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Michael Dias Corrêa

Mestre em Contabilidade pela Universidade


Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Ciências
Contábeis pela UFPR.
Ex-militar de carreira da Aeronáutica, na área
educacional. É professor da Universidade Positi-
vo (UP) e do Instituto Brasileiro de Pós-Gradua-
ção e Extensão (IBPEX), nos cursos de graduação
e de pós-graduação na área de Negócios Em-
presariais. Gestor do Centro de Estudos em Con-
troladoria e Governança Corporativa (Cecon) da
UP. Possui diversos estudos científicos publica-
dos em congressos e periódicos científicos na-
cionais e internacionais. Professor de cursinhos
preparatórios para concursos públicos na cidade
de Curitiba. Empresário do setor educacional,
possui atuações na área de Controladoria da
Esso Brasileira de Petróleo e na área de compras
da Cia. Vale do Rio Doce.

Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Conceitos e classificação
de investimentos

Aspectos iniciais
Uma administração empresarial eficiente envolve, entre outros aspectos,
o gerenciamento dos recursos financeiros de modo que estes possam trazer
benefícios adicionais às entidades apenas pela sua administração eficaz. Pela
sua notada escassez como fatores de produção, os recursos financeiros são
os mais caros no Brasil, fato corroborado pelas altas taxas de juros praticadas
pelas instituições financeiras, principalmente as bancárias.

A melhor administração desses recursos gira em torno da atividade-fim


de cada entidade, sendo incluídos os seus estoques de mercadorias, as ma-
térias-primas, os direitos de vendas a prazo e os bens permanentes.

No caso de uma gestão identificar excesso de riqueza própria ou excesso


de recursos em caixa (ou equivalentes-caixa), mesmo referindo-se a prazos
curtíssimos, tais recursos devem ser aplicados. Essas aplicações podem ser
em investimentos temporários ou permanentes, pois recursos ociosos são
um desperdício e uma imagem de administração ineficiente de recursos.

Sendo assim, as empresas mesmo não tendo a aplicação de sobras de


recursos como atividade principal, aplicam os excessos de recursos, por um
tempo curto ou longo, em investimentos que podem identificar objetivos
diversos, mas sempre buscando alcançar a melhor rentabilidade. Indepen-
dentemente do tipo de entidade, todas têm o objetivo de aumentar o seu
desempenho geral, quer seja ligado ou não à atividade-fim.

Aplicações financeiras de liquidez imediata


Quando uma empresa possui disponibilidades, mas não necessita delas
para honrar os compromissos no curto prazo, pode optar por aplicações que
tenham o objetivo principal de se proteger da desvalorização da moeda e, a
depender do prazo de aplicação, para obter eventual vantagem financeira.
Se essas aplicações puderem ser resgatadas a qualquer momento, indepen-
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Conceitos e classificação de investimentos

dentemente da ação de terceiros, como, por exemplo, a aplicação em Cader-


neta de Poupança, elas terão que ser classificadas no grupo Ativo Circulante,
no subgrupo Disponibilidades.

De acordo com o preconizado pelo Princípio da Competência, para ser re-


alizada uma correta avaliação das aplicações financeiras de liquidez imediata,
no final de cada exercício, quando existirem juros em aplicações dessa natu-
reza, estes devem ser contabilizados como rendimentos já ganhos até aquela
data e serem somados ao investimento inicial, isto é, a conta investimentos
de liquidez imediata será debitada e uma conta de resultado será creditada
(rendimentos em aplicações financeiras, por exemplo). Nesse procedimento,
o balanço final do exercício terá o valor atualizado dos investimentos.

Investimentos temporários
Quando são consideradas economias de preços crescentes e altas taxas
de retorno sobre os investimentos, os investimentos em títulos e valores mo-
biliários de curto e de médio prazos se constituem em boas opções para que
as empresas possam investir suas sobras de caixa enquanto estas não forem
necessárias para aplicação em suas atividades principais. Entre as aplicações
existentes, podem ser listadas as relacionadas ao mercado financeiro e de
capitais para aplicação desses excessos de recursos não utilizados:

 Caderneta de Poupança;

 Certificados de Depósito Bancário (CDB);

 depósitos a prazo fixo;

 fundos de investimentos de renda fixa ou variável;

 aplicações temporárias em ouro;

 fundos de curto prazo;

 commodities;

 Letras Financeiras do Tesouro (LFT);

 Fundos de Aplicação Financeira (FAF);

 aplicações temporárias em ações.

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Conceitos e classificação de investimentos

Tomando esses exemplos como referência, podem ser conceituados co-


mo investimentos temporários aqueles que são caracterizados pela aplica-
ção de disponibilidades temporárias que não tenham caráter permanente.

Classificação e critérios de avaliação


A legislação que trata das Sociedades Anônimas, a Lei 6.404/76, no inciso
III do artigo 179, define que as participações permanentes em outras socie-
dades, assim como os direitos de qualquer natureza que não são classificá-
veis no Ativo Circulante e que não se destinem à manutenção da atividade
principal da empresa, devem ser classificadas no grupo Ativo Não Circulante,
no subgrupo Investimentos.

Assim, a lei cita a hipótese de haver investimentos classificáveis no Ativo


Circulante. Existe, no entanto, a possibilidade de classificação de investimen-
tos no Ativo Realizável a Longo Prazo, quando o prazo de resgate indicar essa
possibilidade.

Cabe uma observação sobre a classificação das contas, buscando a cor-


reta classificação do investimento realizado em ouro, haja vista que há certa
confusão em torno desse ponto. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
por meio do item 4 do Parecer de Orientação n.º 18, de 18 de janeiro de 1990
(PO 18/90), deixa explícito que:
4. APLICAÇÕES EM OURO

Classificáveis, junto às empresas que não tenham por objeto social a sua comercialização
ou industrialização, como Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo. Tal tipo de
aplicação deverá ser avaliada pelo custo de aquisição atualizado monetariamente pelo
BTN1 fiscal de final do período ou pelo valor de mercado, dos dois o menor, devendo, 1
Bônus do Tesouro
quando for o caso, ser constituída provisão para ajuste ao valor de mercado. Nacional.

Entende-se por:

� custo de aquisição: o preço pago na compra do ouro e constante do documento represen­


tativo da transação em bolsa ou emitido por empresa habilitada ao comércio do metal,
acrescido da corretagem, emolumentos e taxas efetivamente devidos pelo comprador;

� valor de mercado: a média aritmética ponderada das cotações diárias, ocorridas


durante o pregão da bolsa do país em que se verificar o maior volume de negociações,
no dia do encerramento do exercício social ou, se nesse dia não houver pregão, no dia
do último pregão anterior.

Dessa forma, não sobram dúvidas que os investimentos em ouro devem


ser classificados ou no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo,
este último sendo um subgrupo do Ativo Não Circulante. Já para as empre-
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sas que possuem a comercialização ou industrialização de ouro como objeto


social, ele será classificado, sempre, no Ativo Circulante, no subgrupo Esto-
ques de Mercadorias ou Matérias-Primas.

Sem tomar como referência a classificação do ativo denominado ouro, é


pertinente ser acrescentado que a avaliação dos demais investimentos tem-
porários deve seguir a orientação contida no art. 183, inciso I da Lei 6.404/76,
isto é, os investimentos em Valores Mobiliários de caráter não permanente
devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, dos
dois o menor. Deve ser ressaltado, ainda, que o ajuste ao valor de mercado é
efetuado por meio de provisão.

Dando mais clareza ao tema, a seguir segue transcrito o artigo 183 da Lei
6.404/76.
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos
de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou
disponíveis para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia,
assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo
de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado,
quando este for inferior;
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado
o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como
permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a
companhia, de ações ou quotas bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender
às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao
valor de mercado, quando este for inferior;
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da
respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
VI - (revogado);
VII - os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do
saldo da respectiva conta de amortização;
VIII - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
§1.o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;

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b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a
margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros;
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo,
decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na
ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de
natureza, prazo e risco similares; ou
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de
instrumentos financeiros.
§2.o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração,
de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
§3.o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper
os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não
poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
II - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
§4.o Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo
valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

Dessa forma, ratificando o que foi especificado até agora, os investimen-


tos em ouro devem ser classificados no grupo Ativo Circulante ou no Ativo
Não Circulante, no subgrupo Realizável a Longo Prazo e serão avaliados pelo
custo de aquisição ou valor de mercado, dos dois o menor, sendo que o
ajuste ao valor de mercado é feito por meio de provisão própria. Outros in-
vestimentos temporários devem seguir os mesmos critérios do investimento
em ouro, tanto no tocante à classificação quanto no de sua avaliação.

A correta classificação dos ativos é ponto relevante da legislação, tratado


mais especificamente pela Lei das Sociedades Anônimas no seu artigo 179,
o qual é especificado a seguir.

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Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados
à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;
V - (Revogado pela Lei 11.941, de 2009)
VI - no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.

Considerando o artigo 179 e o artigo 183, ambos da Lei 6.404/76, as clas-


sificações e as formas de avaliação para os investimentos empresariais são as
discriminadas a seguir:

 aplicações financeiras de liquidez imediata, como os Fundos de Renda


Fixa, devem ser classificadas no Ativo Circulante, subgrupo Disponível e
avaliados pelo custo de aquisição, adicionados dos rendimentos ganhos
até a data do encerramento do exercício financeiro. Para esse caso, os ren-
dimentos ganhos serão registrados conforme o regime de competência;

 aplicações financeiras com liquidez até o final do exercício financei-


ro seguinte, como os Certificados de Depósito Bancários, devem ser
classificadas no Ativo Circulante, em Aplicações Temporárias e devem
ter sua avaliação baseada no custo de aquisição adicionado dos rendi-
mentos obtidos no referido período;

 aplicações financeiras com liquidez após o final do exercício seguinte,


como os Certificados de Depósito Bancários, devem ser classificadas
no Ativo Não Circulante, no subgrupo Realizável a Longo Prazo, tam-
bém em Aplicações Temporárias e devem ser avaliadas pelo custo de
aquisição adicionado dos rendimentos obtidos no exercício. É impor-
tante salientar que, quando da avaliação desses ativos, até o presente

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momento, não foi exigida a necessidade de constituição de provisão


para ajuste ao valor de mercado quando este seja menor, isto é, esses
investimentos (itens 1 a 3) são avaliados pelo custo de aquisição adi-
cionado dos rendimentos, quando houver;

 o Estoque em Ouro, com liquidez imediata ou não, como as operações


de compra e venda de ouro, devem ser classificados no Ativo Circulan-
te ou no Ativo Não Circulante, no subgrupo Realizável a Longo Prazo,
conforme previsão de realização e ainda devem ser avaliados pelo cus-
to de aquisição e ajustados por provisão para eventual desvalorização,
ocorrendo quando o valor de mercado for menor;

 Participações Societárias com intenção de realização até o final do


exercício social seguinte, como as ações e quotas ou partes de outras
sociedades empresariais, devem ser classificadas como Ativo Circu-
lante, em subgrupo de Investimentos Temporários, sendo a avaliação
realizada pelo custo de aquisição ajustado por provisão para valor de
mercado, quando este for menor;

 Participações Societárias com intenção de realização após o final do


exercício social seguinte, como ações e quotas ou partes de outras
sociedades empresariais, devem ser classificadas no Ativo Não Circu-
lante, no subgrupo Realizável a Longo Prazo e avaliadas pelo custo de
aquisição, sendo os respectivos valores ajustados ao valor de mercado,
quando este for menor;

 Participações Societárias em empresas que não sejam controladas e que o


respectivo investimento não seja considerado relevante, mas com inten-
ção de permanência, como ações, quotas ou partes de outras sociedades
empresariais, devem ser classificadas no Ativo Não Circulante, no subgru-
po Investimentos e avaliadas pelo Custo de Aquisição, sendo ajustados
por provisão para perdas, quando comprovadas como permanentes;

 Participações Societárias em empresas que sejam controladas ou em


sociedades coligadas e equiparadas a coligadas, sendo os investimen-
tos considerados relevantes e que seja exercida influência na adminis-
tração ou, ainda, cujo investimento representa 20% ou mais do capi-
tal social da empresa investida, com intenção de permanência, como
ações, quotas ou partes de sociedades controladas e coligadas ou equi-
paradas a coligadas, devem ser classificadas no Ativo Não Circulante,
no subgrupo Investimentos e avaliadas pelo Método da Equivalência
Patrimonial (MEP);
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 outros ativos que a empresa tenha a intenção de permanência, tais


como obras de arte, terrenos, edifícios que não sejam utilizados dire-
tamente nas atividades empresariais, devem ser classificados no Ati-
vo Não Circulante, subgrupo Investimentos e avaliados pelo custo de
aquisição, além de serem ajustados por provisão para perdas prováveis
ou ajuste a valor de mercado (Lei 6.404/76, art. 183, IV).

Dentro de uma empresa, cada aplicação possui características distintas


das demais com relação a prazos para realização ou resgate, taxas de retorno,
as quais podem ser pré ou pós fixadas, graus de liquidez, intenção de uso da
empresa adquirente etc. No entanto, para a sua correta classificação, apenas
são considerados os momentos de realização e os respectivos valores. Sendo
assim, as aplicações sem qualquer carência para resgate devem ser classi-
ficadas como disponibilidades e, quando não possuem essa característica,
devem ser classificadas como investimentos temporários. Se, em qualquer
investimento, existir a intenção de permanência, deverão ser classificados
no grupo Ativo Não Circulante, subgrupo Investimentos, e serão separados
pela sua forma de avaliação, sendo elas o método do custo ou método da
equivalência patrimonial.

Aspectos contábeis
Os investimentos temporários, na estrutura do Balanço Patrimonial, com-
põem um subgrupo próprio, apresentado conforme o esquema a seguir:

 Ativo Circulante

 Investimentos temporários

 Títulos e valores mobiliários

 Aplicações em certificados de depósito bancário

 Investimentos em ouro – ativos financeiros

 (–) Provisão para ajuste ao valor de mercado

 Ativo Não Circulante

 Ativo Realizável a Longo Prazo

Investimentos temporários

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Títulos e valores mobiliários

Aplicações em certificados de depósito bancário

Investimentos em ouro – ativos financeiros

(–) Provisão para ajuste ao valor de mercado

De acordo com o exposto no artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações,
as contas citadas no esquema anterior têm a função de registrar os valores
dos investimentos temporários no mercado financeiro ou no mercado de
capitais, os rendimentos obtidos até o encerramento do exercício social e a
provisão para ajustá-los ao valor de mercado, quando este for menor.

Para efeitos fiscais, os valores que estiverem relacionados à contrapartida


da provisão para ajuste ao valor de mercado não são dedutíveis pela legis-
lação do Imposto de Renda, devendo ser adicionados ao Lucro Líquido do
Exercício, quando na determinação do Lucro Real no Livro de Apuração do
Lucro Real (LALUR) para que seja apurada a correta base de cálculo do Im-
posto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL).

Por outro lado, o funcionamento das contas representativas de investi-


mentos temporários é o seguinte: os seus saldos aumentam por meio de
débitos e diminuem mediante créditos.

No concernente às contas de provisão, as quais corrigem os valores do


ativo, sendo conceituadas como contas retificadoras de ativo, possuem fun-
cionamento inverso ao do restante das contas do seu grupo, ou seja, aumen-
tam seus saldos por créditos contábeis e diminuem seus saldos mediante
débitos contábeis.

Em suma, para a correta avaliação dos investimentos que ainda não foram
realizados, segundo os critérios explícitos pelos Princípios de Contabilidade,
quando do encerramento do exercício social, deve ser calculada a rentabili-
dade conseguida no período e registrada como receita financeira em contra-
partida da conta do investimento temporário, assim como deve ser verificado
se o valor de mercado corresponde ao valor de aquisição do investimento. Na
situação de o valor de mercado ser menor, deve ser feito o provisionamento
da respectiva diferença em contrapartida de despesas com provisão.

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Aspectos legais
O artigo 175 da Lei das Sociedades por Ações estabelece que o exercício
social tenha a duração de um ano e que a data do seu término seja fixada no
estatuto. O artigo 179 do mesmo dispositivo legal, por sua vez, estabelece
os critérios a serem seguidos para a correta classificação dos ativos. No pará-
grafo único desse artigo, a lei vincula a classificação dos incisos I e II ao ciclo
operacional da empresa, nos casos em que ele for superior a um ano.
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no
estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o
exercício social poderá ter duração diversa.
[...]
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
[...]
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.

No artigo 183 dessa mesma lei são encontrados os critérios da avaliação


do ativo e, no seu parágrafo 1.º, está definido o conceito da expressão valor
justo para os investimentos.
Art. 183.
[...]
§1.o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
[...]
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a
margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

Da mesma forma, os ganhos conseguidos por meio dos investimentos tem-


porários, mesmo os não realizados em moeda, pela necessidade de aplicação do
princípio contábil da competência, serão levados à Demonstração do Resultado
do Exercício (DRE), conforme especifica o §1.o do artigo 187 da Lei Societária.
Art. 187. [...]
§1.o Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização
em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.

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O parágrafo 5.o do artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações, quando
se refere às notas explicativas, prevê que deverão ser indicados os principais
créditos de avaliação dos elementos patrimoniais, além dos ajustes e das
provisões para atender a perdas prováveis, conforme segue:
Art. 176. [...]
§5.o As notas explicativas devem
[...]
IV - indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques,
dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões
para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de
elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único).

As regras para avaliação foram estabelecidas pela NBC T 4, do Conselho


Federal de Contabilidade (CFC), o qual divulgou o seguinte:
4.1.5 Os componentes do patrimônio com cláusula de atualização monetária pós-fixada
são atualizados até a data da avaliação.
4.2.1.3 As aplicações em ouro, como ativo financeiro, são avaliadas pelo valor de mercado.
4.2.2.3 Os investimentos temporários são avaliados ao custo de aquisição, e, quando
aplicável, acrescidos da atualização monetária, dos juros e outros rendimentos auferidos.
4.2.2.4 Os direitos, títulos de crédito e quaisquer outros créditos mercantis, financeiros e
outros prefixados, são ajustados a valor presente.

A CVM, por meio do Parecer de Orientação 17 de 1989 (PO 17/89), estabe-


leceu as seguintes regras sobre a provisão para ajuste a valor de mercado:
9. PROVISÃO PARA AJUSTE A VALOR DE MERCADO
Para efeito da constituição das provisões previstas nos incisos I e III do artigo 183, da
Lei 6.404/76, o valor de mercado, que servirá de parâmetro para a avaliação de títulos e
valores mobiliários, deverá considerar a média aritmética ponderada da última cotação
diária ocorrida no exercício, na Bolsa de maior volume de negociação, desprezando-se, se
existentes, cotações derivadas de negociações atípicas.

Investimentos permanentes
São conceituados como investimentos permanentes todas as aplicações
de recursos financeiros em participações societárias e em direitos e bens não
destinados à manutenção das atividades principais da empresa, além de não
poderem ser classificados nem no Ativo Circulante e nem no Ativo Realizável
a Longo Prazo do Balanço Patrimonial.

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Existem diversos tipos de investimentos que podem ter essas característi-


cas, entre eles as participações permanentes em outras empresas, por meio
de ações ou quotas de capital, os incentivos fiscais de qualquer natureza au-
feridos, todos os imóveis que não estejam relacionados ao uso da empresa
para a continuidade de suas atividades operacionais, obras de arte etc.

A sua classificação, consequentemente ao seu tratamento diferenciado


em relação aos outros investimentos que podem ser realizados, é evidencia-
da no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante.

As contabilizações possíveis de ocorrerem neste tipo de investimento são


a respectiva aquisição, os rendimentos obtidos na sequência da sua valoriza-
ção, eventuais provisões para perdas, além dos incentivos fiscais e de baixas
quando a empresa opta por não mais manter tais investimentos compondo
a estrutura patrimonial.

São diversos os motivos que fazem com que uma empresa resolva por
investir parte de suas sobras financeiras em outras empresas, dentre eles
destacam-se:

 maior diversificação – é o exemplo de uma instituição financeira que


adquire uma participação societária em uma indústria, fazendo com
que os seus ganhos não fiquem apenas dependentes de seu próprio
mercado de atuação ou de investimentos no mercado financeiro;

 verticalização de produção – essa situação ocorre quando, por


exemplo, uma indústria automobilística adquire o controle acionário
de uma fábrica de pneus – sua fornecedora – para garantir que os insu-
mos necessários à consecução das atividades operacionais continuem
a ser fornecidos com uma garantia maior;

 garantia de fornecimento de insumos estratégicos – uma indústria


de fios e cabos elétricos/eletrônicos, por exemplo, adquire participação
societária de uma empresa importadora de cobre, visando à garantia
futura de suprimentos de cobre para sua produção, gerando diferencial
competitivo em comparação com outras empresas concorrentes;

 alternativa de investimentos – para as empresas com altos índices de


capitalização, a aplicação de recursos financeiros em outras empresas
notadamente rentáveis pode ser uma boa alternativa de investimento;

 expansão mais rápida do grupo – ocorre quando um determinado


grupo econômico quer expandir rapidamente suas atividades, para

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aproveitar um bom momento da economia. Sem a necessidade de


constituição de uma nova empresa, processo mais moroso e burocrá-
tico, é realizada a aquisição de uma empresa já em atividade;

 eliminação da concorrência – acontece quando um grupo empresa-


rial que possui mercado em uma região geográfica, como o Nordeste
do país, tem a intenção de explorar mercado também no Sudeste do
Brasil. Entretanto, há outro grande grupo já atuante no Sudeste, líder de
mercado, não havendo demanda para mais um concorrente. Uma boa
alternativa, nesses casos, é verificar a viabilidade de aquisição daquele
grupo já existente, o que pode se tornar muito mais saudável financei-
ramente do que declarar guerra e tentar disputar preços pela demanda.
Há de se tomar as devidas precauções, pois alguns organismos regula-
mentadores podem identificar tal aquisição como busca de monopó-
lio, proibindo essas operações. Essas regulamentações têm o objetivo
de proteger os consumidores de eventuais estratégias prejudiciais por
parte de grupos com más intenções empresariais;

 aquisição de marcas e patentes – nessa situação, há uma empresa


produzindo e comercializando um produto bastante conhecido pelos
consumidores, sendo muito alto seu potencial de lucro. A empresa de-
tentora da patente desse produto, no entanto, não consegue explorar
todo esse potencial de lucro, por falta de experiência administrativa,
comercial ou insuficiência de recursos financeiros para expandir suas
atividades, investir em propaganda, financiar seus clientes etc. Nessas
circunstâncias, talvez seja mais vantajoso vender a empresa, incluindo
a patente, para um investidor com capital suficiente para alavancar as
atividades;

 planejamento tributário – como exemplo, pode ser citada uma indús-


tria instalada no Sul do Brasil, a qual ganhou uma grande concorrência
internacional para exportação de seus produtos por um longo período
de tempo. De posse da informação de que a Zona Franca de Manaus
concede vários incentivos fiscais, na forma de isenção de diversos tri-
butos, é certo que essa indústria do Sul brasileiro ganhará muito mais
dinheiro se conseguir comprar o controle acionário de outra indústria
do mesmo setor já instalada em Manaus e transferir para lá sua produ-
ção, beneficiando-se de todos os benefícios fiscais concedidos no Nor-
te, por meio da correta aplicação de seu capital ganho no Sul do Brasil.

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Conceitos e classificação de investimentos

Ampliando seus conhecimentos

Avaliação de investimentos:
considerações iniciais
(SOUZA, 2007. Adaptado.)

A princípio, é de bom alvitre entender o que é investimento e quais suas


classificações possíveis na estrutura das informações contábeis.

Em sentido amplo, todo o ativo de uma entidade representa os investi-


mentos escolhidos pelos gestores para aplicar os recursos provenientes ora
do patrimônio líquido, ora do passível exigível.

Inobstante, determinados ativos têm características peculiares que os


diferenciam do conjunto, de modo a serem chamados, em sentido restrito,
investimentos.

Ainda assim, pode-se diferenciar tais ativos em investimentos temporários


e investimentos permanentes, de acordo com a predisposição da empresa em
aliená-los ou convertê-los em recursos financeiros no curto, no médio ou em
prazo indeterminado.

O ativo, em seu conjunto, é caracterizado pela capacidade de gerar dividen-


dos para a entidade, sejam imediatos ou futuros. Por outro lado, para ser classifi-
cado como ativo o bem deve ser próprio e mensurado em termos monetários.

Os bens do ativo circulante possuem a peculiaridade de poderem gerar re-


cursos financeiros para a empresa em curto período de tempo. Enquanto que do
ativo realizável a longo prazo espera-se a conversão em lapso temporal superior,
no mínimo, a um ano, desde a data do levantamento do balanço patrimonial.

Por outro lado, os bens classificados como permanentes, investimentos e


imobilizado, não têm prazo previsto para alienação ou conversão em recursos
financeiros.

Pois bem, mas se todo o ativo tem como característica gerar resultado para
a entidade, o que, de fato, diferencia os investimentos assim classificados dos
demais?

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Conceitos e classificação de investimentos

É que os ativos, de modo geral, são utilizados diretamente pela empresa


para consecução de seus fins e, consequentemente, os resultados advindos
da utilização dos mesmos ocorrem por força das atividades empresariais.

De forma diferente, os ativos classificados como investimentos são carac-


terísticos por gerarem dividendos para a empresa independentemente do
emprego de esforços por parte desta.

Desse modo, a peculiaridade fundamental dos ativos classificados como


investimentos no balanço patrimonial de uma entidade é a perspectiva que
se tem que dele retornem dividendos para a investidora sem necessidade de
esforços operacionais.

Assim ocorre com os estoques que são classificados como ativo (ativo circu-
lante se houver pretensão de convertê-lo em recursos financeiros no exercício
social em curso ou no próximo, a contar da data do balanço patrimonial, no
mínimo), mas não como investimentos, pois para que eles gerem retorno para
a entidade é preciso que esta desenvolva atividades operacionais: compra de
matéria-prima; emprego de mão de obra; emprego de máquinas e ou equipa-
mentos; emprego de logística; esforços para vender a preço capaz de cobrir os
custos e gerar resultado, enfim.

De forma contrária, as aplicações financeiras com expectativa de resga-


te no exercício em curso ou no seguinte são classificadas no ativo circulante
como investimentos temporários, porquanto existe expectativa de retorno,
porém esse não depende de atividades empresariais próprias, senão da dinâ-
mica do próprio mercado financeiro.

Os ativos classificados como investimentos permanentes são todos os que


não podem ser classificados no circulante ou no realizável a longo prazo, em
razão de seu prazo de realização, bem como as participações não temporárias
em outras sociedades e outros direitos que não se destinem à manutenção
das atividades da empresa.

É que os ativos que se destinam ao desenvolvimento das atividades em-


presariais devem ser classificados em grupos de contas específicos, pois deles
dependem, em tese, a sobrevivência operacional da empresa. Trata-se, por-
tanto, do ativo imobilizado.

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Conceitos e classificação de investimentos

Note-se que as participações em outras sociedades são investimentos,


tem-se expectativa que gerem aumento de riqueza para a empresa, contudo
sem que esta se esforce para tanto, pois cabe à investida realizar os negócios
necessários à manutenção de suas atividades. A investidora participa dos re-
sultados da investida indiretamente, na proporção de seus investimentos no
capital social da outra.

Ocorre dessa forma também quando a empresa aplica recursos financeiros


na aquisição de terrenos (não para uso próprio, mas com a expectativa de que
eles sejam valorizados e, por consequência, no momento da sua alienação
gerem resultado econômico favorável). E de forma análoga, quando compra
obras de arte e outros ativos especulativos.

Diferentemente, quando a entidade adquire equipamentos eletrônicos,


bens móveis, imóvel para instalação de sua planta e outros bens necessários
para o desempenho de suas atividades operacionais, ela tem a expectativa de
que eles contribuam, de acordo com suas funções, para a geração de resulta-
do econômico, todavia, para que isso ocorra, empregará sua força de trabalho
para, através deles, explorar sua atividade.

Diante do explanado até aqui, cabe a conclusão de que os investimentos


em sentido restrito são caracterizados pelo fato de terem capacidade de gerar
dividendos para a investidora independentemente de atividade vinculada
desta, enquanto que os outros ativos, embora tenham também como caracte-
rística proporcionar resultado econômico favorável, só alcançam seu objetivo
mediante esforços da empresa.

Atividades de aplicação
1. De forma direta, em que local do Balanço Patrimonial podem ser clas-
sificados os investimentos temporários?

2. Quando há a intenção de permanência na estrutura da empresa, como


podem ser avaliados os investimentos?

3. Onde devem ser registrados e como podem ser avaliados os investi-


mentos em ouro das empresas?

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Conceitos e classificação de investimentos

4. Quando uma empresa possuir um ciclo operacional diferente do que


estabelece a Lei das Sociedades por Ações, como ela deve proceder
com relação à classificação dos seus investimentos?

5. No caso de investimentos em ouro, como devem ser tratadas as des-


pesas que são geradas pelos ajustes para menos nos valores investi-
dos, no tocante à tributação de IRPJ?

Referências
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 1997.

BRASIL. Lei 6.404/76. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em:
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2010.

______. Lei 11.638/2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da Lei


6.385/76, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elabo-
ração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011.

______. Lei 11.941/2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcela-


mento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que espe-
cifica; institui regime tributário de transição. Disponível em: <www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011.

COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS. Parecer de Orientação CVM 17/89. Disponí-


vel em: <www.cnb.org.br/CNBV/pareceres/par17-1989.htm>. Acesso em: 31 ago.
2010.

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC 732/92. Aprova a NBC


T 4 – Da Avaliação Patrimonial. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
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______. Resolução CFC 750/93. Princípios Fundamentais de Contabilidade. Dis-


ponível em: <www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res750.htm>. Acesso em:
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IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de


Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as
normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.

PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade Avan-
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SOUZA, Márcio Rodrigo de Araújo. Avaliação de Investimentos: considerações


iniciais. Publicado em: 24 jul. 2007. Disponível em: <www.classecontabil.com.br/
v3/artigos/ver/1177>. Acesso em: 31 ago. 2010.

Gabarito
1. Podem ser classificados no Ativo Circulante ou no Ativo Não Circulan-
te, no subgrupo Ativo Realizável a Longo Prazo.

2. Pelo método do custo de aquisição ou pelo método de equivalência


patrimonial.

3. Há dois locais para registro: Ativo Circulante ou Ativo Realizável a Lon-


go Prazo. Podem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor
de mercado, o que for menor. Considerando as empresas que possuem
no ouro a sua atividade principal, como indústria ou comércio do me-
tal beneficiado ou não, eles devem ser classificados sempre no Ativo
Circulante, no subgrupo Estoques, como Mercadorias para Revenda
ou Matérias-Primas.

4. Ela deve seguir o prazo que estabelece o seu estatuto, conforme o dis-
posto no parágrafo único do art. 179 da Lei das Sociedades por Ações.

5. São consideradas como despesas não dedutíveis para efeitos de IRPJ,


devendo ser ajustadas no LALUR.

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