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Ocupacional
Xenobiótico
Termo usado para designar substâncias químicas
estranhas ao organismo. Não possuem papel fisiológico
conhecido.
Toxina
Refere-se à substância tóxica produzida por um sistema
biológico (plantas, animais, fungos e bactérias).
Conceitos Básicos em Toxicologia
Veneno
Dose
A quantidade total de substância à qual um
organismo é exposto. Usualmente a dose corresponde
à quantidade total de material que penetra em um
organismo por uma via específica de exposição.
TOXICIDADE
CLASSIFICAÇÃO
Ação tóxica
Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua
atividade sobre as estruturas teciduais.
Efeito tóxico
Alteração anormal, indesejável ou nociva, decorrente da
exposição a substâncias potencialmente tóxicas.
Conceitos Básicos em Toxicologia
Antídoto e Antagonista
Agente capaz de neutralizar ou reduzir os
efeitos de uma substância potencialmente
tóxica.
Qualquer substância ou
mistura de substâncias
naturais ou sintéticas
destinadas a prevenir,
destruir, controlar ou
inibir qualquer praga,
seja insetos, roedores,
fungos, ervas ou plantas
indesejáveis.
USOS
∗ Agrícola
∗ Domiciliar
∗ Veterinário
∗ Saúde pública
AGRÍCOLA
∗ Inseticidas ∗ Herbicidas
∗ Acaricidas ∗ Dessecantes
∗ Fungicidas ∗ Desfolhantes
∗ Fumigantes ∗ Formicidas
DOMÉSTICOS
∗ Baraticidas
∗ Desinfetantes
∗ Piolhos/
∗ Saneantes
Carrapatos
∗ eliminação de vetores.
∗ OUTROS USOS
∗ Controle de endemias
∗ tratamento de madeira.
∗ armazenamento de
grãos.
∗ Produção de flores.
VETERINÁRIO
∗ Carrapatos
∗ Piolhos
∗ Sarnas
∗ Miíase
∗ Mosca-dos-chifres
∗ Ambientes avícolas
Favorecem as intoxicações
∗ Brasil é o maior consumidor de
agrotóxicos atualmente.
∗ Necessidade de aumentar a
produtividade.
∗ Modelo de agronegócio.
∗ Utilização de produtos mais
tóxicos.
∗ Longas jornadas de trabalho.
∗ Desconhecimento sobre o uso
e os riscos do agrotóxico.
∗ Falta, uso incorreto, inadequação e
desconforto dos EPIs.
∗ Não observação de medidas higiênicas.
∗ Falta de informações e incentivo sobre
métodos alternativos no controle de pragas.
∗ Dificuldades na fiscalização sobre a venda
sem receituário agronômico.
DUPLA EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR
O QUE NÃO FAZER DURANTE A
PREPARAÇÃO DA CALDA
O QUE NÃO FAZER DURANTE A
APLICAÇÃO
Classe toxicológica, grau de toxicidade e cor da
faixa
CLASSE GRAU COR
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO
∗ História.
∗ História
ocupacional.
∗ Circunstância.
∗ Antecedentes.
∗ Exame físico.
∗ Análises
laboratoriais
rápidas.
TRATAMENTO
∗ Dependendo da
gravidade :
- Domiciliar
- Ambulatorial
- Hospitalar
ETAPAS DO TRATAMENTO
∗ Diminuir a exposição ao tóxico.
∗ Aumentar a excreção do tóxico
absorvido.
∗ Antídotos e antagonistas.
∗ Medidas sintomáticas e de
manutenção.
∗ Prevenir sequelas.
TRATAMENTO GERAL E
MEDIDAS SINTOMÁTICAS
∗ Descontaminação: cutânea, respiratória, gástrica e
ocular.
∗ Desobstrução de vias áereas.
∗ Ventilação, oxigenação.
∗ Sintomáticos: hipertermia, convulsões, crise
alérgica....
ORGANOFOSFORADOS
CARBAMATOS
ORGANOFOSFORADOS E
CARBAMATOS
Os organofosforados (OF) e os carbamatos
(CARB) pertencem ao grupo dos inseticidas
anticolinesterásicos
Inibem a atividade
da colinesterase
ORGANOFOSFORADO
OF e CARB
Atividade da
colinesterase
ACETILCOLINA
Distúrbios Distúrbios
Muscarínicos Distúrbios SNC
nicotínicos
FARMACOCINÉTICA
∗ MEIA VIDA :
-varia conforme os compostos:maioria curta
-maioria lipossolúveis(atuam por mais tempo)
∗ ABSORÇÃO:
-bem absorvidos:digestiva, respiratório, pele
e mucosas.
-aumenta a absorção : solventes,
temperatura elevada, dermatites.....
∗ METABOLISMO :
-biotransformados – oxidases. Hidralases e
transferases, principalmente hepáticas.
∗ ELIMINAÇÃO :
-principalmente urinária.
-também pelas fezes e ar expirado.
INTERAÇÕES
∗ Sistema respiratório :
-hipersecreção brônquica, rinorréia,
broncoespasmo, dispnéia, cianose.
∗ Sistema gastrointestinal :
-náuseas, vômitos, diarréia, tenesmo, dor, cólica
abdominal, incontinência fecal.
∗ Glândulas exócrinas :
-sialorréia, sudorese, lacrimejamento.
∗ Sistema cardio-vascular :
-bradicardia, hipotensão.
∗ Olhos :
-miose,visão turva, hiperemia conjuntival.
MANIFESTAÇÕES NICOTÍNICAS
∗ Muscúlo esquelético :
∗ Sistema cardio-vascular :
∗ Neurocomportamentais :
-ansiedade, irritabilidade, confusão mental.
∗ Cognitivos :
-dificuldade de concentração e julgamento,
déficit de memória, depressão, insônia,
pesadelos, cefaléia, anorexia.
∗ Funcionais neuromusculares :
-fraqueza, fadiga, parestesias, distúrbios
visuais e EEG.
MANIFESTAÇÕES TARDIAS
∗ SÍNDROME INTERMEDIÁRIA : Surge em 1 a 4
dias após fase colinérgica aguda. Caracterizada
por fraqueza muscular, especialmente flexores do
pescoço, respiratórios e musculatura proximal de
membros superiores. Paralisia de nervos craniais,
parada respiratória súbita (risco de óbito).
Diminuição ou ausência de reflexos em tornozelos
e joelhos. Diarréia, podendo causar desequilíbrio
de eletrólitos.
∗ Hipóteses etiologia da SI: existência da síndrome;
prolongamento da toxicidade devido terapêutica
insuficiente no quadro agudo, especialmente
pralidoxima;
NEUROPATIA TARDIA
∗ Surge em 1 - 3 semanas após a exposição, com
manifestação clínicas progressivas e irreversíveis:
debilidade, ataxia, paralisias e parestesias,
inicialmente distal, em pernas, progredindo para
extremidades superiores. Em alguns casos ocorre
paralisia flácida bilateral e simétrica. Sintomas
persistentes são caracterizados por espasticidade,
resultantes de lesão medular espinhal.
cefaléia, irritabilidade
dificuldade de concentração
25 a 60 µg/dL
tempo de reação diminuído
anemia
redução na velocidade de condução nervosa
manifestações hematopoiéticas
> 80 µg/dL manifestações cardiovasculares
piora dos efeitos gastrintestinais e renais
Coleta: uma amostra de urina (20 mL). O momento da coleta não é crítico
Conservação: geladeira a 4ºC, por até 5 dias, protegendo a amostra da luz direta
Observações:
1. O Ala-U encontra-se aumentado em pacientes com certas porfirias - raros defeitos congênitos
do metabolismo do heme
2. A exposição prolongada da amostra à luz intensa leva à degradação deste metabólito
Principais atividades profissionais e
fonte ambiental ao chumbo metálico
∗ Exposições ocupacionais a poeiras e fumos de chumbo;
∗ Extracao, concentração e refino de minerios contendo chumbo;
∗ Fundição de chumbo
∗ Producao, reforma e reciclagem de acumuladores elétricos
∗ Fabricaçao e têmpera de aço de chumbo
∗ Reparo de radiadores de carro
∗ Instrucao e prática de tiro
∗ Produção de ceramicas
∗ Producao de Cristais
∗ Demolição, queima, corte ao maçarico de materiais revestidos de
tintas contendo chumbo* entre outros...
Exposições não-ocupacionas ao
chumbo metálico
SIMPLES
ASFIXIANTES
QUÍMICO
S
IRRITANTES
ASFIXIANTES SIMPLES
Fontes de exposição
Mecanismo de ação
- hipóxia celular (por sua afinidade até 250 vezes maior que o oxigênio
pela hemoglobina), pela ligação com outros sítios ativos que contenham
ferro ou cobre (mioglobina, citocromo P450)
- peroxidação lipídica
• cefaléia, vertigem
• fraqueza muscular
• alterações visuais
• confusão mental, dificuldade de concentração
• taquicardia, arritmias cardíacas
• dispnéia, taquipnéia, opressão torácica
• rebaixamento do nível de consciência até síncope
• pele cor de vermelho cereja
• dor abdominal, náuseas e vômitos
• mioclonias, crises epiléticas
• acidose metabólica, coma, óbito.
Tratamento
- Afastamento da exposição
∗ ABSORÇÃO
Ocorre rapidamente por:
-inalação (PRINCIPAL)
-Ingestão
-via dérmica
Leucemigênica:
Citopenia Leucemia mielóide aguda. Pancitopenia:
(leucopenia + Oncológica: (leucopenia,
neutropenia, Linfoma não-Hodgkin, mieloma plaquetopenia
- plaquetopenia) múltiplo e mielofibrose. e anemia)
• Alterações Neuro-Psicológicas e Neurológicas
•Disfunções cognitivas: atenção, percepção, memória,
habilidade motora, viso espacial, viso construtiva, função
executiva, raciocínio lógico, linguagem, aprendizagem e
humor.
• Astenia, cefaléia, depressão, insônia, agitação e
alterações do comportamento
• Polineuropatias periféricas e mielites transversas
• Alterações Periféricas e Centrais do Sistema
Auditivo
•Perdas auditivas neurosensoriais, zumbidos, vertigens e
dificuldades no processamento auditivo.
• Alterações dermatológicas
- eritema e dermatite irritativa de contato
• Outras alterações
• Cardiovascular → arritmias cardíacas
• Gastrintestinal → sensação de queimação das mucosas
oral, esofágica e estomacal, náusea, vômitos e dor
abdominal.
• Hepática → intoxicação
• Geniturinária → hemoglobinúria
• Endócrino → diabetes mellitus
• Reprodutivo → teratogenicidade, irregularidade menstrual
e aborto.
• Carcinogenecidade
• Mutagenecidade
Protocolo de investigação de dano
em expostos ao benzeno
∗ Hemograma
∗ TGO/TGP, gama GT
∗ VHS, Proteína C reativa e FAN.
∗ Marcadores de Hepatite B e C
∗ Anti- HIV
∗ Estudo da medula óssea
∗ Outras investigações
Principais Diagnóstico diferencial
causas de
leucopenia
Infecciosas Gripe, Mononucleose, Hepatites,CMV, HIV, Febre
Amarela, Tb, Febre Tifóide, etc.
Imunológicas LES, AR, Anemia hemolitica, choque anafilatico,
etc.
Esplenomegalias Hepatopatias crs,Calazar, Esquitosomose,etc.
Intoxicação aguda:
∙ rinite, asma e pneumonia,
∙ ulceração e perfuração do septo nasal
∙ reações cutâneas irritativas e alérgicas
Intoxicação crônica:
∙ distúrbios pulmonares, hepáticos, renais, gastrintestinais e circulatórios
∙ carcinoma bronco-pulmonar
∙ potencial mutagênico
∙ câncer de brônquios
∙ reações cutâneas irritativas e alérgicas
∙ asma ocupacional
∙ possibilidade de ulceração nasal e perfuração do septo
∙ câncer após longas exposições
USO DO CROMO
Mineração (Cr0) .......................................... Extração, fragmentação, secagem, calibragem,
separação.
Transporte, condicionamento do mineral
Refinação de ferro-cromo
Ind. cimento (Cr6+) ................................... Produção de cimento Portland
Ind. química (cromatos e dicromatos de Na
e K)................................................................. Produção, uso e armazenamento de compostos
cromados, oxidação de picolinato de cromo
Ind. de madeiras (Cr6+) ........................ Preservação de madeira
Manufatura de sapatos (sulfatos de
Cr) ................................................................. Beneficiamento de couro
Indústria de vidro (Cromato de Pb) ... Coloração de vidros e espelhos
Ind. têxtil (cromato de Pb) ....................... Tintura de tecidos
Metalurgia (Cr3+) ....................................... Solda com arco voltaico (aço inoxidável),
cromagem de metais, eletrodeposição de cromo,
uso de inibidores de corrosão
Manufatura de explosivos
(dicromatos de Na) ............................................ Oxidação de TNT
Tipografia (dicromatos de Na) ................. Aplicação de soluções fotossensíveis
EXEMPLO PRÁTICO DO ARSÊNIO
∗ Intoxicação aguda ➢ Intoxicação crônica
∗ conjuntivite – Perfuração do septo nasal
∗ bronquite e dispnéia – Irritação da árvore respiratória
∗ distúrbios gastrintestinais e vômitos
– Eczema, pústula, dermatites das áreas
∗ choque e morte
expostas, hiperqueratose, melanoma,
Em caso de ingestão:
estrias ungueais e câncer de pele
∗ vômitos intensos e diarréia
– Neuropatia sensorial unilateral, distúrbios
∗ edema facial
motores e parestesias
∗ cãibras
– Anemia e leucopenia
∗ distúrbios cardíacos
– Câncer de pele
Se sobrevivência:
– Câncer pulmonar
∗ perfuração do septo nasal em algumas
semanas
∗ seqüelas neurológicas periféricas
USO DO ARSÊNIO
Manufatura de munições
Produção de grades de Arsênio metálico Fundidores
baterias de Pb ácido
Arsênio
Desfolhante para algodão
orgânico: Agricultores
Herbicidas
DSMA, MSMA
Indústria de couro
Tratamento de couro
Indústria têxteis
Trióxido de Mordente para tecidos, descorantes
Madeireiras
arsênio ou Preservante e inseticida
Indústria de vidros
arsênio branco Agentes de afinamento de vidro
Extração de Au, Co, Cu,
Fundidores
Pb
Indústria têxtil Secagem de tecidos
Arsenito de sódio
Curtumes Depiladores de couro
(As3+)
Indústria pirotécnica Produção de fogos de artifício
Acido arsênico
Indústria de vidro Pentóxido de Tratamento para a coloração de vidros
arsênio
Triclorato de
Indústria da cerâmica Impressão colorida
arsênio
RISCOS TÓXICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Rinite, asma, ulceração e perfuração do septo nasal, dermatite, câncer
Cimento CROMO brônquico e pulmonar