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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos- PGRS

EXPRESSO BRASIEIRO TRANSPORTES


LTDA

CIDADE REAL

Petrópolis, Outubro de 2018.


1. APRESENTAÇÃO

O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos estabelece,


descreve e sugere as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos gerados nas
atividades desenvolvidas pela empresa de ônibus de transporte Cidade Real,
compreendida na cidade de Petrópolis, Estrada da Independência, 984, Bairro
Independência. Este documento abrange os procedimentos necessários e
responsabilidades para a coleta, a segregação, a classificação, o armazenamento
temporário na área do empreendimento, o transporte e a destinação final dos resíduos
sólidos gerados e visa atender as exigências previstas pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos - Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010 e Politica Estadual De
Resíduos Sólidos – Lei n° 4191, de 30 de setembro de 2003, atendendo aos requisitos
legais aplicáveis, do Estado do Rio de Janeiro.

2. DADOSGERAIS

2.1. IDENTIFICAÇÃO DOEMPREENDIMENTO

Razão Social: Expresso Brasileiro Transportes LTDA

CNPJ: 13.406.285/0010-06

Tipo de Atividade: Conforme exibido no Quadro 1, Atividades Industriais.

Representante Legal: Miguel Ângelo Viana

Endereço Completo: Estrada da Independência, 984. Bairro Independência, CEP:

25645-343. Petrópolis/RJ. Telefone: (24) 2249 9400

Pessoa de contato: Michele Gonçalves

2.2 EXECUÇÃO

Identificação: Bionel Consultoria Ambiental LTDA ME

Endereço: Rua Major Fajardo, 231, Porto Velho do Cunha. CEP: 28644-000 –

Carmo/RJ. Telefone: (22) 25379515

E-mail: <bionelconsultoria@gmail.com>

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2.2.1 EQUIPE TÉCNICA DEELABORAÇÃO

Davi Abreu Marques - Engenheiro Ambiental

Nélida Abreu Marques - Bióloga

2.2.2 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELAELABORAÇÃO

Nélida Abreu Marques – Bióloga


ART nº - 2-28796/18-E

_______________________________________________

Nota: A responsabilidade técnica deste profissional se limita a


elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, sendo a
implementação e a manutenção de responsabilidade da empresa
Cidade Real.

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3. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 LOCALIZAÇÃO

O Expresso Brasileiro Transporte LTDA, situado Petrópolis – RJ,


região serrana do Estado do Rio de Janeiro é uma empresa de transporte público, com
atuação na cidade de Petrópolis.

Figura 1 - Mapa de Localiza da Empresa Cidade Real

3.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

CNAE 2.0 Denominação


49.21-3-01 Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, com itinerário fixo, municipal.
49.22-1-01 Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, com itinerário fixo, interestadual.
45.20-0-07 Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, exceto
em região metropolitana.
45.20-0-07 Serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores –
manutenção mecânica, capotaria, lanternagem, pintura, troca de pneus, troca de óleo,
lubrificação, posto de abastecimento de veículos da frota, lavador.
49.29-9-04 Organização de excursões em veículos rodoviários próprios , intermunicipal, interestadual e
internacional.
49.30-2-03 Transporte rodoviário de produtos perigosos
49.30-2-02 Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal,
interestadual e internacional.
Quadro 1 – Atividades Desenvolvidas
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Além das atividades constante no quadro 1, presentes no CNPJ, a
empresa conta com atividades de manutenção de veículos, entre elas:

 Lanternagem
 Pintura
 Troca de óleo e lubrificação
 Lavagem de veículos
 Posto de Abastecimento
 Mecânica
 Capotaria
 Troca de pneus
 Troca de vidros

3.3 FLUXOGRAMA GLOBAL DAS ATIVIDADES


DESENVOLVIDAS

Analisando a multiplicidade de atividades desenvolvidas pela empresa


Cidade Real para a manutenção de seus veículos, os fluxogramas por processos
específicos deste setor, abrangem particularidades que devem ser consideradas para a
excelência da gestão ambiental da mesma. A Figura 2 elucida um fluxograma dos
recursos envolvidos, de forma global

ENCAMINHAMENTO
CHEGADA DOS
AO SETOR DE PRODUTOS E
VEÍCULOS À MANUTENÇÃO
GARAGEM NEESSÁRIO RESÍDUOS

Figura 2- Fluxograma global das atividades

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4. CONCEITOS E DEFINIÇÕES

PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - Documento que contempla um


conjunto de procedimentos a serem usados visando a minimização de geração, a
reutilização e reciclagem, o acondicionamento, o armazenamento temporário, o
transporte, o tratamento e a destinação final adequada dos resíduos sólidos, observando
os requisitos legais ambientais aplicáveis.

Resíduos Sólidos - Resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades


da empresa. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu
lançamento em redes de esgotos ou corpos de água.

Resíduo Sólido Reciclável - É todo o resíduo que pode retornar ao ciclo de produção
como matéria-prima para fabricação de produtos pela própria empresa, ou por terceiros.

Resíduos Sólidos Classe I - De acordo com a norma NBR 10.004 são resíduos
PERIGOSOS, que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-
contagiosas pode representar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. Também são
classificados como perigosos os resíduos constantes nos Anexos A ou B da NBR
10.004, ou que apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade.

Resíduos Sólidos Classe II A - São os resíduos NÃO PERIGOSOS e NÃO INERTES.


De acordo com a norma NBR 10.004, são aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos classe I – perigosos ou de resíduos classe II B – inertes.
Podem ter propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água.

Resíduos Sólidos Classe II B - De acordo com a NBR 10.004 são os resíduos NÃO
PERIGOSOS e INERTES. Ficam enquadrados os resíduos que submetidos à
solubilização com água, conforme a norma NBR 10.006, não tiveram nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, como também não

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proporcionam combustibilidade.

Resíduos da Construção Civil - De acordo com a resolução CONAMA nº 307/2002


são os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como:
tijolos; blocos cerâmicos; concreto em geral; solos; rochas; metais; resinas; colas; tintas;
madeiras e compensados; forros; argamassa; gesso; telhas; pavimento asfáltico; vidros;
plásticos; tubulações; fiação elétrica e etc.; comumente chamados de entulhos de obras,
caliça ou metralha.

Resíduos da Construção Civil Classe A - De acordo com a resolução CONAMA nº


307/2002 são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, como por
exemplo: os resíduos de origem de construção, demolição, reformas e reparos de
edificações (componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento e
etc.), argamassa e concreto) e/ou, os resíduos de origem de processo de fabricação e/ou
demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio e etc.)
produzidas nos canteiros de obras.

Resíduos da construção Civil Classe B - De acordo com a resolução CONAMA nº


431/2011 são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.

Resíduos da construção Civil Classe C - De acordo com a resolução CONAMA nº


431/2011 são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação.

Resíduos da Construção Civil Classe D - De acordo com a resolução CONAMA n°


348/2004 são os resíduos perigosos, por exemplo, as tintas, solventes, óleos e/ou
aqueles contaminados e prejudicais ou nocivos à saúde.
Rejeitos - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 são os resíduos sólidos
que depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Coleta Seletiva de Resíduos - Sistema de recolhimento dos resíduos segregados na


fonte geradora.

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Destinação final ambientalmente adequada - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de
Agosto de 2010 é a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a
disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.

Ciclo de vida do produto - Segundo a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 é a série de


etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de materiais primas e
insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

Disposição final ambientalmente adequada - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de


Agosto de 2010 é a distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança
e a minimizar os impactos ambientais adversos.

Logística reversa - Segundo a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 é o instrumento de


desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada,

Gerenciamento de resíduos sólidos - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de Agosto de


2010 é o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo
com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei.

Licença de Operação - Documento expedido pelo órgão ambiental estadual ou


municipal autorizando o funcionamento das atividades.
Passivo Ambiental - De acordo com Fundação Estadual de Proteção Ambiental
Henrique Luiz Roessler – RS, é o resíduo armazenado na área da empresa, sem
destinação definida.

Compostagem - Processo natural de decomposição biológica de materiais orgânicos


não patogênicos ou contaminados, de origem animal e vegetal, pela ação demicro-

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organismos.

Central de Resíduos - Local destinado ao armazenamento temporário de resíduos


sólidos.

Destinatário - Pessoa física ou jurídica responsável pelo tratamento e/ou destinação


final dos resíduos gerados na empresa.

APL - Arranjo Produtivo Local.


CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente.
CONSEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ARIPE - Aterro de Resíduos Industriais Perigosos.
MTR - Manifesto de Transporte de Resíduos.
FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS.
SEMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul
CODACOND - Código de Acondicionamento do Resíduo.
CODRES - Código do Resíduo.
CODEST - Código do Destino do Resíduo.

5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

5.1. LEGISLAÇÃO

 Lei Federal n° 12.305, de 02 de agosto de 2010 que Institui a Política Nacional


de Resíduos Sólidos (PNRS).
 Lei Federal n° 6.938, de 02 de setembro de 1981 – Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
e outrasprovidências.
 Lei Federal n° 10.357, de 27 de dezembro de 2001 - Estabelece normas de
controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente
possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes,
psicotrópicas ou que determinem dependência física oupsíquica.
 Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções

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penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências.
 Lei Estadual n° 4191/2003, que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos.
 Lei Estadual n° 6362/2012, que estabelece normas suplementares sobre o
gerenciamento estadual para disposição final ambientalmente adequada de
Resíduos Sólidos em Aterros Sanitários.
 Lei Estadual n° 2011/1992 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da implementação
de programa de redução de resíduos.
 Resolução CONAMA n° 275, de 19 de junho de 2001 – Estabelece código de
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva.
 Resolução CONAMA n° 362, de 23 de junho de 2005 – Estabelece novas
diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou
contaminado e sua respectiva alteração, a resolução de n°450/2012.

5.2. NORMAS TÉCNICAS

Norma ABNT - NBR 10.004:2004 – Resíduos sólidos -Classificação.


Norma ABNT – NBR 10.005:2004 – Lixiviação de Resíduos – Procedimentos
Norma ABNT - NBR 11.174:1990 – Armazenamento de resíduos classes II –
não inertes e III –inertes.
Norma ABNT - NBR 12.235:1992 – Armazenamento de resíduos sólidos
perigosos.
Norma ABNT - NBR 13.221:2005 – Transporte terrestre deresíduos.
Norma ABNT - NBR 7.503:2005 – Ficha de emergência e envelope para o
transporte terrestre de produtos perigosos – Características, dimensões e
preenchimento.
Norma ABNT – NBR 17.505:2006 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e
combustíveis.
NormaABNT–NBR15.114–Resíduossólidosdaconstruçãocivil–
Áreasdereciclagem– Diretrizes para projeto, implantação e operação.
Norma ABNT – NBR 16.725 – Ficha com dados de segurança de resíduo
squímicos.
Norma ABNT – 14.619 – Transporte terrestre de produtos perigosos.

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6. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico representa a situação atual da geração de resíduos na


empresa, antes da implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Este documento foi formulado com base nas informações cedidas pela empresa visitada,
e as constatações registradas nas áreas desta.

6.1 IDENTIFICAÇÃO, ORIGEM, CARACTERIZAÇÃO E VOLUME

Os resíduos foram mapeados conforme as atividades exercidas nas


dependências da empresa visitada, levando em consideração os seguintes aspectos:

Resíduo Gerado;

Caracterização;

Classificação (NBR ABNT 10.004);

Origem;

Volume.

O resultado desta identificação e caracterização, realizado através de


visitas técnicas e consulta a documentos internos das empresas, pode ser verificado no
Quadro 2 e está ilustrado no inventário fotográfico (Fotos 1 a 10).
Os resíduos apresentados a seguir foram enquadrados segundo a NBR
10.004:2004.

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DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
COD
RES RESÍDUOS SÓLIDOS CARACTERIZAÇÃO ESTADO FÍSICO CLASSE VOLUME UNIDADE
INDUSTRIAIS NBR 10.004 ANUAL DE
MEDIDA

A001 Resíduo de refeitório Resíduos orgânicos. Sólido IIA NQ m³


(restos de alimentos).

A004 Sucata de metais Sucata originada da Sólido IIA 7500 Kg


ferrosos lanternagem.

A006 Resíduo de papel e Papel, papelão, caixas, Sólido IIA 43 Kg


papelão. embalagens.

A007 Resíduo plástico Bombona de produto de Sólido IIA un.


(bombonas). limpeza.

A099 Outros resíduos não Vidros, tiras de courino. Sólido IIB 4,5 T
perigosos. Especificar:

F130 Material contaminado Água com óleo lubrificante Líquido I 1 T


com óleo lubrificante

Material contaminado serragem com óleo Sólido I NQ T


com óleo lubrificante lubrificante

Resíduo têxtil Estopa contaminada com óleo Sólido I NQ T


contaminado com óleo lubrificante.
lubrificante (panos,

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estopas).

Material contaminado Embalagens plásticas Sólido I 52 Kg


com óleo lubrificante contaminadas com óleo
lubrificante.

Óleo lubrificante Óleo lubrificante usado em Líquido I 4,2 m3


usado ou veículos.
contaminado.

F044 Lâmpada com vapor Lâmpadas fluorescentes. Sólido I NQ un.


de mercúrio após o
uso.

A008 Pneus Pneus de automóveis Sólido IIB 152 un

F017 Latas de tinta Lata com resíduo de tinta Sólido I NQ T


resultantes da pintura dos
automóveis.

A099 Efluente sanitário Efluente de lavatórios, Líquido IIA 8 m3


chuveiros e vasos sanitários
provenientes de 4 banheiros.
Quadro 2 – Diagnóstico de Resíduos Gerados

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O inventário fotográfico (Fotos 1 a 10) evidencia, de forma amostral,
os tipos de resíduos gerados, assim como, as práticas para o acondicionamento e/ou
armazenamento temporário, realizadas pela empresaatualmente.

Foto 1 Setor de manutenção e troca de óleo – gera estopas sujas de óleo e


graxa, serragem com resíduos de óleo lubrificante e vasilhames sujos com
óleo lubrificante.

Fotos 2 e 2.1 Local de armazenamento temporário


dos resíduos gerados no setor de manutenção

Foto 3e 3.1 Setor de estoque de pneus – geração de


pneus usados para descarte.
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Foto 4 Setor de lanternagem e pintura – gera
resíduos contaminados com tinta e restos de
lataria.

Foto 5 Setor de armazenamento de óleo


lubrificante e graxa.

Foto 6 Tanque de armazenamento de óleo


lubrificante usado.

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Foto 7 Lavagem de peças – gera água oleosa e estopa contaminada com óleo lubrificante.

Foto 8 Armazenamento de lâmpadas


fluorescentes queimadas.

Foto 9e 9.1 Armazenamento dos diversos resíduos


para a coleta final.
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Foto 10 Setor de higienização pessoal – lavagem de mãos e peças.

A empresa está em processo de licenciamento e comprova a


destinação dos resíduos através da emissão do MTR (Manifesto de Transporte de
Resíduos). Existe coleta seletiva na empresa.

Os resíduos perigosos, apresentam-se com um custo muito elevado de


destinação final, ocupam áreas temporárias, aguardando volume mínimo para uma
destinação de menor custo.
O local de armazenamento de resíduos se encontra fechado, tendo apenas o acesso do
profissional responsável pela coleta e destinação dos resíduos - MARCOS VINICIUS
GARCIA DE CAMPOS , Matricula: 1002.

6.2 PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS

Os passivos ambientais se referem aos resíduos que estão


temporariamente armazenados nos empreendimentos que ainda não possuem destinação
final definida. Na empresa, os resíduos gerados são, somente, armazenados
temporariamente. No entanto foram identificados determinados resíduos sem destinação
final definida (contratada), como por exemplo: lâmpadas fluorescentes.

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7. RESPONSABILIDADES

De acordo com o Art. 8º da Lei Estadual 4191/2003, a coleta, o


transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de
estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde,
são de responsabilidade da fonte geradora.

Em caso de contratação de terceiros, de direito público ou privado,


para execução de uma ou mais das atividades, configurar-se-á responsabilidade
solidária. Os executores das atividades mencionadas, inclusive quando se tratar de
municípios, deverão estar licenciados junto ao INEA.

Nos limites da empresa as responsabilidades, quanto ao PGRS, podem


ser distribuídas conforme apresenta o Quadro 3.

RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADES

Assegurar que os resíduos sólidos sejam manuseados de


Direção
forma a garantir a segurança do pessoal envolvido e do meio
ambiente.
Elaborar o PGRS e orientar os responsáveis pela
Responsável técnico pela
implementação.
elaboração do PGRS

Implementar e assegurar a manutenção do PGRS e a


Responsável pela área de aplicação das normas de segurança e legislação específica e
meio ambiente do meio ambiente. Elaborar medidas de controle, como:
procedimentos de coleta, segregação, classificação,
armazenamento, transporte e destinação final de todos os
resíduos sólidos gerados de acordo com oPGRS.
Garantir a execução do PGRS e das normas de manejo
Coordenação e Supervisão
interno de resíduos.

Todos os colaboradores Cumprir as recomendações do PGRS e atender aos


procedimentos internos; orientar prestadores de serviços
quanto ao cumprimento deste.
Quadro 3 - Responsabilidades do PGRS

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8. PROCEDIMENTOSOPERACIONAIS

O PGRS tem como prioridade a prevenção e minimização da geração


de resíduos. O comprometimento das empresas para a redução da geração de resíduos
deverá ser prioridade, incentivando sempre para que todos os colaboradores estejam
engajados com esta atitude.

8.1. PROGRAMA DE REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

As ações a serem adotadas pela empresa devem contemplar:

Difusão da conscientização ambiental n aempresa;


Campanhas educativas;
Medidas de controle;
Definição de metas de redução da geração;
Medidas para reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos gerados;
Destinação adequada para os resíduos produzidos;

Uma empresa que cresce com consciência ambiental, torna-se mais


produtiva a partir da implementação de ações que a leve a uma Produção mais Limpa
(P+L), que é a aplicação de uma estratégia TÉCNICA, ECONÔMICA e AMBIENTAL
de um processo e a posterior identificação de oportunidades que possibilitem sua maior
eficiência no uso das matérias-primas, água e energia, focando a não geração,
minimização ou reciclagem de resíduos gerados, apoiando a sustentabilidade do
negócio.

Utilizar o princípio dos 3Rs é uma forma coerente de gerir os resíduos


gerados durante o processo produtivo.
REDUZIR - Consiste em evitar o consumo desnecessário de produtos a fim de diminuir
a quantidade de resíduos gerados pela empresa.

REUTILIZAR - Consiste em dar nova utilidade a materiais que na maioria das vezes
são considerados inúteis e jogados no lixo.

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RECICLAR - Consiste em recuperar matéria-prima a partir do resíduo para fabricar
novos produtos.

8.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOSSÓLIDOS

Os resíduos sólidos gerados são classificados quanto aos seus riscos


potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, de acordo com a norma NBR 10.004.
São separados em duas classes distintas:

Classe I –perigosos

Classe II A – não perigosos, não inertes;

Classe II B – não perigosos, inertes.

No documento, planilha de gerenciamento de resíduos (Quadro 8),


consta a classificação de cada resíduo gerado, que foi considerada para a definição de
todas as etapas do gerenciamento. Se houver a geração de algum resíduo não previsto
neste PGRS, este deverá ser submetido à classificação de acordo com a norma
supracitada.

8.3. SEGREGAÇÃO, COLETA SELETIVA E ACONDICIONAMENTO


DOS RESÍDUOS GERADOS

Os resíduos gerados em todas as áreas dos empreendimentos sejam


estas industriais, administrativas ou outras devem ser segregados na fonte, no momento
do descarte, e permanecer desta forma até a sua destinação final.

Para a segregação e o acondicionamento dos resíduos devem ser


disponibilizados coletores adequados ao volume e tipo de resíduo, identificados de
acordo com as cores estabelecidas pela Resolução CONAMA 275/2001, conforme
exibe o Quadro 4.

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COR RESÍDUO
Azul Papel/papelão
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Preto Madeira
Laranja Resíduos perigosos
Branco Resíduos de serviços de saúde
Roxo Resíduos radioativos
Marrom Resíduos orgânicos
Cinza Resíduos não recicláveis
Quadro 4 - Padrão de cores para coleta seletiva Fonte: (CONAMA 275/2001)

Nos casos em que os resíduos gerados possuírem volume que não


possa ser acondicionado em vasilhames, o local de armazenamento deverá conter uma
placa com a cor e a indicação do resíduo, conforme figura abaixo:

Figura 3 – Placa de
identificação de resíduo.

Os recipientes para acondicionamento de resíduos devem atender as


demandas quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados pelos empreendimentos, ou
seja, volume e tipo de resíduo. Na sequencia de Figuras 4, 5, 6, 7, e 8 estão
exemplificados diferentes tipos de recipientes e coletores que visam garantir a
integridade da central de resíduos e operadores, quanto à segurança e a proteção do
meio ambiente.

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Figura 4 -Modelo de caçamba estacionária
com tampa Figura 5 - Modelo de caixa
plástica com rodas Fonte:
Fonte: (AÇONOBRE, 2014) (PLASKINI, 2014)

Figura 6 - Modelo de tambores com tampa


fixa 200/100 L Fonte: (BRESSAN Figura 7 - Modelo de bombonas com
TAMBOR, 2014) tampa removível 200/100/50/20 L
Fonte: (BRESSANTAMBOR, 2014)

Figura 8 – Modelo de caixa coletora para


lâmpadas fluorescentes usadas

Fonte: (Soluwan, 2014)

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8.4. QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

O controle, da quantidade e periodicidade da geração dos resíduos


é fundamental para o efetivo funcionamento da gestão de resíduos nos
empreendimentos. É preciso acatar as unidades de medida estabelecidas pelo órgão
licenciador.

A quantificação dos resíduos gerados ocorre no momento da sua


entrada na central de resíduos ou área de armazenamento temporário e deve ser
registrada na planilha sugerida conforme o Quadro 5.

Registro de Resíduos
Sólidos

Empresa: Ano:

Classe Entrada de Resíduos na Central Saída de Resíduos da


Tipo de NBR Empresa
Data
Resíduo 10.00 Unidade
de Armazenamento
4 Quantidade Temporário Quantidade Destinação /
medida N° LO

Quadro 5 - Modelo de Registro de Resíduos Sólidos

A quantificação dos resíduos gerados deve ser realizada por meio


de instrumentos de medição devidamente calibrados, adequados ao volume e ao tipo
de resíduo gerado, garantindo a confiabilidade dos dados de geração.

Sugere-se que as empresas adquiram uma balança para a medição


dos resíduos sólidos. As Figuras 9, 10 e 11 apresentam exemplos destes
equipamentos que atendem a grandes gerações.

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Figura 9 Modelo de balança de piso para Figura 11 Modelo de
quantificação de resíduos Fonte: (METTLER Figura 10 Modelo de balança suspensa
balança plataforma bancada
TOLEDO, 2014) para quantificaçãode resíduos
para quantificação de
resíduos.
Fonte: (DIGI-TRON, 2014)
Fonte: (DIGITRON, 2014)

Fonte:

8.5 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E


CENTRAL DE RESÍDUOS

Os resíduos devem ser armazenados de forma proteger a saúde pública


e o meio ambiente, de acordo com os riscos potencias que representam, até que sejam
encaminhados para reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada. E também de maneira a não possibilitar a alteração de sua
classificação. É preciso armazenar separadamente os resíduos classificados como II A e
ou II B dos resíduos classificados como classe I, atentar para a incompatibilidade entre
os resíduos classe I, que necessitam de armazenamento seguro entre eles, minimizando
os riscosambientais.

Os recipientes com os resíduos sejam contêineres, caçambas, caixas,


tambores, bombonas, sacos plásticos ou outros, devem ser armazenados em áreas com
identificação, cobertas, bem ventiladas e sobre piso impermeabilizado. Para possibilitar
rápida identificação dos resíduos os recipientes devem permanecer devidamente
rotulados ou identificados com placas/etiquetas fixas.

As Centrais de Resíduos ou outros locais onde ocorra o


armazenamento temporário dos resíduos devem atender as normas NBR 12.235, para os
resíduos perigosos (CLASSE I) e NBR 11.174, para os resíduos não perigosos
(CLASSE II A e II B), e devem ser dotados dos seguintes recursos:

23
Sistema de isolamento que impede o acesso de pessoas estranhas;

Sinalização de segurança para os riscos de acesso ao local;

Áreas definidas e sinalizadas para o armazenamento dos diferentes tipos de


resíduos;

Sistema de drenagem e captação de líquidos se houver geração, para posterior


tratamento;

Iluminação, inclusive para situações de emergência;

Kit de emergência;

Equipamentos de combate ao incêndio, onde houver a possibilidade de fogo.

Nota: se houver a necessidade de armazenar algum resíduo fora das


áreas supracitadas, isto somente poderá ser feito em contêiner fechado ou coberto e
sobre o piso impermeabilizado.

8.6 TRANSPORTE DOSRESÍDUOS

8.6.1 TRANSPORTEINTERNO

A movimentação interna adequada dos resíduos deve atender algumas ações,como:

 Verificar peso e forma dos resíduos a serem manuseados;


 Determinar rotas de movimentação dos resíduos;

 Utilizar equipamentos compatíveis com o volume;


 Familiarizar os colaboradores com equipamentos e riscos ambientais;
 Determinar áreas de riscos para equipamentos especiais;
 Utilizar EPI´s apropriados para a atividade.

8.6.2 TRANSPORTEEXTERNO

O transporte dos resíduos é de responsabilidade do empreendedor

24
mesmo quando praticado por terceiros, o que somente poderá ser realizado por
empresas devidamente licenciadas de acordo com a legislação vigente.

Para a execução do transporte dos resíduos sólidos para fora das


instalações das empresas, devem ser contratadas empresas especializadas que possuam
veículos devidamente licenciados para tal atividade de acordo com o estabelecido na
legislação específica.

O transporte deve ser feito de modo a prevenir e evitar danos ao meio


ambiente e à saúde pública observando, que:

 O equipamento de transporte seja adequado ao tipo de resíduo e às


regulamentações pertinentes;

 O estado de conservação do equipamento de transporte não permita


derramamentos ou vazamentos durante o trajeto;

 Durante o transporte os resíduos estejam devidamente acondicionados e


protegidos de intempéries;

 Os resíduos não sejam transportados juntamente com alimentos, medicamentos


ou objetos destinados ao uso e/ou consumo humano ou animal, ou com
embalagens destinadas a este fim.

Além dos documentos fiscais exigidos pela legislação os resíduos


transportados devem ser acompanhados do Manifesto de Transporte de Resíduos –
MTR.

O MTR deve ser preenchido em 3 vias, assim sendo:

 1ª via acompanha o resíduo até a destinação final e após ser assinada pelo
destinatário e transportador, deve permanecer arquivada no destino final;

 2ª via acompanha o resíduo até a destinação final e, após ser assinada pelo
destinatário, deve permanecer arquivada com o transportador;

25
 3ª via contendo as assinaturas do gerador e do transportador, fica retida no
gerador no momento do envio dos resíduos.

Após devidamente assinadas pelas partes envolvidas, as três vias


devem permanecer à disposição da fiscalização ambiental, pelo período mínimo de 5
(cinco) anos.

No caso do transporte de resíduos perigosos, os resíduos devem ser


acompanhados da Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos, conforme estabelecido na norma NBR 7.503 e NBR 14.619 que
trata do transporte terrestre de produtos perigosos e incompatibilidade química, assim
como, devem estar devidamente rotulados conforme norma a NBR 16.725 que aborda
sobre resíduo químico e Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente, ficha
com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem.

8.7 DESTINAÇÃO FINAL DOSRESÍDUOS

Os resíduos sólidos gerados podem ser destinados para diferentes fins,


tais como reprocessamento, reciclagem, reutilização, tratamento, coprocessamento ou
outros.
A destinação final dos resíduos está condicionada ao licenciamento
ambiental das empresas ou instituições identificadas como receptoras. Periodicamente
deve ser verificado o licenciamento ambiental dos destinatários dos resíduos observando
o cumprimento das condições e restrições estabelecidas. Deve ser mantida cópia
atualizada da licença ambiental dos receptores dos resíduos sólidos.

8.8 PREVENÇÃO E ATENDIMENTO AEMERGÊNCIAS


Os resíduos devem ser manuseados de forma a minimizar a
possibilidade de fogo, explosão, derramamento e vazamento para corpos d’água,
solo ou ar.

Com o objetivo de evitar efeitos indesejáveis, os resíduos devem


ser mantidos segregados e em locais específicos. O armazenamento de tais resíduos
deve considerar as questões de compatibilidade química.

26
Todas as pessoas envolvidas no manuseio dos resíduos devem fazer
uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) definido no Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA) das empresas. As Figuras 12, 13, 14 e 15 ilustram
equipamentos para prevenção e atendimento às emergências.

Figura 12 Modelo de kit proteção Figura 13 Modelo de palete de


ambiental contenção para tambores e
bombonas
Fonte: (MANTAS BRASIL, 2014)
Fonte: (TECNOTRI, 2014)

Figura 14 Modelo de extintor

Figura 13 Modelo de armário corta fogo Fonte: (FREXTINTORES, 2014)

Fonte: (ACDAMBIENTAL, 2014)

8.9 TREINAMENTO ECONSCIENTIZAÇÂO

O correto gerenciamento dos resíduos é fundamental para a


minimização da geração dos resíduos através da aplicação dos princípios NÃO GERAR,
REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR, bem como para a prevenção da geração de
possíveis efeitos danosos no meio ambiente. Assim, a capacitação dos colaboradores do
PGRS é um fator primordial, e envolve:

 A forma de operação da Área Temporária de Resíduos;

27
 A forma de utilização e preenchimento do Manifesto de Transporte de Resíduos;
Preenchimento do Registro de Resíduos Sólidos;
 Emissão da Planilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
 Atendimento a situações de emergência;
 Uso correto do EPI;
 Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de
gerenciamento incorreto ou acidentes.

8.10 REVISÃO DO PGRS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverá estar


atualizado, sendo obrigatória a adição de qualquer novo procedimento adotado pelos
empreendimentos quando estes forem submetidos á reformas ou mudanças nos
processos, atividades ou serviços, ampliações físicas e mudança de endereço.

A revisão do PGRS deverá ocorrer, no mínimo, a cada quatro anos,


mesmo prazo vigente para revisão dos planos Nacional e Estadual estabelecido pelo
Decreto Federal nº 7.404/10, ao final da vigência da Licença de Operação ou conforme
determinação do órgão ambiental competente.

8.11 PLANILHA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

A planilha de gerenciamento de resíduos, conforme o Quadro 8,


elucida a operação dos resíduos gerados pela empresa e contempla a classificação
conforme a norma NBR 10.004, os métodos de acondicionamento temporário e a
destinação final dos resíduos.

28
ACONDICIONAMENTO

ARMAZENAMENTO
TEMPORÁRIO
QUANTIDADE

DESTINAÇÃO
DE MEDIDA
UNIDADE
CLASSE

FINAL
RESÍDUO
CARACTERIZAÇÃO

Aterro Sanitário
Resíduo de IIA Resíduos orgânicos. NQ m³ Sacos plásticos Galpão telado Municipal
refeitório (restos com acesso
de alimentos). permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.
Galpão telado M. Reciclagem
Sucata de metais IIA Sucata originada da lanternagem. 7500 Kg Tambores com acesso
ferrosos permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.
Galpão telado M. Reciclagem
Resíduo de IIA Papel, papelão, caixas, embalagens. 43 Kg Sacos Plásticos com acesso
papel e papelão. permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.

29
IEMMA Com. Ind.
Resíduo plástico IIA Bombona de produto de limpeza. un. Bombonas Galpão telado Equipamentos LTDA
(bombonas). com acesso
permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.
IEMMA Com. Ind.
Outros resíduos IIB Vidros 4,5 T Armazenados em Galpão telado Equipamentos LTDA
não perigosos. cômodo fechado, com acesso
Especificar: separado dos permitido ao
demais resíduos. responsável pela
gestão dos
resíduos.
Cia Municipal de
Outros resíduos IIB Tiras de courino 1 T Sacos Plásticos Galpão telado Desenvolvimento de
não perigosos. com acesso Petrópolis
Especificar: permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.
Tanque constante IEMMA Com. Ind.
Material I Água com óleo lubrificante NQ T Sistema do SSAO Equipamentos LTDA
contaminado Separador Água
com óleo e Óleo (SSAO)
lubrificante
Galpão telado IEMMA Com. Ind.
Material I Serragem com óleo lubrificante NQ T Tambores com acesso Equipamentos LTDA
contaminado plásticos permitido ao
com óleo responsável pela
lubrificante gestão dos
resíduos.

30
Galpão telado IEMMA Com. Ind.
Resíduo têxtil I Estopa contaminada com óleo 52 Kg Tambores com acesso Equipamentos LTDA
contaminado lubrificante. plásticos permitido ao
com óleo responsável pela
lubrificante gestão dos
(panos, estopas). resíduos.
Galpão com PROLUMINAS
Óleo I Óleo lubrificante usado em veículos. 4,2 m3 Contêiner dique de Rerrefino de
lubrificante contenção. Lubrificantes
usado ou
contaminado.
Galpão telado
Lâmpada com I Lâmpadas fluorescentes. NQ un. Tambores com acesso
vapor de permitido ao
mercúrio após o xxxxxxxxxx
responsável pela
uso. gestão dos
resíduos.
Galpão telado Centro de Coleta de
Pneus IIB Pneus de automóveis 152 un Armazenados em com acesso Pneus Inservíveis da
cômodo fechado, permitido ao empresa Araruama
separado dos responsável pela Pneus LTDA Filial II
demais resíduos. gestão dos
resíduos.
Galpão telado IEMMA Com. Ind.
Latas de tinta I Lata com resíduo de tinta resultantes da NQ T Tambores com acesso Equipamentos LTDA
pintura dos automóveis. permitido ao
responsável pela
gestão dos
resíduos.
Tanque constante Companhia Estadual
Efluente IIA Efluente de lavatórios, chuveiros e 8 m3 Fossa Séptica e do Sistema de de Águas e Esgotos
sanitário vasos sanitários provenientes de 4 Filtro Anaeróbio Tratamento de CEDAE – Unidade
banheiros. Efluentes. ETE Alegria

31
SSAO

3.1

SSAO

32
SSAO

Foto 11e 11.1 – Localização das atividades e pontos de geração de resíduos.

33
Legenda das imagens:

1- Recepção
 2 vestuários com banheiros feminino e masculino

2- Administração, Setor de Manutenção (capotaria,


troca de pneus, troca de óleo, lanternagem, pintura) e
Almoxarifado.
 5 banheiros
 1 copa

3- Galpão de armazenamento de resíduos


3.1 Armazenamento de óleo lubrificante usado, de
vidros e de lâmpadas fluorescentes.
4- Lavador
5- Posto de Abastecimento
6- Tanque de armazenamento de combustível
7- Sistema de reuso da água
8- Lavador

9. RESPONSABILIDADECOMPARTILHADA

Segundo o PNRS 12.305 de 2010, no Art. 30 e a Lei Estadual


4191/2003, no Art, 22, fica instituído a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada,
abrangendo os fabricantes, os importadores, os distribuidores, os comerciantes, os
consumidores, os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos.

O objetivo da responsabilidade compartilhada pelo ciclo vida dos produtos visa:

Interagir os interesses econômicos e sociais, como também a gestão empresarial


e ambiental;
Promover o aproveitamento dos resíduos sólidos em sua própria cadeia
produtiva e ou demais cadeias;
Reduzir a geração de resíduos sólidos, desperdício de matérias-primas, materiais
e a poluição ambiental;
Utilizar insumos e matérias-primas de menor agressividade ao meio ambiente e
de maior sustentabilidade;
Desenvolver o mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de
materiais reciclados e recicláveis;
Promover o alcance da eficiência e da sustentabilidade na produção;
Realizar a responsabilidade socioambiental.

Desta forma, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes


possuem a responsabilidade de investir e desenvolver produtos e embalagens
com menor impacto ambiental.
Ainda com a Lei 12.305/2010 o Art. 33 e Art 22 da Lei Estadual
4191/2003, explica que os resíduos de embalagens e rejeitos de agrotóxicos, pilhas,
baterias, pneus usados, embalagens de óleo lubrificante, lâmpadas tubulares e
componentes e ou produtos eletroeletrônicos são compreendidos pela cadeia de
produtos com recolhimento obrigatório pelo sistema de logística reversa. Este sistema
pode ainda ser expandido para produtos comercializados em embalagens plásticas,
metálicas e ou vidro, e demais produtos, considerando o grau de impacto à saúde
pública e ao meio ambiente.

10. MEDIDAS SANEADORAS DE PASSIVOSAMBIENTAIS

Caso seja identificado algum Passivo Ambiental relacionado aos


resíduos sólidos, sugere-se as seguintes ações, que devem ser informadas ao órgão
ambiental:

Avaliação preliminar (identificação de potenciais passivos ambientais);


Investigação confirmatória (confirmação, por meio de laudos analíticos, da
existência de alguma contaminação no solo e/ou água);
Investigação detalhada;
Análise de riscos à saúde humana;

Plano de monitoramento;
Plano de intervenção;
Plano de remediação;
Cronograma de execução;
Plano de Remediação de área contaminada, para detalhamento das informações,
quando houver contaminação;
As ações adotadas, no caso de ocorrência de contaminação, devem
estar informadas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos, em conformidade
com a legislação aplicável. Observar a Resolução CONAMA n°420/2009.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O resultado das visitas técnicas na empresa Cidade Real, esclarece


que o porte do empreendimento, é pequeno, conduzindo a algumas dificuldades com
a destinação final dos resíduos sólidos. Não diferente de tantas outras empresas, o
maior problema é a destinação de alguns resíduos como lâmpadas fluorescentes,
baterias e outros. Além desse, outro problema é o volume de geração mensal, que não
atende as necessidades das empresas de tratamento, destinação final e ou reciclagem,
para o transporte (custo do quilometro rodado) e a possibilidade de geração de
matéria-prima (recicladores), considerando os custos com esta clientela.

Observou-se que a empresa realiza a destinação final dos seus


resíduos perigosos.

Considerando a tipologia de resíduos gerados e o mercado de


reciclagem, alguns segmentos apresentam-se solidificados, como por exemplo, a
reciclagem de materiais metálicos, plásticos, papel e papelão e também óleos
lubrificantes. No entanto, é perceptível que estes materiais ainda poderiam receber
maiores cuidados pelas empresas geradoras, para que assim atendam os critérios dos
processos de reciclagem, viabilizando qualidade para estas novas matérias-primas.
Em sua maioria, significa apenas uma atitude de inserir uma caixa separadora de água
e óleo, tratar o efluente gerado, inserir uma peneira filtrante no coletor de óleo
lubrificante usado, para eliminar os sólidos, ou, separar tipologias de plásticos.

A empresa Cidade Real consegue destinar quase todos seus resíduos,


mas ainda não encontrou empresas licenciadas para alguns deles, como materiais
metálicos e lâmpadas fluorescentes.
12. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM EXECUTADAS

Embora a Empresa Cidade Real se encontre bem organizada em


relação à gestão de resíduos, algumas ações podem ser aplicadas para melhorar a
dinâmica de coleta interna e armazenamento de resíduos:
 Acondicionar as lâmpadas fluorescentes em recipientes próprios como os
indicados na figura 8;
 Instalar quadro mural com cópia dos MTRs em local de grande circulação e
visível a todos;
 Manter o SSAO dimensionado de forma a atender a demanda atual e futura,
considerando o crescimento da empresa;
 Manter, em arquivo, as Licenças Ambientais das Empresas Coletoras;
 Oferecer treinamento ao funcionário responsável pela coleta dos resíduos e a
todo o quadro de funcionários, a fim de promover a responsabilidade coletiva;
 Cobrar dos fornecedores o retorno de alguns materiais, como as lâmpadas
fluorescentes, fazendo valer a Lei Estadual n° 4191/2003 - Logística Reversa.
13. REFERÊNCIAS

ACD AMBIENTAL. Armário corta fogo. Disponível em:


<http://www.acdambiental.com.br/armario-corta-fogo-standard.asp>. Acesso em: 20
set. 2018.

AÇO NOBRE. Caçamba estacionária 2. Disponível em:


<https://aconobre.files.wordpress.com/2011/03/cac3a7amba-estacionc3a1ria-2.jpg>.
Acesso em: 10 out. 2014.

BRASIL. Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política


Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Diário Oficial da União, Brasília 03 ago.
2010.

. Resolução CONAMA n.275, de 25 de abril 2001. Estabelece o código de


cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores
e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
Diário Oficial da União, n. 117-E, p. 80, 19 jun. 2001. Seção1.

BRESSAN. Modelo de tambores tampa fixa 200/100 L. Disponível em:


<http://www.bressantambor.com.br>. Acesso em: 20 set. 2018.

COMERCIAL JVD. Coletores seletivos. Disponível em:


<http://www.comercialjvd.com.br/index.php?p=produtos_detalhe&idp=36>. Acesso
em: 20 set. 2018.

FE EXTINTORES. Extintores. Disponível em:


<http://www.frextintores.com.br/produtos.htm>. Acesso em: 20 set. 2018.

MANTAS BRASIL. Kit de proteção ambiental. Disponível em:


<http://www.mantasbrasil.com.br/produtos/protecao-ambiental/kit-protecao-
ambiental>. Acesso em: 20 set. 2018.

NISBETS. Balança. Disponível em:


<http://www.nisbets.pt/BALAN%C3%87A/q01.r12.2/Search.raction>. Acesso em: 20
set. 2018.

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