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MONOGRAFIA
MONOGRAFIA
Enfermagem
(Salmo:40 /v 1 David)
v
DEDICATÓRIA
Eu dedico este trabalho a Deus pelo fôlego de vida e pela força que todos os
dias me deu para ir a busca destes conhecimentos, dedico à minha mãe Joana Pedro
Gonçalves (em Memoria) por me conceder à vida, onde quer que esteja eu sei que
sempre esteve presente, ao meu Pai Marcelino Bernardo Morais da Costa por ter
sido patrocinador e realizador deste projecto, ao meu esposo Alfredo Salvador e à
minha filha Terivalda Quihungo que estavam sempre presente nesta batalha, às
minhas irmãs, em especial à minha mana Zita Maria Gonçalves Morais da Costa
que nunca deixou de me apoiar.
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente por me ter dado a vida, ao meu pai por estar
sempre presente nesta trajetória, ao meu esposo e à minha filha que apoiou – me
incondicionalmente, aos meus irmãos que sempre estiveram comigo aos meus
colegas que sempre deram-me força e coragem para continuar nesta jornada
académica, aos meus professores que suportaram-me, ao meu tutor, doutor Manuel
Nhanga Do Amaral Fernandes por ter aceite este convite de trabalhar comigo, ao
meu orientador que muito trabalhou para se tornar uma pesquisa real, ao Hospital
Municipal da Samba e não menos importante a Universidade Jean Piaget.
vii
Declaração do autor:
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os
regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular
das Normas Orientadoras de Preparação e Elaboração da Monografia, emanadas
pelo Departamento de Altos Estudos e Formação Avançada (DAEFA). O trabalho é
original excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões
expressas são as do autor e não representam de modo nenhum as visões da
UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação
noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mais informo que
a norma seguida para a elaboração do trabalho foi a:
Assinatura:__________________________________________
Data:___/___/___
viii
ABREVIATURAS, SIGLAS OU SÍMBOLOS
PH – Potencial de Hidrogénio
ix
RESUMO
A infecção do trato urinário é uma doença que tem afligido todas as faixas
etárias, e é causado por bactérias, fungos e também por vírus. Portanto são doenças
que afectam mais as mulheres em relação os homens. E vários factores estão
associados ao surgimento desta infecção. Objetivo geral: Avaliar o grau de
conhecimento dos enfermeiros sobre as infecções do trato urinário, no hospital da
samba no II semestre de 2016. Tipo de estudo: foi feito um estudo exploratório
descritivo, quantitativa e qualitativa. A técnica utilizada para a recolha dos dados foi
através de um questionário de entrevista. Resultados: Neste caso conseguimos
alcançar os objetivos pretendidos, durante a nossa pesquisa feita por um
questionário notamos que: a maioria dos profissionais tem a idade compreendida
entre os (20-30 anos) mostrando que são jovens; O sexo que mais predomina na
unidade hospitalar é o feminino correspondendo a (58%); Segundo o nível de
escolaridade notou-se que a maioria tem o curso médio de saúde levando a uma
correspondência de (58%); No que tange ao tempo de serviço notou-se que houve
maior predominância de (1-8 anos) correspondendo a 58%; De acordo as perguntas
feitas para testar o grau de conhecimentos dos profissionais concluímos que a maior
parte dos profissionais têm pouco conhecimento científico acerca das infecções do
trato urinário. Conclusões: Este estudo demonstrou ate que ponto os profissionais
de enfermagem tem o conhecimento das infecções do trato urinário, onde
conseguiu-se notar que tem o conhecimento básico acerca da temática.
x
ABSTRACT
Urinary tract infection is a disease that has afflicted all age groups, and is
caused by bacteria, fungi and also by viruses. They are therefore diseases that affect
women more than men. And several factors are associated with the onset of this
infection. Overall objective: To evaluate the degree of knowledge of nurses about
urinary tract infections in the samba hospital in the second semester of 2016. Type
of study: a descriptive, quantitative and qualitative exploratory study was done. The
technique used to collect the data was through an interview questionnaire. Results:
In this case we were able to reach the desired objectives, during our research carried
out by a questionnaire we noticed that: most of the professionals are between the
ages of (20-30 years) showing that they are young; The sex that predominates most
in the hospital unit is the female corresponding to (58%); According to the level of
schooling, it was noticed that the majority have the average course of health leading
to a correspondence of (58%); Regarding the time of service, it was noticed that
there was a greater predominance of (1-8 years) corresponding to 58%; According
to the questions asked to test the degree of professional knowledge we conclude that
most professionals have little scientific knowledge about urinary tract infections.
Conclusions: This study demonstrated the extent to which nursing professionals
have knowledge of urinary tract infections, where it was noticed that they have
basic knowledge about the subject.
xi
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA .......................................................................................................IV
AGRADECIMENTO ............................................................................................... V
ABSTRAT ................................................................................................................IX
ÍNDICE ..................................................................................................................... X
INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
Identificação do problema .......................................................................................1
Objetivo do estudo ...................................................................................................2
Importância do estudo ..............................................................................................2
Delimitação do estudo .............................................................................................2
Definição de conceitos .............................................................................................3
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA ......................4
1 – INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO .................................................................4
1.2 – Classificações das infecções do trato urinário (ITU) ......................................7
1.2.1 – Uretrite ......................................................................................................8
1. 2.2 – Prostite .....................................................................................................9
1.2.3 – Cistite ......................................................................................................10
1.2.4 – Pielonefrite .............................................................................................11
1.3 – Etiopatogenia ................................................................................................12
1.4 – Factores de Virulência ..................................................................................14
1.4.1 – Bactérias mais frequentes na ITU ..........................................................15
1.4.2 – Factores hospedeiros ..............................................................................17
1.4.3 – Factores bacterianos ...............................................................................17
xii
1.5 – Factores de Risco ..........................................................................................17
1.6 – Diagnóstico ...................................................................................................19
1.7 – Epidemiologia ...............................................................................................19
1.8 - Tratamento .....................................................................................................21
1.9 – Prevenção ......................................................................................................26
1.10 O Papel do enfermeiro nos cuidados da Infecção do Trato Urinário ............27
1.10.1 Actuação do enfermeiro intensivista no controlo de ITU...........................28
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA .......................................................................32
2.1 – Modo de Investigação ...................................................................................32
2.2– Variáveis ........................................................................................................32
2.3 – Objecto de estudo .........................................................................................32
2.4 – Instrumento de investigação .........................................................................33
2.5 - Processamento e tratamento da informação ..................................................33
CAPÍTULO 3 – .........................................................................................................34
CONCLUSÕES.........................................................................................................53
RECOMENDAÇÕES ...............................................................................................54
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................55
ANEXOS
xiii
ÍNDICE DE TABELAS
xiv
ÍNDICE DE GRÁFICOS
xv
INTRODUÇÃO
A infecção do trato urinário é uma doença muito comum na vida dos seres
humanos. Com isso, surge a necessidade de estudar este problema para apurarmos e
detectarmos condições predisponentes da infecção e dos surtos de recidivas, avaliar
a presença de lesão da doença e estabelecer condutas para prevenir o agravamento
desta, visando um melhor prognóstico para os pacientes, quer nos hospitais assim
como nas comunidades.
Identificação do problema
Durante o serviço hospitalar prestado na vista de estudante estagiário, fomos
constatando muitos doentes acometidos pela ITU, que da nossa parte consideramos
ser uma patologia que carece de mais atenção dos profissionais de enfermagem.
Sendo assim, surge a nossa questão de partida: será que os profissionais de
enfermagem do Hospital da Samba têm conhecimento técnico-científica sobre a
infecção urinária?
1
Objetivo do estudo
Geral
Específicos
Importância do estudo
O Sistema urinário é um dos principais meios de excreção do organismo e por
via dele, obtermos informações importantes sobre o estado fisiológico do
organismo, sobre a presença e a evolução de muitas doenças sistémicas, sobre a
avaliação de certos tratamentos e sobre o estado funcional dos rins. Por isso, o
estudo vai permitir a avaliar o grau de conhecimento dos enfermeiros e neste
sentido pode-se sugerir a realização de sessões e formação, para que os profissionais
possam beneficiar de mais conhecimento sobre as infecções do trato urinário.
Delimitação do estudo
O presente estudo foi direcionado aos profissionais de enfermagem do
Hospital municipal do Samba durante o II semestre de 2016.
2
Definição de conceitos
3
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-
CIENTÍFICA
Visto que as infecções do trato urinário (ITU) acometem todas as faixas etária,
e também por ter várias causas pode ser considerada como uma das principais
infecções que acometem o ser humano (Aypak, et al. 2009).
Também podemos afirmar que a ITU é uma das infeções mais comuns na nos
diagnósticos clínicos. Sendo assim podemos identifica-los no exame de sedimento
urinário, através do microscópio de modo directo, pelo método de Gram e pela
urocultura, sendo esta a melhor forma de diagnóstico, que permite a quantificação
dos micro-organismos existentes na urina, e também define o agente etiológico da
infecção. Há muitos anos, que a análise da urina é utilizada como meio
propedêutico.
4
Geralmente a infeções urinaria Ocorrem em homens e mulheres de várias
idades, mas é comummente em recém-nascidos do sexo masculino, idosos e
principalmente mulheres jovens sexualmente ativas (Bachiller et al., 1997).
Para que haja colonização bacteriana, e necessário que ocorra vários factores
como, por exemplo, a gravidez, a obstrução do canal urinário, a contaminação
através da inserção de objetos estranhos, a menopausa, o diabetes, a estase urinária,
os hábitos inadequados de higiene, alteração da flora vaginal, imunodepressão.
5
Segundo Marinho, (2005), afirma que um paciente que é infetado por três
episódios ou mais de ITU num período de 12 meses, será classificado como
portador de infecção urinária de repetição. Geralmente Essa repetição de infecção
acontece geralmente devido a uma reincidência (renovação exacerbada de uma
infecção não curada) ou de uma reinfeção, quando há nova colonização por
bactérias diferentes ou por outras cepas patogênicas da mesma bactéria.
Masson et al. (2009), diz que existe uma prevalência de 12% a 75% de
pacientes infetados com esse tipo de infecção. Estima-se que de 30% a 50% das
mulheres que tiveram quadro de cistite aguda foram diagnosticadas com ITU
recorrente. Existem casos em que esse tipo de ITU pode ser considerada genética,
caso os parentes de primeiro grau dos pacientes já tenham sido diagnosticados com
essa patologia.
Para que haja infecção, existem três vias pelas quais as bactérias alcançam e
colonizam no trato urinário: via ascendente (uretra), via hematogênica e pela via
linfática
6
1.2 – Classificações das infecções do trato urinário (ITU)
Visto que as infecções urológicas são doenças muito recorrentes nas unidades
hospitalar Vieira (2003) lhes classifica do seguinte modo:
- Urosépsis;
- Uretrite;
Nos adultos a ITU aguda não complicada apresenta episódios de cistite aguda
e pielonefrite aguda em indivíduos saudáveis. Estes casos são comum em mulheres
do que em homens, são encontrados principalmente em mulheres sem anomalias
estruturais ou funcionais relevantes do tracto urinário, sem doenças renais ou
comorbilidades que possam conduzir a consequências mais graves.
7
Considera-se uma ITU complicada aquela infecção que esta associada outros
distúrbios, tais como anomalias estruturais ou funcionais do tracto genito-urinário,
ou a presença de doenças subjacentes que interferem com os mecanismos de defesa
do hospedeiro, que aumentam os riscos de adquirir infecção ou de falhar a
terapêutica.
1.2.1 – Uretrite
Segundo Aypak (2009) relata que existem também outras bactérias que
causam a uretrite citando as: Nesseria gonorrheae, que pode desenvolver-se também
na faringe e no canal do ânus, e Chlamydia trachomatis, que desenvolve-se dentro
das células. Outras bactérias que comumente provocam infecções no trato urinário
também causam uretrite, como a Escherichia coli.
1. 2.2 – Prostite
É importante saber que a prostite na fase aguda tem como sintomas iniciais o
paciente presença desconforto no baixo-ventre, dor perineal, desconforto ao urinar e
febre com calafrios. Também Masson (2009) diz que caso o quadro permaneça as
glândulas aumentam de tamanho e começam a obstruir a saída de urina com
redução e dificuldade da sua saída. Como a área é afectada geralmente existem
problemas de dor ao ejacular ou defecar.
9
É de suma importância saber que algumas vezes, se a prostatite for causada
por infecções de transmissão sexual muitas vezes é acompanhada por sintomas de
epididimite e orquite. Por isso é bom que o profissional da saúde conheça os
diagnósticos e a diferenças das mesmas.
1.2.3 – Cistite
10
Este tipo de ITU acomete raramente em homens. Portanto elas ocorrem
quando o trato urinário inferior (uretra e bexiga) é infectado por bactéria e fica
irritado e inflamado.
O intercurso sexual pode elevar o risco de cistite porque a bactéria pode ser
introduzida na bexiga através da uretra durante a atividade sexual. Uma vez
que a bactéria entra na bexiga, ela geralmente é removida pela urina.
Entretanto, quando a bactéria se reproduz mais rapidamente do que é eliminada
pela urina, ocorre infecção. Fatores de risco para cistite incluem obstrução da
bexiga ou uretra com resultante estagnação da urina, inserção de instrumentos
no trato urinário (como cistoscopia), gravidez, diabetes, nefropatia analgésica
ou nefropatia de refluxo
(Ferreira, 2014, p. 67)
1.2.4 – Pielonefrite
«É uma infecção do trato urinário ascendente que atingiu a "pielo" (pelve) do
rim. Afecta quase todas as estruturas do rim, incluindo túbulos, sistema recolector
e interstício. Existem duas formas de pielonefrite, a aguda e a crónica» (Idem).
11
bactérias causam as infecções do tracto urinário (ITUs), e são mais frequentes nas
mulheres.
1.3 – Etiopatogenia
A Escherichia coli é a mais frequente das ITU superior e inferior. São vários os
outros organismos responsáveis pelas infecções, incluindo S. saprophyticus,
espécies de Proteus, Klebsiella, Enterococcus faecalis, Enterobacteriaceae, e
fungos. Algumas espécies são mais comuns em determinados subgrupos, como
é caso do Staphylococcus saprophyticus em mulheres jovens
(Dachi, et al., 2003, p. 55)
12
Embora a Escherichia coli seja a mais frequente a ITU pode ser causada
também por, fungos e vírus que contaminam o trato urinário (uretra, bexiga, ureter e
rins). Apresentando intensidade que varia desde a colonização assintomática da
urina sem agressão tecidual, até a invasão bacteriana dos tecidos de qualquer uma
das estruturas do sistema urinário.
A infecção pode ocorrer através de três vias que são: A via ascendente, a via
hidatogénica e a via linfática. E das três vias existe a principal via é a ascendente, e,
as bactérias patogênicas encontram facilidades especiais no sexo feminino, já que as
bactérias colonizadoras do intróito vaginal e periuretral estão bastante próximas da
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uretra. Além disso, a uretra feminina possui menor comprimento o que facilita a
ascensão destas bactérias (E. coli).
Segundo Carvalhães, et al. (2007) afirma que a via sanguínea é uma via menos
importante de infecção, entretanto, assume importância especial nos casos de sepse,
condição na qual as bactérias (S. aureus; Mycobacterium tuberculosis e
Histoplasma spp.) atingem o parênquima renal. A via linfática é demonstrada
experimentalmente através de conexões linfáticas existentes entre os ureteres e os
rins.
14
Demonstra-se que os genes que codificam estes FVs estão localizados no
cromossoma ou em plasmídeos. Alguns genes de factores de virulência podem ser,
por exemplo, exclusivamente cromossómicos, como exemplo pap e hly (codificação
P fímbrias e hemolisina, respectivamente), exclusiva ou principalmente associados a
plasmídeos, por exemplo iss e trat (codificação de proteínas de membrana externa
associados à sobrevivência no soro), ou que ocorrem em qualquer local, por
exemplo afa / dra (codificação para fimbría Dr).
Existem varias bactérias que podem causar as infecções do trato urinário. Por
isso é importante conhecermos as principais bactérias causadoras da ITU.
15
Entretanto, quando o paciente adquiri a Infecção do Trato Urinário na unidade
hospitalar, os agentes etiológicos são mais diversificados, predominando as
enterobactérias (bactérias Gram-negativas), com diminuição na frequência de E.
coli (embora esta ainda permaneça habitualmente como causa principal), e um
aumento na frequência de Proteus spp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp.,
Enterobacter spp., Enterococcus faecalis e de fungos, com destaque para Candida
spp.
a) De Gram –
- Escherichia coli
b) De Gram +
- Staphylococcus saprophyticus
- Enterococcus spp.
- Streptococcus agalactiae
16
1.4.2 – Factores hospedeiros
Neste caso, um dos factores de risco mais importante associado a ITU não
complicada é a relação sexual. Segundo a anatomia diz que a grande diferença entre
homens e mulheres relativamente ao risco de ITU. Por exemplo o ambiente mais
17
seco em torno da uretra masculina, especialmente com a circuncisão, impede o
crescimento óptimo das bactérias em comparação com a uretra feminina.
Com as informações dadas pelo autor podemos notar que a maior risco ao
sexo feminino em relação ao masculino. Portanto alem dos factores já citados os
factores do hospedeiro, tais como a receptividade das células epiteliais são também
importantes para o início da infecção.
Por exemplo, a E. coli liga-se com menos avidez às células do epitélio vaginal
saudáveis do que às células epiteliais vaginais de mulheres com ITU
recorrente. A receptividade da célula vaginal também varia em função do seu
estado hormonal. A aderência bacteriana tende a ser maior no início do ciclo
menstrual e em mulheres na pós-menopausa, em comparação com mulheres
antes da menopausa ou na pós-menopausa que estejam em terapia de reposição
de estrogénios predispondo-as a ITU de repetição. A presença de diabetes
mellitus tem demonstrado aumentar a frequência de ITU de repetição de duas a
três vezes
(Ostergard, 1982).
18
1.6 – Diagnóstico
1.7 – Epidemiologia
19
As infeções do trato urinário representam a segunda infecção mais comum no
ser humano. Embora seja mais comum entre as mulheres, é também frequente em
homens na idade mais avançada da vida (Polleto, 2005).
1.8 - Tratamento
Além disso, é ainda importante ter alguns cuidados, como beber água e manter
a higiene genital adequada, para acelerar a recuperação e evitar que a infecção
volte a surgir. Os dois principais tipos de remédios usados para tratar uma
infecção urinária são os antibióticos, que eliminam as bactérias, e os
analgésicos, que ajudam a aliviar os sintomas durante os primeiros dias
(Schaeffer, 2001, p. 32)
Estes antibióticos devem ser tomados até o último dia que o médico
prescreveu, geralmente 7 a 14 dias, mesmo que os sintomas tenham
desaparecido, para garantir que a infecção urinária foi curada. Isto porque, se se
parar de tomar o medicamento antes desta data, as bactérias, como Escherichia coli,
podem não ter sido completamente eliminadas, podendo gerar uma nova infecção
urinária (Sepúlveda, et al. 2008).
21
Já nos bebês com mais de 2 meses, o pediatra geralmente opta por usar outros
antibióticos, como amoxicilina com clavulanato ou sulfametoxazol com
trimetoprima, por exemplo. A fenazopiridina é o principal analgésico receitado
pelo médico, porque sua ação reduz a quantidade de espasmos e anestesia a
bexiga e a uretra, aliviando sintomas como dor ao urinar ou queimação durante
todo o dia. Este medicamento pode ser comprado nas farmácias convencionais
com o nome de Pyridium ou Uristat, por exemplo
(Pina, 2011, p. 29)
22
tratamento não deve ser retardado e a terapêutica empírica deve ser instituída após a
colheta da urina para os exames já citados (Carvalhães, et al. 2007).
Visto que um paciente com ITU, principalmente ao sexo masculino se não for
bem tratada e prolongar para 14 dias ou mais pode levar a outras complicações
principalmente aos idosos, é importante que os profissionais de saúde velam na
responsabilidade ao prescrever os fármacos ou a terapêutica e ter um controlo em
base de acompanhamento de um familiar.
23
sinais de instabilidade ou com fatores associados à ocorrência de ITU complicada,
neste caso de preferência serem internados. Nestes pacientes o uso de
antimicrobianos endovenosos deverá ser instituído até que se encontrem sem febre
por um período de 48 a 72h, quando a terapia pode ser completada por via oral
Hoje em dia, existem várias formas de precauções que podem ser tomadas
para nos prevenirmos várias infecções causadas por E. coli e entre outros. Por
exemplo na área hospitalar podemos reduzir a incidência de ITU (s) por tirar o
cateter imediatamente de pois do tempo indicado (Carvalhães et al., 2007).
24
identificação da bactéria e seu respetivo TSA para que seja feita a escolha ideal do
antimicrobiano a ser utilizado pelo paciente infetado
Nestas principais classes existe a mais utilizada para a terapêutica de ITU que
são as fluorquinolonas (agem através da inibição da síntese dos ácidos nucléicos) e
possuem uma boa função sobre os microrganismos gram negativos (Roriz, et al.,
2010).
25
organismo acabem sendo eliminadas e as patológicas sobrevivendo, levando a um
desequilíbrio. Por isso o técnico deve saber e seguir a lei dos cinco certos, para
evitar as claras consequências causado pelo uso inadequado dos fármacos
antimicrobianos
Segundo Masson, et al., 2010 afirma que algumas falhas no tratamento devem-
se devido a erros cometidos na escolha e na administração desses fármacos como,
por exemplo, a posologia incorreta. A utilização de doses baixas e/ou intervalos
inadequados da medicação pode fazer com que cause a destruição da microbiota
normal. Além disso, o uso de medicamentos sem necessidade, quando o paciente
possui outro tipo de patologia que não uma infecção, leva ao aumento de riscos de
efeitos adversos.
1.9 – Prevenção
26
Também deve-se orientá-lo sobre cuidados e formas adequadas de higiene íntima
(Pina, 2011).
27
da infecção por via cruzada, este tipo de infecção pode ser transmitido
principalmente através das mãos, através de contaminação por fluidos, irrigação
vesical entre outras formas, que são possíveis de serrem evitadas, apenas com
atitudes, realizadas com maior atenção atribuída ao paciente.
28
enfermagem; elaboração; implementação do plano de cuidados individualizados e a
avaliação para possíveis reorientações das intervenções.
29
realização dos procedimentos a grande maioria não atrelam a teoria com a prática.
Mesmo constatando que a não higienização das mãos é considerado um fator
responsável pelas infecções cruzadas, os profissionais continuam ignorando esse
gesto tão simples.
30
CAPÍTULO 2 –
METODOLOGIA
31
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA
2.2– Variáveis
32
«A amostra é uma parcela conveniente seleccionada do universo
(população)» (Idem, p. 28)
33
CAPÍTULO 3 –
RESULTADOS E DISCUSSÃO
34
Tabela nº 1 - Distribuição dos Profissionais de enfermagem segundo a faixa
etária.
Faixa etária Nº %
20-30 7 58
34-41 3 25
42-52 2 17
Mais de 53 0 0
Total 12 100
Faixa Etária
58
60
50
40
30 25
17
20
10
0
0
20 - 30 34 - 41 42 - 52 mais de 53
Faixa Etária
35
Segundo o gráfico acima referido que indica a faixa etária dos profissionais de
enfermagem inquiridos, pode-se notar que houve maior predominância aos de 20-30
anos de idade correspondendo a (58%), seguido por 34-41 que corresponde a
(25%).
Neste caso podemos afirmar que o hospital é composto por técnicos muito
jovens. Com isso é de afirmar que quando uma unidade for composta de jovens, há
maior vigor no trabalho e pouca experiência.
36
Tabela nº 2 - Distribuição dos profissionais de enfermagem segundo o género.
Género Nº %
Masculino 5 42
Feminino 7 58
Total 12 100
Fonte:Questinario do autor
GÉNERO
58
60 42
50
40
30
20
10 Género
0
Masculino Feminino
37
De acordo com o gráfico acima referindo o sexo podemos notar que a maior
parte dos profissionais de enfermagem do hospital são do sexo feminino
predominado com (58%) ao passo que o masculino corresponde a (42%).
Nível de Escolaridade Nº %
Técnicos Básicos 2 17
Técnicos médios 7 58
Técnicos superiores 3 25
Total 12 100
38
Gráfico nº 3 – Distribuição dos profissionais de enfermagem de acordo com o nível
de escolaridade.
Nivel de Escolaridade
58
60
50 25
40 17
30
20
10
0
Tecnicos Tecnicos Tecnicos
Basicos Medios Superiores
Talvez podemos justificar que a mais técnicos médios pelo facto de que a anos
no nosso pais não tinha faculdades de enfermagem, mais sim ensinos de base e
médios de enfermagem. Mais agora temos visto um equilíbrio de escolas técnicas e
superiores de enfermagem.
39
Tabela nº 4 – Distribuição dos técnicos de enfermagem segundo o tempo de
serviço.
Tempo de serviço Nº %
1-8 Anos 7 58
9-17 Anos 2 17
18 – 26 Anos 1 8
Mais de 27 Anos 2 17
Total 12 100
T E M P O D E S E RV I Ç O
58
60
50
40 17 17
8
30
20
10
0
1-8 anos 9-17 anos 18-26 mais de 27 anos
40
Segundo o tempo de serviço o gráfico mostra maior predominância ao (1-8
anos), correspondendo a (58%) e com menor predominância (18-26).
41
Questão nº 5 – Grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem sobre a
definição da ITU.
De acordo com Paulo Mazili, (2014) defini que Infecção do Trato Urinário
(ITU), conhecida popularmente como infecção urinária, é um quadro infecioso que
pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e
ureteres. Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do
qual fazem parte a bexiga e a uretra.
42
Ainda outros autores como Kass, Edward, (2002) afirmam que a Infecção
urinária é a presença anormal de microrganismos em alguma região do trato
urinário. Algumas pessoas, especialmente mulheres, podem apresentar bactérias no
trato urinário e não desenvolverem infecção urinária, chamadas de bacteriúria
assintomática.
43
Questão nº 6 – Grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem sobre as
causas da ITU.
Q6 – A ITU é causada por via sexual com pessoa contaminada e agua não
tratada.
Q9 – A infeção urinaria é causada pelo uso de sanitas não higienizadas, por ter
relações sexuais sem usar preservativo, e também por bactérias e fungos.
Q12 – é causada por água parada, banhar com agua não desinfetada, usar
sanitas não tratadas.
44
sanguínea).Sendo assim comparando com o que mostra Fernando no que refere as
causas nota-se que alguns profissionais conhecem as principais causas da ITU.
E também alguns autores dizem que a infecção pode ser causada por vírus ou
fungos, mas na grande maioria dos casos a infecção é causada por bactérias,
principalmente as bactérias Gram negativas.
Meninos com fimose têm mais facilidade de adquirirem ITU por Proteus
Mirabilis, mas ainda sim o agente Escherichia coli é o mais comum.
Staphylococcus saprophyticus e Enterococcus são uropatógenos gram
positivos. Candida albicans é um exemplo de fungo que causa ITU em indivíduos
debilitados ou imunodeficientes.
45
Questão nº 7 – grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem sobre os sinais e
sintomas da ITU.
46
O mesmo autor diz que quando a infecção alcança o rim, o quadro é mais
preocupante, podendo o paciente apresentar febre, calafrios, dor lombar, náuseas e
êmese.
47
Questão nº 8 – grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem sobre os
métodos de prevenção, da ITU.
Q8 – Manter as nossas casas de banho limpa, não privar a urina na bexiga por
muito tempo;
Q11 – Não usar biquínis muito apertados, ter uma higiene intima adequada;
Q12 – Banhar com águas para, fazer sempre a higiene pessoal, ingerir muita
água.
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De acordo ao grau de conhecimento acerca da prevenção também notamos que
os profissionais conhecem os métodos.
Segundo Lehmam afirma que para se prevenir das ITUs, é necessário a adoção
de algumas medidas:
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Questão nº 9 – grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem sobre a conduta
de enfermagem ao paciente com ITU.
Q5 – Não fazer uso de produtos sem orientação medica, para não provocar
outras complicações;
Q9 – Beber muita água não fazer relação sexual enquanto estiver a tomar a
medicação;
Q10 – Manter sempre a casa de banho limpa, beber muitos líquidos seguir a
tratamento segundo a prescrição medica;
Q11 – Não usa sanitas sujas, trocar varias vezes o penso durante os dias;
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manifestação clinica é a disúria, acompanhada de polaciúria, oligúria e urgência
urinária.
Fazendo uma comparação com o estudo de navarro que diz Uso de roupa
íntimas de algodão e/ou dormir sem as mesmas a fim de promover melhor
ventilação;
Banho de assento com ácido acético (vinagre), (1-2 colheres de sopa em 1 litro
de água) a fim de melhorar sintomas;
Convocar os parceiros;
Onde pode se notar vários sinais de alerta como: -dor abdominal intensa; -
febre; -dor lombar -punho percussão lateral (Giordano) positivo; -comprometimento
do estado geral; -sinais de desidratação ou choque.
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Se gestante, o enfermeiro não poderá prescrever o tratamento medicamentoso
e deverá realizar interconsulta imediata com médico da equipe, considerando ser a
ITU uma das principais causas de trabalho de parto prematuro.
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CONCLUSÕES
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RECOMENDAÇÕES
Para a população recomendamos que evitem se expor aos factores de risco que
levam ao acometimento da bactéria causadora de infecção, como: ter relações
sexuais com mais de um parceiro sem preservativo, fazer uso de latrinas não
higienizada, uso de cuecas de tecidos lãs.
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BIBLIOGRAFIA
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Janeiro: Guanabara Koogan;
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Goldman, L.; Ausiello, D. (2009) Cecil tratado de medicina interna. 23. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier.
Masson, P., Matheson, S., Webster, A. & Craiger, J. (2009). Prevention and
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ed., S. Paulo;
Schaeffer, A. (2001). What do we know about the urinary tract infection, the
Journal of Infectious, vol. 1 (10);
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ANEXOS
QUESTIONÁRIO
1- Dados pessoais
Faixa Etária
20-30 _____
34-41 _____
42-52 _____
53-63 _____
Sexo
Masculino _____
Feminino ______
Nível de escolaridade
Tempo de serviço
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R:_____________________________________________________________
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