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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Valter Casimiro Silveira
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Halpher Luiggi Mônico Rosa - Diretor Geral Substituto
Halpher Luiggi Mônico Rosa - Diretor Executivo
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Luiz Antônio Ehret Garcia
COORDENAÇÃO GERAL DE MANUTENÇÃO E RESTAURAÇÃO
RODOVIÁRIA
Fábio Pessoa da Silva Nunes

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Ministério dos Transportes
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
Diretoria de Infraestrutura Rodoviária
Coordenação Geral de Manutenção e Restauração Rodoviária

Manual de Boas Práticas da CGMRR

1ª Edição
Volume II
Abril/18

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Apresentação

A Coordenação Geral de Manutenção e Restauração Rodoviária, do


Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), vem oferecer
aos colaborados, tanto da Sede quanto das Superintendências, o seu “Manual
de Boas Práticas da CGMRR”.

O Manual tem por objetivo auxiliar a equipe técnica com a definição de


procedimentos técnicos a serem adotados em diversas situações corriqueiras da
manutenção rodoviária, indo desde a atuação administrativa até a soluções
técnicas utilizadas em campo.

O volume II traz em seu conteúdo procedimentos e exemplos de aplicação para


reutilização do material fresado.

Apreciaríamos receber sugestões para futuras edições, além de observações, e


comentários que possam contribuir para o engrandecimento deste material.

Engº Fábio Pessoa da Silva Nunes


Coordenador Geral de Manutenção e Restauração Rodoviária

Sugestões, observações e sugestões:

Coordenação Geral de Manutenção e Restauração Rodoviária – Sala 34.51

E-mail: fabio.nunes@dnit.gov.br

Tel: 3315-4319

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Alimentação de RAP no secador em usina de fluxo contínuo - Usina Terex. ............ 11
Figura 2 - Câmara para entrada e aquecimento do material fresado - Usina Terex .................. 11
Figura 3 - Acostamento com material fresado + Pintura de ligação. .......................................... 13
Figura 4 - Acostamento com material fresado + Imprimação. .................................................... 14
Figura 5 - Granulometria 3/4” ...................................................................................................... 15
Figura 6 - Granulometria 3/8” ...................................................................................................... 15
Figura 7 - Inicio da Terceira Faixa............................................................................................... 17

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SUMÁRIO

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL FRESADO EM OBRAS RODOVIÁRIAS ........... 9

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9

2 APLICAÇÕES ............................................................................................. 9

2.1 CBUQ reciclado em Usina............................................................................................ 10


2.2 Mistura a Frio .............................................................................................................. 11
2.3 Base e sub-base granulares ......................................................................................... 14
3 Considerações Gerais ............................................................................. 17

4 Referências .............................................................................................. 18

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UTILIZAÇÃO DE MATERIAL FRESADO EM OBRAS RODOVIÁRIAS

1 INTRODUÇÃO

As obras de reconstrução ou restauração rodoviárias geralmente


produzem uma grande quantidade de fragmentos de revestimentos antigos de
CBUQ, decorrentes de serviços de escarificação ou fresagem necessários à
execução da obra. Denominado RAP (Reclaimed Asphalt Pavement) pelos
órgãos e agências rodoviárias americanas é definido como material de
pavimentação removido ou reprocessado, contendo asfalto e agregados.
Quando devidamente britado e submetido a peneiramento e classificação dá
origem a um material de alta qualidade que pode ser usado em várias aplicações
de construção e pavimentação rodoviária. Estas aplicações incluem o seu uso
em pavimentação de asfalto reciclado (mistura quente ou mistura a frio), como
base granular ou sub-base, agregado de base estabilizada ou mesmo como
parte de aterros.

No Brasil esse material recebe a denominação genérica de


“material fresado” em função do fato de que a remoção dos revestimentos
antigos através de fresagem é o fato gerador da quase totalidade desse material.
Em função do grande volume gerado e dos problemas decorrentes para sua
destinação, que o tornou alvo dos órgãos ambientais, foi expedida em 23 de
dezembro de 2010 pelo Diretor Geral do DNIT a IS Nº 23 com a finalidade de
regulamentar a destinação e o tratamento desse material.

Essa IS coloca como primeira prioridade para a destinação do


material fresado sua utilização na própria obra, e em segunda prioridade sua
indicação para utilização em outras obras do DNIT na região e por último sua
doação a prefeituras e armazenagem nas áreas disponíveis da UL para uso
futuro.

2 APLICAÇÕES

Como se trata de uma mistura de agregados, areia e asfalto, o


material fresado pode ser utilizado em qualquer serviço onde esse tipo de
material é necessário como revestimento primário, produção de CBUQ reciclado,

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produção de PMF (pré misturado a frio) e agregado de bases e sub-bases
granulares.

2.1 CBUQ RECICLADO EM USINA

O CBUQ reciclado é produzido em usinas de asfalto a quente,


tendo em sua composição material fresado, agregado virgem, ligante asfáltico e
agente rejuvenescedor para recompor as características do ligante antigo, sendo
os procedimentos a serem adotados nesse processo estabelecidos na norma
DNIT 033 2005 ES.

A Norma DNIT 033 2005 ES – Concreto Asfáltico Reciclado a


quente em Usina não aborda os aspectos específicos do processamento desse
material em usina, tratando o asfalto reciclado de forma similar ao CBUQ comum.
Na realidade o material fresado é um percentual da massa total que está sendo
produzida, devido aos problemas para seu aquecimento em função do ligante
aderido ao agregado, sendo introduzido em abertura existente na parte superior
do tambor de secagem da usina, conforme mostram as figuras 1 e 2. Essa
abertura dá acesso à setor do tambor de secagem denominado “câmara de
reciclado” onde o material fresado é colocado em contato com o agregado virgem
já seco e aquecido. O contato com o agregado virgem processado no secador é
fundamental para incremento da temperatura do material fresado antes da
mistura com o ligante.

O percentual de material fresado a ser utilizado depende da usina.


Os Órgãos Estaduais americanos geralmente aceitam um percentual de 10% a
30% de material fresado na produção de CBUQ reciclado.

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Figura 1 - Alimentação de RAP no secador em usina de fluxo contínuo - Usina Terex.

Figura 2 - Câmara para entrada e aquecimento do material fresado - Usina Terex

2.2 MISTURA A FRIO

Os procedimentos gerais para utilização do material fresado na


produção de misturas a frio incluem seu peneiramento e classificação,

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determinação da granulometria e percentual de agregado novo a ser adicionado,
percentual de ligante existente, composição da mistura, o cálculo do ligante a ser
adicionado e o ajuste do percentual do ligante através da moldagem de corpos
de prova.

O peneiramento e classificação do material fresado é fundamental


face a grande variação desse material, uma vez que o revestimento antigo que
é removido normalmente já foi submetido a uma grande variedade de
manutenções preventivas anteriormente, como aplicação de lama, micro, tapa
buracos e reperfilagens, que alteram a granulometria original do CBUQ
removido. A granulometria original do CBUQ também é alterada pela operação
de fresagem que fraciona o agregado graúdo, produzindo um material com a
granulometria mais fina.

Normalmente para obter uma qualidade compatível com as


exigências das especificações técnicas é necessário rejuvenescer e/ou
aumentar a taxa de ligante no material fresado para diminuir a viscosidade e
aumentar a penetração do ligante através da adição de agentes
rejuvenescedores emulsionados. Da mesma forma, pode ser necessário o
acréscimo de alguma quantidade de agregado virgem para permitir o
enquadramento nas faixas granulométricas específicas para misturas a frio.

Embora não haja uma ES específica que contemple a utilização de


material fresado, a norma DNIT 153/2010 – ES - Pré Misturado a Frio com
emulsão convencional é a Especificação de Serviço mais indicada para definição
dos procedimentos a serem adotados na produção da mistura a frio.

A produção dessas misturas geralmente é feita em usinas de PMF


ou de solos, que em sua configuração típica possuem 2 silos para armazenagem
e dosagem de agregados, esteira transportadora e misturador tipo “pug mill”.

Esse material pode ser usado em tapa – buracos, regularizações e


revestimentos de acostamentos e vias secundárias.

Como a utilização de agentes rejuvenescedores não é comum, sua


disponibilidade nas obras do DNIT é rara, assim sendo, eventualmente são feitas
experiências utilizando apenas emulsões ou asfalto diluído como ligante.

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Durante a execução do programa PIR IV, em 2004, por exemplo, o material
fresado compactado foi utilizado para eliminar degraus elevados que existiam
em várias rodovias no Rio Grande do Sul. Nas fotografias apresentadas a seguir,
foi aplicada pintura de ligação ou imprimação sobre o material fresado
compactado nos acostamentos para melhorar as condições superficiais da
camada de fresado.

Figura 3 - Acostamento com material fresado + Pintura de ligação.

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Figura 4 - Acostamento com material fresado + Imprimação.

Como se pode observar o emprego do asfalto diluído, no caso,


apresentou melhores resultados, com um acabamento de melhor qualidade.

2.3 BASE E SUB-BASE GRANULARES

O material fresado pode ser utilizado como parte de bases


granulares desde que devidamente destorroado, peneirado e classificado, uma
vez que a chave para a incorporação desse material é a mistura com o restante
do agregado de forma a obter boas condições de resistência. Para isso é
fundamental que o material fresado esteja devidamente separado por faixa
granulométrica para possibilitar testes e ensaios de mistura e a produção de uma
mistura uniforme de agregados.
As fotos a seguir mostram os resultados da separação
granulométrica de um material fresado.

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Figura 5 - Granulometria 3/4”
(Fonte – Terex – DNIT/DF- 2012)

Figura 6 - Granulometria 3/8”


(Fonte – Terex – DNIT/DF- 2012)

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A utilização de material fresado como parte do agregado de bases
granulares, de acordo com a FHWA (Federal Hidway Administration) (1), tem
apresentado bons resultados por mais de 20 anos e é procedimento padrão em
vários estados americanos. A experiência americana com esse tipo de
procedimento revelou alguns aspectos particulares como:

a) Capacidade de suporte

A capacidade de suporte da base granular na qual o material


fresado é um dos componentes revelou-se diretamente dependente da
proporção de material fresado em relação ao restante dos agregados, caindo à
medida que aumenta a proporção de material fresado, queda essa que se
acentuou quando essa proporção ultrapassou 25%.
Os valores de CBR decresceram em relação quase direta com o
aumento do percentual de material fresado, no entanto, a presença do cimento
asfáltico produziu um efeito de aumento de resistência com o tempo.

b) Compactação

Devido a presença da película de asfalto que envolve o agregado


do material fresado, que inibe a compactação, em bases granulares contendo
material fresado um cuidado especial deverá ser adotado para assegurar uma
compactação adequada, evitando assim sua densificação após execução.
A utilização mais comum do material fresado em obras do DNIT
tem sido nas obras de recuperação e manutenção nas misturas com solos para
bases de acostamentos em soluções tipo RBAM (reestabilização de base com
adição de material).
Em 2014 foi executada uma terceira faixa com 1120 m de extensão
na BR 386/RS próximo ao km 209 (2) com mistura de 70% de material fresado
+ 30% de pó de pedra para 15 cm de camada de reforço de subleito, 15 cm de
sub-base e 15 cm de base com revestimento de 10 cm de CBUQ. A imagem
apresentada a seguir obtida no Google Earth com data de 03/2017 próximo do
início dessa terceira faixa mostra um bom comportamento para a solução.

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Figura 7 - Inicio da Terceira Faixa

3 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A IS 23 /2010 estabelece como prioridade o uso do material fresado


em obras do DNIT, que mesmo quando efetivada não tem conseguido absorver
a quantidade de material disponível. Assim sendo, na prática o que se observa
na maioria dos casos é a doação do material para prefeituras ou a armazenagem
em áreas das unidades locais.

De uma maneira geral as prefeituras utilizam esse material como


revestimento primário, espalhando camadas do material sobre o leito de rodovias
vicinais não pavimentadas e em acessos e pátios de estacionamento.

A UL de Montes Claros em Minas Gerais consciente das


deficiências técnicas das prefeituras, produziu um trabalho denominado
“Sugestão Prática : Reutilização do Material Fresado de Concreto Asfáltico em
Vias Não Pavimentadas “onde apresenta orientações práticas baseadas em sua

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experiência, para utilização do material fresado em serviços como Tratamento
anti - pó, revestimento de estradas não pavimentadas e tapa buracos, visando
ampliar o leque de utilizações por parte das prefeituras que recebem o material
no Norte de Minas.

4 REFERÊNCIAS

(1) – FHWA – RD -97-148 – Reclaimed Asphalt Pavement – User Guide Lines


for waiste and Byproducts Materials in Pavement Construction.
(2) – Utilização de Material Fresado como Camada de Pavimento em
Construção de Faixa Adicional – José Antônio Echeverria – Artigo Técnico
–Janeiro 2016 –researchgate.net/publication/313877960

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