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Minicurso ministrado na 1ª BIENAL CIVIL COMO NUNCA CIVIL, promovida pelo

Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA

Silvia Kimo Costa


Arquiteta e Urbanista
Dra. Desenvolvimento e Meio Ambiente
Profa. do IHAC e CFCTAF da Universidade Federal do Sul da Bahia UFSB
Campus Jorge Amado, Itabuna, BA
▪ O que é uma “Habitação de Interesse Social?” - “habitação de baixo custo” ou “habitação
social”

“Habitação” - difere de “casa”,


“moradia” ou “residência”, pois
não se restringe à construção física
do imóvel, envolve o contexto
geográfico e a comunidade onde a
edificação está inserida, assim
como a infraestrutura e os serviços
urbanos (FERNANDES, SILVEIRA,
2010).
▪ 1906 – Foi construído o primeiro grupo de moradias destinado à população de
baixa renda. Correspondeu a 120 unidades habitacionais na Avenida Salvador de
Sá (RJ).
▪ 1926 – Criada a “Fundação Casa Operária” do Estado de Pernambuco, primeira
instituição pública do país criada especificamente para a produção de moradia
social, construiu 40 unidades.
▪ 1937 - carteiras prediais dos “Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs)”
marcou o início da produção dos conjuntos habitacionais pelo Estado.
▪ 1946 - a proposta da “Fundação da Casa Popular” propôs financiar moradia,
infraestrutura, saneamento, indústria de material de construção, pesquisa
habitacional e formação de pessoal técnico dos municípios.
▪ 1964 - foi criado o Banco Nacional da Habitação (BNH) e o Sistema Nacional de
Habitação e Urbanismo.
Conjunto Pedregulho (arquiteto Affonso Eduardo Reidy) inaugurado pela
Fundação Casa Popular
Fonte:https://images.adsttc.com/adbr001cdn.archdaily.net/wp-
content/uploads/2011/12/1322837364_ead_pucv_9.jpg
BNH IAP
Fonte: http://www.resimob.com.br/a-historia-do- Fonte:https://soumaissus.blogspot.com.br/2015/04/
bnh-banco-nacional-de-habitacao/ breve-historia-dos-institutos-de.html
▪ Segundo Bonduki (2008), os maiores avanços já conseguidos na implementação de
uma nova política habitacional e urbana se deu através da criação do Ministério
das Cidades, órgão coordenador, gestor e formulador da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano.

▪ Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIS), “um instrumento


político-administrativo que implementa programas, metas e ações no intuito da
superação do déficit habitacional e melhoria da qualidade de vida,
prioritariamente das famílias de baixa renda” (VARGAS et al. 2010, p. 01).
▪ O PMHIS é um dos mecanismos do Sistema Nacional de Habitação (SNH). Este
último foi regulamentado pela Lei Federal 11.124/ 2005 que, conforme art. 2º -
inciso I, também objetiva: “viabilizar para a população de menor renda o acesso à
terra urbanizada e à habitação digna e sustentável” (BRASIL, 2005).

Déficit habitacional ou déficit quantitativo; demanda


demográfica; inadequação ou déficit qualitativo. Referente ao
PMHIS implica no Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo, a Fundação João
diagnóstico dos Pinheiro (2006) considera a necessidade de produção de novas
municípios quanto habitações devido a uma parcela do estoque de domicílios não
às Necessidades oferecer condições básicas de moradia, ou à existência de
Habitacionais famílias que comprometem excessivamente sua renda com
aluguel. Somam-se também a existência de domicílios em
assentamentos precários que necessitam ser removidos por
risco ou para desadensamento.
▪ A definição de Sustentabilidade Arquitetônica para a HIS reside na lógica conceitual da “Eco
técnica”, que segundo Guy e Farmer (2001) considera o espaço em seu contexto global e
macrofísico e a “ciência tecnoracional” como fonte do conhecimento ambiental. Correlaciona alta
tecnologia construtiva e eficiência energética à Arquitetura e, propõe visualizar a cidade como um
aglomerado urbano compacto e denso.
▪ Soluções projetuais e construtivas para as HIS incorporam estratégias bioclimáticas passivas tais
como:
▪ Análise da incidência solar;

Fonte: http://www.alicantenergia.es/en/bioclimatic.html#.WhQfnManFPY
▪ Soluções projetuais e construtivas para as HIS incorporam estratégias
bioclimáticas passivas tais como:
▪ Direção dos ventos;

Fonte: http://www.alicantenergia.es/en/bioclimatic.html#.WhQfnManFPY
▪ Soluções projetuais e construtivas para
as HIS incorporam estratégias
bioclimáticas passivas tais como:

▪ Orografia (estudo do relevo, aspectos


geográficos onde a edificação será
construída) para termorregulação dos
ambientes internos;

Fonte:http://www.agriteltop.com.br/arquitetura.
html
▪ Soluções projetuais e construtivas para
as HIS incorporam estratégias
bioclimáticas passivas tais como:
▪ Vegetação para moderação do
microclima (Figura a);
▪ Fachadas ventiladas (Figura b);

Fonte:http://blogaecweb.com.br/blog/tag/telhado-
verde/

Fonte:http://www.alicantenergia.es/en/biocl
Fonte:http://www.ecoeficientes.com.br/hos imatic.html#.WhQfnManFPY
pital-com-fachada-que-filtra-o-ar/
▪ Soluções projetuais e construtivas para as HIS incorporam estratégias
bioclimáticas passivas tais como:
▪ painéis fotovoltaicos;

Fonte:http://www.canalbioenergia.com.br/casa-solar-e-referencia-
em-sustentabilidade-de-moradias-de-interesse-social/
▪ Soluções projetuais e construtivas para as HIS incorporam estratégias bioclimáticas passivas
tais como:
▪ reaproveitamento da água da chuva, das águas cinzas, urina e tratamento biológico de
resíduos...

Fonte:https://proj4ufsc.files.wordpress.com/2011/07/sem-
tc3adtulo2.png
Fonte:http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recri
ar/tag/habitacao-sustentavel/page/17/
▪ Dentre as pesquisas que foram/ vêm sendo realizadas no Brasil (período: 2003 a
2017) que tratam da relação entre o projeto de Habitações de Interesse Social (HIS)
e a Sustentabilidade Arquitetônica, destacam-se:
Autor (DATA) Título da publicação O que foi abordado

Impactos de dispositivos de sombreamento Avaliou os impactos na ventilação natural, nas temperaturas


externos e muro na ventilação natural e no internas no ar e no conforto térmico de uma HIS térrea em
Castaño (2017)
desempenho térmico de uma Habitação de clima quente e úmido considerando diferentes tipos de
Interesse Social térrea. dispositivos de sombreamento da edificação.
Apresentou um estudo a partir da ferramenta de avaliação de
ciclo de vida (ACV), de avaliação do desempenho ambiental
Avaliação do ciclo de vida de uma Habitação
de uma habitação de interesse social para duas pessoas,
Perfeito (2017) de Interesse Social construída a partir de
construída a partir de um contêiner marítimo de 40’ HC (pés)
contêineres marítimos reciclados
descartado e projetada segundo a norma NBR 15.575 e os
princípios da LEED.
Avaliaram a influência do sombreamento do entorno em uma
edificação unifamiliar com elevado isolamento térmico
localizada na ZBB 2. Os autores realizaram uma simulação
Efeitos do sombreamento no desempenho computacional da edificação com diferentes configurações
Pereira et al. (2016)
de edificação com envelope isolado na ZB2. de entorno, considerando o nível de eficiência energética
com base no RTQ-R; modelagem do entorno e análise do
rastreamento de sombras; simulação do desempenho
energético e do nível de conforto térmico.
Autor (DATA) Título da publicação O que foi abordado

Impactos da incorporação do sistema de Investigou a implantação de um sistema de aquecimento


aquecimento solar de água em Habitação de solar em Habitações de Interesse Social. A pesquisadora
Silva (2011) Interesse Social: estudos de caso em avaliou o impacto da adequação e incorporação de coletores
municípios de pequeno porte em Minas solares nos hábitos e costumes da população e possíveis
Gerais. mudanças de comportamento.
Trataram da concepção, execução e avaliação de um
Avaliação de desempenho térmico de protótipo de HIS em madeira, utilizando o sistema construtivo
Krüger e Laroca (2009) protótipo de baixo custo em madeira de de painéis portantes de pequenas dimensões fabricados a
reflorestamento. partir de chapas de compensado e madeira de
reflorestamento.
Desenvolveram um protótipo de HIS eficiente para uma
família média de 4 pessoas. O estudo demonstrou que o
Habitação social e eficiência energética: um emprego de materiais adequados ao clima, o correto uso da
Assis et al. (2007)
protótipo para o clima de Belo Horizonte. ventilação proporcionam conforto ambiental e sistemas de
conversão de energia solar ajudam a reduzir o consumo e o
custo social da energia.
Desenvolvimento de sistema construtivo em Desenvolveu um protótipo de HIS de 50,70m² pré-fabricada
painéis Pré-fabricados de argamassa e de argamassa e garrafas plásticas em painéis modulares. A
Provenzano (2006)
garrafas plásticas para Habitação de estrutura permitiu melhorar o desempenho térmico, redução
Interesse Social. do peso, maior espessura das paredes e rigidez ao conjunto.
Autor (DATA) Título da publicação O que foi abordado

Realizou a avaliação ambiental de subsistemas implantados e


Avaliação da Sustentabilidade Ambiental do de materiais empregados no Protótipo Habitacional Alvorada,
Kuhn (2006) protótipo de Habitação de Interesse Social desenvolvido pelo Grupo de Sustentabilidade do Núcleo
Alvorada. Orientado para Inovação da Edificação (NORIE) vinculado à
UFRGS em Porto Alegre, RS.
Desenvolveram um sistema construtivo em madeira de
reflorestamento para HIS. O sistema permitiu: simplicidade
Sistema STELLA/UFSC: avaliação e construtiva, capacidade evolutiva, segurança, economia,
desenvolvimento de sistema construtivo em desempenho térmico e materiais e soluções dos sistemas de
Szücs et al. (2004)
madeira de reflorestamento voltado para instalações; explorar a coordenação dimensional visando
programas de habitação social. maior produtividade; facilitar a montagem e qualificar a mão-
de-obra; e introduzir soluções inovadoras com aplicação da
madeira.
Considerou aspectos como auto-gestão, orçamento
Bambu na Habitação de Interesse Social no participativo, autoconstrução através de mutirão e a auto
Costa Souza (2004)
Brasil. sustentabilidade para propor possíveis soluções técnico-
construtivas para protótipos de HIS construídas em bambu.
Elaboraram o projeto arquitetônico e urbanístico de um
“Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais
Aplicação de tecnologias sustentáveis em Sustentáveis (CETHS)”, objetivando a construção de uma
Sattler et al. (2003)
um conjunto habitacional de baixa renda. unidade habitacional. Os autores consideraram aspectos de
sustentabilidade, geração de empregos, níveis adequados de
salubridade e educação ambiental.
▪ Projetos padrão que vêm sendo construídos no Brasil

▪ Sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) - Secretaria Nacional de


Habitação do Ministério das Cidades

Inspirado na experiência Chilena


e fortemente ancorado na
participação do setor privado.
▪ Projetos padrão que vêm sendo construídos no Brasil
▪ PMCMV - No que se refere especificamente às Habitações de Interesse Social:
para edificações destinadas às famílias com faixa de renda de 0 a 3 salários
mínimos, a “planta mínima” é constituída por: sala, cozinha, banheiro, circulação,
dois dormitórios e área de serviço com tanque, totalizando 32m² de área útil para
casa ou 37m² para apartamento.

“Características como diferenças regionais na dinâmica


econômica, tamanho da família, aspectos culturais e novas
possibilidades de inovações tecnológicas são
reiteradamente ignoradas neste tipo de política, que tende
a reproduzir tipologias e processos construtivos
tradicionais que homogeneízam as necessidades objetivas
e subjetiva das populações as quais estes projetos se
destinam” (CARDOSO, ARAGÃO, ARAÚJO, 2011, p. 08-09).
Exemplo de Plantas padrão Minha Casa Minha Vida.
Fonte:https://isaiasspereira.files.wordpress.com/2016/02/arquiteturafgh2.jpg?w=768
Minha Casa e Minha Vida em Uberlândia, Minha Casa e Minha Vida em Conceição do
MG. Coité,BA.
Fonte:http://www.correiodeuberlandia.com.b Fonte:https://i1.wp.com/www.calilanoticias.c
r/wp-content/uploads/2015/03/minha-casa- om/wp-content/uploads/2014/07/sorteio-
minha-vida.jpg das-casas.6.jpg?resize=550%2C337
Minha Casa e Minha Vida em Santa Bárbara d'Oeste, SP.
Fonte:http://www.regiaohoje.com.br/noticia/2210/americana-tem-
avanco-na-politica-habitacional-de-interesse-social-com-896-
moradias.html
Minha Casa e Minha Vida em Ilhéus, BA. Minha Casa e Minha Vida em Itabuna, BA.
Fonte:http://www.ilheus.net/tag/minha-casa-minha-vida Fonte:http://www.nachapaquente.com.br/2017/01/itabuna-sas-
convoca-para-assinatura-de.html
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos
de HIS

▪ Estudo sobre HIS: Szücs (2000) realizou a análise das relações entre as edificações
e seu entorno imediato; análise dos ambientes internos das edificações; e
estipulou parâmetros (recomendações) para o projeto arquitetônico de HIS.
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Problema detectado durante o


Relações analisadas Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
propor conjuntos com número mais reduzido de unidades
• oferecer tipologias que propiciem maior economia de
escala
• fixar o morador pela oferta de espaços de fácil
apropriação
• criar elementos que proporcionem o sentimento de
“Número excessivo de unidades
inserção no contexto
implantadas em baixa densidade,
• estruturar e qualificar os espaços coletivos do conjunto
com grande dispêndio de solo
• utilizar pavimentação adequada ao uso específico dos
Relações extra lote urbano; espaços públicos
espaços
inadequados ao uso; grande
• criar percursos com pontos focais com vegetação
distância entre o assentamento e a
permanente e de fácil manutenção
área urbana”. (SZÜCS, 2000, p. 05)
• hierarquizar percursos de pedestres e veículos
• criar ambientes diferenciados e permeáveis
• atender diferentes faixas etárias no programa dos espaços
coletivos
• dimensionar os espaços coletivos de forma compatível
com a escala humana
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Problema detectado durante o


Relações analisadas Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
• “possibilitar a criação de espaço produtivo na frente do
lote
• tratar de forma diferenciada as casas de esquina
• utilizar recuo mínimo frontal de cinco metros, permitindo
“Difícil identificação da entrada do
guarda do veículo dentro do lote
lote e da casa; inversão funcional
• ocupar a frente do lote de no máximo 50% da testada
frente X fundos; parcelamento do solo
Relações casa - lote - • propor construção em etapas, atendendo o aumento do
inadequado à topografia; má relação
rua número de dormitórios ou a inserção de espaço produtivo
com o entorno (espaço público); má
na casa
inserção de espaços produtivos”.
• quando a edificação ocupar a frente do lote, propor uma
(SZÜCS, 2000, p. 05).
diferença de nível, garantindo privacidade ao espaço
familiar
• quando houver, criar acessos independentes para o
espaço produtivo e para a residência”.
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Problema detectado durante o


Relações analisadas Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
• “articular entrada com o espaço de vivência
• garantir a aproximação das áreas molhadas
“Ampliações desqualificadas; • garantir a aproximação entre banheiro e zona íntima
subdimensionamento e rigidez • evitar circulações cruzadas
Relações intramuros funcional dos ambientes; articulação • propiciar a integração entre sala e cozinha
espacial ineficiente”. (SZÜCS, 2000, p. • garantir a articulação dos ambientes já na primeira etapa
05). de construção, mantendo esta articulação nas etapas
subsequentes
• flexibilizar as ampliações”
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Análise dos
Problema detectado durante o
ambientes internos Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
das edificações
“O ambiente ao ser projetado deve considerar as seguintes
O ambiente não atende as subatividades: fazer refeições coletivamente, receber
necessidades dos usuários visitantes, conversar, ouvir música, assistir à televisão,
Sala de estar/ jantar
relacionadas às funções sociais e de atender ao telefone, descansar, ler, realizar tarefas escolares,
serviço. podendo ainda incorporar a realização de trabalhos
manuais, passar roupa e costurar.” (SZÜCS, 2000, p. 06).
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Análise dos
Problema detectado durante o
ambientes internos Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
das edificações
“Os dormitórios devem compor uma zona íntima,
preservada visualmente da cozinha, podendo ter ligação
direta com a sala”. (SZÜCS, 2000, p. 07).

“Em edificações que iniciam com apenas um quarto, este


deve atender as necessidades mínimas de conforto para um
Apresentam dimensões reduzidas casal ou duas pessoas. Em edificações de dois dormitórios,
que induzem a um baixo nível de um deles deve atender a este requisito. O segundo quarto
Dormitórios
conforto. Os mobiliários não cabem deverá ser dimensionado para receber uma cama ou
no local. beliche”. (SZÜCS, 2000, p. 07).

“O dormitório não implica apenas na atividade de dormir.


Inclui ainda subatividades que demandam privacidade
visual e/ou sonora: dormir, descansar, ler, convalescer de
enfermidade, tratar de enfermos, guardar roupa e objetos
pessoais”. (SZÜCS, 2000, p. 07).
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Análise dos
Problema detectado durante o
ambientes internos Recomendações para projeto arquitetônico
estudo
das edificações
“A cozinha deverá atender os seguintes quesitos:
- Comportar, no mínimo, um balcão com pia, um
refrigerador, um fogão e um armário (que pode ser
O projeto não considerou suspenso). O fogão deverá ficar próximo à janela e não
características socioculturais da confrontar com o refrigerador. A abertura da porta do
população-alvo, deixando de refrigerador e/ou forno não deve ocupar o espaço
Cozinha
considerar ainda as dimensões adjacente ao balcão de pia e/ou mesa de trabalho.
mínimas necessárias à utilização dos - Comportar uma mesa auxiliar para trabalho ou para a
equipamentos. tomada de refeições, com capacidade para duas a quatro
pessoas.
- Preservar uma passagem livre com largura não inferior a
90 cm”. (SZÜCS, 2000, p. 09).
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Análise dos
ambientes Problema detectado
Recomendações para projeto arquitetônico
internos das durante o estudo
edificações

Lavanderia e área Ausência da lavanderia e “As subatividades relativas à área de serviço são: eliminar resíduos, reunir
de serviço da área de serviço roupa suja, lavar e passar roupa, guardar material de manutenção, guardar
ferramentas leves e efetuar pequenos reparos”. (SZÜCS, 2000, p. 09).
“Deverá atender os seguintes quesitos:
- Deverá, quando possível, apresentar um projeto compartimentado,
permitindo a utilização por mais de um usuário.
O banheiro deve estar - Deverá comportar a instalação de, no mínimo, um lavatório, um vaso sanitário
preferencialmente e um chuveiro, atendendo as dimensões próprias e áreas de utilização.
incorporado à zona íntima, - O box com chuveiro deve ficar próximo da janela, facilitando a exaustão dos
Banheiro mas não deve se distanciar vapores quentes peculiares no inverno.
em demasiado da - Deve entretanto permitir o acesso livre ao comando da esquadria, permitindo
área de convívio familiar. seu fechamento durante o banho, prevenindo o choque térmico,
principalmente em regiões frias”.
- O lavatório e o armário com espelho devem ficar próximos a uma fonte de luz
natural, considerando-se 1,00m como satisfatório e mais de 2,00m como
insatisfatório”. (SZÜCS, 2000, p. 10).
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS

Dimensões do mobiliário Dimensões do mobiliário Dimensões do mobiliário para


para a sala de estar e para o dormitório lavanderia e área de serviço
jantar

Fonte: SZÜCS (2000)

Fonte: SZÜCS (2000)


Fonte: SZÜCS (2000)
▪ Recomendações (parâmetros) para a elaboração de projetos arquitetônicos de HIS
Dimensões do mobiliário para cozinha

Fonte: SZÜCS (2000)


Dimensões do mobiliário para o banheiro

Fonte: SZÜCS (2000)


▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS
▪ O que é Bioclimatismo ou Bioclimática?
▪ É “o princípio que integra arquitetura e os elementos favoráveis do clima com o
objetivo de satisfazer as exigências de bem estar higrotérmico”. (SINGH, MAHAPATRA,
ATREYA, 2008, p. 878, tradução minha).
▪ A Bioclimática envolve estratégias passivas - que possibilitam eficiência energética -
incorporadas ao projeto arquitetônico de uma edificação.

▪ Eficiência Energética é aquela que “pode ser entendida como a obtenção de um


serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é mais eficiente
energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições ambientais com
menor consumo de energia” (LAMBERTS, DUTRA, PEREIRA, 1997, p. 14).
▪ Estratégias Bioclimáticas

Fonte: https://br.pinterest.com/cupastone/sostenible-ecology-durable/
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

▪ Como a bioclimática aparece nos projetos arquitetônicos das Habitações de Interesse


Social?
▪ Estratégias
Bioclimáticas
e o projeto de
HIS

Habitação Social na Azenha (1º Lugar no Concurso de Estudantes – Sustentabilidade e Habitação de


Interesse Social – CHIS 2014)
Fonte: https://concursosdeprojeto.org/2014/06/09/concurso-de-estudantes-chis-2014/
▪ Estratégias
Bioclimáticas
e o projeto de
HIS

Conjunto Habitacional Jardin Nuevo Marilda (2º lugar no Concurso de “Prefabricados para Estudiantes”).
Fonte:https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-125324/2-lugar-concurso-prefabricados-para-
estudiantes-conjunto-habitacional-jardin-nuevo-marilda/prancha_2
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social
- CODHAB 2017.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-codhab-para-
habitacao-de-interesse-social
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social
- CODHAB 2017. planta baixa casa térrea.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-codhab-para-
habitacao-de-interesse-social
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social
- CODHAB 2017. planta baixa casa dois pavimentos.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-codhab-para-
habitacao-de-interesse-social
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social
- CODHAB 2017. planta baixa casa sobreposta
Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-codhab-para-
habitacao-de-interesse-social
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social - CODHAB
2017. Cortes AA e BB.
Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-codhab-para-habitacao-de-
interesse-social
▪ Estratégias Bioclimáticas e o projeto de HIS

1º lugar no Grupo 3 do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação


de Interesse Social - CODHAB 2017. Cortes CC
Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/880174/1o-lugar-no-grupo-3-do-concurso-
codhab-para-habitacao-de-interesse-social
▪ Pesquisas em andamento:
Habitações de Interesse Social e Sustentabilidade: estudos em tipologia
arquitetônica, eficiência energética e avaliação do ciclo de vida dos
materiais – contemplada no Edital Universal CNPq (Processo:
402387/2016-3).

Plano de Trabalho 1 – Habitações de Interesse Social e eficiência


energética: estudo de tipologias arquitetônicas no Litoral Sul da
Bahia. Já concluída. Artigo submetido e aguardando parecer. (1
bolsista de Iniciação Científica e 1 discente voluntária)

Plano de Trabalho 2 – Habitações de Interesse Social e estudo do


ciclo de vida dos materiais. Em andamento. (1 bolsista de
iniciação científica)
▪ ASSIS, E. S. de.; PEREIRA, E. M. D.; SOUZA, R. V. G. de.; DINIZ, A. S. A. C. Habitação social e eficiência energética: um protótipo para o clima de Belo Horizonte. In: II
Congresso Brasileira de Eficiência Energética, IICBEE. Anais do II Congresso Brasileira de Eficiência Energética, 2007, p. 1-7.
▪ BONDUKI, N. G. Política habitacional e inclusão social no Brasil: revisão histórica e novas perspectivas no governo Lula. Revista Eletrônica de Arquitetura, 2008.
Disponível em: <http://www.usjt.br/arq.urb/numero_01/artigo_05_180908.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2015.
▪ BRASIL. Lei 11.124/2005: Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social –
FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS. Brasília: Casa Civil, 2005.
▪ CARDOSO, A. L.; ARAGÃO, T. A.; ARAÚJO, F. de S. Habitação de Interesse Social: política ou mercado? Reflexos sobre a construção do espaço metropolitano. In: XIV
ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR. Anais do XIV ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 2011, p. 1-21.
▪ CASTAÑO, H. F. M. Impactos de dispositivos de sombreamento externos e muro na ventilação natural e no desempenho térmico de uma Habitação de
Interesse Social térrea. 2017. 182f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos, Universidade de São
Carlos, São Carlos, 2017.
▪ COSTA SOUZA, A. P. C. Bambu na Habitação de Interesse Social no Brasil. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, v. 11, n. 12, 2004, p. 217-245.

▪ FERNANDES, C. do C. P.; SILVEIRA, S. de F. R. da. Ações e contexto da política nacional de habitação: da fundação Casa Popular ao Programa Minha Casa Minha Vida.
In: II Encontro Mineiro de Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Pública. Anais do II Encontro Mineiro de Administração Pública, Economia
Solidária e Gestão Pública, 2010, p. 1-16.
▪ FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (2ª Ed.). Déficit habitacional no Brasil - municípios selecionados e microrregiões geográficas. Brasília: Ministério das
Cidades/Secretaria Nacional de Habitação. 2006. p. 1-35.
▪ GUY, S.; FARMER, G. Reinterpreting Sustainable Architecture: the place of Technology. Journal of Architecture Education. 2001. Disponível:
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1162/10464880152632451/pdf. Acesso em: 16 mai. 2016.
▪ KRÜGER; E. L.; LAROCA, C. Avaliação de desempenho térmico de protótipo de baixo custo em madeira de reflorestamento. Revista Escola de Minas, v. 62, n. 4,
2009, p. 447-454.
▪ KUHN, E. A. Avaliação da Sustentabilidade Ambiental do protótipo de Habitação de Interesse Social Alvorada. 2006. 177f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, UFRGS, Porto Alegre, 2006.
▪ LAMBERTS, R.; DUTRA L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência Energética na Arquitetura. São Paulo: PW Editores, 1997.

▪ PEREIRA, S. R.; DUARTE, C de M.; CUNHA, E. G. da.; KREBS, L. F.; LEITZKE, R. K.; SILVA, A. C. S. B da.; BENINCÁ, L. Efeitos do sombreamento no desempenho de
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