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Prefeitura Municipal de Curitiba

Currículo
do Ensino
Fundamental
1.º ao 9.° ano
Volume I

2016
GESTÃO 2013 - 2016

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA


Gustavo Fruet
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Roberlayne de Oliveira Borges Roballo
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA
Antonio Ulisses Carvalho
COORDENADORIA DE OBRAS E PROJETOS DO PROGRAMA DE DESCENTRALIZAÇÃO
Luiz Marcelo Mochenski
DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
Maria Cristina Brandalize
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E INFORMAÇÕES
Leandro Antonio Jiomeke
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
Ida Regina Moro Milléo de Mendonça
COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS
Susan Ferst
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INTEGRADA
Eliane Aparecida Trojan Butenas
COORDENADORIA TÉCNICA – ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO
Eliana Cristina Mansano
COORDENADORIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Cíntia Caldonazo Wendler
COORDENADORIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA JOVENS E ADULTOS
Maria do Socorro Ferreira de Moraes
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria da Glória Galeb
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Leticia Mara de Meira
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL
Marlon Misael Terres
VOLUME I

Princípios e Fundamentos.....................................................................................................4
Princípio e Gestão da Boa Escola......................................................................................5

Currículo.............................................................................................................................. 8

Planejamento.................................................................................................................... 12

Avaliação.............................................................................................................................17

Educação Integral..............................................................................................................22

Educação Integrada..........................................................................................................25

Modalidades

Educação de Jovens e Adultos – EJA...........................................................................28

Educação Especial...............................................................................................................31

Temas Integradores

Direitos Humanos e Cidadania..........................................................................................34

Educação Ambiental.............................................................................................................38

Tecnologias Digitais............................................................................................................39

Áreas do Conhecimento...................................................................................................42

Referências Bibliográficas...............................................................................................45
Princípios e
4

Fundamentos
Princípios e gestão da BOA Nessa perspectiva, o Estado é
representante de todos e responsável
ESCOLA incontroverso na proposição de políticas,
ações e prescrições para a distribuição
Expressamos, no Currículo do Ensino material dos bens sociais, dentre
Fundamental, o projeto educativo de eles(as), a educação, em detrimento da
Curitiba, cujo pressuposto, assumido possibilidade de torná-los privilégio de
por nós, profissionais da educação, é a poucos. A equalização de trajetórias a
distribuição material do acesso e fruição partir da distribuição social equitativa e
à educação de qualidade para todos(as).
justa a todos os sujeitos desse direito,
estabelecendo a justiça social é, pois,
A Constituição Federal de 1988 estatuiu
função do Estado.
o direito à educação como direito público
e subjetivo, circunscrevendo este bem
Desde 2013, nós, profissionais da RME,
social pela obrigatoriedade, para que
nos mais variados espaços de discussão
ninguém dele se aliene, e a gratuidade
e formação (Semana de Estudos
para que ninguém dele seja excluído.
Pedagógicos, grupos de estudos, cursos
A Lei n.º 12.796/2013 determinou a
titularidade desse direito a todos(as) dos de formações, etc.) discutimos o sentido
4 aos 17 anos, obrigando o Estado a um da ação político-pedagógica operada nas
complexo conjunto de políticas para sua unidades educativas e sua vinculação
operacionalização. com a distribuição material do direito
à educação para todos e todas. Tais
Em contextos sociais e econômicos movimentos resultaram na assunção
marcadamente desiguais, o direito de princípios e pressupostos para o
à educação não pode ser adquirido desenvolvimento das ações pedagógicas
privadamente, ou melhor, o acesso e desenvolvidas nas unidades, por esta
a fruição desse direito não pode ser gestão, pelas unidades e por cada um 5
responsabilidade do indivíduo, uma vez de nós, profissionais da educação,
que distribuições desiguais de riquezas estabelecendo as dimensões de uma
e bens culturais, próprios de sociedades BOA ESCOLA.
assimétricas, geram desiguais condições
de partida no percurso da escolarização, Na mesma toada, o currículo, enquanto
portanto, geram desigualdades de acesso organização de toda a ação político-
e fruição do direito.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


-pedagógica da escola, está dimensionado da AUTONOMIA e do INTERESSE
pelos conceitos que fundamentam PÚBLICO, operados por instrumentos de
o “currículo em ação”. Assim, os participação social, que se constituem
compromissos assumidos nesses amplos nos fundamentos da Gestão Democrática
espaços de discussão coletiva embasam prevista em lei (CF/88, LDB n.° 9.394/96).
esta proposta curricular.
A EQUIDADE como princípio baliza as
O projeto educacional que almejamos está políticas educacionais do município,
6
associado estreitamente à reparação das na perspectiva de superar a assimetria
injustiças sociais, garantindo a distribuição social, econômica, cultural e individual dos
social e equitativa dos conhecimentos sujeitos, reconhecendo as desigualdades
a todos(as) os(as) educandos(as). Tal e fazendo justiça social. A equidade
conhecimento propicia a todos os sujeitos significa disponibilizar a todos(as) e a cada
condições paritárias de participação, isto um(a) o necessário para sua emancipação
é, igual possibilidade de influência nos social.
destinos da sociedade.
A DEMOCRACIA precisa estar presente
A escola é uma instituição concebida e na construção coletiva da BOA ESCOLA
organizada para realização da ação do como princípio e método. Como princípio,
Estado na efetivação desse direito. É, considera que todas e todos têm direito
portanto, lócus privilegiado de acesso a interferir nas tomadas de decisão. No
e fruição a saberes elaborados na entanto, o direito de interferir, enquanto
perspectiva da emancipação social exercício democrático, requer normas
dos sujeitos, conduzindo à expansão e regras de participação construídas
da cidadania. Temos o desafio e a e assumidas coletivamente, ou seja,
responsabilidade intransferível de oferecer democracia é também método. Assim,
uma BOA ESCOLA, ou seja, aquela que o exercício democrático exige o
tem como horizonte a distribuição formal fortalecimento, o aprimoramento e a
de escolarização de qualidade para ampliação dos instrumentos e espaços
todos(as). de participação social, de forma a incluir
todos os segmentos. O diálogo, a
A BOA ESCOLA está ancorada nos formação e a informação são condições
princípios da DEMOCRACIA, da imprescindíveis na tomada de decisões
EQUIDADE, do TRABALHO COLETIVO,

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


coletivas e, portanto, legítimas. Para tal, é interesses público e coletivo e estar
pressuposto compreender a participação vinculada às condições para o acesso e
como política, a escola como um serviço fruição do direito à educação a todos e
público e a construção coletiva de todas. “Portanto, é o estatuto de direito
decisões como resultado da articulação que delimita a autonomia nas proposições
dos dissensos e consensos entre grupos políticas e ações educacionais” (SEP,
sociais e sujeitos. 2014, p. 24). Tais condições autônomas
são produto do trabalho coletivo.
O TRABALHO COLETIVO resulta
do exercício democrático operado As ações governamentais estão sempre
nas diversas instâncias do Estado, vinculadas às demandas pela efetivação
como o resultado da articulação, dos direitos sociais, entre eles, a
corresponsabilização e o planejamento educação. Assim, tais ações não podem
participativo entre todos os sujeitos ser dimensionadas pelo interesse privado
e constituem-se nos fundamentos da de sujeitos e grupos sociais. Ao Estado
unidade e intencionalidade da ação cabe, como representante de todos,
educativa. A compreensão de que o a função de distribuição de direitos
trabalho pedagógico não resulta da constitucionalmente protegidos para toda
cisão entre planejadores e executores a sociedade. Por isso, é o INTERESSE
impõe que todos devam propor, planejar, PÚBLICO que deve circunscrever as
executar e avaliar. Decorre daí que a proposições, ações e prescrições
operação das ações pedagógicas deve governamentais.
ser coletiva.
Portanto, se o Estado é o responsável
Da mesma forma, o diálogo, a formação incontroverso na distribuição do direito
e a informação acerca dos espaços e à educação de qualidade para todos e
instrumentos democráticos possibilitam o todas, ao organizar e propor as condições 7
reforço da profissionalidade dos sujeitos de acesso e fruição deste direito, deve
e grupos sociais, resultando em maior perspectivar igualmente a proteção dos
AUTONOMIA na tomada de decisões. sujeitos deste direito. A Lei n.º 11.525/07
No entanto, na democracia, a autonomia expressa essa demanda, socialmente
será sempre relativa e social, devendo reconhecida, determinando que o
ser regulada pela legislação e pelos “currículo do ensino fundamental incluirá,

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


obrigatoriamente, conteúdo que trate dos Currículo
direitos das crianças e adolescentes, tendo
como diretriz a Lei n.° 8.069/90 (Estatuto
A função social da escola é promover
da Criança e do Adolescente)”. Nesse
a aquisição e a produção do
sentido também está a Lei n.° 12.594/2012
conhecimento. Esse conhecimento é
(SINASE) que garante o acesso, a
o saber sistematizado, produzido pela
permanência e a qualidade de ensino
humanidade ao longo do processo
8 para adolescentes em cumprimento de
histórico, cultural e social. Portanto, o
medidas socioeducativas em meio aberto.
conhecimento a ser ensinado pela escola
é o conhecimento científico, cultural e das
Assim, o currículo deve prever ações de
práticas sociais.
promoção, defesa, proteção, reparação de
direitos humanos, bem como a prevenção Assim, se o trabalho da escola é com
e o enfrentamento de situações de o saber escolar, torna-se fundamental
violência contra crianças e adolescentes. definir o que é currículo, qual a concepção
de currículo que nós assumimos e, a partir
disso, construir o currículo da rede.

Nesse sentido, afirmamos que todos(as)


os(as) educandos(as) têm direito a uma
educação de qualidade, ou seja, uma
BOA ESCOLA, que proporcione a todos e
a todas, a cada um e cada uma o acesso
ao conhecimento elaborado e assumimos
um compromisso político e social com
a criança, o adolescente, o(a) jovem,
o(a) adulto(a) e o(a) idoso(a)1, que estão
matriculados nas escolas públicas da Rede
Municipal de Ensino (RME) de Curitiba.

O trabalho educativo envolve conhecer


1
Aqui estão referenciados os sujeitos do
processo de ensino-aprendizagem. No decorrer
do texto, optamos por utilizar o termo estudante
por entendermos que é o termo mais abrangente.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


como ocorre o processo de ensino-
Moreira e Candau (2008, p. 18) afirmam
-aprendizagem para planejar estratégias
que refletir sobre o currículo envolve
didáticas e pedagógicas que possibilitem
“discussões sobre os conhecimentos
os avanços dos educandos(as). escolares, sobre os procedimentos e as
relações sociais que conformam o cenário
Optamos pelo termo ensino- em que os conhecimentos se ensinam e
-aprendizagem, pois defendemos a ênfase se aprendem”.
na indissociabilidade desse processo.
Compreendendo que as intenções
Entendemos que a forma ensino-
educativas, bem como as ações
-aprendizagem favorece a interligação
relacionadas à organização do trabalho
de dois processos que acontecem de
pedagógico precisam convergir para que
forma articulada, mas que guardam suas
o currículo desenvolvido na escola cumpra
especificidades.
a função de consolidar as aprendizagens
Dessa forma, aprender significa elaborar que os(as) educandos(as) têm direito,
e articular conceitos, de forma que cada buscamos a partir das reflexões e dos
conhecimento apropriado pelo sujeito lhe debates realizados nas Semanas de
dê possibilidades de atribuir significados. Estudos Pedagógicos, nos Grupos de
O processo de ensino-aprendizagem Estudos, na Formação Continuada, nas
é promotor de desenvolvimento dos Reuniões Pedagógicas, etc., balizados
educandos(as) e sua finalidade é pelos princípios e pressupostos por nós
possibilitar a realização de ações mentais assumidos e, portanto, por um currículo
e a humanização pela apropriação dos em ação que garanta a apropriação do
conhecimentos elaborados (SFORNI, conhecimento pelos(as) educandos(as).
2006).
O currículo em ação envolve a elaboração
O currículo é o “coração da escola” e tem do plano de ensino na escola, a elaboração 9
como elemento central o conhecimento do plano de aula do professor, que por
sua vez implica na seleção dos conteúdos
escolar, pois é a partir dele que se projetam
que serão trabalhados e na utilização
e são desenvolvidas as ações efetivadas
de encaminhamentos metodológicos
no processo ensino-aprendizagem.
diferenciados, considerando também
a organização do tempo e do espaço
escolar.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Em 2013, iniciaram-se as discussões Os conhecimentos escolares provêm
para a realimentação do Projeto Político- de saberes socialmente produzidos nos
-Pedagógico (PPP). Para tanto, foi deflagrado âmbitos de referência dos currículos e que
um amplo movimento de discussão, correspondem às instituições produtoras
estudos e análises do documento que do conhecimento científico, ao mundo do
já estava posto nas escolas, objetivando trabalho, ao desenvolvimento tecnológico
ultrapassar a visão de que esse é apenas e à produção artística. (TERIGI, 2008).
10 um documento legal, mas representa a
identidade da escola. Nesse processo No entanto, os conhecimentos socialmente
de reflexão coletiva, discutir sobre o construídos necessitam ser transformados
currículo escolar foi fundamental, pois é em conhecimentos escolares a serem
ele que direciona e coloca em ação todas inseridos nas salas de aulas e nas
as práticas educativas para que os (as) escolas. Esse processo ocorre pela ação
educandos(as) tenham direito efetivado didática do professor que transforma o
à apropriação dos conhecimentos conhecimento científico em conhecimento
escolares. escolar. O trabalho do professor consiste
ainda em mediar o processo de ensino-
Em 2014, na perspectiva de continuidade -aprendizagem através da utilização de
dessas discussões, foi aprofundado estratégias didáticas diversificadas e
e consolidado o conceito de BOA diferenciadas.
ESCOLA que, conforme o Caderno da
Semana de Estudos Pedagógicos (SEP) Ao se trabalhar com o conhecimento
2014, tem como objetivo a promoção escolar, considera-se aquele trazido
do acesso e o direito à educação para pelo(a) educando(a), no entanto, a função
todos(as). Portanto, a BOA ESCOLA social da escola exige garantir o direito
procura promover a universalização do à aprendizagem do e da(o) educando(a),
saber “consciente de que a exclusão do ultrapassando o senso comum em direção
processo de escolarização [...] constitui à apropriação dos saberes elaborados.
cerceamento do direito de acesso do
indivíduo a importantes dimensões da Dessa forma, o conhecimento a ser
cultura”. (CURITIBA, 2014, p. 11). ensinado na escola não pode cair numa
perspectiva utilitarista, ou seja, ensinar

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


apenas o que é considerado necessário nos fundamentamos para a elaboração e
para um uso imediato naquele determinado reelaboração do currículo, dos PPPs e dos
momento. Portanto, toma-se como ponto planejamentos de ensino.
de partida a prática social, mas não se
desconsidera o conhecimento escolar a Toda política curricular é uma política
ser trabalhado naquele determinado ano cultural, pois o currículo é fruto de uma
do ciclo. seleção e produção de saberes: campo
conflituoso de produção de cultura,
de embate entre pessoas concretas,
É preciso, ainda, compreender e respeitar
concepções de conhecimento e
a criança, o jovem, o adulto, nas suas
aprendizagem, formas de imaginar e
particularidades e diferenças, mas
perceber o mundo. Assim, as políticas
garantindo uma mesma qualidade, sem
curriculares não se resumem apenas
a qual se estaria apenas perpetuando a
a propostas e práticas enquanto
desigualdade, a opressão, o autoritarismo,
documentos escritos, mas incluem os
a discriminação de gênero, o racismo
processos de planejamento, vivenciados
[...]. Construir a unidade na diversidade
e reconstruídos em múltiplos espaços
e contra a desigualdade; eis um desafio
e por múltiplas singularidades no corpo
para a construção de uma proposta
social da educação. (BRASIL, 2013, p. 26).
pedagógica que aposta na seriedade e na
qualidade (KRAMER, 1997, p. 22).
O Currículo do Ensino Fundamental
É necessário discutir coletivamente foi produzido atendendo as nossas
necessidades de uma maior definição dos
o processo educativo, de forma a
conteúdos, objetivos de aprendizagem e
articular os esforços para que o currículo
critérios de avaliação a serem trabalhados
assegure o direito à aprendizagem de
em cada ano do ciclo. Destacamos que a
qualidade. Portanto, as discussões sobre
opção pelo trabalho com os conteúdos 11
a diversidade, as diferentes culturas e os
por ano se insere numa perspectiva
valores humanos devem estar presentes
integradora do conhecimento. A análise
no currículo escolar. dos documentos curriculares precisa,
portanto, compreender as relações entre
O documento Diretrizes Curriculares
as suas restrições e possibilidades de
Nacionais Gerais da Educação Básica
ação, ou seja, o que é viabilizado ou
(2013) define uma política curricular, na qual dificultado a partir deles.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


A perspectiva de trabalho em ciclos de PLANEJAMENTO
aprendizagem considera a necessidade
de retomar determinados conhecimentos
que não foram assimilados pelos(as) O PPP é o documento que expressa o
educandos(as) em outros anos ao longo trabalho da escola. Ele parte do diagnóstico
do processo pedagógico. Dessa forma, da prática pedagógica em direção ao
o planejamento do ensino e o plano das plano de ação, movido pela concepção
aulas serão retomados constantemente, que sustenta a ação pedagógica. O plano
12
tendo em vista as aprendizagens de ação da escola organiza e articula o
efetivadas e as que estão em processo. processo pedagógico.
Nesse sentido, currículo, planejamento e
avaliação são elementos indissociáveis No planejamento de ensino deve-se
do trabalho pedagógico. considerar a gradação dos conteúdos
numa perspectiva de retomada,
continuidade e ampliação, reafirmando a
autoridade pedagógica necessária aos
profissionais da educação, no sentido do
domínio dos conteúdos e na escolha das
melhores formas de ensinar considerando
os documentos oficiais vigentes.

Planejamento de ensino está diretamente


ligado à prática docente e deve nortear o
trabalho do professor, não devendo ser
considerado, em hipótese alguma, um
documento meramente burocrático ou
um ato mecânico. Ao contrário, deve ser
pensado como ferramenta fundamental
que define objetivos, conteúdos, critérios
de avaliação, organizado pela escola de
acordo com a periodicidade prevista no
Regimento Escolar e no Projeto Político-
pedagógico, tendo como principal
objetivo a aprendizagem do estudante.
(CURITIBA, 2012, p. 78)

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


O processo do planejamento que envolve determinada aula ou conjunto de aulas.”
a elaboração do plano de aula deve ser Esse trabalho não ocorre apenas no início
compreendido pelo(a) professor(a) como do ano, mas durante todo o processo
um momento de repensar e avaliar a sua pedagógico, o que exige um constante
prática, com o objetivo de registrar o que avaliar-planejar-executar-avaliar.
precisa ser retomado no trabalho em
sala de aula com os(as) educandos(as). Além das questões colocadas
Também implica em planejar diferentes anteriormente, ainda é necessário
estratégias didáticas de forma a promover considerar os espaços e os tempos
a aprendizagem. escolares, enquanto elementos
constitutivos do currículo escolar.
O planejamento de ensino é um recorte
do plano curricular. É necessário ter Segundo Forneiro (1998), o espaço é
clareza dos objetivos, ao se trabalhar elemento curricular a ser planejado
determinado conteúdo e das atividades pela escola e pelo/a professor(a), não
que serão desenvolvidas para atingi-los, sendo neutro, ao contrário, reflete a
o que os(as) educandos(as) sabem sobre concepção de educando(a) e de ensino-
o assunto, o que ainda precisam saber, o aprendizagem. Portanto, ao planejar o
que aprenderam, como provocar desafios espaço educativo, é preciso considerar
e quais os encaminhamentos a serem que este deve promover a aprendizagem
realizados. do e da educando(a).

Buscando uma maior unidade de trabalho O tempo escolar é outro elemento


entre as escolas da RME, assumimos curricular a ser planejado. Precisa estar
que o planejamento de ensino deve ser em consonância com os objetivos de
trimestral, compreendendo que esse aprendizagem propostos no ciclo, no ano,
tempo corresponde a uma organização do no trimestre e em cada aula. 13
trabalho pedagógico que melhor atende
É fundamental que o planejamento de
às práticas escolares.
ensino seja elaborado de forma coletiva,
O plano de aula é um detalhamento envolvendo todos os(as) professores(as)
do planejamento de ensino. Segundo
Vasconcellos (2010, p. 148), “é a proposta
de trabalho do professor para uma

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


do ano/ciclo. A permanência2 como regentes, ou seja, três professores(as)
espaço de trabalho coletivo é um a cada duas turmas). A partir dessa
importante momento para o/a professor/a proposta o(a) professor(a) corregente da
planejar o seu trabalho em sala de aula. É turma, além do trabalho de corregência,
momento também de avaliar o processo passou a assumir o componente curricular
de ensino-aprendizagem. Além da de ciências com duas aulas semanais. É
permanência, a escola também organiza importante destacar que o(a) professor(a)
14 reuniões pedagógicas com todo o coletivo corregente realiza um trabalho conjunto
escolar, com o objetivo de elaborar os com o(a) professor(a) regente.
planejamentos de ensino nos diferentes
componentes curriculares e anos do ciclo. Modalidades Organizativas do Tempo
Didático
Para a efetivação da ampliação O currículo, dentre outras questões,
do percentual da carga horária da envolve a seleção de conteúdos e o
permanência, 33% (trinta e três por cento) planejamento de estratégias de ensino
na RME de Curitiba, foi planejado um que serão utilizados para garantir a
projeto pedagógico que possibilitasse apropriação do conhecimento. Articulada a
melhorias no processo de ensino- essas escolhas está a decisão sobre o uso
aprendizagem. Esse tempo deve ter como do tempo de abordagem dos diferentes
conteúdos que compõem o currículo, o
foco o trabalho pedagógico, o qual envolve
que incide nas possibilidades de tempos
o planejamento do ensino, a avaliação da
que favoreçam as aprendizagens dos(as)
aprendizagem, os processos de formação
educandos(as). Nesse sentido, destacam-
e, quando necessário, o atendimento aos
se quatro modalidades organizativas do
pais/mães e responsáveis.
tempo didático: atividades permanentes,
sequências didáticas, projetos didáticos e
Nesse sentido, propusemos a organização
atividades de sistematização.
da docência compartilhada (trio de
Planejá-las de forma integrada, de
2 Na RME, a “permanência” foi regulamenta-
da pela Lei n.º 6761/85, no seu artigo n.º 20, § 1.º, o maneira complementar, ou utilizá-
qual previa a destinação de 20% de hora perma- -las separadamente, conforme as
nência na carga horária semanal de trabalho do
professor. Com a Lei n.º 11.738/2008 (Lei do Piso
aprendizagens implicadas ao longo do
Salarial Profissional Nacional), ficou instituído 33% ano, possibilita uma visão abrangente
da sua carga horária semanal para realização de do processo educativo, permitindo o
atividades inerentes ao seu trabalho fora de sala
de aula. acompanhamento da aprendizagem

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


dos(as) educandos(as) e favorecendo Sequências didáticas: partem de
a retomada e o aprofundamento de objetivos e conteúdos específicos de
conteúdos dos diferentes componentes um determinado componente curricular,
curriculares. visando ao acesso e ao aprofundamento
de conhecimentos a partir de propostas
Atividades permanentes: são propostas
organizadas e realizadas numa ordem
organizadas e realizadas regularmente
crescente de desafios/dificuldades.
(diária, semanal ou quinzenal) durante
Nessa modalidade, cada etapa favorece a
um determinado período de tempo
realização da próxima, permitindo aos(às)
(mês, ano) e de forma sistemática, sem
educandos(as) o aprimoramento de
necessariamente acontecer sempre da
mesma forma. São planejadas a partir conhecimentos anteriores e a utilização
de objetivos e conteúdos específicos destes em outros contextos.
dos componentes curriculares, com
o propósito de familiarizar, aproximar, [...] as sequências didáticas pressupõem
repertoriar os(as) educandos(as) em um trabalho pedagógico organizado em
relação a determinado assunto ou tema. A uma determinada sequência, durante
constância e regularidade das propostas um determinado período estruturado
possibilita aos(às) educandos(as) a pelo professor, criando-se, assim, uma
apropriação gradativa de conhecimentos modalidade de aprendizagem mais
e o desenvolvimento da autonomia orgânica. (BRASIL, 2007, p. 114).
(intelectual), proporcionando ao trabalho
educativo bases para o aprofundamento Projetos didáticos: referem--
de outros conhecimentos. Algumas se à organização de propostas
possibilidades: leitura, jogos pedagógicos,
contextualizadas, que se articulam entre
entre outras. si, visando atingir propósitos didáticos, no
sentido de alcançar objetivos relacionados
[...] trabalho regular, diário, semanal ou 15
aos componentes curriculares, e aos
quinzenal que objetiva uma familiaridade propósitos comunicativos, que se referem
maior com um gênero textual, um assunto/
à socialização dos conhecimentos
tema de uma área curricular, de modo que
construídos. Pressupõem a participação
os educandos(as) tenham a oportunidade
de conhecer diferentes maneiras de ler,
ativa dos(as) educandos(as), que
de brincar, de produzir textos, de fazer compartilham desde o início da construção
arte, etc. (BRASIL, 2007, p. 112). do projeto para alcançar objetivos, tendo

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


em vista o produto final, tomando decisões compartilharem e vivenciarem
durante todo o processo, envolvendo situações de aprendizagem, por meio
pesquisa e podendo ser pensado a partir da sensibilização, reflexão e análise.
de uma problematização. Pensando na ampliação do tempo escolar,
o trabalho com oficina permite que os
[...] essa modalidade de organização do conteúdos propostos pelos componentes
trabalho pedagógico prevê um produto curriculares sejam aprofundados.
final cujo planejamento tem objetivos
16
claros, dimensionamento de tempo,
“[...] tempo-espaço para vivência, a
divisão de tarefas e, por fim, a avaliação
reflexão, a conceitualização: como
final em função do que se pretendia.
síntese do pensar, sentir e agir como
(BRASIL, 2007, p. 119).
lugar para participação, aprendizagem
e a sistematização dos conhecimentos.”
Atividades de sistematização: são (CANDAU, 1995).
momentos de síntese dos conhecimentos
trabalhados, que ocorrem por meio de
exposições orais, de registros individuais
e coletivos das aprendizagens realizadas
pelos(as) educandos(as).

[...] são atividades destinadas à


sistematização de conhecimentos das
crianças ao fixarem conteúdos que estão
sendo trabalhados. (BRASIL, 2007, p. 124).

Além das modalidades organizativas do


tempo didático acima citadas, ressaltamos
a oficina como estratégia utilizada na
escola em tempo integral.

Oficina: é uma metodologia de trabalho


que prevê a construção coletiva do
conhecimento. O trabalho com a oficina
possui caráter exploratório, o que permite
aos(às) educandos(as) interagirem,

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Avaliação -se as discussões sobre a organização
curricular, no sentido de uma
reformulação pedagógica do trabalho e
A AVALIAÇÃO NOS CICLOS DE
não simplesmente de uma supressão da
APRENDIZAGEM
reprovação.
A RME de Curitiba está organizada em
Não se trata de postular a promoção
ciclos de aprendizagem, instituídos pelo
automática dos(as) educandos(as) e
Parecer n.º 487/99 do Conselho Estadual
sim de assumir o compromisso com
de Educação. O trabalho organizado
a aprendizagem de todos(as) os(as)
em ciclos de aprendizagem foi instituído
educandos(as).
com o objetivo de garantir um maior
tempo para a efetivação do processo de
[...] adotar as providências necessárias
aprendizagem dos(as) educandos(as).
para que a operacionalização do princípio
Nessa perspectiva, a avaliação considera
da continuidade não seja traduzida como
não apenas os aspectos quantitativos, “promoção automática” de alunos de um
mas fundamentalmente os qualitativos, ano, série ou ciclo para o seguinte, e para
ou seja, os avanços realizados pelos(as) o combate à repetência não se transforme
educandos(as) no seu processo de em descompromisso com o ensino e a
aprendizagem. aprendizagem (BRASIL, 2013, p.120).

O trabalho pedagógico deve ser Ao organizar o trabalho didático no


planejado de forma a rever as estratégias espaço escolar é necessário considerar
metodológicas, tendo em vista a garantia que as salas de aulas constituem-se
do direito à apropriação do conhecimento pela heterogeneidade. O atendimento
pelos(as) educandos(as). Isso significa adequado à heterogeneidade pressupõe
que o currículo do ensino fundamental a necessidade de ressignificação dos 17
necessita ser considerado, tendo em vista espaços escolares e o redimensionamento
os conteúdos naquele determinado ano do tempo pedagógico dedicado aos(às)
do ciclo a serem trabalhados. educandos(as). A interação entre
educandos(as) com diferentes níveis de
Com a proposta de implantação dos conhecimento em uma mesma atividade
ciclos de aprendizagem, intensificaram- é positiva para o processo de ensino-

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


aprendizagem. o trabalho da escola por meio da
comunidade escolar, com o objetivo de
Há que se planejar e propor atividades redimensionar o trabalho. A avaliação do
diversificadas e diferenciadas em sistema/rede tem por objetivo direcionar
um mesmo tempo, considerando a as políticas públicas, tendo em vista os
diversidade de conhecimentos dos(as) resultados das avaliações em larga escala.
educandos(as).

18 Há a avaliação da aprendizagem dos


AVALIAÇÃO EDUCACIONAL educandos(as), em que o professor tem
um protagonismo central, mas há também
A avaliação educacional é um processo a necessária avaliação da instituição
amplo, abrangente e complexo, uma como um todo, na qual o protagonismo é
“categoria pedagógica polêmica [...] do coletivo dos profissionais que trabalham
permeada por contradições” (FREITAS et e conduzem um processo complexo
al., 2009, p. 7). Sendo a avaliação “uma de formação na escola, guiados por um
ação coletiva na formação do estudante” projeto político-pedagógico coletivo.
E, finalmente, há ainda a avaliação do
(FERNANDES; FREITAS, 2008, p. 18), os
sistema escolar, ou do conjunto das
esforços despendidos nessa atividade
escolas de uma rede escolar, na qual a
exigem um olhar criterioso em todas responsabilidade principal é do poder
as instâncias que envolvem a prática público. Esses três níveis de avaliação não
avaliativa, pois cada uma dessas instâncias são isolados e necessitam estar em regime
possui diferentes objetivos e funções de permanentes trocas [...] (FERNANDES;
específicas. FREITAS, 2008, p. 18).

A avaliação da aprendizagem, as Os autores também ressaltam que essas


avaliações de sistema e a avaliação três instâncias da avaliação precisam estar
institucional são tipos de avaliação. Cada articuladas de modo a compor, cada uma
uma delas possui objetivos específicos. a partir de suas áreas de abrangência,
A avaliação da aprendizagem tem ações que promovam o entendimento
por objetivo acompanhar os avanços de que todas são parte do processo
qualitativos no processo de aprendizagem avaliativo.
dos(as) educandos(as) para redefinir o
trabalho do(a) professor(a). A avaliação A reflexão e o debate sobre a função da
institucional tem por objetivo avaliar avaliação educacional se firmam como

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


compromisso para todos os envolvidos êxito do(da) educando(a) e, a partir dos
no processo educativo, no sentido de se resultados obtidos, direciona a elaboração/
efetivar a prática de uma avaliação não reelaboração do planejamento e das
excludente, mas de caráter formativo, ações educativas a serem executadas,
democrático e emancipatório. configurando-se uma estratégia do
processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação educacional (seja a avaliação
Nesse sentido, a avaliação além
pedagógica das aprendizagens dos
de fornecer informações sobre a
alunos, a avaliação profissional dos
professores, a avaliação institucional
aprendizagem dos(as) educandos(as)
das escolas ou, mesmo, a avaliação possibilita ao(à) professor(a) redimensionar
das políticas educacionais) deve visar, seu trabalho. O princípio assumido,
sobretudo objetivos de desenvolvimento nessa perspectiva, é de que todos são
pessoal e coletivo, deve estar capazes de aprender, considerando os
prioritariamente ao serviço de projetos diferentes tempos de aprendizagem de
de natureza mais emancipatórias do que cada educando(a).
regulatória. (AFONSO, 2005, p. 43-44).
Medir e avaliar não representam a mesma
coisa. Ao medir, o objetivo está voltado para
Pensar na avaliação enquanto uma
obter informações a respeito do progresso
das práticas pedagógicas que tem
efetuado pelos(as) educandos(as). Ao
como princípio que todos(as) os(as)
avaliar, o foco está voltado para a reflexão
educandos(as) têm capacidade de
sobre as informações obtidas, com vistas
aprendizagem possibilita ações educativas a planejar o futuro. Avaliar é um processo
mais efetivas e alinhadas a uma escola mais amplo, pois, ainda que o medir faça
mais democrática, inclusiva, mais justa e parte do processo, não se limita a ele.
equânime.
As funções da avaliação da aprendizagem
19
Avaliação da Aprendizagem diagnóstica, formativa e somativa
compõem o processo avaliativo. Na
A concepção de avaliação assumida é diagnóstica, trata-se de identificar os
formativa, superando concepções de conhecimentos prévios dos(as) alunos(as)
avaliação excludentes e classificatórias, em relação a um novo conteúdo a ser
tendo em vista o direito à aprendizagem. abordado. Na formativa, ocorre ao longo
A avaliação compromete-se com o do processo de ensino-aprendizagem.
Na somativa, acontece no final de uma

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unidade de ensino, de um período definido na Ficha Individual e no Relatório Final.
(trimestre), tratando sempre de determinar O boletim escolar configura-se como um
o grau de domínio de alguns objetivos. instrumento de registro sem caráter legal.

É fundamental que o(a) professor(a) A LDB 9.394/96, no art. 12, inciso VII,
registre o avanço pedagógico prevê que os estabelecimentos de ensino
apresentado pelo(a) educando(a). Esse têm a incumbência de informar aos pais
registro ocorre por meio das fichas de ou responsáveis sobre a frequência e
20
acompanhamento, fichas de registros o rendimento dos(as) alunos(as). Nesse
de observações e atividades, portfólios, sentido, as escolas necessitam prever
relatórios individuais e planilhas. em seus projetos políticos-pedagógicos
e regimentos escolares as formas de
Esses registros são fundamentais para
comunicação de informação aos pais do
servirem de análise e tomada de decisões
processo de ensino-aprendizagem, dos
coletivas frente à aprendizagem dos(as)
resultados e do aproveitamento escolar.
educandos(as) no Conselho de Classe.
Esse momento estrutura-se da seguinte
Avaliação de Sistema
forma: pré-conselho, conselho e pós-
conselho de classe. O pré-conselho se A avaliação de sistema é um instrumento
configura como momento de levantamento de acompanhamento global dos sistemas
de dados da aprendizagem do(a) de ensino e que tem por objetivo:
educando(a), com vistas a redirecionar
o trabalho pedagógico. O Conselho de Subsidiar ações no âmbito das políticas
Classe é o momento de discussão coletiva públicas que promovam melhoria da
sobre os resultados da aprendizagem qualidade da educação.
dos(as) educandos(as) e das estratégias
empregadas, com vistas a aprimorar a Traçar séries históricas do desempenho
prática pedagógica. O pós--conselho dos sistemas, com a finalidade de
constitui-se como momento de efetivar reorientar políticas públicas.
as mudanças apontadas no Conselho de
Classe. Assim as avaliações elaboradas sob a
responsabilidade do Governo Federal ou
Os registros oficiais da RME, gerados pelo Municipal, como: a Avaliação Nacional da
Sistema de Gestão Escolar Informatizado Alfabetização (ANA) para educandos(as)
(SGED), consistem no Histórico Escolar,

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do 3.º ano, a Provinha Brasil para Item (TRI)3, o Simare gera informações
educandos(as) do 2.º ano, a Prova Brasil relevantes para a política educacional do
para educandos(as) do 5.º e 9.º ano e sistema municipal, uma vez que os dados
o Sistema Municipal de Avaliação do obtidos possibilitam análises comparadas,
Rendimento Escolar de Curitiba (Simare ao longo dos anos e entre os anos
Curitiba), geram informações relevantes avaliados, do desempenho demonstrado
relacionadas à qualidade do ensino pelos(as) educandos(as). Os testes são
ofertado para planejamento das políticas elaborados a partir de uma matriz de
públicas e também para análise do referência, que é um recorte do currículo.
trabalho da própria escola. O desempenho dos(as) educandos(as)
corresponde a uma proficiência localizada
As avaliações do Simare Curitiba ocorrem em uma escala própria, que é única para
a cada dois anos nos componentes de o Ensino Fundamental. Os resultados
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, podem ser analisados a partir dos
História e Geografia, que são direcionados descritores da matriz de referência, o
aos(às) educandos(as) do 4.º, 6.º e 8.º que possibilita análises e intervenções
anos do Ensino Fundamental. Essa opção de ordem pedagógica. Com base nessas
foi planejada como um recurso avaliativo análises, é possível definir estratégias de
complementar às avaliações em Língua intervenção por parte dos profissionais
Portuguesa e Matemática, que ocorrem que atuam nas diferentes instâncias do
sob a responsabilidade do Governo sistema educacional.
Federal. Essa avaliação foi instituída na
RME, em 2014, após uma trajetória de Além das proficiências nos componentes
avaliações ocorridas ao longo de seis curriculares, o Simare Curitiba obtém
anos (2007-2012). informações contextuais levantadas

3 A “ferramenta” utilizada para calcular a 21


Como uma avaliação de larga escala, proficiência é denominada Teoria da Resposta ao
orientada pela Teoria de Resposta ao Item – TRI, sendo caracterizada por um conjunto
de modelos matemáticos, no qual a probabilidade
de acerto a um item é estimada em função do co-
nhecimento do aluno. Podemos destacar duas das
principais características dessa metodologia, que
a tornaram tão empregada na área educacional:
construção e interpretação da escala de conheci-
mento. Disponível em: <http://www.portalavaliacao.
caedufjf.net/pagina-exemplo/medidas-de-proficien-
cia/>. Acesso em: 14 de set. 2015.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


por meio de questionários respondidos Educação Integral
individualmente pelos(as) educandos(as),
professores(as), pedagogos(as) e
A educação enquanto processo
diretores(as) das escolas e, coletivamente,
intencional tem na escola seu ambiente
pelo Conselho de Escola e Equipe
institucionalizado, cuja função social
Gestora.
remete ao ensino e à aprendizagem de
Avaliação Institucional todos(as) as(os) educandos(as) em sua
22
integralidade, considerando os aspectos
A avaliação institucional é um processo cognitivos, afetivos, motores, históricos,
diagnóstico da instituição como um todo. sociais, entre outros, ou seja, em todas as
Tem como objetivo subsidiar a reflexão suas dimensões.
e o debate interno, com a participação
dos(as) docentes, dos(as) discentes, das Educar integralmente reafirma o nosso
equipes gestoras, dos(as) funcionários, desafio em ofertar a BOA ESCOLA,
dos pais, das mães, dos responsáveis e aquela que oportuniza a aprendizagem
da comunidade escolar. de qualidade, embasada na discussão,
no planejamento, no acompanhamento
A avaliação institucional proposta a partir e na avaliação do conjunto de ações
dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade que marcam o trabalho pedagógico da
(PIQs) é um importante instrumento que instituição. Assim, a Educação Integral
oportuniza à comunidade escolar refletir é objetivo principal de qualquer escola
sobre diferentes questões da organização independentemente de sua carga horária.
da escola, opinando, sugerindo, indicando
e participando também do planejamento Nesse contexto, a concepção de Educação
de ações educativas. Isso tem como Integral ganha amplitude nos estudos e
objetivo o desenvolvimento da melhoria nas discussões acadêmicas e definições
da instituição e da qualidade de ensino. de políticas públicas que priorizam a
formação integral do(a) educando(a), isto
é, que considere o desenvolvimento do
ser humano integral.

Conforme disposto nas Diretrizes


Curriculares Nacionais para a Educação

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Básica (2013), falar em formação integral diferentes aspectos do desenvolvimento
pressupõe compreender que o fazer humano.
pedagógico em sua rotina deve conceber
Desta forma, o objetivo da educação em
as dimensões do Cuidar e Educar4 como
tempo integral da Rede é aprofundar,
princípios indissociáveis, com vistas ao
oportunizar e especializar o trabalho com os
desenvolvimento da autonomia do sujeito
conhecimentos escolares. Bem como, com
em sua essência humana. os conteúdos humanizadores equalizando,
oportunizando e diversificando percursos
Ampliação da Jornada Escolar – Educação e estratégias didáticas. Com o uso de
em Tempo Integral metodologias que considerem o aluno e
seu desenvolvimento global.
A sistematização e o planejamento do
trabalho da escola têm por alicerce o Prevista em lei5, a ampliação do tempo
seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) escolar acontece de forma progressiva
que, por meio da participação de toda e compreende um novo olhar para o
comunidade escolar, explicita a ação currículo, com a integração dos campos
educativa articulando todos os elementos do conhecimento e as dimensões
formadoras do ser humano. Ou seja,
constitutivos do seu currículo. Os
promove condições diferenciadas de
saberes escolares, os encaminhamentos
acesso a bens culturais e qualifica o
metodológicos, a organização do espaço
trabalho da escola pública.
e do tempo escolar são elementos a
serem articulados aos objetivos de O currículo da escola com jornada ampliada
aprendizagem propostos para cada ciclo sistematiza em seu PPP uma rotina de
ou ano. nove horas diárias e articula as áreas do
conhecimento e os saberes escolares às
Nessa perspectiva, a ampliação da jornada práticas voltadas à leitura e escrita, à arte,
escolar é uma estratégia que visa à ao esporte, ao lazer, à cultura, à educação
qualificação das atividades pedagógicas, 23
ambiental, à experimentação científica e ao
a partir da integralidade do trabalho
uso das tecnologias.
educativo que concebe a escola enquanto
espaço de formação humana. O tempo
5 Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014.
nessa perspectiva é condição essencial Institui o Plano Nacional de Educação em sua Meta
para que se contemplem no planejamento 6: “oferecer educação em tempo integral em, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas pú-
4 Termo utilizado na Resolução n.º 4, de 13 blicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte
de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação
Nacionais Gerais para a Educação Básica. básica.”

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Na educação em tempo integral, Pareamento é o processo que se dá no
concebemos o termo prática enquanto momento de planejamento da prática
organização didático-pedagógica, que educativa, no qual se buscam dentro das
tem como objetivo fundamental qualificar
áreas do conhecimento conteúdos que
estratégias relacionadas ao experimentar,
confiram significados ao trabalho definido,
testar, manipular, construir, montar, entre
outros, por meio da interação entre possibilitando a ampliação, qualificação
os sujeitos, os espaços, os tempos e aprofundamento ao conhecimento
e os recursos, para ressignificar os produzido, na perspectiva de um currículo
24 conhecimentos escolares. integrado.

A intencionalidade do trabalho Para tanto, o planejamento prevê o


educativo desenvolvido nas Práticas do caráter lúdico do aprendizado, no intuito
Acompanhamento Pedagógico, Práticas de possibilitar o pleno desenvolvimento
Artísticas, Práticas do Movimento e do(a) educando(a), a partir de um nível
Iniciação Esportiva, Práticas de Educação adequado de interpretação da realidade,
Ambiental e Práticas de Ciência e diversificando estratégias metodológicas
Tecnologias considera a importância que privilegiam a interação e a criatividade,
da ludicidade em seu encaminhamento com formas e linguagens próprias de cada
metodológico, resguardando as fase do desenvolvimento infantil.
especificidades em relação à concepção
do trabalho. Durante a semana, os horários previstos
garantirão o efetivo trabalho com as
Na definição das temáticas a serem cinco Práticas Educativas, e a carga
trabalhadas, é necessário que a unidade horária específica para cada uma delas
escolar leve em consideração diferentes dependerá das necessidades educativas
aspectos de seu cotidiano, dentre as quais: de cada unidade escolar, considerando
os recursos educacionais disponíveis para isso o equilíbrio na distribuição dos
em relação a materiais e espaços, as mesmos.
avaliações de aprendizagem escolar, os
conhecimentos docentes específicos e os Nesse sentido, o espaço escolar
resultados das avaliações de larga escala não é neutro e deve ser planejado e
da unidade. reorganizado enquanto flexibilizador do
trabalho educativo, pois, “a disposição
dos materiais, os arranjos dos mobiliários,

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


a estrutura planejada, a apresentação e a educativas dos(as) educandos(as) estando
construção dos trabalhos das crianças e as propostas conectadas aos objetivos
educandos(as) refletem as concepções de educacionais expostos nos PPPs das
ensino e aprendizagem” (CURITIBA, 2015). unidades escolares.

No entanto, convém considerar a


importância da ampliação dos territórios
educativos, tendo em vista a possibilidade
de a escola planejar atividades no seu
entorno: nas ruas, praças e bibliotecas, nos
museus e teatros, entre outros. Tratam-se
de espaços não formais que fazem parte
da vida social e que apresentam potencial
educativo para serem explorados com
a mediação do professor, pois “estão
plenos de significados e valores para
serem aprendidos” (COELHO; MARQUES;
BRANCO, 2014, p. 364).

Na Rede Municipal de Ensino, a Educação


em Tempo Integral e a Educação Integrada
têm em comum a perspectiva da ampliação
das oportunidades educativas para os(as)
educandos(as), por meio da ampliação do
tempo de permanência do(a) educando(a)
na escola, da relação com diferentes
espaços da cidade e agentes educativos. 25
No primeiro caso, esse tempo compõe
o currículo formal dos educandos(as),
previsto no presente currículo; já
o segundo, refere-se aos projetos
educacionais propostos pelas unidades
escolares para ampliar as possibilidades

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Educação Integrada podem acontecer no turno, nas Práticas
Educativas da Educação em Tempo
Integral, no contraturno escolar dos(as)
O conceito de Educação Integrada
educandos(as) e/ou com extensão de carga
está fundamentado na concepção de
horária. Os projetos são desenvolvidos de
formação integral do ser humano e nessa
acordo com o planejamento e os objetivos
perspectiva propõe o desenvolvimento
a serem alcançados, garantindo início,
de ações voltadas ao processo de ensino-
26 -aprendizagem, por meio da ampliação meio e fim.

do tempo, do acesso a diferentes


Os projetos desenvolvidos nos
experiências e/ou ambientes educativos.
componentes curriculares ou nas Práticas
Nesse contexto, estão inseridos os Educativas são realizados com todos(as)
projetos educacionais desenvolvidos os(as) educandos(as) da turma ou no caso
nas escolas municipais nas áreas de de projetos para grupos específicos, esses
Arte e Cultura; Esporte e Lazer; Direitos acontecem no turno contrário dos(as)
Humanos e Cidadania; Meio Ambiente e educandos(as) e/ou extensão de carga
Sustentabilidade; Saúde, Alimentação e horária, sem que essa represente prejuízo
Prevenção e Tecnologias e Comunicação. ao horário de aulas do(a) educando(a).

Os projetos educacionais proporcionam A escolha por quais projetos serão


o enriquecimento das ações desenvolvidos deve ser pautada a
dos componentes curriculares, partir dos princípios da democracia
desenvolvendo ações interdisciplinares, e do respeito ao espaço público,
ampliando, diversificando e aprofundando proporcionando a discussão coletiva
conhecimentos. Dessa forma, trabalham sobre a realidade e as necessidades da
com o conhecimento específico da escola e dos(as) educandos(as), visando à
área à que se destinam e, por meio garantia do direito à educação. Ressalta-
de diferentes vivências, proporcionam se que o princípio da equidade norteará
o desenvolvimento de habilidades e a participação dos(as) educandos(as) nos
potencialidades e ampliam o repertório projetos educacionais em horário de
social e cultural. contraturno escolar e/ou de ampliação de
carga horária.
Os projetos educacionais são propostos
em concordância com o PPP da escola e Na área de Arte e Cultura, são desenvolvidos

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


projetos com as linguagens artísticas todos os projetos educacionais.
que proporcionam o enriquecimento
cultural dos(as) educandos(as). Essa área Na área de Meio Ambiente e
contempla os projetos de música nas Sustentabilidade, são desenvolvidos
modalidades grupo vocal – canto coral projetos com o objetivo de fortalecer a
– e grupos instrumentais de flauta doce, Educação Ambiental, que considera o
homem em suas relações e diversidades,
percussão e outros instrumentos, teatro,
valorizando conhecimentos, práticas e
dança, fanfarra e corpo coreográfico,
saberes sustentáveis na busca de novas
leitura e línguas estrangeiras, entre outros.
perspectivas que contemplem a realidade
Nos projetos da área de Esporte e Lazer, sócioambiental, a sustentabilidade e a
são ofertadas atividades pedagógicas aquisição de novos hábitos.
de determinada modalidade esportiva
Na área de Tecnologias e Comunicação
ou de lazer, respeitando a faixa etária
são desenvolvidos projetos que permitem
dos(as) educandos(as). O planejamento
uma singular integração das várias
dos projetos contempla o histórico, as
tecnologias existentes no cotidiano com
regras básicas e os fundamentos do
os conhecimentos trabalhados na sala de
esporte, as atividades pré-desportivas e o
aula. Entre os projetos dessa área estão os
jogo propriamente dito. Entre os projetos
Kits Tecnológicos, a Robótica Educacional,
dessa área estão o atletismo, a ginástica,
o Jornal Eletrônico, o Jornal Impresso e a
o xadrez, o tênis e a capoeira.
Radioescola.

Os projetos na área de Direitos Humanos


Os projetos na área de Saúde,
e Cidadania representam um espaço para Alimentação e Prevenção desenvolvem
o exercício da cidadania, no qual os(as) ações teórico-práticas, abordando temas
educandos(as) desenvolvem-se como como Alimentação Saudável, Combate 27
sujeitos de direitos e deveres. Nessa à Obesidade Infantil e Prevenção ao
área, estão contemplados os projetos Uso de Drogas, objetivando a melhoria
sobre Educação para o Trânsito, Direitos da qualidade de vida e saúde dos(as)
Humanos, Cidadania e Democracia. educandos(as).
Questões referentes à dignidade humana,
como Diversidade Sexual, Identidade de Destaca-se que, nessa concepção de
Gênero, Raça/Etnia e Gênero permeiam Educação Integrada, também estão

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


inseridos os projetos educacionais Educação de jovens e
desenvolvidos em parceria com outras
secretarias municipais, instituições
adultos – EJA
públicas e privadas ou organizações
não governamentais. Esses projetos A Educação de Jovens e Adultos (EJA)
possibilitam a ampliação do território se configura como uma modalidade da
educativo e estabelecem relações educação básica destinada aos sujeitos
28 intersetoriais nos tempos e nos espaços, que se encontram numa faixa etária
dentro e fora da escola. superior à considerada própria para o
estudo no ensino regular. De acordo com
a Constituição da República Federativa
do Brasil, em seu artigo 208, inciso I, a
educação básica, obrigatória e gratuita é
assegurada inclusive para os que a ela não
tiveram acesso na idade própria. Segundo
Gadotti (2009, p.14), “independentemente
da idade, a educação é um direito social e
humano [...].” Para os adultos, é o espaço
da diversidade e de múltiplas vivências,
de relações intergeracionais, de diálogo
entre saberes e culturas. (GADOTTI, 2009,
p. 26-27).

A Educação de Jovens e Adultos está


estruturada em duas fases:
EJA Fase I – equivalente aos anos iniciais
do Ensino Fundamental, organizada em:
1.º período (1.°, 2.° e 3.° ano) e 2.° período
(4.° e 5.° ano) e em turmas multisseriadas
(1.° ao 5.° ano).
EJA Fase II – equivalente aos anos finais
do Ensino Fundamental, organizada em:
3.° período (6.°ano), 4.° período (7.° ano), 5.°
período (8.° ano) e 6.° período (9.° ano).

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Na Rede Municipal de Ensino de Curitiba, A diversidade que constitui a sociedade
existe também a possibilidade de brasileira abrange jeitos de ser, viver,
certificação dos anos iniciais do Ensino pensar e agir que se enfrentam. Os sujeitos
Fundamental (1.° ao 5.° ano) por meio do que constituem esta diversidade tentam
Exame de Equivalência, a partir de 15 anos dialogar entre si, ou pelo menos buscam
completos. negociar, a partir de suas diferenças,
A modalidade da EJA assegura a matrícula propostas políticas que incluam a todos
em qualquer época do ano, bem como o nas suas especificidades, sem, contudo,
aproveitamento de estudos, a participação comprometer a coesão nacional [..] A EJA
em processos de classificação ou por ser uma modalidade inclusiva, precisa
reclassificação. (Diretrizes Curriculares conceber que a educação não pode
para a Educação de Jovens e Adultos de reforçar as desigualdades que marcam a
Curitiba, 2012). diversidade no país” (BRASIL, 2008, p.1)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Para atender a esses sujeitos que


Nacional – LDBEN n.º 9.394/96 define retomam seus processos formativos
que a Educação de Jovens e Adultos carregados de histórias, vivências e
atende aos interesses e às necessidades saberes, as Diretrizes Curriculares para a
de indivíduos que já têm uma determinada Educação de Jovens e Adultos de Curitiba
experiência de vida, que participam e descrevem um aprendizado por meio de
venham a participar do mundo do trabalho metodologia de ensino diferenciada que
e dispõem, portanto, de uma formação leva em consideração a realidade cultural,
bastante diferenciada daquela ofertada às o nível de seus conhecimentos, a história
de cada um, a condição socioeconômica
crianças e adolescentes.
e a diversidade cultural, étnico-racial,
territorial, de gênero, dentre outras.
O Documento Base Nacional apresentado Considerando essas características, foram
na sexta edição da Conferência
29
definidos, a partir das Diretrizes Nacionais,
Internacional de Educação de Adultos
os eixos articuladores, a saber: ciência,
(Confintea VI, 2009) descreve que “pensar
cultura, trabalho e tempo, para a Educação
nos sujeitos da EJA é trabalhar para,
de Jovens e Adultos do município.
com e na diversidade. A diversidade é
constituída das diferenças que distinguem
O trabalho com eixos articuladores permite
os sujeitos uns dos outros [...].
a concretização de propostas pedagógicas

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


centradas na visão interdisciplinar, que Ciência, Cultura, Trabalho e Tempo são
permite aprendizagens mais significativas articulações que visam trazer para o
de forma ampla e abrangente, propiciando contexto escolar a compreensão de que
o trabalho em equipe e contribuindo essas dimensões da vida humana não
para a superação da fragmentação de se produzem independentemente da
conteúdos. sociedade e dos homens.

A interdisciplinaridade será articuladora O que se propõe, em concordância com


30 do processo de ensino e aprendizagem
as Diretrizes Nacionais, é que o conjunto
na medida em que se produzir como
da ação educacional na EJA se organize
atitude (FAZENDA, 1979) e como modo de
pensar (MORIN, 2005) e visando garantir tendo por referência às singularidades,
a construção de um conhecimento às necessidades e às aspirações dos
globalizante, rompendo com as fronteiras sujeitos como fundamento. Espera-se que
das disciplinas (GADOTTI, 2004). se integre, a partir dos eixos, o conjunto
dos conhecimentos sistematizados pelos
O currículo da EJA segue a mesma
componentes curriculares, tornando-os
orientação do Currículo da Rede
significativos para a vida do(a) educando(a),
Municipal de Ensino de Curitiba no que
diz respeito à organização por áreas permitindo o interesse, a reflexão e
do conhecimento e componentes a reelaboração do conhecimento em
curriculares, com adequações específicas relação aos fenômenos naturais e sociais.
para essa modalidade, associadas aos
eixos articuladores. A metodologia do ensino prima pelo
trabalho coletivo e interdisciplinar,
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) promovendo a participação, a
teve início na Rede Municipal de Ensino responsabilidade e o envolvimento em
de Curitiba (RME) no ano de 1991, por meio
todo processo.
de um programa preliminar de educação
para a classe trabalhadora ( jovens e
Para atender ao que propõe a LDBEN, o
adultos), que não tivera oportunidade
de escolarização anterior ou de jovens currículo da EJA pauta-se pela flexibilidade
excluídos do Sistema de Ensino e versatilidade, reconhecendo os(as)
Fundamental. (Diretrizes Curriculares educandos(as) desta modalidade como
para a Educação de Jovens e Adultos de
sujeitos de direitos, com características
Curitiba, 2012).

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


próprias, que demandam ações A Declaração de Hamburgo6 aborda
específicas, contemplando seus saberes e o compromisso e a necessidade do
promovendo a socialização, a interação e comprometimento para a Educação
a construção de novos conhecimentos, a de Jovens e Adultos, com o objetivo
fim de permitir a esses sujeitos o exercício de oferecer a homens e mulheres as
da plena cidadania. oportunidades de educação continuada
ao longo da vida.
De acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica (2013), É com esse desígnio de uma educação
“os educandos(as) da EJA precisam ser plena que a Educação de Jovens e
reconhecidos também como sujeitos Adultos abre caminho para a participação
do processo de aprendizagens, ter sua
ampliada na vida social, cultural, política e
identidade cultural e humana respeitada,
econômica, frente às atuais transformações
desenvolvida nas suas relações com
os demais que compõem o coletivo da do mundo.
unidade escolar, em elo com as outras
unidades escolares e com a sociedade, na
perspectiva da inclusão social exercitada
em compromisso com a equidade e a
qualidade”.(p. 35).

As Diretrizes Curriculares Nacionais


(DCNs, 2009) para a EJA destacam três
funções importantes relacionadas a
essa modalidade: a função reparadora,
compreendida como reparação de dívida
histórica e social; a função equalizadora,
31
que possibilita o reingresso no sistema
educacional e a função qualificadora, que
visa à educação permanente, diversificada
e universal para os sujeitos considerados
em permanente construção. 6 Declaração de Hamburgo sobre a
Educação de Jovens e Adultos. V Conferência
Internacional sobre Educação de Jovens e Adultos
– CONFINTEA – Julho de 1997.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Educação Especial A Educação Especial no município de
Curitiba é organizada com base nos
marcos legais, políticos e pedagógicos
As políticas públicas, no contexto
da educação inclusiva, atendendo
educacional atual, inserem o ambiente
educandos(as) com deficiência,
escolar em um cenário no qual o objetivo
transtornos globais do desenvolvimento,
é assumir um sistema educacional para
altas habilidades/superdotação, transtorno
todos em toda sua amplitude, ou seja,
32 de conduta e necessidades educacionais
igualdade de direitos na diversidade
específicas, matriculados nas instituições
de condições necessárias para o
da Rede Municipal de Ensino. A inclusão
desenvolvimento integral das crianças e
escolar tem por finalidade assegurar o
educandos(as).
acesso e a permanência dessas crianças e
educandos(as) nas diferentes faixas etárias
O Ministério da Educação implementou
da Educação Infantil, Ensino Fundamental
em 2008 a Política Nacional de
e Educação de Jovens e Adultos,
Educação Especial na Perspectiva
visando o acesso à educação básica, o
da Educação Inclusiva, com vistas a
desenvolvimento de potencialidades e a
assegurar o direito à aprendizagem de
promoção da aprendizagem.
todos os educandos(as), garantindo a
transversalidade da Educação Especial
Os processos referentes à identificação, à
por meio do Atendimento Educacional
orientação e ao atendimento das crianças
Especializado e a acessibilidade desde a
e educandos(as) em inclusão ocorrem por
Educação Infantil até o Ensino Superior.
meio das seguintes ações:

A efetivação da postura inclusiva


• aprimoramento dos estudos, a partir de
proporciona ao(à) educando(a) ações
discussões das Diretrizes e Legislação
que oportunizem a aprendizagem Federal, Estadual e Municipal, com vistas
e a construção de habilidades e à organização dos trabalhos referentes
potencialidades para o desenvolvimento à Educação Especial no Município de
da independência e autonomia no Curitiba;
exercício da cidadania. A inclusão • promoção do desenvolvimento
desafia, estimula, flexibiliza relações e pedagógico das crianças e dos(as)
viabiliza o direito para que todos possam educandos(as), e a participação integrada
dos profissionais e das famílias;
ser estimulados em suas capacidades e
atendidos em suas necessidades. • valorização da diversidade no processo

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


de aprendizagem, tendo como com dificuldades de aprendizagem e
fundamento a concepção de direitos transtornos funcionais específicos, com
humanos para além da igualdade de
objetivo de desenvolver habilidades e
oportunidades;
potencialidades necessárias à qualidade
• formação continuada nas temáticas
da aprendizagem.
da Educação Especial e Inclusiva aos
profissionais da Rede Municipal de
A Sala de Recursos para Altas
Ensino;
Habilidades/Superdotação (SR/AH/SD) é
• produção e organização dos recursos
um serviço de atendimento educacional
de acessibilidade diante de estratégias
especializado ofertado às crianças e
pedagógicas considerando as
necessidades específicas de cada educandos(as) com altas habilidades/
criança e educando(a) e favorecendo a superdotação, tendo como proposta de
autonomia e a independências na escola trabalho o enriquecimento curricular,
e fora dela. por meio de atividades exploratórias
e do desenvolvimento de projetos na
Compõem os serviços e programas área de interesse do(a) educando(a)
da Educação Especial no Município de com o objetivo de valorizar seu
Curitiba: potencial e as habilidades, respeitando
as características pedagógicas e
As Salas de Recursos Multifuncionais necessidades socioemocionais.
são espaços da escola onde se realiza o
A Classe Especial (CE) está organizada
Atendimento Educacional Especializado
para ofertar atendimento educacional
(AEE). Tem como função complementar ou
especializado, em caráter transitório,
suplementar a formação da criança e do(a)
aos(às) educandos(as) que apresentam
educando(a), por meio da disponibilização
deficiência intelectual. Tem por objetivo
de serviços, recursos de acessibilidade e
garantir o acesso aos conteúdos
estratégias que eliminem as barreiras para 33
dos componentes curriculares que a
sua plena participação na sociedade, com
escolarização deve proporcionar a todos.
vistas à autonomia e à independência na
escola e fora dela. O Atendimento Pedagógico Domiciliar
(APD) oferta suporte pedagógico
A Sala de Recursos (SR) é um local onde ao(à) educando(a) que necessite de
se realiza o atendimento educacional permanência por tempo determinado
especializado aos(às) educandos(as) (igual ou superior a sessenta dias) em

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


domicílio para tratamento de saúde. em pedagogia especializada, reeducação
Contempla atividades pedagógicas, visual e auditiva, fonoaudiologia
flexibilizadas e organizadas de forma e psicologia. Ofertam serviços de
integrada à unidade escolar de referência atendimento especializado de apoio,
dos(as) educandos(as). suporte, colaboração e identificação das
necessidades educacionais especiais
O Programa de Escolarização Hospitalar
e específicas às crianças e aos(às)
(PEH) é o acompanhamento pedagógico educandos(as). Atuam em projetos de
34
de estudantes que se encontram em prevenção com vistas ao desenvolvimento
tratamento de saúde em ambiente de potencialidades e resgate de melhores
hospitalar ou casas de apoio. condições do desempenho em referência
à escolaridade e âmbito social. É
A Escola de Educação Básica na composto por uma equipe de profissionais
Modalidade Educação Especial da SME que trabalha em parceria com a
atende crianças e educandos(as) com Secretaria Municipal de Saúde - SMS.
diagnóstico de deficiência intelectual
moderada, associada ou não a outras O Sistema Integrado de Transporte do
deficiências, que demandam adaptações Ensino Especial (SITES) é um serviço
e flexibilizações de condições, com vistas de transporte às crianças e aos(às)
à autonomia, à independência e ao acesso educandos(as) com deficiência ou
à aprendizagem. Visa garantir a oferta de transtornos globais do desenvolvimento,
educação infantil, ensino fundamental e para acesso às escolas municipais
programas de educação especial para o especiais, estaduais ou conveniadas,
trabalho, considerando as especificidades situadas no limite urbano do município de
de cada um dos(as) educandos(as), Curitiba, onde são matriculados.
por meio de condições pedagógicas
A Educação Especial, no município de
diversificadas.
Curitiba, busca uma escola de qualidade,
Os Centros Municipais de Atendimento subsidiando as condições de acesso,
Especializado (CMAEs) realizam um participação e aprendizagem de crianças
trabalho específico por meio dos e educandos(as), concebendo a escola
serviços de Avaliação Diagnóstica como espaço que reconhece e valoriza
Psicoeducacional e de atendimento as diferenças, com condições de
terapêutico educacional especializado oportunidades a todos(as).

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Direitos Humanos e • L
ei Federal n.° 10.639/03, que inclui no
currículo oficial da rede de ensino a
Cidadania obrigatoriedade da temática História e
Cultura Afro-Brasileira.

A educação se configura como uma • L


ei Federal n.° 11.645/08, inclui no
currículo oficial da rede de ensino a
possibilidade de acesso a direitos
obrigatoriedade da temática História e
essenciais para garantir a dignidade
Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
humana. Concretizar esses direitos exige
• D
iretrizes Curriculares Nacionais para a
a construção de concepções e práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais e
educativas que evidenciem a inclusão e a para o Ensino de História e Cultura Afro-
prática da educação em direitos humanos. Brasileira e Africana (2004).
Considera-se a educação como um dos • I II Plano Nacional de Educação em
instrumentos para compreender como Direitos Humanos (2010).
as diferenças geram desigualdades,
• P
lano Nacional de Promoção da
sobretudo para determinados grupos Cidadania e Diretos Humanos LGBT
que historicamente tiveram seus direitos (2009).
violados ou nem foram considerados • I II Plano Nacional de Políticas para as
sujeitos de direitos. Mulheres (2013).
• D
iretrizes Nacionais para a Educação em
Nessa perspectiva, a educação em direitos
Direitos Humanos (2013).
humanos assume dimensões específicas
no favorecimento da emancipação de
sujeitos sociais historicamente excluídos, Esses marcos legais admitem que no
no reconhecimento do(a) educando(a) Brasil existem enormes desafios a
como agente ativo na modificação serem enfrentados para a superação
da mentalidade de seu grupo, sendo da discriminação, do preconceito e da
protagonista na construção de uma violência, diante da diversidade humana.
sociedade plural e igualitária. 35
Nesse sentido, é papel da escola buscar o
Legislações específicas foram criadas respeito e a igualdade de gênero, de raça
para estabelecer a efetivação do direito e etnia, de orientação sexual, promovendo
à diversidade, à justiça social, à inclusão uma cultura de respeito às pessoas
e ao respeito aos direitos humanos, como independentemente da cor de sua pele,
elementos essenciais na formação dos(as) de sua crença ou de sua identidade.
educandos(as), como segue:

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


É necessário que a escola seja um espaço diferentes sujeitos e das organizações
inclusivo, onde os(as) educandos(as) sociais e educativas, além de propiciar
sintam-se acolhidos(as), identificando-se experiências em que se vivenciem os
com as práticas educativas que respeitem, direitos humanos.
valorizem e reconheçam sua identidade.
A educação em direitos humanos contribui
Para isso, os temas trabalhados para que os(as) educandos(as) assumam
envolvem conhecimentos sobre suas responsabilidades enquanto
36
direitos fundamentais, enfrentamento cidadãos e cidadãs, promovendo
ao preconceito e à discriminação, o respeito entre as pessoas e suas
reconhecimento e valorização da diferenças, fazendo com que reconheçam
diversidade étnico-racial, cultural e e defendam seus direitos e os direitos dos
religiosa, de identidade de gênero, de outros.
orientação sexual, entre outras, enfocando
a promoção, proteção, defesa e reparação PROTEÇÃO DO SUJEITO DE DIREITOS
dos direitos humanos. Assim, a noção de
Para a garantia dos direitos humanos de
dignidade humana deve perpassar todo o
crianças e adolescentes, cabe à escola
processo educativo.
identificar e atuar nas situações de
A utilização de metodologias ativas e violação de direitos, especialmente no
participativas, o emprego de diferentes que se refere às violências: física e/ou
linguagens, o diálogo entre os psicológica, abandono ou negligência,
conhecimentos próprios e o saber escolar abuso e exploração sexual, bem como
são componentes presentes ao longo de a exploração do trabalho infantil,
todo o processo que tem como referência situações essas que podem interferir
fundamental a realidade social, cultural, no desenvolvimento integral dos(as)
política e as experiências dos(das) educandos(as).
educandos(as), relacionadas às violações
Portanto, o coletivo da escola deve
ou à defesa dos direitos humanos.
estar atento às situações de risco
Essas metodologias objetivam transformar para a violência, sendo capazes de
conceitos, atitudes, comportamentos, identificar sinais de alerta, procedendo
dinâmicas organizacionais, práticas ao acolhimento necessário, notificação,
cotidianas, individuais e coletivas dos encaminhamentos e realização de ações

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


de prevenção primária, de acordo com o fazem referência à violência, devem
Protocolo da Rede de Proteção à Criança perpassar o currículo enquanto eixo
e ao Adolescente em Situação de Risco integrador conforme disposto na Lei
para Violência7. n.º 11.525, de 25 de setembro de 2007.
Garantindo reflexões críticas em todas
É necessário que a comunidade escolar as áreas do conhecimento, inserindo
compreenda que a garantia de direitos, a o universo do direito no dia a dia da
prevenção das violências e a articulação comunidade escolar. Assegurando que a
do trabalho em rede colaboram para escola possa se constituir em um espaço
qualidade da educação. de vivência de direitos fundamentais,
cidadania, solidariedade e respeito.
Para o sucesso das ações de prevenção
às violências, essas devem ser realizadas Para além das situações de violência
de forma cooperativa, com o envolvimento que podem ser vivenciadas pelos(as)
do coletivo da escola, favorecendo aos educandos(as), a escola se depara com
profissionais a oportunidade para que outro problema social, que é o fracasso
reconheçam seus medos e preconceitos, escolar, podendo este resultar na baixa
respeitando a cultura específica da frequência, abandono e evasão escolar,
comunidade, identificando os fatores de circunstâncias essas que se constituem
risco e proteção existentes no território em em um grande desafio para a educação,
que a escola está inserida. É importante devido à multiplicidade de fatores internos
destacar ainda que a prevenção é uma das e externos à escola, os quais exercem
estratégias para a superação da violência, influência no processo socioeducativo.
pois promove a redução dos fatores de Sendo assim, o currículo deve propor
risco e o aumento da proteção. ações de prevenção, com o objetivo da
abordagem de conteúdos que permitam
Os temas que contemplam a garantia 37
aos(às) educandos(as) e seus familiares a
de direitos e deveres de crianças e
compreensão do direito à educação e o
adolescentes, assim como aqueles que
valor desta para a emancipação social dos
7 CURITIBA, 2000. Foi instituída a Rede de sujeitos.
Proteção à Criança e ao Adolescente Em Situação
de Risco para a violência, que é um conjunto de
ações integradas e intersetoriais do município Para a elaboração de um projeto de
de Curitiba para prevenir a violência e proteger a
criança e o adolescente em situação de risco para
prevenção à baixa frequência, o primeiro
a violência.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


passo é conhecer o que o grupo pensa Educação Ambiental
a respeito do tema, assim como é
necessário conhecer o que as famílias,
Segundo a Lei n.º 9.795, de 27 de
crianças e adolescentes pensam sobre o
abril de 1999, que dispõe sobre a
assunto. O segundo passo, é examinar o
Educação Ambiental e institui a Política
que a escola tem feito diante dos casos
Nacional de Educação Ambiental,
de crianças e adolescentes com baixa
Educação Ambiental é um processo
38 frequência, abandono ou evasão escolar,
educativo, contínuo e permanente,
avaliando se as ações desenvolvidas têm que propicia, em nível individual e
alcançado os resultados propostos. coletivo, uma compreensão crítica das
relações entre os diferentes sujeitos e
Sendo assim, as ações de prevenção e
o meio, permitindo ações conscientes e
enfrentamento do abandono e da evasão
participativas, fundamentadas em valores
escolar devem constar no Plano de
sociais, conhecimentos, habilidades,
Ação da Escola, no seu Projeto Político atitudes e competências, voltadas para
Pedagógico, no Regimento Escolar, a conservação do meio ambiente, bem
estando presente na rotina de atividades de uso comum de todos(as), de forma a
desenvolvidas durante todo o ano. Para o construir uma sociedade sustentável.
resgate do(a)educando(a) em situação de
abandono ou evasão, as ações devem ser A Educação Ambiental deve estar
planejadas em consonância com o Projeto presente, de forma articulada, em todos
ABRACE8. No ano de 2015, esse projeto os níveis e modalidades do processo
foi revisado, contemplando diretrizes educativo, em caráter formal e não
quanto à operacionalização, aos fluxos, às formal, de modo a potencializar ações e
atribuições e às ações intersetoriais para o aprendizagens conscientes. Deve garantir
resgaste e a reinserção do(a) educando(a) os meios para a criação de novos estilos
ausente. de vida e promoção de uma consciência
ética que questione o atual modelo
de desenvolvimento, marcado pelo
8 Em 2001, foi implantada a FICA (Ficha de
Comunicação do Estudante Ausente) como meca- caráter predatório e pelo reforço das
nismo do Projeto ABRACE (Ações em Benefício do desigualdades.
Regresso do Aluno à Escola) e para sua execução,
no município, foi firmado um Termo de Coopera-
ção Técnica entre o município de Curitiba, o Minis- As Diretrizes Curriculares Nacionais
tério Público, o Tribunal de Justiça e a Associação para a Educação Ambiental, tendo como
de Conselheiros Tutelares.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


referência as Diretrizes Curriculares alimentos e a gestão de seu espaço físico,
Nacionais Gerais para a Educação enquanto princípios norteadores de todas
Básica, nos termos da proposta, define suas ações cotidianas organizacionais e
que a “Educação Ambiental envolve o pedagógicas.
entendimento de uma educação cidadã,
responsável, crítica, participativa, em que A Educação Ambiental deve estar
cada sujeito aprende com conhecimentos contemplada no trabalho com os
científicos e com o reconhecimento dos componentes curriculares, articulada com
saberes tradicionais, possibilitando a os conteúdos de forma que os conceitos
tomada de decisões transformadoras, ambientais permeiem a construção do
a partir do meio ambiente natural ou conhecimento, não sendo uma área
construído no qual as pessoas se integram. estanque e isolada, mas uma prática
A Educação Ambiental avança na voltada ao repensar das ações cotidianas,
construção de uma cidadania responsável nas quais diferentes conhecimentos são
voltada para culturas de sustentabilidade utilizados, na perspectiva interdisciplinar,
socioambiental.” para a consolidação de práticas
autônomas que busquem a melhoria geral
Além disso, pensar em Educação
das condições de vida de todos e todas no
Ambiental é considerar o homem
planeta Terra, que se iniciam no ambiente
em suas relações e diversidades,
e na rotina escolar.
valorizando conhecimentos, práticas e
saberes sustentáveis, na busca de novas
perspectivas para melhoria da qualidade
de vida, num processo de planejamento
coletivo e dialógico.

A escola em seu contexto cotidiano deve


39
implementar ações que visem um futuro
sustentável, por meio de práticas do
exercício da cidadania, com respeito aos
direitos e diversidades humanas, além do
uso racional dos recursos disponíveis por
meio de práticas voltadas à redução do
desperdício de água, energia, materiais,

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Tecnologias Digitais vida, inclusive em questões não tangíveis
[...]” (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 32) e
está presente no cotidiano desde o início
É comum associarmos o termo tecnologia
da civilização, permitindo a partir de seu
aos aparatos modernos e eletrônicos, no
desenvolvimento compreender a cultura
entanto, como afirma Kenski (2007, p. 15),
e o processo histórico da humanidade.
“[...] as tecnologias são tão antigas quanto
a espécie humana”. Segundo a autora, é
40 o uso do raciocínio e os conhecimentos A tecnologia é, assim, um processo
colocados em prática que permitem contínuo através do qual a humanidade
ao homem inovar e criar diferentes molda, modifica e gera a sua qualidade
equipamentos, recursos e processos, de vida. Há uma constante necessidade
originando, assim, as tecnologias. do ser humano de criar, a sua capacidade
de interagir com a natureza, produzindo
Conforme pontua Gomes (2013), os usos instrumentos desde os mais primitivos
que os homens fazem das tecnologias até os mais modernos, utilizando-se de
em diferentes épocas influenciam (e um conhecimento científico para aplicar
são influenciados) na (e pela) economia, a técnica e modificar, melhorar, aprimorar
política, trabalho, cultura e vice-versa. Há os produtos oriundos do processo de
interação deste com a natureza e com os
um processo de recursividade pelo qual
demais seres humanos.
a tecnologia, que é produto do conjunto
da sociedade, modifica-se, aperfeiçoa- A tecnologia pressupõe em primeiro lugar
-se, altera-se por meio da apropriação um agente para que esta aconteça, assim,
e da incorporação do uso desta pela como a máquina não possui vida própria,
sociedade. Nas palavras de Morin (2014, necessitando sempre do ser humano
para gerenciá-la, se a entendemos como
p. 95), em um processo recursivo “[...] os
uma ciência pressupomos que exige
produtos e os efeitos são, eles mesmos,
produção científica, esta produção só
produtores e causadores daquilo que os
pode acontecer num ambiente produtivo;
produz.”
num ambiente de trabalho e que, por sua
vez, só pode ter vida com a presença do
É necessário, então, rompermos com a
ser humano; é ele quem cria as teorias
ideia reducionista de tecnologia. Esta
que resultam em ciência, dentro de um
constatação vem sendo empregada há ambiente de produção, é o principal ator
algum tempo por pesquisadores, pois a da tecnologia. (BUENO, 1999, p. 87-88).
tecnologia “[...] vai muito além de meros
equipamentos, ela permeia toda a nossa

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Para criar qualquer equipamento e/ou A cibercultura se caracteriza pelo conjunto
solução tecnológica, há necessidade de de técnicas materiais e intelectuais,
pesquisar, planejar, elaborar, criar, aplicar práticas sociais, atitudes, pensamentos e
e desenvolver conhecimento, sendo esse valores que se desenvolvem juntamente
processo chamado de tecnologia.Na com o crescimento das redes digitais onde
sociedade atual, as Tecnologias Digitais transitam a informação, denominadas de
de Informação e Comunicação (TDICs) ciberespaço, promovendo a mobilização
estão cada vez mais presentes no dia social e a democratização do acesso à
a dia das pessoas; o acesso ao campo informação. (LÉVY, 2010; LEMOS, 2013).
das tecnologias digitais, bem como seu
uso implica em novas possibilidades de Vivemos em tempos de conectividade,
acesso à informação e ao conhecimento, de interação e compartilhamento. Ter
repercutindo também no processo de acesso às tecnologias no ambiente
ensino-aprendizagem. Para Kenski (2003, escolar é condição principal para que
p. 91), “[...] estamos vivenciando um possamos promover a sensibilização
momento de transição social que reflete dos profissionais quanto ao uso desses
em mudanças significativas na forma de recursos em sala de aula, pois, o contexto
pensar e de fazer educação.” da sociedade atual requer novas maneiras
de ensinar, aprender e desenvolver o
Na compreensão de Assmann (2005), currículo; e em um mundo cada vez mais
diferentemente das tecnologias globalizado, utilizar as tecnologias digitais
tradicionais (lápis, papel, quadro de giz, é uma maneira de nos aproximarmos da
retroprojetor, etc.), as tecnologias digitais geração que está em nossas escolas.
(computador, internet, tablet, smartphone,
lousa digital, etc.) integram diversas mídias No entanto, a inserção das tecnologias
e podem contribuir para a ampliação do na educação, por si só, não garante
potencial cognitivo do homem. As grandes mudanças significativas na educação.
41
transformações culturais vivenciadas pela Faz-se necessário rever a forma como
sociedade, em decorrência do avanço e entendemos o processo de ensino-
utilização das tecnologias digitais, estão aprendizagem das crianças, dos(as)
influenciando de maneira significativa jovens, adultos e idosos de hoje em dia;
o modo de vida das pessoas, fazendo as concepções sobre currículo; o papel
surgir uma nova configuração cultural, da avaliação; os espaços educativos e a
denominada de cibercultura. gestão escolar.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Na Rede Municipal de Ensino (RME) momentos de reflexão, estudo e formação
de Curitiba, defendemos a utilização continuada, que abordem de maneira
das tecnologias digitais articulada aos articulada as tecnologias aos componentes
encaminhamentos da aula, de maneira curriculares, a fim de que possamos ter
integrada aos conteúdos curriculares da as TDICs como aliadas ao processo de
Educação Infantil, anos iniciais e finais ensino-aprendizagem, sabendo explorar
do Ensino Fundamental, da Educação tais recursos em suas potencialidades e
42 Especial e da Educação de Jovens e ao mesmo tempo proporcionando aos(às)
Adultos (EJA). Não podemos pensar o educandos(as) um ensino diferenciado,
seu uso de maneira descontextualizada, de qualidade e em consonância com a
ou ainda, como um momento à parte dos sociedade e cultura atuais.
demais encaminhamentos educativos.

Trabalhamos em uma perspectiva


de integração e apropriação das
tecnologias digitais às atividades didático-
-pedagógicas, em ações que promovam
encaminhamentos metodológicos mais
dinâmicos, os quais também precisam
estar em consonância com o Projeto
Político-Pedagógico de cada unidade
educacional.

A escola, enquanto espaço de construção


e socialização do saber historicamente
construído, tem como uma de suas
funções a integração das TDIC à prática
pedagógica, fazendo uso de recursos
que possam contribuir para o processo de
ensino-aprendizagem, refletindo acerca
do porquê, quando e como utilizá-las.

Nessa perspectiva, é importante que nós,


sujeitos da educação, participemos de

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


Áreas do Conhecimento à condição de participar das
mais diversas práticas sociais
permeadas pela escrita [...]
Área de Linguagens
(BRASIL, sem ano, p. 29).

A área de Linguagens compreende os


A abordagem dos componentes
seguintes componentes curriculares:
curriculares nessa área do conhecimento
Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
deve compreender, segundo a BNC,
Moderna, Arte e Educação Física. A
o trabalho com as práticas linguísticas,
linguagem, “concebida como forma de
artísticas e culturais. Considerando
ação e interação no mundo e como
sempre o caráter de construção histórica
processo de construção de sentidos, o
humana.
elo integrador da área.” (BRASIL, sem
ano, p. 29). Em relação à Educação em
Área de Matemática
Tempo Integral, também compõe essa
área as Práticas de Acompanhamento O componente curricular tratado nessa
Pedagógico, as Práticas Artísticas e
área do conhecimento é a matemática.
as Práticas de Movimento e Iniciação
Entendida como elemento fundamental
Esportiva.
para o exercício da cidadania. Partindo
dos conhecimentos prévios do(da)
É entendida como articuladora das
linguagens: verbal, musical, visual e educando(a), contextualizando as situações
corporal. Tratando diretamente da de resolução de problemas, considerando
aprendizagem da escrita: sempre a associação física com a abstrata
da matemática. Compreendendo que os
conceitos em matemática se relacionam
[...] que envolve a alfabetização,
e se complementam, num processo de
entendida como compreensão
ampliação do conhecimento que se 43
do sistema de escrita alfabético-
dá ao longo da Educação Básica. Em
ortográfico, e o domínio
relação à Educação em Tempo Integral,
progressivo das convenções
também compõe esta área as Práticas de
da escrita, para ler e produzir
Acompanhamento Pedagógico.
textos em diferentes situações
de comunicação. A tarefa do
letramento, que diz respeito Um currículo, na área de
Matemática, dialogando com

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


todas as áreas, precisa garantir sobre o conhecimento científico
o direito à compreensão das pertinente em diferentes
ideias abrangentes que articulam tempos, espaços e sentidos;
conhecimentos específicos; ao a alfabetização e o letramento
desenvolvimento do pensamento científicos; a compreensão de
analítico e à interpretação de como a ciência se constituiu
problemas, criação de suas historicamente e a que ela se
44 próprias estratégias de resolução destina; a compreensão de
e produção de situações questões culturais, sociais,
desafiadoras (BRASIL, sem ano, éticas e ambientais, associadas
p. 137). ao uso das tecnologias (BRASIL,
sem ano, p. 166).

Área de Ciências da Natureza


Área de Ciências Humanas

Aqui tratamos do componente curricular


Nessa área do conhecimento, estão
de Ciências. Entendendo sua composição
contemplados os seguintes componentes
do conhecimento conceitual, da
curriculares: História, Geografia e Ensino
contextualização histórica, das práticas
Religioso. Em relação à Educação em
de experimentação e investigação
Tempo Integral, também compõe esta
e da linguagem própria da área de
área as Práticas de Educação Ambiental,
conhecimento. Em relação à Educação
sendo trabalhada ao longo do Ensino
em Tempo Integral, também compõe esta Fundamental, com práticas de leitura,
área as Práticas de Ciência e Tecnologias. diálogos e registros:

O ensino de Ciências: [...] nos componentes curriculares


Geografia, História e Ensino
Religioso, em ações integradas
[...] tem compromisso com
com os demais componentes e
uma formação que prepare áreas, contribuem com processos
o sujeito para interagir e diversos de letramento, de
desenvolvimento das linguagens
atuar em ambientes diversos,
e de raciocínios matemáticos,
considerando uma dimensão sistematizando percepções de
planetária, uma formação que espaços em diferentes tempos
históricos e escalas geográficas,
possa promover a compreensão

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


ampliando o entendimento sobre
pessoas, culturas e grupos
REFERÊNCIAS
sociais em relações de produção, AFONSO, A. J. Avaliar a escola e a gestão
de poder e de transformação de escolar: elementos para uma reflexão
si mesmas e do mundo (BRASIL,
crítica. In: ESTEBAN, M. T. (Org.). Escola,
sem ano, p. 258).
currículo e avaliação. 2. ed., São Paulo:
A área de Ciências Humanas deve Cortez, 2005. (Série cultura, memória e
ser trabalhada por meio de práticas currículo; v. 5).
integradoras com as áreas de Linguagens,
ASSMANN, H. A metamorfose do
da Matemática e das Ciências da Natureza
aprender na sociedade do conhecimento.
In: ASSMANN, H. (Org.). Redes digitais e
metamorfose do aprender. Petrópolis:
Vozes, 2005.

BRASIL. Constituição da República


Federativa do Brasil de 1988. Brasília,
1988.

BRASIL. Ministério da Educação.


Diretrizes curriculares nacionais gerais
da educação básica. Brasília: MEC, SEB,
DICEI, 2013. 562 p.

BRASIL. Ministério da Educação – Política


Nacional da Educação Especial na
perspectiva da Educação. Brasília: MEC/
SEESP, 2008.
45
_____. Política Nacional de Educação
Ambiental. Lei n. 9.795/99. Brasilia: MMA,
2009.

_____. Lei n. 11.525, de 25 de setembro


de 2007. Diário Oficial de 26 de setembro
de 2007.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


_____. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro _____._____. Caderno da semana de
de 1996. Diário Oficial da União de 23 de estudos pedagógicos. Curitiba, 2014.
dezembro de 1996.
_____._____.Caderno da semana de
BRITO, G. da S.; PURIFICAÇÃO, I. da. estudos pedagógicos. Curitiba, 2015.
Educação e novas tecnologias: um
repensar. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2008. CURY. C. J. Direito à educação: direito à
igualdade, direito à diferença. Cadernos
46
BUENO, N. de L. O desafio da formação de Pesquisa n. 116, p. 245-262, jul./2002.
do educador para o ensino fundamental
no contexto da educação tecnológica. FERNANDES, C. de O.; FREITAS, L. C. de.
Dissertação de Mestrado, PPGTE – CEFET/ Currículo e Avaliação. In: BEAUCHAMP, J.;
PR, Curitiba, 1999. PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do (Org.).
Indagações sobre Currículo. Brasília:
COELHO, L. M. C.; MARQUES, L.; BRANCO, Ministério da Educação, Secretaria de
V. Políticas públicas municipais de Educação Básica, 2008.
educação integral e(m) tempo ampliado:
quando a escola faz a diferença. Ensaio: FORNEIRO, L. I. A organização dos espaços
Aval. Pol. Publ. Educ, Rio de Janeiro, v. 22, na educação infantil. In: ZABALZA, M. A.
n. 83, p. 355-378, abr./jun. 2014. Qualidade em educação Infantil. Porto
Alegre: Artmed, 1998.
CURITIBA. Protocolo da rede de proteção
à criança e ao adolescente em situação FREITAS, H. C. L. de. Avaliação
de risco para a violência. Curitiba, 2008. educacional: caminhando pela contramão.
São Paulo: Vozes, 2009
_____.Secretaria Municipal da Educação.
Caderno pedagógico: subsídios à GOMES, F. C. Projeto Um Computador
organização do trabalho pedagógico nas por Aluno em Araucária – UCAA:
escolas da Rede Municipal de Ensino de investigando a prática dos professores.
Curitiba. Curitiba, 2012. Dissertação (Mestrado em Educação)
– Programa de Pós-Graduação em
_____._____. Diretrizes curriculares Educação, Universidade Federal do
para a educação de jovens e adultos. Paraná, Curitiba, 2013. 147 p.
Curitiba, 2012.

Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o TERIGI, F. Curriculum; itinerários para
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Currículo do Ensino Fundamental – Princípios e fundamentos


FICHA TÉCNICA Regiane Laura Loureiro
Mary Natsue Ogawa
Departamento de Ensino Fundamental Marizete Santana dos Santos
Leticia Mara de Meira

Participação
ORGANIZAÇÃO Adanairi Baumel de Andrade Massa
Juciele Gemin Loeper Adriana de Barrios Secco
Adriana dos Santos Soppa
Adriane Paolim de Oliveira
Adrianne Bassani
VOLUME I
Alessandra Aparecida Pereira Chaves
GESTÃO ESCOLAR
Aline Mendes Sankari
Elaboração
Marilene Zampiri Ana Cristina Medeiros dos Santos

Fernanda de Oliveira Henriques Pacheco Ana Lucia M. Archr

Jociane de Fátima Burda Ana Lucia Zimmerman Felchner

Jokasta Pires Vieira Ferraz Ana Maria Bastian Machado

Luizene Coimbra Cruzzulini Wizemberg Ana Maria Holtman

Maria de Lourdes do Prado Krüger D’almeida Ana Renata Burda Tosta

Renata Riva Finatti Andréa Garcia Furtado


Andrea Maria Wille

ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA Andréa Regina de Vargas

Elaboração Andréia Daniele Sontak


Andresa Cristina Pisa Andressa Alessi
Andréa Garcia Furtado Andressa de A. Rodrigues Farias
Adriana de Barrios Secco Andressa Valentim Américo
Ana Paula Morva Angélica Auxiliadora Luiz de Mattos
Cristhyane Ramos Haddad Angelita das Chagas Batista
Auda Aparecida de Ramos Danielle Gamba Guergoleto
Avelaine do Rocio M. Fonseca Debora Cristina Leal da Silva
Bianca F. B. O. Espíndola Débora de Fátima Laibida
Bianca Rossoni Magatão Denilsen Bonfim Vieira
Bruna Lima do Rosário Denise Aparecida Dias Cichon
Camila Cristina Nascimento Denise Bechtloff dos Santos
Camila Y. F. Cersete Denise da Silva Lipinski Godoi
Camile Schuwisnki Dilzeli Dantas Ramos
Carmen Aparecida Tomaz Dal’ Cortivo Dominga Carvalho
Caroline Thauny de Souza Edilamar Bernardi Pires
Cintia Beatriz Coraiola Edivania dos Santos
Clarisnéia de Fátima Schilipack Edneia Aparecida Dias
Claudia Albertini dos Santos Edneia Machado Adorno
Cláudia Brock Lamaur Elaine Aparecida Seneki
Claudia Manfron de Oliveira Elaine Cristina C. de Lima
Cleide Aparecida Floriano Leal Elaine de Paula Oliveira
Cleonira Ap. Falcão Frizzas Elaine Graf
Consuelo Dias Ramos Elaine Levandoski
Cristiane Célia Bora Siroka Elenice Müller Hassel
Cristiane Marques de Souza Eliane Hultgrem Curi
Cristiane Oliveira A. S. Souza Eliane Molina
Cristina Rolim Eline de Melo Barbosa
Dagmar Borges M. de Araujo Elisabete Schneider de Oliveira
Dainela Rocha Valenza Elisabete Xavier Saldanha
Daisy Solange Schen Elisiane Santana Falkowski
Daniele de França Elza Maria Griz
Danielle Cristina Moreira Passos Emilia França Schwitzner
Érika Leoni Joana Darc Busmayer Ribeiro
Estela Endlich Jordana de Souza Alves
Everlim Klostermann de Lima Jorge Paulo
Ezilda Kloda Wzorek Josiane Kleves Caetano Gonçalves
Fabíula Gois Concatto de Oliveira Josiane Silva de Souza Mayer de Avila
Felipe Almeida Mendes Josseane Aparecida Gabriel Scheidweiller
Fernanda Bachini de Oliveira Júlia Assis
Fernanda de Oliveira Henriques Juliana de Fátima Apolinário de Lima
Fernanda Thiesen Monteiro Cândido Juliana de Jesus Baldo
Flavia Gasparin Juliana Elissa da Rocha Escorsin
Gerbina Maria dos Santos Balsa Juliana P. Fraco de Oliveira
Gisele Machado Domanski Juliana Trevisan Roussenq
Giselle Troya Saes Muller Jussimara R. de Almeida
Graciele Lehnen Bijega Justina Inez Matielo D’Aquino
Helyn Joseli Mendes Karin Cristina Galvan da Silva
Ikarla Cristina Lustosa Plotrowski Karina Falavinha
Ildamara Ignachewski Keli Casagrande
Ilmaq Ap. Antosievicz Kellen Adriane da Silva P. de Lima
Ilze Maria Coelho Machado Kelly Cristine Placha Stival
Itanalei Ramison Kelly Regina Camargo dos Santos
Jacione Luzia Klodzinski Lopes Kellye Fatima Fabris Alves
Janaina Rocha dos Santos Laforce Klecia Smaka Barbosa
Janete Ticholski Larissa Hanae A. Mitsuuchi
Janette Selhorst Larissa Mazzaron
Jaqueline S. O. Nagel Lauriana M. Ribeiro
Jeanny Rose Oliveira Laurineide Nocogeshi da Silva
Jessica Daiane da Silva Leonete de Souza Toledo de Lima
Leticia Morais Milarski Maria Odete Brito Ferreira
Lia Regina I. Rodrigues Maria Sonia P. Carvalho
Lilian Fedrigo Maria Tereza Carneiro Soares
Lorelai Geni Amaral Monteiro Maridalva de Oliveira
Lucia Carsten da Silva Marilete T. Marqueti
Lucia Helena Xavier Marion Dal Col
Luciana Maria dos Santos Weber Maristela Okoinski
Luciane Souza de Deus Lima Mariza Alves da Costa Ramella
Luciani de Sousa Amaral dos Santos Marlene Junges Lanferdini
Lucimara Aparecida da Luz Buiar Marlene Thomazini Gomes da Silva
Ludmila Caroline de Oliveira Marli Aparecida Queiroz
Luisa Cardoso Mendes Marli da Silva Roza
Macia Regina Moreira Lemes Roza Marseli Nunes de Castro Silva
Magali Ribinski Kraemer Marta Ferreira Pinto
Mara Elianai de Lima Mamédio Marta Pereira Felipe
Marcela Alves Bomfim Mary da Silva Baki
Marcia Alessandra F. de Almeida Mary Lúcia Medeiros Baldança
Marcia Cristina Martins da Silva Michely Regina da Silva Zavatini
Marcia da Silveira Inglat Monique Paola Wandembruck
Marcia Henrique Borges Myriam D. V. Silva
Marcia Regina Gonçalves Santos Nancy G. Brito
Marcia Rosana Zanon Albini Neusa Aparecida Radck
Marcilene Botelho Ribeiro Noemi Mesquita Ramos
Maria Amélia Santos Araújo Patrícia Contador
Maria Aparecida Cardoso Gonçalves Patrícia Del Anhol da Silveira Padilha
Maria Cabreira da Luz Patrícia Pereira do Nascimento
Maria Lucimária Bares Bodziak Poliana de Araujo Rodrigues
Priscila B. Bruhn de Mello Teresinha Uaska
Priscila Correia Costa Thainá Pires
Priscila Meirelles Brandt Ticiana Yuri Matsushita
Raquel Franco Sprenger Ugenia Vianna Picone
Rebecca Silva Temperly Rapachi Ursulina Silva Costa
Regina Célia P. Plauzino Vanessa Aparecida Bertoldi Malheiros
Regina Slowik Trevisani Vanessa Carias de Souza Fontana
Renata Woeller Vera Cristina Gouveia Malheiros
Rita de Cassia Gomes Waldrigues Vera Lucia Bandeira
Rosangela Gasparim Vera Lucia Jarenko da Cruz
Rosemeyre Schelbauer Vera Lúcia Santana de Aguiar
Rubiana do Nascimento Veridiana de Araújo Greboge
Ruth de Cácia Carvalho Ries Wlasta Maria Curi Staben de Moura Leite
Sandra Jucélia Rosa Ávila Ziloah Solange O. Voitovicz
Sheila Christine Minatti
Silmara Loss da Veiga EDUCAÇÃO INTEGRAL
Silvana Essig Schweitzer Elaboração
Silvia O. Schmidt Adriane de Fátima Seretnei Farion

Simone Cristina Soares Ana Cristina Figueiredo dos Reis

Soeli Terezinha Dalmolin Emilia devantel Hercules

Solange Lopes Garbo Josilene de Oliveira Fonseca

Sonia Mara Fertonani Karina Lúcia de Freitas Vassoler

Sonia Maria Petri Kelly Dayane Aguiar

Stefany Rocha Lachowski Narali Marques da Silva

Sueli Martins Castro Nascimento Nayara Gonçalves de Souza

Susan Camarotte da Silva Sandra Mara Castro dos Santos

Tania Regina Silva Nicoleli Participação


Rosilene Isabele Netzel Eli Francisca Coelho
Ana Paula da Silva Elisangela Walesco Cinque
Cintia Bueno Carneiro Izolde Maria Pinto Deschermayer
Cléia Maria dos Santos Cordeiro Jorge Paulo dos Santos
Edna Maria da Silva Leize Meri Teixeira
Eveline de Oliveira Liane Aparecida Szpak
Fabiula de Oliveira Gavelik Ligia Lorena Ormianin Krainski
Francyelle Nascimento Marcia Teles de Queiróz
Irací Xavier da Costa Teixeira Maria Cecilia Santos Araujo Colatusso
Keity Rosario de Lima Sikora Maria Cristiane Zem Negrelle
Leidimar Cotrim Wosniak Maura Yales Tenório Magalhães Andrade
Lucimari Muller Michele do Rocio Bim
Regina Lopes Richter Neuracir de Souza Pereira
Rosangela Gasparim Olga Mikuska
Rosangela Maria de Oliveira Alves Regianni Maria Rosa Pereira
Rosemeri Ferreira Prestes dos Santos Regina Fatima da Silva de Freitas
Sandrea da Silva Gomes Silvia Andréia Meirelles Zanquettin
Simone Aparecida Zamlorenzi Thalita Cavalheiro
Solange Fior Simone Elga Cordeiro
Vera Lúcia Fófano Chudzij Andreia Santos Dolenga
Francisca Oliveira Brito Alves Aline Maria Portella
Edineia Scares Brandão Celiria R. S. Robatini
Lilian Roberto Rosa Sara Maria Albono
Ariane Scapirini Beatriz Back
Eliane A. Trojan Butenas Rosane Bilve Mattes
Claudete Rompato Iris S. Silva
Dirlene dos Santos Lemos Marines Wavrita de Oliveira
Debora Marçou Vargem Elza A. Kulesza Walter
Luciene Veiga Rolide Elizabete de Fatima Santana
Eliane Regina Titon Hotz Jussara Cordeiro Vieira
Carmen Lucia Ferreira Alves Gobi Ana Paula Sales Galdino
Alaiucelene Pereira França Claudia Regina Forti
Andrea Cassia P. Velho Cynthia Danielle Costa
Andrea Marcovcz Mendes Batista Cynthia Valeria Gomes Rosa
Andreia Aparecida Ferreira de Paula Elaine Ribeiro Seidel
Andressa Spake Lima Eledina Cavalheiro
Antonia Fernanda Sousa Lopes
Catia Arend Francyelle Nascimento
Clarissa Beninca Berger Jessica Thalita Ramos L. Boagenski
Cristiane Marques de Sousa Josiane Précoma Miranda de Feitas
Denise Maria Bonvin Karla Dayane Neves da Silva
Edileusa da Silva Tibes Felipus Kelly Leonor dos Santos Toniolo
Elaine Cristina dos Santos Eidt Kovalski Liane Aparecida Szpak
Eronildes Elaine Chiquito do Brasil Mari Franquito Schimidt
Feliciana Dirce Bueno Maria Solange do Carmo
Gislaine Cristina de Oliveira Millene Camargo de Jesus
Ioná Regina Fonseca Alves Priscila Bastos Bruhn de Mello
Laura Camillo Mariano Costa Rafaela dos Santos Neves
Marcia Borges Esteves Raquel Bianca Souza
Silvana Bomfim Siqueira da Silva Simone Goudard Ceruti
Vanessa Scorsin Vera Lucia Monte Carmelo
Tatiana K. Lauro Zuleika Ribas Etzel
Camila M. Fracheta Cora Beatriz
Hilda Ribeiro Costa Dinis Aline de F. Martins
Emanuelle Milek Karina Evylin Xavier de Paula
Ana Caroline Kreis Baron Edirleia Gomes Ribeiro
Reni de F. Machado de Lima Carla Regina P. Geranozzo
Edileusa da S. Tibes Felipus Simone Maria Cumim
Elisabete Ricardo Alves Andreza V. do R. P. Magalhaes
Cleci Amanda Rodrigues A. Cordeiro Glaucia Rosa de Paula
Suely Chalegre Barbosa Elaine Levandosh
Elci Gebine Barbosa Adriana Alves
Camila Ferreira Gonçalves Andressa Lima Barros
Deise de F. Cunua Anna Marques Martins de Sousa
Neusa Maria Musial Krupa Cássia Pereira dos Santos
Anegreth Hille Meier Cintia Maria Ferreira Geglini
Eliane Canale Linero Daise Luciane de Lima Tonetti
Fabiane Isidoro Eliana da Graça Araújo Kalil
Francyelle Nascimento Eliane de Andrade Krueger
Maira Gisele Breda Carvalho Joelma Lourenço de Lima Bueno
Marcia Hernacki Adaltino Josiane Précoma Miranda de Feitas
Michele Rodrigues Zopelaro Karime Di Bernardo Birnbaum Campolim
Silvia Areas Parobocz Mari Franquito Schimidt
Solange Jaras Meiri Viviane Massalak
Susan Alessandra de Sousa Ferreira Sany Maria Lapcouski
Thayana Ribeiro da Cruz Silviana Marlize Pereszluha
Vanessa Tanner Gueno dos Santos Tânia Mara Pereira Schwening Cardozo
Jennyfer Schimanski Vera Lucia Monte Carmelo
Sueli Caraçço Barbieri Zélia Maria Scherner
Claudia Muniz Wojciechonski Zuleika Ribas Etzel
Silvana Pereira Dias Saskoski Kelly Cristina Polli
Genecy Novaes M. Guimar Joelma Aparecida de Souza
Patricia P. do Nacimento Jucileine Malosti
Denise Maria Rebonato Juliana Zeni Ostroski
Christiane Speranceta Franco Laudelina Kmiecik Gogola
Maria Cristina da Silva Divino Maria Eloisa Pires Ramos Jabur
Alessandra Izabele Tozin Perretto Maria Marlene de Souza Pereira
Jean Carvalho da Silva Nadia Miranda Rodrigues
Eugenia Maria Sobral Marques Neuracir de Souza Pereira
Miriam Ribeiro Batista Priscila Bastos Bruhn de Mello
Celia Anita Scorsin Mikosz Renata Lucas A. Mazuco
Antonio Carlos de Andrade Wille Rita de Cassia Almeida França
Vanessa Tanner Gueno dos Santos Rosane do Rocio Mocelin Prepichini
Rodrigo Angelo Dadolt Solange Jaras
Kelly Leonor dos Santos Toniolo Laiane Carvalho Gil Miranda
Elaine Smyl Marcelo Yudi Kimura
Beatris Rudolf Josiane Bello Motos
Branca Ester Oselame Possamai Larissa da Silva
Cristiane Alves Lecheta Joseli T. Thauny
Cristiane Bianchini Josiane Santana
Daniele Teixeira Zuchini Cristiane Ap. de Paula Pinto
Daríthia Genoveski Francieli R. B. Marques
Elisandra Cecilia Schwanka Bernardete Suonski
Elisiane Santana Falkowski Daniele M. Borges
Erica Luciana de Freitas Rubiana do Nascimento
Flavia Cristina Govatiski Jane Maria dos S. Santana
Flaviane Fialkowski Gonçalves Janaina C. P. Franzini
Geni Vitorino Canha Noeme R. Franco
Angela Maria Assolari dos Reis Lindamara de Fatima Mazetto
Cristiane Aparecida de Paula Pinto Pricila B. Bruhn de Milho
Elisangela Walesco Cinque Avelaine do Rocio M. Pereira
Erica Luciana de Freitas Branca Ester Osebme Passomai
Geovana da Cruz Maria Eloisa Pires R. Jabor
Janaina Frantz Boschilia Claudia Lanzulo Perez
Joelma Aparecida de Souza Silvia Teresa Correia Pacco
Katia Garcia de Souza Nunes Debora Suzin Hainoski
Keila Nogatz Fernanda Scaciota Simoes da Silva
Ligia dos Santos Biato Joseneide Feldhaus
Lisiane Fernandes da Silveira Ireneia C. da Silva Deveros
Luciana Guebur Koslovski de Oliveira Lucineia Rosana Lopes
Marcio de Fátimo Tomaz Ana Maria Valenga
Neuracir de Souza Pereira Ana Paula Dallagassa Rossetin
Regina Celi Ceschin Ferreira Andréa Moreira Silva
Rita de Cassia Araujo de Oliveira Barbara Cristina Esmanhotto
Roberta Abrantes Gitti Cristiane Bianchini
Rosangela Maria de Oliveira Alves Cristiane Costa Tucunduva
Silvana Cordeiro de Mello Danielle Veginia Lisboa Ramires
Sueli Maria Alves de Bastos Fernanda Corduva Bicudo
Terezinha da Conceição Rocha Glaucia Rosa de Paula
Vânia Cristina F. Toledo Lidia Maria Chaves Garcia
Eliane A. Butenas Márcia Cristina Silveira Debastiani
Lilian Dalcol Michely Regina da Silva Zavatini
Ana Luiza Guimaraes Gorski Otilia Spacki da Silva
Cynthia Rodrigues Ferreira Sandra Regina Dalla Stella
Viviane Mara de S. Hoffmonn Silvana Della Torre
Silvia Aparecida da Rocha Sonvezzo Suyan Ayala de Oliveira E. Souza
Simone Aparecida de Oliveira Lopes dos Santos Valderes de Lazari
Solange Daufembach Esser Pauluk Andrea Nunes Gonçalves Della Bianca
Suelen Techi Gabardo dos Santos Claudia Aparecida de O. Martins
Viviane Fernandes Machado Luciana Jungles Corrêa
Marli Marks Luciana do Rocio Holm Ribeiro
Cristiane P. Viena Macedo Cleonice Aparecida M. Faveri
Iva Maria Alves Ribeiro Ana Maria Baztian Machado
Nivia Pytlowanciw de Paula Ana Lucia Machado Archer
Keli Zair Correia
Karla Roberta da Rocha
NÚCLEOS REGIONAIS DA EDUCAÇÃO
Deborah do R. Quadros Cordeiro Solange de Fátima Sant’ Ana
Lucilene Lucca Luciani Bernadete Kurek
Suzy C. O. S. Santos Luciane de Carvalho
Mirtes Sora Dalpizzol Zuliane Keli Basto
Angelita Cachel Laura Maria Carbonera
Andressa Priscila Chiquiti Palotino Andrea Cassia Pires Velho
Angela Maria Vieira Elisandra Cecília Schwanka
Anna Fabia Lisboa Karin Cristina Santos
Cintia Maria Honorio Caroline Thauny de Souza
Josimara Mateus Elaine Levandoski
Luzilete Falavinha Ramos Fernanda Karina Fand
Maria Cristina Elias Esper Stival Maria do Carmo Schellin
Marli Marks Patrícia Pereira do Nascimento
Nivia Pytlowanciw de Paula Andreza do Rocio Pereira M. Mendes
Patricia Franco Grillo Erika Christina Lima Pereira Motta
Renata Patricia F. Perazolo Fernanda Zimmermann
Patrícia do Rocio Merlin Simone Rocha Spizewski
Solange Tiemi T. Pimentel Machado Sueli Caraçço Barbieri
Teresinha da Silva Medeiros Sumaia de Almeida Moura Guimarães
Edilamar Inês Bernardi Pires Tassia Taiana da Silva
Sandra Traiano Thalita Folmann da Silva
Talitha de Freitas Aguiar E. Clemente Vanessa Kopp Arantes Agria de Carvalho
Tania Mara Vitaczik Campanucci Viviane do Rocio Barbosa
Rosangela Gasparim
Silvia Andreia Meirelles Zanquettin EDUCAÇÃO INTEGRADA
Adriana Rodrigues da Rocha Santos Elaboração
Alaiucelene Pereira França
Ana Lucia Maichak de Gois Santos
Alessandra Leal Sieno
Ana Paula Franco Miccelli
Álvaro Nogueira Olendzki
Ana Paula Dallagassa Rossetin
Ana Luiza Guimarães Gorski
Angela Cristina Piotto
Carolina Petruy
Cristiane Antunes Stein
Eliane Aparecida Trojan Butenas
Daniela Cristina Pereira Nogueira
Elaine Beatriz de Oliveira Smyl
Danielle Verginia Lisboa Ramires
Eliane Regina Titon
Edelise Maria Moreira da Silva
Hilda Ribeiro da Costa Diniz
Hilane Cristina Torres Passos Mendes
Josiane Bello de Matos
Janaína Velleda Lopes
Lilian Dalcol
Juliana de Cássia Ferreira da Silva Vieira
Luciene Veiga Rohde
Juliana Vicente Mariano Luchtenberg
Luiz Sávio Monteiro de Almeida
Karin Hemann Horn
Marcelo Padilha de Lima
Lidiane Conceição Monferino
Marcelo Yudi Kimura
Roseli Aparecida Honório Bueno Barbaresco
Neusa Maria Musial Krupa
Sandra Mara Piotto
Silmara Campese Cezário
Selma Rosana Buzeti
Karina Reis Kos
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Marilete Terezinha Marqueti
Elaboração Rudimar Gomes Bertotti
Ciomara Amorelli Viriato da Silva
Scheilla Maria Orlosqui Cavalcante da Silva
Debora Queiroz
Taís Wojciechowski Santos
Edelis Fabiane Kruger
Talita Jacy Rasoto
Iara Batista Brenny
Ilza Maria da Costa Novacki
ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS
Isabel Nowacki de Loyola Elaboração
Júlio Edson Brum dos Santos Cecília Emília da Silva Pavelski
Juliana Claciane dos Santos Claudia Percinoto
Kathia Leal Cicarelli Neiva Vieira Edi Marise Barni
Luciane Lipmann - Assistente Pedagógica Elda Cristiane Bissi
Maria do Socorro Ferreira de Moraes Fabiana Neves
Patrícia Adriane Elias Pisani Jessane Cristina Pail Gonçalves
Sheila Christine Minatt Letícia Felipe Nunes
Liliamar Hoça
Departamento de Tecnologia e Difusão Marcia Regina Walter
Educacional Marseli Nunes de Carvalho Silva
Marlon Misael Terres Sueli Maria Tobias
Vera Lúcia de Oliveira
TECNOLOGIAS DIGITAIS Viviane Pereira Maito
Elaboração
Aline Alvares Machado
ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES
Andressa Pires
ESPECIAIS, EDUCAÇÃO DE JOVENS E
Denise Bechtloff dos Santos ADULTOS E TEMAS INTEGRADORES
Erik Janson Madlener de Lima Participação
Fabrícia Cristina Gomes Marilete Terezinha Marqueti
Fabrícia Cristina Gomes Patricia Zeni de Sá
Lenara Fernanda Feix Portela Sonia Maria Petri
Iara Batista Brenny Leticia Felipe Nunes
Elda Cristiane Bissi Silvana Beraldo
Jociane de Fátima Burda Maria Luiza Cardoso
Lucia Helena Xavier Valéria H. C. Barros
Ilza Maria da Costa Novacki Celia Regina de Assis Gulisz
Elaine Cristina Faria Marins Sandra Prade Andreatta
Elisandra Cecilia Schwanka Giovana de Figueiró Patussi
Fabiane Isidoro Marcia Henrique Bexerra Borges
Eveline de Oliveira Juliana Escorsin
Karin Bárbara Neumann Rolim Fabiana Neves Bertolin
Elaine Cristina Faria Marins Marseli Nunes de Castro Silva
Leda A. Klenk Erik Jason
Marcela Alves Bomfim Thais Pereira
Luizene Coimbra Cruzzulini Wizenberg Andressa X. Marque
Marcia Regina Walter Rudimar Gomes Bertotti
Isabel Nowachi de Loyola Ana Rita de Paula
Claudia A. Pianaro Falco Cecilia Przybysewski
Carla Maria do Valle Ramos Viviane Pereira Maito
Andressa Pires Erik Jason
Scheilla Maria O. C. da Silva Fernanda C. Castanheiro
Priscila Correia Costa Mariane Tonolli
Sheila Christine Minatti Andrea R. Meira
Isabel Nowacki de Loyola Beatriz Rudolf
Angélica A. Luiz de Mattos Fátima D. de Angela Corrêa
Edi Marise Barni
Taís Wojciechowski Santos Carolina D. de Mattos
Denise Bechtloff Santos Anelise Ramos Chrminski
Katia Burgel Ortmayer Eliane Sanchez
Maria de Fátima Barbosa Galdino Silva Leticia Felipe Nunes
Maria Alice de M. M. Cassol Tálita Jacy Rasoto
Erica dos Santos Ribas Marilete T. Marqueti
Eronice F. Lima Isabel Nowacki de Loyola
Maria Gloss Mayla Eloize de F. Monclaro
Danieli Rveda Kroich Elaine C. C. Xavier de Jesus
Suyan Ayla de O. E. Souza Rosiane L. de O. Silva
Denise Maria Grocholski Hélida C. Bittencourt
Debora L. R. Durigan Mariliza S. Portela
Terezinha de O. Verchai Faria Maria Geonice H. Piekarski
Sonia Castilho Palmeira Iolanda L. Porto
Rosangela S. Maschio Leal Eunice Muller de Souza
Ana Maria Bastian Machado Juliana Gruber
Rubiana do Nascimento Rosangela M. de Castro
Indiamara C. S. Temperly Tamara Teixeira
Sirlei Aparecida Bueno de Deus Bernadete B. Aguirre
Marcia Aparecida da Silva Gisele R. Kussek
Terezinha Sokoloski Silva Claudia Lopes da Silva
Maria Marcia Garcezd. Pilati Patricia Estevam de Andrade
Fabiana Thomé da Cruz Denise Gomes Saldanha
Fabiana Cunha de Castro Cláudia Percinoto
Jokasta Pires Vieira Ferraz Fabrícia Cristina Gomes
Isabel Nowacki de Loyola Tálita Jaci Rasoto
Estella Garmater Leandro Iara Batista Brenny
Patricia A. Elias Pisani Maria Lídia Cruz
Luciane Lippmann Franciane T. Picheth
Cristiane Nabosne Idiana Faversani Delanhese
Cecilia Emilia da Silva Pavelski Renilce do Rocio Stival Vendramin
Elizabeth Flemming Doris Elisa Silveira
Roseli R. P. Ceschin Roseli A. R. S. Oliveira
Claresni F. Camargo Salete do R. P. Oliveira
Andreia Aparecida de Moura Giovana Vivian da Silveira
Marcela Eveline Roden Dircéa do Rocio Camargo
Regiane Dias de Souza Karine da C. C. de Lima
Leticia Aguiar dos A. Braz Giordana C. Bertoldo Martins
Marilia K. Azevedo Tálita J. Rasoto
Soryane Regina da S. Pereira
Carla M. Kais da Rocha Execução do Projeto
Claudia Nunes Departamento de Tecnologia e Difusão
Educacional
Josiane R. Lima Bonat
Marlon Misael Terrres
Karla Estefânia Maziero Jakieniv
Valéria Kawlatkowski Gerência de Apoio Gráfico
Maria Martins dos Santos Lilian Fernanda de Christo
Cristina de Fátima Macedo Mello
Criação de Capa e Projeto Gráfico
Edna F. B. Amorim
Ana Claudia Andrade de Proença
Josiane do Rocio V. Sieklicki
Marseli Nunes de Castro Silva Diagramação
Keila R. R. Lima Ana Claudia Andrade de Proença
Rosangela S. Passoni Anna Christina Tucunduva Mattana
Marcia Hampe Mafra Drieli Costa Lopes
Marilda Inês Miola Zinher Heloá Michelin
João Álvaro Flesses
Katherine Kaizu
Luís Panayotis Flesses

Revisão de Língua Portuguesa


Rosângela Carla Pavão Pereira

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