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No entanto, podemos olhar ainda mais para trás quando lembramos que o
teatro é a imitação de uma ação e que o ato de imitar está presente na
essência dos mais primitivos rituais que conhecemos. É através da imitação que
a criança se desenvolve aprendendo a falar e a agir. Comparando este
homem primitivo com uma criança, podemos observar que ambos são
completamente ignorantes em relação ao universo que os cerca. E muito
provavelmente, este homem, ansioso por encontrar respostas para as suas
perguntas, tenha começado a construir um acervo de mitologias, religiões e
rituais, numa tentativa de explicação do mundo, dos fenômenos naturais, da
vida, do nascimento, da morte.
A palavra religião, do verbo latino religare (ato de ligar) pode ser definida
como o conjunto de atitudes pelos quais o homem se liga ao divino. Através da
realização dos ritos/rituais o homem relembra os mitos. Por exemplo: no ritual
da missa cristã, uma série de procedimentos relembram a vida, morte e
ressurreição de seu principal mito, Jesus Cristo.
O famoso antropólogo Malinowski propõe que "o mito não é uma explicação
destinada a satisfazer uma curiosidade científica, mas uma narrativa que faz
reviver uma realidade arcaica, que satisfaz a profundas necessidades
religiosas, aspirações morais, a pressões e imperativos de ordem social e
mesmo a exigências práticas. Nas civilizações primitivas, o mito desempenha
uma função indispensável: ele exprime, exalta e codifica a crença; protege e
impõe os princípios morais; garante a eficácia do ritual e oferece regras
práticas para a orientação do homem. O mito é um ingrediente vital da
civilização humana; ele é uma realidade viva, à qual se recorre
incessantemente; não é, absolutamente, uma teoria abstrata ou uma fantasia
artística, mas uma verdadeira codificação da religião primitiva e da sabedoria
popular".
Mas e o teatro?
A origem do teatro ocidental está ligada aos mitos gregos arcaicos e à religião
grega. A mitologia grega é formada por numerosos deuses imortais e
antropomórficos, isto é, que têm a forma e o temperamento humano; os
deuses antropomorfizados amam, odeiam, perseguem, discutem, sentem
ciúme, são vingativos, traem, mentem como as pessoas comuns. Existem várias
gerações e famílias divinas na mitologia grega.
Teatro Ocidental
Uma das mitologias mais conhecidas de todo o mundo é a cristã que conta no
seu famoso livro, a Bíblia, a história da criação do mundo, do nascimento, vida,
paixão, morte e ressurreição de um de seus principais mitos, Jesus Cristo, além
de muitas outras histórias paralelas.
Porém, os deuses são imortais e Dioniso não morre - ele renasce transformado.
Como? Uma outra namorada de Zeus, a deusa Sêmele, salva-lhe o coração
que ainda palpitava e engole-o tornando-se grávida do 2º Dioniso.
Toda esta história além de fantástica é simbólica, isto é, ela guarda dentro de si
inúmeros significados. Exemplificando:
2. O fato de Dioniso ser visto sob forma animal, como touro ou bode,
representa a sua capacidade de transformação, assim como a da natureza.
Estas procissões fazem parte de uma tradição muito antiga dos povos primitivos
gregos, e aos poucos, ao longo de centenas de anos, vão se organizando
melhor, e adquirindo contornos mais definidos. Então, o que inicialmente era
um bando de gente cantando e dançando, com o passar do tempo vai se
transformando em grandiosas representações da vida do deus, que reunia
toda a comunidade, em diferentes coros cantados, com os participantes
vestidos de bodes (Dioniso transformado), ninfas (ou bacantes) e sátiros
(metade homem/metade animal). O coro se divide em semi-coros que passam
a dialogar entre si. Estes semi-coros passam a ter um líder - o corifeu.
Festival de Teatro
A especialização das atividades teatrais atinge tal nível na Atenas clássica que
o Estado estabelece uma legislação sobre o fazer teatral, estipulando critérios
de seleção dos atores para os principais papéis e seus substitutos, distribuição
dos personagens e recrutamento dos coreutas (integrantes do coro que
contracenavam com os atores).
Teatro - (théatron que quer dizer "lugar de onde se vê") destinado aos
espectadores, era um conjunto de degraus, divididos em andares (semelhante
às arquibancadas de um estádio de futebol). O teatro descreve em torno da
orquestra um semi-círculo. O público comum se sentava nas arquibancadas e
havia também lugares especiais para convidados de honra.
Alguns teatros tinham capacidade para 5.500 pessoas (Delos); outros para 14
mil (Epidauros). As dimensões deste edifício dão prova de sua popularidade e
de sua integração nos hábitos sociais e políticos gregos.
Os Maquinismos
Escada de Caronte / Anapiesma - dois aparelhos que serviam para trazer dos
abismos subterrâneos os deuses infernais. A "Escada de Caronte" eram simples
degraus que vinham do subsolo até a superfície. E o "Anapiesma" mais
aperfeiçoado, era uma espécie de alçapão móvel, que elevava
mecanicamente os personagens.
O Figurino dos Atores
História do Teatro:
No entanto, podemos olhar ainda mais para trás quando lembramos que o
teatro é a imitação de uma ação e que o ato de imitar está presente na
essência dos mais primitivos rituais que conhecemos. É através da imitação que
a criança se desenvolve aprendendo a falar e a agir. Comparando este
homem primitivo com uma criança, podemos observar que ambos são
completamente ignorantes em relação ao universo que os cerca. E muito
provavelmente, este homem, ansioso por encontrar respostas para as suas
perguntas, tenha começado a construir um acervo de mitologias, religiões e
rituais, numa tentativa de explicação do mundo, dos fenômenos naturais, da
vida, do nascimento, da morte.
A palavra religião, do verbo latino religare (ato de ligar) pode ser definida
como o conjunto de atitudes pelos quais o homem se liga ao divino. Através da
realização dos ritos/rituais o homem relembra os mitos. Por exemplo: no ritual
da missa cristã, uma série de procedimentos relembram a vida, morte e
ressurreição de seu principal mito, Jesus Cristo.
O famoso antropólogo Malinowski propõe que "o mito não é uma explicação
destinada a satisfazer uma curiosidade científica, mas uma narrativa que faz
reviver uma realidade arcaica, que satisfaz a profundas necessidades
religiosas, aspirações morais, a pressões e imperativos de ordem social e
mesmo a exigências práticas. Nas civilizações primitivas, o mito desempenha
uma função indispensável: ele exprime, exalta e codifica a crença; protege e
impõe os princípios morais; garante a eficácia do ritual e oferece regras
práticas para a orientação do homem. O mito é um ingrediente vital da
civilização humana; ele é uma realidade viva, à qual se recorre
incessantemente; não é, absolutamente, uma teoria abstrata ou uma fantasia
artística, mas uma verdadeira codificação da religião primitiva e da sabedoria
popular".
Mas e o teatro?
A origem do teatro ocidental está ligada aos mitos gregos arcaicos e à religião
grega. A mitologia grega é formada por numerosos deuses imortais e
antropomórficos, isto é, que têm a forma e o temperamento humano; os
deuses antropomorfizados amam, odeiam, perseguem, discutem, sentem
ciúme, são vingativos, traem, mentem como as pessoas comuns. Existem várias
gerações e famílias divinas na mitologia grega.
Teatro Ocidental
Uma das mitologias mais conhecidas de todo o mundo é a cristã que conta no
seu famoso livro, a Bíblia, a história da criação do mundo, do nascimento, vida,
paixão, morte e ressurreição de um de seus principais mitos, Jesus Cristo, além
de muitas outras histórias paralelas.
No nosso caso, que estamos começando a contar a História do Teatro
Ocidental, a mitologia que nos interessa é a grega, porque é daí que vai surgir
o Teatro, enquanto atividade estruturada e institucionalizada.
Porém, os deuses são imortais e Dioniso não morre - ele renasce transformado.
Como? Uma outra namorada de Zeus, a deusa Sêmele, salva-lhe o coração
que ainda palpitava e engole-o tornando-se grávida do 2º Dioniso.
Toda esta história além de fantástica é simbólica, isto é, ela guarda dentro de si
inúmeros significados. Exemplificando:
2. O fato de Dioniso ser visto sob forma animal, como touro ou bode,
representa a sua capacidade de transformação, assim como a da natureza.
Festival de Teatro
A especialização das atividades teatrais atinge tal nível na Atenas clássica que
o Estado estabelece uma legislação sobre o fazer teatral, estipulando critérios
de seleção dos atores para os principais papéis e seus substitutos, distribuição
dos personagens e recrutamento dos coreutas (integrantes do coro que
contracenavam com os atores).
No final dos concursos dramáticos realizava-se um julgamento, de onde
resultava a classificação final dos concorrentes. Eram três categorias
premiadas: poetas, coregos e protagonistas. Essa classificação era votada por
um júri, que dava seu veredicto sob forma de voto secreto.
Teatro - (théatron que quer dizer "lugar de onde se vê") destinado aos
espectadores, era um conjunto de degraus, divididos em andares (semelhante
às arquibancadas de um estádio de futebol). O teatro descreve em torno da
orquestra um semi-círculo. O público comum se sentava nas arquibancadas e
havia também lugares especiais para convidados de honra.
Alguns teatros tinham capacidade para 5.500 pessoas (Delos); outros para 14
mil (Epidauros). As dimensões deste edifício dão prova de sua popularidade e
de sua integração nos hábitos sociais e políticos gregos.
Os Maquinismos
Escada de Caronte / Anapiesma - dois aparelhos que serviam para trazer dos
abismos subterrâneos os deuses infernais. A "Escada de Caronte" eram simples
degraus que vinham do subsolo até a superfície. E o "Anapiesma" mais
aperfeiçoado, era uma espécie de alçapão móvel, que elevava
mecanicamente os personagens.
O mais famoso teatro inglês era o Globo, de William Shakespeare (que nasceu
em 1564 e morreu em 1616), construído em 1594. Shakespeare (imagem ao
lado) é considerado o maior autor de teatro de todos os tempos. Ele atuou e
dirigiu muitos dos seus textos, como Romeu e Julieta, Rei Lear, Macbeth e
Sonho de uma noite de verão.
Mas o reinado dos atores não durou muito. Ainda no século 19, surgiu um
movimento para transformar o teatro em arte, em que diretores ou
encenadores, liam o texto da peça, o analisavam, pensavam como fazer o
espetáculo e orientavam atores e demais artistas a seguir a idéia de teatro
formulada por eles.
Como você pode perceber, apresentar uma peça ao público requer muito
trabalho. Portanto, da próxima vez que você estiver assistindo a um espetáculo
-- ou encenando algum --, lembre-se disso! E dessa história que acabei de
contar também!
PALCO ARENA:
Espaço teatral coberto ou não, com palco abaixo da platéia que o envolve
totalmente: circular, semicircular, quadrado, 3/4 de círculo, defasado, triangular ou
ovalado.
PALCO ELISABETANO:
Palco misto que funciona como um espaço fechado retangular com uma grande
ampliação de proscênio (retangular ou circular). O público o circunda em três lados:
retangular, circular ou misto.
PALCO ITALIANO:
Espaço retangular fechado nos três lados, com uma quarta parede visível ao público
frontal através da boca de cena: retangular, semicircular, ferradura ou misto.
PALCO CIRCUNDANTE: