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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS – DCAN
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA DE BOVINOCULTURA
DOCENTE: Drª DÉBORA ANDRÉA EVANGELISTA
DISCENTES: IAGO ANTÔNIO ANANIAS DA SILVA
KATHERINE DA SILVA PALMEIRA
PRISCILA OLIVEIRA COSTA

RAÇAS LEITEIRAS I: ZEBUÍNAS – GIR, GUZERÁ E SINDI

Mossoró/RN
2016
INTRODUÇÃO

Zebu é um bovino da subespécie Bos taurus indicus. É originado da Índia, e


possui como característica peculiar a corcova no dorso, também chamada de cupim
ou ainda giba. No Brasil, a fama do zebu começou no século XIX, quando alguns
pecuaristas buscavam um gado que fosse capaz de se adaptar ao clima árido e quente
de algumas regiões do país. Com isso, os primeiros zebuínos puros, ou seja,
originários da Índia, foram importados para o território nacional por ricos produtores
de gado. Com sua fama se disseminando pelo país, além do incentivo de inúmeros
produtores de gado brasileiros, a pecuária zebuína ganhou espaço no mercado,
fazendo com que mais exemplares fossem importados, o que promoveu a
consolidação do zebu no Brasil.
As raças zebuínas, destacam-se das europeias por serem animais mais
rústicos, com grande resistência ao calor excessivo e à alta umidade do ar. Da mesma
forma, o gado zebu tem capacidade de utilizar com eficiência alimentos com baixa
qualidade nutricional, pastejando tanto durante o dia quanto à noite. Apesentam giba
ou cupim, estrutura anatômica localizada sobre a região da cernelha do animal,
apresentando-se mais avantajado nos machos e menos desenvolvido nas fêmeas,
além de possuírem uma pele mais fina, resistente e solta com pigmentação abundante
geralmente preta, pelos curtos e lisos que favorecem a eliminação do calor.
Nesse contexto destaca-se a importância das raças zebuínas por serem ideais
à pecuária tropical, com capacidade de se adaptarem aos diferentes biomas e para
atendimento às demandas dos mercados regionais. Há ainda a participação dessas
raças em programas de melhoramento de bovinos e bubalinos com base em testes
de progênie e na seleção por pedigree. Além disso, há ações voltadas para ampliação
da inseminação artificial e melhoria da nutrição dos animais.
Atualmente, mais de 80% do rebanho bovino brasileiro é formado por zebuínos
gerando lucro certo ao pecuarista e acelerando a economia do país.

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GIR

O gado Gir leiteiro é originário da Índia, mais precisamente da península de


Kathiawar. É um animal de dupla aptidão, ou seja, produz carne e leite. Os primeiros
exemplares da raça chegaram ao Brasil no ano de 1906 e sua importação intensificou-
se entre as décadas de 1920 e 1940. O objetivo das primeiras importações da raça
era a seleção genética visando a produção de carne no Brasil, pois o conhecimento
sobre sua capacidade leiteira ainda era pouco trabalhado.

Em outubro de 1980 foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores de Gir


leiteiro – ABCGIL. Cinco anos depois, foi criado o Programa Nacional de
Melhoramento do Gir Leiteiro, da EMBRAPA gado de leite em parceria com a ABCGIL.
O Gir leiteiro possui características favoráveis para a criação da raça em clima tropical,
dentre elas, destacam-se sua rusticidade, boa capacidade leiteira, excelente
conversão alimentar, possui temperamento dócil e boa longevidade produtiva e
reprodutiva. Possui características morfológicas bem peculiares: pelagem marrom
avermelhada, podendo ser também amarelada, pele bem pigmentada, perfil craniano
convexo com fronte larga, chifres grossos que saem para baixo e para trás.

Tabela 1 - Comparação da produtividade leiteira das raças Gir, Guzerá e Sindi.

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GUZERÁ

Foi a primeira raça zebuína a chegar ao Brasil, datada do ano de 1870.


Originária da Índia, Kankreg (como é conhecida lá) foi trazida ao Brasil pelo Barão
Duas Barras. Surgiu como uma solução para o trabalho de transporte de café, e para
produção de leite e carne.

É uma raça de dupla aptidão, rústica, possui boa conversão alimentar,


habilidade materna e boa fertilidade. Apresenta pelagem de coloração cinza que varia
de cinza claro ao cinza escuro, sendo as fêmeas de pelagem mais clara.

Possui cabeça curta, larga, com perfil cranial subcôncavo à retilíneo, com
fronte larga, chifres grandes que saem horizontalmente para fora e para cima
terminando para dentro. Orelhas médias, largas, pendentes e com ponta arredondada.
Focinho preto e narinas dilatadas. Em 22 de maio de 1956 foi fundada a Associação
Brasileira dos Criadores de Guzerá (ACGB), com sede na cidade de Uberaba/MG.
Cruzamentos com outras raças são realizados visando maior produtividade, por
exemplo: Guzonel (Guzerá + Nelore). As fêmeas são retidas para reposição da
vacada de corte e os machos são vendidos e recriados para o abate.

Tabela 2- Médias de algumas características em animais da raça Guzerá participantes


dos programas de avaliação genética para carne e leite.

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SINDI

Originária de uma região semiárida paquistanesa localizada na Província de


Sindi, numa região chamada Kohistan. As primeiras importações da raça no Brasil
ocorreram no ano de 1850. Em 1930, Ravisio Lemos comprou alguns exemplares, e
em 1952 Felisberto de Camargo, Diretor do Instituto Agronômico do Norte trouxe
exemplares da raça em um avião inglês fretado. Foi importada para suprir a demanda
de leite, queijo e manteiga no Norte e Nordeste do Brasil.

Esta raça apresenta pelagem de cor avermelhada com pequenas pintas


brancas na barbela, testa e ventre. Possui dupla aptidão, porte menor em comparação
à outras raças zebuínas, boa produtividade e prolificidade. Por ter sido originada em
região semiárida, é um animal rústico, bem adaptado à climas quentes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A criação dessas raças no Brasil torna-se importante pelo fato de serem


animais com boa adaptabilidade às variações climáticas do país, principalmente no
que se refere a região Nordeste, pois são animais resistentes à escassez de
alimentos, possuem boa conversão alimentar, alta produtividade e prolificidade. No
que se refere a produção leiteira, a raça Gir se destaca com uma maior capacidade
de produção sobre as raças, Sindi e Guzerá.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em 10 de fevereiro de 2016.

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http://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/bovinos/curiosidades-gado-zebu.pdf/>.
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em:<http://www.portalklff.com.br/publicacao.asp?id=1084&Conhecendo%20a%20ra
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http://pt.slideshare.net/fazendatatuape/histria-do-nelore-parte-2/>. Acesso em 16 de
fevereiro de 2016.

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