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Éo famoso "rolo" que acontece quando dois jovens se olham e, sem nenhum
conhecimento prévio um do outro, imediatamente começam a beijar-se e
abraçar-se para satisfazer uma "necessidade de momento". Muitas vezes
esses beijos e abraços se transformam em "sarro" e não poucas vezes acabam
em sexo propriamente dito. E bom lembrar que, após beijos, abraços e
qualquer coisa a mais, não haverá qualquer compromisso ou fidelidade
amorosa entre os "picantes", pois, como um rapaz me disse certa vez, ele não
quis nem saber o nome dela.
Diante dessas opções, fica a pergunta: Qual dessas é a melhor forma para dois
jovens cristãos se envolverem sentimentalmente? Qual dessas é a melhor
ponte para um casamento feliz?
Dentro das igrejas, a discussão gira em torno do namoro e da corte, porque ficar
simplesmente não é uma opção válida. Esta é uma prática carnal, pecaminosa
e antibíblica.
Muitos pais, pastores e líderes cristãos se esquecem de que às vezes, por
causa da pressão dos amigos, da curiosidade, ou mesmo de um esfriamento
espiritual, vários jovens cristãos têm optado por ficar, ainda que na
clandestinidade. Assim, embora para a igreja está nem sequer seja uma opção,
temos que considerá-la, já que tantos têm procurado essa forma de
envolvimento carnal e sem compromisso.
Assim, em vez de simplesmente condenarmos, devemos explicar aos jovens
por que ficar é pecado e quais são as suas consequências.
é pecado porque implica um relacionamento descartável e totalmente
Ficar
voltado para a carência emocional e ou física e a realização do desejo sexual
antes do casamento.
A grande desculpa que muitos jovens cristãos já me deram é que, antes de
namorar, é preciso fazer um test drive para saber se é realmente aquela a
pessoa compatível para o namoro.
Certa vez, perguntei a dois jovens da igreja se eles estavam namorando, mas
eles não souberam responder-me. Disseram que já haviam ficado umas três
vezes e: "Se ficamos três vezes, deve ser porque já estamos namorando, não
é?" Mas eu não soube responder-lhes.
Praticamente todos os namoros que começaram com as pessoas "ficando"
acabaram em pecado, inimizade, fofoca, afastamento de Deus, briga entre
famílias, ciúmes e todo tipo de frustrações. Se começa errado, é impossível
dar certo no final. Além do mais, existem as marcas que a pessoa carrega por
toda a vida. Muitos dos que já estão namorando, noivando ou até mesmo já
são casados, ainda não conseguiram esquecer aquela "aventura" num
momento de fraqueza, quando ficaram com alguém.
Um rapaz cristão, amigo meu, ficava com várias moças, até o dia em que
recebeu a notícia de que tinha engravidado a garota do seu mais recente
"rolo". Chegou em casa arrasado, e recebeu outra terrível notícia: sua única
irmã também estava grávida de um rapaz com quem ela havia ficado.
Perguntando a Deus o motivo de tudo aquilo estar acontecendo. Naquela
tarde, o Senhor lhe disse que, assim como ele estava brincando e abusando
das filhas dos outros por meio de relacionamentos descartáveis, Ele havia
permitido que alguém fizesse o mesmo com sua querida irmã. E pensar que
tudo isso começou com um "simples ficar"!
Então, ficar é pecado e traz consequências terríveis, só nos resta pensar na
corte e no namoro.
A diferença básica entre corte e namoro é que, na corte, não há nenhum
contato físico como beijos e abraços, mas o desenvolvimento de uma
profunda amizade, no namoro, existem beijos e abraços, mas o
relacionamento é mais superficial, porque a prioridade, muitas vezes, é o
contato físico.
Muitas pessoas defendem a corte como a opção mais bíblica e santa, e outros
defendem o namoro, dizendo que os tempos mudaram, e corte era só para os
tempos antigos. Dizem até que é possível haver beijos e abraços e uma
amizade sem superficialidade.
Para mim, não é uma questão de corte ou namoro, e sim de corte e namoro.
Eu creio de todo coração que todo envolvimento sentimental entre cristãos
deve começar com a corte. Se não houver um relacionamento sólido e
maduro, serão grandes as chances de desastre na convivência futura. E, como
durante a corte um estará descobrindo quase tudo sobre o outro, chegará o
momento em que Deus dará as diretrizes para a continuidade do
relacionamento, culminando no casamento, ou o fim do relacionamento.
'Tenho certeza de que estou amando...ou SERÁ UMA PAIXÃO?"
É durante a corte que o sentimento de um pelo outro se confirmará e se
fortalecerá, ou desaparecerá de vez. Para se iniciar um namoro e
principalmente um casamento, é preciso, acima de tudo, haver amor. Este é o
concreto que torna sólido e resistente qualquer casamento, mas a paixão é
material de segunda que não sustenta nem mesmo um namoro.
Tenho visto muitos jovens cristãos usando a famosa frase "eu te amo" como
se estivessem realmente amando. No entanto, a esmagadora maioria dos
sentimentos que os jovens têm por pessoas do sexo oposto não passa de
paixão passageira.
Uma pesquisa mundial mostrou que, a cada dez experiências românticas de
alguém, oito ou nove são paixão ou amor infantil. O problema é que esse
estudo também mostrou que aqueles que estão apaixonados creem que na
realidade estão experimentando um amor verdadeiro.
Decidimos nos casar rápido, porque o nosso NAMORO DEIXOU DE SER CRISTÃO"
Uma moça evangélica me ligou pedindo conselhos sobre seu namoro e
casamento que já estava praticamente todo acertado. Só que havia alguns
detalhes estranhos: tanto a moça como o rapaz estavam desempregados e
sem condições financeiras de assumirem tal responsabilidade. Resolveram,
então, que, após a lua de mel, cada um retornaria para sua casa. Mas
nenhuma das famílias aprovava essa decisão nem entendia a pressa para o
casamento.
Quando perguntei o motivo da pressa, a jovem me respondeu: "Decidimos
nos casar rápido, porque o nosso namoro deixou de ser cristão". E me contou
que seu namoro era uma bênção até que entrou o "sarro". Com o tempo,
começaram a relacionar-se sexualmente. Nos últimos meses de namoro, eles
já haviam se arrependido e chorado, mas voltaram ao sexo muitas vezes sem
conseguir libertar -se desse ciclo.
Tiveram, então, essa "brilhante idéia" para "vencer o pecado". Eles se
casariam, mas continuariam morando com seus pais até conseguirem uma
condição mínima para morarem juntos, e estariam "liberados para praticar
sexo à vontade".
Expliquei que ela e seu namorado estavam tentando resolver um problema
criando outro ainda maior, e que a vitória contra o pecado não seria
conquistada com uma assinatura no cartório, e sim aos pés da cruz de Cristo.
Histórias como essa ilustram bem o quanto "o bicho está pegando" e o
quanto um namoro pode tornar-se um verdadeiro desastre.
Existe o namoro que agrada ao diabo, e o namoro que agrada a Deus.
Veja alguns tipos de namoro que agradam ao diabo e que, por isso mesmo,
mais prejudicam do que abençoam.
• Namoro fora do tempo
Conheço um pastor que costuma dizer que existe o curto caminho longo e o
longo caminho curto.
O curto caminho longo é o do namoro precoce e fora de época, em que a
moça e o rapaz terão relacionamentos profundos muito cedo, o que aumenta
a probabilidade de carnalidade e sexo.
Assim, aumentam as chances de a pessoa nunca poder conhecer outras
pessoas, impedindo que curta a sua juventude e faça amigos. E o pior de
tudo: leva você a casar-se muito cedo, estando ainda despreparado para a
vida matrimonial.
Quando um jovem se envolve sentimentalmente cedo demais, está abortando
seu futuro, porque seus talentos, sonhos e tempo serão dedicados à outra
pessoa, e não ao seu crescimento em todas as áreas da vida.
O longo caminho curto é o da espera sábia e tranquila. O namoro virá na hora
certa para abençoar, e não para ser uma pedra de tropeço.
Namoro sem objetivo
Namoro não significa casamento, mas deve significar, pelo menos, que
pensam em casar-se. Entregar a mão, o rosto, os lábios e o tempo a uma
pessoa com quem nem sequer se pensa em casar é pecado.
O namoro sem objetivos definidos talvez seja o pior de todos, porque, quando
os jovens acordam e percebem que não alcançaram nada e que estão
caminhando para lugar nenhum, já é tarde demais, e muito tempo precioso
foi perdido.
Os jovens mais arrependidos que já ajudei não foram os que praticaram sexo
no namoro, e sim aqueles que namoraram por namorar e, quando
perceberam, descobriram que haviam jogado fora meses e até anos de
investimento num relacionamento "furado" e que não os levou a lugar algum.
E, com o passar do tempo, todos na igreja, na escola e na família começam a
perceber que esse namoro nunca se concretiza em casamento (ou pelo
menos em noivado), e ambos ficam visados, ganhando o título de
"enrolados", de pessoas do tipo "devagar" ou mesmo de "carnais".
Namoro possessivo
Há namorados que são verdadeiros ditadores.
O ciúme destrói qualquer namoro e, se não for tratado, só tende a piorar no
casamento. No relacionamento, deve haver uma total liberdade. Ninguém é
dono de ninguém. Não pode haver proibições nem mesmo tentativas de
afastar o outro de novos contatos com pessoas do sexo oposto, como o rapaz
dizer à máça: "Eu vi você conversando com aquele rapaz no final do culto".
Namoro é namoro, não é noivado nem casamento. Não se deve exigir um
grau de comprometimento no namoro que só um casal casado pode exigir um
do outro. Ninguém é senhor de ninguém, a não ser Jesus. O que nos faz
querer proibir o outro é a insegurança e o ciúme, que vem diretamente do
inferno.
Existem quatro tipos de amor: o amor Eros, que é o amor físico e sexual; o
amor Storge, que é o amor familiar entre esposo e esposa,- pais e filhos; o
amor Philéo, que é o amor ao próximo ou amor entre amigos,- e o amor
Ágape, que é o amor divino.
Para que um namoro não seja possessivo, é preciso que haja muito amor
Philéo, pois esse amor só pensa no bem-estar do próximo e nunca será capaz
de prejudicá-lo com proibições malucas e ciúmes doentios. Porém,
infelizmente são poucos os casais de namorados que são amigos.
• Namoro de cristãos com não cristãos
Tenha certeza absoluta de que a pessoa com quem você está namorando é
convertida. Muitos cristãos usam as seguintes desculpas para namorar não
cristãos:
"Estamos simplesmente namorando. Não temos a intenção de nos casar."
"A pessoa que namoro não é cristã, mas é legal, não tem nenhum vício e me
trata com muito respeito."
"Eu tenho mais coisas em comum com essa pessoa do que com qualquer
outra evangélica que namorei. A gente combina em tudo."
"Ele(a) me prometeu que, de vez em quando, irá à igreja e que nunca me
proibirá de participar dos cultos e programações."
"Ele(a) disse que poderemos nos casar na igreja evangélica e que nossos filhos
poderão frequentar a igreja."
"Eu disse que, para namorar comigo, ele(a) deveria levantar a mão na hora do
apelo, e ele(a) aceitou."
"Não tem problema nenhum, porque eu tenho a mais absoluta certeza de que
vou ganhá-lo(a) para Jesus."
Certa jovem me disse: "Eu namoro um não cristão porque aconteceu a
mesma coisa com minha mãe e hoje ela e meu pai têm o casamento mais feliz
do mundo". Ela ainda me disse que foi "Deus" que autorizou a sua mãe a
namorar esse homem não cristão, por meio de uma profecia recebida.
Respondí que Deus nunca aprovaria uma atitude não autorizada em Sua
Palavra e que era impossível que seus pais tivessem um casamento com tudo
em comum, pois não tinham a principal afinidade que é serem filhos do
mesmo Pai celestial, terem ambos o nome escrito no Livro da Vida e poderem
saber que um dia morarão juntos no céu.
Por maior que seja a beleza, a atração e afinidade, namorar um não cristão
sempre prejudicará o cristão.
Coloque seus anseios diante de Deus em oração e espere, pois Ele responde:
sim, não ou espere.