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CCOSTA VAL, M. 6. Texto etextualidade. In: Redagto e textualidade. So Paulo: Martins Fontes, 1988, p, 0336, © que texto Para secompreenider melhor fendmeno da produgio de textos escrits, importa entender previamente oe earactriza text, escrito ral unidadelingistia comunicatva Bases, js ‘Que'o que as pescous tem para dizer umas as ‘Sutras no sto palavras nem frasesisolaa, slo Pode-se define texto ou discurso come oor réacialingistia falas ou eserita, de qualquer txtensd, dota de unidade rociocomunieatva, emdntiene formal ‘Antes de mais nada, am texto € uma uni: dade de Finguagem em uso", cumprindo ms fungio idemiieavel au dado jogo de atuacio sociocomunicativa®, Tem papel determinante em Sua produgdo e recepeao uma série de fatores ppragmatiens qe contribuem para a construcéo fe seu sentido e possibilitam que sea reconhect- ‘lo como um emprego normal da lingua, Sio ele imentos desse processo as peculiaridades de cada ‘to comunicativo, tis como: as intengdes do pro- Autor; © jogo de imagens mentais que cada um dos interloeutores faz de s, do outro e do outro com relagao 2 si mesmo e 20 tema do discurso®; € 0 cespaco de perceptbilidade visual e acistca co- mum, na camunicagio face a face. Desse modo, Dae & pertinente numa situacto pode nfo. ser fem outra, O contexto sociocultural em que Se In Sere o discurso também constitu elemento com- icionante de seu sentido, na produgéo e na re- ‘epg, na medida em que delimita os eomheci ‘mentos partilhados pelos interlocutores, inclust- ve quanto as regras Socais da interagao comunk- ativa (uma certa "etiqueta” sociocormunicativa, ‘que determina a variagso de registros, de tom de vor de postura ect 7 ‘segunda propriedade bésica da texto ofa. to de ele constituiruma unidade semantica. Uma ‘ocorvénca lingistica, para ser texto, precisa ser percebida pelo recebedar como um todo signif Eativo. A eperéncia fator responsive pelo sent do do texto, seré estudada no préximo item. Finalmente, o texto se caraceriza por sua uni dade formal, material. Seus consttuintes lings ticos devem se mostrar reconhecivelmente inte grads, de modo a permitir que cle seja perceb ‘do como um todo oes. De acordo com o conceito adotado, um tex to ser bem compreendido quande avaliado sob tres aspects? 0 pragmético, que tem a ver com seu fun elonamento nano atagfinformacio bya semanticorconceitual, de que depende ‘va coeténei: )0 formal, que diz respelto & sua coeséo, 2 O que é textualldade (Chama-se textualidade a0 conjunto de carac- teristicas que fazem com que um texto seja um texto, e nao apenas uma sequéncia de frases, ‘Beaugrande e Dressler (1983) apontam sete fato- res responsiveis pela textualidade de um discur- so qualquer: a coeréneia ea coesio, que se rela: cionam com 0 material conceituale linguistico do texto, ea intencionalidade, a acettabilidede, asituacionalidade,ainformatividade ea iteriex- ‘walidads, que tém a ver eam 0s fatores pragmi- ticos envelvidos no processo sociocomunieativo, 2.1, Coerénéta e coesso A coeréncia resulta da configuracio que as- sumem os conceitos e relagbes subjacentes ast perficie textual. E considerada o fator fundamen- tal da textualidade, porque é responsével pelo, sentido do texto. Envolve ndo s6 aspectos lgicos € semnticos, mas também cognitives, na medi tem ue depend do parade conesimen tos entre os interlocutores ‘Um discurso €aceito como coerente quando presenta uma configuragde conceitual compa: tivel cam o canhecimento de mundo do recebe- dor. Essa questao é fundamental, O texto no sig hiica exclusivamente por si mesmo, Seu sent {do ¢ construida nao s6 pelo produtor como tam bbém pelo feeebedor, que precisa deter os conhe- cimentos necesshirios sua interpretaglo. O pro- ‘utor do discurso nde ignora essa participagio tto interlocutor e conta com ela. E facil verificar ‘que grande parte dos conhecimentos necessfiios ‘Tcompreensto dos textos néo vem explicita, mas Tica dependente da capacidade de pressuposigso ce inferéncia do recebedor, ‘Assim, a coerencia da texto deriva de sun Ié ica interna, resultante dos sigefiendos que sua rede de conceitas e relagdes poe em jogo, mas também da compatibilidade entre essa rede con- Cceitual — 9 mundo textual — © 0 conhecimento fe mundo de quem processa o discurso, iAcoesio €a manifestagio linglistica da coc- réncia;advem da maneira como os conceltose e- lngoes subjecentes so expressos na superficie textual, Responsivel pela unidade formal do tex to, constroise através de macenismos eramati case lexicais. Entre os primeitos esto os pranomes ana- Foricos, os artigos a elipse a concordncia, cor relagao entre os tempos verbals, as conjungbes, por exemplo, Todos esses recursos expressatn re facoes nto s6 entre os elementos no interior de tama frase, mas também entre Frases e seqiéncias Se Frases dentro de um texto. 4h a coesio lexical se f2 pela reiteragao, pe la substituigaa e pela associngao. Aveiteragao se {4 pela simples repetigdo de um item léxico e tam bbém por processos como a nominalizacao exc a te tomad, através de um substantivo cognato, da Jdeia expressa por um verbo, como em adiaadia ‘mento ou promaveripromocio).A substtuigio in- ‘lu‘a sinonimia, a antonimia hiponimia quando termo substituido representa uma parte ou un tlemento ¢ 0 substituider representa o todo ou classe — ek: carrosalveiculo), e a hiperonimia {quando o termo substituido representa o todo ou 2 classe ea substituldor uma parte ou um elemen- to — ex: objetoleaneta} Finalmente, a assoctacio opracesso que permite relacionaritens do voes blario pertinent a um mesmo esquema cognit: vo por exemplo, se falamos aniversavio, podemos fem seguiida meneionar bolo, velitha, presentes, © testes fermos sero interpretadas como alusivos 30 ‘mesmo evento) "A coeréncia e a coesio tém em comum a ca ractevistica de promover a intertelacao semin tica entre os elementos do diseurso, responden- fo pelo que se pode chamar de conectividade textual, A coeréneia diz respeito 20 nexo entre fs eonceitos e a evesdo, & expressio desse nero ho plano linguistico, E importante registrar que (O nexo € indispensével para que uma sequéncia {de frases possa ser reconhecida como texto. En- ttetanto, erse nexo nem serapre precisa estar ex plicito na superficie do texto por um mecanisino le coesto gramatical, Vejamos um exemplo () OPedrovaibuscarasbebidas.A Sandra tem ‘quefiear com os meninos.ATerezaarruma ‘casa, Hojeeuvou precisar daajuda deto- ‘do mundo.

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