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Temas
* Violência social e seus reflexos na escola
* Educação e a cultura da paz - é possível viver a paz?
Objetivos:
* A partir da provocação da poesia, espera-se que o estudante inicie uma reflexão sobre
as diversas da violência cotidiana – sendo elas mais óbvias ou mais subjetivas. A
sugestão é que se faça uma breve discussão sobre a poesia, com o intuito de colher
algumas impressões iniciais dos alunos sobre o tema.
2) Violência e educação
(https://noticias.terra.com.br/brasil/ser-aluno-na-mare-educacao-marcada-por-violencia-
e-dias-perdidos,2f6b229a08f2329f4d995f28777e3069bpio3fct.html)
Autores: Norbert Elias (“O processo civilizador – Vol.2”) e José de Souza Martins
(“Seres sem rumo”).
O intuito da leitura dos textos é perceber como, em um dado momento histórico, optou-
se pela resolução de conflitos de maneira coletiva, dialógica, em oposição ao uso da
violência – “olho por olho, dente por dente” –, e hoje, no Brasil, assistimos a um
processo de celebração do recurso à ‘justiça com as próprias mãos”. A problematização
deste anacronismo é a chave para a compreensão do papel da justiça, do direito e do
diálogo na resolução de conflitos. Outro ponto a ser trabalhado é a noção de punitivismo
e como esta ideia opera no sistema escolar.
A VIDA É LOKA
Esses dias tinha um moleque na quebrada
com uma arma de quase 400 páginas na mão.
Uma minas cheirando prosa, uns acendendo poesia.
Um cara sem nike no pé indo para o trampo com o zóio vermelho de tanto ler no ônibus.
Uns tiozinho e umas tiazinha no sarau enchendo a cara de poemas. Depois saíram
vomitando versos na calçada.
O tráfico de informação não pára,
uns estão saindo algemado aos diplomas depois de experimentarem umas pílulas de
sabedoria.
As famílias, coniventes, estão em êxtase.
Esses vidas mansas estão esvaziando as cadeias e desempregando os Datenas.
A Vida não é mesmo loka?
(“A vida é loka”. Flores de alvenaria. Autor: Sergio Vaz, 2016).
(http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/03/escola-em-comunidade-de-sp-derruba-
barreiras-e-integra-alunos.html).
2.3.3. Leitura preliminar: “O que faz da EMEF Campos Salles, no bairro de Heliópolis,
São Paulo, uma escola inovadora?”
(http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/o-que-faz-da-emef-campos-salles-no-bairro-
de-heliopolis-sao-paulo-uma-escola-inovadora/).
Com base em todas as reflexões feitas ao longo das aulas sobre o tema da violência, os
alunos devem elaborar um projeto de intervenção em uma escola com casos de
violência intra e extra escolar. O material de apoio para o projeto será o relatório da
Unesco, “Violência nas escolas” (ABRAMOVAY E RUA, 2002). A pesquisa coletou
dados em escolas públicas e privadas de 14 capitais, nas cinco regiões brasileiras.
No Mato Grosso, 32% dos alunos disseram que depreciam seus colegas e indicaram a
presença de gangues como um problema, enquanto no Rio de Janeiro este número é de
14%. Inferimos, portanto, que as ocorrência de gangues e o relacionamento entre os
alunos é menor/melhor no RJ do que no MT. Este dado deve ser considerado na hora
dos grupos montarem os planos de combate à violência para cada um dos estados.