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2ª edição, reformulação
Atualização do título da Unidade Curricular;
Atualização dos conteúdos relativos à MAU;
Compilação de novos conteúdos.
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Números Naturais 07
Números Inteiros 21
Números Racionais 35
Números Reais 55
Geometria 73
Trigonometria 143
Correspondência um a um
A conjunto de cadeiras
B conjunto de alunos
Vamos estabelecer uma correspondência entre esses conjuntos, por meio de uma linha,
de modo que cada aluno tenha uma carteira ou que cada carteira seja de um aluno.
Note que sobrou uma carteira, isto é, uma carteira não está em correspondência com
aluno. Neste caso dizemos que não há correspondência um a um.
7
Agora observe outra situação:
Veja que cada carteira está associada a um aluno e que cada aluno está associado a
uma carteira. Logo, há uma correspondência um a um.
A correspondência um a um também é chamada de correspondência biunívoca e
pode ser estabelecida entre mais de dois conjuntos.
Observe que cada carteira corresponde a um aluno e que cada aluno corresponde a
uma cadeira e vice-versa. Portanto existe correspondência um a um entre os conjuntos
A, B e C.
Note que os conjuntos A, B e C têm o mesmo número de elementos, ou seja, 3. Os
conjuntos que têm o mesmo número de elementos são chamados equipotentes.
8
O número Natural
Note que existe uma propriedade comum entre eles. É a quantidade de elementos–
N. Veja estes outros conjuntos:
São palavras: um, dois, três, etc. São símbolos gráficos: I, 1, II, 2, III, 3, etc. Portanto, o
número é a ideia de quantidade e o numeral é a palavra ou símbolo gráfico.
9
Vamos ver agora, o conjunto dos Números Naturais, que é representado pela letra N:
𝑁 = {0,1,2,3,4,5, … }
Quando o zero não pode fazer parte do Conjunto dos Números Naturais, representamos
o conjunto por 𝑁 ∗. Portanto, 𝑁 ∗ é o conjunto dos Números Naturais, excluindo- se o
zero.
𝑁 ∗ = {1,2,3,4,5, … }
Representação na reta:
Em uma reta, vamos tomar um ponto como origem e marcar outros pontos, de modo
que fiquem todos a mesma distância uns dos outros. Assim:
𝑁 = {0,1,2,3,4,5, … }
10
Sistema de numeração decimal – Base dez
Observe que o conjunto tem três grupos de dez e mais seis elementos. Portanto,
esse conjunto tem 36 elementos.
Para contar juntamos grupos de dez elementos, dizemos que a base do sistema
é dez. Poderíamos ter juntado grupos de dois, três, etc. Neste caso a base seria
dois, três, etc.
O sistema de numeração mais usado é o decimal. A base do sistema é dez, isto
é: dez unidades de uma ordem formam uma ordem imediatamente superior.
Ordem é a posição que um algarismo ocupa em um número:
Veja, no número a seguir, a ordem dos algarismos:
11
Cada grupo de três algarismos de um número forma uma classe. As classes são
contadas da direita para esquerda e a última pode ter um ou dois algarismos. Na
figura abaixo temos os nomes das classes:
Após a classe dos milhões, temos a classe dos bilhões, trilhões, etc.
Veja agora o nome que cada algarismo recebe, conforme sua ordem:
12
Valor absoluto é o que ele representa sozinho:
É muito importante saber a leitura dos números. Para isso, tomamos como base
as suas classes. Veja:
13
Operações
Adição
Esta operação chama- se adição. Pela adição fazemos dois um mais números
dados corresponder a um só. Estes são os nomes dos termos da adição:
Subtração
14
Multiplicação
Divisão
Observe:
Quando o resto é zero, dizemos que a divisão é exata. Se o resto for diferente
de zero, a divisão é não exata. O resto na divisão deve sempre ser menor
que o divisor.
15
Potenciação
Algumas particularidades:
16
Algumas propriedades de potências importantes:
Radiciação
17
Podemos calcular a raiz exata de um número natural, se existir, fazendo o
seguinte:
✓ Decompomos o número em fatores primos;
✓ Escrevemos os fatores primos em produtos de potências, onde o
expoente seja igual ao índice;
✓ Multiplicamos as bases do produto de potências, obtendo a raiz.
Exemplos:
Nem todos os números possuem raiz exata. Aqueles em que a raiz é exata
chamam- se números quadrados perfeitos.
18
Expressões Aritméticas
19
20
Números inteiros relativos
Os números -1, -2, -3... são os números inteiros negativos e os números +1,
+2, +3,... são os números inteiros positivos. O zero não é positivo nem é negativo.
É conveniente conhecer os subconjuntos de Z que seguem:
*
𝑍 = {−1, −2, −3, . . . }
conjunto dos números inteiros negativos;
*
𝑍 = {+1, +2, +3, . . . }
conjunto dos números inteiros positivos;
21
Como os números inteiros não negativos têm o mesmo comportamento dos
números naturais, para facilitar o estudo podemos estabelecer as igualdades:
Oposto ou simétrico
Você pôde observar que para obter o oposto de um número basta trocar o seu sinal.
22
Valor absoluto ou módulo
Comparação
+4 é maior do que +2 (indica-se +4> +2) +3 é maior do que zero (indica-se +3> 0)
+1 é maior do que -5 ( indica-se +1> -5) zero é maior do que -4 (indica-se 0> -4)
-2 é maior do que -5 (indica-se -2> -5)
23
Operações
Adição
Exemplos
a) (+5) + (+7) = + (5 + 7) = +12 = 12
conserva-se o sinal
conserva-se o sinal
Exemplos
17 > 12 17 > 12
24
30) Mais que duas parcelas de sinais diferentes:
Exemplos
a) (-5) + (-3) + (+4) = b) (+5) + (-3) + (+4) =
Subtração
Exemplos
a) (+9) - (+7) = (+9) + (-7) = +2
b) (-10) - (-6) = (-10) + (+6) = -4
c) (+15) - (-7) = (+15) + (+7) = +22
d) (-19) - (+5) = (-19) + (-5) = -24
Adição algébrica
Exemplos
a) (+13) + (-5) = 13 - 5 = 8
b) (-13) + (-5) = -13 - 5 = -18
c) (-13) + (+5) = -13 + 5 = -8
d) (+13) - (-5) = (+13) + (+5) = 13 + 5 = 18
25
Observe que, na adição, eliminamos os parênteses e o sinal da operação (+); na
subtração, a transformamos em adição e eliminamos os parênteses e o sinal da
operação (+).
Assim, podemos concluir que adição algébrica é uma forma simplificada de se
apresentar a adição de números inteiros, onde são omitidos o sinal da operação (+) e
os parênteses.
Exemplos
a) 5 - 8 = -3
b) -7 - 3 = -10
c) -4 - 7 - 1 = -12
d) -6 + 5 - 9 = - 1 - 9 = -10
Para calcular a soma algébrica de adição com várias parcelas de sinais diferentes
podemos agrupar as parcelas positivas e as parcelas negativas e, depois, efetuar a
adição.
Exemplos
a) 5 - 3 - 7 + 2 - 1 =
5 2 - 3 - 7 - 1 =
7 - 11 = -4
b) - 7 - 3 + 5 - 2 + 4 - 8 =
5
4 - 7 - 3 - 2 - 8 =
9 - 20 = -11
Exemplos
a) 5 + 1 − 6 − 5 − 2 + 6 − 1 =
b) 3 − 4 − 25 + 4 + 153 + 4 + 25 − 153 − 7 =
26
Multiplicação
Exemplos
a) (+4) . (+5) = +(4 . 5) = +20 = 20
b) (+3) . (+7) = +21 = 21
c) (-4) . (-5) = +20 = 20
d) (-3) . (-7) = +21 = 21
Exemplos
a) (-7) . (+3) = - (7 . 3) = -21
b) (+7) . (-3) = -21
c) (+4) . (-5) = -20
27
Para efetuar uma multiplicação com vários fatores, observe os exemplos abaixo:
28
Divisão
Exemplos
a) (+36) : (+2) = +(36 : 2) = +18 = 18
b) (-36) : (-2) = +(36 : 2) = + 18 = 18
c) (+27) : (+3) = +9 = 9
d) (-27) : (-3) = +9 = 9
Exemplos
a) (-36) : (+2) = -(36 : 2) = -18
b) (+36) : (-2) = -(36 : 2) = -18
c) (+27) : (-3) = -9
d) (-27) : (+3) = -9
Observe que o quociente entre dois números de sinais diferentes resulta em número
negativo ( - ). Assim, temos:
(+) : ( - ) = - ( - ) : (+) = -
Exemplos
a) 0 : (-47) = 0
b) 0 : (+35) = 0
Observação
Não se divide por zero!
29
Potenciação
Exemplos
a) (+5)2 = (+5) . (+5) = +25
b) (-2)3 = (-2) . (-2) . (-2) = -8
c) (-2)4 = (-2) . (-2) . (-2) . (-2) = +16
d) (-2)5 = (-2) . (-2) . (-2) . (-2) . (-2) = -32
Observe que o resultado da potenciação será negativa só quando a base for negativa
e o expoente for ímpar.
Exemplos
a) (-2)3 = -8
b) (-2)5 = -32
c) (-3)5 = -243
52 = 5 . 5 = 25
(+5)2 = (+5) . (+5) = +25
(-5)2 = (-5) . (-5) = +25
-52 = -(5 . 5) = -25
(-5)3 = (-5) . (-5) . (-5) = -125
-53 = -(5 . 5 . 5) = -125
30
Potências especiais
Propriedades da potenciação
31
Radiciação
3
Observe que: (+2)3 = 8 então 8 = 2
3
(-2)3 = -8 então -8 = -2
Observe que, quando o índice é ímpar, a raiz tem o mesmo sinal do radicando.
(+5)2 = 25 e (-5)2 = 25
Existem dois números que, elevados ao quadrado, dão 25. Para diferenciá-los
indicaremos assim:
(+5)2 = 25 então 25 = 5
(-5 )2 = 25 então - 25 = -5
Observe que para indicar a raiz quadrada negativa colocamos o sinal menos ( - )
antes do radical.
a) - 36 = -6
b) - 9 = -3
c) - 4 = -2
Quando não colocamos sinal antes do radical, convencionamos que a raiz quadrada é
positiva.
a) 36 = 6 b) 9 = 3 c) 4 = 2
Não podemos calcular a raiz, em Z, quando o índice for par e o radicando, negativo.
Exemplos
32
• Quando necessário, aplicamos a propriedade da potência de um produto.
Veja os exemplos que seguem.
a) 4
16 =
16 2
8 2 4
2 16
4 2
2 2
4
1 16 = 2
3
b) - 216 = 216 2
3
108 2 2
54 2
23 . 33 = (2 . 3)3 = 63 = 216
27 3
3
9 3 3
3 3
3
1 - 216 = -6
Observe que se não for possível transformar em potências onde o expoente é igual ao
índice não existe a raiz em Z.
Expressões
Eliminação de parênteses
Numa expressão com números inteiros podem ocorrer situações em que aparecem os
sinais + ou - antes dos parênteses. Nessas situações, podemos recorrer à regra
dos sinais da multiplicação e eliminar os parênteses.
Exemplos
+(-5) = -5 é o mesmo que +1 . (-5) = -5 +(+5) = +5 é o mesmo que +1 . (+5) = +5
-(-5) = +5 é o mesmo que -1 . (-5) = +5 -(+5) = -5 é o mesmo que -1 . (+5) -5
33
34
Números racionais
Exemplos:
5 10 15 20
, , , , . . . . . . representam o mesmo número racional absoluto porque
2 4 6 8
são frações equivalentes.
3 6 9 12
, , , , . . . . . representam o mesmo número racional absoluto porque
1 2 3 4
são frações equivalentes.
0 0 0 0
, , , , . . . . . representam o mesmo número racional absoluto porque são
1 2 3 4
frações equivalentes.
a
Generalizando, podemos representar um número racional absoluto na forma
b
onde 𝑎 𝑁 𝑒 𝑏 𝑁 ∗ .
Representaremos o conjunto dos números racionais absolutos por Q .
35
Noções de número racional
Exemplos
5 1 3 8 10
; - ; ; ; -
3 4 7 2 2
a
• Qualquer número racional pode ser representado sob a forma onde
b
𝑎 𝑍 𝑒 𝑏 𝑍* .
2 - 5 - 6 5
Exemplos: ; ; ;
3 4 - 1 - 3
a
• Quando, no número racional escrito sob a forma de fração , o a for múltiplo do
b
b, este número é equivalente a um número inteiro.
10 20 0 5
Exemplos: a) 5 b) - - 10 c) 0 d) 1
2 2 12 5
36
Os números racionais podem ser representados sob a forma decimal.
Exemplos
5 5 2 4 4,0 5
a) 2,5 b) - - 0,8
2 10 2,5 5 0 0,8
0
3 3,0 25 5 5, 25
c) - 25 - 0,12 d) 1,666...
50 0,12 3 20 1,666...
0 20
20
2
5 4 3
Exemplos a) 2,5 b) - - 0,8 c) - - 0,12
2 5 25
Neste caso chamaremos de decimal exato.
Exemplos
5 1 5
a) 1,666... b) - - 0,333... c) 0,454545.. .
3 3 11
37
O número racional que na forma decimal apresenta essa situação é chamado
de dízima periódica simples. O número formado pelo algarismo que se repetem é
o período.
Exemplos
- 1,666... é o 6 que se repete, logo o período é 6.
0,454545... é o 45 que se repete, logo o período é 45.
Também podemos representar dízimas periódicas simples assim:
- 1,666... = 1,6 o ponto (...) significa que 6 é o período.
__
0,454545... = 0, 45 o traço ( ) significa que 45 é o período.
Exemplos
11 47 101 ___
a) 1,8333 ... b) - - 0,5222... c) 0, 102
6 90 990
✓ Decimal exato
Para transformar um número racional de forma decimal exata em fração fazemos o
seguinte:
• Colocamos, no numerador da fração, o número decimal sem a vírgula.
• Colocamos, no denominador da fração, o algarismo 1 seguido de tantos zeros
quantas forem as casas decimais do número.
Exemplo
a) 25 25 : 5 5 : 5 1
0, 25
1
00 100 : 5 20 : 5 4
2 casas 2 zeros
38
✓ Dízima periódica simples
Para transformar uma dízima periódica simples em fração fazemos o seguinte:
• Colocamos o período da dízima no numerador.
• Colocamos, no denominador, tantos noves quantos forem os algarismos do
período.
• Se a dízima apresentar a parte inteira diferente de zero devemos colocá-la antes
da fração, obtendo, assim, um número misto. Se for necessário, a transformamos
em fração imprópria.
Exemplos
a)
36 : 9 4
b)
99 : 9 11
c) 108 108 : 3 36 : 3
5, 324 5 5 5
333 333 : 3 111 : 3
12 197
5 ou
37 37
Observe que o período 324 tem 3 algarismos.
39
Exemplos
83 - 8 75 75 : 3 25 : 5 5
a) 0,8333...
90 90 90 : 3 30 : 5 6
Observe que a parte não periódica 8 tem um algarismo e o período 3 tem um
algarismo.
06 - 0 6 1
c) 3,0666... 3 3 3
90 90 15
_ 253 - 25 228 : 3 76 : 2 38 : 2 19
d) 0,25 3
900 900 : 3 300 : 2 150 : 2 75
Oposto ou simétrico
Para comparar números racionais podemos observar as posições que estes ocupam
na reta numérica. Os números crescem da esquerda para a direita. Observe a reta
numérica:
Veja que:
1 1 1
0< - <0 -2,5 < -
2 2 2
7 5
- < 4,5 < 4,5
2 2
a c
Dois números racionais e são equivalentes se: a . d = b . c
b d
Exemplos
5 15
a) = porque 5 . 9 = 3 . 15
3 9
3 12
b) = porque 3 . 4 = 1 . 12
1 4
a c
Para comparar dois números racionais positivos e podemos fazer o
b d
seguinte:
• multiplicar o numerador da 1a fração pelo denominador da 2a fração;
• multiplicar o numerador da 2a fração pelo denominador da 1a fração;
• comparar os resultados.
Exemplos
5 4
a) pois 5.5>4.3
3 5
7 5
b) pois 7.4<5.6
6 4
41
a c
Para comparar dois números racionais negativos e podemos fazer o
b d
seguinte:
• compararmos os valores absolutos dos números racionais;
• se, na comparação, o valor absoluto da 1a fração for menor do que o valor
absoluto da 2a fração, conclui-se que a 1a fração é maior do que a 2a fração.
Lembremos que, dados dois números racionais negativos, o número de menor
valor absoluto é maior do que o número de maior valor absoluto.
Exemplos
6 7
a) - e -
5 6
6 7
pois 6.6>5.7
5 6
6 7
Logo: - -
5 6
3 6
b) - e -
7 13
3 6
pois 3 . 13 < 7 . 6
7 13
3 6
Logo: - -
7 13
42
a
Outro modo de comparar números racionais sob a forma é a seguinte:
b
• Se forem positivos com denominadores iguais, comparamos os numeradores.
Exemplos
3 5
a) pois 3<5
4 4
7 5
b) pois 7>5
6 6
Exemplos
3 5
a) - - pois -3 > -5
4 4
7 5
b) - - pois -7 < -5
6 6
Exemplos
11 7
a) e
6 4
43
Operações
Adição e subtração
a
Para efetuar adição e subtração de números racionais (sob a forma )
b
consideramos as seguintes situações:
Exemplos
5 1 5 1 6 3
a)
8 8 8 8 4
11 10 11 10 1
b)
4 4 4 4
3 2 -3 2 -5 5
c) - -
7 7 7 7 7
5 1 -5 1 -5 1 -4 4
d) - - -
9 9 9 9
9 9 9
eliminando os parênteses
eliminando os parênteses
5 3 7 5 3 7 5 3 15 5 - 3 15 17 1
b) - - 1 1 2
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
44
• Os denominadores são diferentes:
Neste caso devemos reduzir ao mesmo denominador.
Exemplos
eliminando os parênteses
5 3 5 3 - 10 9 1
a)
6 4 6 4 12 12
b)
7 2 7 2 7 5 7 15 22 4
- - 1 1 2
9 3 9 3 9 3 9 9 9
mmc (9,3) = 9
5 1 3 5 1 3 - 20 - 8 9 19
c) - - - -
6 3 8 6 3 8 24 24
mmc (6, 3, 8) = 24
1 5
- 2 -
1 2 1 15 - 24 - 4 13 1
d) 1 - - - -1
4 3 4 1 3 12 12 12
mmc (4, 3) = 12
2
Observe que 2 = .
1
Multiplicação
Assim temos:
O produto de dois números racionais de sinais iguais é positivo.
( - ) . (+) = - e (+) . ( - ) = -
45
a
Para multiplicar números racionais (na forma ) fazemos o seguinte:
b
• multiplicamos os numeradores
• multiplicamos os denominadores
• colocamos o sinal de acordo com a regra
Exemplos
2 1 2 .1 2
a) - .
5 3 5 . 3 15
3 2 3 . 2 6 3
b) .
4 5 4 . 5 20 10
1 5 3 5 15 5 1
c) 1 . - - . - 1
2 6 2 6 12 4 4
d) 0,2 . 3 2 3
- .
6
3
4 10 4 40 20
5 4 5 20 10 1
e) 4 . - . - 3
6 1 6 6 3 3
Exemplos
4 . 2 8 2
a) - - 2
1 . 3 3 3
15 15 7
b) - 8 . - 1
8 8
46
Inverso ou recíproco
3 5
. -
15
1 4 . 1
4
1
5 3 15 4 4
Generalizando:
a b ab 1 a
. 1 ,a e b 0 ou a. 1 ,a 0
b a ba a a
b
Para qualquer número racional , diferente de zero, existe o inverso que é .
a a
Exemplos b
3 4
a) O inverso de + é
4 3
5 2
b) O inverso de - é
2 5
1
c) O inverso de -7 é
7
Observe que:
• zero não tem inverso
• inverso de 1 é 1
• um número racional e seu inverso têm o mesmo sinal.
47
As palavras de, da, das e dos podem ser utilizadas para indicar uma
multiplicação.
Exemplos
2 1 2 1 2
a) de .
3 5 3 5 15
b)
c)
d)
48
Divisão
a
Para dividir números racionais (na forma ) multiplicamos a primeira fração pelo
b
inverso da segunda fração.
Exemplos
3 2 3 5 15 7
a) : - - . - 1
4 5 4 2 8 8
7 2 7 3 21 1
b) : - - . - 2
5 3 5 2 10 10
4 1 9 3 27 2
c) 1 : - . - - -5
5 3 5 1 5 5
d)
9 9 1
e) : 2 .
9
5 5 2 10
49
Potenciação
Exemplos
2
5 5 5 25
a) - - . -
3 3 3 9
3
2 2 2 2 8
b) - - . - . - -
3 3 3 3 27
n
a a a a a a
Generalizando: ...
b
b b b b b
n fatores
Exemplos
1 1
3 5
a) 0,25 3 5
0,25 b) 1 1 c)
1
4 4 8 8
Exemplos
0 0
3 3
a) 1 b) 1 c) - 1,25 0 1
7 7
50
A potência de base zero e expoente diferente de zero é zero.
Exemplos
a) 05 = 0 b) 01 = 0 c) 015 =0
Observe que:
• A potência de base negativa e expoente ímpar é negativa.
• A potência de base positiva é sempre positiva.
• A potência de base negativa e expoente par é positiva.
• A potência de base 1 é igual a 1.
1
a a b
por ou a0 e b0
b b a
Assim temos:
1 1 1
5 3 5 3 1 5
a) b) - c) 5
3 5 3 5 5 1
d) 5 1 1
e) 5 1 1
5 5
n n n
a a b
Do mesmo modo indicaremos o inverso de por ou
b b a
Assim temos:
-2 2 3
2 3 1
a) b) 5-3
3 2 5
-2 2 -3
2 3 1
c) d) 53 53
3 2 5
51
Exemplos
-2 2
2 3 2 2 9
a) .
3 2 3 3 4
1 2 8 5
3
1
f) 4-3
1
4 64
Radiciação
Exemplos
3
2 8 8 2
Se então 3
3 27 27 3
3
2 8 8 2
Se - então 3
3 27 27 3
Observe que a raiz de índice ímpar tem o mesmo sinal que o radicando.
25 5 e 25 5
raiz positiva raiz negativa
52
9 3 9 3
e
25 5 25 5
raiz positiva raiz negativa
Exemplos
4
a) - Q b) 16 Q
9
Para descobrir o número que elevado ao índice seja igual ao radicando, podemos
decompor o numerador e o denominador em fatores primos e escrever em produto de
potências de modo que o expoente seja igual ao índice.
Exemplos
3
8 23 2 2
a) 3 - 3 - 3 - -
27 3 3
3 3
4
81 34 3 3
b) 4 4 4
16 2 4
2 2
2
225 15 2 15 15
c)
49 7 2
7 7
53
54
Números reais
Números irracionais
Lembre-se que a representação decimal dos números racionais será decimal exata ou
dízima periódica (simples ou composta).
Exemplos
3 5 1
a) = 0,6 b) - = - 2,5 c) = 0,25
5 2 4
2 5 15
d) = 0,666... e) - = - 0,8333 f) = 1, 36
3 6 11
Exemplos
a) 5,020020002... 0,12131415...
Exemplos
2 , -3 4 , 5 2 , 5
-2,- 2 ,
É importante lembrar que nem todos os números que vêm sob radical são números
irracionais.
55
Exemplos
25 5
4 = 2 Q = Q 3 25 = 3.5 = 15 Q
9 3
Números negativos dentro de um radical de índice par não são números irracionais.
Exemplos
a) 4 conjunto dos números irracionais
b) 5 conjunto dos números irracionais
Da união do conjunto dos números racionais (Q) com o conjunto dos irracionais,
surge um importante conjunto: os números reais (R).
Portanto,
Q U {irracionais} = R
Podemos também representar o conjunto dos números reais na reta numerada. Cada
número real corresponde a um ponto da reta. Assim:
56
Representaremos o conjunto dos números reais não negativos por R e o conjunto dos
números reais não positivos por R .Se aparecer R ou R leia-se respectivamente:
conjunto dos números reais positivos e conjunto dos números reais negativos.
Veja a representação desses conjuntos na reta numérica:
Operações com R
57
Também convém lembrar as propriedades da potenciação
2
a p .a q = a p q 5 .5 = 5 21 = 5 3
a m .b p = a mp .b np
n 4
(5 3 .3 2 ) 2 =5 6 .3
7 5 :7 3 = 7 53 = 7 2
a p :a q = a p q (a 0)
2 .3
(5 2 ) 3 = 5 = 56
(a p ) q = a p.q
4 4 4
(2.3) = 2 .3
(a.b) p = a p .b p
a
p p 3 32
a
= p (b 0) = 2
b b 5 5
mp
am p a 2 4
= (b 0) 52 5
bn b np 2 = 6
3 3
p p
a b 2
= (a e b 0)
2
3 2
b a =
2 3
Noções de radicais.
4 3 52
O nome de cada elemento que nela aparece é:
4 coeficiente
3 índice
radical
5 2 radicando
58
No radicando 52, o 5 é chamado base do radicando e 2 é o expoente do radicando.
Você deverá conhecer bem esses nomes porque vamos usá-los frequentemente nesta
unidade.
6 coeficiente
radical
6 3
5
3 5 radicando
3 base do radicando
O índice e o radicando não podem ser qualquer número. O índice deve ser um número
natural maior ou igual a 1. Quando for 1, é o mesmo que o próprio radicando:
14 2 =4 2 .
O radicando depende do índice: se for índice par, o radicando deve pertencer a R + ;se
for ímpar, deve pertencer a R.
3 2
5 =5 2
3
Dessa forma, podemos transformar qualquer radical indicado numa potência com
expoente fracionário.
Veja o que acontece com os elementos, quando fazemos essa transformação:
• a base do radicando é a base da potência
• expoente do radicando é o numerador do expoente fracionário
• índice é o denominador do expoente
59
Exemplos
2
1 3 2
2 23
=
3
a) 3=3 2
b) 8 =8 2
c) 3
3 3
2 4
4
1
2
1 12 1 3
13
d) = = e)
5
23 = 2 5
f) 3 =
2 3 3 2 2
4
2 4 2
2 22 2
= =
2
g) 5 =5 =52
h)
3 3 3
5 = 3 52
2
3
Exemplos:
1
1
1
13 1 1 2
2
a) 2 4
= 2 4
b) = 3 = 3 c) 23 = 3
2 = 3
4
5 5 5
1 1 2
d) 4 3 =
3
41 = 3
4 e) 54 =
4
51 = 4
5 f) 10 5
=
5
10 2
1 5
1 5
12 1 1 3 3 3 3
g) = 2 = h) =
4 4 4 8 8
60
Propriedades dos radicais
As propriedades que estudaremos são usadas nas operações com radicais. Por isso é
muito importante que você as conheça bem.
Primeira propriedade
Exemplos
a) 4 x9 = 4 x 9 =2x3=6
3 3 3
b) 3
8 x 27 x 64 = 3
8 x 3
27 x 3
64 = 23 x 33 x 4 3 = 2 x 3 x 4 = 24
c) 4 x16 = 4 x 16 = 2 x 4 = 8
d) 3
125 x 216 = 3
5 3 x 2 3 x3 3 3
53 x 3
23 x 3
3 3 = 5 x 2 x 3 = 30
Segunda propriedade
a) 36 : 4 36 : 4 = 6 : 2 = 3
3
8 23 23 2
b) 3 = 3 =
27 33 3
33 3
7 7 7 7 7
c) = = 2
= Observe que 7 é um número irracional
16 24 2 4
2 4
61
Terceira propriedade
18
3 6 = 18:6 3 6:6 3
31 = 3
3
6
3 18 = 6:6
3 18:6 3 3 = 3 3 = 27
Veja outro caso de simplificação que é muito usado no cálculo de radicais.
3 3
5 3 x2 = 53 x 3
2 (propriedade do produto)
Simplificando 3
5 3 , obtemos 5.
Portanto,
3 3
5 3 x2 = 53 x 3
2 =5 3
2
62
Vamos, por exemplo, simplificar 48 . Para isso, seguimos os passos abaixo:
48 2
24 2
12 2
6 2
3 3
1 48 = 2 x 2 x 2 x 2 x 3
2o) Agrupamos de dois em dois os fatores iguais. Neste caso, agrupamos de dois em
dois porque a raiz é quadrada. Se a raiz fosse cúbica, agruparíamos de três em
três.
48 = 2 2 x 2 2 x3 = 22 x 22 x 3 =2x2x 3 =4 3
Veja outros exemplos de simplificação de radicais.
a) 50 = 5 2 x2 = 52 x 2 =5 2
3 3 3
b) 3
200 = 2 3 x5 2 = 23 x 52 = 2 3
25
c) 12 = 2 2 x3 = 22 x 3 2 3
d) 3 4 x 4 5 = 3 2 x3 2 x 4 2 x 4 2 x 4 = 3 2 2 2 2
x 3 x 4 x 4 x 4 =3x3x4x4x2= 288
5
e)
5
2 8 x3 2 x3 3 = 5
2 8 x3 5 = 5
2 5 x 2 3 x3 5 = 5
25 x 5
23 x 5
3 5 =2 x 23 x 3 = 2 x 3
5
23 = 6 5
8
63
Operações com radicais
Adição e subtração
Para efetuar adição e subtração de radicais, é preciso saber o que são radicais
semelhantes.
a) 3 , 5 3 , 2 3 são semelhantes
3
b) 8, 8 não são semelhantes
Às vezes, os radicais não são, aparentemente, semelhantes; mas, por meio da
simplificação eles se revelam semelhantes. Veja: 4 3 , 12 , 27
Como os radicandos 12 e 27 podem ser fatorados, vamos fatorá-los.
12 2 27 3 Portanto temos:
6 2 9 3
3 3 3 3 12 = 2 2 x 3
1 1 27 = 3 2 x 3
Ou seja:
a) 12 = 2 2 x3 = 22 x 3 =2. 3
b) 27 = 3 2 x3 32 x 3 = 3 . 3
a) 2 3 + 3 3 = (2+3) 3 = 5 3
3 3
b) 2-4 2 + 2 3 2 = (1-4+2) 3 2 = -1 3 2 = - 3 2
c) 2 3 + 12 = 2 3 + 2 2 x 3 =2 3 +2 3 = (2+2) 3 = 4 3
64
Multiplicação
a) 2 3 x 4 2 = (2 x 4) 3.2 = 8 6
b) 3
5 x 3
3 x2 3
2 = (1 x 1 x 2) 3
5 x3 x 2 = 2 3 30
c) 3 3
9 x 3
2 x2 3
18 = (3 x 2) 3
9 . 2 . 18 = 6 3
324 = 6 3
33 . 3 . 22 =
6 3
33 x 3
3 x 3
22 = 6 x 3 3
3 x 3
4 = 18 3
12
2-3-4 2
1-3-2 2
1-3-1 3
1-1-1 12
O mmc 12 será o novo índice dos radicais: 12
, 12
, 12
2o) Dividir o novo índice pelo índice anterior do radical e multiplicar o resultado pelo
expoente do radicando. O resultado será o novo expoente do radicando. Assim:
12 : 2 = 6 e 6x1=6
12 : 3 = 4 e 4x2=8
12 : 4 = 3 e 3x1=3
65
Potenciação
2 3
22 3
=2 3
22 x 2 3
22 x 2 3
22 = 8 3
26
2 3
22 =2
3
3 3
22 x 3 = 8 3
26
Outros exemplos:
a) 32 =
4
2
3 8 = 2:2 3 8:2 = 1 3 4 = 3 4 = 81
b) 3 4
5 3
= 33 4
5 3 = 27 4
125
c)
3
22 2
=
3
24 = 3 23 . 2 = 3
23 . 3
2 =2 3
2
3 2
2
d) 3 3
= 32 3
26 = 9 3 :3
2 6 :3 = 9 1
2 2 = 9 . 22 = 9 . 4 = 36
Radiciação de radicais
3
5
3
5 = 6
5 porque 3
5 = 3.2
5
66
Veja outro caso de radiciação de radicais:
3
2 3
Note que é preciso introduzir o fator 2 dentro da raiz quadrada para que essa
radiciação fique como as anteriores. E para introduzir um fator dentro do radical,
basta elevá-lo ao índice desse radical. Assim:
= 18
64 . 32 18 2048
Divisão
a) 8 : 4 = 8:4 = 2
b) 12 3
6 :3 3
2 = (12 : 3) 3
6:2 = 4 3
3
a) 3
4 : 2 = 6
42 : 6
23 = 6
16 : 8 = 6
2
b)
67
Racionalização de denominadores
3
2 5
Exemplos
5
a) FR é 3 porque 3 . 3 = 32 = 3
3
-3 2
b) FR é 5 porque 5 . 5 = 52 = 5
5
68
• Quando o denominador é do tipo b a , o fator racionalizante é a .
Exemplo
5
FR é 5 pois 3 5 . 5 =3 5 2 = 3 . 5 = 15
3 5
•
p p
Quando o denominador é do tipo a q ou b a q , o fator racionalizante é
ap q
p
Exemplos
2
a) FR é 5
25 3 = 5
2 2 porque 5
23 . 5
22 = 5
25 = 2
5 3
2
7
b) FR é 3
53 1 = 3
5 2 porque 3 3
51 . 3
52 = 3 3
5 3 = 3 . 5 = 15
3
3 5
1 1
=
3
9 3
32 radicando fatorado
3 3 3
1 3 3 3
= = =
3
32 3
32 x 3 3
3
33 3
69
Regras de Arredondamento / Regras de Truncamento
Vimos no início deste capítulo que os números irracionais são aqueles em que
sua representação decimal não é exata nem periódica. E que para serem efetuados é
necessário compreender algumas propriedades relativas às suas operações.
Agora, quando esses cálculos são aplicados a áreas específicas, como na
usinagem por exemplo, faz- se necessário a utilização de arredondamentos /
truncamentos.
Arredondamento é o processo mediante o qual se eliminam algarismos de
menor significância a um número real. Na física, todas as medidas estão associadas a
uma precisão expressa em algarismos significativos, uma régua decimetrada, por
exemplo, tem a menor unidade como 1𝑑𝑚 = 0,1𝑚, já um micrômetro, pode chegar a
precisão de milésimo de milímetro 0,001𝑚𝑚 = 10−6 𝑚.
Quando se resolvem problemas, os valores envolvidos dificilmente estarão com
a mesma precisão, então a resposta do problema deverá ter tantos algarismos
significativos quanto o valor de menor precisão. Para isso, é necessário fazer o
arredondamento dos números.
As regras de arredondamento, aplicam-se aos algarismos decimais situados na
posição seguinte ao número de algarismos decimais que se queira transformar, ou
seja, se tivermos um número de 4, 5, 6, ..., n algarismos decimais e quisermos
arredondar para 2 (por exemplo) aplicaremos as regras de arredondamento seguindo
a Norma ABNT NBR5891:
• Se os algarismos decimais seguintes forem menores que 50, 500, 5000..., o
anterior não se modifica;
• Se os algarismos decimais seguintes forem maiores a 50, 500, 5000..., o anterior
incrementa-se em uma unidade;
• Se os algarismos decimais seguintes forem iguais a 50, 500, 5000..., verifica-se o
anterior; se for par, o anterior não se modifica; se for ímpar, o anterior incrementa-
se em uma unidade.
O truncamento é a ação de truncar um determinado valor, aplicado
principalmente em suas casas decimais. Ele ocorre quando ignoramos os valores de
um determinado cálculo que possua uma quantidade maior de casas decimais do que
a quantidade determinada para trabalho.
Observe a situação a seguir:
70
Digamos que a multiplicação da quantidade pelo valor unitário do item resulte
em um número com cinco casas decimais, sendo que sua apresentação final deve
possuir apenas duas casas decimais:
71
72
Elementos de Geometria
Todos os seres, todas as coisas têm formas. Repare nos seus objetos: lápis,
régua, borracha. Olhe ao seu redor: a janela, a porta, o assoalho, o teto, o poste lá na
rua, o prédio em frente à sua casa, a árvore, a nuvem, tudo tem forma.
Onde você estiver, estará rodeado de coisas com formas diferentes. Repare na
forma das figuras abaixo:
73
As figuras podem ser medidas. Veja, por exemplo, essa figura geométrica:
Ou assim:
Repare que um ponto qualquer de uma reta divide essa reta em duas partes:
Cada uma das partes da reta dividida por um ponto recebe o nome de semirreta:
74
O ponto que divide a reta em duas semirretas chama-se origem das
semirretas. No exemplo abaixo, a origem das semirretas é o ponto O:
Neste outro exemplo, as duas semirretas não pertencem à mesma reta apesar
de terem mesma origem (P).
75
Ângulos
Duas semirretas que têm origem num mesmo ponto formam uma figura
geométrica chamada ângulo. Exemplos:
O ângulo divide o plano em duas regiões: uma região interna e uma região
externa. No exemplo seguinte, a parte hachurada é a região interna:
76
Encontramos ângulos na maior parte das peças de oficina.
77
O ponto onde se encontram as duas retas que formam o ângulo chama-se vértice:
Existe uma forma simplificada para você se referir a um ângulo: escrever a letra
desse ângulo com acento circunflexo (^).
Assim, ao invés de escrever ângulo c, você pode colocar 𝐶̂ . O acento
circunflexo sobre a letra significa ângulo.
Também podemos nomear um ângulo colocando letras maiúsculas no seu
vértice e num ponto qualquer de cada um dos seus lados. Exemplo:
Este exemplo fica indicado assim: AÔB, que lemos ângulo AOB.
78
Tipos de ângulos
Este último ângulo é formado por duas semirretas opostas, isto é, duas
semirretas que partem do ponto O e seguem sentidos contrários.
Quando um ângulo é formado por duas semirretas opostas, chama-se ângulo
raso.
Dividindo o ângulo raso em 180 partes iguais, cada uma dessas partes mede
um grau.
Grau é uma unidade de medida de ângulo (veremos a seguir mais detalhes sobre o
tema unidade de medida de ângulos). Se um grau é uma das 180 partes iguais em
que dividimos o ângulo raso, então ele equivale a uma fração de ângulo raso.
Observe:
1
Deste modo, podemos afirmar que 1 grau vale do ângulo raso.
180
O grau é indicado com o símbolo (º). Assim, 1º lê-se 1 grau, 12º lê-se doze
graus, 50º lê-se 50 graus.
79
Se o grau é a unidade de medida de ângulos e o ângulo raso pode ser dividido
em 180 partes de 1 grau cada uma, você já deve ter concluído que o ângulo raso
mede 180º.
O ângulo que mede 90º chama-se ângulo reto. Então, COB é um ângulo reto.
O ângulo reto é indicado com o sinal ( ), ( ). Por exemplo:
Notou que AÔB é um ângulo reto e que CÔD é menor que AÔB? Então, CÔD mede
menos de 90º.
80
Vamos continuar. Observe estes ângulos:
Como você sabe, AÔB é um ângulo reto. E JÔK, você deve ter percebido, é
maior que AÔB. Por isso, JÔK mede mais de 90º.
O ângulo que mede mais de 90º chama-se ângulo obtuso. Então, JÔK é um
ângulo obtuso.
Vale um resumo:
81
Unidades de medidas de ângulos
Você notou que o lado OC não passa nem por 55º nem por 56º?
Então, a medida desse ângulo está entre 55º e 56º. Como podemos indicar
medidas como essa?
Dividindo o ângulo de um grau em 60 partes iguais, cada uma dessas partes
mede um minuto.
82
Conversão das unidades de medidas de ângulo
83
Figuras geométricas planas
84
As curvas fechadas simples podem ser:
• côncavas – quando um segmento de reta que une dois pontos interiores quaisquer
da curva nem sempre está no interior dela.
Exemplos
• convexas – quando o segmento de reta que une dois pontos interiores quaisquer
da curva está sempre no interior dela.
Exemplos
Circunferência e círculo
• Circunferência é uma curva plana fechada, cujos pontos estão à mesma distância
de um outro ponto chamado centro (representada na 2ª figura).
Temos ainda que:
• Círculo é a reunião da circunferência com os pontos da região interior.
85
Os elementos da circunferência, que também são elementos do círculo, são o
centro, o diâmetro e o raio.
Diâmetro é o segmento de reta que une dois pontos da circunferência, passando
pelo centro.
Raio é o segmento de reta que une um ponto qualquer da circunferência ao centro.
Você percebe, pelas duas últimas figuras, que a medida do diâmetro é o dobro da
medida do raio, isto é, vale duas vezes a medida do raio. Assim: ∅ = 2𝑟
86
Posições relativas de circunferências
Comprimento da circunferência
87
Exemplos
a) Qual é o comprimento da circunferência que possui 20mm de diâmetro?
Temos: ∅ = 20mm
Então: C=.∅
C = 3,14 . 20
C = 62,8
Logo, o comprimento da circunferência é 62,8mm.
C = 2..r Cálculo:
C =2.3,14.15 3,14
C = 94,2 cm x 30
94,20
C
Quer dizer que para calcular o diâmetro usamos a fórmula: ∅ =
88
Linha poligonal
Nas duas figuras, os segmentos AB, BC, CD, DE e EF formam uma linha
poligonal.
Logo, linha poligonal é um conjunto de segmentos consecutivos não
colineares.
Quando o extremo final do último segmento coincide com o início do primeiro
segmento, a linha poligonal é chamada linha poligonal fechada.
Se o extremo e o início dos segmentos não coincidem, então a linha poligonal é
chamada linha poligonal aberta.
Exemplos
89
Polígono
Note que o polígono é uma região do plano e não só a linha poligonal. Mas,
para facilitar, daqui para frente vamos representar o polígono somente com a linha
poligonal. Veja mais alguns polígonos:
90
Polígonos regulares e irregulares
Observação
O sinal / indica mesma medida.
Observação
Os sinais / e // indicam medidas iguais.
Para se formar um polígono, precisa-se ter, no mínimo, 3 segmentos, isto é, o
menor números de lados de um polígono é três.
Alguns polígonos têm nomes especiais conforme o número de seus lados.
91
Polígonos regulares inscrito e circunscrito
O – centro
A, B, C, D, E, F – vértices
, , CD , DE , EF , FA - lados
AB BC
OA , OB , OC , ... – raios
OA e OB - raios consecutivos
92
• Apótema – é o segmento de reta que vai do centro do polígono ao ponto médio de
um lado. O apótema é perpendicular a esse lado.
• Diagonal – é o segmento de reta que une dois vértices não consecutivos.
• Ângulo central – é o ângulo cujo vértice é o centro do polígono e cujos lados
OM - apótema m ( AM ) = m ( MB )
AE - diagonal
- ângulo central (O – vértice; OB e OC - lados)
- ângulo interno ( CD e DE - lados do ângulo
- lados consecutivos do
polígono)
Observações
93
A medida do ângulo central é dada por:
360
= onde n = no de lados do polígono regular
n
Exemplos
a) a medida do ângulo central do hexágono regular (n = 6) é 60° porque:
360
= = 60°
6
b) a medida do ângulo central do triângulo equilátero (n = 3) é 120° porque:
360
= = 120°
3
Exemplo
• A soma das medidas dos ângulos internos de um hexágono é 720° pois
Si = (6 – 2) . 180°
Si = 4 . 180°
Si = 720°
(𝑛 − 2). 180°
𝑎𝑖 = onde n é o no de lados do polígono
𝑛
Exemplos
a) a medida do ângulo interno do quadrado é 90° porque:
(n 2).180
ai =
n
45
(4 - 2) . 180º 2 . 18 0º
ai - - 90º
4 4
1
94
O ângulo interno (ai) e o ângulo central () de um polígono regular são
suplementares, isto é, somam 180°.
𝑎𝑖 + 𝛼 = 180°
Exemplo
ângulo central: 60°
hexágono
ângulo interno: 120°
Exemplos
a) o pentágono (5 lados) tem 5 diagonais porque:
n (n - 3) 5 5 - 3 5 . 2
d 5
2 2 2
b) o dodecágono (12 lados) tem 54 diagonais porque:
6
n n - 3 12 12 - 3 12 . 9
d 54
2 2 2
Triângulo
A, B, C vértices,
AB , AC , e BC lados
𝐴̂, 𝐵̂ 𝑒 𝐶̂ ângulos internos
x, y, z ângulos externos (cada ângulo
externo é o suplementar ao interno
adjacente)
95
Classificação dos triângulos
̅̅̅̅) = 𝑚(𝐵𝐶
𝑚(𝐴𝐵 ̅̅̅̅ ) = 𝑚(𝐶𝐴
̅̅̅̅)
TRIÂNGULO
Obs: os ângulos 𝐴̂, 𝐵̂ 𝑒 𝐶̂ também
EQUILÁTERO
possuem as mesmas medidas
̅̅̅̅ ) = 𝑚(𝐷𝐹
𝑚(𝐷𝐸 ̅̅̅̅ )
̅̅̅̅ é a base do triângulo e
Obs: o lado 𝐸𝐹
TRIÂNGULO
os ângulos 𝐸̂ 𝑒 𝐹̂ são chamados
ISÓSCELES
ângulos da base e possuem as
mesmas medidas
̅̅̅̅ ) ≠ 𝑚(𝐻𝐼
𝑚(𝐺𝐻 ̅̅̅ )
̅̅̅̅ ) ≠ 𝑚(𝐼𝐺
TRIÂNGULO
Obs: os ângulos 𝐺̂ , 𝐻
̂ 𝑒 𝐼̂ possuem as
ESCALENO
medidas diferentes.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ÂNGULOS
TRIÂNGULO
𝐴̂, 𝐵̂ 𝑒 𝐶̂ < 90°
ACUTÂNGULO
TRIÂNGULO
𝐹̂ > 90°
OBTUSÂNGULO
TRIÂNGULO
𝐺̂ = 90°
RETÂNGULO
96
Elementos do triângulo
Todo triângulo tem três alturas e o ponto de encontro delas chama-se ortocentro.
Mediana é o segmento de reta que une um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Todo triângulo tem três medianas e o ponto de encontro das mesmas chama-se
baricentro.
Todo triângulo tem três bissetrizes e o ponto de encontro das três chama-se
incentro.
97
Observações
• Em qualquer triângulo, a medida de um dos lados é sempre menor que a
soma das medidas dos outros dois;
• A soma dos ângulos internos do triângulo é 180°;
• A soma dos ângulos externos do triângulo é 360°;
• Em qualquer triângulo, ao maior ângulo opõe-se o maior lado;
• Todo triângulo equilátero é também equiângulo (ângulos de mesma medida);
• Os ângulos da base do triângulo isósceles têm a mesma medida;
• No triângulo equilátero, as alturas, medianas e bissetrizes coincidem;
• No triângulo isósceles, a altura, mediana e bissetriz relativas à sua base
coincidem;
• Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à soma das
medidas dos ângulos internos não adjacentes a ele.
Congruência de triângulos
e
e
98
Observe os triângulos ABC e MNP abaixo:
99
Se dois triângulos são congruentes, então os seus elementos correspondentes
(lados e ângulos) serão congruentes; ou, se os elementos correspondentes de dois
triângulos são congruentes, então esses triângulos serão congruentes.
Também, na congruência de triângulos, desde que se respeitem os elementos
correspondentes, dizemos que os triângulos coincidem por superposição.
Se dois triângulos coincidem por superposição, é porque seus lados e seus
ângulos correspondentes são congruentes.
Mas para verificarmos se dois triângulos são congruentes, não há necessidade
de ver se todos os seus elementos são congruentes.
Existem quatro casos de congruência nos quais basta combinar somente três
elementos congruentes para concluir que os outros elementos também são
congruentes.
100
3° caso: ÂNGULO – LADO – ÂNGULO (ALA)
Se dois triângulos tiverem dois ângulos congruentes e o lado entre esses ângulos
respectivamente congruente, então esses triângulos serão congruentes. Verifique:
RESUMO:
LLL
LAL
ALA
ALAo
101
Quadrilátero
AD e ; e CD são lados
BC AB
opostos;
𝐴̂ 𝑒 𝐶̂ , 𝐵̂ 𝑒 𝐷
̂ são ângulos opostos;
𝐴̂ + 𝐵̂ + 𝐶̂ + 𝐷 ̂ = 360°;
e BD são diagonais
AC
Paralelogramo
// CD e // AD lados
AB BC
opostos;
𝐴̂ 𝑒 𝐶̂ , 𝐵̂ 𝑒 𝐷
̂ são ângulos opostos;
Propriedades do paralelogramo
Em todo paralelogramo:
• os lados opostos têm a mesma medida
• os ângulos opostos têm a mesma medida
• as diagonais interceptam-se mutuamente ao meio
• cada diagonal o divide em 2 triângulos congruentes
• dois ângulos consecutivos são suplementares
O paralelogramo pode ser:
• retângulo – é o paralelogramo que tem 4 ângulos retos
• losango – é o paralelogramo que tem 4 lados de mesma medida
• quadrado – é o paralelogramo que tem 4 lados e 4 ângulos de mesma medida,
ou é o retângulo de 4 lados de mesma medida.
102
Observações
• As diagonais do retângulo têm a mesma medida.
• As diagonais do losango são perpendiculares entre si e são bissetrizes dos
ângulos internos.
• As diagonais do quadrado são congruentes, perpendiculares entre si e bissetrizes
dos ângulos internos.
Trapézio
// AD
BC
base menor
BC
AD base maior
CH altura
𝐴̂, 𝐵̂, 𝐶̂ 𝑒 𝐷
̂ ângulos internos;
𝐴̂ + 𝐵̂ + 𝐶̂ + 𝐷 ̂ = 360°;
Propriedades do trapézio
103
Sólidos Geométricos
Você já viu que as figuras planas pertencem totalmente a um plano. Por isso
elas só possuem duas dimensões: comprimento e largura. Observe, no plano , o
retângulo e suas dimensões:
104
Assinale com um X a figura que representa um sólido geométrico:
Assim como as retas são formadas a partir de pontos, os sólidos geométricos são
formados a partir de figuras planas.
105
Prismas
FACES:
Observando a figura
ao lado, você pode notar
que um prisma tem uma
face superior, uma face
inferior e faces laterais.
Observe
106
A base
As faces superior e Você deve ter
superior é
inferior do prisma também notado que as
paralela à base
são chamadas de bases. bases de um prisma
inferior. Por
são paralelas.
outro lado, se
Além de paralelas,
a base
as bases de um
superior for
prisma são
superposta à
congruentes, isto é,
inferior, eles
a base superior trem
vão coincidir.
as mesmas medidas
Portanto, elas
da base inferior.
têm a mesma
Veja o desenho ao
medida, isto é,
lado:
são
congruentes
ARESTAS:
VÉRTICES:
Da mesma forma,
As setas indicam
os pontos determinados
alguns vértices do prisma
pelo encontro de três
arestas chamam-se
vértices
107
Observe os dois prismas abaixo:
Notou a O prisma que
diferença entre eles? tem as arestas das
No prisma da faces laterais
esquerda, as arestas perpendiculares às
das faces laterais são bases é um prisma
inclinadas; no prisma reto.
da direita, as arestas
das faces laterais são
perpendiculares às
bases.
108
Dois casos particulares:
Pirâmides
109
Observe a figura:
Observe, na
figura ao lado,
que a face VAB
encontra a face
VBC; VBC
encontra VCD e
assim por diante.
Note ainda que
as faces também
se encontram
com a base: VAB
encontra
ABCDEF
110
Um outro elemento da pirâmide é a
altura. Altura da pirâmide é a
distância entre o vértice superior da
pirâmide e o plano da base. Nesta
pirâmide, a altura é o segmento VO
A altura da pirâmide Aqui a altura está Nesta figura, a pirâmide tem sua
pode encontrar ou não “caindo” sobre o altura “caindo” fora da base da
o centro da base. Note polígono da base, pirâmide.
que a altura encontra o mas não cai sobre
centro do polígono que o centro do
constitui a base. polígono
111
Cilindro, cone e esfera
O retângulo ABCD girou em torno da linha XY. Obtivemos, assim, uma figura
espacial a partir de uma figura plana que se move em torno da linha fixa XY.
Essa linha fixa e imaginária em volta da qual gira uma figura plana é chamada
de eixo de rotação.
Logo, uma figura plana, girando em volta de um eixo de rotação, forma
um sólido geométrico.
Os sólidos geométricos formados a partir de uma figura plana que gira em
volta de um eixo de rotação chamam-se sólidos de revolução.
112
Quando o sólido de revolução é formado a partir de um triângulo com os ângulos
da base congruentes e o eixo de rotação passando pelo vértice e pelo meio da base,
recebe o nome de cone reto.
113
114
Unidades de Medidas
Medir uma grandeza é compará-la com outra da mesma espécie, tomada como
unidade padrão.
Submúltiplos do metro
Múltiplos do metro
Milésimo
Décimo Centésimo
de
Decímetro Centímetro de de
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Milímetro mm
mm mm
ou
micrometro
km hm dam m dm cm mm
0,000
0,000 1m 0,000 01m
001m
ou ou
1 000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m ou
0,1mm 0,01mm
0,001mm
115
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto
os submúltiplos, para pequenas distâncias, e os submúltiplos do milímetro são de
aplicações mais específicas nas indústrias eletrometalmecânica.
Transformação de Unidades:
6,54 km em m 6,54 km = ? m
km hm dam m
6 5 4 0,
A vírgula desloca-se três casas para a direita. Cada unidade deslocada para a
direita significa uma multiplicação por 10.
6,54 km = 6540m.
35,8 cm em m 35,8 cm = ? m
m dm cm mm
0, 3 5 8
116
Perímetro de figuras planas
Perímetro de polígonos
Exemplo
Observação
Perímetro da Circunferência
117
Superfície
Os submúltiplos são:
• decímetro quadrado (dm2)
• centímetro quadrado (cm2)
• milímetro quadrado (mm2)
A equivalência entre as unidades de superfície pode ser verificada na tabela abaixo.
Submúltiplos do metro
Múltiplos do metro quadrado quadrado
1 000 000m2 10 000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,000 1m2 0,000 001m2
4,32cm2 para m2 R: 0,000 432m2 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
45, 96 00
118
Área de Figuras Planas
POLÍGONOS FÓRMULAS
Retângulo:
𝐴 = 𝑐. 𝑙
onde:
c comprimento
l largura
Quadrado:
𝐴 = 𝑙2
onde:
𝑙 medida do lado
Triângulo:
𝑏. ℎ
𝐴=
2
onde:
𝑏 base
ℎ altura
Trapézio
(𝐵 + 𝑏). ℎ
𝐴=
2
onde:
𝐵 base maior
𝑏 base menor
ℎ altura
Paralelogramo:
𝐴 = 𝑏. ℎ
onde:
𝑏 base
ℎ altura
119
Polígono Regular (hexágono):
𝑝. 𝑎𝑝
𝐴=
2
onde:
𝑝 perímetro
𝑎𝑝 apótema
Losango:
𝐷. 𝑑
𝐴=
2
onde:
𝐷 diagonal maior
𝑑 diagonal menor
Círculo:
𝐴 = 𝜋. 𝑟 2
onde:
𝜋 = 3,14
𝑟 raio
Coroa Circular:
𝐴 = 𝜋. (𝑅 2 − 𝑟 2 )
onde:
𝜋 = 3,14
𝑅 raio maior
𝑟 raio menor
Setor Circular:
𝜋. 𝑟 2 𝛼
𝐴=
360°
onde :
𝜋 = 3,14
𝑟 raio
𝛼 ângulo central
120
Volume
121
Volume das figuras espaciais
𝑉 = 𝐴𝑏 . ℎ ℎ altura do prisma
Cubo:
onde:
𝑎 medida da aresta
𝑉 = 𝑎3
Paralelepípedo:
onde:
𝑉 = 𝑎. 𝑏. 𝑐 𝑎 comprimento
𝑏 largura
𝑐 altura
Pirâmides em geral:
onde:
Cilindro:
onde:
𝜋 = 3,14
𝑟 raio
ℎ altura do cilindro
𝑉 = 𝜋 . 𝑟2. ℎ
122
Cone:
onde:
𝜋 = 3,14
𝜋 . 𝑟2. ℎ 𝑟 raio
𝑉=
3 ℎ altura do cone
Esfera:
onde:
𝜋. ∅3 𝜋 = 3,14
𝑉=
6 ∅ diâmetro da esfera
Capacidade
123
Massa
Exemplos
𝟏𝒅𝒎𝟑 = 𝟏𝒍 = 𝟏𝒌𝒈
𝟏𝒄𝒎𝟑 = 𝟏𝒎𝒍 = 𝟏𝒈
𝟏𝒎𝟑 = 𝟏𝒌𝒍 = 𝟏𝒕
124
Equações do 1º grau
Expressões Algébricas
125
Como os sinais são iguais (+ 2 e + 4), somamos os dois números e
conservamos o mesmo sinal: + 6 ou 6.
Assim, substituindo a por 4 e efetuando a operação, encontramos o valor
numérico da expressão 2 + a, que é 6.
Agora vamos encontrar o valor numérico de uma expressão com mais de uma
letra:
a+b-4 Sendo a = 10
b=2
Como você pode ver, como uma ou mais letras na expressão, a maneira de
encontrar o valor numérico é sempre a mesma:
✓ Substituímos as letras pelos valores dados;
✓ Fazemos as operações (respeitando as regras de agrupamento e operações
das expressões numéricas).
Você deve ter percebido que, nas expressões algébricas, podemos encontrar
as quatro operações.
A multiplicação pode aparecer indicada de outras formas:
✓ um ponto entre números, assim 3.3 + a é o mesmo que 3 x 3 + a;
✓ um ponto entre letras, assim a.b – 2 é o mesmo que a x b - 2;
✓ um ponto entre números e letras, assim 2. a + 1 é o mesmo que 2 x a + 1;
✓ número junto de parêntese, assim 4 (- 2) + a é o mesmo que 4 x (- 2) + a e 4
(a) + b é o mesmo que 4 x a + b;
✓ parêntese junto de parêntese, assim (4) (- 2 ) + a é o mesmo que 4 x (- 2 ) + a
e (a) (b) –5 é o mesmo que a x b - 5;
✓ número junto de letra, assim 3 a + 4 é o mesmo que 3 x a + 4;
✓ letra junto de letra, assim abc + 3 é o mesmo que a x b x c + 3.
126
A divisão também pode aparecer indicada de outras formas:
• com dois pontos, assim x: 2 + y é o mesmo que x 2 + y e a : b – 3 é o mesmo que
ab-3
x a
• com o traço de fração, assim y é o mesmo que x 2 + y e 3 é o mesmo
2 b
que a b - 3
Equações
Duas expressões que têm o mesmo valor, ligadas pelo sinal de igual, formam
uma igualdade.
As expressões 5 + 3 e 6 + 2 têm o mesmo valor. Veja: 5 + 3 = 8 e 6 + 2 = 8.
Então, podemos ligar duas com sinal de igual:
5+3=6+2
8 = 8
Dizemos que essas expressões foram uma igualdade.
Quando você calcula o valor numérico de uma expressão algébrica, também
encontra uma igualdade.
Por exemplo:
5+2C–7 Sendo C = -2
5 + 2 (- 2) – 7
5 + (- 4 ) -7
5-4–7
1-7=-6
127
O valor desconhecido de uma equação recebe o nome de incógnita. Assim,
na equação 5 + 2 C - 7 = - 6, a incógnita é C.
A incógnita pode ser representada por qualquer letra. Mas é mais comum o uso
das últimas letras do alfabeto: x, y ou z.
Existem equações de diversos graus: do 1º, do 2º , do 3º , do 4º grau a assim
por diante. O que indica o grau de uma equação é o maior número que fica sobre a
incógnita (expoente da incógnita):
X + 3 = 4 é uma equação do 1º grau,
x 2 + x = 0 é uma equação do 2º grau,
2x 3 + 5x 2 = 0 é uma equação do 3º grau.
Toda equação tem dois membros:
A expressão escrita antes do sinal = é o 1º membro;
A expressão escrita depois do sinal = é o 2º membro.
Observe: y 2 5
3
1º membro 2º membro
Observe: 2
x
1
x
4
1º membro 2º membro.
Observe que os sinais mais e menos fazem parte do termo que vem logo a seguir.
128
Resolução da Equação do 1º grau
129
Sempre que mudamos de membro um termo ou parte dele, precisamos inverter a
operação:
adição subtração
subtração adição
multiplicação divisão
divisão multiplicação
Sendo assim o 1, que está sendo somado, vai para o 2º membro sendo
subtraído e o x que também está sendo somado, mas no 2º membro vai para o 1º
membro subtraindo.
Veja:
2𝑥 + 1 = 𝑥 + 4
2𝑥 − 𝑥 = 4 − 1
130
Agora observe a resolução da equação abaixo.
2 − 𝑥 = 4
−𝑥 = 4 −2
−𝑥 = 2
Repare que a incógnita está com sinal negativo (-x).
Quando o membro onde está a incógnita fica com um só termo de sinal
negativo, precisamos transformar esse sinal em positivo.
Isso acontece porque, numa equação, estamos tentando encontrar o valor da
incógnita x, não da incógnita -x. Mas como é que podemos transformar -x em x?
Para deixar positiva a incógnita, multiplicamos os dois membros por (-1).
Então, vamos continuar a resolver a equação:
−𝑥 = 2
( −1). ( −𝑥 ) = ( 2 ). (−1)
+𝑥 = −2
𝑥 = −2
Agora já sabemos o valor de x. Na prática, não precisamos fazer essa
multiplicação, basta mudar o sinal nos dois membros:
−𝑥 = 2
𝑥 = −2
Agora observe a resolução da equação abaixo:
2𝑥 + 3 = 4 Quando a última operação para achar o valor da
2𝑥 = 4 – 3 incógnita é uma divisão que não dá número
2𝑥 = 1 inteiro, deixaremos a resposta em forma
1
𝑥 = decimal com três casas, obedecendo as
2
𝑥 = 0,5 regras de arredondamento (NBR 5891)
2 + 𝑥 + 1 = 2𝑥
𝑥 − 2𝑥 = −1 − 2
−𝑥 = −3
𝑥=3
131
Quando aparecer um número seguido de um parênteses já vimos que entre
eles está a operação da multiplicação. Para resolver esta equação teremos que aplicar
uma propriedade da multiplicação: distributiva em relação a adição / subtração.
𝑥 3 1
− = Iniciaremos determinando o MMC entre os denominadores
4 2 2
mmc (4,2) = 4;
𝑥−6 2
=
4 4 Após reduzirmos a um denominador comum, na equação
pode- se cancelá- lo em ambos os membros;
𝑥−6=2
132
Regra de três simples
Razão
Também é comum comparar duas grandezas para saber quantas vezes uma
quantidade cabe na outra. Observe as duas engrenagens abaixo:
133
Quando fazemos uma comparação por divisão entre duas grandezas, podemos
apenas indicar essa divisão.
80
No exemplo das engrenagens, a divisão indica assim: ou 80: 20.
20
A comparação por divisão que vem apenas indicada chama-se razão.
80
Por isso, podemos dizer que ou 80: 20 é a razão entre o número de dentes
20
da engrenagem A e o número de dentes da engrenagem B.
Existe uma forma especial para ler uma razão:
80
temos oitenta está para vinte.
20
O primeiro termo da razão chama- se antecedente e o segundo consequente.
134
Transformando 4cm em mm, ficamos com as seguintes medidas: 40mm de
comprimento e 15mm de largura.
40 8
Então a razão fica: que simplificada fica .
15 3
Observe agora a situação a seguir:
A seção de controle de qualidade de uma indústria, ao controlar o material
recebido, só recebe os pedidos que apresentarem até 3 peças defeituosas em cada
lote de 100 peças.
Essa relação entre peças com defeito e peças fabricadas pode ser indicada
3
pela razão ou 3: 100.
100
Note que esta razão tem consequente 100. A razão com consequente 100 é um
tipo especial de razão chamada porcentagem. As razões com consequente 100
podem ser representadas com o símbolo da porcentagem (%).
Podemos representar a porcentagem de quatro maneiras:
5 1
5% 0,05
100 20
Observe que, nestes casos estamos comparando uma quantidade com outra
quantidade fixa, isto é, 100.
Proporção
135
Note que, multiplicando por 2 o antecedente e o consequente da primeira
razão, encontramos a segunda razão. Então, podemos afirmar que estas duas razões
são equivalentes. Também encontrando o valor de cada uma das razões, podemos
afirmar que as duas equivalentes, pois elas têm o mesmo valor.
3 6
Por isso, podemos colocar o sinal de igual entre as duas razões: = .
5 10
Se as medidas são proporcionais e as suas razões são equivalentes, podemos
dizer que razões equivalentes são proporcionais.
E é isto mesmo: em matemática, duas razões equivalentes, ligadas pelo
sinal da igualdade, formam uma proporção.
Existe uma forma especial para fazer a leitura de uma proporção:
3 6
= três está para cinco, assim como seis está para dez.
5 10
A proporção tem sempre quatro termos:
ou
Para ser feita a verificação se um par de razão forma uma proporção, deve- se
aplicar a Propriedade Fundamental das Proporções, que diz:
“Em qualquer proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos
meios”.
Isso quer dizer que, multiplicando os extremos entre si e multiplicando os meios
entre si, encontramos o mesmo resultado.
Assim, na proporção 1 ∶ 4 = 3 ∶ 12, multiplicando 1 por 12, que são os
extremos, e multiplicando 4 por 3, que são os meios, vamos encontrar o mesmo
resultado. Observe: 1 𝑥 12 = 𝟏𝟐 e 4 𝑥 3 = 𝟏𝟐.
Mesmo que as razões apareçam na proporção em forma de fração a
propriedade é válida e pode ser aplicada da mesma forma:
1 3
= 1𝑥12 = 3𝑥4 12 = 12
4 12
136
Mas, quando só conhecemos três termos de uma proporção, é sempre possível
descobrir o termo que falta para formar a proporção. Por exemplo, conhecemos estes
3 ?
termos da proporção: . Note que falta um dos termos, que não sabemos qual é.
4 12
Vamos representar esse termo desconhecido por uma incógnita: X, por
exemplo. Para descobrir o valor do termo desconhecido de uma proporção, indicamos
a igualdade do produto dos meios com o produto dos extremos, encontrando
uma equação.
Vamos explicar melhor. Sabemos que, multiplicando os extremos e depois os
meios da proporção, vamos encontrar o mesmo resultado (propriedade fundamental
das proporções). Se as multiplicações dão o mesmo resultado, elas formam uma
igualdade. Então, podemos indicar essa igualdade.
É interessante seguir alguns passos para que se determine o termo
desconhecido:
Aplicar a propriedade fundamental das 3 𝑥 DICA: multiplicar sempre que
=
proporções (multiplicação em x) 4 12 possível o termo x
Escrever a equação 4𝑥 = 36
36
Resolver a equação 𝑥=
4
𝑥=9
Grandezas proporcionais
137
Note que, aumentando ou diminuindo uma grandeza (quantidade de material),
a outra grandeza (número de parafusos) também aumenta ou diminui. Este aumento
ou esta redução na mesma proporção nas duas grandezas é que faz as duas
proporcionais.
No exemplo dos operários, você vai ver que a relação é um pouco diferente.
Se 2 operários fazem o serviço em 30 dias, 4 operários, com a mesma
capacidade de trabalho, vão fazer o mesmo serviço em 15 dias. Note que 15 é a
metade de 30. E, reduzindo à metade o número de operários, vai ser necessário o
dobro de tempo para concluir o trabalho. Assim, 1 operário levará 60 dias.
Neste caso, aumentando uma grandeza (número de operários), a outra
grandeza (tempo gasto) diminuiu, ou então, diminuindo uma grandeza (número de
operários), a outra (tempo gasto) aumentou.
Mas, mesmo assim, podemos dizer que as grandezas são proporcionais, pois
uma diminui do mesmo modo que a outra aumenta na mesma proporção.
Por esses dois exemplos, você pode ver que as grandezas proporcionais
podem manter dois tipos de relação. Isso acontece porque as grandezas podem ser
direta ou inversamente proporcionais.
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma
delas, a outra também aumenta na mesma proporção; ou então, diminuindo uma
delas, a outra diminui na mesma proporção. No exemplo dos parafusos, as grandezas
são diretamente proporcionais.
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando uma
delas, a outra diminui na mesma proporção; ou então, diminuindo uma delas, a outra
aumenta na mesma proporção. No exemplo dos operários, as grandezas são
inversamente proporcionais.
Podemos relacionar grandezas proporcionais de uma forma prática: colocando
as grandezas, uma de cada lado, e ligando as duas com um traço.
Vamos relacionar desta forma as grandezas dos exemplos:
60cm 16 parafusos 2 operários 30 dias
120cm 32 parafusos 4 operários 15 dias
Ou ainda:
comprimento (cm) quantidade de parafusos n° de operários tempo (dias)
60 16 2 30
120 32 4 15
138
Regra de três simples
139
Se com 20 litros de combustível um automóvel percorreu 160km, quantos
quilômetros percorrerá com 35 litros?
1°) Relacionamos as grandezas na forma prática, capacidade (litros) distância (km)
representando a grandeza desconhecida por x:
20 160
35 x
2°) Verificamos se as grandezas são direta ou capacidade (litros) distância (km)
inversamente proporcionais (DICA: use setas para
20 160
ajudar):
35 x
DIRETAMENTE PORPORCIONAL
3º) escrevemos a proporção que formou- se a 20 160
=
partir das grandezas relacionadas: 35 𝑥
4º) Aplicamos a propriedade fundamental das 20 160
=
proporções (multiplicar em x): 35 𝑥
5º) Escrevemos a equação:
20 𝑥 = 35 × 160
6°) Resolvemos a equação: 5600
20 𝑥 = 5600 𝑥 =
20
𝑥 = 280
7°) Responder o problema (não esquecer das
R: 280𝑘𝑚
unidades de medidas)
Viajando a uma velocidade média de 72km por hora, o percurso entre duas
cidades pode ser feito em 5 horas. Qual deveria ser a velocidade média para se fazer
o mesmo percurso em 4 horas?
1°) Relacionamos as grandezas na forma prática, velocidade (km/h) tempo (h)
representando a grandeza desconhecida por x:
72 5
x 4
2°) Verificamos se as grandezas são direta ou velocidade (km/h) tempo (h)
inversamente proporcionais (DICA: use setas para
72 5
ajudar):
x 4
INVERSAMENTE PORPORCIONAL
3º) escrever a proporção que formou- se a partir 𝑥 5
=
das grandezas relacionadas invertendo uma das 72 4
razões (x);
4º) Aplicamos a propriedade fundamental das 𝑥 5
=
proporções (multiplicar em x): 72 4
5º) Escrevemos a equação:
4 𝑥 = 5 × 72
6°) Resolvemos a equação: 360
4 𝑥 = 360 𝑥= 4
𝑥 = 90
7°) Responder o problema (não esquecer das
R: 90𝑘𝑚/ℎ
unidades de medidas)
140
Porcentagem
141
Teorema de Tales
a // b // c // d
Em outras palavras podemos dizer: os segmentos determinados em uma das
transversais estão na mesma razão que os respectivos segmentos da outra
transversal.
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅̅
𝑀𝑁 ̅̅̅̅
𝐴𝐶 ̅̅̅̅̅
𝑀𝑂 ̅̅̅̅
𝐴𝐷 ̅̅̅̅̅
𝑀𝑃
= = =
̅̅̅̅
𝐵𝐶 ̅̅̅̅
𝑁𝑂 ̅̅̅̅
𝐵𝐷 ̅̅̅̅
𝑁𝑃 ̅̅̅̅
𝐵𝐶 ̅̅̅̅
𝑁𝑂
Assim, conhecidas as medidas de alguns segmentos, podemos determinar as
medidas de outros, usando convenientemente o teorema de Tales.
Vamos ver através de alguns exercícios resolvidos como isso é feito:
Determine qual é a
7,2 8
medida do segmento x, na =
𝑥 10
figura abaixo,
8𝑥 = 72
considerando que a//b//c 72
𝑥=
8
𝑥=9
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐷𝐸 36
Calcule os 𝐴𝐶 = 60𝑐𝑚 =
̅̅̅̅ e ̅̅̅̅ 25 24
segmentos 𝐷𝐸 𝐵𝐶 = 24𝑐𝑚
̅̅̅̅ = 900
24𝐷𝐸
̅̅̅̅
𝐶𝐸 usando o ̅̅̅̅
𝐶𝐷 = 25𝑐𝑚 900
̅̅̅̅ =
𝐷𝐸
teorema de Tales, 24
sendo ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐵𝐷//𝐴𝐸 ̅̅̅̅ = 37,5𝑐𝑚
𝐷𝐸
𝐶𝐸 = 37,5 + 25 ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐶𝐸 = 62,5𝑐𝑚
142
Trigonometria
Lembre-se:
CLASSIFICAÇÃO
MEDIDAS DOS LADOS MEDIDAS DOS ÂNGULOS
Equilátero 3 lados congruentes Acutângulo 3 ângulos agudos
Isósceles 2 lados congruentes Obtusângulo 1 ângulo obtuso
Escaleno 3 lados não congruentes Retângulo 1 ângulo reto
143
Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais:
Teorema de Pitágoras
144
O que este enunciado geométrico quer dizer? Observe a figura:
145
Cálculo de um lado desconhecido do triângulo retângulo
Observação:
Nos casos em que a raiz quadrada não for exata faremos a aproximação até
milésimos. Utilizaremos as regras de arredondamento – NBR5891 ou de truncamento
a depender da situação.
146
Observe nos exemplos abaixo:
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
𝑎2 = 122 + 92
𝑎2 = 144 + 81
𝑎2 = 225
𝑎 = √225
𝑎 = 15𝑐𝑚
𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2
𝑏 2 = 102 + 7,52
𝑎2 = 100 + 56,25
𝑎2 = 156,25
𝑎 = √156,25
𝑎 = 12,5𝑐𝑚
𝑓 2 = 𝑔2 + ℎ2
202 = 𝑔2 + 122
400 = 𝑔2 + 144
400 − 144 = 𝑔2
256 = 𝑔2
𝑔 = √256
𝑎 = 16
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
𝑎 2 = 52 + 62
𝑎2 = 25 + 36
𝑎2 = 61
𝑎 = √61
𝑎 = 7,81025𝑐𝑚 – NBR5891
𝑎 = 7,81024𝑐𝑚 – TRUNCAR 5 CASAS
147
Aplicações do Teorema de Pitágoras
Você vai ver como utilizamos o Teorema de Pitágoras para encontrar as medidas
de outras figuras geométricas.
A aplicação do Teorema de Pitágoras é utilizada em figuras geométricas onde é
possível determinar triângulos retângulos.
Além disso, as medidas conhecidas e a desconhecida precisam estar relacionadas
com o triângulo retângulo determinado.
Eis algumas figuras que permitem a determinação de triângulos retângulos:
148
Observe alguns exemplos:
149
Calcular a diagonal do quadrado de Desenhar a figura e hachurar o triângulo
36mm de lado. retângulo:
150
Calcule a altura de um triângulo Desenhar a figura e hachurar o triângulo
equilátero de 6cm de lado retângulo:
151
Calcule a medida do apótema e a Hachurar na figura o triângulo retângulo:
distância entre os lados paralelos do
hexágono:
152
̅̅̅̅ ):
Calcule 𝑚(𝐵𝐸 Hachurar na figura o triângulo
retângulo:
153
Razões Trigonométricas
Observe o exemplo:
𝐵̂ é o ângulo considerado;
50 é a medida da hipotenusa;
36 é a medida do cateto oposto ao ângulo considerado;
A medida do cateto adjacente não foi informada.
𝐶̂ é o ângulo considerado;
𝑚(ℎ𝑖𝑝) = 30
𝑚(𝑐𝑎) = 15
𝑚(𝑐𝑜) = desconhecida
𝐶̂ é o ângulo considerado;
𝑚(ℎ𝑖𝑝) = desconhecida;
𝑚(𝑐𝑎) = 71𝑚𝑚
𝑚(𝑐𝑜) = 42𝑚𝑚
154
Podemos calcular a razão entre as medidas dos lados desses triângulos. As
razões entre as medidas de dois lados de um triângulo retângulo (chamadas razões
trigonométricas) recebem nomes especiais.
Vamos verificar o que ocorre com os exemplos anteriores:
𝑚(𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜)
Calculando a razão entre a 𝑠𝑒𝑛𝑜 𝐵̂ =
𝑚(ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎)
medida do cateto oposto e 𝐶𝑂
𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ =
a medida da hipotenusa 𝐻𝐼
36
obteremos a razão 𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ =
50
chamada de seno; 𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ = 0,72
𝑚(𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒)
Calculando a razão entre a 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑛𝑜 𝐶̂ =
𝑚(ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎)
medida do cateto adjacente 𝐶𝐴
𝑐𝑜𝑠 𝐶̂ =
e a medida da hipotenusa 𝐻𝐼
15
obteremos a razão 𝑐𝑜𝑠 𝐶̂ =
30
chamada de cosseno; 𝑠𝑒𝑛 𝐶̂ = 0,5
𝑚(𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜)
Calculando a razão entre a 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐶̂ =
𝑚(𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒)
medida do cateto oposto e 𝐶𝑂
𝑡𝑔 𝐶̂ =
a medida do cateto 𝐶𝐴
42
adjacente obteremos a 𝑡𝑔 𝐶̂ =
71
razão chamada de 𝑡𝑔 𝐶̂ = 0,592
tangente;
155
Você pode calcular as razões trigonométricas dividindo as medidas do triângulo
retângulo, se conhecidas, como vimos anteriormente. Uma outra maneira de ser
determinadas essas razões é consultando uma tabela trigonométrica:
A consulta a qualquer uma delas é feita da mesma forma, portanto vamos
trabalhar com uma delas, por exemplo a de senos.
A tabela de senos é formada por colunas e linhas. Assim:
Uma terceira opção para conhecer o valor de uma razão é utilizando uma
calculadora, que para esses cálculos é necessário que seja científica.
156
Cálculo de lado ou ângulo de um triângulo retângulo
Identificar as medidas:
157
̅̅̅:
Calcule o lado 𝐺𝐼 Identificar as medidas:
158
Para que um ângulo agudo do triângulo retângulo seja calculado, os passos
são bem parecidos como no cálculo de lados:
Observe o exemplo:
159
Aplicações das Razões Trigonométricas
160
̅̅̅̅ do retângulo
Calcule a diagonal 𝐴𝐶 Hachurar na figura o triângulo retângulo:
ABCD
161
Calcule a medida dos ângulos Hachurar na figura o triângulo retângulo:
congruentes do triângulo isósceles:
162
Trigonometria em triângulos quaisquer
Teorema
Em um triângulo qualquer, as medidas dos lados são proporcionais aos se-
nos dos ângulos opostos, e essas razões são iguais à medida do diâmetro da
circunferência circunscrita a esse triângulo.
𝑎 𝑏 𝑐
= = = 2𝑟
𝑠𝑒𝑛 𝐴̂ 𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ 𝑠𝑒𝑛 𝐶̂
163
Lei dos Cossenos
Teorema
Em um triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual à soma
dos quadrados das medidas dos outros dois lados, menos duas vezes o produto
desses dois lados pelo cosseno do ângulo oposto.
Observando o triângulo
podemos escrever:
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. cos 𝜃
𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2. 𝑎. 𝑐. cos 𝛽
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2 − 2𝑎. 𝑏. cos 𝛼
164
Geometria Analítica
165
Exemplo:
166
Sistema de Coordenadas Polares
Exemplos:
Coordenadas Coordenadas
cartesianas polares
(1,0) (1,0)
(0,2) (2,90)
(-3,0) (3,180)
(1,1) (1,414;45)
(-2,-2) (2,828;135)
167
Você pode encontrar em algumas bibliografias as coordenadas polares escritas
em radicais e radiano:
Coordenadas Coordenadas
cartesianas polares
(1,0) (1,0)
𝜋
(0,2) (2, 2 )
(-3,0) (3,𝜋)
𝜋
(1,1) (√2; 4 )
3𝜋
(-2,-2) (2√2; 4 )
Exemplo:
−𝜋 7𝜋
(1, ) = (1, )
4 4
168
Denotamos P por (–r,q), para r positivo, se P = (r,p + q), ou seja, consideramos
(–r,q) = (r,q+p). Assim, (–r,q) é o simétrico de (r,q) em relação ao polo.
Exemplo:
𝜋 𝜋
(3, ) = (−3, )
2 2
Dado um ângulo , pode ser representado por +2k, para todo k inteiro.
Assim, (r,) = (r,+2) = (r,+4) = (r, – 2) = (r, – 4) = ...
Mudança de coordenadas
seguintes relações:
𝑥 = 𝑟. cos 𝜃
𝑦 = 𝑟. 𝑠𝑒𝑛 𝜃
169
Se 𝜃 = 0 e 𝑟 > 0, temos P no eixo das abscissas. Logo, P tem coordenadas
cartesianas (𝑥, 0) e coordenadas polares (𝑥, 0)(𝑟 = 𝑥 𝑒 𝜃 = 0). Assim, 𝑥 = 𝑥. 1 =
𝑟 cos 𝜃 e 𝑦 = 0 = 𝑟. 0 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃.
Se 𝑟 = 0, 𝑃 = (0, 𝜃) para qualquer 𝜃. Aqui também, 𝑥 = 𝑟 cos 𝜃 e 𝑦 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃.
Dados dois pontos, A e B, a distância entre eles, que será indicada por 𝑑(𝐴, 𝐵),
é a medida do segmento de extremidades A e B.
Exemplos:
𝑑(𝐴, 𝐵) = 3 − 1 = 2
[𝑑(𝐴, 𝐵)]2 = 32 + 22
[𝑑(𝐴, 𝐵)]2 = 9 + 4
[𝑑(𝐴, 𝐵)]2 = 13
𝑑(𝐴, 𝐵) = √13
𝑑(𝐴, 𝐵) = 3,606
170
Podemos determinar uma expressão que indica a distância entre A e B,
quaisquer que sejam A(𝒙𝟏 , 𝒚𝟏 ) e B(𝒙𝟐 , 𝒚𝟐 ).
171
Para se obter as coordenadas do ponto médio, aplicaremos o Teorema de
Tales:
𝐴𝑀 𝐴1 𝑀1 𝑥 − 𝑥1 𝑥2 + 𝑥1
= ⇒ 1= ⇒ 𝑥 − 𝑥1 = 𝑥2 − 𝑥 ⇒ 2𝑥 = 𝑥2 + 𝑥1 ⇒ 𝑥 =
𝑀𝐵 𝑀1 𝐵1 𝑥2 − 𝑥 2
𝐴𝑀 𝐴2 𝑀2 𝑦 − 𝑦1 𝑦2 + 𝑦1
= ⇒ 1= ⇒ 𝑦 − 𝑦1 = 𝑦2 − 𝑦 ⇒ 2𝑦 = 𝑦2 + 𝑦1 ⇒ 𝑦 =
𝑀𝐵 𝑀2 𝐵2 𝑦2 − 𝑦 2
Então, podemos concluir que, dado um segmento de extremidades A(𝒙𝟏 , 𝒚𝟏 ) e
B(𝒙𝟐 , 𝒚𝟐 ):
A abscissa do ponto médio do segmento é a média aritmética das abscissas
das extremidades:
𝑥2 + 𝑥1
𝑥=
2
A ordenada do ponto médio do segmento é a média aritmética das ordenadas
das extremidades:
𝑦2 + 𝑦1
𝑦=
2
𝑥2 +𝑥1 𝑦2 +𝑦1
̅̅̅̅, temos: 𝑀 (
Portanto, chamando de M o ponto médio de 𝐴𝐵 , ).
2 2
172
Referências
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Volume único - livro do professor. 1. ed. São
Paulo: Ática, 2008. 768 p. v. único.
173
174