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Estatuto da Cidade
Obra organizada pelo Instituto IOB – São Paulo: Editora IOB, 2013. ISBN 978-85-8079-029-0
Gabarito, 53
Capítulo 1
Lei nº 10.257/2001
Exercício
1. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A propriedade é uma relação complexa que concede a seu titular o uso, o
gozo e a disposição de determinada coisa.
2. Propriedade – Teorias
Exercício
2. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
De acordo com a doutrina moderna, a propriedade é um direito fundamen-
tal do ser humano.
3. Propriedade – Características
Exercício
3. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A propriedade tem como característica o caráter absoluto, ou seja, o titular
não sofre nenhum tipo de restrição em face de normas ou contratos.
Exercício
4. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito de sequela é sinônimo de ambulatoriedade e decorre da aderência
da propriedade em seu titular.
O Estatuto da Cidade é uma lei federal que tem como finalidade dar conteúdo às
normas programáticas constitucionalmente previstas, que trabalham em conjun-
to com o direito urbanístico.
Os arts. 182 e 183 da CF/1988 estabelecem um programa a ser seguido pelo
município de forma a garantir o crescimento das cidades de forma organizada e
sustentável.
As normas constitucionais que trabalham o direito urbanístico são normas
programáticas.
O primeiro escopo da lei do estatuto da cidade é trabalhar a função social
da propriedade, que hoje não pode mais ser analisada de acordo com o caráter
individualista como era no Código Civil de 1916. A função social da propriedade
consiste em servir ao seu titular, assim como todo o corpo social.
O segundo escopo é regulamentar o uso e a construção da cidade, seu cresci-
mento, e assim o faz, através da criação de normas que regulamentam o direito
de construir dentro de um perímetro urbano.
O terceiro escopo traz que o Estatuto tem por objetivo a proteção e o equi-
líbrio ambiental no que tange ao direito de construir. Garante o crescimento da
cidade de forma sustentável. Ex.: o crescimento na vertical, de forma desorgani-
zada das cidades, pode alterar o clima.
O Estatuto da Cidade é uma lei federal que tem como finalidade organizar
12 Estatuto da Cidade
Exercício
5. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito urbanístico no Brasil é garantido por normas constitucionais e infra-
constitucionais, como o Estatuto da Cidade.
Exercício
6. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O Estatuto da Cidade tem como finalidade garantir a participação social no
crescimento e desenvolvimento urbano.
Exercício
7. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O Estatuto da Cidade tem legitimidade para ampliar a proteção constitucio-
nal ao direito urbanístico limitado.
Exercício
8. Analise a seguinte afirmativa em relação à constitucionalidade do Estatuto
da Cidade:
A Constituição Federal estabelece valores que garantem a constitucionalida-
de do Estatuto da Cidade e normas infraconstitucionais de direito urbanísti-
co.
Exercício
9. Em relação à competência da União, justifique a afirmativa seguinte:
O art. 3º do Estatuto da Cidade estabelece competência normativa à União
para diretrizes gerais em relação ao direito urbanístico e nenhum outro pro-
grama é possível.
Exercício
10. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
Os mecanismos de política urbana são atribuídos aos municípios pelo Esta-
tuto da Cidade e têm caráter exaustivo no art. 4º do mesmo Estatuto.
que caso a propriedade seja exercida de forma indevida, o município pode instituir
o IPTU progressivo, com a finalidade de estimular o proprietário a desenvolver algu-
ma atividade, e não com a finalidade de arrecadar aos cofres públicos.
Outro instrumento são os estudos prévios de impacto ambiental e também de
impacto de vizinhança.
A interpretação das normas de direito urbanístico deve se basear nas normas
constitucionais. Contudo, o art. 4º, § 1º, traz que: “Os instrumentos menciona-
dos neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o dispos-
to nesta Lei.” O Estatuto da Cidade trabalha com vários institutos emprestados
de outros direitos, não tendo regulamentado nenhum deles, uma vez que serão
regidos por outros direitos. Ex.: o contrato de superfície é regido pelo Direito Civil,
não tendo o Estatuto da Cidade o modificado.
O professor Nelson Rosenvald, trabalha a interpretação conforme o Estatuto
da Cidade, ou seja, se o Estatuto tem a previsão de um instrumento de política
urbana, este deve ser interpretado de acordo com as normas da Constituição
Federal, não podendo haver interpretação isolada do instituto.
Exemplo: A desapropriação para fins de função social da propriedade deve
ser analisada como uma desapropriação punitiva, pois o Poder Público está tiran-
do-a de um proprietário tendo em vista a falta da função social, nos termos da
Constituição.
Exercício
11. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A interpretação das normas do Estatuto da Cidade deve ser levada em con-
sideração, segundo os princípios e valores constitucionais, de acordo com a
doutrina majoritária.
Capítulo 2
Do Parcelamento,
Edificação ou Utilização
Compulsória (arts. 5º e 6º)
Exercício
12. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A aplicabilidade da edificação compulsória depende de criação de lei especí-
fica, cuja competência decorre do Prefeito Municipal.
Exercício
22 Estatuto da Cidade
Os institutos foram criados pelo Estatuto da Cidade. Para sua aplicação, é preciso
que haja um plano diretor eficiente, o qual irá estabelecer as áreas que serão
objeto de utilização, parcelamento e edificação compulsória.
Ainda, é preciso que haja criação de lei específica municipal, conforme já vis-
to, que estabelecerá as regras de aplicação dos institutos.
Após a criação de tal lei, para que um dos institutos seja aplicado, é preciso
que haja notificação prévia do proprietário do imóvel omisso.
Essa notificação visa afastar qualquer tipo de alegação de boa-fé, como também,
serve para dar ciência do problema ao titular do imóvel omisso. Também, estabelece-
rá o que será feito no imóvel, qual providência será adequada àquele bem.
A função será determinada pelo plano diretor, antecipado de pesquisas em
relação a qual é o projeto mais eficiente para aquela região.
Outra observação que deve ser feita é em relação à natureza jurídica dessa
notificação, que consiste em um ato administrativo municipal, uma vez que existe
manifestação de vontade do município.
Sendo assim, esse ato administrativo é abrangido pelos atributos do ato ad-
ministrativo, como a presunção de legitimidade e veracidade e pelo atributo da
imperatividade.
Enviada a notificação, esta será registrada para que dê publicidade à função
estabelecida pelo município para aquele determinado imóvel.
Ressalte-se que a obrigação é um direito real, ou seja, se o imóvel for vendido
para terceiro, este deverá cumprir a função atribuída ao bem.
Exercício
14. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A utilização compulsória do imóvel urbano independe de notificação prévia
ao titular do imóvel omisso.
Compulsória – Notificação
Conforme já estudado, a notificação tem como finalidade dar ciência, bem como
levar ao conhecimento do proprietário qual será a função que deverá ser atribuí-
da à propriedade.
A notificação é dirigida ao proprietário titular do imóvel urbano, se for pessoa
física. Se o imóvel pertencer a uma pessoa jurídica, deverá ser dirigida à pessoa
que tem função de gerência ou administração.
Se essa regra não for respeitada, somente haverá nulidade se houver vício de
ineficiência da notificação, ou previsão em lei. Ex.: notificação entregue para pes-
soa diversa do gerente ou administrador, ainda que de forma diversa da prevista
no ordenamento, se o titular da propriedade ou gerente ou administrador da
pessoa jurídica tomar ciência, a notificação cumpriu sua finalidade, não havendo
nulidade.
Se a notificação for realizada pessoalmente e o titular não for encontrado por
três vezes, será feita por edital, fato este que não está na lei.
O Estatuto da Cidade não estabeleceu os prazos e condições referentes ao
edital. Nesse sentido, Diógenes Gasparini entende que será feita apenas uma
publicação, salvo se a lei específica municipal estabelecer forma diversa.
A notificação estabelecerá prazos, cientificará o indivíduo para que este apre-
sente o projeto referente à função determinada (edificação, parcelamento, utili-
zação).
O prazo será determinado por lei específica, mas não poderá ser inferior a
um ano.
Apresentado o projeto a Administração Pública irá analisá-lo, podendo até
mesmo determinar diligências, como estudo de viabilidade, por exemplo.
Aprovado o projeto, o titular possui um prazo para começar a executar a fun-
ção, não podendo tal prazo ser inferior a dois anos.
Exercício
15. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta: O prazo para apresentação do
projeto, de acordo com o Estatuto da Cidade, é de dois anos, na hipótese de
edificação compulsória.
Exercício
16. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
É consequência da autonomia privada a possibilidade da Administração Pública
Municipal impor parcelamento compulsório de imóvel urbano.
Capítulo 3
IPTU Progressivo no Tempo
Exercício
17. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A Administração Pública municipal pode utilizar do instituto IPTU pro-
gressivo no tempo em qualquer hipótese e de forma ilimitada.
2. Limites
Exercício
18. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O IPTU progressivo no tempo, com base no interesse público, pode ultrapas-
sar o percentual de 15%.
na imóvel e sua natureza é de tributo extrafiscal. Isso porque, seu objetivo não
é arrecadação de recursos para que o Estado execute serviços e obras em favor
da coletividade, mas sim forçar o indivíduo a finalizar uma postura inadequada.
Os professores Hely Lopes Meirelles e Victor Carvalho Pinto entendem que o
tributo possui natureza extrafiscal, mas não é uma punição por ato ilícito. É um
instrumento que o Poder Público tem de apropriar a conduta em relação à função
social.
Assim, são várias as consequências geradas por esse raciocínio. O primeiro é que,
se não é uma punição, mas sim adequação social, o IPTU progressivo no tempo não
gera para a pessoa o direito de exercer o contraditório e a ampla defesa.
Outra situação é que o IPTU progressivo no tempo possui limites temporais e
quantitativos. Não tem prazo para que seja aplicado, cinco anos é o prazo para
aumento da alíquota, porém, após esse prazo, a Administração pode continuar
executando o instituto.
Poderá, caso entenda ser ineficiente, executar a desapropriação. Note-se que
diante dessa situação, a desapropriação tem natureza discricionária, pois pode
substituir o IPTU progressivo no tempo.
O termo inicial da contagem do IPTU progressivo é o exercício tributário se-
guinte àquele em que se verificou a prática da omissão do proprietário no exercí-
cio da propriedade. O termo final também ocorrerá no próximo exercício tributário,
ou seja, no ano seguinte.
Exercício
19. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O IPTU progressivo no tempo tem função extrafiscal, possibilitando ao titular
o direito de defesa contra a Administração.
do IPTU progressivo não gera confisco da propriedade, por ter natureza extrafiscal
e não arrecadatória.
De acordo com a doutrina majoritária, tem-se como finalidade obrigar al-
guém a ter determinada postura e, assim, não há tributo com natureza arre-
cadatória.
O STF entende que o valor alto da alíquota de alguns tributos extrafiscais não
pode ser analisado de acordo com o princípio acima mencionado.
Para Hugo de Brito Machado, é o poder judiciário que vai analisar se há con-
fisco, pois é um contexto jurídico indeterminado.
A análise confiscatória do tributo é feita dentro de toda a carga tributária
nacional e não individualmente.
O STF entende, ainda, que a vedação do confisco se aplica em relação à multa,
ou seja, ela não pode ter um valor demasiadamente alto.
A utilização do IPTU progressivo no tempo é um exercício regulamentado e
limitado; há condições para que se garanta a boa-fé objetiva, devendo haver
notificação prévia.
Exercício
20. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O IPTU progressivo no tempo é um tributo extrafiscal e que deve respeitar o
princípio da vedação do confisco.
Exercício
21. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
De acordo com a Constituição, o IPTU progressivo pode ser aplicado contra
a União.
Capítulo 4
Desapropriação com
Pagamento em Títulos
A propriedade não é absoluta, pois sofre restrições. O poder estatal pode, através
da desapropriação, extinguir a titularidade da propriedade.
Desapropriação é a retirada compulsória de um imóvel urbano em virtude do
descumprimento da função social da propriedade por meio de seu titular.
A Administração Pública pode utilizar os institutos compulsórios, conforme já
estudado anteriormente, bem como poderá utilizar o IPTU progressivo no tempo.
Se o IPTU progressivo no tempo chegar a seu limite máximo, a Administração
Pública pode cobrar a alíquota máxima de 15%, ou poderá utilizar o instituto da
desapropriação.
Bens imóveis particulares são os principais alvos do instituto da desapropria-
ção.
Além de tais bens, também podem sofrer desapropriação os bens imóveis
urbanos pertencentes à sociedade de economia mista e empresas públicas explo-
radoras de atividade econômica.
Imóvel urbano pertencente à sociedade de economia mista ou empresa públi-
ca exploradoras de atividade econômica, será passível de desapropriação, desde
que esse bem esteja desafetado, não sendo utilizado para nenhuma finalidade,
ou seja, se não tiver finalidade específica.
Bens pertencentes às autarquias e fundações públicas não podem ser desa-
propriados, uma vez que são considerados bens públicos.
Exercício
Estatuto da Cidade 31
2. Fundamentos
Exercício
23. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
Somente o município tem legitimidade para desapropriar imóveis urbanos
com base no disposto no Estatuto da Cidade.
Exercício
24. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A desapropriação prevista no Estatuto da Cidade é a manifestação do poder
de polícia estatal.
Exercício
25. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A indenização na desapropriação prevista no Estatuto da Cidade leva em
consideração o valor real e o valor venal descontados outros requisitos pre-
vistos na lei.
Exercício
26. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
As indenizações pagas em virtude de desapropriação com base no Estatuto
da Cidade têm baixa liquidez e podem ser resgatadas no prazo de dez anos.
Exercício
27. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A Administração Pública municipal tem o prazo de três anos para dar uma finali-
Estatuto da Cidade 35
1. Conceito e Fundamentos
Usucapião no Estatuto da Cidade possui previsão no art. 9º, sendo somente uma
das hipóteses.
A usucapião é uma forma originária de aquisição da propriedade em virtude do
exercício da posse por determinado prazo e de forma ininterrupta.
É a situação do indivíduo que exerce sua posse por determinado tempo,
preenchidos os requisitos previstos em lei.
O art. 9º dispõe: “Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente
e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural”.
Nota-se que a proteção é da pessoa e de sua família. Cristiano Chaves e
Nelson Rosenvald entendem que usucapião é forma originária de aquisição de
propriedade, ou seja, em virtude da posse sem que haja resistência, adquire a
propriedade sem que tivesse ligação jurídica com o antigo proprietário.
A professora Maria Helena Diniz traz fundamentos para a usucapião. Tem
como finalidade garantir segurança nas relações jurídicas, um fundamento prin-
cipiológico.
Ainda, apresenta um fundamento constitucional, materializado no art. 183 da
CF. Entende a professora que o instituto da usucapião possui parâmetro constitu-
cional, pois garante a dignidade humana.
Por fim, apresenta o fundamento legal, pois existe a previsão no art. 9º do
Estatuto da Cidade.
Alguns doutrinadores entendem que a finalidade da usucapião também é a
garantia do mínimo existencial.
Estatuto da Cidade 37
Exercício
28. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A Constituição de 1988 estabelece como forma de proteção da posse mansa
e pacífica o instituto da usucapião.
É preciso que se faça distinção entre posse e propriedade. A posse é uma situação
de fato, é a aparência do indivíduo exercendo os atributos de uma propriedade.
A propriedade é uma relação de direito, pois a pessoa tem o domínio do bem.
A primeira espécie de usucapião prevista no Estatuto da Cidade é a especial
urbano, também chamada de pro morare, prevista no art. 9º do diploma legal
mencionado.
O primeiro requisito do pro morare diz respeito à legitimidade, ou seja,aquela
família que não possuir outro imóvel urbano ou rural para sua moradia. Nota-se
aqui um caráter assistencialista, de proteção.
O segundo ponto importante é o prazo para o indivíduo adquirir a proprieda-
de, devendo haver o exercício da posse por cinco anos sem que haja interrupção
e nem oposição do titular do imóvel.
A doutrina entende que se houver ação judicial contra aquele que está na
posse e esta é julgada improcedente, não haverá quebra do exercício contínuo
da posse.
A posse deve, ainda, ser exercida com animus domini, ou seja, deve haver a
intenção de ser dono.
Quanto ao tamanho da propriedade é preciso que esta não ultrapasse 250
m², notando-se mais uma vez o caráter assistencialista.
Exercício
29. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
É possível a aquisição da propriedade por alguém que tenha outro imóvel rural, se
preenchidos os requisitos estabelecidos no Estatuto da Cidade.
Exercício
30. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
Os bens dominicais jamais poderão ser usucapidos.
Pode existir um imóvel na cidade que tenha caráter agrícola, deixando alguns em
dúvida se a propriedade é urbana ou rural.
A doutrina majoritária entende que para fins de usucapião analisa-se em vir-
tude de sua localização, ou seja, se existe um sítio dentro de uma cidade, trata-se
de imóvel urbano.
O art. 10 do Estatuto da Cidade traz a usucapião coletivo, como uma forma
de aquisição da propriedade através da posse mansa e pacífica por população de
baixa renda, vivendo em vilas e favelas.
Estatuto da Cidade 39
Exercício
31. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A usucapião coletivo previsto no Estatuto da Cidade tem como requisito
espacial no mínimo 250 m².
Exercício
32. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A sentença que analisa usucapião tem natureza constitutiva.
Capítulo 6
Direito de Superfície
Exercício
33. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito de superfície previsto no Estatuto da Cidade somente pode ser
42 Estatuto da Cidade
2. Observações Gerais
Exercício
34. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito de superfície somente se extingue pelo decurso do tempo estabe-
lecido na escritura.
Capítulo 7
Direito de Preempção
Exercício
35. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O Estatuto da Cidade prevê como forma de política urbana o direito de
44 Estatuto da Cidade
Exercício
36. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito de preempção deve ser exercido pela Administração Pública muni-
cipal no prazo de 15 dias após a sua notificação.
urbano.
Assim, nota-se que a utilização do bem deverá ser a mesma que fundamentou
a aquisição. Caso dê destinação diversa, o Prefeito poderá responder por impro-
bidade administrativa.
O município possui prazo para dar finalidade ao imóvel? A primeira corrente
entende que não há prazo; a Administração Pública adquiriu o imóvel, mas não
tem prazo para dar início à destinação.
A segunda corrente, liderada por Diógenes Gasparini entende que não pode
haver liberdade sem que haja limites temporais, e, assim, é necessário que seja
feita analogia ao prazo estabelecido na hipótese de desapropriação.
Desta forma, o prazo seria de cinco anos nesta situação, sendo feita analogia
entre as situações.
Exercício
37. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A Administração Pública terá de dar uma destinação ao imóvel adquirido em
direito de preempção no prazo de dois anos, de acordo com o Estatuto da
Cidade.
Capítulo 8
Outorga Onerosa do
Direito de Construir
O plano diretor estabelece um limite que pode ser utilizado dentro do terreno,
que é o coeficiente de aproveitamento. Assim, o plano diretor dispõe acerca do
percentual possível, o grau de modificação que o imóvel poderá sofrer.
Outorga onerosa do direito de construir é a licença concedida pelo município
destinada a um determinado proprietário para construir além do chamado coefi-
ciente de aproveitamento.
O indivíduo não poderá usar todo o terreno, a não ser que o plano diretor
permita.
Coeficiente de aproveitamento é a relação existente entre o território do imó-
vel e a possibilidade que o proprietário tem de construir nesse território, de acor-
do com o art. 28, § 1º, do Estatuto da Cidade.
Assim, o plano diretor irá estabelecer quais são as áreas e qual é o coeficiente
de aproveitamento das mesmas.
Se o indivíduo quiser construir além do coeficiente de aproveitamento previsto
no plano diretor, é preciso que haja outorga por parte da Administração Pública.
Ressalte-se que deverá haver uma contraprestação, não necessariamente de
natureza financeira, ou seja, o indivíduo pode se comprometer em revitalizar
aquela área.
Exercício
38. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A outorga onerosa do direito de construir é uma licença concedida pelo Po-
Estatuto da Cidade 47
Exercício
39. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
É da competência do plano diretor estabelecer as condições para o exercício
da outorga onerosa do direito de construir.
Capítulo 9
Operações Urbanas
Consorciadas
Exercício
40. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
Estatuto da Cidade 49
Exercício
41. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
A transferência do direito de construir deve vir expressamente em lei especí-
fica municipal.
Capítulo 11
Estudo de Impacto de
Vizinhança
Exercício
42. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O estudo de impacto de vizinhança previsto no Estatuto da Cidade é uma
alternativa ao estudo de impacto ambiental, previsto na lei ambiental.
Capítulo 12
Do Plano Diretor
Plano diretor é uma lei municipal que tem como finalidade garantir a função so-
cial da propriedade através da organização de questões urbanísticas.
De acordo com o que entende José Afonso da Silva, o plano diretor é plano,
pois estabelece objetivos a serem alcançados.
Hely Lopes Meirelles traz que as principais características do plano diretor é
que este deve ser uno, ou seja, se estabilizar em apenas uma lei, e exclusivo.
Possui como finalidade alcançar objetivos e estabelecer diretrizes e princípios
que devem ser respeitados pela Administração Pública.
O Estatuto da Cidade estabeleceu algumas condições relacionadas ao plano
diretor.
Portanto, para que seja elaborado plano diretor, é preciso que haja audiências
públicas e debates sociais, tendo em vista o objeto relacionado ao plano.
Ainda, haverá publicidade dos documentos elaborados durante a realização
do plano diretor e das pesquisas feitas pela Administração Pública; toda a do-
cumentação será pública.
Qualquer pessoa pode ter acesso às informações e documentos adquiridos
pela Administração Pública na elaboração de pesquisas.
O plano diretor não é obrigatório em todos os municípios, mas somente na-
queles em que a população seja superior a 20.000 habitantes ou nas regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas.
Também é obrigatório quando as cidades quiserem utilizar dos institutos com-
pulsórios, ou então, quando o município quiser utilizar o IPTU progressivo; há,
ainda, a possibilidade de o município que queira utilizar de desapropriação por
54 Estatuto da Cidade
Exercício
43. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O plano diretor é uma lei municipal que deverá ser revisada a cada dez anos.
Exercício
44. Julgue se a assertiva está correta ou incorreta:
O direito urbanístico no Brasil tem como fundamento os interesses metain-
dividuais de terceira geração.
Estatuto da Cidade 55
Gabarito