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Tópicos em Toxicologia

Ocupacional

Prof. Dra. Andrea Franco Amoras Magalhães, Msc


Medicina do Trabalho e Toxicologia Ocupacional
Foto: Dra. Andrea Amoras
Intoxicações
∗ As intoxicações agudas são responsáveis por parte significativa dos
atendimentos de emergência e internações tanto em países
desenvolvidos como nos em desenvolvimento. (BRENT, 2005).
∗ Brasil, ~ 30% das intoxicações reportadas ao CIAT’S são
medicamentos e as intoxicações envolvendo agrotóxicos são as mais
letais (SINITOX, 2014);
∗ Estados Unidos (2012): medicamentos (50,2%); cosméticos/produtos
(7,9%) e produtos domissanitários (7,2 %)
∗ Africa do Sul: produtos químicos (52,7%), principalmente pesticidas,
medicamentos (35,2%) e toxinas biológicas (12,6%)

VEALE et al., 2013; JAMES et al., 2013; DAVID e STEVEN, 2010


Conceitos Básicos em Toxicologia
Agente tóxico ou toxicante
Substância química capaz de causar dano a um sistema
biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob
certas condições de exposição.

Xenobiótico
Termo usado para designar substâncias químicas
estranhas ao organismo. Não possuem papel fisiológico
conhecido.

Toxina
Refere-se à substância tóxica produzida por um sistema
biológico (plantas, animais, fungos e bactérias).
Conceitos Básicos em Toxicologia

Veneno

Termo de uso popular utilizado para designar a


substância química, ou mistura de substâncias
químicas, que provoca a intoxicação ou a morte com
baixas doses.
Segundo alguns autores, é um termo utilizado
especificamente para designar substâncias
provenientes de animais, onde teriam importantes
funções de autodefesa ou de predação.

Ex. veneno de cobra e de abelha.


Conceitos Básicos em Toxicologia

Dose
A quantidade total de substância à qual um
organismo é exposto. Usualmente a dose corresponde
à quantidade total de material que penetra em um
organismo por uma via específica de exposição.

“Qualquer efeito tóxico é proporcional à dose”


Conceitos Básicos em Toxicologia

TOXICIDADE

CLASSIFICAÇÃO

Extremamente tóxica: DL50 < ou = 1 mg/kg

Altamente tóxica: DL50 > 1 a 50 mg/kg

Moderadamente tóxica: DL50 > 50 a 500 mg/kg

Levemente tóxica: DL50 > 0,5 a 5 g/kg

Pouco tóxica: DL50 acima de 5 g/kg


Conceitos Básicos em Toxicologia

Ação tóxica
Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua
atividade sobre as estruturas teciduais.

Efeito tóxico
Alteração anormal, indesejável ou nociva, decorrente da
exposição a substâncias potencialmente tóxicas.
Conceitos Básicos em Toxicologia

Antídoto e Antagonista
Agente capaz de neutralizar ou reduzir os
efeitos de uma substância potencialmente
tóxica.

• Antídoto é a sustância que se opõe ao efeito tóxico,


atuando sobre o próprio toxicante

• Antagonista é a substância que exerce uma ação


oposta à do agente tóxico (agonista)
Intoxicação

Processo patológico causado por substâncias


químicas e caracterizado por desequilíbrio
fisiológico secundários a modificações
bioquímicas no organismo.

Processo evidenciado por sinais e sintomas


ou mediante exames laboratoriais
CLASSIFICAÇÃO DA INTOXICAÇÃO

Quanto à duração da exposição

INTOXICAÇÃO AGUDA (a curto prazo): consiste no


aparecimento de um quadro clínico patológico
decorrente de exposição única ou múltipla, num
período não superior a 24 h

INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA: exposições freqüentes ou


repetidas, num período de vários dias ou semanas,
antes do aparecimento dos sintomas

INTOXICAÇÃO CRÔNICA (a longo prazo): exposições


freqüentes ou repetidas (geralmente baixas doses),
durante um longo período de tempo.
Manifestações clínicas: acúmulo do tóxico ou adição
de efeitos
Indicador Biológico de Exposição (IBE)

∗ Compreende toda substância cuja determinação nos


fluidos biológicos (sangue, urina), tecidos ou ar
exalado, avalie a intensidade da exposição e o risco à
saúde.

∗ Estabelecidos a partir de estudos de dose-efeito.

∗ Não visa fixação de limites entre o que se considera


são e doente.

∗ Não são utilizáveis para quantificação de efeitos


nocivos ou para o diagnóstico.
Indicador Biológico de Exposição (IBE)

∗ Existem 3 categorias de IBE

➢ Indicadores biológicos de dose interna

➢ Indicadores biológicos de efeito

➢ Indicadores biológicos de susceptibilidade


Indicadores Biológicos de Dose Interna
Substância exógena e/ou seus produtos de biotransformação
presentes em um compartimento do organismo: fluidos
(sangue), excreções (urina, fezes), tecidos, outros (ar exalado,
cabelo).

Corresponde à dose real da substância ou seu metabólito no


sítio de ação.

Ex.: Chumbo no Sangue;


Mercúrio na Urina;
Benzeno no Ar exalado;
Ác. Fórmico na urina;
Chumbo em cabelo;
Organoclorados em leite materno;
Indicadores Biológicos de Efeito

Quantificação das alterações biológicas (Bioquímicas,


fisiológicas, comportamentais, morfológicas) produzidas pela
interação do agente químico com o organismo.

Ex.:Atividade da Acetilcolinesterase eritrocitária,


Níveis de ácido delta-aminolevulínico na urina.
Indicadores Biológicos de Susceptibilidade
Indicador de capacidade herdada ou adquirida de um
organismo em responder à exposição a uma substância
xenobiótica específica.

Diferenças (variabilidade) biológicas que confere a diferentes


populações habilidades distintas de responder a exposições a
agentes tóxicos.
Ex.:Expressão de diferentes subtipos da enzima paraoxonase,
Polimorfismos genéticos
Enzimas de biotransformação polimórficas
Enzima paraoxonase – intoxicação por inseticidas
organofosforados
Enzima Glutationa-S-Transferase (GST) – intoxicação por
metais
IBMP

Índice Biológico Máximo Permitido

∗ É o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a


maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de
dano à saúde.

∗ A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva;

O Valor de Referência da Normalidade é o valor possível de ser


encontrado em populações não expostas ocupacionalmente.
NORMAS
REGULAMENTADORAS
QUADRO II
PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
A ALGUNS RISCOS À SAÚDE
(redação dada pela Portaria nº 19 de 09 de Abril de 1998)
(Alterado pela Portaria nº 19, de 09 de abril de 1998)

Risco Exame Periodicidade Método de Critério de Observações


Complementar Dos Exames Execução Interpretação
Aerodispersóides Telerradiografia Admissional e Radiografia em Classificação
do Tórax anual posição póstero- internacional da
FIBROGÊNICOS anterior (PA) OIT para
Espirometria Admissional e Técnica radiografias
bienal preconizada pela
OIT, 1980
Técnica
preconizada pela
American
Thoracic Society,
1987
Aerodispersóide Telerradiografia Admissional e Radiografia em Classificação
do Tórax trienal, se posição póstero- internacional da
NÃO- exposição < 15 anterior (PA) OIT para
FIBROGÊNICOS Espirometria anos Técnica radiografias
preconizada pela
Bienal, se OIT, 1980
exposição > 15 Técnica
anos preconizada pela
American
Admissional e Thoracic Society,
bienal 1987
QUADRO II
PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
A ALGUNS RISCOS À SAÚDE
(redação dada pela Portaria nº 19 de 09 de Abril de 1998)
(Alterado pela Portaria nº 19, de 09 de abril de 1998)
Risco Exame Periodicidade Método de Critério de Observações
Complementar Dos Exames Execução Interpretação
Condições Radiografias de Admissional e Ver anexo "B“
hiperbáricas articulações anual do Anexo n° 6
coxo-femorais e da NR 15
escápulo-
umerais
Radiações Hemograma Admissional e
ionizantes completo e semestral
contagem de
plaquetas
Hormônios Apenas em Admissional e
sexuais homens; semestral
femininos Testosterona
total ou
plasmática livre
LH e FSH
Benzeno Hemograma Admissional e
completo e semestral
plaquetas
AGROTÓXICOS
DEFINIÇÃO

Qualquer substância ou
mistura de substâncias
naturais ou sintéticas
destinadas a prevenir,
destruir, controlar ou
inibir qualquer praga,
seja insetos, roedores,
fungos, ervas ou plantas
indesejáveis.
USOS

∗ Agrícola
∗ Domiciliar
∗ Veterinário
∗ Saúde pública
AGRÍCOLA
∗ Inseticidas ∗ Herbicidas

∗ Acaricidas ∗ Dessecantes

∗ Fungicidas ∗ Desfolhantes

∗ Fumigantes ∗ Formicidas
DOMÉSTICOS
∗ Baraticidas
∗ Desinfetantes

∗ Piolhos/
∗ Saneantes
Carrapatos

∗ Raticidas ∗ Grama e jardim

∗ Repelentes de ∗ Piscinas: alvejantes


insetos algicidas
∗ SAÚDE PÚBLICA

∗ eliminação de vetores.
∗ OUTROS USOS
∗ Controle de endemias
∗ tratamento de madeira.
∗ armazenamento de
grãos.
∗ Produção de flores.
VETERINÁRIO
∗ Carrapatos
∗ Piolhos
∗ Sarnas
∗ Miíase
∗ Mosca-dos-chifres
∗ Ambientes avícolas
Favorecem as intoxicações
∗ Brasil é o maior consumidor de
agrotóxicos atualmente.
∗ Necessidade de aumentar a
produtividade.
∗ Modelo de agronegócio.
∗ Utilização de produtos mais
tóxicos.
∗ Longas jornadas de trabalho.
∗ Desconhecimento sobre o uso
e os riscos do agrotóxico.
∗ Falta, uso incorreto, inadequação e
desconforto dos EPIs.
∗ Não observação de medidas higiênicas.
∗ Falta de informações e incentivo sobre
métodos alternativos no controle de pragas.
∗ Dificuldades na fiscalização sobre a venda
sem receituário agronômico.
DUPLA EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR
O QUE NÃO FAZER DURANTE A
PREPARAÇÃO DA CALDA
O QUE NÃO FAZER DURANTE A
APLICAÇÃO
Classe toxicológica, grau de toxicidade e cor da
faixa
CLASSE GRAU COR

Classe I Extremamente Vermelha


tóxico
Classe II Altamente Amarelo
tóxico
Classe III Medianamente Azul
tóxico
Classe IV Pouco tóxico Verde
DIAGNÓSTICO E

TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO
∗ História.
∗ História
ocupacional.
∗ Circunstância.
∗ Antecedentes.
∗ Exame físico.
∗ Análises
laboratoriais
rápidas.
TRATAMENTO

∗ Dependendo da
gravidade :
- Domiciliar
- Ambulatorial
- Hospitalar
ETAPAS DO TRATAMENTO
∗ Diminuir a exposição ao tóxico.
∗ Aumentar a excreção do tóxico
absorvido.
∗ Antídotos e antagonistas.
∗ Medidas sintomáticas e de
manutenção.
∗ Prevenir sequelas.
TRATAMENTO GERAL E
MEDIDAS SINTOMÁTICAS
∗ Descontaminação: cutânea, respiratória, gástrica e
ocular.
∗ Desobstrução de vias áereas.
∗ Ventilação, oxigenação.
∗ Sintomáticos: hipertermia, convulsões, crise
alérgica....
ORGANOFOSFORADOS

CARBAMATOS
ORGANOFOSFORADOS E
CARBAMATOS
Os organofosforados (OF) e os carbamatos
(CARB) pertencem ao grupo dos inseticidas
anticolinesterásicos

Inibem a atividade
da colinesterase
ORGANOFOSFORADO

∗ Desenvolvidos durante a II Guerra, como


inseticidas e agentes de guerra.
∗ Odor característico de alho.
∗ Comercialização: formulações em concentrações
variáveis, maioria líquida em solventes
(hidrocarbonetos).
∗ Inibição irreversível: complexo estável.
CARBAMATOS

∗ São mais recentes.

∗ Derivados sintéticos de ác.carbâmico.

∗ Inibição reversível : complexo menos estável.


USOS : OF e CARB

∗ Agropecuária ( controle de pragas ).

∗ Veterinária ( infestações em animais).

∗ Domicílio (pragas e infestações ).

∗ Saúde pública ( controle de vetores ).


FARMACODINÂMICA

OF e CARB

Atividade da
colinesterase

ACETILCOLINA

Distúrbios Distúrbios
Muscarínicos Distúrbios SNC
nicotínicos
FARMACOCINÉTICA

∗ MEIA VIDA :
-varia conforme os compostos:maioria curta
-maioria lipossolúveis(atuam por mais tempo)

∗ ABSORÇÃO:
-bem absorvidos:digestiva, respiratório, pele
e mucosas.
-aumenta a absorção : solventes,
temperatura elevada, dermatites.....
∗ METABOLISMO :
-biotransformados – oxidases. Hidralases e
transferases, principalmente hepáticas.

∗ ELIMINAÇÃO :
-principalmente urinária.
-também pelas fezes e ar expirado.
INTERAÇÕES

∗ Depressores do SNC – aumento a depressão


respiratória.
∗ Teofilina, aminofilina – arritmias.
∗ Succinilcolina, fenotiazinas, anéstesicos, cocaína
– aumentam a duração dos efeitos.
MANIFESTAÇÕES MUSCARÍNICAS

∗ Sistema respiratório :
-hipersecreção brônquica, rinorréia,
broncoespasmo, dispnéia, cianose.
∗ Sistema gastrointestinal :
-náuseas, vômitos, diarréia, tenesmo, dor, cólica
abdominal, incontinência fecal.
∗ Glândulas exócrinas :
-sialorréia, sudorese, lacrimejamento.
∗ Sistema cardio-vascular :
-bradicardia, hipotensão.
∗ Olhos :
-miose,visão turva, hiperemia conjuntival.
MANIFESTAÇÕES NICOTÍNICAS

∗ Muscúlo esquelético :

-fasciculações e fraqueza muscular,


cãibras, paralisia e tremores.

∗ Sistema cardio-vascular :

-taquicardia, hipertensão, palidez.


MANIFESTAÇÕES DO SNC
∗ Sonolência
∗ Letargia
∗ Dispnéia
∗ Coma
∗ Cefaléia
∗ Tremores
∗ Ataxia
∗ Fadiga
EFEITOS RESIDUAIS

∗ Neurocomportamentais :
-ansiedade, irritabilidade, confusão mental.
∗ Cognitivos :
-dificuldade de concentração e julgamento,
déficit de memória, depressão, insônia,
pesadelos, cefaléia, anorexia.
∗ Funcionais neuromusculares :
-fraqueza, fadiga, parestesias, distúrbios
visuais e EEG.
MANIFESTAÇÕES TARDIAS
∗ SÍNDROME INTERMEDIÁRIA : Surge em 1 a 4
dias após fase colinérgica aguda. Caracterizada
por fraqueza muscular, especialmente flexores do
pescoço, respiratórios e musculatura proximal de
membros superiores. Paralisia de nervos craniais,
parada respiratória súbita (risco de óbito).
Diminuição ou ausência de reflexos em tornozelos
e joelhos. Diarréia, podendo causar desequilíbrio
de eletrólitos.
∗ Hipóteses etiologia da SI: existência da síndrome;
prolongamento da toxicidade devido terapêutica
insuficiente no quadro agudo, especialmente
pralidoxima;
NEUROPATIA TARDIA
∗ Surge em 1 - 3 semanas após a exposição, com
manifestação clínicas progressivas e irreversíveis:
debilidade, ataxia, paralisias e parestesias,
inicialmente distal, em pernas, progredindo para
extremidades superiores. Em alguns casos ocorre
paralisia flácida bilateral e simétrica. Sintomas
persistentes são caracterizados por espasticidade,
resultantes de lesão medular espinhal.

∗ A neuropatia NÃO está associada com inibição da


colinesterase e sim com inibição da ESTERASE
NEUROTÓXICA (NTE) - especifica do sistema
nervoso: cérebro, medula espinhal e nervos
periféricos. Determinação da NTE é feita em
linfócitos e plaquetas (não realizada no Brasil).
PRIMEIROS SOCORROS
∗ Manter ventilação adequada: aspirar secreções,
oxigenação, intubação.
∗ INGESTA :
-Lavagem gástrica até 4 hs + CA (intubação prévia
em caso de solvente ).
-Não provocar vômito.
-Não usar substâncias oleosas
∗ DÉRMICA : retirar as roupas contaminadas seguida
de lavagem corporal com água corrente e sabão por
15 min. Atentar para pregas de pele e região de
pêlos.
∗ OCULAR : lavagem ocular com jato suave de água
corrente por 10-15 min, pálpebras abertas.
TRATAMENTO

∗ Monitorização respiratória e cardíaca.


∗ Correção dos distúrbios colinérgicos.
∗ Diazepam a partir de moderada gravidade.
∗ Controle hidroeletrolítico.
∗ Avaliar a função renal e hepática.
∗ Medidas sintomáticas e de manutenção.
∗ Assintomático com história de exposição –
observação por 24 horas ( OF ) e 6-8 hs (
CARB ).
GRAVIDADE QUADRO CLÍNICO AChASE TRATAMENTO
PLASM.
Assintomático 50-90 % Afastar da exposição. Medidas
LATENTE sintomáticas

Náuseas, fadiga, mal- 20-50 % Afastar da exposição. Medidas


LEVE estar,fraqueza muscular sintomáticas
mínima, cólica sem diarréia

Salivação, lacrimejamento, 10-20 % Usar ATROPINA,


broncorréia, PRALIDOXIMA, medidas gerais
broncoconstrição; vômito, e sintomáticas
desconforto gastro-
intestinal, incontinência
MODERADA urinária e fecal.
Tremores, fraqueza,
fasciculação, confusão,
letargia, ansiedade

Agravamento do quadro 10% ou menos Usar ATROPINA,


anterior; insuficiência PRALIDOXIMA, medidas gerais
SEVERA respiratória, coma, e sintomáticas
paralisias, convulsões,
disfunção autonômica
ANTÍDOTO - ATROPINA
O sulfato de atropina inibe a ação da acetilcolina
sobre o orgão efetor por um mecanismo de
competição, pois ambos os compostos apresentam
uma configuração química semelhante. Esta
competição ocorre nos receptores muscarínicos e
sua intensidade não é igual em todos os orgãos.
ANTÍDOTO - ATROPINA

∗ Ação: bloqueia os efeitos muscarínicos.


∗ Repetir até atropinização eficaz.
∗ Parâmetros: permeabilidade traqueo-brônquica,
ressecamento de secreções e mucosas, rubor facial.
∗ Ajustar dose de manutenção (24 hs ou mais).
∗ Retirar gradualmente.
∗ Retornar se efeitos colinérgicos.
∗ Taquicardia não contra indica ( 120/ min).
∗ OF : doses mais elevadas/maior tempo.
DOSE ATROPINA

∗ Via de administração : preferencialmente EV.


∗ ADULTO : 2 – 4 mg/dose ( OF ).
0,5 - 2 mg/dose ( CARB ).

∗ CRIANÇA : 0,05 mg/Kg/dose ( OF ).


0,01 – 0,05 mg/dose ( CARB ).

∗ Repetir – 5 – 10 min até atropinização.


PRALIDOXIMA

∗ Ação: reativação enzimática da AChE, proteção


da enzima não inibida, potencialização dos
efeitos da atropina.
∗ Início: precoce ( primeiras 24 hs ).
∗ CARB : não é indicada.
∗ OF + CARB : indicado o uso.
∗ Não substitui a atropina.
DOSE
∗ Via de administração: EV
preferencialmente. Pode ser IM ou oral.
∗ ADULTO: 1 – 2 gr (não exceder
200mg/min).
∗ CRIANÇA: 20 – 40 mg/ Kg ( não exceder
4mg/Kg/min ).
∗ Pico plasmático e efeitos : 5 – 15 min.
∗ Meia vida : 1 – 3 hs
∗ Excreção renal
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE
DA COLINESTERASE

∗ ERITROCITÁRIA: é mais precisa por representa


Colinesterase encontrada exclusivamente em
neurônios, sinapses ganglionares da estrutura
neuromuscular e nos eritrócitos.

∗ PLASMÁTICA: "pseudocolinesterase", presente em


quase todos os tecidos, principalmente hepático, e no
plasma, porém tem concentração pequena no SNC e
periférico. Frequentemente usada e de fácil
realização.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
CHUMBO
Quais as fontes de Chumbo?
solo, ar, água e ingestão sob várias formas

petróleo, processos industriais, tintas, canos de água, ar (80% do


chumbo da atm provem da gasolina), poeira, sujeira das ruas e
vias, água e alimentos, revestimento de metais e outras fontes
expostas e corrosão, esmaltes, cerâmicas vitrificadas com
cozimento a baixas temperaturas, soldaduras de embalagens de
alimentos, solo contaminado por indústrias emissoras de chumbo,
remédios folclóricos (particularmente provenientes de países
orientais), cosméticos.
Exposição ao Chumbo nas Crianças

∗ A exposição às crianças é um problema sério de saúde pública, que


está relacionado com o nível cultural dos pais e a situação sócio-
econômica
∗ Em 1943, um estudo nos EUA, com crianças expostas, levou a
resultados comprovadores de alterações neuropsicológicas na
exposição crônica a doses leves e após exposição aguda a doses
altas.
∗ Consumo por quilo de peso é maior do que nos adultos;
∗ Crianças colocam objetos na boca com freqüência, que levam
sujeiras do solo;
∗ a absorção de chumbo pelo organismo das crianças é maior do
que pelo adulto;
∗ crianças pequenas estão em desenvolvimento rápido e
constante assim são mais vulneráveis aos efeitos do chumbo.
∗ As crianças mais pobres estão bem mais sujeitas à intoxicação,
devido ao local de residência ser perto de indústrias ou de vias
de alto tráfego e devido à desnutrição como fator agravante.
∗ Baixas doses de chumbo contínuo leva a crianças pequenas –
diminuição importante do desenvolvimento intelectual –
efeitos esses geralmente irreversíveis.
Intoxicação por Chumbo
∗ Em altas concentrações = O contato humano com esse metal
pode levar a distúrbios de praticamente todas as partes do
organismo - sistema nervoso central, sangue e rins – culminando
com a morte.

∗ Em baixas doses= Há alteração na produção de hemoglobina


(molécula presente nas células vermelhas do sangue,
responsável pela ligação dessas células ao oxigênio) e processos
bioquímicos cerebrais. Isso leva a alterações psicológicas e
comportamentais sendo a diminuição da inteligência um dos
efeitos .
Sintomas mais frequentes
associadas a intoxicação
∗ Leve: mialgia, irritabilidade, parestesias, fadiga leve, dor
abdominal intermitente e letargia;
∗ Moderada: cefaléia, vomitos, nauseas, fadiga severa, dor
abdominal difusa e frequente, perda de peso, reducao da libido,
constipacao intestinal, tremores, mialgias, parestesias e
artralgias, dificuldades de concentracao
∗ Grave: encefalopatia, neuropatia motora, convulsoes, coma,
colica abdominal aguda, linha gengival de Burton e nefropatia.
Doenças causalmente relacionadas
a exposição
∗ Anemias;
∗ Hipotireoidismo
∗ Polineuropatias
∗ Encefalopatias
∗ Hipertensao arterial
∗ Arritmias cardíacas
∗ Insuficiencia renal cronicas, entre outras
Diagnóstico laboratorial

∗ Indicadores de exposicao: dosagem de chumbo no


sangue e na urina
∗ Indicadores de efeitos biológicos: revelam alteraçoes
organicas
a) Dosagem da zinco-protoporfirina
b) Determinacao do acido delta aminolevulínico na
urina.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Relação dose-efeito

cefaléia, irritabilidade
dificuldade de concentração
25 a 60 µg/dL
tempo de reação diminuído
anemia
redução na velocidade de condução nervosa

60 a 80 µg/dL manifestações gastrintestinais


manifestações renais

manifestações hematopoiéticas
> 80 µg/dL manifestações cardiovasculares
piora dos efeitos gastrintestinais e renais

> 100 μg/dL encefalopatia


Linha de Burton
INDICADOR BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO

Indicador Biológico de Exposição: chumbo sangüíneo (Plumbemia / Pb-S)


Coleta: uma amostra de sangue heparinizado (10 mL)
O momento da coleta não é crítico

Conservação: geladeira a 4ºC, por até 5 dias


V.R.: até 40 µg/dL
I.B.M.P.: 60 µg/dL
Método analítico: espectrofotometria de absorção atômica (EAA)
INDICADOR BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO
Indicador Biológico de Exposição: Ácido deltaminolevulínico urinário (Ala-U)

Coleta: uma amostra de urina (20 mL). O momento da coleta não é crítico
Conservação: geladeira a 4ºC, por até 5 dias, protegendo a amostra da luz direta

V.R.: até 4,5 mg/g de creatinina


I.B.M.P.: 10 mg/g de creatinina
Método analítico: Espectrofotometria visível

Observações:
1. O Ala-U encontra-se aumentado em pacientes com certas porfirias - raros defeitos congênitos
do metabolismo do heme
2. A exposição prolongada da amostra à luz intensa leva à degradação deste metabólito
Principais atividades profissionais e
fonte ambiental ao chumbo metálico
∗ Exposições ocupacionais a poeiras e fumos de chumbo;
∗ Extracao, concentração e refino de minerios contendo chumbo;
∗ Fundição de chumbo
∗ Producao, reforma e reciclagem de acumuladores elétricos
∗ Fabricaçao e têmpera de aço de chumbo
∗ Reparo de radiadores de carro
∗ Instrucao e prática de tiro
∗ Produção de ceramicas
∗ Producao de Cristais
∗ Demolição, queima, corte ao maçarico de materiais revestidos de
tintas contendo chumbo* entre outros...
Exposições não-ocupacionas ao
chumbo metálico

∗ Uso de medicamentos que contem chumbo;


∗ Utilização de vasilhames que contem chumbo;
∗ Presença de projéteis de arma de fogo no organismo;
∗ Contato com solo contaminado com pesticidas contendo
chumbo;
∗ Ingestao acidental
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
GASES TÓXICOS
GASES permanecem no estado gasoso (condições normais de
temperatura e pressão)
VAPORES formas gasosas de substâncias normalmente
sólidas ou líquidas: volatilização de solventes /
mercúrio / água
FUMOS condensação de metais com oxidação no nível
atmosférico: PbO Fe2O3
POEIRAS particulado sólido por ação mecânica
NÉVOAS subdivisão de matéria líquida: óleo de corte/
pintura spray
NEBLINAS condensação de líquidos
FUMAÇAS mistura de gases + vapores + particulado +
névoas + neblinas
FATORES DE GRAVIDADE
– Tempo de contato
– Habilidade da substância em penetrar nos tecidos
– pH da substância
– Volume (quantidade)
– Concentração do agente (indústrias, p. ex.)
– Tamanho da partícula
– Hidrossolubilidade
– Presença de alimento no estômago (nas exposições ocupacionais a via de
absorção digestiva é menos importante que as vias inalatória e dérmica)
TIPOS DE EFEITOS

SIMPLES
ASFIXIANTES
QUÍMICO
S

IRRITANTES
ASFIXIANTES SIMPLES

- ocupam o lugar do oxigênio na árvore respiratória


- dióxido de carbono
- hidrogênio e nitrogênio
- metano, etano, propano e butano (GLP)
- neônio, argônio, xenônio
- são considerados sem ação fisiológica (?)
ASFIXIANTES QUÍMICOS

❖ interferem no transporte do oxigênio pela hemoglobina


- monóxido de carbono
- agentes metemoglobinizantes

❖ atuam nos processos de respiração celular


- cianeto
- sulfeto de hidrogênio
IRRITANTES

- podem atuar em processos de oxidação-redução, alquilação de


macromoléculas e equilíbrio ácido-base
- efeitos imediatos (broncoespasmo, alveolite alérgica)
- efeitos intermediários (edema pulmonar, bronquiolite obliterante,
infecção secundária)
- efeitos tardios (fibrose)
- ácido sulfídrico e fluorídrico
- amoníaco e cloro
- cloreto e brometo de metila
- gás lacrimogêneo* e gás pimenta*
- arsina
- fosgênio
- fosfina
* são aerossóis
MONÓXIDO DE CARBONO

Fontes de exposição

- Combustão de qualquer material orgânico (carbônico):


- gasolina
- madeira
- gás (principalmente na queima incompleta, p. ex. aquecedores
ou motores desregulados)
- Ambientes mal-ventilados com presença de fornos de lenha,
lareiras, estufas, calefadores, veículos (garagens e túneis)
- Aquecimento improvisado (ex. queima de álcool etílico)
- Fumaça de incêndio
- Mineração
MONÓXIDO DE CARBONO

Mecanismo de ação

- hipóxia celular (por sua afinidade até 250 vezes maior que o oxigênio
pela hemoglobina), pela ligação com outros sítios ativos que contenham
ferro ou cobre (mioglobina, citocromo P450)

- peroxidação lipídica

- lesão por reperfusão, atingindo com maior intensidade os tecidos com


maior necessidade metabólica (SNC, musculatura cardíaca)
MONÓXIDO DE CARBONO
Manifestações clínicas:

• cefaléia, vertigem
• fraqueza muscular
• alterações visuais
• confusão mental, dificuldade de concentração
• taquicardia, arritmias cardíacas
• dispnéia, taquipnéia, opressão torácica
• rebaixamento do nível de consciência até síncope
• pele cor de vermelho cereja
• dor abdominal, náuseas e vômitos
• mioclonias, crises epiléticas
• acidose metabólica, coma, óbito.

Seqüelas incluem necrose de globo pálido, putâmen e outros gânglios


da base, levando a parkinsonismo e distúrbios neuropsiquiátricos
diversos
MONÓXIDO DE CARBONO

Tratamento

- Afastamento da exposição

- Suporte (ABC): oxigênio a 100%; e, caso seja necessário,


intubação orotraqueal e ventilação mecânica

- Oxigênio hiperbárico (até 3 ATA) se houver coma ou alteração da


consciência em qualquer momento da intoxicação, níveis de
carboxihemoglobina > 40% ou em gestantes com COHb > 15%,
sintomas que não melhoram após 4 a 6 horas com oxigênio
normobárico ou que recorrem após recuperação da intoxicação
aguda.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
BENZENO
BENZENISMO

Conjunto de sinais, sintomas e complicações,


decorrentes da exposição aguda ou crônica ao
hidrocarboneto aromático, benzeno. As
complicações podem ser agudas , quando de
exposição a altas concentrações com presença de
sinais e sintomas  neurológicos, ou crônicas, com
sinais e sintomas clínicos diversos, podendo
ocorrer complicações a médio ou a longo prazo
localizadas principalmente no sistema
hematopoiético.      
TOXICINÉTICA DO BENZENO

∗ ABSORÇÃO
Ocorre rapidamente por:
-inalação (PRINCIPAL)
-Ingestão
-via dérmica

Por via oral, 100% do Benzeno é absorvido


METABOLISMO

∗ Metabolizado no fígado, pelo sistema


citocrômico P450, sendo conjugado e excretado
na urina
∗ Metabólitos: 51% a 87% como fenol, 6% como
catecol, 2% como hidroquinona.
∗ Outros: Ácido fenilmercaptúrico, Dehidrodial,
Ácido Trans, trans mucônico e Hidroquinona.
Todos eliminados pela urina.
Excreção do Benzeno

∗ Os metabólitos solúveis em água são


excretados pela urina.
∗ O Benzeno exibe uma cinética não linear para
doses superiores a 50 mg/kg nos animais.
∗ Em humanos 12% da dose é excretada
através dos pulmões e 0,1% na urina.
∗ Dose-excreção é semelhante aos outros
solventes, há correlação de exposição e a
excreção urinária.
TOXICODINÂMICA DO BENZENO
Quadro Clínico
Intoxicação Aguda
Sinais e sintomas:
• Oculares – conjuntivite irritativa, sensação de
queimação
• Respiratórios – irritação brônquica e laríngea,
tosse, apnéia e edema pulmonar
• Sistema Nervoso Central – narcose e excitação
seguida de sonolência, vertigem, cefaléia, náuseas,
taquicardia, dificuldade respiratória, tremores,
convulsões, perda de consciência e morte.
Intoxicação Crônica
• Sinais e sintomas:
•Alterações Hematológicas: Lesão do tecido da medula óssea

Hipoplasia Displasia Aplasia

Leucemigênica:
Citopenia Leucemia mielóide aguda. Pancitopenia:
(leucopenia + Oncológica: (leucopenia,
neutropenia, Linfoma não-Hodgkin, mieloma plaquetopenia
- plaquetopenia) múltiplo e mielofibrose. e anemia)
• Alterações Neuro-Psicológicas e Neurológicas
•Disfunções cognitivas: atenção, percepção, memória,
habilidade motora, viso espacial, viso construtiva, função
executiva, raciocínio lógico, linguagem, aprendizagem e
humor.
• Astenia, cefaléia, depressão, insônia, agitação e
alterações do comportamento
• Polineuropatias periféricas e mielites transversas
• Alterações Periféricas e Centrais do Sistema
Auditivo
•Perdas auditivas neurosensoriais, zumbidos, vertigens e
dificuldades no processamento auditivo.
• Alterações dermatológicas
- eritema e dermatite irritativa de contato
• Outras alterações
• Cardiovascular → arritmias cardíacas
• Gastrintestinal → sensação de queimação das mucosas
oral, esofágica e estomacal, náusea, vômitos e dor
abdominal.
• Hepática → intoxicação
• Geniturinária → hemoglobinúria
• Endócrino → diabetes mellitus
• Reprodutivo → teratogenicidade, irregularidade menstrual
e aborto.
• Carcinogenecidade
• Mutagenecidade
Protocolo de investigação de dano
em expostos ao benzeno

∗ História clínica atual e pregressa, interrogatório


dos diversos aparelhos, antecedentes pessoais e
familiares, exame físico completo
∗ História ocupacional atual
∗ Levantamento de dados hematológicos
∗ Exames complementares
Exames complementares

∗ Hemograma
∗ TGO/TGP, gama GT
∗ VHS, Proteína C reativa e FAN.
∗ Marcadores de Hepatite B e C
∗ Anti- HIV
∗ Estudo da medula óssea
∗ Outras investigações
Principais Diagnóstico diferencial
causas de
leucopenia
Infecciosas Gripe, Mononucleose, Hepatites,CMV, HIV, Febre
Amarela, Tb, Febre Tifóide, etc.
Imunológicas LES, AR, Anemia hemolitica, choque anafilatico,
etc.
Esplenomegalias Hepatopatias crs,Calazar, Esquitosomose,etc.

Agentes leuco Analgésicos, antibióticos, diuréticos, anti-


penizantes histaminicos, sulfonamidas, outros medicamentos.

Alterações da Medula Linfoma, Metásteses, Deficiências de vitaminas B ,


Óssea Ác. Fólico,Leucemias, Anemia Aplástica, Sindrome
Mielodisplásica, etc.
Caso Suspeito

● Considera caso suspeito de toxidade crônica


por benzeno a presença de alteração
hematológica relevante e sustentada. Três
hemogramas com intervalos de 15 dias com
hematológico sustentado.
● Recomendação: investigação das alterações
hematológicas (macrocitose, pontilhado
basófilo, hiperpigmentação de neutrófilos,
eosinofilia, linfocitopenia, macroplaquetas)
Caso Confirmado

● Realizado a avaliação clinico laboratorial do caso


suspeito e confirmado a ausência de outra
patologia concomitante que possam acarretar
tais alterações além da exposição ao benzeno,
fica estabelecido o diagnóstico de Benzenismo.
EXEMPLO PRÁTICO DO CROMO

Intoxicação aguda:
∙ rinite, asma e pneumonia,
∙ ulceração e perfuração do septo nasal
∙ reações cutâneas irritativas e alérgicas

Intoxicação crônica:
∙ distúrbios pulmonares, hepáticos, renais, gastrintestinais e circulatórios
∙ carcinoma bronco-pulmonar
∙ potencial mutagênico
∙ câncer de brônquios
∙ reações cutâneas irritativas e alérgicas
∙ asma ocupacional
∙ possibilidade de ulceração nasal e perfuração do septo
∙ câncer após longas exposições
USO DO CROMO
Mineração (Cr0) .......................................... Extração, fragmentação, secagem, calibragem,
separação.
Transporte, condicionamento do mineral
Refinação de ferro-cromo
Ind. cimento (Cr6+) ................................... Produção de cimento Portland
Ind. química (cromatos e dicromatos de Na
e K)................................................................. Produção, uso e armazenamento de compostos
cromados, oxidação de picolinato de cromo
Ind. de madeiras (Cr6+) ........................ Preservação de madeira
Manufatura de sapatos (sulfatos de
Cr) ................................................................. Beneficiamento de couro
Indústria de vidro (Cromato de Pb) ... Coloração de vidros e espelhos
Ind. têxtil (cromato de Pb) ....................... Tintura de tecidos
Metalurgia (Cr3+) ....................................... Solda com arco voltaico (aço inoxidável),
cromagem de metais, eletrodeposição de cromo,
uso de inibidores de corrosão
Manufatura de explosivos
(dicromatos de Na) ............................................ Oxidação de TNT
Tipografia (dicromatos de Na) ................. Aplicação de soluções fotossensíveis
EXEMPLO PRÁTICO DO ARSÊNIO
∗ Intoxicação aguda ➢ Intoxicação crônica
∗ conjuntivite – Perfuração do septo nasal
∗ bronquite e dispnéia – Irritação da árvore respiratória
∗ distúrbios gastrintestinais e vômitos
– Eczema, pústula, dermatites das áreas
∗ choque e morte
expostas, hiperqueratose, melanoma,
Em caso de ingestão:
estrias ungueais e câncer de pele
∗ vômitos intensos e diarréia
– Neuropatia sensorial unilateral, distúrbios
∗ edema facial
motores e parestesias
∗ cãibras
– Anemia e leucopenia
∗ distúrbios cardíacos
– Câncer de pele
Se sobrevivência:
– Câncer pulmonar
∗ perfuração do septo nasal em algumas
semanas
∗ seqüelas neurológicas periféricas
USO DO ARSÊNIO
Manufatura de munições
Produção de grades de Arsênio metálico Fundidores
baterias de Pb ácido
Arsênio
Desfolhante para algodão
orgânico: Agricultores
Herbicidas
DSMA, MSMA
Indústria de couro
Tratamento de couro
Indústria têxteis
Trióxido de Mordente para tecidos, descorantes
Madeireiras
arsênio ou Preservante e inseticida
Indústria de vidros
arsênio branco Agentes de afinamento de vidro
Extração de Au, Co, Cu,
Fundidores
Pb
Indústria têxtil Secagem de tecidos
Arsenito de sódio
Curtumes Depiladores de couro
(As3+)
Indústria pirotécnica Produção de fogos de artifício
Acido arsênico
Indústria de vidro Pentóxido de Tratamento para a coloração de vidros
arsênio
Triclorato de
Indústria da cerâmica Impressão colorida
arsênio
RISCOS TÓXICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Rinite, asma, ulceração e perfuração do septo nasal, dermatite, câncer
Cimento CROMO brônquico e pulmonar

Anemia, anomalias do comportamento, distúrbios neurológicos,


Chumbo
neuropatia periférica, insuficiência renal.

Hexano: efeitos neurológicos com alteração sensitiva e motora


Benzeno: anemia aplastica, trobocitopenia, leucemia mielogenica,
toxicidade fetal.
Tetracloroetano: depressão do SNC, lipotímia, anomalias hepáticas e
renais, câncer e morte.
Pintura Aguarrás (pineno, C10H16 e outros terpenos): irritação ocular, dermatite,
Solventes lipotímia, pneumonite química, arritmia, anomalias neurológicas,
renais, pulmonares e reprodutivas.
Éter de petróleo (pentano, hexano e outros): irritação respiratória e
ocular, dermatite, cefaléia, tontura, fatiga, alterações da memória e da
concentração, irritabilidade ou apatia, ansiedade, anemia e
leucopenia, encefalopatia tóxica, disfunção renal, câncer pulmonar e
da bexiga.

• Irritação ocular e dérmica por exposição, queimaduras, dermatite,


Pavimentação lesões acneiformes, queratose crônica, fotosensibilização,
Impermeabilização melanose, câncer.
Asfalto
Atividades de • Anomalias do desenvolvimento de sujeitos jovens e da reprodução
proximidade devidos à produção de benzopirenos por combustão incompleta do
asfalto.
RISCOS TÓXICOS NA AGRICULTURA
Organofosforados, carbamatos – neurotoxicidade; piretróides –alergias;
Agrotóxicos bipiridilos – fibrose pulmonar evolutiva; derivados fenoxiacéticos -
atrofia testicular, endometriose e câncer provável, ARSENICAIS, etc

Solventes •Xileno – maioria dos produtos comerciais - hepatotoxicidade


Cultivo •Nafta (mistura de cíclicos) - cloracne
•POEA (tensioativo do glifosato ) - ulceração ocular, dermatites
Adjuvantes •Formaldeído - câncer e provável disrupção endócrina
Animais Serpentes, aranhas, lagartas, abelhas, peixes, etc – envenenamentos e
peçonhentos lesões cutâneo-mucosas
Silos e Fosfeto de alumínio – asfixiante; brometo de metila - atrofia do nervo
Agrotóxicos ótico; raticidas - anticoagulantes
armazéns
Agrotóxicos Carrapaticidas e outros inseticidas
Antibióticos •Cortisona + novobiocina + polimixina B + streptomicina + penicilina G -
resistência aos antibióticos
Antiparasitários •Ivermectina - estimulador do efeito do GABA
Pecuária Derivados animais Amônia (urina de gado e fezes de aves)
• Progesteronas – indutores do cio;
• Prostaglandinas – abortivos ou luteolíticos
Hormônios • Dietil etilbestrol – estimuladores da produção de óvulos
• Nandrolona (ilegal) – insuficiência renal e hepática aguda, morte
Construção: Cimento CROMO
alpendres, Pintura Solventes - alterações do SNC, câncer
armazéns,
canais, Pavimentação Asfalto – lesões dérmicas graves e câncer de pele
estábulos Impermeabilização
Maquinaria Manutenção Óleos, graxas, combustíveis – cloracne e alteração do SNC

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