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.

, Jc construção Civil e Princípios de Ciencia e


,1,,:n:W(l.'(hella (saia (0rgani7.ador/F.ditor)
ti(r.tklOIBRACON. Todos direitos reservados
2t1lll '

capítulo 24

oCimento Portland no Brasil•


vna/J(I Forti Battagi11
.\,s\).:i.wão Brasileira de Cimento Portland
t,cb [.arar,jeira da Sifra Battagin
.\N)(IUção Brasileira de Normas Técnicas

UJ Introdução

O cimento Portlan d é um ligante hidrául ico obtido pela moagem do


dinquer Portlan d, em conjun to com uma ou mais formas de sulfato de
cálcio, em proporç ões que variam aproxim adamen te de 3% a 5% em
ma a, e eventua is adições ativas facultat ivas, conform e o tipo de
cimento, durante o process o de fabrica ção.
Seu uso é express ivo na constru ção civil por suas inúmera s aplicaç ões.
Com cimento Portlan d se podem prepara r pastas, argama ssas, concret os,
grautes e outros compó sitos, que servem à execuçã o de artefato s como
blocos, telhas, tubos, pavime ntos, postes, mourõe s para cercas, vasos,
guia ; bem como elemen tos estrutur ais pré-fab ricados como vigas.
pilare , lajes, painé is , estacas e incontá veis tipos de estrutur as moldad as
em loco.
A proprie dade mais conhec ida dos diverso s tipos de compós itos
preparad os a partir do ciment o Portlan d é a resistên c.ia. à. compre ssão. No
entanto , fatores como a facilida de de uso, a poss1b1hdade de moldar
diferentes formas , a boa interaç ão dos compós itos de cim.ento com outros
mat:riais e, sobretu do , sua durabili d.a~e confere ~ ao cimento Portlan d
eu importa nte papel na constru ção c1vtl na atuahda de.

~
~-s:~m: _ _ __ _ _ RETO Ensino, Pesquisas e Realizações. ed. G. C.
KIYARA, '1- O Cimento Portland. fn: C0~~-322 . .
aulo. tnstituto Brasileiro do Concreto, 2005. P·
762 A. F. 8a1Tt1gi11 e• / . L. S. Balfagin

24.2 Uma breve história do Cim ent o Por tlan d

24.2.1 Da ant igu ida de até o iníc io do séc ulo XIX

A palavra CIMENTO é originada do latim C.tEMENTU, que significa UNIÃO


Na Roma antiga já se usava um material , espécie de pedra natural de rochedo~
não esquadrejada , à qual se dava o nome C.tEMENTUM. A origem do cimento
remonta há cerca_de 4.50~ a~os. Os impon~ntes monumentos ?º Egito antigo já
utilizavam uma hga const1tu1da por uma m1stura de gesso calcinado. As grandes
obras gregas e romanas, com o o Panteão e o Coliseu , foram construídas com
0
uso de solos de origem vulcânica da ilha greg a de Santorino ou das proximidades
da cidade italiana de Pozzuoli, que possuíam propriedades de endurecimento sob
a ação da água. A Figura 1 mostra algumas dessas construções históricas.

Figura I - Construções históricas feitas com material com propriedades cimentantes:


Coliseu de Roma : (b) -A Grande Muralha, China: (c) A Esfinge, Egito.

O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglê


John Smeaton, que conseguiu obter um produto de alta resistência por meio da
calcinação de calcários moles e argilosos.
Em 1818, o francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton pel
mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do
cimento artificial.
Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pe
calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha um
atura que, após secar, tomava-se tão dura quanto as pedras empregadas "'
~ç õe s. A mistura não se dissolvia em águ a e foi patenteada pelo constrUt0
o ano, com o nom e de cimento Portland, por apresentar co_r
de durabilidade e solidez semelhantes às rochas calcárias da ilh
~J;tbmd.

~ e desenvolvimento do cimento Portland no mundo


·dade do clfnquer e das técnicas de
11111fo~~n1anha, que iniciou a produção de ~
n1 na realização de análises químicas 8faíenwt Pttdland em: 1
p~·~·u~~
11 1
1
1 u partir de 1871 e, na segunda metade 11 de t o d a ~ &>°
1111 ' te Jcscnvolvimento de métodos de ensaio para&6cul~ XIX, foi o priri ipal
•ntro ( • 16 · ti . o cunento.
~ () ·t\"tn~os tccno g1cos oram expressivos no mundo tod •
~' • · t t d
• h .... ,c10 do c1mcn o, con u o, pennaneceu o mesmo até os n
o,masopnncín
di iode
,.. .
t,,"lll' , • .1 ., 1 · d . 1 ossos as, ou seJa
. _.
1 l 1 e arg1 a ca ema os a a tas temperaturas com adi'ção d J&. d ál . '
l'•..'1l-.u _.,,ular a pega e uso cada vez mais . '
freqüente de adições
e su 1ato e e cio
p,11,I t" 0 d - d . p '
(l início da pro uçao e cimento ortland de alto-forno data de 1892
.\k1nanh,h Jü o cim~~to Portland pozolânico apenas em 1923 começou a' s~~
· liistriali,ado na ltaha e. cm 1976, a França foi a precursora na produção de
nll . . l A d'~ ·
.- 1m,nto fiknzac. o. s 1acrentes composições desses cimentos bem como
li 'f" d . •
)1\lpricdadl's cspcc1 1cas e outros tipos no que se refere aos quesitos de
'.tl'Sl'nvol\'iml'nto de resistência, coloração, resistência a meios agressivos, ou
aullla desenvolvimento de calor durante a hidratação, serviram de base para a
dnssiticação dos tipos de cimentos e sua respectiva normalização técnica.
Asquestões ligadas à normalização na Europa sempre acompanharam de perto
0 dcsen\'olvimcnto industrial. Em 1946 assistiu-se à fundação da ISO -
lntcmational Organization for Standardization e em 1961 do CEN - Comitê
3
Europeu de Normalização • •
Em2008 a produção mundial de cimento e o consumo per capita do produto
se npre entam como mostra a Figura 2.
PRO- CONSUMO PER-CAPITA 2008
(lq>11eb)
(m11hoes da t )

~
o
"O
: ·- ~ ,g
<(Ili
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~ 0,
o (O
wo: m o.,
260 f)('(I 7 O 1000
o
Brasll (2008) CI 270 kg / hab
Brasil (2008) o 51,4 milhões t Font : SNIC

• ·11111•11111 1'1111111ml m1 11111111111


1
,ct' cupi111 1 l t
Pnitluç1io e co111,u1110 1

1nr o ('npítuh> l
,· o 11:nlll consu t
\ I 11,,,,,1i:i11 , I I ,\ /1,111,1,11111

24.2.J H.,1u r/t;11l'in /lr{l,\'ilt•ir11


1

2,L2 J. I /\:,, prin tl'll 'IIS h.1 111111 i :is dl' procl11~·110.
No Brnsil , l'Sludos p11111 11plil'III' os co11ltL'l'lllll'lllos r('lé111 vo~ a fabricação dtJ
cinwnlo Pmll1111d Ol ' tHl'cr:1111 np11n•11IL'll1t.'11lt' t: 111 1888, quando o comendador
/\n1únio Pmosl l{odovnll10 l' lllpl' t1hot1 Sl' e111 i11sltilur uma f'ábrk:a na fa/.encfa
Santo /\111011io, dl' s11:i propril'dmll', 1-1 i11111d11 l'lll Soroc.:~tlm SP. Vária\ iniciativa,
l.!Sporndicns dl' lnlwil·11,·:10 (k· l'i111L·11lo l<>1'lllt1 d,•senvol vidas ncs\a 6poca. Assim.
clll'gou a f1111rio11ur d1tr1111IL' 11pl·1111s lrl's tllL'Sl'S, l'lll 1802, um,, pequena instalação
produtora na ilha d~ Til'iri , 1111 Purníha , cuja l'Onslruc;ão data de 1890, por inidatha
do engcnlll'iro l ,011is Ft lipt· AIVL'S dn Nol>rt'fH, que t:studara na f•rança e chegara
1

ao Brasil crnn 11ovus iLll-ins, lt•11do i11dusive o projc;to da fábrica pronto e


publicado L'lll livro ck· su:i :111loria. A1rih11i se o frac.:t1sso do c;mprccndimento não
ü qualid.tdl' do produto, Ilias :'1 dislf111ciu dos centros consumidores e a pequena
escala dl' produ,·::io, qlll' 1100 l'o11s1.•g11iu compclilividadc com os cimentos
importados da L'P<K·a .
A usina dl' Rmlovalho lani.;011 l'lll 1~N7 sua primeira produção - o cimentô
marca Santo Antonio l' opt·mu uk 1<)()~L quando interrompeu suas atividades.
Voltou cm 1907. mas l'x1wriml·ntou prohlemus de qualidade e extinguiu-se
definitivmncntl' L'lll 1918. Em ( 'achol·iro do ltapemirim, o governo do Espírito
Santo fundou.cm 191~. uma f:füril'a na fazenda Monte Líbano que funcionou até
1924. com prccaricdadl' L' prodw~·ao de apenas 8.000 toneladas por ano. sendo
então paralisada, voltando a funcionar L'lll 1935. após modernização.
Todas essas etapas não passaram dl' ml'ras 11..!ntalivas que culminaram. em 1924
com a implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábri
em Perus, Estado de São Paulo, cuja constru"ão pode ser considerada como
marco da implantação da indústria hrnsilcira de cimento. As primeiras tonel
foram produzidas e colocadas no mercado cm 1926. Até então, o consumo d
cimento no País dependia exclusivamente do produto importado. A produçã
nacional foi gradativamente clcvudu com u implantação de novas fábricas e
participação de produtos importados, cm stm maior parte proveniente de paí
europeu (Bélgica,Alemanha. Dinamarca, Frunça e Grã-Bretanha) oscilou duran
as décadas seguintes, até praticamente <.lcsupurcccr nos dias de hoje.
<O-~ Prh,líitJ4710 B"""6 ~
em dezembro daquel . .Mif
Portland, que iniciou s:~~. ~o1 fundada a Ass . _
ri~..._. estrutura em concreto ividades em um es ~ Brasileira de e·
•tnend.L~• cidade do Rio de Jane· annado no mundo :1tórionoEdif icioANoire
desenvolvendo iro. A sede da ABCP' q ando foi concluídO
~
'maior
iara~ seus trabalh . mudou em 1929 na
outros locais do cenw d ~s em instalações Rse em 1939 para São p 1
inic~
~ª· A.ssyas Tecnológico do Cimen~o (Ccidade até 1976, qu1!d ua Barão de Itapetinin: ~
terreno de 15 000 m2 ond TC) construído próximo pasc·sou a ocupar o Centro
1n taiaç~' ' o a idade Universitária, em
e se encontra instalada atualmente
.iniciativa
. ªº
e chegara 24.3 A versatilidade do cimento
. brasileiro ·
Pronto e
Com seu crescimento b
ento não atualmente com vi aseado na tradição européia d f .
~quena (EN 196-1 ·?OQO) ite e sete tipos de cimento no~ ª1~ncdação, que conta
·- , mercado brasil · d' a 1za os pelo CEN
cimentos aten d em com igual desem enh etr? ispõe hoje de oito o õe
Portland comum (CP I) é fefe .º
ª?s mais vanados tipos de obras 'ó/·
que
cimento
tividades
todos
-
f b,
os ipos asicos de cimento P~rtland d'
Sao eles:
ra:
rencia por suas ca t ., . . imento
e?st1cas e propriedades,
ispomve1s no mercado brasileuo.
·
a
. . .
nguiu-se •. Cnnento Portland Comum (CP I)
. Espírito ª· CP I - Cimento Portland Comum
1onou até . b. CP 1-S - Cimento Portland Comum com Adi ão
•. Crmento Portland Composto (CP II) ç
a. CP II-E- C~mento Portland Composto com Escória
em 1924, b. CP 11-Z- c.imento Portland Composto com Pozolana
a fábrica . c. CP 11-F - Cimento Portland Composto com Fíler
a como o
1

• C~ento Portland de Alto-Forno (CP ID)


toneladas • C~ento Portland Pozolânico (CP IV)
sumo de • C~ento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
rodução • Cnnento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
ricas e a • C~mento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
e países • Cimento Portland Branco (CPB)
Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de
durante
cálcio, material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e calcário,
acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também em função de
propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca etc. O próprio
n
Cimento Portland Comum (CP pode conter adição (CP I-S), neste caso, de l %
a 5% de m aterial pozolânico, escória ou fíler calcário e o restante de clínquer. O
Cimento Portland Composto (CP II- E, CP 11-Z e CP II-F) tem adições de escória,
pozolana e filer respectivamen te, roas em proporções um pouco maiores que no
CP I-S Já Cimento Portland de Alto-Forno (CP ID) e o Cimento Portland
O
Pozolâ )ico (CP IV) contam com proporções maiores de adições: escória, ele 35%
a 70% { r:P Ill), e pozolana de 15% a ~O% (CP IV). _
De :ma geral, todos os tipos ~e cunento Portland sao ª?equados. a todos os
tipos • esttutura e aplicações. EXIstem, entretanto, alguns tipos de cimento que
766 A. F. Battagin e l . l. S Battcw,

são mais vantajoso~ o~ r~comendáveis para determinadas aplicações.


Dentro desse pnnc1p10 pode-se afirmar que os cimentos CP I e CP n
destinam a aplicaçõe~ gera~s, ao passo que o CP m, CP IV e ARI comportarn~:e
melhor em algum~s s1tuaço7s específicas; tem~ abordado em detalhes em 2 .4.e
Nem todos os tipos de c1mento são produzidos em todas as regiões do 4p ,
p~is su~ pr~dução der e~de essencialmente da disponibilidade das maté~~
prm~as.,_mc.lm~ do as ad1çoes , e dos e9uipamentos de moagem e armazenamento
das 1ndustnas mstaladas em cada região.
A Joca]ização no su] do País das jazidas economicamen te exploráveis de carvão
mineral, condicionou a instalação das termelétricas alimentadas a carvão mineral
nessa região, tomando disponíveis para a indústria cimenteira local as chamadas
pozolanas de cinzas volantes, resíduos da queima do carvão. E por conseqüência,
a produção de cimentos Portland pozolânicos com cinzas volantes é mais presente
na Região Sul.
Na Região Sudeste, por sua vez, encontram-se instaladas as grandes siderúrgicas
e, por conseqüência, o material disponível para as fábricas ~itua~as nessa região é
a escória básica granulada de alto-forno, resíduo da fabncaçao do ferro gusa,
resultando nessa região a maior presença do cimento Po1;I~d ~e alt~-fomo.
É importante salientar que as ci°:2as vol~tes e. ~s escor~as sao res1duos que, se
não utilizados, geram grandes passivos ambientais no Pais.

24.4 Evolução das Normas de _especificaçãoil e aplicação dos diferentes


tipos de cimentos prodUZJdos no Bras

24.4.1 Cronologia
adernas tendências européias de fabricação de
Acompanh!1°~ º semp~ _as m 1 íram passando a aproveitar materiais como
cimento, as fabncas ?1:15 ~rras,ev? u 'atureza básica, que modificam algumas
as pozolanas e as e~nas siderur~~~od::avés de processos de benefici~ento e
características do cnnento, penru bten ão de produtos destinados -ª ~vei:sas
adequado controle da quab~e, a o ç anhado pela normalizaçao tecruca.
li - Esse processo foi sempre acomp . .d
ap caçoes. .do características do produto adqum o. tivas
garantindo ao consllllll r as 1 borados os primeiros textos norma
Com participação da ABCP, fo~ _e~ dos cimentos nacionais (EB-1) e os
4P País estabelecendo as caracte~Sbc _ (MB-l ). Esses documentos ganh~
f®os de ensaio para ~ua dete:3:ºdo então presidente G~tú~o Vargasd:ta
iie Normas Técmcas por . ~ ileira de Normas Tecrucas, qu~ to e
tcJajundação da Assoe~ Brasrimeira norma brasileira de pro!º de
ntefoi desenvolVIda a p . bli ação ocorreu na reuma
~ to(NB-1),cuJa pu e .
~ B~ª
~IJJQ~.d a indústria de cimento º1oº ·caine~te
• ,.,i.n.. alidade estão crono gi .....,..,,toS

~~~ de PIV'-
•~:::;=;
. tes no mercado. bem
1st
cx ~ficação dos distintos tipos de CJ·memo1~\
c,pC;;6 _ primeira fábrica de cimento no
1 p0 rtland Comum;
ql(, _ fundação da ABCP;
:9j7 _ Primei~s normas técnicas ~rasil · _ •
_ fun daçao da ABNT e publicaçã
1 1
1940 _1 EB- m. _._ u: _
Cimento Portland de Alta-R i tên ia Ini ial)· ,~ ~c aç ao de
195 2 _ Primeira partida de Cimento Portland Pomo AF) rod "da
Brasil; P llZ1 no
1953 - F~nd~ção do. Sindica~o Nacional da Indústri d Cimento ( NIC);
l95-l- - Pnmeira partida de Cimento Portland d Alta-R i t n ia Inicial (ARI)·
l955 - Primeira partida de Cimento Branco (CPB) produzida no Brasil· '
1966 - Publicação da EB-208 (Especificação d im nt Portland d~ Alto-
Fomo);
1969 - Primeira partida de Cimento Portland Pozolani (POZ) produzida no
Brasil;
1973 - Primeira crise do Petróleo:
1974- Publicação da EB-758 (E pecificação de Ciment Portland Pozolânico)
1977 - Adição de 10% de escória no Cimento Portland Comum. e tabelecida
em norma do produto;
1977 - Cimento é o primeiro produto a obter l\ larca de ·onformidade da ABNT
1979 - Segunda crise do Petróleo:
1980 - Adequação das Normas Técnicru ao i:tema Internacional de Unidades
(modificação na denominação dru cl~ ':e: do dmento):
1988 - Publicação das novas norma de cimento Pt)rtland comum (CPS. CPE
e CPZ);
1991 - Publicação da EB-2138 (E pecificação de imentt) Portland Composto
- CPU);
1991 - Publicação das especificaçõe de Cimento Pt1ft~and. adotando-se as
novas terminologias de elas ificação ( PI ª. P \ -. RI):
l991 - C'riação do Selo da Qualidade ABCP para 'ttnento: .
1992 - Revisão da ABNT NBR 5737 (Bpecifi a'àt) de Cimento Portland
resistente a sulfatos); · 1 d
1993 _ Pubr - d ABNT NBR 12989 (Espe 'itkaç{in de _imento Port an
icaçao
Branco) e da ABª NT NBR 9831 (Especifi 'ª ·ik) de Cimento Portland
para Poços Petrolíferos); _ · .. p rtl d d
1994 Publicação da NBR 13116 (E pecifica~ao d, l im nto o an e
199() l~a.ixo Calor de Hidratação); . . d Qualidade e Produtividade do
Cnação do Programa Brasileiro e
11
1998 , abi tat (PBQP-H); . P"'Q _ Pn.)grn mn eto rial da
Selo da ()ualidade passa a integrar O ...
2001 Oualid a I do PBQP-H; _
C'ri "ic e1, 11crgia elétrica (apagao):
768 A. 1-: !Juuugi11 <' / / S. lfottagi11

'2(J(J6. Revisão da ABNT NBR 9831 (Especificação de Cimento Portlanct Para


Poços Petrolífero\);
2009 Cimento Portland é o produto da cesta de materiais de construção corn
maior índice de conformidade pelo PBQB-H (99,2%).
A produção e o consumo de cimento no Brasil evoluíram como mostram a
Quadro I e a Figura 3.

Quadm 1 - bolução da produção por tipo de cimento(% )


hipode
ento
h1960 1%5 1970
- AnQ _
1975 1980 1985 1990 1995 2000 . 2005200 7 . 2008 '2ÕÕ9
CPI ! 95,5 95,0 89,7 86,9 80,8 73,2
' CPJI lI - - ·~ -
-- -- ----- - --
--
75,0 2,9 1,2 2,0 2,2 0,6 0,2
-
CPIIJ
-- -- 74, 1 79,7 65,0 63,9 64.0 66,7
i 3,8 4.4 7,6_ 7.1 11 ,4 10,1 12,3 10,9 6,5 17,S 16,4 17,2 16,4
CPlV .1
-,-
-- -- 2, 1 5.4 7,5 16,2 12,S 9,4 5,8 6,6 8,3 11,1 10,0
CPV 'l - -- -- ... 0,2 --
- -~---- 0,02 2,6 6,1 s,3 6,9 -~9__ Wl
- Branco ....1 - ·- -- -- -- +-o -- c-'-.1-1
0,12 0.2 0.2 o.os
0,2 Ln
Fonte: S 'JC

.......... ,...,....,
Cuaa I IPIIIIIIPI Ili Cla 1111
.
..~
Aa,o.

•35 34 ~
"Mll~eB'a !il~ro· :
. .! • ~ a F9d a~.•• ,•••••
.
27 : 7
;25 "8zs 2~:152~21l
'
21 .~ 20

- - 1111

AalO
Oumdo
Aano
+
O>llor
tlH
- -
kcal/t clínquer, superando larg
·1 ' d
mm os paises esenvolvidos Gr d amente em modern idad
e o parque cimenteiro de
ce~fic,ad~ segundo a série d~ no:~ f:ge~rodu ção nacional já se encontra
da mdustría com a qualidade e O d • , denotando o comprometimento
A indústria do cimento tant esenvo1_v~ento tecnológico.
d - · d . , o nas atividad es de · -
pro uçao m ustnal, tem contribuído .. mmeraçao quanto na de
racionalizando o consumo de bens naturp~s1tiv~en~e com. o meio ambiente,
jazida~ .com uma extraçã o sustent a:s exau~ve1s, amp~ando a vida útil das
tecnologica e valorização de subprodut 1!1eddian.t~ contmua modernização
resuItaram t ,
a e o momento na preservação d os m ustrirus (a partir de 1952)
. d 100 . - ' que
calcário, 25 milhões de toneladas de argil: ~~~ e .Ih_ rru:oes de toneladas de
combustível. A incorporação da variável amb· talrru oes e toneladas. de óleo
f; d 1 . . ten em seus empreendtmentos
n~i
f; . aset e pl ~eJ~e nt~, implant ação e operaçã o é prioritária, com muitas d~
a ncas ras1 erras Ja certificadas conforme a série ISO 14000s.

24.42 N ~rf!U1lização e aplicação do Cimento Portland de Alta. Resistência


1nzcia1

O cimen~o "CP:V ~ .é º. m~s adequado para aplicações onde o requisito de


elevada res1Stencia as pnmerras idades é fundamental, como na indústria de pré-
311
moldados e especialmente na aplicação de protensão. No entanto, apesar de
34
35 garantir um crescimento acelerado de resistência já nos primeiros dias, há um
decréscimo na velocidade desse crescimento, tendendo a valores finais assintóticos
próximos aos obtidos para os demais tipos de cimento a idades avançadas.
Os concretos preparados com cimento de alta resistência inicial exigem mais
água para a obtençã o da mesma consistência obtida com outros tipos de cimento,
o que demand a cautela do ponto de vista de buscar indiscriminadamente
2005 • 2010
resistências mais altas às primeiras idades, sem a prática da boa engenharia, sob
pena de resultar em manifestações patológicas como, por .e:emplo, ~ssur~s
decorrentes da maior retração por secagem em cond1çoes amb1enta1s
inapropriadas. . - d e·
O Quadro 2 mostra de forma sintética a evolução da normalizaç~o e 1mento
Portland de Alta Resistência Inicial (NBR 5733 , ABNT, 1991, antiga EB-2).
- da noana1·izaçao
Quadro 2 - Evoluçao - de Cimento Portland de Alta-Resistência Inicial (CP V ARI) no Brasil
2010, que
Resistência mínima
~003 (~U U~ Quantidade de adições na
Ano 1 dia 3 dias 7 dias
produção*
. .ançara o e 1940 1% de qualquer material 110 kgf/cm2 220 kgf/cm2 310 kgf/cm2
·dades d 2 220 kgf/cm 2 310 kgf/cm 2
01 gos 1974 o 110 kgf/cm
O empre .aJ . á· 14 MPa 24MPa 34MPa
i.Jldustrl 1991 5% de matenal carbon tico d .
à ssa tota1 e c1men .
to O gesso adicionado para regular a pega ni'ic
,
e -1:,1ada
,., rec:Uµ., d • Quantidade de adições em relação . :{1ª
está considlrado nos limites estabeleci os
oara O anorte de adições.
ªº. ilitafl o
ss1b 400 a
de 1 50
,a, d 6
bO e
--
5 VerCap
- - - - - -- - - : :- ~.
() 3 - Nonnalização na Construça0
.
Civil e ,
Cap1tu1o 4 _ Materiais de Construção e o Meio Ambiente.
770 A . F. Battagin e / . L. . Bmtagin

24.43 Nor11Ufli~ação e aplicação dos Cimentos Portland d Al


Pozolanzco e to-Forno e

De man~ira ~eral. o cimento s com adiçõe , têm. para as a lic - .


e conven cionais , desemp enho comparavel ao do ciment ot p açoes rotinc..'ira~
sendo q~e ~ar~ certos tipo de obras apre, entam algumas vanta ~~~and cornun~.
~s P.nnc1pa1s van~agen dos cimento , Portland de alto-fo~ o . - ..
estao
ti ligadas a maior e tabilida de durab·t ·d d . e pozoJan1eos
• 11 a e e 1mpermeabTd d
con erem ao concret o menor calor de hidratação. maior resistên . J J a e, pois
sulfatos e cloreto s, maior re i tência à compre ão em idad ci~ ao ataque JlOr
m-:1;or .., · t" · , - , " es mais avançada
~ ie~is encia a traçao e a flexão. P01tanto. é e pecialm t , 'e
uso de ciment os CP III e CP IV enl: en e recomendável 0
• obras de concret o-mas a como banage n d
fundaçõ es de máquin a • pilare etc: ... e peça e grandes dimensre;.
• obras em contato com runbiente ' agre ivo por ulfatos, terrenos salinos ~·
• ~bos e. c.analetas para conduç ão de líquido agre ivos, esgotos ou
mdustn rus;
eflue:!
• c~n:re~ os com ~gregado ~eativo, . p01 e e cimentos concorrem para
~nuru zar os efeitos expan 1vo da reação álcali-agregado;
• pilares de pontes ou ~bra "ubmersas em contato com águas correntes puras;
• obras em zonas costeira ou em água do mar:
• pavime ntação de estrada s e pi tas de aeroportos etc.
Já nos grande s centro urbano ão usado por ua proteção contra a chuv:i
ácida, fuligem dos automó vei e da fábricas. e água contaminadas de rioo e
córrego s etc.
Por outro lado, sua menor re istência inicial. quando comparados com os
ciment os Portlan d comun s, pode ser incrementada pelo uso de aditivos
acelera dores do endurec imento ou por compensações na dosagem do concreto. O
empreg o dos cimento s CP IIl e CP IV deve ser cauteloso em pré-moldado- coa:
cura normal , nos casos em que se exija de fonna rápida: recomendando-se ~es56
casos a cura a vapor. També m devem er evitada as concretagens em ambrenres
muito secos ou em tempera turas baixas. Como contém sulfetos, provenie nt~:
escória, o ciment o Portlan d de alto-forno não é recomendado em caldas _
,. "? para bainhas de protensão, embora no concreto protendido ou annado nao
·a restrições de uso, assim como também deve ser evitado seu USo
......,.,....,de assenta mento de pi o azulejo , o que pode provocar manctia.s
e;
lf.O. a1aação (li)
s 3 e 4, respectivamente mo tram a eyolução da nonn CitJldlw
de AttorForno (NBR 5735 antiga EB-208) e do
B 6 antiga BB-758).
kgf/cm 2 2SO 80
320 150
100 200 3
35° o a 70° o de escória 2S 8 20

23
t- 35° 0 a 70º o de escória 25 8 5 40 4
1 , 5 0 material carbl1n:itico MPa 32 IO ~ 25 32
1
40
12
o 32 40
~adoaos9 0diasna EB-208:1974ea 91 d"185 23 40 48
, Quantidade de adu;ões
. . em relação à massa total de c·mºs na NBR
1 ento O gesso adi 5735
. d(ABNT•1987•1991).
~t.i considerado no. 1nmtes estabelecidos ara o a rte de adi ões. ' c1ona o para regular a pega nA

Quadro 4 - Evolução dn nonnalização de Ciment0 p0 rtland Pozolaruco


• . (CP IV) no Brasil

Quantidade de adições na Resistência mínima


Ano produção lasse 3 dias 7dias 2 dias 90dias•
10% a 40% de ozolana 250 70 150 250 320
1974
10% a 30% de ozolana 320 100 180 320 400
25 7 15 25 32
1986 15° ó a 40% de pozolnna l\1Pa .,
32 10 1< _,_ 40
25 8 15 25 32
1991 l 5°o a 50° o de pozolana MPa
32 10 I~ 32 40
Opcio?al, 90 dias na EB-20 1974 e 91 dias na NBR 5733 tABNT.198"').
Quanttdade
lá .d de adições. .em reiaçao
-- a· massa lota\ de cimento.
· O gesso. adtcl(lnado
· · paro regular a peg.:i nàl
cons• erado nos hm1tes estabelecido ara o a orte de adi ões. ~

24,4,4 No1111alização e aplicação dos Cimentos Portla11d Comum e


Composto
A busca por e colha corretas ob o· ponto de vi. ta técnico. tX't)h.,!.!k'-' l'
econ" . . . . - . -
. onuco, onentou a filcldattva nugraçao na fabncaçao em grand~ escala d\, ..
º
. ~ 0 . ortla.nd comum para o cimento
ePune t p .. P01tland compo ' lo... ( Quadn., 1). .\,
n~~1P~s. r~õe para a utilização de adiçõe ª?- cime~to.. deY~m-sc:.
dunmlllção do con umo eneroético especifico na tabncaçao do ctllll'tll\' qu"'
r:es materiai proporcionam. ~ontribuindo para a economia de Cl)t11bust" ,·is
• , po1tado ou não~ .
~s Pr?priedade. específicas que acmTetam ao. cimento. cm l'SlX' ·,ai ,l
urab1lidade
• a razoe- ecolo con 1· a ~o-es vantaJ·osas
' ' · l ap lCc Ç ~ . eit·m ~obre o cunento comum:
'
ento de . . . i . . l . i
rc1e1tos lllL ustnats P'-' u11.. \'l ·,:
1
• a razoe_ e g1~as. com ·to ap1
trat . 0 ~ · . ·
d 1 c ue as jazida de calcano sc1am c,aurn a, t
prern cg1cas, ev1 nn t 1· ' ~ ·
• , . aturament
a dtnunuição
·
1
· emissões de Q,.
772 A. f~ Battagi11 e /. L. S. Battagi11

O Quadro 5 mostra a evolução da normalização do e· ·.-


5 cJ w
r1ent
Conmm (NBR 5732 , ABNT 199l e E B -l ) d e· 'O . õe S C
(N B R 11578 ABNT 1991) ' O unento Portlanct ad•A
•ÇI· ou
' ' · ' e imento Portland com de ,
Posto tOIP-''
'rlle
, c1,.. JltoS
Q ua dr o 5 - Evolução da normalização dos Cimentos Portl
and Comu m e Composto no B ·1
ras1 aJto-forn°
1 -Tipo de :n1e
, c11•· 11toS
Ano Classe Quantidade de adições na produção Resistência mínima
C -- -
: Cimcmo
cimento
- IQ37 CP -- 250
Unidade 3 dias 7 dias , 1u
esteja co
- -- o 80 -
1 Ponland
1 Comum
-~
250 l 150 ~
- ias
,cinlento~
- o 80
1973 CP 320 o 1 100
150 250 referênc1
200 320
- -- 400 o kg f/cm2 140 240 , 400
-- -- -
250
320
10% escória 80 150 150 - 24.4,6 c;,nen
1977 CP 10% escória
- 100 200 1 320 1

----
1988
:.- .~ --

- CPS
-
CPE
-
400

25, 32 e 40 para -
o
__ _5% material carbonático
---
140 240 l 400

Mantidos os limites de 19iJ,


oamesma
l,aixo calor d
~

-- - cada tipo 10% escória MPa


em lvlPa
csz- IOº~o_material pozolànico ciJllento, des
---- - --'--
--- 25
- -- 8 15 ,.
_)
~
11esenvolvime
CPI 32 o 10 20
40 15 25
32
1k hidratação
1991 40
25 5°'o escória ou
MPa
8 15 15
como barrage
CPI-S 32 S'}o material pozolãnico ou 5%
material carbonático
10 20 3~ 1 termico. Confi
40
Cimento
15 25 40 asulfatos os
25 8 15 ~
Ponland
CP li-E 32
6% a 34% escória e até 10%
10 20 l n 200 J/g aos 3
Composto material carbonático
40 15 :!5 -1-0 1 &mafatérmic
25 8 15 !5
- 6º~ a 14% material pozolânico e até
1991 CP 11- 2 32 10% material carbonático MPa 10 :!O i 3~
40 15 25 40

25 8 15 1
:5
CP II- F 32 6% a 10% material carbonático 10 :o \ ",_
-1-0 1
40 15 25 -

O uso d as quantidades estabelecidas em norma, de materia


is
ti.P:amente moídos e incorporados ao produto durante o processo de fa carbon átic~s
:também algumas propriedades do cimento, conferindo ao co bricaç ao
01
ncreto co
uma melhor trabalhabilidade, pennitindo um melhor adensamento
.8CDI: pre.iuím das demais propriedades. Os cimentos coropa
stoS
00 COl 1
te r as aplicações convencionais do cimento Portland c 1001

-
• os cimentos que a
adições carbonátif:se~te~ teor de CJJ\:
t~tal; ou, seJa Igual ou ntenor. ~a~ ecujoféótde
• cimentos Portiand d ai Dl8$$â do aglomerante
alto-forno esteja co; to-f?rno (CP III), cu·o
• cimentos Portland p6;ef!1~ do entre 60% e ~0: r de eseória granulada de
1

esteja compreendido en~amcos (CP IV), cujo ~ou, .

q~:25
• cimentos que tenham te % e 40%; ou,
referências de obras
r de matenaI pozolânico
ecedentes com base em ensai d 1
comprovadamente 1· dº os e onga durnr!in ou
n 1quem re · tê · ·,-v
24.4.6 Cimento Portland de B . SIS ncia a sulfatos.
aixo Cal,or de Hidratação (BC)
idos os limites d Da mesma forma que O ciment
cm 11.f Pa e 1977, .
.
bruxo al d h"
c or e Jdratação pode o resistent e a u
· d . . suuatos , também o cimento de
consisti r em q .
:!O
15
cimento, esde que cumpra ua1quer dos tipos correntes de
25
dese~volvimento de calor durante comhi~ req_uisito ~specífico de baixo
15 de hidratação são especialmente i;~i~ad rataçao. Os cimentos de b~uo calor
25
20
32
como barragens, de forma a evitar os para obras de grandes dimensões,
25 40 térmico. Conforme a NBR 13ll 6 (AB~c ~s;gs d~ fissur~ção por gr~diente
15 a sulfatos os cimentos que apresent 'i 4 ) s_ao con~iderados res1~tentes
25
20 32 260 J/g aos 3 dias e 300 J/g aos 7~ ca or de rudra~çao menor ou igual a
25 garrafa térmica de Langavant6.
40 tas, quando ensaiados pelo método da
15 25
20 32
25 40 24.4.7 Cimento Portland Branco (CPB)
15 25
20 32
25
Para a produç ã? do cimento Portland branco as matérias primas devem
40
passar por um ngoros o processo de seleção, evitando especialmente a
presença de ferro, de forma a garantir o requisito da cor, além de cumprir
c?m todas as demais exigências da NBR 12989 (ABNT, 1993), para o
carbonáticos cunento Portlan d branco estrutural e para o não estrutural. O requisito
de fabricação relativo à brancu ra é o diferencial para esse tipo de cimento, que deve
concreto com cumprir com os índices exigidos na Norma (78% para o cimento branco
r adensamento estrutural e 82 % para o não estrutural), conforme ensaio estabelecido pela
::>mpostos com NBR NM 3 (ABNT, 2000).
Wand comum,
24.4.8 Cimento Portland para Poços Petrolíferos

É um tipo especial de ciment~, yr~parado para atender a essa aplicação


específica e que deve atender às ex1gencias da NBR 9831 (ABNT, 2008).
,., s
a aplicaçoe
ambientes 24.S Etapas de fabricação do cimento Portland
essN° 5
~s agr ,., ,
·
O ciment p 1 d ., produzido em instalações industriais complexas,
1992) sao o · ort an e - d f' a1 d tr d
dotadas de equipa mentos apropriados à obtençao do pro uto m en o os
'
-
6 -- Lan vant trata-se de método semi-adiabático que consiste na
TambélT' lenominado de calorímetro de . ga t ~tilizando como calorímetro um vaso de Dewar ou garrafa
quantificac ;";'(, do calor gerado na hidratação do cunen o,
lénnica isrnante.

ô
774 A. F. Battagi11 e/. L. S. Battagin

par âm etro s esp ecif icad os e pod e con ter, alé m do clín que r Por tlan d e do ges so
para regular a peg a, a adi ção de uma ou mais ma téri as prim as (escória
gra nul ada de alto -for no, ma teri ais poz olâ nic os ou fíle r cal cár io), dep end end o
do tipo de cim ent o.

24.5.1 Clínquer
1
O clínquer Portland é o material sinterizado e peletizado , resultante da
calcinação a cerca de 1.450ºC de uma mistura adequada de calcário e argila e,
eventualmente, de componentes corretivos, empregados de mo do a garantir a
composição química da mistura dentro de Hmites específicos, sen do constituído
na sua maior parte por silicatos (75 %) e em proporções menores de aluminatos e
ferro-aluminatos cálcicos.
O clínquer em pó tem a peculiaridade de desenvolver um a rea ção química em
presença de água, na qual ele, primeiramente, toma-se pastoso e, em seguida,
end ure ce, adq uiri ndo elev ada resi stên cia e dur abi lida de. Ess a cara cter ístic a
adquirida pelo clínquer, que faz dele um ligante hidráulico muito resistente, é sua
propriedade mais importante.

24 .5 .1.1 Insumos necessários para a produção do clfuquer


Para a produção de uma tonelada de clínquer são utilizados, em média:
• 1.250 kg de calcário
• 300 kg de argila
• 14 kg de minério de ferro
• 60 a 130 kg de combustível
• 110 a 130 kWh de energia elétrica.

24 .5 .1.2 Preparação da farinha Op


A fabricação do cimento Portland se inicia com a extração das matérias primas
para a produção do clínquer. A Figura 4 mostra uma jaz ida de calcário, o uso de
explosivos para o desmonte da rocha, o processo de transporte até as unidades de
britagem, a entrada de pedras de grandes dimensões no britador, o transporte do
material britado até as unidades de moagem, a estocagem da farinha (composta
de calcário moído e já misturado a argila e eventualmente minério de ferro) e um
equipamento de pré-calcinação da farinha na entrada do forno rotativo.

' Sint er~ç ão: proce~so em que partículas sólidas se aglutinam por efeito do aquecimento a uma temperatura inferior
a de fusao, mas suficientemente alta para possibilitar a difusão dos átomos entre as redes cristalinas. Peletização: é
um processo mecânico onde ocorre aglomeração de pequenas partículas por meio do calor, em partículas maiores.
O Cimehto Portland no Brasil

Ultante d
e argila eª
garantir~
onstituído
uminatos e

uímica em
seguida
acterística'
nte, é sua

clia:

·ias primas
0 uso de
~idades de
sportc do
tco rnposta
err o) e um

Forno rotativo com pré-calcinador

tédu•prinm 1111 fabricação do cimento Portland, e estocagem e pré-


"" ,11 1111 de, 1 11lc•1l tl11 , 1'11lll' 1flll 1
11111
1
· ·1, 1.
' ~llfl' 1IHI\' 11ll l 1ti Ili 111
1
7 76 . \. 1: lt:m1.~i11 ~· I. l. S. Battagi11

_-t-5. l ..' Obtt'n 'ÜO do dínque r Portlan d


..\farinha,'- u material cru, entra no forno rotativo e cariÜnhõ.'.1 por gr'1 dade em
di1 ·\ 'tk' à pnrk' mais quente do equipam ento. A Figura 5 mostra um e· :!mplo do
tlu,'-,gramn dt..l pro 'esso de produç ão mais utilizad o no Brasil, que é dos mais
m0dL'n1os d'-) mundo e on i te na produç ão em fomos de via seca dotado s de pré-
'-'-Ü 'i nnd )t s.
Uma fübri 'n d~ 'Ünento trabalh a continu amente , pois o forno rotativo de
p1\) iuçno dt' dinqu r apenas tem seu process o produti vo interro mpido para a
1'ali, a\'.':U.) d(' manutenção.
l'ssa figura s" observrun as fases em que ocorre a formaç ão dos principais
~ompo tu~ dt.1 dinque r: alita (3Ca0 .Si02 ou resumi damen te C3S) , belita
t2Cat .Siú, nu ~ ) e as fa es intersticiais entre os cristais de alita e belita, que
são o l \A tJC a . bO.,) e o CAF (4Ca0. Ah03.Fe20 3).
As l'l'1nd i 'lks de f..1bricação do clínque r (temper atura, tempo de permanência
no ft)fllú, moagen1 e hon1ogeneização das matérias primas , ambien te no interior
do fon10 l' outrns) são acompa nhadas na maioria das fábricas brasileiras por
anülisl' mkros cópka de seções polidas do clínque r obtido, que permite
reconstituir toda a hi 'tória de sua fabricação. Isso permite à indústria acompanhar
e con-igir l'Om rapidez e conhec imento científico seu process o produtivo.

Forno rotativo com pré-aquecedor e pré-calcinador

1450•c
1400
200
1000
E soo
... 600
a
,A 200
. 6 mostra o interior _do forno, na região IDllis CjUente e PJ'ÓXmla
Af,gura_
0 ipal, onde o matenal se apresenta em estado de fusão incipiente em
80
Jllaçaric ':i'~~ente redutor. ,N_a segunda parte da Figura 6 llparece clínquer
,,nbiente 3 resfriamento rap1do, W: 14~(!'C a 80°C, rrocesso realizado O em
ub!lleodo I·ndustriais, sendo o mais utilizado o do tipo dotado de gre]bas
~,friadores terceira parte dessa figura) e o de satélites. A Figura 7 mostra
(Jllosrrado na micrografias de clínquer que ilustram o controle do processo
as foto
alg~rnd0 pelas fábricas.
rea}1za

Fonnação do clinquer

F. 6 - Formação do clínquer no forno e seu rt:5fri amento em resfriadores industriais


1gura (grelhas ou satélites)

Distribuição heterogênea ~os ã


. . 1'ndicando homogene1z
cnsta,s, . h aç o
deficiente da faru~ 8
- -._'i -\. 1-: Rr ,1 ,, t' / . l " R,ttti11:i11

~-1-5.1 ..+ ~ 1 agem do 'llnqttl'r ' ubh.:nção do cimento Portland


dmque r t~sfriado é transportado pnra a moagem final para atingir a fi
'\.'ll\ niente. onde siio incorporadas as d mais matérias pri mas em funç~nura
n· d cimento · . a1em do su I t·ato de ·ak.:10, ªº
• · que e• sempre obrigatoriarn do
adi ·i )nade para regular o tempo inicial de pega do cimento. As demais ma/~te
prima~ adicionada · (escoria de alto-forno, materiais pozolânicos e mate~~
carbonâti . . ~·) são totalmente compatíveis com o principal compon ente:
cimente Portland - ) dmqu 'r e conferem ao cimento propriedades adicionai

2452 .4.diçõt.~

A~· adi . . 5e ' :ão matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de


moag m. ~nnite m a fabrica ão do divcr os tipos de cimento Portland hoje
di ·poniv i: no mercado. Resumem-, e n: gipsita, escórias de alto forno, materiais
pozolànico.: e mat riai" carbonfüicos (Figura 8). As adições melhoram cenas
caracteri ticas do con 'reto prepamdo com o cimento que as contém e presenam
o ambiente ao aproveitar resíduos e diminuir a extração de matéria-prima e éb
emis ·õe,' de ._gases de efeito estufa .
. (CaSOa.2 fLO); herrudrato ou
/fjpSJl3
e,. o,). " d
1Lll . sita (sul.ato e
.....(. ·
"41CIO com duas mo- .
A g~ elll estado natural; é um mineral estável Sua• 4aua} '-">.: i,,.... u-,;;a~'
011 1
c11f . 1,.r,rm1te da molécula e, portanto, nlo
r1r 111 e:, . · 1· alé
se :.- --~ ~
"'-YC considerar
Pª.111Jtbtria cimenteira ut1 1za, m do gesso natura.1 tl como llmi~
A nxiutos de processos industriais da fabri ' osfoge ~ e ~ '0
,ullP, ·. respectivamente. Esse fato ocorre · ~ dos ácido f'osfórico e
11 i1)ndnLO, • pnnc1pa
t. d•vido l1s cnonncs distâncias das jazidas naturais
1mente no I udeste
su e s do
p;u~ \
.1Re•'t.10 t N m.lcstc. que se encontra m restritos
' 1:;11 üt·ntcmentc, o minério fosfático, insumo básico para rod _ .
: . ., . · · ,· d , · . · · a P uçao do ácido
ftl~fónco est'1 ..1s;oc: m o a ~m~urezas, ?rtg1.nando a presença no gesso sintético de
pnxlutos como t u~rctos ... ~>t~ at~Js. res1d~a!s, matéria orgânica, que podem afetar
0 tempo de pega e as rcs1s cncms mecamcas do cimento, daí a necessidade de
purificação do fos fogesso. _ , .
o ge so t;m como fu_nçao ba~1~a aumentar o tempo de endurecimento do
dmquer mo1do. Caso nao se ad1c1onalise o gesso à moagem do clínquer,
0
cimento quando entras~e ~m..con.tato com a água endureceria quase que
mstantaneamente~Q que mv1a?1ltzana ~u uso nas obras. Por isso, o gesso é uma
adição pre ente em todos os tipos de cimento Portland. A quantidade adicionada
epequena: em geral, 3% de gesso para 97 % de clínquer. em massa.
2~5.22 Escória de alto-forno
O tratamento em alto-forno de minério de ferro produz o ferro fundido e a
e-cória líquida. As escórias líquidas resfriadas rapidamente com água
!granuladas) ou com aspersão de ar e água (pclctizadas) fonnam nódulos vítreos
eapresentam propriedades hidráulicas latentcs.
Aescória é constituída principalmente dc cükio. magnésio. silício, alumínio e
oxigênio, os mesmos elementos presentes no clínqucr Portland e, portanto,
compatíveis com ele denlro de uma faixa grande de proporcionamento.
E~ presença do meio altamente alcalino, a e -cória vítrc~ re~g~ co~ a água de
maneira similar ao cimento Portland. formando produtos h1draultcos ligantes.
A sua composição químka deve obedecer à relação, fixada na norma NBR
5735
(ABNT, 1991 ):

CaO+ Mg0- 1! 3A!.1.0!i ~ 1 (Equação 1)


Si02 + 2/3Al103
Io · . . d à fabricação de cimento devem ser
~Calin ign1fica que as escórias destina asó .· "lc"linas fJOr si só possuem
as e - , . t as esc I ias u " • . -
eai-acte , ti. nao acidas. Somen. e cio fato de terem uma compos1çao
quírnic;S cas de hi~raulicidade ~ isto aco~~e~)~~ntcs capn1.cs de produzirem. por
!'esfriam que permite a formaçao de cot P. )pricdades hidráulicas.
ento brusco. um estado vítreo com pH
780 A. F. Bauagin e / . L. S. Baffagi11

durecidos.
Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à ,,.,oíS ~ºos moídos
Jqr lâfUC 'a}
clínquer com gesso~ guardadas certas proporções, e obter como result:~a~~rn.cto
de cimento que, alem de atender plenamente aos usos mais comu tipo
tzº rnaten :
. d al . d ns' apresenta Je oo.tr?s pois no p
meIhona e gumas propne ades, como maior durabilidade e maior · " .
res1stencia 01atef1al rn' a pozol
fim.al eco
reag / 0 111ottvo P.
O desempenho de uma dada escória de alto-forno, além de suas pro · d esse e o é perfeit
· ' d d d pne ades
m~1tunsecdas, de~en e gran eme~te das característ~cas _do clínquer com O qual é coJ1lgess rnendável,
ffils ra a e aal1?rmda como .ª ffilstura e homogene1zaçao ocorrem; operações que , te' reco . .
devem ser re ~adas e~ mstalações industriais, dotadas de equipamentos e
ca · mruor 1m
deconfenr
contra1es apropna os, existentes nas fábricas de cimento.
i "2
1.. ) .
4 fíler cale;
24.5 .2.3 Materiais pozolânicos ,, Quando presente
Sã? materiais silicos~s ou síli~o-aluminosos que, apesar de não terem por si só _ conhecidos com
sao . tr
propnedades de um ligante hidráulico, na forma finamente dividida e em amassas mais
di
arg ,.,
presença de água reagem com o hidróxido de cálcio, à temperatura ambiente, para moídos têm roens
formar os mesmos compostos que são produzidos pela hidratação do cimento demais componen
Portland. "lubrificante".
Os materiais pozolânicos são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas Assim os fileres s2
fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas a elevadas agregados minerais
temperaturas e resíduos derivados da queima de carvão mineral nas usinas carbonato de cálci
termelétricas, entre outros. Os materiais pozolânicos mais largamente utilizados apropriada, para a
pela indústria cimenteira são os seguintes: capilaridade etc., de
a) pozolana natural - material que tem atividade pozolânica por si só, sem Os fileres calcári
nenhum tratamento especial de ativação,além da moagem. Podem ser de origem · alguma reati
ígnea, como cinzas e lavas vulcânicas; ou de origem orgânica, pela formação de uminatoses
rochas sedimentares; constituídas por esqueletos de algas diatomáceas; .
b) cinza volante - material pozolânico finamente divid~do provemente d~
combustão em centrais termelétricas de carvão mineral pulvenzado ou granulado,
e) si1ica ativa - subproduto da produção de silício metálico e ligas de ferro-
silício a P.artir da redução de quartzo de alta pureza por carvão natural em forno
elétric~. E constituída de partículas extremamente finas (cerca de 100 vezes
menores que as do cimento) de dióxido de silício amorfo; . _ em
d) argila calcinada - material pozolânico resultante da calcmaçao e moag
d.derminadas argilas a temperaturas de 500ºC a 900ºC; . . erais
tacaulim - produto de calcinação e moag~m de argtlo:culas
• $. Constitui um tipo de pozolana formada _ess~nc1almente por P
m estrutura predominantemente não cnstalina. . levaram à
l.~~Ul que no caso da escória de alto-forno, pesqmsas arnculas
@,naterlais pozolânicos, quando pulve~ados e~ulicO, se
a lJJ)IeSt'Dtar a propriedade de ligante hi reriais
J$to porque não basta colocar os

m;-Jll
em presença de água, para que ~.....n!i e
tornam primeiramente pasw-,v-
.. ~ndutecid . reação só vai acon
~r'1•• ~~·o: moíd em grãos finíssimos
1

rlZlªº, 01aterial: o hidróxido de cálcio. (:) e ~ l .


Je (iu:_.. p0i.· no proce o de hidratação libera hidróxidó
p1a1en Jnl a pozolana. de cllCíb ·-•n.·'lllliillw.".
!fl~~~ l) moti,·~ pelo qual-~ adiçã~ de materiais pozolânicos

~·:o é perfeitamente viavel, ate um determinado limiº 80


l.. clfnquermofdo
1101 _.. . d. 1 . . d . te. 8 em a}anno. -
• .i-econ1en an~ . p01 o hpo e cimento assim obtido am'da_;_ 0
--~ ,
eate . · b"l"d d u1erece a vantagem
de ·(Inferir maior tmpermea I i a e, por exemplo, aos concretos e às arg&massas.

,~:.2.-l Fíler calcário .


- r,n!lndo pre .. ente no cimento os materiais carbonáticos finamente d' 'd.dos
\'.,_.. .d fíl ai , . ~ } . IVI 1
:do ·onhec1 o _como e~ c. cano. 1a adição serve para tomar os concretos e as
;m."'3111:15 as ma1 trabalhave1s. por que os grãos ou partículas desses materiais
mÕído~ têm dimen õe adequa~ para se alojar entre os grãos ou partículas dos
demai componente do cimento, funcionando como um verdadeiro
..lubrificante··.
As im os filere ão materiais inorgânicos, obtidos pela moagem fina de certos
agregados minerai de composição calcária, com teor mínimo de 85% de
carbonato de cálcio.que atuam principalmente, graças a uma granulometria
apropriada. para aumentar a trabalhabilidade, diminuir a permeabilidade e
capilaridade etc .. de argamassas e concretos.
Os fileres calcários apresentam, portanto, uma ação mais física, mas podem
possuir alguma reatividade química com os aluminatos de cálcio, formando os
carooaluminatos e substituindo parcialmente o papel do gesso.

24.SJ 1.l1oagem final e formas de despacho do Cimento Portland


_É na moagem final que O clínquer, com adiçã? de gesso e das d~m~is ~at~rias
Pnmas: conforme seu tipo. nas proporções previstas nas normas t~cmcas, ,rc~u~a
num po cinzento: ou seja. 0 cimento tal como conhecemos. O ,cimento e cnt,~o
transportado mecánica e pneumaticamente para os silos, onde_e_estocado. Apos
os ensaios finais de qualidade o produto é enviado para exped1çao. .
Arem ' d ·dor pode ser feita de duas maneiras:
a°""" essa do cimento ao merca o consumI t , feito cm m'iquinas
e1cu1el ou em 1m t de 50 kg O ensacamen o e '
esJ)eciai sacos. gera en e . cose os liberam assim que atingem
aIllassas. que .automaticamente ench~m .º sa a el kraft, que garante o perfeito
8

lllanuse· espec1ficada. A embalagem e feita em ~ ~o o processo de produção.


io pelo consumidor. A Figura 9 resume o
782 A. F. Bauagin e ! . L. S. Bauagin

•5pccíf i
'·i:~ (.i
10r iit . ~ 111 c;onl
1J JJ()lv 1•
ilJ<J8), A gra,.K
~c11aJn.
f~ . rna 1,
·s baixo
a1a1J1C ., etc cncr
11
orrt ' .,
ecO~ e curva gt"
01ninc 'l mcsmn
urrt, 1
~ ência norma
rt51St . e.lo concrc
1og1a •
ieo áliscs de d!sl
Anpüc1cm inclt~é
:Oa própria cf.1c
~cuias com c.Jin
apenas para o aum .
~ partículas super
Figura 9 - Esquema de fabricação do cimento Portland tksejável que 6'.YJ1)
Portanto c.lcprc
24.6 Qualidade dos cimentos brasileiros aumentar dcliben
antieconômko. co
O cimento Portland foi o primeiro produto brasileiro a ter suas características anômalo. Já com r
garantidas por sistema de certificação, conferido a partir de 1977 pela Marca de tanto no passado. e
Conformidade ABNT e mais tarde pelo Selo de Qualidade ABCP. O produto ID1portação de ülc
exibe atualmente o maior índice de conformidade às normas técnicas dentre todos atualmente, com f
os materiais de construção (acima de 99%). sustentável. sem n
As propriedades mais importantes do cimento Portland são sua resistência à !bicas auferidas ~
compressão e a trabalhabilidade, com um compromisso precípuo de garantia da áliabalhos técn il;
durabilidade. lmas décadas 11
A resistência mecânica do cimento depende de uma série de características, tai
como reatividade do clínquer, relação água/cimento (ale), condições de cura. ativas na fin
distribuição granulométrica das partículas, teor de adições minerais. entre outra_s. cimento.
e é medida em laboratório através do método NBR 7215 (ABNT, 1997) (ensaio aracteri.
de resistência normal), que estabelece uma relação a/e fixa de 0,48 e condições de com pi
cura padronizadas, de modo que a distribuição granulométrica do ciment~ e.º teor Olllpo·to
de adição vão influir mais decisivamente no desenvolvimento da resistencta dos rc pçã
OO:tpOs-de-prova. . to ui
•im, a adição indiscriminada de materiais não conhecidos ou não controlados
• processo de fabricação do cimento ou introduzidos diretame~1te n~
. d d , Itgantcs
sem adequado beneficiamento, pode resultar em propne a es do
~ as esperadas ou comportar-se como material inerte. n:que~;da
de água, o que pode provocar alteração na durabahd~ iros
esee concreto. Daí a necessidade de controles roune
~prima s quanto nos produtos finai~. . tênCͪ·
~ do cimento obtém-se maior re • es01º 5
~ ser alcançado também com rn O
específica, qu
va10r áfe8rém com uma urv d trib
19'J8)d pOA grand vanta m d utill
feC~ª ª~ais bai o (mai gro ) !(!. ..,,., ...,...:.

51aine ia de energia l tri a n m inh •


fí.il~o~ curva granulam tri a mai ita
a1a1n~a mesma trabalhabilidad . fat r(aft·,1- --
~ "ncia normal (pois a rela ão a/ fi ) m pod u
rts,,st:ia do concreto. acarretar
(tO Oc d' 'b
Análises de !stn mç~o . - d t h d
aman o pam ui por analisador de
paciem indicar rap1dam nt a pecto obre O d mpenh d roedif i raçlo a
laserº aprópria eficiência dos scpnrndore moinho das t1:.tbn·casºd p touto ~
com d' -
~cuias com Imensocs mcno~s qu 2µ m não ão d ~áv i , poi contru cunen . 1m
º.
ibu m
apenas para o aum~nto <lo rcquenmcnto d água, pouco influindo na resi tência. Já
35
pa rtículas supe norcs a 5011 m comportam- praticam nte como inertes ndo
desejável que 60% a 70% das pm1í:ulas sit.uem- na fai a de 3µm a 30µm.
Portanto depreende-se que nao há interesse da indústria cimenteira em
aumentar deliberadamente a finura do cimento, poi es e fato, além d
antieconômico, como mencionado, pode acarretar comportamento reológico
anômalo. Já com relação ao uso de ndiçõcs ativas observa-se tendência crescente
tanto no passado, e timulada prindpnlmcntc pela diminuição da dependência de
unportação de óleo combustível (crises do pctrôlco de 1973 e 1979) quanto
atualmente, com fottc apelo ambiental, um dos pilares do desenvolvimento
sustentável, sem nunca negligenciar cm qunlquer cpol'a as grandes vantagens
técnicas auferidas ao produto finul.
Trabalhos técnicos sobre o tema mostram que as mudanças verificadas nas
últimas década na produção <k <..'iml'nto não n:perl'utirnm cm alterações
significativas na finura e na resistência llll'l'.tnka quando se comparam o mesmo
tipo de cimento. O que mudou cfl'livnml'tltl' foi a partidpnção porl'cntuul de
cimentos caracteri ticamente mais finos no llll'rl'mlo. l'omo ° CPV AR I e os
c~ento com expre ivos teores dl' mliçm•s (CPIII l.~ CP IV ) c~n •:clação_,''~_ls
cimentos composto (CPil-l<, e Pll E l' l 'Pll Z), os .ma~s l'onsum~~los no B,..,s,1,
gerando a percepção de que os d1rn.·1\los cstúo .mm~ llllos ~· pott,mto polkmlo
gerar co ncretos ou aroamass·1s susccptÍYl'ÍS n nuunr llssurn,·ao. . .
No início do s anosº90 ~~-~i,n~c1~tns l'Olltpnstos ,ití hn i:.'m suhst,1_tu1l_lo l; ~·tllll'lllt
Ponland : , . . is utili11,do. 14.ssn ll't u. l'll l' ta l l uso l l
ciment comum no Parn . ate c.otno nrn . º. mr co11stituir um dos vl'loil'S dl'
d1'°': ?S com adições é mundtal. l'St11nulmln I t .. "'t\ ') ·• l'l.il'il-.lll'ia l'lll'Q!l;til'a
••u nu1 ç- d 1
· ( ,
e ao e gases de efeito l.'Slll u ns mtll'O.·S \ll ' Oll'l'> ,, ' •
. ,1,., ,.1,,.l·t's) sl'llllo o Brasil
O uso d , . , · 1 , ou
1 1l'~ t l ,
cons,·ct e com bust1 vc 1s nltcrn,\ltV~l~ t 1l 1 . • ·oudi, ·tx·s •co• m mL11t .
erado .i- ,., • • • , 1' l li l l m1 1
l l l 1.
os pa tsl'S
euro re ,erencia mune.1líl 1• t I r-
1 1 ,

Atupeuls. .,, ,,.,


... ,,·• ul l'\1 m·s:-.i,a no nll'rl'adtl
/'\ a m
bras·1 . ente os cimentos com m1·l\'tll·s, ll'lll pm. ·I·" .•' ·i,•lo ·,n ,u1tl 11.•m dll\· tl· tas l'
Preci· Ie iro d . . ·· 111 111 1s cs1. .ll lll . . .· , 1 ·t ·
'. en o 4lll' o meio ll'l 11tl t • 1. l'i11\1 .'tllo. pn m tp,l 1\\1. n l
tspos1 - 1l •ss 1.•s 1'pu s l l
Çoes co nt ra rias ao 1 1 l.'11 0
PT l •·
78-1 A. I. ll11ff11,~i111' I I . S. Hmwgin

pt'la maior durnhilid udc que proporcionam, mantid as as demais propried d


como o rrt~st:imento <lu resistência à compressão ao longo do tempo, mesmo: e~,
a idadt· <.k t'ontrnlc de 28 dias. Pos
Dados do controle realizado sistematicamente pela Associação Brasileira d
CinK·nto Portland comprovam esse crescimento e são mostradas as Quadros e
7. visando esclarecer o meio técnico com dados estatísticos. Constitue 6 ss
;
resultados de aproxim adamente 580 amostras representados por cimento so
fabrkados por toda s as unidades brasileiras das diferentes regiões do País. 8
d

<.)undt\l (l IO
R1.•s11lt11dos de resistência à compressão dos cimentos brasileiros, em função da
idade
JS
R~sultndos de Resistência à Compressão, em MPa, em função da Idade JO
Tipo de
cimento 1 diu 3 dias 7 dias 28 dias 63 dias JS
91 dias
CP 11-E-.~2 l),4 22, 1 30,5 4 1,2
- 44,4 48,9 JII
CP 11-F-3.:! 12,7 26,9 32,4 39,7 42,1 44,0
CP JJ- E-40 - 28,9 37,3 47,2 51,4 56,6
d
CP ll-Z-32 12,7 24,9 30,5 38,2 40 ,1 IO
42,6
CP lll -32

.
6,5 16,3 27,2 41,8 48 ,4 51,4
CP lll -40 10,5 5
2 1,4 33,4 48,2 51,3 56,0 3dl as
CP IV-32 9,6 21,5 28,6 39,9 43,6 46,3
CPV-AR I 24,5 37,4 42,7 48,5 48 ,8 52,5 Figura 10
CPV-ARI RS 19,0 33 , 1 40,2 47,2 49,9 52,4

Quadro 7 - Percentual de resistência à compressão dos cimentos brasileiros, em diferente


s idades , em relação à
resistência à idade de 28 dias

Resist6ncia à Compressão, em %, em função dos resultados aos 28 dias


3 dias 7 dias 28 dias 63 dias 91 dias
54 74 100 108 119
32 68 82 100 106 111
61 79 100 109 120
33 65 80 100 105 112
6 39 65 100 116 123
22 44 69 IOO 106 116
54 72 100 109 116
77 88 100 101 J08
70 85 100 106 li 1

· ten di a
" u·ca de 1 traªf1l
" c1· a mecar
a evolução da res1s
â l tipo de cimento. Essas tabelas II1J\o%
~ V ARI apresenta a 1 dia cerc:;rior a
,10.S 91 dias, o crescimento é
·or
eia é supe!lto
. de ciJJlell
·edadês, apresenta apenas 16% da resistê . .
ººªPós a representação gráfica dos re nc1a que irá atingir aos 28 dias •
crescimento da resistência po s~.ltados apresentados na Quadro 6A Figura 10 traz
eira de r tpo de cunento após os 28 cli e, em detalhe, o
os 6e as.
55
tituern
entos 50
...,_CP IQ.S2
45 - CPV-,\Rf
-o-ep 11-z.,2
40

35

30

25

20

,6 15
35 .,..__ _ _ _ _ -r--- ----- -.
,6 10 28dias 63dlas 91dlas
4
5 ;----.-----.----+----r----,
o 1dla 3dias 7dlas 28 dias 63 dias 91 dias
3
5
Figura 10 - Crescimento da resistência dos cimentos brasileiros em função da idade
,4

lação à Esses resulta dos corroboram o que estabelece a NBR 6118 (ABNT, 2007) em
seu item 12.3.3 com relação ao crescimento esperado dos concretos preparados
com cada tipo de ciment o Portland, desconsiderando outras variáveis além do
desempenho do próprio cimento. A Figura 11 ilustra esse fato, mostrando a
representação gráfica dos valores da Tabela 7.
ias

lJ0,00 1.30,00
110,00

o U0,00 110,00
70,00
110,00 50,00
l0,00
100, 00
10,00 .....
.....NBl-CPllle 1CU 30~1 7CUJ 2Jd11 IJCUJ H~J
S0,00 CPIV 120,00
..-NBl-CPII
!0, 00 100.00
..-NBl-CPV ARI
80,00
70,00 -CP ll·E·32 60,00

40,00
!0,00 --CPll·F-32
20,00
)óal 70ü UCUI IJCUI t1CMJ
so,oo -+-CPlll·32 1d•
dia a ,....CPlll·40
40,00 100.001
straJll I0.00

. 50% 10,00
ao.00

i,ríO! a 20.00
.... ~ 40,00
lei.li 70..1 11:.a, U ,... t1~1
10,00 - ..---- __,-- ---==
zacus ---6'CUI flCWS 141

1e 3 :JI 7 IUJ

ais e previsão da NBR 6118 (ABNT, 2007)


. ·mentos - Resultados re
. t~ eia dos c1
Figura rescimento da resis en
786 A. F. Battagin e / . L. S. Battagin

contrilJ
<? ~an~o _d~ ?a do s da A B C P pe rm ite o~servar ai nd a qu e os cimentos de al ·,·idade /veis,
res1stenc1a 1mc1al (C PV A R l) sã o os m ai s finos , te ndo apresent ,u ºº "ª
m éd io de ár ea es pe ci fi ca pr óx im a de 49 0 m2/k g em 20 09 . Es se tip
ado result dta o~º re ·va quan
. . . _ o de cun· ª 0 ress•
etP aciofl ,a1 pe
atu aJ m e~ te at m ge ~m a part1c1paçao de m er ca do de c_erca de 7% , qu ento
ando em 1
990 oíVel n process
er a pr at ic am en te mex1stente. H ou ve , pa ra es se tipo de ci m en
to , um ligeiro O'º'1·ndustri
au m en to na fi nu ra , de co rr en te do su rg im en to do C PV -A R l R S, 'dUOS
contempland res' . arnente
ad iç õe s de es có ri a de al to fo rn o e m at er ia is po zo lâ ni co s, au m en to 0
eeonoJJllC / . de
esse de cer
2
de 40 m /k g, re gi st ra do a pa rt ir de 20 08 co m re la çã o a 20 01 . O s ci contrario
mentos C P ~ eao ge
tê m ta m bé m co m o ca ra ct er ís tic a a m ai or fi nu ra , qu an do compara
dos aos outros ''doos, sem -
tipos pr od uz id os no B ra si l al ém do C PV A R I e re pr es en ta ra m 11 iest. a de gesta
% do mercado téCJUC
em 20 08 qu an do nã o pa ss av am de 2% em 1970. Já os ci m en to s sancíonad~ pe~o
do tipo CP m
ap re se nt am -s e lig ei ra m en te m ai s gr os so s, co m fi nu ra pr óx im a de 40
0 m2/kg, com Avalonzaçao
pa rt ic ip aç ão at ua l de 17 % do m er ca do e co nc en tr ad os na Regiã seo aproveitamen
o Sudeste. Os
da do s m os tr am ai nd a qu e o ci m en to Po rt la nd co m um , qu e er a o idéia de conserva
cimento mais
co ns um id o do m er ca do no s an os 70 , ap re se nt av a ár ea especifica
2
de 33 0 a 350 oco-process
m /k g, se nd o at ua lm en te su a pr od uç ão in ex pr es si va . D en tr e IRP<>nderante n .
os cimentos
co m po st os , o C PI I- Z é o qu e ap re se nt a m ai or finura, co m ár ea es alternativa amb
pe ci fic a m éd ia
em 20 09 de 41 5 m 2/k g, em co m pa ra çã o co m o C PI I- F (395 m 2/k llâlámento dos re
g) e o CP II-E
(390 m /k g) .
2
or existent
E m su m a, to do s os tip os de ci m en to pr od uz id os no B ra si l tê m cara
cterísticas tável global
qu e os qu al if ic am pa ra us o ge ra l, no en ta nt o, alguns tipos sã o mai
s adequados a
al gu m as ap lic aç õe s. A s di fe re nç as en tr e os diversos tipos de cim
ento buscam
at en de r às ne ce ss id ad es do s co ns um id or es e simultaneamente co
ntribuir para
de se nv ol vi m en to su st en tá ve l, ut ili za nd o de m an ei ra se gu ra
e adequada
su bp ro du to s in du st ri ai s co m o es có ri as e po zo la na s, qu e en tr am na
composição
do s ci m en to s co m po st os e do s ci m en to s po zo lâ ni co s e de alto
-forno; esses
úl tim os , po r ex em pl o, po de m ex ig ir al gu m as pr ec au çõ es pa ra compe
nsar.º n:ienor
de se nv ol vi m en to in ic ia l de re si st ên ci a, se nd o se u uso especialm
ente mdicado
pa ra co nc re to s em am bi en te s ag re ss iv os po r pr om ov er em mel
horia da
durabilidade.
t~..~µ A ,lh orinteração entre os diversos elementos da cadeia produtiva, com um
io mais intenso de informações, pode possibilitar o melh~r
úne:nto das potencialidades que o cimento e os produtos com e e
oferecem.
nto de resíduos na fabricação do cimento Port1and
atividade contribui para a economia de combu . .
~Ult:ãdc) não renováveis, possibilita o melhor apro .tamstíve1S fósseis e recursos naturais
CUtiento . quanti·c1ade de empregos diretos
expressiva dire das matérias ru.&uua,
ve1e . ento nl"Ím!llo gera
:m1990
ligeiro nível nacional, pelo Conselho Nacional de Mei~~!i~
O co-processam ento representa uma integração amb· talm
~&~=~· ·
em
nplando 'd s industriai ien ente segura dos
le cerca res1 uo . s com ?processo de elaboração do cimento. É uma alternativa
SCPJV econom1camente competitiva com relação à disposição em aterro · · -
tr' · d . s e mcmeraçao,
e, ~o con ano esse~, se caractenza ~la destruição total de grandes volumes de
~s1~uos, sem g:raçao ?e novos passivos ambientais'. Está contemplado como
tecruca de gestão ambiental na nova Politica Nacional de Resíduos Sólidos
sancionada pelo Governo em agosto de 20 IO. '
g,com
A valorização dos resíduos no processo de fabricação de cimento através de
ste. Os
seu aproveitamen to energético ou como matéria-prima, está diretamente ligada à
o mais idéia de conservação e racionalização do uso de recursos minerais e energéticos.
a 350 O co-processam ento proporciona à indústria de cimento desempenhar papel
entos preponderante no gerenciamento de resíduos sólidos industriais, com uma
média alternativa ambientalme nte sustentável, economicamente viável para o
CPII-E tratamento dos resíduos, em condições estritamente controladas, dentro do marco
regulador existente, e em linha com o princípio estratégico do desenvolvimento
rísticas sustentável global.
ados a
~uscam 24.7.1 A tecnologia do co-processamento de resíduos
fir para
fquada A combustão é a reação-chave do processo de , fab~cação, de cimento,
oosição transformando as matérias-primas em clínquer, o qual e entao m01do com gesso
; esses d. - ara se transformar no cimento.
e a içoes p d h a o tempo de residência dos gases a alta temperatura, a
A tem~eratur~ a ~ am ,
menor
clicado ários outros parâmetros da combustão na
turbulê~c1a n~ 1ntenor_ d~ ~~~Je:t:S e até superiores aos padrões exigidos para
ria da produçao de c1IDe~to sao q d esíduos perigosos.
a incineração ambientalmente s~gura e 1< fi mos de cimento se utiliza desses
om um O co-processam ento _de resi:~~:%te ~ada ao processo de fabricaçã~ de
felhor parâmetros de combus~ao de m _ lamentados por normas estaduais e
oro ele cimento cujos proced1IDentos sao r~~ de grandes volumes de resíduos, o co-
federais 'Além da capacidade de des~çao mo combustível ou como matéria-
process~ent o agrega valor ao res1 uo co
rtJand Prima.

dedade
nto das
24.7.1 .1 Cenário intemacio,.?al adá e Noruega, diante da sa~ção
Paíse, r,omo França, Japao? Can dvindos de ate1Tos clandestmos, levar tar
imin:::t:
Ho dos . ,, · dos nscos a ,., d , cadas de forma a con
dos ate· •r,, sarutanos e amento há mais de tres e ' 1 es de resíduos
regula . tação do co-process
0
· - 0 térmica de grandes vo um
de . - . de destru1ça
oS / com u t1 temat1va segura . ,, eis e 600 mil
·va e e de p, os ambientais. . d 80 milhões de pneus mserv1v
t1 a Na áo Européia, mais e
=-ote,
788 A. F. Battagin e / . L. S. Battagin

./ é u
áO eJa .
toneladas de resíduos líquidos são utilizados por ano como combu')r . p:itls 1reahZª
alternativos em fom os de cimento. No Japã o, 10 anos atrás já se aproveitai~eJ\ bieota tos to
" f "b . 26 . ·Jllen
em apenas tres a nca s, tipos de resíduos industriais de 252 geradores 113vam.' est• do os
1 .
tone adas com o substltutos de combustível e 424 mil toneJadas como 'matétnll l{lsidera? corn
. ·
pnm a. r1a- ·entais, d
bt ntos e
. A Noru.ega, ~iante dos r:_esultados positivos do co-processamento em fomos de . ame d
cun ent? , mclus1~e _de res1du~s industriais organoclorados, tomou a dedsão de
~p fera, alé!?
!JllOS. são esupu
~pr?veitar as fa~nca_s de . c":1ento já instaladas no país e as promoveu a eJ111S
~nc~neradores nacionais, ao mves de investir desnecessariamente na construção de
mcme~a~ores. ~ co-processamento tomou-se, assim, a opção nacional para a t7.1 3 Tipo3 de
destruiçao ambientalmente segura de resíduos. . Diversos sao ~
. comuns esta
24.7.1.2 Cen ário nac iona l - •como substi.·t
As atividades de co-processamento de resíduos industriais iniciaram-se no triturados d1
Brasil na déc ada de 90, nos estados do sul e sudeste, tendo sido regulamentadas indústrias pe
pelas agências ambientais de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande de embalag en
, .
do Sul e São Pau lo em 1998. Já em âmbito territorial, o Conselho Nacional do epetroquumc
Mei o Am bien te (CONAMA) publicou, em 1999, através da Resolução 264, as •como substi
linhas gerais do co-processamento e os limites de emissão de material particulado sidenírgica, s
e poluentes. A Res oluç ão 316/200 2 para sistemas de tratamento térmico jânilares.
complementou a regulamentação, estabelecendo para o co-processamento o
limite de emi ssão para dioxinas e furanos.
Este mov ime nto reve rteu -se rapidamente em múltiplos processos de
licenciamento do co-processamento em fábricas de cimento no Brasil. Das
fábricas instaladas no País , 35 já possuem licença de operação para queimar
resíduos industriais nos fomos rotativos, sendo 20 licenciadas para co-processar
pneus, e várias outras estão em processo de licenciamento.
Avalia-se que no país, no período de 1991 a 1998, tenham sido co-processados
cerca de 300 mil toneladas de resíduos. Estimativas mais recentes dão conta de
que entre 1999 e 2008, um total de 5 ,5 milhões de toneladas de resíduos foram
co-processados em fomos de cimento nacionais, incluindo 500 mil toneladas de
pneus inservíveis. Por outro lado, há casos de ganhos ambient_ais recent~s em que
se recorreu legalmente ao co-processamento, como alternativa de bruxo cu~to.
a destruição de resíduos como, por exemplo, de uma carga de trtgo
, no Rio de Janeiro. de
Rse que atualmente o co-processamento represente valores da º1?em~
de toneladas de resíduos por ano, quantidade ainda aguemti
~~a ís, que pode chegar a valores da ordem de 2,5 ~õ es de
&p neu s inservíveis)Apenas no Es ~o de Sao ~aulo. ano
f~
4
0

~l ad as de lixo industrial sólido prodUZido por


10
• 0 que representa um total anual d~ quaseue é
· dejas de lixo considerado pengOSo q
l.iaterros sem controle ambiental- pief18
~processamento está Clll
_ e já é uma realidade
e,~11sªº1realizado pela ind tri ·
bie11ta •
~,11 . entos totat e . e
d . 7
io\·e~urt1r.it1do O alto m hmen m lCClllOl4)iia~
ct111side ·s como a in tala ã
b·enta1, . fiJ
1
;un . amentos de monitoranient para
1
t'<1° Pfera além de treinamento d pes~lJ:
5
,!lntº u·ssã~ estipulado pelru R lu -
d~ en
,.p.1.3 TiIX: de re í?uo co-processoo<~
O
· Diverso ao re, iduo. co-p~ - pela indú tria de cun· t De
ai comuns e - .
tao. en o. ntre os
8
', como substituto de energia: p~u: inteiros, pneu picados, resíduos sólidos
tritura~os diver ~ _(pano.: plasn • mi turas de resíduos sólidos das
indústrias petroqumuca. quu~uca. automobilí tica. siderúrgica, de alumínio,
de embal~g~n e celulo e): nu.~ de re íd~o pa tosos da indústria química
,

e petroquuruca, como borras de nmru-: hqmdo e outros.


1

, como substituto de matéria-prima: re -íduo - das indústrias de alumínio e


siderúrgica, olo contaminado.. Iamru· de e tação de tratamento de esgotos e
similares.
Os pneus inservívei têm ido utilizad :: como alternativa ao ccxiue de petróleo -
combustível tradicionalmente usado na produ~iio do cimento. Cada vez mais
fábricas de cimento têm usado e material em ::ulli· unidade , já que sua queima
contribui para a preservação do meio ambiente e ainda colabora com as práticas de
saneamento básico, evitando doencas. :-omo a dengue. A abrangência dessa atividade
étamanha, que praticamente todo' o.: e.:t:idor ~- regiõe Sul. Sudeste, Nordeste e
Centro-oeste já têm ao meno un1a unidade fabril licenciada para sua adoção.
A indústria de cimento vem e mobilizando no mundo todo para reduzir suas
e~ sões. Em 1999 foi criado O e I - Cement u ·tainability Initiative. programa
vinculado ao WBCSD _ \Vorld Busine:_ Council for Su tainable Development.
que temcomo um dos seu objetivo a redu :ão da e~ ão de C01. O pr?~m~
conta com a adesão de 18 grupo de fabri ' ante - de c~mento. endo que eis del~s
atuam no Brasil tand 70c: da produ\.ão nacional. Cada um deles definm
suas metas e d' redprels9en90 a1º ~ uma ~redução de 20% a 30% na . uas
cmi _ es e can,
ssoes. fi .,. , ·
Aliand · d d _ de equipamento de alta e c1encia
cnergér o Instalações modernas. ?ta as d todo o material em moderno
~istema1c~ e que garantem o aproveitamento e lo em iniciativas na fabricação
e
de cim~'i s~paradores e filtro , o Brlli_il e e,;;~ 0
u O de adições no proces o
Prc>dut· nto visando apre ervação ambiental. t· mo economizando recur o .
ivo e
con1bu , . co-processamento e re~ 1duo_ no o -·
0 d
st1ve1s e matf rias primas na produçao.
790 A. F Battagi11 e /. L. S. Battagi11

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