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RESUMAO

DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
Não é sem motivo que o direito Constitucional figura como matéria obrigatória em diversos concursos públicos.
Esse ramo de Direito está presente em todos os demais, norteando os interesses do Estado e das pessoas que formam
seu povo. Nenhuma carreia jurídica pode cortar seus vínculos com o ordenamento jurídico maior, sob pena de se
perderem os mais elevados anseios da espécie humana e de se corromper a eficiência da representatividade democrática
legalmente constituída. Muito mais do que alicerce aos profissionais da ciência jurídica, o Direito Constitucional é a
voz da cidadania.

CONSTITUIÇÕES
Classificação das Constituições
1. Quanto ao conteúdo:
a) Constituição material – Consiste no conjunto de regras materialmente constitucionais, estejam ou não
codificadas em um único documento.
b) Constituição formal – É aquela consubstanciada de forma escrita, por meio de um documento solene
estabelecido pelo poder constituinte originário.
2. Quanto à forma:
a) Constituição escrita – É aquela codificada e sistematizada em um texto único. Portanto, é o mais alto estatuto
jurídico de determinada comunidade.
b) Constituição não escrita – É o conjunto de regras não aglutinadas em um texto solene, mas baseado em leis
esparsas, costumes, jurisprudências e convenções (ex:. Constituição inglesa).
3. Quanto ao modo de elaboração:
a) Constituição dogmática – Apresenta-se como produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a
partir de princípios e ideias fundamentais da teoria politica e do direito dominante.
b) Constituição histórica ou costumeira – É fruto da lenta e continua síntese da história e tradições de
determinado povo.
4. Quanto a origem:
a) Constituição promulgada (popular ou democrática) – Deriva do trabalho de uma Assembleia Nacional
Constituinte composta de representantes do povo, eleitos com a finalidade de sua elaboração (ex:. CF de 1891,
1934, 1946 e 1988).
b) Constituição outorgada – É estabelecida sem a participação popular, por meio de imposição do poder da época
(ex:. CF de 1824, 1937,1967,1988)
5. Quanto a estabilidade:
a) Constituição imutável – É aquela que se veda qualquer alteração, tornando-se relíquia histórica.
b) Constituição rígida – É a Constituição escrita que pode ser alterada por um processo legislativo mais solene e
dificultoso; alguns autores apontam nossa Constituição como super-rígida.
c) Constituição flexível – Pode ser livremente modificada segundo o mesmo processo estabelecido para as leis
ordinárias.
d) Constituição semi-rigida – É um meio termo entre as duas anteriores, em que algumas regras podem ser
alteradas por um processo legislativo ordinário.
6. Quanto a extensão e finalidade:
a) Constituição analítica – Examina e regulamenta todos os assuntos que entenda relevantes a formação,
destinação e funcionamento do Estado.
b) Constituição sintética – prevê somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado.

Resumo – Nossa atual Constituição é classificada de seguinte maneira: formal, escrita, dogmática, promulgada,
rígida e analítica.

Espécies de poder constituinte


a) Poder constituinte originário – Estabelece a Constituição de um novo Estado. Atua tanto no surgimento de
uma primeira Constituição quando na elaboração de qualquer Constituição posterior.
b) Poder constituinte derivado – É proveniente da própria Constituição, pois decorre de uma regra jurídica de
autenticidade constitucional. Distingue-se, principalmente, por conhecer limitações constitucionais expressas e
implícitas e é passível de controle de constitucionalidade.
 Poder constituinte derivado reformador – É responsável pela alteração do texto constitucional, respeitada
regulamentação especial prevista na própria Constituição e exercida por órgãos de caráter representativo (no
Brasil, pelo congresso Nacional).
 Poder constituinte derivado decorrente – Consiste na possibilidade que os Estados membros têm, em virtude
de sua autonomia político-administrativa, de se auto-organizarem, por meio de suas respectivas Constituições
estaduais, sempre respeitando a Constituição Federal.

A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO


Elementos do estado
1. Território – Espaço físico delimitado por fronteiras naturais ou não.
2. Povo – Número determinado ou não de indivíduos que habitam o território unidos por uma mesma língua,
objetivos e cultura.
3. Soberania – Poder de um país de dizer e aplicar o Direito dentro de seu território com efeito erga omnes.

Entidades federativas
1. União – entidade federativa autônoma, cabe-lhe exercer as atribuições da soberania do Estado brasileiro. Não
se confunde com Estado federal, pois este é pessoa jurídica de direito internacional. A União age em nome de
toda a Federação quando representa o país no plano internacional ou quando intervém em um Estado membro,
no plano interno.
2. Estados membros – Auto-organizam-se por meio de exercício de seu poder constituinte derivado decorrente e,
posteriormente, por meio da sua própria legislação. O art. 25, da CF, em consonância com o art. 11, caput, do
Ato das Disposições Constitucionais transitórias, permite aos Estados membros a auto-organização, por meio
de Constituições estaduais, desde que observados os princípios estabelecidos por nossa Lei Maior.
3. Municípios – Consagrados como entidades federativas indispensáveis a nosso sistema federativo, integram-se
não organização político-administrativa cercados de plena autonomia. A criação, incorporação, fusão e
desdobramento do Município depende de lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, assim como de consulta previa, mediante plebiscito, as populações interessadas, após a divulgação dos
Estados de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
4. Distrito Federal – A constituição garante ao Distrito Federal a natureza de ente federativo autônomo, vedando-
lhe a possibilidade de subdividir-se em Municípios. Dessa forma, não é Estado membro nem tampouco
Município, tendo, em regra, todas as competências legislativas e tributarias reservadas aos estados e Municípios.

Os alicerces da Federação
A forma federativa do Estado possui dois alicerces imutáveis a sua estabilidade e funcionamento. São eles:
a) Autonomia dos entes políticos
Um ente político é autônomo quando possui as seguintes características:
 Arrecadação – tributos próprios;
 Administração publica – servidores concursados (estáveis)
 Representante do Poder Executivo eleito diretamente.
b) Repartição de competências
Cada ente político recebe da Constituição competências especificas para suas atividades administrativas,
legislativas e tributarias, designadas desta maneira:
 Competência privativa da União – delegável aos estados membros (art. 22);
 Competência comum entre os entes políticos (art.23);
 Competência concorrente – União, Estados e Distrito Federal (art. 24).

SEPARAÇÃO DOS PODERES


PODER LEGISLATIVO

O poder Legislativo Federal, bicameral, é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal. É fundamental que se diferenciem os Legislativos Estadual, Distrital e Municipal, nos
quais se consagra o sistema unicameral.
O bicameralismo do Legislativo Federal está intimamente ligado à escolha pelo legislador constituinte da forma
federativa de Estado. No Senado Federal, encontram-se representantes de todos os Estados membros e do Distrito
Federal, consagrando o equilíbrio entre as partes da Federação.

PODER EXECUTIVO

O Poder Executivo constitui órgão cuja função típica é o exercício da chefia de Estado, da chefia de governo e
da administração geral do Estado. Entre suas funções atípicas estão o ato de legislar e o de julgar seu contencioso
administrativo.
Da mesma forma que os congressistas, o chefe do Executivo é eleito pelo povo e possui várias prerrogativas e
imunidades, as quais são garantidas para o independente e imparcial exercício de suas funções.

Dica – Procurou-se, aqui, evitar ao máximo a transcrição de texto constitucional, pois a matéria objetiva deve ficar
no texto legal. Assim, quando às atribuições do presidente da República, sugere-se a leitura do art. 84 da CF.

PODER JUDICIARIO

Completando a tripartição dos poderes, em sua divisão clássica, esta o Poder Judiciário. Sua presença garante o
verdadeiro Estado democrático de direito. Exatamente por esse motivo, justifica-se a aplicação de certas garantias e seis
membros julgadores, tais como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos. Dessa maneira, pode-
se contar como um órgão independente e autônomo para guardar as leis e garantir ordem governamental.

Sistema de freios e contrapesos (controle externo)


Cada um dos três poderes exerce parcialmente um controle sobre as atividades de outro. Esse procedimento tem
como objetivo estabelecer limites no exercício das funções típicas e nas distribuídas pela Constituição.
A EC 45 estabeleceu o único procedimento que ainda faltava ao Estado brasileiro: o controle externo do Poder
Judiciário. Tal função será exercida por meio do Conselho Nacional de Justiça. Sua composição multifacetada esta
prevista no art. 103-B do Texto Maior. Estrutura e finalidade semelhantes apresenta o Conselho Nacional do Ministério
Público, responsável pelo controle externo deste órgão, conforme disposto no art. 130-A da CF.

PROCESSO LEGISLATIVO
Processo legislativo pode ser entendido juridicamente como um conjunto de disposições coordenadas que
disciplinam procedimento a ser observado pelos órgãos competentes na produção e elaboração das leis e atos
normativos.
Não observadas as etapas do processo legislativo, seu produto será um objeto inconstitucional, sujeito, portanto,
ao controle repressivo de constitucionalidade, tanto em sua forma difusa quanto concentrada. Esses controles serão
estudados detalhadamente mais adiante.
É importante saber que o STF considera, em seus acórdãos, as regras básicas de processo legislativo previstas
na Constituição estaduais, declarando que o modelo estruturador do processo legislativo, tal como delineado em seus
aspectos fundamentais pela Carta da Republica, impõe-se, como padrão normativo, de compulsório entendimento, à
observância incondicional dos Estados membros. A essa projeção chama-se principio do paralelismo ou da simetria
constitucional.

Fase introdutória
A fim de simplificar, torna-se aqui a lei ordinária como exemplo e regra geral. Mais adiante serão estudados os
instrumentos normativos, detalhadamente.
Iniciativa de lei é a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ao Poder
Legislativo. Esse alguém pode ser:
a) Parlamentar: membros e comissões do Congresso Nacional e suas duas Casas;
b) Extraparlamentar: chefe do Poder Executivo, procurador-geral da República, STF, Tribunais Superiores,
Ministério Público e cidadãos.
Tais projetos de lei terão início na Câmara dos Deputados, ficando o Senado domo Casa Revisora.

Fase constitutiva
Apresentado o projeto de lei ao Congresso Nacional, haverá ampla discussão e votação nas duas Casas. Esse
trabalho é chamado de deliberação parlamentar, e, caso o projeto de lei seja aprovado nas duas Casas legislativas,
o chefe do Poder Executivo deverá participar do exercício vetando ou sancionando o projeto (deliberação
executiva).

Fase complementar
Compreende a promulgação e a publicação da lei; a primeira confere executoriedade à norma, enquanto a
segunda lhe da notoriedade.
Promulgar é declarar a existência de uma lei e a inovação demonstra um ato perfeito e acabado. A regra geral
é que o próprio presidente da Republica promulgue a lei, mesmo nos casos em que seu veto tenha sido derrubado
pelo Congresso Nacional.
Já a publicação significa uma comunicação dirigida àqueles que devam cumprir a norma, cientes de sua
existência e conteúdo, uma vez que ela está publicada e conta com a eficácia que o ato lhe da.

Emenda constitucional
Consagrando a ideia da supremacia da ordem constitucional, o legislador constituinte elegeu a emenda
constitucional como um instrumento capaz de alterar a Constituição Federal. Assim, ao escolher um processo
legislativo mais complexo que o ordinário, acabou por classificar nossa Constituição como uma Constituição rígida.
Uma proposta de EC tem a seguinte iniciativa concorrente: presidente da República; um terço, no mínimo e
separadamente, dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; mais da metade das Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros.
A deliberação da proposta de EC consiste na discussão e votação em cada Casa do Congresso, em dois turnos
considerando-se aprovada se obtiver em ambos três quintos dos votos dos respectivos membros.
Não existe deliberação executiva em relação às emendas, ou seja, o presidente da República não veta ou sanciona
proposta de emenda.
Finalmente, a emenda deve ser promulgada pelas Mesas das duas Casas em conjunto. Ainda que a Constituição
seja omissa quanto à publicação, entende-se que esta é competência do Congresso Nacional.
Em relação ao alcance, as EC não podem alterar as chamadas clausulas pétreas, presente no art. 60, § 4º, incisos
I a IV, da CF.

Lei complementar e lei ordinária


A razão da existência da lei complementar se da pelo fato de o legislador constituinte entender que determinadas
matérias, ainda que importantes, não devem ser tratadas no texto da própria Constituição.
Pode-se dizer que existem duas diferenças básicas entre a lei complementar a matéria expressamente prevista
na CF, enquanto as demais matérias devem ser objeto de leis ordinárias.
A segunda diferença, também chamada de formal, refere-se ao processo legislativo na fase de votação. Enquanto
o quórum para aprovar a lei complementar é o absoluto, o quórum que aprova a lei ordinária é o simples ou relativo.
O rito de elaboração da lei complementa segue o modelo de processo legislativo visto na introdução deste tema.

Lei delegada
Elaborada pelo presidente da República em função de autorização expressa do Poder Legislativo e nos limites
impostos por este, constitui delegação externa da função de legislar, possibilitando ao Executivo regulamentar
assuntos mais próximos de si com maior grau de eficiência.
Uma vez encaminhada a solicitação do presidente ao Congresso Nacional, será submetida a votação pelas duas
Casas, em sessão conjunta ou separadamente, e, se aprovada por maioria simples, terá forma de resolução.
A resolução, por sua vez. Devera especificar os limites do ato do presidente e se existe necessidade ou não de
remessa do texto ao Congresso para analise final antes da promulgação. Na hipótese de o presidente extrapolar os
limites impostos pelo Legislativo, o Congresso Nacional poderá se valer de um decreto legislativo para sustar os
efeitos da lei delegada, o que não afasta a existência de eventual ADIn como instrumento de controle da
constitucionalidade.

Medida provisória
Alterado pela EC 32/2001, o artigo 62 da CF é bem claro em definir como requisitos da medida provisória:
relevância e urgência. Assim, presentes tais requisitos, o presidente da Republica poderá editar medidas provisórias
com força de lei, devendo estas ser submetidas ao Congresso Nacional imediatamente.
O Congresso Nacional, por sua vez, tem 60 dias, prorrogáveis por igual período, para analisar o texto da medida
provisória, sendo possíveis três ocorrências: aprovação com ou sem alteração do texto, rejeição expressa ou rejeição
tácita.
No caso de aprovação, a medida provisória se convertera em lei ordinária, sendo promulgada pelo presidente
do Senado Federal, que a remeterá ao presidente da República para publicação.
Se for rejeitada expressamente, será arquivada e caberá ao presidente do Congresso Nacional baixar ato
declarando-a ineficaz.
Se a analise não terminar no prazo de 120 dias, ficará caracterizada a rejeição tácita, o que também acarretara a
perda de eficácia da medida.
Um dos principais pontos alterados pela Emenda 32 é em relação ao alcance das matérias a serem
regulamentadas por meio de medidas provisórias. Assim, além de as medidas provisórias não poderem regulamentar
assuntos reservados às leis complementares, o atual artigo 62 traz diversas limitações novas; por isso, sugere-se um
estudo detalhado do próprio texto da Constituição atualizada.

Decreto legislativo
Constitui espécie normativa cujo objetivo é veicular as matérias de competência exclusiva do Congresso
Nacional, basicamente previstas no artigo 49 da CF. o processo legislativo dessa espécie não se encontra na CF,
pois cabe ao próprio Congresso Nacional discipliná-lo.
Os decretos legislativos são instruídos, discutidos e votados em ambas as Casas Legislativas e, se aprovados,
são promulgados pelo presidente do Senado Federal, na qualidade de presidente do Congresso Nacional, que
também determina sua publicação. Ressalte-se, ainda, que o presidente da Republica nem sempre participa desse
processo.
Como melhor exemplo do uso dos decretos legislativos está a incorporação de tratados internacionais no direito
interno.
Isso se dá em três fases distintas:
1ª fase – Compete privativamente ao presidente da República celebrar tratados internacionais.
2ª fase – O Congresso Nacional tem competência exclusiva para resolver definitivamente sobre tratados
internacionais. A deliberação do Parlamento será realizada por meio da aprovação de um decreto legislativo,
devidamente promulgado pelo presidente do Senado Federal e publicado.
3ª fase – Edita-se um decreto do presidente da Republica ratificando o tratado internacional devidamente
homologado pelo Congresso Nacional.

Nota – A emenda 45 estipula que deve ser dado aos tratados e convenções internacionais voltado aos direitos
humanos – aprovados pelo Congresso Nacional em 2 turnos em cada Casa e quórum de 3/5 em cada votação -,
o status de emenda constitucional. A isso denomina-se Internacionalização do Direito Constitucional e dos
Direitos Humanos.

Resolução
É ato normativo do Congresso Nacional, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, destinado a
regulamentar suas matérias internas ou de competência privativa. Existem, porém, exceções em que uma resolução
pode ter efeito externo quando dispõe sobre delegação de legislar.
Exemplos de resoluções são as politicas (Senado referendando uma nomeação), as deliberativas (ao fixar
alíquotas), as de co-participação na função judicial (suspenção de lei declarada inconstitucional pelo STF) e,
finalmente, ato-condição da função legislativa (autorização da elaboração de lei delegada).
O processo legislativo das resoluções também não se encontra no texto constitucional. Uma vez que elas podem
se originar em três fontes, apresenta-se a premissa básica valida de forma geral: a resolução isolada de cada Casa
Legislativa somente por ela será instruída, discutida e votada, cabendo a seu presidente promulga-la e determinar a
publicação. No caso de resolução do Congresso, a aprovação será bicameral, cabendo a seu presidente a
promulgação.

PRINCÍPIOS E DIREITOS CONSTITUCIONAIS


 Supremacia do texto constitucional – A Constituição é o ordenamento jurídico soberano de um Estado, e
nenhuma norma infraconstitucional ou internacional pode feri-lo.
 Supremacia do interesse público sobre o privado – Estando em conflito o interesse coletivo ante o
individual, o primeiro tem predominância sobre o segundo.
 Legalidade – Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei; aqui existem
exceções que abrangem o Direito Administrativo e o Direito Tributário.
 Publicidade – Ninguém pode arguir o desconhecimento da lei; novamente, o Direito Administrativo tem
interpretação diversa deste princípio, em que todo ato depende de publicidade.
 Dignidade da pessoa humana - Direito de acesso às condições mínimas de uma vida digna (moradia,
alimento e vestimenta) e ao livre exercício de pensamento, expressão, inclusive à educação.
 Impessoalidade – É vedada ao Estado a concessão de privilégios ou a discriminação.
 Pessoalidade – Na medida do possível, o Direito Tutelado e a pena a ser aplicada deverão surtir efeito sobre
pessoa certa e identificada; há exceção no Direito Tributário.
 Moralidade – A Administração Publica fica obrigada a demonstrar transparência e probidade em seus atos,
incluindo a publicação destes.
 Propriedade – O proprietário de um bem tem o direito de usar, gozar, fruir e dispor dele de acordo com
sua vontade; o bem deve ter fim social.
 Isonomia – Todos são iguais perante a lei.
 Igualdade – Os iguais serão tratados de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas
desigualdades.
 Irretroatividade – A lei não retroagirá, salvo em Direito Penal ou sanção tributaria.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


Os direitos e garantias fundamentais se constituem em um amplo rol em que estão inseridos os direitos de defesa
do indivíduo perante o Estado, os direitos políticos, os relativos à nacionalidade e os direitos sociais, dentre outros.
Os direitos fundamentais têm por finalidade proteger a dignidade humana em todas as dimensões.
Suas principais características são:
a) Historicidade – Os direitos fundamentais possuem caráter histórico; nasceram com o cristianismo, perpassando
pelos direitos humanos, e hoje se encontra ainda em plena discussão. É um processo que não possui epilogo.
b) Universalidade – Por esse critério, os direitos fundamentais são dirigidos a todos os seres humanos.
c) Limitabilidade – Os direitos fundamentais não são absolutos, podendo haver um choque de direitos, em que o
exercício de um implicara a invasão do âmbito de proteção do outro (ex.: choque entre o direito de informação
e o de privacidade).
d) Concorrência – Por esse critério, os direitos fundamentais podem ser acumulados. Por exemplo, o jornalista
que, depois de transmitir a informação, fez uma critica exerceu os direitos de informação, opinião e
comunicação.
e) Irrenunciabilidade – Os direitos fundamentais são irrenunciáveis, o que implica que os indivíduos não podem
dela dispor.
Para assegurar o cumprimento dos tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja signatário, o
procurador-geral da Republica poderá, em qualquer fase processual ou instancia, suscitar incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal, caso entenda ser pertinente.

A evolução dos direitos fundamentais


A doutrina reconhece três níveis de direitos fundamentais, a saber:
1. Direitos fundamentais de primeira geração – São aqueles que surgem com a ideia de Estado de Direito. São
os direitos de defesa do indivíduo perante o Estado (ex: direito à vida, à intimidade, à inviolabilidade do
domicilio).
2. Direitos fundamentais de segunda geração – São aqueles que tratam da satisfação das necessidades mínimas
para que haja dignidade e sentido na vida humana. Existem uma atividade prestacional do Estado (ex.: os direitos
sociais, os econômicos e os culturais).
3. Direitos fundamentais de terceira geração – São aqueles relativos à existência do ser humano, ao destino da
humanidade, à solidariedade (ex.: direito à paz, a preservação do meio ambiente).
Observação: Alguns doutrinadores defendem a existência de uma quarta geração de direitos fundamentais, onde
estariam inseridos campos como o do Biodireito inseridos campos como o do Biodireito e a identidade sexual.

Habeas corpus
O habeas corpus é uma ação constitucional de cunho penal e de procedimento especial, isenta de custas, que
visa evitar o cessar violência ou ameaça na liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Não se trata,
portanto, de uma espécie de recurso, apesar de regulamento no capitulo a ele destinado no CPP.
Adentrando o detalhamento do que se toma por locomoção, verifica-se que esta pode ser enquadrada em quatro
ocorrência:
 Direito de acesso e ingresso no território nacional;
 Direito de saída do território nacional;
 Direito de permanência no território nacional;
 Direito de deslocamento dentro do país.

Habeas data
O habeas data é uma ação constitucional, de caráter civil, conteúdo e rito sumario, que tem por objeto a proteção
do direito liquido e certo do impetrante de conhecer todas as informações e registros relativos à sua pessoa constantes
de repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, para eventual retificação de seus dados pessoais.
Por meio do habeas data, objetiva-se fazer com que todos tenham acesso as informações que o Poder Público
ou entidades de caráter público (ex: serviço de proteção ao credito) possuam a seu respeito.
A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido da necessidade de negativa da cia administrativa para justificar o
ajuizamento do habeas data, de maneira que inexistira interesse de proceder a essa ação constitucional se não houver
relutância do detentor das informações em fornece-las ao interessado.

Mandado de injunção
Não se confundindo com sua origem anglo-saxã, o mandado de injunção, previsto no art. 5º, inciso LXXI, da
CF, insere outra novidade do Direito Constitucional.
Assim, nas ocasiões em que o exercício de um direito, de uma liberdade ou de uma prerrogativa inerente a
nacionalidade, cidadania ou soberania se tornar inviável ou prejudicado em razão da falta de uma norma
regulamentadora, aquele que se sentir prejudicado pode faze uso do mandado de injunção, a fim de suprir omissão do
Poder Público.
As situações fáticas e os dispositivos constitucionais que permitem a utilização do mandado de injunção são
similares aos da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. Contudo, o mandado de injunção destina-se às normas
constitucionais de eficácia limitada, o que significa que sempre haverá necessidade de vácuos na estrutura legal que
necessitem correção por meio de leis ou atos normativos.
Requisitos para o mandado de injunção:
 Falta de norma reguladora de um dispositivo constitucional (inercia do Estado);
 Impossibilidade de exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, soberania e cidadania.

Ação popular
Adotando a previsão do artigo 5º, inciso LXXXIII, da CF, entende-se que qualquer cidadão é legitimado para
propor ação popular que vise à anulação de ato lesivo ao patrimônio público, ou de entidade em que o Estado participe,
contra a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
Sem dúvida, a ação popular constitui, ao lado de outras prerrogativas como sufrágio e iniciativa de lei, mais um
exercício da soberania popular por meio da qual se autoriza o povo a exercer diretamente a fiscalização do Poder Público.
Assim como o mandado de segurança, a ação popular pode ser utilizada de forma preventiva, antes de se
verificar a lesão, ou repressiva, na busca da indenização pelo dano causado.
Requisitos para propositura de ação popular:
 Requisito subjetivo: Somente o cidadão tem legitimidade para propor a ação popular;
 Requisito objetivo: O ato ou a falta dele deve ser comprovadamente lesivo ao patrimônio público.

Dica - Para quem deseja se aprofundar nas características e procedimentos dessa ação, consultar a Lei da Ação
Popular – 4.717/65.

Dispensa de advogado
Não é necessária a contratação de advogado para as ações de habeas corpus, habeas data, mandado de injunção e
ação popular; essas ações não possuem custas e sucumbência.
Observação: não existe unanimidade nesse entendimento; alguns doutrinadores indicam a necessidade de capacidade
postulatória para as três últimas garantias citadas.

Mandado de segurança
Tanto na vida pratica quanto nos desafios apresentados em provas jurídicas, é bastante útil manter o mandado
de segurança como um caminho por exclusão. Isso significa dizer que se deve analisar se nenhuma outra garantia
constitucional é aplicável ao problema apresentado, a um de certificar-se de que só resta um mandado de segurança.
Utilizando esse critério, acaba por ficar mais claro o porque da necessidade de um advogado para assinar esse
instrumento. Afinal, o fato de o indivíduo apresentar uma situação em que apenas o mandado de segurança é cabível
significa que a situação em pauta é mais complexa tecnicamente falando.
Conforme o art. 5º, inciso LXIX, da CF, o mandado de segurança está à disposição dos indivíduos que
necessitam se proteger de atos ilegais ou praticados com abuso ou desvio de poder, independentemente de serem atos
discricionários ou vinculados.
A natureza jurídica do mandado de segurança é de ação constitucional, de natureza civil, cujo objetivo é a
proteção do direito liquido e certo lesado por ato ou omissão de autoridade publica ou de pessoa jurídica nas funções do
Poder Público.
Ainda que sua natureza seja civil, isso não impede que o mandado de segurança seja usado em matéria criminal.
Podem-se enumerar três requisitos do mandado de segurança:
 Ato comissivo ou omissivo de autoridade do Poder Público ou particular em sua função;
 Ilegalidade, desvio ou abuso de poder; a ilegalidade é gênero, do qual são espécies ilegalidade em sentido estrito
e abuso de poder;
 Lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo.
O direito deve ser comprovado ab initio, mediante prova documental. Todavia, em fase do art. 6ºda Lei
1.533/51, é possível pedir ao juiz que determine à autoridade coatora que traga ao processo o documento necessário à
prova.

OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS


O artigo 5º da Constituição Federal enuncia os direitos individuai e coletivos, que são:

 Isonomia – Por esse princípio, o legislador e o aplicador da lei devem dispensar tratamento igualitário a todos
os indivíduos, sem distinção de qualquer natureza.
 Legalidade – A Lei pode assumir três formas: a obrigação, a proibição e a permissão. Assim, os comandos de
proibição (deixar de fazer) e de obrigação (fazer) só podem ser vinculados por lei. Apenas a lei obriga.
 Direito à vida – Com isso a Constituição proibiu a adoção de qualquer pratica que resulte não solução não
espontânea da vida, tais como a pena de morte, a eutanásia e o aborto.
 Proibição de tortura – O constituinte preocupou-se em assegurar a higidez física e mental dos indivíduos,
proibindo a pratica de tortura.
 Direito de opinião – A Constituição assegura o direito de livre manifestação de pensamento.
 Direito de expressão – Enquanto a opinião diz respeito a um juízo de valor, o direito de expressão consiste na
possibilidade de livre manifestação de sentimento e de criatividade, tal como ocorre na música, na pintura, no
teatro, na fotografia, etc.
 Direito de informação – Envolve o direito de passar, receber e buscar informações.
 Direito de informação jornalística – A informação jornalística é composta pela notícia e pela crítica. A
liberdade de informar só existe diante de fatos cujo conhecimento seja importante para que o indivíduo possa
participar do mundo em que vive.
 Direito de resposta – Por esse direito, fica garantida ao indivíduo a resposta não s em caso de ofensa à honra,
mas também em qualquer situação de agravo.
 Direito de informação pública – Esse direito restringe-se aos organismos públicos que possuem a obrigação
de manter o cidadão constantemente informado acerca das atividades públicas.
 Direito de intimidade e direito de privacidade – Por privacidade entendem-se os níveis de relacionamento
social que o indivíduo mante oculto do publico em geral, tais como a vida familiar e os segredos de negócios.
A intimidade implica o “eu” do indivíduo, que tem direito de criar um espaço impenetrável mesmo aos mais
próximos (ex.: segredos pessoais e orientação sexual).
 Direito à honra – Possui dois aspectos: o da honra subjetiva e o da honra objetiva. A primeira, em apertada
síntese, implica o sentimento de auto-estima do indivíduo; a segunda parte dos parâmetros de conceito social
que o indivíduo possui.
 Direito à imagem – Divide-se em imagem retrato, que implica o direito à reprodução gráfica (foto, desenho,
filmagem), e imagem atributo, que compreende as características do conjunto de atributos cultivados pelo
indivíduo e reconhecidos pelo conjunto social.
 Inviolabilidade de domicilio – O domicilio, para efeito de proteção constitucional, deve ser considerado uma
projeção espacial da privacidade e da intimidade, abrangendo, assim, até uma residência ocasional.
 Inviolabilidade de correspondência – Protege o sigilo das comunicações pessoais, das comunicações
telegráficas, de dados (inclusive informática) e das comunicações telefônicas.
 Liberdade de profissão – Sua finalidade é proibir que o Poder Publico crie normas ou critérios que levem o
indivíduo a exercer oficio ou profissão em desacordo com sua vontade. É norma de eficácia contida, podendo a
lei infraconstitucional limita-la, criando requisitos ou qualificações para o exercício de determinadas profissões.
 Direito de locomoção – É um direito de resistência em face do Estado, podendo o indivíduo ir, vir, ficar ou
permanecer sem que seja molestado pelo Poder Público. Esse direito sofre varias restrições, como em face do
direito de propriedade.
 Direito de reunião – É o direito de ação coletiva que tem por objetivo a concretização de um proposito comum
aos partícipes.
 Direito de associação – É o direito de ação coletiva que, dotado de caráter permanente, envolve a coligação
voluntaria de duas ou mais pessoas, tendo em vista a realização de um objetivo comum, sob direção única.
 Direito de propriedade – Genericamente, a propriedade é um direito subjetivo que assegura ao indivíduo o
monopólio de exploração de um bem e de fazer valer essa faculdade contra tudo e contra todos.
 Direito de petição – Possui caráter individual o coletivo, podendo ser exercitado em face do abuso de poder ou
de ilegalidade, independentemente do pagamento de taxas.
 Direito de certidão – A certidão pode se referir tanto a direitos individuais quanto coletivos perante órgãos
públicos, a qualquer titulo que seja, mediante a demonstração de legitimo interesse.
 Principio da inafastabilidade da jurisdição – Esse princípio, de um lado, outorga ao Poder Judiciário o
monopólio de jurisdição e, de outro lado, faculta ao indivíduo o direito de ação.
 Limites à retroatividade da lei – A retroatividade da lei é proibida em face do direito adquirido, do ato jurídico
perfeito e da coisa julgada. Uma vez respeitados esses limites, a lei pode ter efeito retroativo, desde que
textualmente declarado.
 Principio do juiz natural – Também conhecido como principio do juiz legal, seu conteúdo jurídico implica a
necessidade de predeterminação do juízo competente, proibindo qualquer forma de designação de tribunais ou
juízos para casos determinados.
 Principio do devido processo legal – Possui sentido genérico – material e processual. Em sentido processual,
abarca o contraditório e a ampla defesa, direito ao juiz natural, o direito a previa citação, o direito à igualdade
entre acusação e defesa. Da ótica material, abrange a substancia dos atos normativos, implicando a observância
da igualdade na lei.
 Princípio da presunção de inocência – Significa que ninguém será considerado culpado até que prove o
contrário.
 Pressupostos constitucionais para a privação de liberdade – A regra é a liberdade, e sua privação, a
excepcionalidade. A privação de liberdade tem como pressupostos a prisão em flagrante delito e a ordem judicial
fundamentada, salvo as transgressões e crimes militares.
 Garantia constitucional do júri – É condição para a privação de liberdade individual, para determinados crimes.
 Princípio da não-extradição – A extradição pode acontecer em casos em que o estrangeiro, ou
excepcionalmente o brasileiro naturalizado, comete crime no exterior.
 Proibição da prisão civil – A prisão civil somente é admitida em caso de inobservância da norma penal, salvo
nos casos de inadimplemento de obrigação alimentícia e do depositário infiel.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADES
1. Vício formal – É a inconstitucionalidade no processo de realização, de formação da norma. Nada tem a ver com
seu conteúdo, ou seja, a estrutura responsável pela construção da norma possui falha. Essa ocorrência tem lugar
no processo legislativo e se divide em duas subespécies:
a) Vício formal subjetivo – Ocorre na fase de iniciativa do processo legislativo. Tendo estudado a matéria e
sabendo que iniciativa é a competência de alguém ou algum órgão para solicitar ou apresentar projeto de norma,
torna-se bem simples compreender como esse vicio se dá. Se um parlamentar apresentar um projeto de lei cuja
iniciativa compete exclusivamente ao presidente da Republica (Forcas Armadas, por exemplo), esse ato
configurará por si só uma inconstitucionalidade formal subjetiva.
b) Vício formal objetivo – Ocorre durante as demais fases do processo legislativo, ou seja, durante a elaboração
e aprovação da norma. Assim, no caso de uma norma ser aprovada por quórum inadequado com sua espécie
normativa, ou na hipótese de as Casa Legislativa não obedecerem ao numero correto de turnos para aprovação
de uma norma, estar-se-á lidando com uma inconstitucionalidade formal objetiva.
2. Vício material – Ocorre em virtude do conteúdo da norma, independentemente do procedimento das Casa
Legislativas ou de quem teve a iniciativa da norma, esta apresenta um vício insanável em termos de matéria,
ofendendo a CF em seu texto e limitações. Pode-se exemplificar essa subespécie por meio de uma proposta de
emenda tendente a abolir a forma federativa do Estado brasileiro ou qualquer das cláusulas pétreas presentes no
art. 60, § 4º, da CF.
Classifica-se em:
a) Vício material total – Ocorre quando a inconstitucionalidade contamina tido o texto da norma, tornando-a
completamente ineficaz.
b) Vício material parcial – Se apenas alguns artigos isolados da norma são inconstitucionais e, uma vez retirados,
a norma pode surtir ainda a desejada eficácia, diz-se que o vicio é parcial. Nesse caso, os artigos conflitantes
são vedados pelo legislador (preventivamente) ou em decisão judicial (repressivamente).

ESPÉCIES DE CONTROLE
Em relação ao momento de realização, o que distingue as duas espécies de controle éo ingresso da lei ou ato
normativo no ordenamento jurídico.
 Controle preventivo – Ocorre antes da publicação da norma e seu objetivo é impedir que qualquer norma
contaminada com alguma inconstitucionalidade possa adentrar o ordenamento jurídico, vilipendiando a Carta
Maior.
 Controle repressivo – Realizado depois da publicação da norma, tem o escopo de retirar do mundo jurídico-
legal qualquer norma que esteja em desacordo com o texto constitucional.
No Direito Constitucional brasileiro, em regra. Foi adotado o controle de constitucionalidade repressivo jurídico ou
judiciário, em que o próprio Poder Judiciário realiza o controle da lei ou do ato normativo, já editados, perante a CF,
para retira-los do ordenamento jurídico, desde que contrários à Carta Magna.
Há dois sistemas ou métodos de controle de constitucionalidade repressivo judiciário. O primeiro denomina-se
concentrado ou reservado (via de ação), e o segundo, difuso ou aberto (via de exceção ou defesa).

Vias de controle
Via difusa ou controle concreto
Também conhecida como via de exceção ou defesa, caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou
tribunal de realizar, no caso concreto, a analise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a CF.
Na via de exceção, a pronuncia do Judiciário sobre a inconstitucionalidade não é feita como manifestação sobre
o objeto principal da lide, mas sim sobre questão previa, indispensável ao julgamento do mérito. Nessa via, o que é
outorgado ao interessado é obter a declaração de inconstitucionalidade somente para o efeito de isentá-lo, no caso
concreto, do cumprimento da lei ou ato produzido em desacordo com a Lei Maior.
O controle difuso caracteriza-se, principalmente, pelo fato de ser exercitável apenas perante um caso concreto
a ser decidido pelo Poder Judiciário. Assim, iniciada a lide, o Poder Judiciário devera solucioná-lo e, para tanto,
incidentalmente, analisar a constitucionalidade ou não da lei ou do ato normativo.
Além das garantias constitucionais originarias, o principal instrumento de controle difuso é o recurso
extraordinário. Endereçado ao presidente do STF, é distribuído nos Tribunais de Justiça, estando sujeito a dois exames
de admissibilidade – um no próprio TJ e outro no STJ. Mesmo sendo admitido em ambos, ao chegar ao STF, poderá o
relator da turma, observando jurisprudência dominante daquela Corte, extinguir o recurso em decisão monocrática,
cabendo agravo em caso de inconformismo da parte.
É fundamental saber que o parágrafo 3º do artigo 102, inserido pela emenda 45, torna obrigatório à parte
recorrente demonstrar, para a admissibilidade do recurso, a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
caso, ou seja, deve a parte justificar o recurso levando em consideração os proveitos efetivos da coletividade em caso
de provimento.

Via concentrada ou controle abstrato


O STF tem competência para processar e julgar originalmente a representação de inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo federal ou estadual.
Por meio desse controle, procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo em tese,
independentemente da existência de um caso concreto, visando-se à obtenção da invalidação da lei, a fim de garantir a
segurança das relações jurídicas, que não podem ser baseadas em normas inconstitucionais.
A declaração de inconstitucionalidade, portanto, é o objeto principal da ação, da mesma forma que ocorre nas
cortes constitucionais europeias, diferentemente do ocorrido no controle difuso, característica básica do judicial review
do sistema norte-americano.

INSTRUMENTO DE CONTROLE CONCENTRADO


Ação direta de inconstitucionalidade (ADIn)
A finalidade da ADIn é retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo incompatível com a ordem
constitucional. Assim, não poderá a ação ultrapassar seus fins de exclusão, do ordenamento jurídico, dos atos
incompatíveis com o texto da Constituição.
A ADIn, em virtude da sua natureza é finalidade especial, não é suscetível de resistência.
Prazo – O ajuizamento da ADIn não se sujeita à observância de qualquer prazo de natureza prescricional ou de
caráter decadencial, pois os atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo decurso do tempo.
Procurador-geral da Republico – Cabe ao procurador-geral da Republica realizar o exame de admissibilidade
de cada ADIn proposta, a fim de verificar se os requisitos exigidos processual e materialmente estão nela presentes.
Esse exame tem como escopo evitar o excesso de ações com o mesmo objeto e fundamento jurídico e evitar que ações
de cunho meramente político ingressem no STF.
Advogado-geral da União – Cabe ao advogado-geral da União, em ação direta de inconstitucionalidade, a
defesa da norma legal ou ato normativo impugnado, independentemente de sua natureza federal ou estadual, pois atua
como curador especial do princípio da presunção da constitucionalidade das leis e atos normativos, não lhe competindo
opinar nem exercer a função fiscalizadora já atribuída ao procurador-geral da República, mas a função eminentemente
defensiva.
Dessa forma atuando como curador da norma infraconstitucional, o advogado-geral da União está impedido de
manifestar-se contrariamente a ela, sob pena de ofensa frontal à função que lhe foi atribuída pela própria CF e que
configura a única justificativa de sua atuação processual, nesse caso.
Legitimidade – Os autores legitimados para a propositura da ADIn encontram-se no artigo 103 da CF, a saber:
a) Presidente da República;
b) Mesa do Senado Federal;
c) Mesa da Câmara dos Deputados;
d) Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
e) Governador do Estado ou do Distrito Federal;
f) Procurador-geral da República;
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
h) Partidos políticos com representação no Congresso Nacional;
i) Entidade de classe ou associação de âmbito nacional.

Ação direta de inconstitucionalidade por omissão


Trata-se de ação que visa a combater a inercia do Estado em legislar ou regulamentar assunto previamente
estipulado no CF.
Objetivo – O objetivo pretendido pelo legislador constituinte de 1988, com previsão da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão, foi conceder plena eficácia às normas constitucionais que dependessem de
complementação infraconstitucional. Assim, tem cabimento a presente ação quando o Poder Publico se abstém de um
dever que a Constituição lhe atribuiu.
Legitimidade e procedimento – São legitimadas para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por
omissão os mesmos nove autores legitimados para propor a ADIn propriamente dita, previstas no artigo 103 da CF.
O procedimento a ser seguido pela ação direta de inconstitucionalidade por omissão é o mesmo da ação direta
de inconstitucionalidade genérica.
É importante salientar que inexiste prazo para a propositura da presente ação, havendo, porém, necessidade de
aferir-se caso a caso a existência do transcurso de tempo razoável, que já tenha permitido a edição da norma faltante.
Não é obrigatória a oitiva do advogado-geral da União na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, uma
vez que inexiste ato impugnado a ser defendido. O Ministério Público, porém, sempre deverá se manifestar, antes da
analise do Plenário, sobre a ação proposta.
É incompatível com o objeto da referida demanda a concessão de liminar.
A CF prevê que, declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providencias necessárias e, em se tratando de
órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias.

Ação declaratória de constitucionalidade (ADeC)


A EC 3, de 17 de marco de 1993, introduziu em nosso ordenamento jurídico constitucional uma nova espécie
dentro do controle de constitucionalidade.
Compete, portanto, ao STF processar e julgar, originalmente, a ação declaratória da constitucionalidade da lei
ou ato normativo federal.
A ação declaratória de constitucionalidade, que consiste em típico processo objetivo destinado a afastar a
insegurança jurídica ou o estado de incerteza sobre a validade de lei ou ato normativo federal, busca preservar a ordem
jurídica constitucional.
Nesse ponto situa-se a finalidade precípua da ação declaratória de constitucionalidade em presunção absoluta
em virtude de seus efeitos vinculantes.
Portanto, o objetivo primordial da ação declaratória de constitucionalidade é transferir ao STF decisão sobre a
constitucionalidade de um dispositivo legal que esteja sendo duramente atacado pelos juízes e tribunais inferiores,
afastando-se o controle difuso da constitucionalidade, uma vez que, declarada a constitucionalidade da norma, o
Judiciário e também o Executivo ficam vinculados à decisão proferida.
Objeto – Somente poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade a lei ou ato normativo federal,
sendo, porém, pressuposta, para ajuizamento, a demonstração, juntamente com a petição inicial, de comprovada
controvérsia judicial que coloque em risco a presunção de constitucionalidade do ato normativo sob exame, a fim de
permitir ao STF o conhecimento das alegações em favor e contra a constitucionalidade, bem como o modo pelo qual
estão sendo decididas as causas que envolvem a matéria.
A comprovação da controvérsia exige prova de divergência judicial, e não somente de entendimentos
doutrinários diversos, como consta de decisão do STF, exigindo-se a “existência de inúmeras ações em andamento em
juízos ou tribunais, em que a constitucionalidade da lei impugnada”.
Outra decisão da Suprema Corte reforça essa posição e deixa claro que, nos casos de ação com decisão
materialmente jurisdicional, “impõe-se que se faca comprovada, desde logo, a existência de controvérsia em torno da
validade ou não da lei ou ato normativo federal”.

Nota – Também fruto da Emenda 45, o parágrafo 2º do artigo 102 prevê que as decisões definitivas de mérito nas
ADIns e ADeCs devem produzir efeito contra todos e vinculante aos demais órgãos do Judiciário, assim como à
Administração Publica direta e Indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Além dessas decisões, a mesma
emenda 45 insere a SV com efeito impeditivo no sistema constitucional pátrio, desde que por decisão de 2/3 dos
membros do STF. Em caso de desobediência, cabe reclamação dirigida ao STF.

Arguição de descumprimento de preceito fundamental


A CF determina que a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da CF será apreciada
pelo STF, na forma da lei.
Trata-se, portanto, de norma constitucional de eficácia limitada, que depende de edição de lei, estabelecendo a
forma pela qual será apreciada a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição.
O congresso Nacional editou a Lei 9.882, de 3 de dezembro de 1999, em complementação ao artigo 102, § 1º,
da CF. a lei regulamentou a arguição de descumprimento de preceito fundamental da seguinte forma:
 Órgão competente para o processo e julgamento: STF.
 Legitimados ativos: São os membros co-legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade
(art. 103, I a IX, CF), ou seja, o presidente da República, a Mesa do Senado federal, as Mesas das Assembleias
Legislativas e da Câmara Legislativa, os governadores de Estado, o procurador-geral da República, partidos
políticos com representação no Congresso Nacional, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e
confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
 Hipóteses de cabimento: A lei possibilita a arguição de descumprimento de preceito fundamental em três
hipóteses:
a) Para evitar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público;
b) Para reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público;
c) Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual
ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.

O controle da constitucionalidade de âmbito estadual


O artigo 125, § 2º, da CF atribuiu às Constituições estaduais a competência para a instituição da ação direta de
inconstitucionalidade de âmbito estadual.
Neste contexto, é impossível enumerar as características dessa ação, uma vez que seus parâmetros devem ser
estabelecidos por cada uma das unidades federadas. Todavia, é possível relacionar algumas características estabelecidas
pela CF, a saber:
a) A competência para conhecimento da ação é dos Tribunais de Justiça;
b) A CF foi expressa ao vedar a legitimação para a propositura da ação de um único órgão;
c) Campo material: Normas estaduais e municipais.

ESTADO DE EXCECAO
Intervenção federal
Quando a União intervém em algum Estado membro, ela não está agindo em seu próprio nome, mas sim
representando os interesses de toda a Federação. Logo, é a Federação, por meio da União, que intervém nos Estados.
A regra é a não-intervenção, que pode ser quebrada em face de determinadas condições excepcionais
expressamente previstas no artigo 34 da CF.
Há dois tipos de intervenção federal: a espontânea, quando o presidente da Republica age de oficio, e a
provocada, quando o presidente age, conforme o caso, de forma discricionária ou vinculada.
Haverá intervenção espontânea quando da ocorrência de uma das hipóteses constantes dos incisos I, II, III e IV
do artigo 34 da CF.
No que tange a intervenção provocada, o artigo 36, inciso I, da CF estabelece disciplina especifica para a
hipótese de intervenção federal, nos termos do artigo 34, inciso IV, de nossa Lei Maior, qual seja: no caso de coação ao
Poder Judiciário, de requisição do STF.
Em se tratando de solicitação, o presidente da República não estará vinculado à decretação da intervenção
federal, devendo agir com discricionariedade. Diferentemente, quando se tratar de requisição, o presidente da República
ficará vinculado à intervenção.
Saliente-se que a intervenção federal dependerá sempre de decreto do presidente da República, especificando a
amplitude, o prazo e as condições de execução, nomeando, quando for o caso, interventor.

Intervenção estadual
O Estado não poderá intervir nos Municípios, nem a União Federal poderá intervir nos Municípios localizados
em Territórios Federais, salvo nãos hipóteses insculpidas no artigo 35 da CF.
Registre-se que as hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo 35, são de caráter espontâneo, e as dos incisos
III e IV, vinculadas.

ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO


O estado de defesa e o estado de sítio são instrumentos normativos colocados à disposição do Estado com o
objetivo de debelar situações de crise. Em outro giro, o estado de defesa e o estado de sítio são o conjunto de faculdades
públicas atribuídas ao Poder Executivo Federal, de modo a possibilitar o exercício de poderes excepcionais para superar
uma crise.
Nesse sentido, os poderes de crise devem estar em consonância com os seguintes princípios:
a) Princípio da necessidade – A declaração dos estados de defesa e de sitio fica condicionada ao preenchimento
de pressupostos fáticos que justifiquem a decretação (comprometimento da ordem publica e da paz social por
instabilidade institucional ou por calamidade pública)
b) Princípio da temporariedade – Existe uma limitação temporal à adoção das medidas necessárias para debelar
a crise.
c) Princípio da proporcionalidade – As medidas adotadas devem ser proporcionais aos fatos que justificaram a
adoção do estado de sitio ou de defesa.
Com a adoção dos princípios acima explicitados, nasce um regime de legalidade extraordinária, que, sustentado
pela CF, afasta temporariamente o conjunto de normas jurídicas regentes das relações sociais, cedendo seu lugar às
regras excepcionais.

ESTADO DE DEFESA
Embora tanto o estado de defesa quanto o estado de sítio tenham como pressuposto a superação de uma situação
de crise, é fato que as medidas adotadas quando da utilização do estado de defesa são menos gravosas que aquelas
apropriadas para o estado de sítio.
O estado de defesa outorga ao Executivo Federal poderes mais restritos do que aqueles conferidos no estado de
sitio. O estado de defesa pode ser decretado para preservar ou restabelecer, em locais determinados ou restritos, a ordem
publica ou a paz social ameaçadas por iminente instabilidade ou atingidas por calamidade pública de grandes proporções
na natureza.
São pressupostos de ordem material do estado de defesa:
a) Grave perturbação da ordem publica ou da paz social;
b) que a ordem pública ou a paz social não possam ser restabelecidas pelos instrumentos coercitivos normais.
Já os pressupostos formais são:
a) Previa oitiva do Conselho da Republica e do Conselho de Defesa Nacional;
b) Decreto do presidente da República, com tempo de duração do estado de defesa, as áreas abrangidas e quais as
medidas adotadas, dentre as seguintes: restrição aos direitos de reunião, sigilo de correspondência e de
comunicação telegráfica e telefônica, ocupação e uso temporários de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes;
c) Submissão do ato, com respectiva motivação, ao Congresso Nacional em 24 horas. Na hipótese de o Congresso
Nacional não estar reunido, será convocado, no prazo de cinco dias, com apreciação do decreto em dez dias.
Eventual rejeição implicara a imediata cessação do estado de defesa.
O estado de defesa deve, necessariamente, ficar circunscrito a uma localidade determinada, sendo vedada sua
extensão a todo o país.
No estado de defesa, as garantias de proteção da liberdade do indivíduo ficam substituídas pelas seguintes:
a) Prisão por crime contra o Estado pode ser determinada pelo executor da medida. O juiz competente será
comunicado, podendo relaxa-la;
b) A comunicação da prisão será acompanhada de declaração do estado físico e mental do preso, podendo-se
solicitar a qualquer momento a realização do exame de corpo de delito;
c) É vedada a incomunicabilidade do preso.

ESTADO DE SÍTIO
O estado de sítio é a medida mais gravosa, na medida em que seu objetivo é debelar situações aflitivas mais
graves. Pode ser repressivo ou defensivo.
Estado de sítio repressivo – Tem como pressuposto material a ocorrência de comoção grave de repercussão
nacional ou a existência de fatos que demonstrem a ineficácia do estado de defesa. Entenda-se por comoção grave aquela
que não pode ser superada por instrumento de segurança ordinária do Estado. No que diz respeito à repercussão nacional,
esse pressuposto é de singular importância, pois, a sai falta, seria a hipótese do estado de defesa. Além disso, se depois
da decretação do estado de defesa a situação de crise não for superada, após o transcurso do prazo de 60 dias, pode-se
decretar o estado de sitio.
No estado de sitio podem ser adotadas as seguintes medidas:
a) Obrigação de permanência em localidade determinada;
b) Detenção em edifícios não destinados a essa finalidade;
c) Restrições – não pode haver supressão – á inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações e à
liberdade de reunião;
d) Suspensão da liberdade de reunião;
e) Busca e apreensão em domicílios sem as formalidades constitucionais;
f) Intervenção em empresas de serviço público;
g) Requisição de bens;
Saliente-se, por oportuno, que o estado de sitio não pode ser decretado por prazo superior a 30 dias nem renovado,
a cada vez, por período superior, embora sejam possíveis sucessivas renovações.
Estado de sitio defensivo – seu pressuposto material é a declaração de estado de guerra ou a resposta a agressão
armada estrangeira. No estado de sítio defensivo, qualquer garantia constitucional pode ser suspensa, podendo ser
decretado por todo o tempo que durar a guerra ou agressão armada estrangeira.
Os estados de sítios repressivo defensivo dependem de decreto do presidente da República, após previa autorização
do congresso Nacional e previa oitiva do Conselho da Republica e do Conselho de Defesa Nacional, não vinculantes.
O decreto deverá conter o prazo de duração da medida, as normas necessárias a sua execução, as garantias que
ficarão suspensas, com expressa designação do procedimento, e, por último, as áreas abrangidas.

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