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Resumo INTRODUÇÃO
Partindo da idéia de esgotamento do paradigma
cartesiano, o artigo discute a importância dos desafios a Com o presente estudo, por meio de
serem enfrentados pela universidade frente à emergência
de um novo modelo de pensamento, centrado na visão referências bibliográficas selecionadas, pro-
sistêmica (ou holística), que objetiva uma percepção aca- cura-se introduzir alguns questionamentos
dêmica mais ampla da realidade e, ao mesmo tempo, mais
fidedigna à sua função social. sobre a necessidade de um desenvolvimen-
Palavras-chave: paradigma cartesiano; concep- to contínuo do conhecimento e sua aplica-
ção sistêmica; desafios universitários.
ção no ambiente universitário, em face dos
obstáculos conjunturais que compõem a
Abstract
sociedade contemporânea.
Departing from the idea of the Cartesian paradigm A justificativa para sua elaboração re-
exhaustion, the article discusses the importance of the
challenges to be faced by the universities before the urgent side numa tentativa de despertar o interes-
need for a new model of thinking centered in the systemic se pelo tema, como o subseqüente
(or holistic) vision. This model would lead to a broader
academic perception of reality and remain, at the same aprofundamento de seu conteúdo. Busca-
time, truthful to its social function. se, assim, a possibilidade de que sejam ge-
Keywords: Cartesian paradigm; systemic notion;
academic challenges. rados questionamentos e reflexões, na ten-
tativa de disseminar o conhecimento
sistêmico e aplicá-lo ao cotidiano universi-
tário.
Tendo em vista o interesse desperta-
do pela matéria, objetiva-se analisar alguns
de seus aspectos fundamentais, bem como
associar sua teoria ao ensino, gestão, pesqui-
sa e extensão, bem como aos demais aspec-
tos que compõem a vida acadêmica.
Constatado o mal-estar vivido pela
1
Especialista em Administração e Gestão Pública – UFSM/RS.
Servidora Técnico Administrativa da Universidade Federal de
sociedade como um todo, no qual se inclui
Santa Maria/Coordenação do Curso de Ciências Econômicas uma profunda crise de valores, admite-se
do CCSH/UFSM/RS.
2
Mestre em Teoria Econômica pela Universidade de São Paulo que é necessária a mudança na produção do
– USP. Professor Titular do Departamento de Ciências conhecimento, visando à superação de suas
Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM/
RS. posturas cartesianas, garantindo a sobrevi-
AMÁLIA KRÖNING - ROBERTO DA LUZ JÚNIOR - OS DESAFIOS PROPOSTOS PELO PENSAMENTO SISTÊMICO
E A RESISTÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES:UMA ANÁLISE DO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO
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Devido ao fato de que as redes de comu-
Do grego holos, que concebe o mundo como um todo
integrado e não como fragmentos desencontrados. nicação podem gerar laços de realimenta-
7
As propriedades advêm da interação e do relacionamento ção, ela podem adquirir a capacidade de
estabelecido entre as partes (Capra, 2004, p. 46), de maneira
que podem ser destruídas no momento em que o sistema é
regular a si mesmas. Por exemplo, uma
dissecado, tanto no aspecto físico quanto teórico, em elementos comunidade que mantém uma rede ativa
isolados.
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à cibernética11 aplicada à resolução de pro- essa mesma razão, também nas organizações
blemas práticos. Essas aplicações originaram sociais, a criação, seleção e difusão das in-
novos conceitos na área de engenharia/aná- formações tornou-se uma das características
lise de sistemas, bem como na da adminis- mais essenciais à dinâmica cultural.
tração organizacional. O emprego dessa ótica sistêmica à te-
Assim, na medida em que as empre- oria administrativa possibilitou a difusão de
sas foram ampliando o grau de sua comple- estudos sobre as condições em que melhor
xidade, por meio do desenvolvimento de ocorrem, efetivamente, a criação e o apren-
novas tecnologias químicas, eletrônicas e de dizado, contribuindo para a formulação de
comunicação, tanto administradores quan- importantes diretrizes aplicáveis às organi-
to engenheiros precisaram preocupar-se não zações humanas (Capra, 2005, pp. 113-114).
somente com o grande número de seus com- Por este motivo é que a concepção básica
ponentes individuais, mas também com os da administração organizacional, subjacente
efeitos advindos de suas interações mútuas tanto à teoria quanto à sua prática, passou a
(Capra, 2004, pp. 72-74), no que diz respei- ser orientada pelos objetivos condizentes
to, respectivamente, aos sistemas físicos e com aqueles mesmos princípios.
organizacionais. Conseqüentemente, para bem dirigir
Além disso, agrega-se o fato de que a uma organização, um administrador precisa
compreensão das organizações pós-moder- compreender, de maneira detalhada, como
nas carece da percepção de suas mais ínti- ocorre o seu funcionamento e, também,
mas mudanças – aspecto esse que revela a como seus inúmeros componentes
complexidade desse desafio. Isto se dá pela (insumos, qualificação da mão-de-obra, ex-
velocidade/voracidade das transformações pedientes financeiros, análise de mercado,
trazidas pela revolução tecnológica e que a estratégias de vendas, etc.) estão fundamen-
vinculam, essencialmente, ao processo de talmente ligados entre si (Capra, 2005,
criação, seleção e difusão das informações. p.112). Para melhor elucidação do assunto,
Procurando adaptarem-se a essa nova é possível valer-se, inclusive, da utilização
realidade, engenheiros e administradores, de alguns recursos neurolingüísticos que
em médias e grandes organizações, formu- bem identificam essa perspectiva de inter-
laram estratégias e metodologias baseadas, relacionamento.12
explícita ou implicitamente, em concepções De qualquer forma, observa-se que a
sistêmicas (Capra, 2004, pp. 73-75). Daí ele- velocidade das transformações sociais e a
mentos como a administração do conheci- célere evolução da ciência exigem uma mai-
mento, o capital intelectual e o aprendiza- or agilidade e eficiência às organizações
do nas organizações ganharem novos e im- humanas (Capra, 2005, pp. 120-112). Essa
portantes conceitos (Capra, 2005, pp. 112- dinâmica contemporânea indica que uma
114). série de elementos precisam ser redefinidos,
Um exemplo claro dessa postura diz especialmente no âmbito universitário, em
respeito à constatação de que a elevação dos se exigindo uma formação acadêmica inte-
lucros não advém, tão somente, do aspecto
quantitativo da produtividade, mas também 12
Trata-se da utilização de metáforas (Capra, 2005, pp.112-114)
da capacidade de qualificação do produto que contemplam a organização ora como uma máquina,
direcionada para o controle e a eficiência; ora como um
por meio de novas técnicas/habilidades que organismo, ao incluir elementos para o seu desenvolvimento e
o tornem mais atraente e competitivo. Por adaptação; ora como um cérebro, referindo-se à aprendizagem
organizativa; ora como cultura, englobando valores e crenças e
ora como um sistema de governo, permeado por conflitos que
envolvem interesses e poderes. Busca-se, com isso, conciliar
uma ótica administrativa que se torne sensível às questões
11
Ciência do controle da comunicação no animal e na máquina. biológicas e cognitivas da vida, bem como à sua dimensão social.
gral - não somente técnica, mas também das por aquelas possam ser permeadas/mo-
humanística – passível de contornar as mais dificadas por estas, permitindo que os indi-
diversas complexidades e desafios da soci- víduos possam valer-se de seu poder criati-
edade contemporânea. vo (Capra, 2005, pp. 121-123) diante das si-
tuações mais imprevisíveis. Portanto, o ide-
Nessa perspectiva, as universidades bra- al é que a organização formal seja capaz de
sileiras têm um papel estratégico a cum- reconhecer e apoiar as suas redes informais
prir: de funcionamento que, com isso, podem
atravessar seus muros e buscar novos
interlocutores, especialmente os menos
incorporar inovações à sua estrutura e fun-
letrados,demandantes do conhecimento cionamento.
acadêmico acumulado. Esse é o caminho Dessa forma, na extensão de flexibili-
para pôr em cheque o próprio conheci- dade quanto à delegação de competências
mento produzido intramuros sobre os pro- às comunidades informais é que se identi-
cessos sociais e políticos em curso e para fica, ainda que parcialmente, o potencial
se apropriar das percepções e experiênci-
criativo e a capacidade de aprendizagem de
as vividas e elaboradas pelos atores soci-
ais excluídos das universidades (LAGO, uma organização (Capra, 2002, p. 125). Tal
2007, p. 03) afirmação nos conduz a acreditar que a al-
ternativa mais eficiente para intensificar
Sob outra perspectiva, ligada ao estí- aqueles mesmos aspectos numa instituição
mulo à qualidade, empregadas nas diversas universitária consiste em prestar confiança,
áreas, refere-se a necessidade de restabele- apoio e fortalecimento às suas comunidades
cer a identidade dos indivíduos com a insti- de prática14 .
tuição, além de resgatar a participação de Essa idéia de oferecer impulsos signi-
seus recursos humanos. Essas são, pois, es- ficativos ao invés de instruções precisas
tratégias que não poderão ser ignoradas pelo pode parecer vaga demais aos administra-
administrador (Brasil, 1998, p. 2), vez que dores tradicionais, acostumados a buscar
fundamentais à melhoria da gestão univer- níveis mais elevados de eficiência contan-
sitária, à eficiência/diminuição de gastos ina- do apenas com resultados previsíveis. No
dequados e à estruturação acadêmica mais entanto, segundo Capra (2005, pp. 123-124),
adequada ao desenvolvimento de sua pro- quando as pessoas modificam as instruções
dutividade. que recebem, estão respondendo de forma
Para conduzir ao nível máximo sua criativa a um desafio que, resumidamente,
potencialidade de criação e de aprendiza- constitui a essência da vida.
do, faz-se também fundamental que se com- Por meio dessas respostas criativas, as
preenda o relacionamento existente entre redes vivas15 no interior das organizações
as estruturas formais e informais da institui- geram e comunicam significados, consoli-
ção13 , de modo que as políticas desenvolvi- dando a sua liberdade de recriar-se conti-
13
Compreendem as estruturas formais um conjunto de regras e oscilantes, de modo que essas comunicações possam configurar-
regulamentos capazes de definir as relações entre as pessoas e se como formas não verbais de participação num
as tarefas que determinam a distribuição do poder. Seus limites empreendimento conjunto, por meio das quais são permutadas
são demarcados por acordos de nível contratual, os quais habilidades e geradas práticas costumeiras.
14
delineiam subsistemas, isto é, departamentos e funções Trata-se de redes sociais autogeradoras, compostas por
adequadamente definidas. Essas estruturas podem ser indivíduos que compartilham ideais, conhecimentos e regras
identificadas nos documentos oficiais da organização, incluindo de conduta comuns, além de um espírito de coletividade.
15
seus organogramas, estatutos, manuais e orçamentos, os quais Redes vivas são aquelas sensíveis às mudanças estruturais de
descrevem as políticas, as estratégias e os procedimentos uma organização, isto é, capazes de compreender e colaborar
(formais) da universidade, geralmente detalhados em seu plano (reagir) com as instruções recebidas, porquanto seus indivíduos
de desenvolvimento. Por sua vez, as estruturas informais são estejam, de fato, envolvidos na dinâmica de uma mesmo
configuradas por meio de redes de comunicações fluidas e processo.
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ou, como aponta Morin (2005, p. 99), “mais Contrariamente à opinião hoje difundida,
créditos, mais ensinamentos, menos rigidez, o desenvolvimento das aptidões gerais da
menos matérias programadas, menos carga mente permite o melhor desenvolvimen-
to das competências particulares ou
horária”. Como extrema habilidade e suti- especializadas. Quanto mais desenvolvi-
leza, o Mercado tende a impor suas própri- da é a inteligência geral, maior é a sua ca-
as regras, sem maiores preocupações com pacidade de tratar problemas especiais. A
sua conveniência. E, por ambicionar exclu- educação deve favorecer a aptidão natu-
sivamente a competitividade e o lucro, seus ral da mente para colocar e resolver os
interesses nem sempre coincidem com os problemas e, correlativamente, estimular
o pleno emprego da inteligência geral
do conhecimento e do saber.
(MORIN, 2005, p.22).
Identifica-se, com isso, a necessidade
de proteger a Universidade de certas estra-
O bloqueio suscitado pela necessida-
tégias de legitimação e práticas de merca-
de de reformar as mentes para reformar as
do, estranhas aos seus interesses acadêmi-
instituições é adicionado a um bloqueio ain-
cos, sem que esta postura possa representar
da mais amplo (Morin, 2005, pp. 100-103)
seu isolamento institucional. Trata-se de
no que se refere ao relacionamento travado
conciliar restrições orçamentárias às pressões
entre a sociedade e a instituição universitá-
promovidas pelo sistema capitalista, com o
ria. Frente a isso, questiona-se a maneira
fito de preservar os seus mais particulares
como reformar a universidade sem reformar
fins.
a sociedade, impondo-se como desafio a re-
De fato, todos esses elementos são
alização de uma reforma social cujos refle-
necessários (Morin, 2005, p. 99), pois preci-
xos sejam projetados para a universidade.
sa-se de mais créditos, mais ensinamentos,
Considerando que existe um circuito
como também reformas e flexibilidade. To-
entre a universidade e a sociedade, - uma
davia, essas reformulações, processadas iso-
(re)produz a outra, numa postura de
ladamente, configuram-se como camufla-
integração que possibilita um grau de en-
gens que ocultam ainda mais a necessidade
tendimento direcionado à interação de pro-
de mudanças no modo de pensar.
cessos, à diversidade de interpretações e à
Para Morin (2005, pp. 100-101), as ins-
heterogeneidade de universos possíveis
tituições educacionais têm se caracterizado,
(Morin, 2005, p. 101) - qualquer interven-
como regra geral, por uma estrutura rígida,
ção que opere modificações em um dos seus
inflexível, fechada, burocratizada, assim
termos apresenta a tendência de exercer
como também inúmeros professores estão
modificações no outro.
instalados em seus hábitos e autonomias
Nesse contexto, a alteração de pensa-
disciplinares, demonstrando uma resistên-
mento torna-se uma necessidade funda-
cia obtusa em relação a qualquer espécie de
mental (Morin, 2005, pp. 103-105), uma vez
transformação - o que torna invisível qual-
que (re)formar cidadãos capazes de enfren-
quer espécie de desafio. A cada tentativa de
tar os problemas de sua época, fortalece a
reforma, por menor que seja, a resistência
consolidação da democracia e resguarda os
se eleva. Como as mentes, em sua maioria,
direitos humanos. O desenvolvimento de
são formadas em consonância com um mo-
uma democracia cognitiva, no contexto da
delo da especialização fechada, a possibili-
universidade, torna-se então possível na
dade de um conhecimento que ultrapasse
condição de uma reorganização do saber - o
um modelo de especialização parece insen-
qual exige a superação de modelos de pen-
sata.
samento que possibilitem não somente iso-
lar para conhecer, mas também atrelar aquilo
que está isolado.
A democracia é uma obra de arte políti- as atuais barreiras, tanto disciplinares quanto
co-cotidiana que exige atuar no saber que conceituais, que pairam sob as instituições
ninguém é dono da verdade e que o ou- de ensino, muitas vezes, guiadas por prin-
tro é tão legítimo quanto qualquer um.
Além disso, tal obra exige a reflexão e a
cípios arcaicos, rígidos e fragmentados.
aceitação do outro e, sobretudo, a audá- A visão cartesiana, ao separar para en-
cia de aceitar que as diferentes ideologi- tender, acabou por separar o homem de sua
as políticas devem operar como diferen- natureza biológica. Para essa teoria, o mun-
tes modos de ver os espaços de convivên- do material é uma máquina dominada pela
cia, que permitem descobrir diferentes razão humana a serviço de seu individualis-
tipos de erros na tarefa comum de criar
mo.
um mundo de convivência, no qual a po-
breza e o abuso são erros que se quer cor- Compreender que os organismos vi-
rigir (MATURANA, 2005, pp. 75-76). vos são regidos pela lógica sistêmica impor-
ta em ampliar nossa visão e nosso poder de
Visando a manter sua autenticidade, a transformação sobre a realidade. Para isso,
Universidade fez-se valer historicamente de há necessidade de que o tema seja objeto
importantes relações e estratégias, ora com de maiores aprofundamentos e discussões
o Estado, ora com a Igreja, buscando prote- no campo acadêmico.
ger-se em determinados momentos de cri- O paradigma mecanicista privilegia o
se econômica e política. Atualmente, agre- individualismo, o empenho por ideais
ga-se o desafio de preservar a sua indepen- egocêntricos e a competição. Já o paradigma
dência frente à afirmação de uma ideologia holístico faz a sua opção pelo coletivo, coo-
que, a exemplo de Midas, tende a transfor- perativo, solidário e complementar, deven-
mar em mercadoria tudo aquilo que alcan- do ser por isso perseguido como ideal nas
ça. instituições de ensino superior.
Esse processo, todavia, há de se con- A universidade como pólo qualifica-
cretizar pelo tomada de consciência de toda do de criação e difusão de idéias, precisa
a sociedade (Morin, 2005, pp. 103-104), fa- assegurar o debate em sua prática cotidia-
zendo renascer, de uma nova forma, as no- na, aberta a novas idéias e propostas. A dis-
ções pulverizadas pelo esmagamento disci- cussão e a reflexão sobre essas concepções
plinar, ou seja, o ser humano, a natureza, o deve garantir a geração de diretrizes inova-
cosmo e a realidade. Do contrário, a Uni- doras, adequadas à sua função primordial,
versidade, sem maiores possibilidades de qual seja, a formação com conhecimento
deliberar sobre sua conveniência ao ensino, reflexivo.
à pesquisa e à extensão, corre séria ameaça A nova ordem econômica mundial sus-
de subversão em sua lógica de funcionamen- cita resistência, com a possibilidade de con-
to, acabando por submeter à condição de fluir para um movimento que contemple um
mercado a sabedoria e o conhecimento. amplo conjunto de valores e crenças. O en-
tendimento sistêmico parece claro no sen-
CONSIDERAÇÕES FINAIS tido de que essa mudança é absolutamente
necessária, não apenas para o bem estar da
Uma visão da realidade, a partir da instituição universitária, mas também para
concepção sistêmica, está baseada na cons- sua sobrevivência e sua sustentabilidade.
ciência do estado de inter-relação e Um elemento essencial para se atin-
interdependência essencial de todos os fe- gir esses propósitos são novas atitudes que
nômenos, englobando os de natureza física, não só os administradores devem assumir,
biológica, psicológica, social e cultural. mas a comunidade universitária como um
Constata-se que essa concepção ultrapassa todo, que deve estar comprometida com
AMÁLIA KRÖNING - ROBERTO DA LUZ JÚNIOR - OS DESAFIOS PROPOSTOS PELO PENSAMENTO SISTÊMICO
E A RESISTÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES:UMA ANÁLISE DO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO