Vous êtes sur la page 1sur 26

POR QUE O ANO É NOVO?

PENSANDO O TEMPO

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de


ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a
funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser
humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente.
Roberto Pompeu de Toledo, jornalista.

Na época em que mais um ano velho morre, para logo nascer outro novo, esse
pensamento do grande poeta mineiro norteará o presente texto. Para tal abordaremos
os costumes e símbolos ligados à passagem de ano.
Universalmente festejado desde tempos antigos - o Ano-Novo - independente da data em que
é comemorado, marca a transição de um ciclo de vida para outro, fechando um capítulo e
abrindo outro no misterioso livro da existência.

As datas variam em função do país, fatores climáticos, conjunções planetárias, posição de


determinada estrela, mudanças de estações, festas religiosas, datas do calendário agrícola ou
pastoril, enchentes de rios, chegadas das monções ou das chuvas [...]. Por outro lado, a noção
de fim ou início de um ano-calendário tinha importância para os povos antigos cuja
sobrevivência dependia do clima e das variações no fornecimento de alimentos.

[Terceiro Tempo, jornal do aposentado e do servidor público. Rio de Janeiro: nº 492, 16 a


31.12.2012, editorial, p. 1].

Primeiro veremos como começou a definição de tempo.

Tempo, em sua definição científica, é uma parte do sistema de medição utilizado para
seqüência de eventos, para comparar as durações dos eventos e os intervalos entre eles,
e para quantificar as taxas de variação, como o movimentos dos objetos.
Nos tempos antigos as pessoas contavam o tempo de forma bem menos imprecisa do
que hoje, por motivos, sobretudo, agro-pastoris ou religiosos. Os festejos pela
passagem de ano são exemplos disso. Assim, o estudo do céu, tempo, espaço, enfim,
do universo estava ligado à mitologia e astrologia.

Provas da medição do tempo na "Pré-História":

Nas cavernas de Lascaux, no Centro-Sudoeste da França (próximo a


Montignac), pinturas rupestres, de c.17 mil anos, marcavam, com pontos,
a duração das semanas (através das fases da lua) e das estações do ano
com o aparecimento, por exemplo, das constelações Ursa Menor e Plêiades
em certo alinhamento, dando início ao ano daqueles homens antigos.

Para uma sociedade de caçadores, pescadores, criadores de animais,


coletores e agricultores; pinturas de cervos no cio, éguas prenhas, bisões
imigrando e períodos de seca e chuva indicavam importantes fases anuais
para a sobrevivência.

Sincronizavam os ritmos biológicos dos animais e do clima das estações do


ano com os ritmos astronômicos.

Os pontos alinhados à esquerda do animal de chifres representam fases lunares, e à direita, as


constelações que davam início ao ano.

A partir do momento em que os homens passaram a contar o tempo, o hábito


de se comemorar o ano novo iniciou-se logo após. A contagem do tempo era
importante às primeiras civilizações que tinham que produzir maior quantidade
de alimentos, desenvolvendo técnicas agropecuárias mais avançadas, a fim
de sustentar populações maiores, diferente das pequenas tribos.

No antigo Egito, o início do ano era determinado pela cheia do rio Nilo,
período que antecede a semeadura, sobretudo do trigo, nas terras férteis
do kemet ("terra negra" devido à matéria orgânica trazida nas cheias). Isso
ocorria entre setembro e fevereiro, época do outono e inverno no Hemisfério
Norte.

O mais antigo calendário solar foi criado pelos egípcios em 4236 a.C., que dividia o ano em 36
grupos de 10 dias, mais cinco suplementares dedicados às festas, acrescentando-se mais um
dia a cada quatro anos.

PARA A CIVILIZAÇÃO MAIA E EGÍPCIA, O ANO NOVO ERA EM JULHO


O fato dessa data ser a do Novo Ano tem base numa data que se relaciona tanto com o
Encantamento do Sonho como com uma profecia dos Chilam Balam [espécie de livro sagrado
dos maias]; ela corresponde à subida da estrela Cão, de Sírio, em companhia do Sol, o que
ocorre anualmente a 26 de Julho. Este auspicioso alinhamento de Sírio com o Sol - que marca
também o início do novo ano do calendário de 13 luas do egípcio Thot - assegura a
propagação de luz e de informação em abundância sobre a Terra. Sendo a estrela fixa mais
brilhante do céu, Sírio é, há muito, vista como ligação a um estado de consciência de uma
dimensão mais elevada que auxilia a aceleração da evolução do nosso planeta e que está
associada ao Princípio Feminino do Divino.
Post de Lúcia Padilla Gatto em 25/07/2011 via Facebook.

Na Mesopotâmia (território onde em sua maior parte está o Iraque atual), há


dois mil anos antes da Era Cristã, as pessoas já festejavam a chegada do
ano. Ela acontecia porém no início da primavera do Hemisfério Norte (abril-
maio), época em que novas safras são plantadas. Dessa forma, o ano
sempre renascia ou recomeçava junto com a estação, no início das colheitas.
Além disso, para os mesopotâmicos, no final do ano terríveis "monstros"
despertavam (veremos algo parecido com o "dragão" da cultura chinesa) e
deviam ser combatidos por Marduk, a maior divindade deles.

O festejo era chamado de Zagmug e durava 12 dias. Junto com o ano novo
chega o inverno no Hemisfério Norte e com ele os tais "monstros do caos".
Para provar sua fidelidade, o próprio rei deveria oferecer-se em sacrifício a
Marduk, visto que era necessário que lutasse ao lado do deus no Além.

A fim de preservar a vida do soberano, um homem comum - geralmente um


criminoso - era escolhido para ser vestido e tratado como o rei, e depois
sacrificado, levando, também, todos os "pecados" do povo consigo (esse tipo
de sacrifício humano foi adotado na Roma antiga, porém, durante os festejos
ao deus Momus: os ancestrais do carnaval atual).

Na Pérsia e Babilônia, a festa chamava-se Sacaea. Os festejos iniciaram a


tradição das resoluções ou promessas feitas durante a passagem de ano.

Séculos depois, os gregos e romanos (de quem herdamos a cultura) também


passaram a festejar a passagem de ano. A renovação da natureza, a
primavera, em março (no Hemisfério Norte), indicava o começo do ano.
O calendário solar juliano, que substituiu o calendário romano antigo, foi criado por Júlio César
em 46 a.C. e determinava o início do ano em março. O calendário corrigia as dificuldades
encontradas na contagem do ano lunar. Esse calendário foi usado na Europa por séculos até
ser substituído pelo atual (gregoriano) no século XVI.

Os celtas, diversas tribos europeias da Antiguidade, comemoravam o início do


ano em 31 de outubro, durante o sambain, quando a metade clara se encontra
com a metade escura do ano (passagem da primavera para o outono).

Para tentar entender os fenômenos astronômicos – que determinam, por exemplo, o


calendário solar e os dias, ou seja, a contagem do tempo - os antigos povos greco-
romanos, através de suas lendas, personificaram ou animalizaram elementos como
as estações e constelações.

... Febo [ou Apolo, o deus-Sol], vestido de púrpura sentava-se em um trono que brilhava
tanto quanto diamantes. À sua direita e à sua esquerda estavam o Dia, o Mês, e o Ano, e,
a intervalos regulares, as Horas. A primavera tinha a cabeça coroada de flores, o Verão
estava quase nu, tendo apenas uma grinalda feita de espigas de cereais maduros, o
Outono tinha os pés manchados [com o sumo de uvas pisadas, em um tonel, para produzir
o vinho] [...], e o gelado Inverno tinha o cabelo endurecido pela geada branca.

[BULFINCH, Thomas. O livro da mitologia: histórias de deuses e heróis. Trad. Luciano


Alves Meira. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 64, com adições].
Faetonte na carruagem de Apolo (c.1720), de Nicolas Bertin. Museu do Louvre, Paris.

Apolo, em conversa com o filho, Faetonte, esclarece como conduz sua fulgurante e
incandescente carruagem (o sol) pela abóbada celeste.

[...] o céu está sempre girando e levando as estrelas consigo. Tenho de estar
perpetuamente atento para não ser arrastado por esse movimento.[...] Talvez creias que
haja florestas, cidades, moradas de deuses e palácios no caminho. Ao contrário, a estrada
passa por entre monstros aterradores: entre os chifres do Touro [constelação], em frente ao
Arqueiro [Sargitário], próxima à boca do Leão, e ao alcance das garras do Escorpião, de
um lado, e do Caranguejo [Câncer], do outro.
[Idem, p. 65, com adições]

Outro motivo que levou os gregos antigos a buscarem uma melhor contagem do
tempo foram os jogos olímpicos:

Não parece fora de propósito mencionar aqui os outros jogos nacionais que eram realizados na
Grécia. Em primeiro lugar, havia os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas, estabelecidas, segundo a
tradição, pelo próprio Júpiter, e se realizavam em Olímpia, na Elida. Acorriam inúmeros
espectadores, de todas as partes da Grécia, bem como da Ásia, África e Sicília. Os jogos
realizavam-se no verão, de cinco em cinco anos, e duravam cinco dias. As Olimpíadas
serviam, ainda, para marcar o tempo no calendário. A primeira Olimpíada realizou-se, segundo
se acredita, no ano 776 a.C.

[p. 190]

Os povos escandinavos, a exemplo dos vikings, em sua mitologia sobre a criação do


mundo, afirmavam que Odin [o Zeus escandinavo]estabeleceu [...] os períodos do dia e da
noite, e as estações, colocando no céu o Sol e a Lua e lhes determinando os respectivos
cursos [p.381, com adição].

Acreditavam que todo o universo era sustentado por um freixo (árvore) imensurável
chamado Ygdrasil. Uma de suas raízes se infiltrava pelo Asgard (morada dos deuses,
espécie de Olimpo) e era cuidada por certas "personificações do tempo": [as] três Norns,
deusas consideradas como donas do destino. Eram Urdur (o passado), Verdande (o presente)
e Skuld (o futuro) [ibidem, com adição].

Lembramos que os anglo-saxões (britânicos, estadunidenses, canadenses, australianos


etc.) são descendentes de povos escandinavos e germânicos. Os deuses de seus
ancestrais nomearam alguns dias da semana: de Odin, que por vezes era chamado de
Woden, surgiu o termo Wednesday (quarta-feira, em inglês); do filho mais velho de Odin,
Thor, derivou-se Thursday (quinta-feira), e de Freya (quase uma vênus escandinava)
surgiu Friday.

CAUIM: O "CHAMPANHE" DAS PRIMEIRAS FESTAS DE "FIM DE ANO" NO BRASIL

Antiga gravura europeia retratando uma festa do cauim entre tupinambás no século XVI.
A bebida era produzida a partir da fermentação de frutos, grãos ou raízes nativos feita por
micro-organismos presentes na saliva humana: as jovens e mais belas mulheres eram
escolhidas para mascar os vegetais, que depois eram cuspidos em tigelas de barro, misturados
à água e deixados por alguns dias para que a fermentação natural produzisse álcool ao líquido.
Diferente do champanhe, o cauim tinha que ser bebido morno, mantido aquecido pelo calor de
uma fogueira próxima.

Nas antigas tribos tupinambás que habitavam o litoral brasileiro, até o final do século XVII
(época em que foram praticamente extintas pelos colonizadores portugueses), havia grandes
festas regadas a kaûi oucauim: bebida alcoólica fermentada (como a cerveja ou vinho) feita
principalmente de caju ou milho nativo. O amadurecimento desses vegetais na natureza, aqui
no Brasil, ocorre no auge do verão, por volta da virada do ano: entre dezembro e janeiro. Os
missionários cristãos, jesuítas, podem ter adaptado esses festejos nativos às festas de fim de
ano celebradas pelo calendário cristão, do Natal e Ano Novo, durante o processo de
catequização.

Vejamos a noção de tempo utilizada no Ocidente.

Nas sociedades antigas e medievais, nas quais a divisão entre o dia e a noite importava
mais do que nas sociedades contemporâneas acostumadas com o uso da luz artificial, a
contagem das horas começava com o nascer do sol. Este marcava o início da primeira
hora e o pôr-do-sol ocorria ao final da décima segunda hora (12h, a metade de 1 dia).
Com isso a duração das horas variava de acordo com a estação.
Por que o número 12 (doze) organiza certos aspectos do tempo?
Eis uma possibilidade, por causa da religião:
Cópia de pintura medieval grega representando os Doze Apóstolos
(parece que tal número de discípulos não foi estabelecido por acaso).

O número doze é muito significativo em diversas sociedades.

Os babilônios estabeleciam sua base numérica no doze e não na escala decimal, como a
nossa. Deles herdamos, por exemplo, os doze meses do ano, doze horas diurnas, doze horas
noturnas, doze signos e doze casas do zodíaco.

Os caldeus, os etruscos e os romanos (destes últimos vieram as bases das culturas ocidentais
atuais) dividiam seus deuses em doze grupos. E doze eram os Trabalhos de Hércules.

Na tradição judaico-cristã, o doze é uma cifra sagrada, um símbolo de pleno sentido, já que
eram doze os apóstolos, doze as tribos de Israel, doze as pedras preciosas do peitoral do sumo
sacerdote, doze as portas da cidade de Jerusalém, Adão e Eva foram expulsos do Paraíso às
12 horas do meio dia etc.

Doze vezes 30 graus formam os 360 graus da circunferência.

A escala musical está formada por doze graus cromáticos, as sete notas básicas mais os
"sustenidos" da mesmas (do, do#, re, re#, mi, fa, fa#, sol, sol#, la, la#, si). O compositor
austríaco modernista Arnold Schönberg aperfeiçoou a escala em seu sistema dodecafônico
serial.

Fonte: http://www.revistasextosentido.net/news/o-numero-12/

Sobre outras possibilidades da escolha dos números 12, 24, 30 e 60 na contagem do


tempo, ver explicações mais abaixo.

Aliás a palavra "oração" (prece religiosa) nasceu do termo "hora" (neste caso, canônica
ou litúrgica). A partir da Idade Média, os clérigos e demais crentes faziam suas orações
e demais atividades ao logo das 24h através de ofícios diurnos e noturnos.

Eis um exemplo nas horas dos monges beneditinos do século XIV:


Matinas ou Vigiliae (vigílias) - Entre 2:30h e 3h;
Laudes (antigos matutinos) - Entre 5h às 6h, de modo a terminar ao clarear do dia;
Primeira ou Prima - Cerca de 7:30h, pouco antes da aurora;
Terceira ou Terça - Por volta das 9h;
Sexta - Meio-dia (num mosteiro onde os monges não trabalhavam nos campos, no
inverno, era apenas a hora da refeição);
Nona ou Noa - Entre 14h e 15h;
Vésperas - Em torno de 16:30h, ao pôr-do-sol (a regra prescreve que se faça a ceia
quando ainda não desceu a escuridão);
Completas - Em torno das 18h (até as 19h os monges se recolhem).
(ECO, Umberto. O Nome da Rosa. Trad. Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de
Andrade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983, 31ª ed., p. 17, com adições)

O Calendário ou Ano Litúrgico da Igreja Católica é cíclico. Várias datas religiosas


importantes, a exemplo da Quaresma e Semana Santa (que geralmente ocorrem entre
fevereiro e abril), são móveis.

O Ano Litúrgico, que é diferente do calendário civil, é composto por dois grandes ciclos, Natal e
Páscoa, e por um longo período de 33 ou 34 semanas, chamado Tempo Comum. O ciclo do
Ano Litúrgico tem início no Advento, preparação para a comemoração da chegada de Cristo
(Natal), que acontece após quatro semanas. Na semana seguinte, celebra-se a Epifania. O
ciclo litúrgico natalino termina com a celebração do Batismo do Senhor, início da missão de
Jesus que culmina com a Páscoa. Após o Batismo do Senhor, inicia-se a Primeira Parte do
Tempo Comum que se estende até a terça-feira anterior à Quarta-Feira de Cinzas. O Ciclo da
Páscoa começa na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, quando se inicia a Quaresma
(período de quarenta dias para recolhimento e castidade dos fiéis). No final, há a Semana
Santa, que começa no Domingo de Ramos, lembrança da entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém. De sexta a domingo celebra-se o Tríduo Pascal, com a Santa Ceia (quinta), a
Paixão (sexta), a Vigília (entre sexta e sábado), o Sábado de Aleluia e a Ressurreição do
Senhor (domingo). Cinquenta dias após a Páscoa há a solenidade do Pentecostes, que
assinala, do ponto de vista do Clero, o nascimento da Igreja (com a presença do Espírito Santo
aos Apóstolos e a Virgem). A Segunda Parte do Tempo Comum começa na segunda-feira após
o Domingo de Pentecostes, e se estende até o sábado anterior do primeiro domingo do
Advento, encerrando assim o ciclo. A cada ano a Igreja propõe diferentes leituras retiradas dos
Evangelhos Sinóticos (aceitos pela Igreja Católica). O Ano A está centrado em Mateus, o Ano B
em Marcos, o Ano C em Lucas, com inserções de João (também presente na liturgia de
ocasiões especiais). Exemplo: os anos 2013, 2014 e 2015 foram A, B e C respectivamente.

Fonte: "Folha Paroquial", Paróquia da Santíssima Trindade-Flamengo, Rio de Janeiro: Ano


XXIII, novembro de 2015, No 213, p.8.

No chamado tempo italiano a primeira hora se inicia com o pôr-do-sol. As horas eram
numeradas de 1 a 24, perfazendo, assim, 1 dia completo. Essa forma de contá-las possuía a
vantagem de mostrar facilmente quantas ainda restavam sem a necessidade do uso de luz
artificial. Introduzida na Itália durante o século XIV, foi de uso comum até o século XVIII
e XIX em algumas regiões. Fonte: Wikipedia

Nossa concepção ocidental de horário surgiu no ritmo dos sinosdas igrejas, mosteiros e
abadias. O estudo sobre o tempo e o desenvolvimento de mecanismos da
contagem dele, no início, eram necessários para melhor orientar as pessoas para
ocotidiano religioso.
Dando corda no relógio (1875-80), de Alfred Stevens.
Com o tempo, produziram-se elegantes "contadores de tempo".

A RELIGIÃO TAMBÉM INFLUENCIOU O TEMPO


COM A LUA, A SEMANA E O SÁBADO
A lua não dura exatamente uma semana e portanto, por volta do século VI a.C., foi criado
o calendário com três semanas de sete dias e uma semana de oito ou nove dias, pois foi
sincronizado exatamente os dias da semana com as fases lunares.

Os babilônicos e judeus consideravam sagrado o sétimo dia da semana, e acreditavam


que justo este era o “dia de azar”. Por isso os mesmos ficavam em casa para evitar
qualquer acontecimento ruim.

A palavra "sabático" foi acrescentada pelos hebreus, pois shabbat significa "repouso"
ou "cessar" (as atividades), ou seja, o sábado. Tempos depois, aquela semana que tinha
oito ou nove dias começou a ter sete (número cabalístico), e tudo se igualou para que
fosse o sétimo dia o de descanso (lembram do sétimo dia da Criação quando Deus
resolveu descansar, em Gênesis 2:2?).

Essa mudança foi oficializada pelo imperador Constantino, em 321 d.C, e devido à
influência do Império Romano, o padrão foi considerado em diversos cantos do mundo e
é mantido até os dias de hoje.

Fonte: http://www.ligadosnanet.com/curiosidades/saiba-por-que-a-semana-e-dividida-em-sete-
dias/

Muitos povos agrícolas e nômades determinavam seu ciclo anual em função dos movimentos
da lua. Os mais antigos calendários eram os lunares, porém, com o passar do tempo, as
autoridades religiosas acrescentaram mais meses [...]. Devido à divergências nos cálculos e
critérios adotados, surgiram calendários mistos soli-lunares até que, finalmente, a maior parte
dos países adotou o calendário solar

[Terceiro Tempo, Idem].


O AFASTAMENTO GRADUAL DA LUA E DIAS MAIS LONGOS

Você certamente não percebeu, mas a Lua está se afastando de nós.

O satélite da Terra está atualmente 18 vezes mais longe do que quando se formou, há 4,5
bilhões de anos.

Sem a Lua, nosso planeta seria irreconhecível. Os oceanos quase não teriam marés, os dias
teriam outra duração e nós poderíamos não estar aqui, de acordo com alguns cientistas que
acreditam que a Lua foi fundamental para o início da vida em nosso planeta.

Mas como esse afastamento nos afeta e com que rapidez ele está ocorrendo?

A Lua, como explica à BBC a pesquisadora Margaret Ebunoluwa Aderin-Pocock, do


Departamento de Ciência e Tecnologia do University College de Londres, está se afastando da
Terra a uma velocidade de 3,78 centímetros por ano.

Esse afastamento se deve à fricção entre a superfície da Terra e a enorme massa de água que
está sobre ela e faz com que, ao longo do tempo, a Terra gire um pouco mais lentamente sobre
o seu eixo.

Para cada ação há uma reação igual e oposta. Esta é a terceira lei de Newton.

A Terra e a Lua são unidas por uma espécie de abraço gravitacional. Então, à medida que o
movimento da Terra diminui, o da Lua acelera.

E, quando algo que está em órbita acelera, essa aceleração o empurra para fora.

A distância da Lua afeta nosso planeta de várias formas. Para começar, à medida em que a
Terra gira mais devagar, os dias ficam mais longos.

Eles já estão mais longos, em dois milésimos de segundo a cada século.

Além disso, os invernos serão muito mais frios e os verões, muito mais quentes.
Isso pode ter um efeito devastador sobre a Terra, ante a dificuldade dos animais em se adaptar
a extremos climáticos.

E se a força gravitacional da Lua torna-se mais fraca, as marés na Terra não serão tão
acentuadas.

No entanto, mesmo sem a Lua, existiriam marés - ainda que suaves - pelo efeito do Sol.

Nenhuma dessas consequências deve preocupar: as mudanças são sutis demais para que
possamos testemunhá-los.

A Lua nunca vai escapar da Terra. Mesmo que a Terra continue diminuindo sua velocidade, irá
girar na mesma velocidade em que orbita a Lua. Nesse momento, a Terra e a Lua vão chegar a
um equilíbrio e a Lua deixaria de se afastar.

Mas, muito antes que isso aconteça, o Sol vai se expandir até virar um gigante vermelho e
engolir, no processo, a Terra e seu satélite.

Dito isso, não há necessidade de se preocupar. Ainda faltam cerca de 5 bilhões de anos
para isso acontecer.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150311_lua_terra_lab
Com o desenvolvimento da ciência moderna, a partir do Renascimento (séculos XV e
XVI), surgiu a astronomia como a conhecemos e Galileu Galilei (1564-1642) é
considerado o principal "pai" dela. O tempo passou a ser estudado e visto de modo
mais racional, abrindo caminho para sua capitalização(time is money), sobretudo após
o mercantilismo e a revolução industrial.

Abaixo está uma página com iluminura de As mui ricas horas do


duque de Berry (século XV), pintada pelos Irmãos Limbourg,
retratando a agricultura (atividade econômica) nas terras do duque
no fim do inverno do Hemisfério Norte (fevereiro-março): época da
semeadura.
Eram necessários mecanismos cronológicos mais precisos, principalmente
para controlar melhor a produção e o comércio. Não é por acaso que as melhores
fábricas de relógios se encontram no mesmo país onde há os mais tradicionais bancos:
a Suíça. Da mesma forma, o termo "pontualidade britânica" nasceu no berço da
revolução industrial: a Inglaterra.

Os relógios de sol e ampulhetas deram lugar a mecanismos mais precisos: relógios


de pêndulo, de mola, elétricos, de quartzo (cronometragem precisa feita pela pulsação
desse cristal) e o atômico (que usa como contador a frequência de oscilação da energia
de um elemento radioativo, ou seja, um átomo: o relógio mais preciso que existe).
Antes de os relógios existirem, todos tinham tempo. Hoje, todos têm relógios.
Eno Teodoro Wanke

A LONGA JORNADA PELA PADRONIZAÇÃO TEMPORAL

O astrônomo grego Hiparco de Niceia (c.190 a.C. - 120 a.C.) foi o primeiro a perceber a
duração igual do dia e da noite nos equinócios da primavera e do outono. Ele notou que
isso poderia nos dar um padrão para estabelecer uma duração fixa da hora.

Até o século XIV, não havia isso, pois geralmente adotavam os relógios solares (por mais
de três mil anos) e as sombras que marcavam os horários alteram-se conforme o
movimento de translação da Terra, que define as estações do ano (as variações do
tempo são menores apenas nos locais próximos à linha do Equador).

Em 1386, na Catedral de Salisbury (Inglaterra), surgiu um dos primeiros relógios


mecânicos (ainda em funcionamento) que inaugurou a regularidade mais exata do tempo
(apesar dessas máquinas antigas não serem muito precisas, perdiam cerca de 15
minutos por dia). Nos séculos XV e XVI, surgiram os mostradores dos relógios.

Antes as horas eram anunciadas apenas pelas badaladas dos sinos da igrejas, que eram
acionados pelos relógios, que dividiram os dias e noites em horas e minutos. A ideia foi
tirada da divisão do círculo feita por Cláudio Ptolomeu (c.90 - c.168) em graus de 60 min.
Agora havia um maior fracionamento do tempo, fato que influenciaria na crescente
"aceleração do cotidiano".

Aliás os número 12 e 60 foram muito usados pelos egípcios e demais civilizações


antigas antes de Ptolomeu. Adotados por sua divisibilidade, eram muito úteis para o
comércio na contagem dos produtos. Por isso foram adaptados para a contagem do
tempo. Exemplo, uma hora são 60 minutos que pode ser dividida por 1/2 (30 min.), por
1/3, (20 min.), por 1/4 (15 min.), por 1/5 (12 min.), por 1/6 (10 min.), por 1/10 (6 min.), por
1/12 (5 min.), por 1/15 (4 min.), por 1/20 (3 min.), por 1/30 (2 min.) e por 1/60 (1 min., e este
em 60 seg.).

Desde 1º de janeiro de 46 a.C., diversas nações do Velho Mundo, dominadas


ou influenciadas pelo Império Romano, seguiram o calendário instituído pelo
ditador romano Júlio César (100-44 a.C.), o calendário juliano. Após séculos,
percebeu-se que a contagem dos dias estava errada, pois que a cada 134
anos, o ano ganhava um dia.
César é considerado o pai do ano bissexto, ao implementar, com a ajuda do astrônomo
Sosígenes, o ano de 365 dias baseado no ciclo solar, em vez do lunar usado até então. Como
ficava faltando 1/4 de dia para se completar o ciclo do Sol, criou-se o ano de 366 dias a cada
quatro anos.

Os antigos romanos começaram a contar os dias e meses do ano, através de um calendário,


desde o tempo de Rômulo (época da Fundação da Cidade de Roma, por volta de 753 a.C.).
Como a cultura da Roma Antiga foi herdada por diversas nações, sobretudo ocidentais, mesmo
após o fim do Império (antes República) diversos países continuaram a seguir o antigo
calendário romano.

O Calendário de Júlio César (100-44 a.C.) consertou erros repetidos desde as Guerras Púnicas
(que ocorreram entre os romanos e cartagineses, chamados pelos primeiros de púnicos, nos
anos de 264 a.C a 146 a.C.). Antes da reforma juliana o ano variou de 10 a 12 meses e de 304
a 366 dias, pois um mês extra deveria ser adicionado pelos sacerdotes depois de certo
período, a fim de manter as estações alinhadas com o calendário. Porém os sacerdotes em
diversas vezes negligenciaram tal adição. Para realinhar a contagem do ano romana com as
estações, César, como "Pontifex Maximus" (Pontífice-Mor ou Sumo Sacerdote de Roma),
acrescentou dias suficientes para que o ano 46 a.C. tivesse 15 meses e 445 dias de duração, e
acrescentou outros dias aos meses do dito ano com o intuito de manter o calendário bastante
racional. O ano de 46 a.C. ficou conhecido como o "ano da confusão", após ele os anos foram
readequados ao tempo natural que conhecemos.

César é considerado o pai do ano bissexto, ao implementar, com a ajuda do astrônomo


Sosígenes, o ano de 365 dias baseado no ciclo solar, em vez do lunar usado até então. Como
ficava faltando 1/4 de dia para se completar o ciclo do Sol, criou-se o ano de 366 dias (dito
BISSEXTO pelos DOIS SEIS no número 366) a cada quatro anos. Dizem que César desejou
que fosse criado um mês e um dia dedicado a si, por isso surgiu "julho" e um dia foi retirado de
fevereiro. Tempos depois o Imperador Otaviano ou Otávio Augusto criou para ele o "agosto"
retirando mais um dia de fevereiro. Até hoje o mês fevereiro deixou de ter 30 dias para possuir
apenas 28, menos nos anos bissextos quando passa a ter 29 dias.

Desde 1º de janeiro de 46 a.C., diversas nações do Velho Mundo, dominadas ou influenciadas


pelo Império Romano, seguiram o calendário instituído pelo ditador romano. No entanto, o
calendário juliano não era perfeito. Após séculos, percebeu-se que a contagem dos dias estava
errada, pois que a cada 134 anos, o ano ganhava um dia.

Então, em 24 de fevereiro de 1582, o Papa Gregório XIII mandou substituir o


antigo calendário. Por isso nosso calendário é chamado de calendário
gregoriano. Ele fez diversas modificações no antigo. Por exemplo: os anos
bissextos sempre são divisíveis por quatro e não terminam em duplos zeros,
exceto os divisíveis por 400. Assim, se evita o atraso de um dia a cada quatro
anos.

CURIOSIDADE:

UM ANO não tem exatos 365 dias: na verdade, o valor é 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12
segundos. Então, para compensar a “sobra”, a cada quatro anos um dia a mais é inserido.

Se esse ajuste não fosse feito, depois de 30 anos, um ano teria uma semana a menos e,
depois de alguns séculos, essa diferença seria de meses, o que bagunçaria o esquema das
estações do ano, por exemplo.

Anos bissextos são ignorados em vários países. Muitas pessoas não podem renovar suas
carteiras de motoristas ou abrir contas em bancos no dia 29 de fevereiro, uma vez que alguns
sistemas de computadores simplesmente não reconhecem a data como um dia legítimo. Até
mesmo o Google se confunde: há muitos bloggers que não conseguem atualizar seus perfis na
data.

Fonte: http://www.equilibriovida.com/2015/07/quebre-a-cabeca-com-estes-5-misterios-
intrigantes-a-respeito-do-tempo/
Em 1578, o papa Gregório XIII ordenou a construção de uma torre de 73 metros de altura, a
segunda mais alta do Vaticano, para estudos de medição astronômica para a formulação de um
calendário mais preciso. A Torre Gregoriana ou dos Ventos (por causa dos afrescos de
Circignani representando episódios bíblicos envolvendo os ventos) ficou pronta em 1580.

Na Sala do Meridiano, há uma linha meridiana horizontal traçada no chão. Na parede sul da
sala, à altura de cinco metros do solo, há um orifício através do qual, ao meio-dia, entra um raio
de sol (o orifício foi feito para que o raio saia da boca de um anjo de um afresco).

O papa subiu à torre em 21 de março de 1581, dia do equinócio da primavera no Hemisfério


Norte, segundo o calendário antigo, para ver que o raio não atingia a linha no chão: um erro de
60 cm. Isto significava que o equinócio ocorrera dez dias antes.

Assim, no ano seguinte, Gregório XIII publicou a bula Inter Gravissimas para que o dia 4 de
outubro de 1582 passasse a ser para o dia 15 daquele mês e ano: um pulo para que se fizesse
a devida correção no calendário, de acordo com o movimento da Terra e demais astros.

Atualmente o calendário gregoriano pode ser considerado de uso universal. Mesmo aqueles
povos que, por motivos religiosos, culturais ou outros, continuam agarrados aos seus
calendários tradicionais, utilizam o calendário gregoriano nas suas relações internacionais
[atividades civis].

A VIGÊNCIA DO CALENDÁRIO TAMBÉM DEPENDE DA RELIGIÃO E DA POLÍTICA

Os países de maioria protestante, porém, rejeitaram a alteração. As partes protestantes da


Alemanha e dos Países Baixos só adotaram o novo calendário em 1700. A Grã-Bretanha
demorou mais ainda: até 1752. O astrônomo Johannes Kepler chegou a observar que esses
países preferiram “ficar em desacordo com o Sol a ficar de acordo com o papa”.
O pintor inglês William Hogarth ilustrou bem o assunto em An Election Entertainment, de 1755,
que retrata a discussão entre partidos durante uma eleição para o Parlamento da Inglaterra. A
pintura mostra, próxima ao pé de uma personagem sentada no chão, uma bandeirola negra
com os dizeres "Give us our Eleven days" (Devolvei-nos nossos onze dias), um protesto contra
a adoção do calendário gregoriano. Em 1752, dois anos antes desta pintura, a Inglaterra
assumiu o novo e atual calendário. Assim, e de um momento para o outro, ao dia 3 de
setembro, quarta-feira, sucedeu o dia 14 de setembro, uma quinta-feira. O povo inglês
reclamou quando soube que lhe estavam retirando onze dias do ano, pois, de repente, o
calendário dos trabalhadores avançou 11 dias, mas o salário não contou com esse avanço.
Para o patrão eles trabalharam apenas 19 dias.

Os países ortodoxos adotaram o calendário gregoriano para o ano civil (não para o religioso)
somente no início do século XX. A Rússia socialista, por exemplo, implantou o novo calendário
só em 1918. É por isso que a chamada “Revolução de Outubro”, de 1917, na verdade
aconteceu em novembro, segundo o calendário gregoriano.

Até hoje, as Igrejas ortodoxas do Oriente utilizam o calendário juliano para determinar as festas
religiosas, como a Páscoa e o Natal, que, por essa razão, quase nunca corresponde às datas
das celebrações católicas.

Apesar do ajuste nos anos bissextos, o ano do calendário gregoriano ainda tem cerca de 26
segundos a mais que o período orbital da Terra. Esta falha, no entanto, só acumula um dia a
mais a cada 3.323 anos.

Anos bissextos são ignorados em vários países. Muitas pessoas não podem renovar suas
carteiras de motoristas ou abrir contas em bancos no dia 29 de fevereiro, uma vez que alguns
sistemas de computadores simplesmente não reconhecem a data como um dia legítimo. Até
mesmo o Google se confunde: há muitos bloggers que não conseguem atualizar seus perfis na
data.

Para maiores esclarecimentos acesse os links abaixo:

http://www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/H01orige.htm

http://pt.aleteia.org/2015/02/22/15-curiosidades-sobre-o-calendario-gregoriano-uma-mudanca-
que-literalmente-marcou-epoca/

E O TEMPO, ALÉM DE SER EXATO, PASSOU A SER DINHEIRO...

O problema é que, mesmo com a hora fixa dos relógios mecânicos, não havia uma hora
exata em termos nacionais e mundiais. Cada cidade apresentava uma hora distinta. Por
exemplo, Salisbury (na Inglaterra) estava a mais de sete minutos adiantado do que
Londres (pois a primeira cidade fica a vários quilômetros mais a Oeste). Um horário
nacional era fundamental.

O fuso horário foi criado devido a necessidade de acertar os horários dos trens no
século XIX, até então o transporte mais rápido que existia. Escolheu-se a hora do distrito
londrino de Greenwich, porque era onde produziam os calendários náuticos mais
precisos do mundo, e por isso era adotado pelas marinhas mercantes de vários países.
Greenwich correspondeu à Grã-Bretanha o que hoje o horário de Brasília corresponde
ao Brasil: uma referência nacional de tempo. Graças às informações passadas pelo
telégrafo, cada localidade britânica acertava seu relógio de acordo com o horário de
Greenwich.

Em 1884, por ser o Império Britânico a maior potência mundial (sobretudo em termos de
mercado), esse horário foi adotado como base para os fusos horários internacionais.
Greenwich passou a ser o zero grau de longitude à linha do meridiano, e o mundo
acertava os relógios a partir do Reino Unido.

No século XX, o surgimento dos relógios industrializados mais baratos e o rádio (que
divulgava a hora certa) facilitou a regulagem da hora às pessoas, o que auxiliou muito o
comércio internacional. O processo de globalização intensificou-se com a
hora universal.

Comemoramos o Dia de Ano-Novo sempre no dia 1º de janeiro (a palavra


“calendário” vem de calendas: 1º dia de cada mês do ano na Roma Antiga).
No Ocidente, nosso ano é solar, pois a contagem dele é feita pelo tempo que
a Terra demora para dar uma volta completa ao redor do sol (movimento de
translação). Excetuando-se o ano bissexto (de 366 dias), um ano
tem exatamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 12 segundos.
O tempo verdadeiro da rotação da Terra é de 23 horas, 56 minutos, 4
segundos e 9 centésimos (23h 56min). Isso é medido em relação às
estrelas*, ou seja, para uma mesma estrela estar em um mesmo ponto do
céu, demora 23 horas e 56 minutos. Dessa forma, vemos que a rotação do
nosso planeta não dura 24 horas exatas.

*Medição essa atualmente substituída pelo Tempo Atômico Internacional (TAI).

4 DE JANEIRO DE 1900 — Esta data é tida como referência à medida do segundo


(1/31.556.925,9747 do tempo que levou a Terra a girar em torno do Sol a partir das 12
horas). Hoje a referência do horário mundial é feita pelos relógios atômicos, pela alta
precisão, e não mais pelos movimentos da Terra em relação ao Universo.

O TEMPO ATÔMICO

Hoje, o segundo é definido pela pulsação do elemento (átomo) Césio, com uma precisão
de um segundo para cada 138 milhões de anos. Para se ter ideia do avanço tecnológico
na contagem do tempo, o relógio Big Ben, construído em 1852, varia menos de 1
segundo por ano. O segundo do minuto não é mais baseado no movimento do planeta
ou das estrelas, mas na pulsação de um átomo, um movimento imutável, diferente da
Terra e do Universo.

Portanto, a partir de 1º de janeiro de 1972, o Tempo Médio de Greenwich (GMT, sigla em


inglês) foi substituído pelo Tempo Universal Coordenado (UTC, em inglês), que usa
diversos relógios atômicos internacionais coordenados pelo Bureau International des
Poids et Mesures (BIPM), fundado em 1875 e sediado em Sèvres, França.

Ilustração (em inglês) sobre o complexo funcionamento de um superpreciso relógio atômico.


Tanta precisão é importante para trabalhos relacionados a Astronomia e
telecomunicação, como GPS, entre outras coisas.

O MINUTO "BISSEXTO" (61 segundos)

O segundo intercalado, conhecido em inglês como leap second, ocorre sempre no último dia
de junho (30) ou dezembro (31), dependendo do ano, quando se adiciona um segundo ao UTC,
correção necessária para ajustar o horário ao TAI.

O ajuste é necessário por causa da velocidade de rotação do planeta Terra, que registra
variações, enquanto os relógios atômicos, que geram e mantêm a Hora Legal, possuem uma
precisão que chega a um segundo em milhões de anos.

Em 2015, por exemplo, a correção foi feita no dia 30 de junho, quando o relógio oficial registrou
a sequência 23h59min59s - 23h59min60s, para só então passar a 1º de julho (0h00min00s).
Como essa correção é feita no horário de Greenwich, no Brasil ela ocorreu três horas antes –
21h, no horário de Brasília. O acréscimo pode parecer pequeno, mas afeta diretamente alguns
sistemas de computadores e pode deixá-los lentos ou provocar erros.

Essas correções começaram em 1972, quando adicionou-se um segundo na virada de 30 de


junho para 1º de julho e de 31 de dezembro para 1º de janeiro de 1973.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2015/02/pesquisador-explica-o-
201csegundo-a-mais201d-de-2015

Em outras culturas, a exemplo das orientais, como a chinesa, o ano é lunar.

OS FUSOS NO BRASIL E MUNDO:

Vous aimerez peut-être aussi