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Curso de

PAISAGISMO

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos
na Bibliografia Consultada.
MÓDULO II

1 – A VEGETAÇÃO
1.1 – Componentes vegetais
1.2 – Noções básicas de botânica
1.2.1 – Taxonomia
1.2.2 – Flores
1.2.2.1 – Formação do óvulo
1.2.2.2 – Tipos de óvulo
1.2.2.3 – Tipos de flores
1.2.2.4 – Diagrama floral
1.2.2.5 – Fórmula floral
1.2.3 – Folhas
1.2.3.1 – Folhas simples e compostas
1.2.3.2 – Folha completa
1.2.3.3 – Tipos de folha
1.2.3.4 – Heterofilia
1.2.3.5 – Folhas modificadas
1.2.3.6 – Anatomia das folhas
1.2.4 – Caule
1.2.4.1 – Caules aéreos
1.2.4.2 – Caules subterrâneos
1.2.4.3 – Caules aquáticos
1.3 – Plantas usadas em paisagismo
1.3.1 – As herbáceas
1.3.2 – As arbustivas
1.3.3 – As árvores
1.3.4 – As palmeiras
1.4 – Plantas ornamentais tóxicas

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1.5 – Vegetação de interiores
1.6 – Frutíferos temperos e ervas medicinais.
1.7 – Vasos e jardineiras

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A vegetação
Embora nosso ponto de referência seja a vegetação, considera-se sempre
que ela se apresenta associada a outros elementos naturais (solos, rochas e água) e
processados (edificações, muros, muretas, pavimentos, pontes, etc.), na
organização da paisagem.
A natureza, na sua simplicidade, emprega somente quatro elementos na
composição de seus cenários: o terreno, as vegetações, a água e as rochas. O
homem introduziu um quinto: as edificações. A beleza e o caráter de uma paisagem
dependem, portanto, das variações dadas nas formas, nas dimensões, nas cores e
nas posições desses elementos. “Não existem plantas feias. Existem plantas bem ou
mal aproveitadas, segundo as qualidades que melhor adaptem aos nossos
propósitos.”
A distribuição dos elementos vegetais, sua composição e seleção das
espécies devem ser feitas de maneira integrada à concepção global do processo do
projeto do espaço livre. Deve-se considerar a vegetação como uma das
organizadoras do espaço, procurando tirar partido de suas potencialidades plásticas
e arquitetônicas.

Componentes vegetais
Cada pessoa tem seu jeito próprio de ser, que se manifesta na maneira de
vestir, de se alimentar e em outras ações cotidianas. Da mesma forma, existem
gostos peculiares quanto ao emprego da vegetação, quer em interiores, em jardins,
praças ou parques.
No desenvolvimento de um projeto paisagístico, a utilização de
determinadas espécies, conforme preferências pessoais e arranjadas das mais
diversas maneiras, podem nos conduzir a resultados surpreendentes, graças à
grande diversidade da nossa flora.
Apesar do grande número de espécies, aproveita-se pouco do potencial
florístico regional, isto é, tem-se ainda pouco apreço pela flora local.

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Entretanto, à medida que se vai conhecendo as plantas dão-se conta da sua
importância, das suas diferentes utilizações e então, as atitudes se modificam.
O conhecimento, a perfeita interação e composição entre os diversos
elementos vegetais conduzem a um resultado que vai desde o exótico ao natural.
Lamentavelmente, muitas espécies de plantas têm sido esquecidas, pois foram
paulatinamente sendo substituídas por plantas “da moda”.
O que se pretende, ao selecionar várias espécies, entre os diversos
componentes vegetais, é um aspecto de floração, apresentam destaque nas folhas,
troncos, frutos, ramos e sementes.

Noções básicas de botânica


A palavra botânica é originada da palavra grega “botane”, que quer dizer:
patos, planta. É tão antiga quanto à própria humanidade; não como ciência, mas em
forma de observações sobre a aparência das plantas conforme descrito na
introdução desta apostila.
Minuciosas descrições podem ser encontradas no “Livro dos Mortos”, dos
antigos cadáveres. No “Livro dos Mortos”, descrições sobre propriedades medicinais
das plantas. Como ciência, a botânica inicia-se a partir da classificação, por
Aristóteles e Teofrasto (384 – 283 a.C.), das plantas em Arbóreas, Arbustivas e
Herbáceas, usada até o final da Idade Média. As grandes viagens, por parte dos
povos europeus, e a descoberta de novos continentes, enriqueceram as coleções
botânicas.
Daí a necessidade premente de organizá-las para o melhor entendimento
do Reino Vegetal. Foi então que o sistema ganhou impulso, com Karl Von Linée
(1707 – 1775). Ele classificou as plantas baseando-se na morfologia da flor. Sistema
que, com alguns melhoramentos, é usado até hoje.

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Taxonomia
É a parte da botânica que divide ou agrupa as plantas em diferentes
unidades, dando nomes às plantas de acordo com sua ocupação hierárquica.
Tomemos como exemplo o Pau-Brasil:

Filo Vegetal
Divisão Angiospermae
Classe Dicotiledoneae
Ordem Rosales
Família Leguminosae
Gênero Caesalpinia
Espécie echinata

Flores
ƒ Informações gerais sobre o óvulo

O óvulo, que é uma das principais conquistas evolutivas do Reino Vegetal,


surgiu com o aparecimento da flor. Além de produzir um gameta feminino dentro de
uma estrutura protetora, ao se transformar na semente, cria um ambiente protegido
onde o embrião pode sobreviver durante longos períodos esperando condições
favoráveis para a germinação. E, quando esta acontece, proporciona as reservas
nutritivas necessárias para que a plântula possa iniciar o seu crescimento.

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Formação do óvulo

Nas Angiospermas, o óvulo ou os óvulos, começam a se formar no interior


do ovário, a partir da placenta.

1 - No início é um pequeno calombo dentro do qual há uma célula grande,


diplóide, denominada "célula mãe de megasporo".

2 - A célula mãe sofre meiose e forma quatro megasporos haplóides.

3 - Dos quatro megasporos três degeneram e sobra apenas um.

4 - O núcleo do megasporo se divide por mitose formando oito núcleos


haplóides.

5 - Os oito núcleos originam as sete células que formam o saco embrionário:


a oosfera, as sinérgides, as antipodas e uma grande célula central - o mesocisto -
com dois núcleos (núcleos polares).

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Veja a descrição do óvulo abaixo:

Tegumento - ou casca, formado por duas camadas de células: a


primina(mais externa) e a secundina (interna).

Nucela - tecido nutritivo do óvulo das Angiospermas que envolvem o saco


embrionário.

Saco embrionário - formado pela meiose de uma célula mãe inicial e


composto, em muitos casos, por sete células haplóides: a oosfera, duas sinérgides,
três antipodas e uma grande célula central, o mesocisto, com dois núcleos (núcleos
polares). É a parte fértil do óvulo.

Funículo - é o pedúnculo que liga o óvulo (e mais tarde a semente) à


placenta.

Hilo - porção terminal do funículo. É o lugar por onde, mais tarde, a semente
se destacará do fruto.

Chalaza - parte basal da nucela que se liga ao funículo através do hilo.

Micrópila - pequena abertura na extremidade superior do óvulo. Geralmente


é por ela que penetra o tubo polínico.

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Placenta - local na parede do ovário onde o óvulo se fixa e por onde, mais
tarde, a semente se liga ao fruto.

Tipos de óvulo

Ortótropo - é o óvulo em que o hilo a chalaza e a micrópila estão em uma


mesma linha reta

Anátropo - é o óvulo cujo eixo principal é curvo e a micrópila fica virada para
a placenta.

Campilótropo - é o óvulo recurvado em que a micrópila e a chalaza se


aproximam em um mesmo plano horizontal.

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Tipos de flores em relação à posição do ovário

Hipógina - é a flor em que o ovário se coloca no receptáculo em um ponto


que fica acima do plano em que as outras peças se fixam.

Perígina - é a flor em que as demais peças se fixam em um plano que corta


o ovário.

Epígina - é a flor em que o ovário é envolvido pelo receptáculo ficando todo


ele abaixo do plano em que as outras peças se fixam.

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Diagrama floral

Chama-se de diagrama floral à representação esquemática de uma flor


como se fosse projetada em um plano horizontal.

O diagrama permite que os botânicos comparem as flores de espécies


diferentes, permitindo o seu reconhecimento e classificação. Através dele é possível
verificar o número de peças em cada verticilo, sua posição relativa e se estão
concrescidas ou não.

Fórmula floral

É a representação de uma flor, também para que possa ser comparada e


reconhecida, só que agora através de uma fórmula em que são usados letras,
números e símbolos gráficos.

Assim teremos:

K = cálice ou S = sépalas

C = corola ou P = Pétalas

A = androceu ou E = estames

G = gineceu ou C = carpelos

Usam-se algarismos para mostrar o número de peças em cada ciclo e, se


estiverem soldadas entre si, coloca-se entre parêntesis.

As letras H, P, E, colocadas no final, indicam se a flor é hipógina perígina ou


epígina e os símbolos “*/* "ou” *” indicam, respectivamente se a simetria é bilateral
ou radial.

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Veja o exemplo abaixo:

Fórmula: K5 C(5) A5+5 G(6) H *

Da flor acima se pode dizer:

1 - É acompanhada por uma bráctea

2 - É de dicotiledônea, pois se pode ver que é pentâmera e heteroclamídea.

3 - São actinomorfas, pois possui simetria radial.

4 - Possuem cálice dialisépalo (sépalas soltas)e corola gamopétala (pétalas


fundidas).

5 - O androceu é diplostêmone (o número de estames é o dobro do número


de pétalas) e tem dois ciclos concêntricos de estames

6 - O gineceu é sincárpico, formado por seis carpelos fundidos que formam


um ovário pluricarpelar plurilocular, com placentação axial.

Pela fórmula floral que a acompanha, pode-se ver que a flor é hipógina e,
portanto, tem ovário súpero.

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Folhas

As folhas são órgãos vegetativos das plantas, cujas principais funções são a
de fazer a fotossíntese e as trocas gasosas com o meio.

Originam-se de primórdios foliares localizados nas extremidades dos caules


e dos ramos. Seu crescimento é limitado, parando de crescer depois de algum
tempo, com exceção para as folhas das samambaias que, muitas vezes, têm
crescimento indeterminado.

Conforme a duração das folhas os vegetais podem ser perenifólios (com


folhas durante o ano inteiro) ou caducifólios, que derrubam as folhas no outono e
passam o inverno sem elas. Nestes últimos as folhas renascem a cada primavera.

Folhas simples e compostas

Todas as folhas têm uma camada, junto ao caule, por onde caem. Esta
camada é chamada de camada de abscisão.

Folhas simples: são aquelas que possuem o limbo inteiro e de compostas


aquelas que têm o limbo dividido em partes menores, denominadas de folíolos.

Folhas compostas: são as que, devem possuir apenas uma camada de


abscisão.

Folha completa

Uma folha completa é formada por:

Pecíolo - é a haste que sustenta a folha e a liga ao caule

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Limbo - é a parte achatada e dilatada da folha especializada para receber a
luz do sol e para realizar as trocas gasosas com o ambiente,

Baínha - expansão achatada do pecíolo para aumentar a fixação

Estípulas - pequenos apêndices localizados na base do pecíolo podem


servir para aumentar a área fotossintetizante ou se transformam em espinhos.

Tipos de folhas

Folhas incompletas: são aquelas em que falta ou pecíolo, ou estípulas ou


bainha.

Folhas com ócrea: são folhas em que as estípulas são grandes e se


abraçam ao redor do caule.

Folha invaginante: é a que têm bainha grande para aumentar sua fixação.

Folha séssil: é a que é a que apenas limbo, pelo qual se fixa diretamente ao
caule.

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Heterofilia

É o caso em que em um vegetal existem diversos tipos de folhas, surgindo


cada tipo em um ambiente diferente. Um exemplo importante é o caso da Sagitária,
em que existem três tipos de folhas: as submersas (que são alongadas), as
flutuantes (que são arredondadas) e as aéreas (que têm forma de ponta de flecha).

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Folhas modificadas

São folhas que têm funções especiais e, por isso mesmo, suas formas se
adaptam a essas especializações. São exemplos:

Espinho - folha modificada para economia de água

Escama - folha geralmente subterrânea modificada que protege brotos,


como, por exemplo, no lírio.

Catafilo - folha subterrânea modificada que protege o broto nos bulbos


tunicados, como na cebola.

Gavinha - folha modificada para permitir a fixação dos caules sarmentosos.

Bráctea - folha modificada que acompanha as flores com função de


proteção ou atração

Espata - bráctea especial que protege as inflorescências do copo-de-leite e


do antúrio

Carnívora ou insetívora - folha adaptada para atrair, capturar e digerir


pequenos animais que vão ser utilizados como adubo.

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Anatomia da Folha

As folhas, normalmente, têm uma forma laminar e, olhando ao microscópio,


veremos que possuem duas epidermes: a superior e a inferior, revestidas por uma

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cutícula para dificultar as perdas de água. Entre as duas epidermes fica o mesófilo
formado por diversas camadas e células de um parênquima clorofiliano, junto dos
quais os tecidos de condução formam as nervuras.

Há diversos tipos de mesófilo:

Mesófilo assimétrico - possuem um parênquima paliçadico em cima e um


parênquima lacunoso em baixo. Como se pode ver na figura, a metade de cima e a
metade de baixo não são semelhantes, portanto não há simetria. É característico
das folhas de dicotiledôneas.

Mesófilo simétrico - tem dois parênquimas paliçadicos, separados por um


parênquima lacunoso. A metade superior e inferior dos mesófilos é semelhante e,
portanto, simétricas. É característico das folhas de algumas monocotiledôneas.

Mesófilo indiferenciado - tem apenas um tipo de parênquima não


diferenciado em paliçadico e lacunoso. É característico de folhas de
monocotiledôneas.

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Caule
É a coluna principal do vegetal, geralmente aéreo, com ou sem clorofila.
A sua função é sustentar as folhas, flores, ramos e frutos, ligar às raízes e
conduzir a seiva (água e sais minerais).

Tipos de caule
Os caules são classificados em: aéreos, subterrâneos e aquáticos.

ƒ Aéreos
Encontra-se em contato direto com o ar atmosférico. Classificam-se em:

(a) Eretos: desenvolvem-se verticalmente.

Tronco: mais ou menos cilíndrico, resistente e ramificado. Pode atingir


grandes alturas. Ex.: mangueira, abacateiro, laranjeira, etc.

Haste: pequeno, pouco resistente. Ex.: caule da couve, do feijão, etc.

Estipe: é cilíndrico e sem ramificações. Ex.: caule da palmeira.

Colmo: é cilíndrico e apresentam-se bastante nítidos. Podem ser oco (ex.:


bambu) ou cheios (ex.: cana de açúcar)

(b) Rastejantes: são caules que crescem horizontalmente sobre a


superfície do solo e são pouco resistentes. Podem apresentar raízes adventícias.
Ex.: morangueiro, aboboreira, etc.

(c) Trepadores: são os caules das plantas conhecidas como trepadeiras.


Podem ser:

Sarmentosos: apresentam elementos de fixação como, por exemplo, as


raízes adventícias. Ex.: ervilha, feijão etc.

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ƒ Subterrâneos

Localizam-se sob o solo. Entre eles estão: rizomas, tubérculos e bulbos.

(a) Rizomas são caules que se desenvolvem sob a superfície do solo,


horizontalmente, produzindo raízes e elementos aéreos. Ex.: banana, samambaia,
etc.

(b) Tubérculos são caules subterrâneos que armazenam substâncias


nutritivas. Ex.: batatinha. Uma maneira de se distinguir raiz de caule subterrâneo
está na presença de gemas nos caules ("olhos"), que não são encontradas na raiz.

(c) Bolbos são caules envolvidos por um conjunto de folhas dispostas


circularmente. Ex.: cebola.

ƒ Aquáticos

São capazes de absorver a água através da epiderme.

Alguns caules apresentam modificações a fim de se adaptarem a uma


determinada circunstância. Entre os tipos de caules estão: gavinhas, espinhos e
cladódios.

Gavinhas são ramos modificados para a fixação. Ex.: videira.

Espinhos são ramos endurecidos e pontiagudos. Ex.: laranjeira. Os


espinhos estão fortemente ligados ao caule, ao contrário dos acúleos que são
facilmente destacáveis. Ex.: roseira.

Claudódios são caules compridos que assumem a função e o aspecto da


folhas quando estas faltam. Ex.: figo-da-índia.

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As herbáceas
Na composição de um jardim, entram uma série de elementos, tais como:
árvores, arbustos e trepadeiras, e nesta abordagem o estrato das forrações são
importantes, especialmente se for considerado que servem de elementos de
integração e elo com outras plantas.
As forrações são plantas baixas que se expandem sobre o solo, são
bastante conhecidas, pois possuem uma imensa gama de cores, texturas e floração
variada. Existem as anuais, com massas coloridas muito vistosas e com um período
de vida curto, e as perenes, que, terminada a floração, continuam o seu
desenvolvimento.
ABBUD diz que as forrações se prestam a várias formas de utilização no
espaço urbano, entre as quais se destacam: seus volumes orientam o fluxo de
pedestres e cercam caminhos sem obstruir os visuais, sua utilização “de cima”
permite a criação de desenhos com efeitos estéticos interessantes obtidos
principalmente pelas cores, texturas e forrações variadas. Acrescenta, ainda, que os
famosos jardins de tapeçaria franceses usam arbusto baixo como elemento plástico
básico nas composições.
Também podem funcionar como revestimento e proteção do solo contra
erosão: para redução do calor, evitando a reverberação dos raios solares; no
controle de invasoras; como elemento de sinalização (quando funcionam como sinal
de advertência ao perigo, para diminuição da velocidade, em função das cores
usadas); e ainda ajudando nos processos de conservação do solo, especialmente
em áreas com declividade acentuada (as forrações proporcionam baixa manutenção
no controle da erosão em declives íngremes).
Esse estrato herbáceo é extremamente dependente das condições de
luminosidade no local onde serão implantadas, embora muitas espécies de plantas,
como forrações, necessitem de sombra parcial para crescer melhor. Elas se dão
bem com a luz filtrada pela copa de árvores.
Algumas espécies servem para cobrir muros, desenvolvendo-se na vertical.
Destacam-se as heras, jibóias e vinhas, sendo que esta última dá uma noção nítida

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do tempo, através das quatro estações do ano. No inverno acontece a queda das
folhas; em outras situações, as folhas ficam vermelhas, amarelas e verdes em
diferentes épocas do ano.
Em floreiras é possível ter-se um jardim na janela, implantando as forrações,
que quanto mais se assemelham nas características, hábitos de crescimento,
harmonia das formas e cores das folhagens e flores, tanto melhor, nas escadas,
muitas espécies também funcionam como elementos harmônico e decorativo.
Embora sendo considerados uma forração de extrema importância no
desenvolvimento de projetos paisagísticos, os gramados em condições de
iluminação reduzida não vão bem e é necessário usar o recurso de cobertura de solo
com especificidade para esses locais.
Abaixo temos uma tabela mostrando dados sobre algumas forrações.

Nome Nome Porte Folhagem


Origem Persit. Época Cores
comum científico (cm) (cores)
Eichhornia
Aguapé N +/- 20 P Vr. Prim- ver Az
crassipes
Anthurium Prim –
Antúrio E +/- 80 P Vr. Orn Vm. Br
andreanum ver - out
Begôna Begônia
N +/- 50 A Vr. Br Br. Vm. Rs
do jardim semperflors
Vm. Rs. La.
Bromélia Aechmea spp. N +/- 20 P Vr Out
Rx
Senecio
Cinerária E +/- 40 P Cz. Todo ano Rs. Br. Vm
cineraria
Lírio Hemerocallis
E +/- 100 P Vr. Prim - ver Am.
amarelo flava
Copo de Zaratedeschia Prim –
E +/- 80 P Vr Br
leite aethiopica ver - out

Abreviaturas
N – nativa E – Exótica P – Perene
A – Anual Vr – verde Orn – ornamental

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Br – branco Cz – cinza Az – azul
Vm – vermelho Rs – rosa La – laranja
Rx – roxo Am - amarelo

As arbustivas
Em parques e jardins, os arbustos desempenham importantes funções, tais
como: o controle da erosão, a filtragem do ar, a redução de ruídos e a diminuição de
pó. Além disso, eles promovem o fechamento dos lados, resultando em maior
intimidade na área em que está sendo realizado o projeto. Na composição
paisagística, faculta o emprego em diferentes formações, ornando, delimitando,
estruturando e ampliando espaços. A sua beleza provém das características de suas
folhas, formas e cores e destacada floração, frutos e texturas.
Os jardins arbustivos valorizam a arquitetura a que se aplicam e podem criar
motivações de apoio na passagem e permanência nos pontos de maior
concentração de usuários. Em áreas reduzidas, onde as árvores não permanecem
em função do espaço significativo que ocupam, os arbustos apresentam grande
vantagem de exigir menor volume de solo para o seu desenvolvimento. Muitas
vezes, seus plantios podem ser realizados em vasos, e algumas espécies prestam-
se, também, para a formação de cercas-vivas. Esteticamente, há ocasiões em que o
arbusto pode ser usado no lugar de uma escultura.
É preferível cultivar arbustos perenes, pois sua posterior conservação torna-
se mais fácil. No caso de utilização nos espaços urbanos, seus volumes
proporcionam o encaminhamento do fluxo de pedestres e cercam os caminhos sem
obstruir a visibilidade.
Deve-se evitar a poda, exceto a de formação, feita ainda no viveiro. E como
recomendação geral, a poda de limpeza é viável. Ela promove a entrada de luz,
principalmente quando é feita na parte central da planta por meio de retirada de
alguns ramos, resultando em uma melhor formação do vegetal.
É necessário conhecer o desenvolvimento das diversas espécies, pois, caso
contrário, seu florescimento poderá estar comprometido. Um exemplo elucidativo é o

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da azaléia cuja poda deve ser realizada após a floração. Se isto não for feito, a
tendência da florada é diminuir.

Abaixo temos uma tabela com dados sobre alguns arbustos.

Nome comum Nome científico Origem Porte P Folhagem Época Cores


Acalypha Out -
Rabo de gato N +/-2,0 P Vr. Vm.
nerifolia inv
Azaléia Azaléia simsii E 5 P Vr. Out Rs.
Aloe +/-
Babosa E P Vr. Prim La.
arborescens 1,5
Bambusa +/-
Bambu anão E P Vr.
multiplex 2,0
Coroa de +/-
Euphorbia millii E P Vr. Prim Vm.
cristo 4,0
Curanta, +/- Ver- Az.
Duranta tepens N P Vr.
violeteira 2,0 out Br. Ft.
Gardênia +/- Out -
Gardênia E P Vr Br
jasminoides 1,0 inv
Prim -
Hibiscus rosa- +/-
Hibisco E P Vr. Vr + Br ver Cau
sinensis 1,0
- out
La. +
Jasmin +/- Prim -
J. nudiflorum E P Vr Am.
Amarelo 1,0 ver
La.
+/-
Pairo Cyperus papyrus E P Vr.
2,0

Abreviaturas:
E – exótica N – nativa P – Perene
Vr – verde Br – Branco Az – azul La – laranja
Vm – vermelho Rs – rosa Ft – Frutos Cau – estacas
Am - Amarelo

As árvores
Motivo de versos de poetas, as árvores são os elementos mais dominantes
na paisagem e que têm a vida mais longa, constituindo-se formas acabadas que
podem por si mesmas, caracterizar uma paisagem. Nos espaços livres são mais
usadas por serem mais compatíveis com a escala da cidade.

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O grande referencial que proporcionam é a noção nítida de tempo. Um
jardim pode ser aberto, tendo o céu como teto. Mas é possível ter um teto vegetal,
com o observador passando por baixo da vegetação, da massa de folhagem (verde
aéreo), em que as árvores têm papel destacado, ajudando a controlar a intensidade
dos raios solares e do calor. Elas reduzirão a ação da poeira e dos ventos sem
prejudicar a circulação do ar; absorvendo ruídos, e mesmo psicologicamente,
funcionando como elementos de repouso através da contemplação do seu verde.

Na natureza, as árvores demonstram toda sua exuberância, versatilidade e


beleza, pois podem crescer livres, relativamente amplas, para o seu
desenvolvimento.
Lamentavelmente pela ação do homem, grandes números de espécies
nativas estão em processo de extinção.
Nas cidades, além da sua beleza, formam contraste, amenizando a frieza da
paisagem construída, resolvendo problemas de percepção e escala de organização
do espaço exterior. Entre outras vantagens, as árvores necessitam de pouca
conservação para a sua sobrevivência, o que facilita o seu cultivo e o seu
desenvolvimento.
Muitas vezes um grande número de espécies é preconizado em projetos
paisagísticos, mas não existe paralelamente uma estrutura de produção compatível,
especialmente se considerarmos a utilização de espécies nativas. Mesmo usando-se
exóticas provindas de outros continentes, há limitações, devido às razões apontadas
anteriormente.
O conhecimento das diversas características das árvores é muito
importante, pois muitas vezes apresentam surpresas no futuro, podendo amenizar a
partir da visão e conhecimento da maturidade das espécies vegetais empregadas,
evitando especialmente futuras podas desnecessárias. Assim, antes do plantio,
convém considerar o desenvolvimento das árvores, a fim de prever sua altura e
volume. Conjugando basicamente o volume da copa com a forma, define-se o
espaçamento que deve ser dado entre as árvores na arborização de um caminho ou
estrada.

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BLOSSFELD dá um grande referencial para a escolha de árvores: as raízes
se desenvolvem no solo, ocupando uma área que em geral acompanha de modo
invertido a forma da copa. Árvores de copa vertical possuem raízes pivotante, mais
profundas que as de copa horizontal. Estas últimas especialmente as de raízes
agressivas tendem a aflorar no solo, destruindo pavimentos.
FLORA destaca com propriedade que “não é correto considerar somente a
beleza das flores: são nos contrastes de coloração de folhas, casca, forma da copa,
tronco, cor e tamanho de frutos, combinados, que se pode avaliar o significado
ornamental de uma planta.”
As árvores criam cobertura de proteção para as plantas que apreciam
sombra e propiciam uma transição visual entre a casa e o quintal, evitando que o sol
entre pelas janelas. Elas também fornecem suporte para o desenvolvimento de
trepadeiras.
Abaixo estão listadas algumas espécies das principais árvores, suas
características e exigências.

Nome vulgar Nome Caract. Tipo Logevidade Altura Floração


científico de solo (anos) máxima Época
(m) Cor
Angico Parapitadenia FLC Prof- + de 50 30 - 35 Out - Branca
rigida úmido nov
Aroeira Schinus OPL Seco- + de 40 06 - 07 Nov – Branca
molle L. pedra dez.
Cedro Cedrella FOCL Prof - + de 100 25 - 30 Set – Creme
fissilis seco out.
Cerejeira Eugenia ALP Prof- 50 12 - 15 Set – Branca
involucrata úmido out.
Ipê-amarelo Tabebuia FOCL Seco-rico + de 80 + de 15 Ago – Amarela
umbellata set.
Pinheiro- Araucária FOPL Seco- + de 100 + de 30 Set – Branca
brasileiro angustifolia profundo nov.
Quaresmeira Apaucaria OPL Rico 20 3-4 Dez – Roxa
angustifolia mar.
Jabuticabeira Plinia ALP Úmido- + de 100 10 - 12 Ago – Branca
trunciflora rico set.

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Convenção:
F – Florestais são árvores nativas para reflorestamento e florestamento.
O – Ornamentais são plantas usadas para dar sombra, ornamento e
decoração.
A – Alimentos para a fauna que determinadas espécies produzem.
P – Perenes são plantas que conservam total ou parcialmente as folhas no
inverno.
C – Caducas são plantas que perdem as folhas normalmente no inverno.
R – São as plantas que têm um crescimento rápido.
L – São as plantas que têm um crescimento lento.

As palmeiras
Trata-se de uma das mais notáveis plantas tropicais. Por suas
características, formam um grupo distinto dos arbustos e das árvores. São plantas
pertencentes à família das palmáceas, nome derivado de palma, palavra que
designa a folha. Já o caule da palmeira chama-se estipe, que pode ser liso e ou com
saliências e tem rara beleza. Suas folhas, com as mais diversas formas, são
altamente ornamentais, nos mais diversos ambientes projetados. Sua multiplicação
ocorre por sementes. Crescem vagarosamente, razão pela qual, nos projetos, são
utilizadas mudas já formadas. Um de seus pontos marcantes é que suas raízes não
ocupam muito espaço, adaptando-se, portanto, até mesmo em vasos. Como são
originárias das grandes florestas, em ambiente com alta umidade relativa do ar, é
necessário atender a estas condições para o cultivo em casa, através da periódica
vaporização de água nas folhas. Outra característica peculiar é que elas permitem
que sejam realizadas transplantes, mesmo os exemplares adultos.
Segundo SOUZA, muitas das palmeiras cultivadas em parques e jardins
foram introduzidas pelos antigos jardineiros imigrados.
Uma espécie bastante difundida é o jerivá. Assim como muitas outras
palmeiras, possui o tronco mais ou menos cilíndrico e atinge facilmente dez metros

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de alturas. Seus frutos comestíveis, especialmente pelo perfume e sabor doce, são
atrações para homens, pássaros e outros animais.
Outra palmeira bastante conhecida, típica do sul do país, representada por
diversas espécies e variedades, é o butiá, também conhecida pelo nome comum de
butiazeiro.
Entre as primeiras, as mais características são: Butiá capitata e o Butiá
eriospatha. Ambas muito semelhantes, diferenciando-se pela espata protetora das
inflorescências. Ambas são ornamentais e apropriadas para pequenos jardins.
De um modo geral, as palmáceas servem como elementos de marcação de
um acesso ou entrada de uma propriedade, especialmente em áreas grandes. O
alinhamento de um renque de palmeiras pode ressaltar a perspectiva ou sugerir
importância aos espaços sem vedá-los, marcando a paisagem, não esquecendo que
as palmeiras requerem certa distância para serem observadas.
Outras espécies também usadas são:

ƒ Areca bambu – originária de Madagascar é uma das palmeiras de


introdução mais antiga. Forma touceiras de troncos anelados, verdes, com palmito
amarelo – esbranquiçado e folhas pinadas, recurvadas de pecíolo amarelado e
folíolos eretos e voltados para fora.
ƒ Caryota – representada por duas espécies uma de tronco fino e outra
de tronco grosso. As folhas são pintadas em dobro, o que é raro nas palmeiras, com
folíolos em forma de cunha ou cauda de peixe.
ƒ Palmeira real – espécie de introdução antiga, porém de porte muito
menor que a anterior. Tronco pouco elevado, de contornos sinuosos, irregulares,
folhas pinadas, crespas, com folíolos finos. Frutos muito numerosos, arredondados,
com canos curtos e densos.

Plantas ornamentais tóxicas


O conhecimento da toxidez das plantas se remota aos nossos
antepassados. Hoje existem grupos mais ou menos definidos de acordo com sua

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utilidade (ornamentais, comestíveis, forrageiras, medicinais, tóxicas, etc.).
Os grupos das plantas medicinais e tóxicas ocasionalmente são tomados
indistintamente, já que se têm o pressuposto de conterem princípios ativos, que
dependendo da dose, podem ser benéficos ou tóxicos para o organismo. Na
realidade, isto é correto, só que, o uso inadequado das plantas tem causado e segue
causando sérios problemas de intoxicação ou envenenamento; muitas vezes de
forma mortal, por se ingerir partes das plantas que são altamente tóxicas mesmo em
doses baixas.
Podemos encontrar plantas tóxicas em todo nosso entorno (plantas
ornamentais de interior, nos parques e jardins, em forma silvestre ou em cultivares
e alimentos cotidianos). De tal forma que o risco de intoxicação é evidente tanto
para o homem como para os animais.
Os principais princípios ativos conhecidos como responsáveis pelos efeitos
adversos causados pelas plantas são: alcalóides, glicosídeos, resinas, fito toxinas,
minerais, oxalatos, azeites essenciais e compostos foto-sensibilizante.
A importância do grupo das plantas tóxicas, não está só nos riscos que
estas representam, mas também nos benefícios que podem proporcionar, quando
se lhe é dado um uso adequado. Sem entrar em detalhes podemos facilmente dar-
nos conta, que muitos dos componentes químicos empregados na farmacologia,
são elaborados por estas plantas e uma grande quantidade dos vegetais ou suas
partes estão representados em infusões, ungüentos e macerados empregados na
medicina tradicional.
Têm sido grandes os benefícios da medicina alopática, das substâncias
obtidas de algumas plantas como a papoula (Papaver somniferurn), cujo uso tem
sido como anestésico e analgésico; a digitalina (Digitalis purpurea) que se
emprega em afecções cardiovasculares, ou como regulador cardíaco. Os alcalóides
da beladona (Atropa belladona) que atuam nos problemas oculares e como
antiespasmódicos, sedativos e anti-hipertensivo; e o azeite extraído das sementes
de mamona (Ricinus comunnis que é amplamente empregado como purgante).
Na medicina homeopática, muitas substâncias vegetais consideradas
como tóxicas estão formando parte dos medicamentos. (Entre elas, as mais

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usualmente empregadas no processo de preparo de medicamentos são: Arnica
montana, Hitirotheca inulsides, Aconitun napellus, Atropa belladona, Digitalis
purpurea). São também muito mencionadas na medicina alopática: Datura
stramonium, Rux toxicadendron, Calchicum cuatumnale, entre muitas outras.
Até o momento, não existe um trabalho ou pesquisa que caracterize e
diferencie precisamente uma planta tóxica de uma medicinal. Existem alguns
estudos, de algumas dessas plantas, que determinam quanto do princípio ativo
está presente em partes da planta, geralmente determinado como DL50 do
princípio ativo (DL50 é a quantidade em gramas ou miligramas de princípio ativo
necessários para matar 50% da população de cobaias).
Porém, até hoje, ninguém estabeleceu uma classificação toxicológica
levando-se em consideração os níveis de toxidez em função da quantidade de
parte tóxica, de forma a caracterizar o limite onde tal planta deixa de ser tóxica para
ser medicinal e vice-versa.
A toxicologia das plantas, relacionada à espécie humana é encarada de
um modo bastante genérico, assume aspectos variados e importantes,
interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:
Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de
alguma de suas partes que é tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo
pediátrico.
Intoxicação crônica, conseqüente à ingestão continuada, acidental ou
propositada de certas espécies vegetais, responsável por distúrbios clínicos muitas
vezes complexos e graves.
Exposição crônica, evidenciada particularmente por manifestações
cutâneas em virtude do contato sistemático com vegetais, verificado com maior
freqüência em atividades industriais ou agrícolas. Utilização continuada de certas
espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, visando a
efeitos alucinógenos ou entorpecentes.
A sintomatologia pode-se classificar em afecções de pele e mucosas
(olhos, boca, nariz), problemas gastrintestinais, respiratórios, cardiovasculares,
metabólicos, neurológicos entre outros.

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Abaixo temos uma amostra de algumas plantas tóxicas e seus sintomas:

Comigo ninguém pode


(Dieffenbachia picta)
Possui toxina, substância
semelhante a uma proteína, que
promove liberação de histamina pelos
mastócitos. Pode promover edema de
glote e o animal morrer por asfixia.

Orelha de elefante
(Alocasia sp)
Sintomas de intoxicação: Irritação
dolorosa na boca e garganta, náuseas,
diarréia, delírios e morte.

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Espirradeira
(Nerium oleander)
Sintomas de intoxicação: Náuseas, vômitos, dor estomacal, tontura, pulso
fraco, batimentos cardíacos irregulares, dilatação das pupilas, diarréia com sangue,
sonolência.

Cheflera
(Schefflera spp)
Tem como princípio tóxico um oxalato, que causa quando ingerido, vômitos,
dormência e formigamento na boca, falta de coordenação motora.

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Mamona
(Ricinus comunis)
Possui uma toxina chamada Ricina, que causa gastrite e enterite.
Sintomas: Náuseas, vômitos, diarréia com sangue, dor abdominal,
depressão, tremores, convulsão e coma. O contato da pele com as
sementes causa reação alérgica local.

Íris
(Iris sp.)

Sintomas de Intoxicação: Náuseas, vômitos, dor abdominal, febre,


diarréia e irritação na pele.

Tulipa
(Tulipa sp.)

Sintomas de Intoxicação: Salivação, náuseas, vômitos, dor abdominal.


O contato com a pele causa severa reação alérgica.

Azaléia
(Rhododendron sp)

Sintomas de Intoxicação: Salivação, náuseas, vômitos, dor abdominal,


fraqueza, diarréia, dificuldade de respirar, lacrimejamento, paralisia
progressiva dos membros, coma. Causa gastrite e estomatite.

Bico de papagaio
(Euphorbia pulcherrina)

Causam dor abdominal, vômitos, diarréia e alergia de contato (pele)

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Alamanda
(Allamanda cathartica)

Sintomas de intoxicação: Febre, edema dos lábios, náuseas, diarréia,


sede. Dermatite de contato.

Trombeta
(Datura stramonium)

Os sintomas são alucinações, delírios, secura das secreções,


taquicardia, midríase, pele seca e quente e meteorismo

Lantana
(Lantana camara )

Tem como sintomas de intoxicação: Náuseas, vômitos, diarréia,


dilatação das pupilas, dificuldade respiratória, dermatite de contato.

Dedaleira
(Digitalis púrpura)

Sintomas de intoxicação: Náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor


abdominal, pulso irregular e fraco, tremores, convulsão.

Amarílis
(Hippeastrum spp.)

Sintomas de intoxicação: Náuseas, vômitos, salivação, diarréia.

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Hortência
(Hydrangea spp.)

Sintomas de intoxicação: Náuseas, vômitos e dor abdominal.

Vegetação de interiores
ƒ O cultivo de plantas em vaso
O cultivo de plantas em vaso encontra-se em condições artificiais, e mesmo com adaptações, o papel
de quem as cultiva é substituir a natureza nas suas necessidades. Assim, um dos grandes segredos no cultivo
de plantas é imitarmos ao máximo as condições da natureza, do local onde viviam originalmente.
Quando vamos cultivar nossas plantas, nos valemos de mudas comercializadas embalagens plásticas,
que necessitam imediatamente ser transferidas para um espaço maior com volume de solo compatível com seu
desenvolvimento.
ƒ O Vaso
Vamos começar pela escolha do vaso:
Uma regra básica nos diz que a parte aérea corresponde uma parte igual invertida em raízes. Assim ao
escolhermos o vaso, devemos pensar no futuro desenvolvimento da plantas, ou seja, devemos conhecer as
dimensões que as mesmas deverão atingir.
O vaso poderá ser de barro, cimento, madeira, latão, etc. Deverá ter um ou mais furos em seu fundo,
onde se procederá a drenagem, para retirar o excesso de água. Também a água, quando colocada no prato,
poderá subir pelos orifícios sendo colocada à disposição das plantas. Para ajudar nesse processo, são
colocados pedaços (cacos) de azulejos entre o vaso e o prato que criará um estaco destinado a facilitar a
drenagem e armazenar mais água para as plantas.

ƒ A Drenagem
Agora com o vaso escolhido, é de vital importância a sua preparação antes de pensarmos na utilização. Vamos
criar em seu fundo uma camada drenante, para retirada do excesso de água quando houver. Esta acamada
pode ser realizada com um fundo de brita ou pedaços de vasos quebrados colocados junto ao orifício de
drenagem. Completamos esta drenagem com a colocação de uma camada fina de areia, camada que impedirá a
colmatação da drenagem.

ƒ O solo
O ideal seria dispormos de um solo rico em matéria orgânica, semelhante a uma esponja, com espaço de ar para

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proporcionar um bom desenvolvimento das raízes. Como parâmetro, podemos usar um solo com as seguintes
proporções: 20% de areia, 20% de matéria orgânica e 60% de solo fértil com partículas de argila. Quanto à
adubação, o ideal é recorrermos a adubação orgânica, pois a mesma se colocará a disposição da planta de
acordo com suas necessidades. Se tivermos que recorrer à adubação química, devemos realizá-la com
moderação, pois o excesso de sais, ale de ser prejudicial, produz manchas esbranquiçadas que afloram na
superfície externa do vaso. Se prepararmos bem o substrato de cultivo, como acima preconizado, estaremos
prevenindo em 80% a existência de pragas e doenças.
ƒ A Água
A melhor água de rega é a recolhida das chuvas, mas num jardim ou residência, dificilmente se pode aproveitá-
la. As águas das torneiras geralmente vêm muito cloradas, o que pode prejudicar o desenvolvimento das plantas.
Para evitar este inconveniente pode-se deixar a água durante algum tempo, antes da rega, em tanques ou
recipientes com carvão de lenha no fundo. A água submetida a esse processo vai também adquirir a temperatura
no ambiente evitando o choque térmico nas plantas.
Uma pergunta a que freqüentemente ocorre refere-se à periodicidade da rega. Uma regra básica nos diz
que no verão a umidade relativa do ar é mais baixa, desse modo procede-se a irrigação diariamente. No inverno
a umidade relativa do ar é mais alta, então deve-se espaçar a irrigação para dois ou três dias. Não são
aconselhadas regas nas horas mais quentes, pois existe o inconveniente de possíveis queimas nos vegetais,
pois a água funciona como uma lente que provoca a convergência dos raios solares, danificando as folhas.
A quantidade de água também varia com o tipo do vegetal, mas existe uma regra básica, quanto mais grossa for
a folha, menor a quantidade de água o vegetal deve receber, como é o caso do cactos. Por outro lado, quanto
mais fina for à folha como é o caso da samambaia, mais água elas irão necessitar.

ƒ Temperatura
Quanto se coloca uma planta em um determinado lugar da residência, deve-se ter em mente que a temperatura
varia em cada lugar. A temperatura ao sol é tão importante quanto a sombra. Os locais muito quentes são
prejudiciais, não apenas porque o calor resseca as folhas, mas também porque as raízes podem se aquecer
demais. Por outro lado, nossas plantas tropicais sofrem muito com o frio e, portanto devem ser protegidas. Uma
planta de interior vive melhor se a temperatura amena permanecer constante nas diferentes horas do dia.
Quanto mais quente for o ambiente, mais se deve cuidar da umidade do ar.
A maioria das plantas prefere temperaturas altas (entre 20 e 25º C). A temperatura abaixo de 15º C é
suficiente para que muitas plantas cessem suas atividades metabólicas e entrem em estado de dormência.

ƒ Luz
Existe uma queixa generalizada em relação ao cultivo de plantas ornamentais dentro de casa. No cultivo de
plantas em ambientes fechados deve-se antes de tudo considerar as necessidades vitais de cada espécime. Em
geral quanto mais verde a tonalidade da plantas, com menos luz ela pode viver. É o caso dos filodendros e das
jibóias. Na medida em que se têm plantas com folhas mais claras, deve-se aproximá-la das janelas para receber
mais luminosidade. Uma experiência que pode ser feita sempre que se necessitar certificar da possibilidade de
se colocar uma planta em um local. É usando-se o fotômetro da maquina fotográfica: se o local precisar de flash
para uma foto, é inadequado para o desenvolvimento de espécies vegetais.
Algumas plantas possuem características especiais, exigindo para seu desenvolvimento de uma boa iluminação,
mas sem a exposição direta ao sol. Existem plantas que, vivendo na penumbra ou meia sombra, precisam de

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iluminação mais intensa apenas por períodos determinados, principalmente no inverno. Entre as samambaias e
avencas temos algumas espécies que podem resistir bem ao cultivo em locais de completa penumbra. Exemplo
desta situação ocorre frequentemente nos jardins. Decorrido algum tempo após a implantação dos gramados, as
árvores, com o crescimento de suas copas, começam a sombreá-los prejudicando seu desenvolvimento.
Neste caso, em função das baixas condições de luminosidade sob as copas, o gramado deve ser substituído
paulatinamente por espécies mais resistentes, destacando-se a grama preta, as heras e as jibóias.

Frutíferas temperos e ervas medicinais


ƒ Frutíferas
A idéia pressupõe uma visão de conjunto, segundo a qual no planejamento de nosso jardim, ao lado dos
diversos componentes vegetais, arbustos, árvores e forrações possam ser produzidas frutíferas.
Assim, em um espaço do jardim, é possível cultivar espécies que, além de seu aspecto ornamental, podem nos
fornecer alimentos.
Bom exemplo são as frutas, especialmente as provenientes de árvores nativas, que emprestam rara beleza e
proporcionam alimentos ao homem e aos pássaros.
Em função do planejamento do espaço disponível, é interessante reservar um local para plantio dessas frutíferas
tais como: araçá, pitanga, uvaia guabijú, cerejeira e as frutíferas comerciais (laranjeiras, bergamoteiras) quando
se dispõem de uma maior área, especialmente se considerarmos que se encontram fartamente disponíveis nos
centros de distribuição como supermercados e fruteiras.
Outro fator que facilita o cultivo de frutíferas nativas é as mesmas poderem ser cultivadas, sob condições de
baixa luminosidade, pois, em geral, encontram-se assim em seu lugar de origem.
As frutíferas comerciais necessitam de um maior número de horas luz, pois, se não existir essa condição, a
produção de frutas pode ficar comprometida como também poderá ocorrer a diminuição da quantidade de
açúcares. Em todas essas situações, o plantio dessas diferentes espécies, necessita, para o seu pleno
desenvolvimento, da abertura de covas de acordo com o espaço que irão ocupar: e essa cova deverá receber
uma adubação bem equilibrada, visando um saudável crescimento.
A tabela abaixo consta dados sobre as frutíferas nativas e comerciais mais usadas.

Nome Nome Porte Espaçamento Maturação


popular científico (m) sugerido (m) freqüente
Araçá Psidium 2,5 a 3x3 FEV - MAR
cattleyanum 10
Cerejeira Eugenia 5a8 5x4 OUT – DEZ
involucrata
Goiabeira Acca 2,5 a 6 5x4 MAR - MAI
selowiana
Ingá feijão Inga 8 a 15 10 x 8 FEV - MAR
marginata
Pitangueira Eugenia 3 a 12 5x3 NOV - JAN
uniflora
Uvaia Eugenia 5 a 15 6x5 NOV - DEZ

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pyriformis

ƒ Temperos
Na hora de se separar alimentos, por trás dos segredos dos pratos saborosos da culinária de grandes “chefs”, há
um segredo de 20 mil anos: porções e mais porções de fragrantes ervas.
Nada melhor do que dispor-se de temperos que possam ser colhidos
frescos. E não é preciso muito espaço para se cultivar essas ervas. Até mesmo em vasos e jardineiras, nas
janelas dos apartamentos, se pode realizar o seu plantio, proporcionando o enriquecimento desses pratos.
Devem ser tomados alguns cuidados no seu cultivo, entre eles o de receberem, no mínimo, durante
50% de sol. A maioria das ervas prefere solos bem drenados, e em função da adubação recebida seu aroma e
sabor serão mais ou menos acentuados. Grande número pode ser reproduzido por galhos e sementes. As ervas
são conhecidas pelo aroma que emprestam, mas o mais importante é que facilitam a digestão de muitos pratos.
Por exemplo:
O alecrim, no preparo de carnes de porco, facilita a digestão e dificulta a formação de gases intestinais. O alho é
recomendado para bronquite e gripe (para tirar o seu gosto, tomar uma colher de leite). As cebolinhas estimulam
a circulação. A hortelã é usada para prisão de ventre, vermes e calmante. A manjerona, para os intestinos. A
salsa, para os rins (talos) e a sálvia, para baixar febre e equilibrar a temperatura.
Quando for usar uma erva pela primeira vez, use uma pequena quantidade e vá acrescentando mais aos
poucos, até chegar ao ponto desejado.

Comece pondo um pouco de hortelã seca numa torta de maçã, na massa e no recheio; alecrim, mangerona e
sálvia nas aves; orégano no molho de tomate. Não tempere todos os pratos de uma só refeição: um bem
temperado é o suficiente.
No preparo dos diversos pratos de cozinha é muito usada uma mistura de ervas clássicas: trata-se de “bouquet
garnie” (França) e “ramo de cheiro” (Portugal), que é um amarrado feito com várias ervas, tais como salsa,
cebolinha, louro e manjerona. Este tempero é colocado na panela para dar gosto às carnes, molhos e sopas, e
depois é retirado.
ƒ Ervas medicinais
O jardim também deve ser contemplado com um pequeno espaço
destinado às ervas medicinais para a elaboração de chás.
Assim, um grande numero de espécies podem ser cultivadas, desde que
cuidadosamente estudadas com relação aos seus diversos usos.
Como preparar as plantas medicinais:
Chás ou infusões: (principalmente para folhas e flores) quando a água estiver fervendo, despeje sobre as folhas
previamente lavadas em um recipiente e tapar. Deixar de 10 a 15 minutos, coar e está pronto para tomar.

Decoto ou cozimento: (principalmente para raízes e caules) as partes das plantas são colocadas na água fria e
cevadas a ferver por 2 a 10 minutos. Utilizar recipientes esmaltados, de vidro ou inox. Coar e servir.

Macerado: (para folhas frescas) colocam-se as folhas em água fria e deixa-se repousar pelo menos 12 horas.
Para acelerar, as folhas podem ser amassadas com a mão ao lavar. Côa-se e pode ser bebido.

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Observação: em nenhum caso deve-se deixar para tomar no outro dia.

Abaixo temos uma tabela com algumas plantas medicinais e suas funções.

Planta Indicações Parte usada


Alecrim Problemas respiratórios, falta Folhas frescas
de apetite, cólica, cansaço, ou secas
cicatrizante e anti-séptico.
Arnica Contusões, pancadas, torções Folhas e
e hematomas. inflorescências
frescas ou
secas.
Arruda Piolho, sarna, repelente e Folhas frescas
miliase. ou secas.
Babosa Queimaduras, panarício, Folhas
tumores e golpes, caspa, frescas,
dermatites e seborréias.
Boldo Problemas digestivos, ressaca Folhas
alcoólica. frescas.
Carqueja Má digestão, diabete, Folhas secas
obesidade. ou frescas.
Erva cidreira Digestivo, cólica e calmante. Folhas frescas
ou secas.
Funcho Gases, aumenta a secreção de Frutos.
leite em gestantes e estimula a
digestão.
Guaco Bronquite Folhas frescas
ou secas
Hortelã Gases, náusea, vermífugo, Folhas frescas
clamante. ou secas.

Vasos e jardineiras

Ter plantas crescendo em vasos e jardineiras é extremamente gratificante. É permitir criar e controlar o ambiente
das plantas, fornecendo o meio mais adequado para cada uma e o melhor posicionamento para um
desenvolvimento saudável.

O Paisagismo que se utiliza destes recipientes tem muitas vantagens, mas talvez uma das mais importantes seja
a versatilidade. A possibilidade de mudar a sua posição, expondo o lado mais bonito das plantas e de colocá-las
em outro lugar, favorecendo o seu melhor desenvolvimento.

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Sem considerar a possibilidade de ter plantas dentro de casa, em terraços e onde mais a imaginação do
paisagista permitir e, as plantas de adaptarem.

ƒ Montagem de vasos e jardineiras

Qualquer que seja o recipiente a preparação, o plantio e a manutenção são basicamente os mesmos. Todos os
recipientes exigem drenagem bem feita, composto adequado e escolha correta da planta.

ƒ Etapas para montagem de vasos e jardineiras:

1. Preparar a drenagem do recipiente: colocando pedaços de telha ou cerâmica nos furos de drenagem.
Completar com uma camada de brita ou pedrisco no fundo do recipiente.

2. Adicionar uma camada de substrato preparado e pressionar levemente.

3. Desembalar o torrão da muda com cuidado para mantê-lo intacto.

4. Assentar o torrão na camada de substrato. E caso necessite acrescentar ou retirar um pouco do substrato.

5. Completar os espaços ao redor do com o substrato pressionando levemente, sem socar, para não causar uma
compactação excessiva.

6. Quando se tratar de recipientes que receberá várias mudas para composição de arranjo ornamental, proceder
na mesma maneira que está descrita para uma muda, tomando cuidado para não deixar vãos sem substrato
entre os torrões das mudas.

ƒ Manutenção e reenvasamento

A manutenção de plantas em vaso e jardineiras é bem mais intensa do que a das plantas cultivadas no solo. Em
recipientes tanto a água quanto os nutrientes se esgotam com maior rapidez do que nos solos dos jardins.

A verificação de ocorrência de pragas ou doenças, a poda e a adubação são práticas constantes da


manutenção de vasos e jardineiras.

O reenvasamento consiste na transferência da planta para um recipiente maior. Para isso se faz à retirada da
planta do recipiente, a poda, quando necessária, das raízes e a troca de substrato. Certas plantas dispensam a
transferência de recipientes. Mas mesmo assim, precisam ter suas raízes examinadas periodicamente e receber
nova terra, ainda que sejam colocadas de volta no mesmo vaso.

Enfim, praticar o paisagismo em recipientes é sempre uma atividade prazerosa, acessível e criativa. A idéia é
combinar espécies, volumes, cores das plantas e ter alguns cuidados para compor belos arranjos.

ƒ Misturas para Jardineiras e Vasos:

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Cada planta é um ser vivo com necessidades diferenciadas; para tanto, nada melhor que o tempo, a observação
e a leitura para aprender a condição de solo, iluminação, adubação e irrigação necessários para cada espécie de
planta. Segue abaixo algumas orientações com relação a misturas de terra especiais para cada grupo de planta.

a) Mistura rica em matéria orgânica:

1 parte de terra comum de jardim

1 parte de terra vegetal

2 partes de composto orgânico

Esta mistura é recomendada para as seguintes plantas:

licuala ou palmeira-leque (Licuala grandis), camélia (Camellia japonica), cróton (Codiaeum variegatum), cica
(Cycas revoluta), gardênia (Gardenia jasminoides), lantana (Lantana camara), planta-camarão-amarelo
(Pachystachys lutea), azaléia (Rhododendron), flor-de-cera (Hoya carnosa), calceolária (Calceolaria
herbeohybrida), petúnia (Petunia x hybrida), calêndula (Calendula officinalis), margarida (Chrysanthemum
leucathemum).

Licuala ou palmeira-leque

(Licuala grandis)

Flor de cera (Hoya carnosa),

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Calceolária

(Calceolaria herbeohybrida)
Bico de papagaio
(Euphorbia pulcherrina)

Causam dor abdominal, vômitos, diarréia e alergia de contato (pele)

a) Mistura argilosa:

2 partes de terra comum de jardim

2 partes de terra vegetal

1 parte de areia

Esta mistura é recomendada para as seguintes plantas:

Papiro (Cyperus papyrus), gladíolo ou palma-de-santa-rita (Gladiolus),


narciso (Narcissus poeticus), bastão-do-imperador (Nicolaia elatior), prímula (Primula
obconica), gloxínia (Sinningia speciosa), estrelitzia (Strelitzia reginae), copo-de-leite
(Zantedeschia aethiopica), calla (Zantedeschia aethiopica ‘Calla’).

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Papiro

(Cyperus papyrus)

Prímula

(Primula obconica)

Estrelitzia

(Strelitzia reginae)

b) Mistura arenosa:

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1 parte de terra comum de jardim

1 parte de terra vegetal

2 partes de areia

Esta mistura é recomendada para as seguintes plantas:

Palmeira-bambu (Chamaedorea elegans), planta-camarão vermelho


(Beloperene guttata), buxinho (Buxus sempervirens), caliandra ou esponjinha
(Calliandra), bico-de-papagaio ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima), hibisco
(Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hidrangea macrophylla), ixora (Ixora chinensis),
giesta ou vassoura espanhola (Spartium junceum), primavera (Bouganvillea
spectabilis), lírio-da-paz (Spatiphylum wallisii), espada-de-são-jorge (Sanseveria
trifasciata), lança-de-são-jorge (Sanseveria cylindrica), onze-horas (Portulaca
grandiflora).

Buxinho

(Buxus sempervirens)

Lírio - da - paz

(Spatiphylum wallisii)

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Palmeira-bambu

(Chamaedorea
elegans)

c) Mistura areno-argilosa:

1 parte de terra comum de jardim

1 parte de terra vegetal

1 parte de composto orgânico

1 parte de areia

Esta mistura é recomendada para as seguintes plantas:

Palmeira-rápis (Rhapis excelsa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias


fruticosa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias guilfoylei), gerânio (Pelargonium
sp.), gerânio pendente (Pelargonium peltatum).

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Palmeira-rápis
(Rhapis excelsa)

Árvore-da-felicidade-fêmea
(Polyscias guilfoylei)

Gerânio pendente
(Pelargonium peltatum).

--------------------FIM DO MÓDULO II------------------

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