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Considerando a especificidade da questão apresentada, este trabalho se insere no

campo da pesquisa-ação por se tratar de um processo que envolve intervenção junto aos
sujeitos. Segundo FRANCO (2005) a pesquisa-ação possui um processo que integra
pesquisa-reflexão e ação na qual se desenvolve um movimento cíclico dando tempo e
espaço para que a integração pesquisador-grupo vá se aprofundando. A pesquisa-ação está
vinculada a procedimentos decorrentes de um agir dialógico do coletivo no qual a
interatividade tem capacidade de produzir um saber compartilhado num espaço grupal
que permita a emergência qualitativa dessas ações em todos os participantes. Essa
abordagem de pesquisa se ambienta no espaço natural da realidade a ser pesquisada,
tomando como ponto de partida e chegada a práxis social na construção e ressignificação
do conhecimento. Diante do que se pretende, esse modelo dá suporte aos processos de
conhecimento construído nas múltiplas articulações com a intersubjetividade porque traz
em si uma dinâmica construtiva, essa necessária à captação de material para análises na
pesquisa. Na pesquisa-ação a flexibilidade de procedimentos é fundamental e a
metodologia deve estar aberta a ajustes, bem como caminhar de acordo com as sínteses
provisórias que vão se estabelecendo no grupo.
No movimento de análise serão trazidas as concepções de educação discutidas por
Paulo Freire, que busca significar o espaço de construção do conhecimento como
formadores de sujeitos críticos. O pensamento crítico, segundo Freire, constitui uma
análise da realidade em questão, do meio, das técnicas de produção do sujeito e produz a
capacidade emancipadora da sociedade. Também darão suporte ao trabalho, as
concepções desenvolvidas pelo filósofo Pierre Levy em relação as novas ecologias
cognitivas, que passa a ser a rede que se inserem as dinâmicas, as técnicas, sujeitos e
signos como agentes que se atualizam constantemente e produtores de subjetividades,
assim também como suas concepções sobre as tecnologias intelectuais contemporâneas.
Alguns conceitos de aprendizagem elaborado pela professora Virgínia Kastrup
são relevantes para a pesquisa. O conceito de Aprendizagem Inventiva remete a pensar a
aprendizagem não como solução de problemas, mas sim criação a partir de um
conhecimento construído em rede, nas tessituras, no compartilhamento, na teia sustentada
fortemente pelos dispositivos técnicos e tecnológicos. A criação de um ecossistema
comunicativo traz em si novas potências de informação e formação dos sujeitos. Um dos
desdobramentos dessa questão está na resignificação da relação sujeito/objeto, não tratada
mais como uma dicotomia. O que se configurava como objeto, assim como sujeito,
passam a ser redescobertos como atores na formação de um coletivo. O objeto possui a
capacidade de emitir signos, os quais criam um campo de problematização em que o
sujeito busca interpretação. Sujeitos e objeto são efeitos, e não pontos de partida ou pólos
pré-existentes. Diante da construção de um novo paradigma educacional onde se discute
uma nova configuração da ação educativa, a noção de aprendizagem inventiva, nos
remete a uma nova relação a ser construída nos espaços de aprendizagem, pois as
experiências de problematização podem proporcionar a realização de práticas que
operam a transposição de limites tanto do si mesmo já constituído quanto do mundo
habitado (KASTRUP, 2001).
Acerca da educação no contemporâneo, o profº Nelson Pretto vem desenvolvendo
reflexões políticas e pedagógicas a respeito das possibilidades das TICs. Suas concepções
são de extrema relevância pois remetem a uma mudança conceitual da educação formal
em suas estruturas epistemológicas em vista às TICs que promovem na sociedade novos
espaços de conhecimento. A sua preocupação com as abordagens pedagógicas perpassa
pela formação do educador, assim como a crítica aos modelos padrões de ensino
cultuados por uma cultura tradicionalista que se distância dos modos de pensar dos
alunos. Segundo o autor a nova escola tem de ser mais dinâmica, um lugar onde o
conhecimento esteja disponível para se discutir. Tem de trabalhar numa visão não-
cartesiana (...) que tenha globalidade nessa visão múltipla de conhecimento. (PRETTO,
2008, pag. 25). O paradigma da complexidade busca a superação da lógica linear e atende
a uma nova concepção que tem como eixo articulador a totalidade e a interconexão.
Lynn Alves, Doutora que a mais de quinze anos vem desenvolvendo estudos,
publicações e experiências realizadas a partir de práticas pedagógicas articuladas com o
uso de tecnologias digitais, e com isso tem desenvolvido conceitos relevantes as
potencialidades e as possibilidades das TICs. Seus estudos trazem a tona a urgência de
um novo pensar e desmistifica algumas concepções terroristas acerca do uso de
determinadas tecnologias digitais, a exemplo do trabalho sobre jogos eletrônicos e suas
possíveis implicações no comportamento pessoal. Analisa Alves que:

os jogos eletrônicos e de RPG (...) possibilitam a construção de conceitos


vinculados aos aspectos sociais, cognitivos, afetivos e culturais. E também, que
os jogos eletrônicos de diferentes narrativas e conteúdos atuam na Zona de
Desenvolvimento Proximal dos sujeitos, de forma lúdica, prazerosa e atrativa.
(ALVES, 2004, p.190)
A análise dos material colhido buscará subsídios a partir dos conceitos trabalhados
pelos autores citados para que levem a reflexão crítica da problemática elucidada nesta
pesquisa.

Durante o processo , as abordagens terão que ser mais aprofundadas

Esse ponto de encontro traz em si instrumento de reflexão/avaliação das etapas do


processo, quer como instrumento de autoformação e formação coletiva e, mais ainda, como uma
“incubadora” que amadurece e potencializa as apreensões individuais e coletivas, especialmente
no aspecto afetivo-emocional, há que se considerar que uma pesquisa-ação não se realiza em curto
espaço de tempo

A pesquisa será desenvolvida a partir de intervenções juntos a alunos do ensino médio de


escola pertencente ao município de Sobradinho-BA, no qual serão propostos encontros regulares
onde serão .

Por tratar de questões que abordam processos subjetivos,


Considerando-se a essencialidade das espirais cíclicas que funcionam quer como
instrumento de reflexão/avaliação das etapas do processo, quer como instrumento de
autoformação e formação coletiva e, mais ainda, como uma “incubadora” que amadurece e
potencializa as apreensões individuais e coletivas, especialmente no aspecto afetivo-emocional,
há que se considerar que uma pesquisa-ação não se realiza em curto espaço de tempo

Desde Lewin até Elliot, afirma-se que uma importante característica da


pesquisa-ação é seu processo integrador entre pesquisa, reflexão e ação,
retomado continuamente sob forma de espirais cíclicas, dando tempo e
espaço para que a integração pesquisador-grupo vá se aprofundando.
, permitindo-se que a prática desse processo vá, aos poucos, se tornando
mais familiar, como também o tempo para que o conhecimento
interpessoal se aprofunde e, ainda, por meio de tais espirais, dá-se o
tempo e espaço para apreensão cognitiva/emocional das novas
situações vividas por todo o grupo – prá- ticos e pesquisadores.

A pesquisa se desenvolverá a partir de intervenções regulares no espaço


de uma escola Estadual do município de Sobradinho-BA na qual serão feitos encontros
com alunos do 1º e 2º anos. Nesses encontros pretende-se num primeiro momento pautar
temáticas que possam potencializar as apreensões individuais e coletivas desses jovens que
expressem seus modos de pensar.

Em um segundo momento serão propostas navegações coletivas do CD-ROM


Tudo de Novo para

porém, os paradigmas tradicionais ainda mostram resistência, enrijecendo as


práticas pedagógicas em moldes. As abordagens pedagógicas e a construção do
conhecimento nesses ambientes muitas vezes não habitam um tempo capaz de
reconfigurar os processos educativos, motivados pela dinâmica atual do
conhecimento.

Ao refletir sobre o novo contexto, muito se discute sobre o sentido das


instituições educacionais, atribuindo a essas um espaço de formação capaz de explorar
as transformações da realidade, propiciando uma aprendizagem que integre as
dimensões cognitiva, social, criativa e afetiva dos alunos. Porém, em meio as marés
das mudanças, vale indagar sobre a postura do educador nessas turbulentas ondas.
Quais as concepções pedagógicas exploradas no ambiente de formação docente diante
das TICs? Quais as didáticas pensadas e de que maneira tem se corporificado os
discursos nutridos pelas potencialidades pedagógicas das mídias digitais? Essas são
questões que requerem análises porque tem se evidenciado sérios equívocos na ação
docente e remetem a abordar a formação docente na contemporaneidade.

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