreensão das variáveis determinantes das características específicas de falar
deles – neste caso, dos professores de Língua Espanhola, centrando-se nos não-nativos. No
ano de 2015 foi realizado um trabalho de pesquisa simples para a disciplina de Língua
Espanhola II, com a proposta de investigar o acento em espanhol dos professores não-nativos
da FCLar. Os resultados primários obtidos não trouxeram insumos suficientes para reflexões
trabalho iniciado, agora de modo mais formal, buscando um contexto em que a questão possa
aprendizagem das variantes do Espanhol por parte dos docentes do curso de Letras da Unesp
de Araraquara. Tendo em conta que todos os que hoje são professores já estivem na posição
de conhecimento, esta investigação busca entender por quais variáveis estes sujeitos passaram
e o que os levou a falar como falam na atualidade – dado que, o ensino aplicado por eles influi
os falantes tem com o espanhol como língua estrangeira nível avançado com os distintos
acentos afetam seu próprio acento em espanhol?" Como formula Vazquez (2004): "¿Que
ocurre fuera de las fronteras nacionales? Aquí la cosa se complica: el profesorado de ELE
puede ser nativo o no nativo. El profesorado no nativo, según donde haya estudiado español,
um dos polos de formação de professores do estado de SP, numa das instituições de mais
partir da formação e trajetória dos professores, e como isso influencia os alunos. Vázquez
(2004) discute que muitas vezes, em situações em que os estudantes temos estudantes têm
outro semestre têm tem um professor de outra nacionalidade ou acento, isto pode ser visto
como um problema, e não como valor agregado. A pesquisa toma como ponto de vista este
valor agregado através do contato do alunado com diversos acentos e formas de falar o
espanhol, pois o discente poderá decidir qual é seu modelo de preferência de variante
aprendizagem é única e não pode ser transferida. Verificar as vivências que foram marcantes
na trajetória dos sujeitos significa reafirmar que essas experiências não se repetem, mas são
e aprendizagem de Língua Estrangeira, com foco nas variantes que influenciaram a formação
ensino e aprendizagem do idioma por parte dos alunos em formação do curso de Letras desta
instituição.
2. OBJETIVOS
a trajetória que consolidou o espanhol falado pelos professores da FCL, mas que, por motivos
realizarem uma retrospectiva acerca de sua trajetória até o dado momento em que se
encontram em sala de aula, ampliando para como o ensino de LE por professores que
variedades deverá ser realizada pelo maior número de nativos possíveis, buscando uma
polo de formação de professores do Estado de São Paulo, quais são as variantes que circulam
pelas salas de aula e corredores dos departamentos. A pesquisa tem grande potencial de
aprofundamento, garantindo que novos estudos sejam feitos em cima dos dados obtidos,
fundamentação teórica no que concerne ao estudo das variantes e o ensino de Espanhol como
língua estrangeira no Brasil, além das especificidades fonéticas e as variáveis que moldam e
consolidam o sotaque. Pretende-se, por fim, identificar quais são as variantes de Espanhol
socialmente.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
especial o espanhol. Além disso, como fundamentação teórica para compreender os conceitos
livro "Linguística aplicada a la enseñanza del español como 2/L", de Kim Griffin (2011). A
autora também contribui nos estudos da aquisição de línguas dentro e fora da sala de aula, a
A pesquisa terá como foco a fonética e a fonologia aplicada aos estudos das
inicial para aprofundar os conhecimentos na área, tendo em conta que essas teorias aplicadas
ao ensino de língua estrangeira foram de pouco acesso da autora durante sua graduação. Os
quesitos gramaticais e lexicais não serão foco da pesquisa, mas não se excluem como
estudos na atualidade.
As análises das variantes da fala dos sujeitos da pesquisa serão analisadas sob a
considerando que "Para una interpretación adecuada, hay que tener en cuenta que los usos
linguísticos de cada zona se dan de un modo predominante, esto es, ni tienen por qué ser los
únicos, ni tienen por qué ser exclusivos de cada una de ellas." (FERNANDEZ, 2000, p.39). O
andes, espanhol "de la plata y el chaco" e espanhol do chile, as quais utilizaremos como
O termo "acento" foi escolhido para o estudo pois, segundo Fernandez (2007,
p.68): "(...) cuando se consideran de forma conjunta los hábitos fonéticos que permiten
indivíduos sujeitos da pesquisa, que deve ser realizada por nativos (pelo menos um, mas
que os demais reconheçam nossa origem através dele (Fernandez, 2000, p. 68). Embora os
sujeitos sejam não-nativos, essa metodologia pode ser eficaz para descobrir qual o acento que
mais se expressa na fala através da ótica de indivíduos nativos com maior sensibilidade na
percepção.
Fernandez chama a atenção para o fato de que o que possibilita uma tomada de
decisão coerente sobre qual modalidade de espanhol deve ser ensinada é uma formação
espanhol. Sobre a formação que delineia a realidade linguística dos professores e alunos, o
Foram influenciados mais pelo ambiente do que pelas escolhas derivadas de estudos, ou vice
4. METODOLOGIA
consistiu em quatro etapas: o primeiro passo foi propor aos professores que respondessem um
questionário com perguntas sobre o primeiro contato com a língua, o local de aquisição, a
origem dos professores com quem aprenderam espanhol, os países onde viveram e que,
diretamente no programa Praat, com um microfone dinâmico Shure 8900 e conversor de sinal
resolução de 16 bits. Cada um leu individualmente o poema "La Lluvia" de Jorge Luis
Borges. O poema foi escolhido porque contém palavras que são escritas com 'll' (elle) e 'y' (i
Grega), onde pudemos analisar a presença ou ausência de yeismo; e também as letras 'c' (ce) e
's' (ese) que podem ser pronunciadas como o mesmo som ou como sons distintos, o que traria
as diferenças entre [θ] e [s], e o que evidenciaria as diferenças entre as variantes espanholas
da América Latina.
Fez parte da terceira etapa escolher um trecho em comum dos três arquivos de
áudio gravados, para colocar sob a análise dos nativos de língua espanhola, a fim de obter a
impressão do que o modo de falar dos professores causa, bem como o nível de acento e se foi
possível distinguir os falantes entre brasileiros e nativos. O programa "Praat" foi usado para
escutar as gravações dos áudios, selecionar e cortar a parte que foi usada na prova de
percepção. A seção escolhida foi a leitura da primeira estrofe do poema "La Lluvia":
O site SurveyGizmo foi usado como uma plataforma on-line para coleta de dados,
utilizada por eles. A análise perceptiva deste passo pretendeu ter uma perspectiva dos nativos
em relação ao nível e características dos acentos dos professores brasileiros. O quarto passo
último ano do curso de Letras da Unesp Araraquara. A metodologia propõe a análise das
qualitativo foi elegido pois é o que melhor se encaixa para a realização do levantamento de
dados e análise das particularidades e experiências individuais dos sujeitos em questão, a fim
5. CRONOGRAMA
5. Gravações de áudio para análise fonética, análise por parte dos nativos e avaliação dos
resultados;
6. Reuniões de orientação;
9. Exame de qualificação;
SEMESTRE ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1º X X
2º X X X X X X
3º X X X X X X
4º X X X X X X X X
5.2 Cronograma de execução
BIBLIOGRAFIA CITADA E INICIAL
Arco/Libros, 2011.
GIL. F., Juana. Fonética para profesores de español: de la teoría a la práctica. Madrid:
ARCO/LIBROS, 2007.
GRIFFIN, Kim. Lingüística aplicada a la enseñanza del español como 2/L. Madrid:
Arco/libros, 2011.
Disponível em:
<http://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/publicaciones_centros/PDF/budapest_2013/
INSTITUTO CERVANTES. Español una lengua viva. Madrid: Biblioteca Nueva, 2010.
Arco/Libros, 2010.
VAZQUEZ, Graciela. La enseñanza del español con fines académicos. Madrid: SGEL,
2004.