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FUNDAÇÕES
Aracaju - SE
SETEMBRO, 2018
CAMILA JACIRA SANTOS ANDRADE
LUDMILA DOS SANTOS DA SILVA
RAHISA RODRIGUES NUNES FERREIRA
VANESSA ALMEIDA BARROS
FUNDAÇÕES
Aracaju - SE
SETEMBRO, 2018
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
2.1. FUNDAÇÕES 5
2.1.1. SAPATAS 6
2.1.1.1. SAPATA ISOLADA 6
2.1.1.2. SAPATA CORRIDA 8
2.1.1.3. SAPATA ASSOCIADA (OU RADIER PARCIAL) 9
2.1.1.4. SAPATA COM VIGA DE EQUILÍBRIO OU ALAVANCA 10
2.1.2. BLOCO 11
2.1.3. RADIER 12
2.1.4. ESTACAS 13
2.1.4.1. ESTACA DE MADEIRA 13
2.1.4.2. ESTACA METÁLICA 14
2.1.4.3. ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO 14
2.1.4.4. ESTACA MEGA 15
2.1.4.5. ESTACA TIPO BROCA 16
2.1.4.6. ESTACA TIPO FRANKI 17
2.1.4.7. ESTACA TIPO STRAUSS 18
2.1.4.8. ESTACA HÉLICE CONTÍNUA 18
2.1.4.9. ESTACA TIPO RAIZ 19
2.1.5. TUBULÕES 20
2.1.5.1. TUBULÃO A CÉU ABERTO 20
2.1.5.2. TUBULÃO À AR COMPRIMIDO 21
3. METODOLOGIA 22
3.1. DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 22
3.1.1. DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS 22
3.1.1.1. SAPATAS ISOLADAS COM CARGAS EXCÊNTRICAS 23
3.1.1.2. SAPATA EXCÊNTRICAS DEVIDO AO MOMENTO FLETOR 24
3.1.1.3. SAPATA DE DIVISA COM VIGA DE EQUILÍBRIO 24
4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 25
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
3
1. INTRODUÇÃO
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. FUNDAÇÕES
5
mínimo 3 m, salvo justificativa. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões
e os caixões”. (NBR 6122)
2.1.1. SAPATAS
Pereira, 2018 afirma que a sapata é uma fundação rasa com capacidade de carga
baixa a média. Sua utilização é indicada caso as sondagens de reconhecimento do subsolo
indiquem a presença de argila rija, dentre outros.
Esse tipo de sapata, o centro de gravidade da sapata deve ser o mesmo que o centro
de aplicação de ação do pilar. De acordo com a NBR, a menor dimensão dever ser ≥
60cm, sendo a relação entre os lados da sapata (L1/L2) ≤ 2,5.”
Bolonha, 2013 diz que “a isolada consiste em transmitir ações de um único pilar,
que pode estar centrado ou é do tipo não alongada. Ele pode ter formato quadrado,
retangular, circular, sendo sua altura constante ou que fique variando linearmente entre as
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faces do pilar à extremidade da base. Em geral são feitas como forma de tronco de
pirâmide.”
Imagem II: Exemplos de sapatas
“As ações que comumente ocorrem nas sapatas são a força normal (N), os
momentos fletores, em uma ou em duas direções (Mx e My), e a força horizontal (H)”
(Bastos, 2016).
Imagem III: Ações nas sapatas isoladas
Fonte: Notas de Aula, Sapatas de fundação do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2016.
“No caso de sapata isolada sob pilar de divisa, e quando não se faz a ligação da
sapata com um pilar interno, com viga de equilíbrio por exemplo, a flexão devido à
excentricidade do pilar deve ser combatida pela própria sapata em conjunto com o solo.
São encontradas em muros de arrimo, pontes, pontes rolantes, etc.” (Bastos, 2016)
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Imagem IV: Sapata isolada de divisa.
Fonte: Notas de Aula, Sapatas de fundação do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2016.
Segundo a NBR 6122, a sapata corrida é a que está sujeita a uma ação distribuída
linear.
Bolonha, 2013 afirma que “esse tipo é empregado normalmente para receber ações
verticais de muros, paredes e elementos alongados que transmitam carregamentos
uniformemente distribuído numa só direção. Sua dimensão é a mesma de uma laje armada
em uma direção. Sua execução é nível fácil e não é necessário muito esforço, tendo seus
poços cavados até mesmo com a mão, dependendo do projeto arquitetônico, e de fundura
rasa. Normalmente executado com concreto ciclópico, que é concreto + pedra de mão.
Segue as paredes da edificação.”
Imagem V: Sapata corrida.
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Para Bastos, 2016, “As sapatas corridas são comuns em construções de pequeno
porte, como casas e edificações de baixa altura, galpões, muros de divisa e de arrimo, em
paredes de reservatórios e piscinas, etc. Constituem uma solução economicamente muito
viável quando o solo apresenta a necessária capacidade de suporte em baixa
profundidade”.
Para diferenciar a sapata corrida da sapata isolada retangular, a sapata corrida é
aquela com comprimento maior que cinco vezes a largura (A > 5B).
Fonte: Notas de Aula, Sapatas de fundação do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2016.
“Sapata comum a vários pilares, cujos centros, em planta, não estejam situados
em um mesmo alinhamento.” (NBR 6122)
De acordo com Bolonha, 2013, “as sapatas associadas transmitem as ações de dois
ou mais pilares adjacentes”. Normalmente seu recurso é procurado quando não é capaz,
por falta de espaço ou por estarem muito próximos, a utilização de sapatas isoladas para
cada um dos pilares que foram associados. Quando estão muito próximas, suas bases
ficariam sobrepostas ao fazê-las isoladas em planta, nesse caso usa-se o recurso da sapata
associada, recebendo as ações de dois ou mais pilares e dentro do espaço correto.
Normalmente, o centro de aplicação das cargas que chegam dos pilares está no
centro de gravidade da sapata. Para casos de carregamento uniformes e simétricos, as
sapatas associadas viram uma só de base retangular simples, mas quando as cargas dos
pilares têm uma diferença muito grande, é necessária a projeção de uma sapata trapezoidal
ou uma sapata retangular com balanços livres diferentes.
Imagem VII: Sapata associada sem viga de rigidez.
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Fonte: Notas de Aula, Sapatas de fundação do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2016.
Fonte: Notas de Aula, Sapatas de fundação do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2016.
10
Fonte: Blog Construir. Rafael de Oliveira Bolonha, 2013.
2.1.2. BLOCO
Pereira, 2018 assegura que “O bloco é uma fundação rasa recomendada para
pequenas obras em solos com boa capacidade de suporte. Podem ser realizados com
concreto simples, usinado ou ciclópico”.
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Imagem X: Esquema de bloco de fundação
2.1.3. RADIER
Os radiers são caracterizados como “um tipo de fundação rasa que se assemelha
a uma placa ou laje que abrange toda a área da construção.
As fundações em radier são lajes de concreto armado em contato direto com o
terreno que recebe as cargas oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e
descarregam sobre uma grande área do solo.
Comumente, o radier é escolhido para fundação de obras de pequeno porte. O
radier apresenta vantagens como baixo custo e rapidez na execução, além de redução
de mão de obra comparada a outros tipos de fundações superficiais ou rasas.
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Fonte: Site Escola Engenharia. Caio Pereira, 2018.
2.1.4. ESTACAS
tipos:
● Estacas de Deslocamento;
● Estacas Escavada.
Estaca de pré-moldadas;
Estacas de Madeira;
Estacas Metálicas;
Estacas Tipo Franki.
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2.1.4.2. ESTACA METÁLICA
civilizações antigas até os dias de hoje. A estacada de madeira tem por definição um
tronco de madeira esbelto e com poucas ondulações em sua estrutura. Seu uso está cada
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vez mais escasso por conta da dificuldade de ser encontrar madeira de boa qualidade nos
dias atuais. Essa estaca é geralmente cravada por percussão, através de pilões que são
soltos em queda livre. Sua durabilidade é ilimitada quando cravada totalmente abaixo do
nível da água, caso seja submetida a variações do nível da água e tenha contato com ar,
deve ser protegido para não sofrer danos durante a cravação. A ponta da estaca deve ter
camadas resistentes do solo. A cravação desse tipo de fundação é executada com martelo
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Imagem XIV: Estaca Mega
A estaca tipo broca é definida como uma estaca utilizada somente para
fundações com uma profundidade de até 4 metros alcançada (simples residências, por
exemplo), com o auxílio de trado e sendo preenchida posteriormente por concreto.
Essa estaca é realizada manualmente e pode ser analisada na imagem 16 que se segue
(NBR 6122):
16
2.1.4.6. ESTACA TIPO FRANKI
De acordo com a NBR 6122, essa estaca profunda citada é cravada no momento
de sua execução, utiliza-se uma base alargada ou bulbo com preenchimento de um
material granular ou com concreto, com o auxílio de um pilão, o qual permite se dar
golpes na mesma. O fuste dessa estaca é moldado através de um elemento já pré-
moldado ou então com revestimento perdido (ou não) no devido terreno.
Sua capacidade de carga chega a ser consideravelmente alta, conseguindo
trabalhar com o alcance de grandes locais profundos, independentemente se atingirem
ou não o lençol freático. O Site Meia Colher, afirma que enquanto essa estaca é
executada, a vibração do solo chega a incomodar em certa escala; já a respeito da área
necessária para o bate estacas, deve-se gerar bastante atenção para a mesma, visando
prevenir futuras problemáticas; o concreto do fuste, por sua vez, também merece
devida atenção, já que existe a possibilidade de falhas no controle, e tudo isso implica
numa mão de obra extremamente especializada e de confiança. Na imagem 17 a seguir,
é identificada a fundação profunda em questão:
17
2.1.4.7. ESTACA TIPO STRAUSS
Por meio de balde sonda, conhecido como piteira, esta fundação profunda é
realizada, atendendo ao uso de alguns revestimentos recuperáveis e também
posteriormente à concretagem seguinte; segue a recomendação pela NBR 6122.
Por causa do equipamento que é usado nesta fundação (o qual não gera
vibrações, contudo, não pode ser praticada em profundidades que interfiram em
demasia com o lençol freático), é importante que ela só seja utilizada em ambientes
confinados ou terrenos que estejam acidentados, afirma o Site Meia Colher.
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Imagem XVIII: Procedimento Executivo da Estaca Hélice Contínua
Ainda segundo o Site Meia Colher, essa perfuração da estaca é realizada com um
tubo de revestimento e o material escavado é eliminado constantemente, por meio de
uma corrente fluida (que pode ser de lama betonítica, ar ou água), a qual quando é
introduzida pelo tubo, reflui através do espaço que fica entre a tubulação e o terreno.
Essa fundação tem pequeno diâmetro e é concretada in loco, sendo perfurada por
rotação ou roto percussão, verticalmente ou inclinadamente. Na imagem XIX que se
segue, a mesma pode ser analisada:
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2.1.5. TUBULÕES
20
2.1.5.2. TUBULÃO À AR COMPRIMIDO
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3. METODOLOGIA
FÓRMULAS:
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3.1.1.1. SAPATAS ISOLADAS COM CARGAS EXCÊNTRICAS
A B
e< ou ;
6 6
F Be
Tmax = (1 + )
AB B
F Be
Tmin = (1 − )
AB B
A B
e= ou ;
6 6
2F
Tmax =
AB
B B
< e ≤ ;
6 2
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3.1.1.2. SAPATA EXCÊNTRICAS DEVIDO AO MOMENTO FLETOR
Neste tipo de sapata a viga é utilizada para equilibrar o peso exigido a sapata
de divisa, deste modo é gerado uma excentricidade nela, onde para determinação
verificar a tensão na sapata será necessário recorrer ao diagrama do corpo livre e as
equações de equilíbrio. Dessa forma, temos:
4. DISCUSSÕES E RESULTADOS
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Situação: Construção de um galpão industrial com locação dos pilares presente
no arquivo DWG “Locação dos pilares- Galpão Industrial”. Região com baixa incidência
de edificações, mas possuindo altos relevos. Solo superficial de baixa resistência ao
suporte de carga.
Ensaio SPT: O ensaio de SPT foi realizado em 3 pontos do terreno. O SP01 foi
realizado no centro do terreno. O SP02 entre os pilares 41 e 54 e o SP 03 entre os pilares
06 e 07. Todos os pontos foram executados até a profundidade de 6m.
Grupo 04: : P21, P23, P25, P27, P28, P31.
1. Volume de Ponta
200𝐿
Vp= = 0,2m³
100
K=0,8Mpa
Α=2,0%
F1= 2,5
F2=5,0
NSPT=10
2. Raio da Circunferência
4
V= .π.R³
3
4
0,2= 3.π.R³
R= 0,36m
3. Área de Ponta
Ap=π.R²
Ap=π.0,36²
Ap=0,41m²
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4. Resistência de Ponta
𝐾.𝑁𝑆𝑃𝑇
Rp= 𝐹1
0,8.10
Rp= =3,2 Mpa
2,5
Ponta
PP= Δp.rp
PP=0,41.3,2
PP=1,31 MN ➡1,31.100 = 131 KN
Ponto de Atrito
PL= U. Σ . ΔL.RL
U=Perímetro
ΔL=Variação de comprimento lateral
RL= Resistência Lateral
0,35
U ➡ U=2Πr=( )=1,1m
2
Logo, PL=1,1.71,60
PL=78,76 KN
Ponto de Resistência
PR=PP+PL
PR=1310+78,76=1388,76 KN
Pressão Admissível
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Número de Estacas
JUSTIFICATIVA
Foi escolhida a estaca Franki de acordo com o solo que se caracteriza por alto
relevo, solo superficial, baixa resistência ao suporte de carga, tensão, carga usual, carga
máxima. Ela se destaca pelo fácil acesso, grandes profundidades alcançadas e a alta
capacidade de carga da estaca. Só é necessário tomar cuidado porque esse tipo de
fundação provoca grandes vibrações, possível rompimento do fuste e não é recomendada
em terrenos que possuem muitos matacões, inclusive, por essas desvantagens que se tem
mais convicção quanto a escolha, pois, o local destinado a obra não é muito povoado.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Bastos, Paulo Sérgio dos Santos. Blocos de Fundação – Apostila da
https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/ Acessado em
14/09/2018;
https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ceu-aberto/ Acessado em
14/09/2018;
Blog para auxílio aos novos engenheiros. Fundações rasas. Disponível em:
http://sapatacorridaanchieta.blogspot.com/2016/05/estaca-strauss-25-de-maio-de-
2015.html Acessado em 17/09/2018;
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