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Materiais de Comtruçio Olil . .

Geraldo Cecbclla lsaia ( ~ o s de Ciências e Engenbadade M*riaís


© 2010 IBRACON Todos . . tor)
. c:lftitos n:servados.

Capítulo 25

BNT, 2005.
del!nm•I~
Cim
. ento
. s Portland com Adi -
çoes
--,Rio
M1nerrus
Maristela Gomes da Sih-a
ar CM~todo de Universidade Federal do &pfrito Santo.

· Rio de Janeiro
'
25.1 Introdução
2.
A ~diJão d: mat~ri~s ~~en te moídos ao concreto, normalmente chamados
de. a~çoes . rmn:rais.: e P~?ca comum na moderna tecnologia de concreto. As
laC. Disponível
adiçoes ~erai s sao utilizadas por razões que vão desde a melhoria da
a 2009.
trabalhabilidade do concreto no estado fresco até a garantia da durabilidade
www.wbcsd.org/. necessária às condições de serviço. As adições minerais podem ser divididas em
três grandes categorias. quais sejam (i) materiais cimentícios, como as escórias de
alto-forno; (ii) materiais pozo/ânicos, como as cinzas volantes, sílica ativa, entre
outros; e (iii) materiais não reativos, como o fíler calcário.
Em vários países, como França, Alemanha e Brasil, muitos dos cimentos
Portland comerciais já recebem a incorporação das adições minerais no seu
processo de produção. Em outros, porém, como é o caso dos Estados Unidos,
cimento s com adições são menos comuns, sendo prática mais usual a
incorporação de adições minerais ao Cimento Portland sem adições, por ocasião
da mistura na betoneira. Em qualquer um desses casos, o resultado final é muito
semelhante: a adicão mineral interage química e fisicamente com os produtos da
hidratação CÚJ clb;qzter ou do cimento Po~tland, modiji,cando a.micr?estrutura d_!J,
pasta. Este capítulo apresentará a primeira alternativa, ou seJa, a mcorpora_çao
de adições minerais ao cimento Portland durante o ?eu processo,,~ produçao.
- rru·nerai·s pode ser vantaJoso sob vanos aspectos.
O uso de a clicoes _ .
"' · ' t de durabilidade é uma das razoes mais relevantes para
iecruca mente.- o aumen · o ,, · de alto-fiorno, na
· P"'.....;cularmente pozolanas e escona
o uso d-e adiçoes · mmerai s, ruu . ,.. . .
H " também J·ustificaovas econorrucas, p01s as a 1çoes d" -
pro· d ~'"'rio
~ ,.. de cunento s. a menores quando comparadas ao c1Il1ento · p ortl and
nune _\ tem custos e preços bém não se podem perder de vi~~ as jus~ificativas
ou a mquer Portland. Tambili.dade da cadeia de construção civil, cons1derando-
relac a.das com a sustenta
792 M. Gomes da Silva

se a redução do consumo de energia e da em issão de CQ., na produção de cirne


e de concreto. nto
Apesar de existir a possibilidade de adição de materiai não reat·
t 'd ,
firnamen ~ ~01 os,.como e o ca.so do f 1'Ier ca1can , .o e11:1 . ivos
~1mentos Portland e d
fíler calcano, cal hidratada, argila, entre outros matena1s, em cimentos us d e
para produção de a;gamassas (cime..ntos não u~i~izado na produçã;
concre to) , nes te cap itul o ser á dada enf ase ao eje 110 das adi çõe s mine .
~!
. , d , . rQls
reativas, como e o caso a esc ona de alto-forno e das pozolonas. Considera-
que as a~i.ções não reativas têm sua contribuição limitada ao aumento Je
trabalhab1!1~ade e d~ retenção de água, em decorrência da coITeção da cur v:
granulometnca do cimento, mesmo apresentando alguma reação química
0
influenciando a hidratação do cimento. u
~es t~ c~pí~lo serão ~s~utidas q~estões relativas ao mecanismo de hidratação
e as pnnc1pais caractenstlcas relacionadas com a solubilidade da adições. A
adições minerais utilizadas na produção de cimentos Po1tland estão, também,
apresentadas, organizadas em materiais cimentícios, materiais pozolânicos e
adições não reativas, com ênfase em histórico de aplicação, tipos, características
que influenciam sua reatividade, especificações e efeito em algumas propriedade
do concreto. Os cimentos Portland com adições minerais comerciaJizados no
Brasil também integram este capítulo.

25.2 Hidratação e principais características dos aglomerantes


hidráulicos•
Os aglomerantes hidráulicos são produtos de processos a altas temperaturas,
caracterizados, portanto, pela ausência de água quimicamente comhinada. .
O mecanismo de hidratação inicia-se com a dissolução do grão anidro em meio
aquoso, formando espécies químicas diversas. Quando a dissolução atinge o nível
de saturação, ocorre a combinação entre essas espécies químicas e a água.
levando à precipitação de sólidos hidratados. As fases precipitadas possuem
composições diferentes daquelas presentes nos constituintes dos aglomerantes
originais. O mecanismo de dissolução-precipitação continuará enquanto houve~
4gµJ suficiente. Os pequenos núcleos de produtos hidratados form?~r
• ..c,iaJmente vão crescendo, unindo-se uns aos outros e formando um novo soh 0
o. Quando um grão anidro estiver envolvido por produtos hidra!ados. ª
· r.atação prossegue por mecanismo de difusão, cada vez mais len~~
a água precisar penetrar através da camada densa e espessa
11
• Uma característica de todos o aglomerante é. ~~:~~· é
"(f!(Juoso,, em condições ambientai . Es a solub1h(jia
" Í!,Jf11UCa~microestrutura e superf(cie espec:íi :·00
o o 3Ca0.Si02 e o 2Ca0.Si02, presen ,nprt
Np entanto fa e v(trea são e.8 de
odinlmico ainda retem en ':8udade
~e rtz o tem olub1
Cbn,,_ p°"""1id _,At/lfla llbíml&

praticamente desprezível e nh .
ambiente. No entanto ua~:O uma capacidade aglomerante à temperatura
apro imadamente dez ~eqze sta
~m eE do amorfo. apresenta solubilidade
. O
amplwda com aument0 d0 H dO s supenor. . ssa solubilidade pode ser •_,.1_
ai,I.UU •
mais
dos silicatos. P me,o aquoso. 0 que favorece a precipitação
Um outro condicionante · port t b' . .
. . . 1m an e na sou I 1hdade é a composição química.
Os .ªf1?merant~~ h1dráuhcos são constituídos por compostos de cálcio alumínio
~ sil!cio. Os sll~catos d~ cálcio hidratados (CaO.SiO,-H,o, de estequiometria
,~nave!), alu~inatos hidratados (C,AH,), entre outros, são os compostos
hidratados mais comuns. Outras espécies químicas, como o S0 , Fe, Na, K, entre
outras. pod~~ estar presentes, mas em quantidades menores. 3
hidratação A olub1hdade dos vidros é controlada pela sua composição quúnica. A
diçõe ·. A estrutura dos vidros foi explicada por Zachariesen (1932) e Dron (1984), cujas
). também ba, es teóricas sustentam que os vidros são formados por uma cadeia polimérica
olânico ~ aleatória de átomos de silício, conectados por meio de ligações covalentes.ª
, cterí ticas quatro átomos de oxigênio (Si04), formando um tetraedro (Figura 1). Essa cadeia
opriedade de Si é interrompida pelos cátions presentes. denominados fn!Jdi.ficadores de
lizado no cadeia. Quanto maior a proporção relativa entre. os ~o~cadores, ~ os
formadores de cadeia, ou seja, quanto menor a cadeia pohmenca aleatona de
Si04 , maior a solubilidade do vidro.

emme10
o-e o nível
o
e a água,
possuem
merantes

formados
vo sólido
.ratados.ª
eo
• Si •
Caou Mg
~
l ais Jento. esc6 . de alto-forno (DRON, l984).
na
ri de Figura 1 - Esquema da esuutura vítrea da
spessa
.-f--:1nto. a
101~~ ;
·i·,lnde e , Ca'.!+ é O modificador de cadeia
)1 lua
,, · de alto-forno, por e xemplo o ion · ·
' .. a da reação de prec1p1taçao- dos
ecíficª·no ' ª.escona Na hidratação, o ca2+ part1c1p totalidade dos aglomerantes
•sentes m tos impo~anted. de tal sorte que a qálu~se O alumínio pode apresentar
, re hidrata os, ,, "dos de e cio. .
·o se'!1Pde SI •ulicos e,, constituídafi porador
oxi quanto de mo dificador de cadeia.
h~
erg1a cr ~rtamento tanto de orm
n ·1·dade
ubJ 1
a.e.
sAIA·
794 AI. (i11111e.1 da Silm
.
1, tJ C
as di s
,1c1cri s Jo , per
A formação de vidro é govern ada, por sua vez, pe la sua campos ·. ~ r, c:<cfl'lP rne lil it:
,111/J!t~c·a e pe/;1 ve.locid ade de resfri~ mento. Qu~nd o a velocidad;Ç~o
n·.,:frwm,~1110 e 11~u110 grande , não ex iste ~emp.o dzsp onÇvel para que 0 : ;,vi11it~s'talina nl
utomos se orga111 ;:,em em uma estrutu ra cnstalz na . Os vidros apresent
config uração atômic a desord enada , havend o , porém , o balanço de car
t'lll cada ponto . gs
ª: .roº crid(l corno J
!llPrec"ª I" soe .I aJ
íll
bienta
do e
' , ernpr1
A /il.111ra ou áre~ e~peci fica é, outro requisi to import ante para a Quan d'água e ,
. toS
~oluhtl1<ladc . Em P.nm~1ro lugar, a are a de contat.o .do grão com a água é rJª 0 Nesse ca
l un<.lamental na cmé ttca da reação e na prec1p1tação de composto \ítre · de s
hidrata<.los, de tal sorte que, até certos limites , o aumen to da áre! 0 ternPº .
ue cristah no
específ ica aumen ta a velocid ade de evoluç ão da resistê ncia mecânica e ucleos •
assegu ra proprie dades e caracte rísticas import antes da mistura no estado
vel de energ1 a
·madam ente
fresco, como trabalh abilida de , coesão e reduçã o de exsudação. o prox1
enos estável do
aumc~.to. <la quanti da?e de partícu las muito finas de .elevad a energia
supcrf 1cm) deve tambem er contro lado , para não prejud icar a mistura ou nominado gran
exigir grande quanti dade de água ou de uso de aditivo s. os acima de 9 5
Poc.lc-s e , de forma resumi da e simplif icada, dizer que poss uem Aescória de al
ativida de hidráu lica aquela adiçõe s que conten ham Si , Ca e Al, como alto-forno gra
elemen tos predom inantes . que encont rem-se ao menos parcialmente orma mais angul
vítreas e que aprese ntem área e pecífic a superio r a 300m2/kg . Associada llcação princi p
a essas caracte rística s. há também de se consid erar a alcalinidade do o Brasil, quas
me io aquoso , que afeta a olubili dade dessas adiçõe s, de tal forma que oximadamen
os materi ais vítreos hidráu licos ou potenc ialmen te hidrául icos são to e de con
capaze s de reagir, desde que exista, no meio de reação , quantid ade de cal nto com o e
suficie nte que comple te a deficiê ncia de compo sição químic a dessas esta última
adiçõe s ou, ainda, partici pe como reagen te ou ativado r.

25.3 Materiais cimentícios: escória de alto-forno2


25.3.1 Geração e utilit.ação
Durante a produç ão do ferro-g usa, é necess ária a eliminação de
impure zas (ganga ), que vêm associa das aos metais no seu estado natur~I.
a i so, são adicion ados ao proces so um combu stível, coque ou car.~o
.-~~~eira, e um funden te, CaO, MgO, CaF e, em alguns casos, o Si 1;
OJ)rimeiro deles o de maior utilizaç ão. Com o uso de fundente.~ e
~ ~ir-se o ponto de fusão da ganga, obtend o a escória líqui ~-
reação químic a entre o funden te e a ganga que, por ser mais
l'í!ll~:mçtal 6 então, facilm ente separa da. de
fôm eparada da parte metálic a, sai ~a for~~tre
omo a uma temper atura variando
Ju/kg de energia térmica . . Jto-
friamento, a escóna de.\ e
_,,--d-ensidades, granulornetna
:.._~dléti,s ~ ~~
2
1 ::~ r . _.ao B,_.;,o
fsticas di ti n ta
c,racter111 lo' perd n
par e~~,a pmelilita, s il ic a to
0
111ervi ªri;talina não p o s u i capa
fo rn° e da como agregado para di
e111P~eg:al social e econômico é mu·
1 11
a111b e do' é empregado o re friament
Q~~~s d'água com pressão de 0 ,6 MPâ
p0r l O Nesse caso, a escória de alto-forno
e" rtret~mpo de solidificação é insuficiefl ·11ara tt •
q ue O 1·
núcleos crista. mos.. o m 1dsso, a escóri.a de-,;.a ~'"
C .
ní"el de energia mais e 1eva o , porque retém a ene
lto-forno
rgia de c r i a ~
mi••~
aproximadamente 200 kJ/kg, ~lém de também se
r te rm o d in a m ic ~ e n te
menos estável d o q u e_ a e s c ó n a d e alto-forno cri
stalina. Esse procc 0
denominado g ra n u la ç a o , re s u lt a e m elevados teore
s de vidro, em muitos
casos acima de 9 5 % .. .
A escória de a lt o -t o rn o re s fr ia d a bruscamen
te é denominada escória
de alto-forno g ra n u la d a , te m aparência similar a
uma areia natural com
forma mai s angular, p o s s u i e x c e le n te s proprieda
des hidráulicas3, e sua
aplicação principal é c o m o a d iç ã o mineral ao cim
ento.
No Bra sil, quase 9 5 % d a e s c ó ri a de alto -forn
o gerada são granuladas
e apro ximadamente 9 5 % d e s s a geração são dest
inadas à indústria de
cimento e de c o n c re to . Na fabricação do cimento
, pode ser moída em
conj unto com o c lí n q u c r o u adicionada já moída
ao final do processo,
\endo es ta última a lt e rn a ti v a a mais utilizada .

2532 Características da esciíria de a/t()·f()rno

253.2. I Compo sição química .


Ac.o mpo s ição q u ím ic a d a s csc6rias de alto -for~o . .
constit uintes e pe la s s ua s proporções nas matén é 1 ~ fl u e n c ia d a p elo s
as -primas, bem .co.mo
pelo. processo de fa b ri c a ç ã o d o aço, mas ~cm
prc dentro. ~e limites
~elat1vamente es tre ito s . A composição química>
das escórias de alto-
orno está entre a d ·ts p o z o h n a s e a do cime
Quanto à n to I o rt la n d . . d
'. . , - ' 1ímic·1 a s c sce>ria s de alto -torno po em
cre ias ·r s ua c o m p o s rç ao qt . 'c 1, C )/ S iO c
1 m : (i ) ,• sn ír ia s de a lt o -
/orn o b~ __1~ad as po r me io díl,.rel ,1<; a<> • '( 'i) ·,,,.,.;';,-;a .
1
rei ~ .\lcas (r e laçã o C aO/SrO ., > 1) r 1 • , d e a /t o -f o rn o âcidas
açao Caü/S.1O ) <,
A esc' ·
l , 1). . l~·,r·v :- ,, ve g e ta l p o
1
1 f or 11 o s n , ' 1 ss u e m
cr,010 ca o ri a \ y 1:ocl u1ida s . e m .." 10;. < ·
~1C:éJr· rac te ri st1ca rclac ·a o ( ,1 0 /S1 ! , 0 1 e s, ío c la ss if ic a das c~m~
ras á ,· d . 1 ,, ·,
· o s1 0 e m p re g a d a s n a
Prod uç ~ c 1 as de a lt o ío rn o . ,, s l,s.' . >1 1,a •s 1U(;.,,Hs,ª··"1111' ·'
" A • ·(
ao d · · c n tc , a p ú s a m o a g e m,
P<idcl'h . e c 1m l'11t o s , m a s , se H,. •s f1 ·111< u s li • ~, , · • .
'·cilant
.,, ser ·1· A • . , f ro n tl 'i ra e n tr e a s c tn z a s
I· ,· ,s ,, .
Ut1 11 a d a s c o m o p o 1 ° ,l i ' · ,. . . 1111~. ' é 1 t·· 'd •
Csc, . .L , 1· ·1ltofor11011.10 111

u il o h L' ll l te rrll ª ·
clS C S U ! lí l\ H l' ld fl S < l , '

1 lli l 111111 1l' 1111 l~u11~11l 111lllll'llll' lmb ú11 l11.:m, são
, , ,,tf.,111 "" ,ti- 1111 1111 , 11• 1 1 ,1 1111 dl 'l cl tt 11 dl l 1111 pa rt1 up c111
111 lr1111IH 'll " 111 11 11 11 1 1 11 1 1 11
.
11 1111'111 ttl l YIH 1111 . 11 W l 11 1'
• 1, qm e 1,;111111 , 11
796 M. Gomes da Sif ra

l ro -f or
As es có ri as pr od u zi da s e m a lto -for no s a ca rv ão de de ª
.írin Ju Z tran s
ca ra ct er ís tic a da m ai or pa rte do pa rq ue side rú rg ic o naci on al pocoque, l de st a
re la çã o C aO /S i0 2> 1, se nd o de no m in ad as es có ri as básica de ~lto-f uen1 11'º aliar o e
rJ nv ·al (DTA)
O Q ua dr o l ap re se nt a a co m po siçã o qu ím ic a méd ia da e cór· orno. ereoc~ alguns e
, . , .d
a lto- f or no bas1cas e ac1 as pr od uz id as no B ras il. A tu al mente no Bia de .
5 0
sC) ~ 05 de cri s
- · 1· d
ap en as sa o ut1 1z a as es c ó na · s bá si
ca s de al to -f orno pa ra pr•odução
rasdt l' 11
, 01érJ1 ~ro método
ci m en to . e ,º:
úlll difração d
Quadro 1 - Composição química de algum as escórias de alto-forno geradas no Bmsil. 1{110 e a 'vel pe la e
pO ns ·
re obrepostos pi e
Composto (%) Escória básica (Battagln e Es pe r, 1988) tafS o'ria de al to
Es có ria ác ida ~d ap. de Soares, 1982)
CaO
aesc
40 - 45 24 - 39 !)émpode a~u~ar
SI 02 30 - 35
Al203
38 - 55 Silicato de Calc10-
11 -18 8 - 19
MgO 2,5 - 9 1,5 - 9
F9203 0- 2 0,4 - 2,5
FeO 0- 2 0,2 - 1,5
s 0,5 -1 ,5 0,03 - 0,2
C/S mé dia 1,31 0,68

O s pr in ci pa is óx id os pr es en te s na es có ria de al to -forno ão Ca ü ,
M gO , A l 20 3 e S i0 2 , qu e re pr es en ta m , em m éd ia , 95 % do total de óxido .
O en xo fr e e os óx id os de m ag né si o e de fe rr o ex is te m em menor
qu an tid ad e.

25.3.2.2 Reatividade
A re at iv id ad e da es có ri a de al to -f or no es tá re la ci on ad a com a sua
so lu bi lid ad e co m ál ca lis e co m a ca pa ci da de de precipitação de
co m po st os hi dr at ad os in so lú ve is . D ep en de de pa râ m et ro s de produção.
da co m po si çã o qu ím ic a e de ca ra ct er ís tic as da s pa rtí cu la s. A fase vítrea ~
da es có ri a de al to -f or no te m in fl uê nc ia di re ta na su a reatividade. uma
!OU.>'~.,. ,. ,.• qu e te or es el ev ad os de vi dr o fa vo re ce m a hi dr at aç ão .
,;.om po iç ão qu ím ic a da es có ria de alto-forno influencia a ~~a
· • Em determinadas situações, a cristalização de até 25 % da e ·~ona
o- cpm o merwinita altera a composição química da fase vitre3,
u-e1tividade (John, 1995). Alguns pesquisadore re co m en ~·
eja jle fase cristalina em teores que variam de 3% ª ~
8) . , de alto·
SP:i~~:.,ropresentação de uma e e6ria A
a escória com e trutura vítrea,
de alto. . forno de alto-forno,~
DA'.14.11.w.

da lfaD.Ulada d alto-forn
Cinw,rto,r Portland com Adições Minerais 197

esc?ria de alto-forn?·. Uma de}a é a contagem de vidro ao microscópio


óptico de _luz tran m1t1da polarizada. Há também alguns métodos indiretos
para av~har o estado vítreo da e cória de alto-forno. A análise térmica
diferencial (DTA) ou análi e por calorimetria exploratória diferencial
(DSC) são alguns exemplo . Apre ença de vidro é observada pelos picos
exotérmicos de cristalização entre 800ºC e 900ºC.
Um outro método para o conhecimento do e tado vítreo da escória de alto-
forno é a difração de raios X. A fração vítrea presente na escória de alto-forno
. 1982)
é responsável pela exi tência de um halo centrado (em 28º 20), ao qu":1 podem
estar sobrepostos picos de fração cri talina (Figura 4). A difração de raios-X de
uma escória de alto-forno mo tra alto índice de component~s amorfos, mas
também pode acusar apre ença de Qu~o-SiO~ (3,34), Calc1ta-CaC03 (2,78)
e Silicato de Cálcio-CaxSiyOz (3.02) (Figura 4).

í -,

~O.
e óxido .
n menor

P1 a ua
acão de
-ddução .
., a"'
e v1tre
e . uma

l a ua
.
a escóna
b vítrea.
nendatn·
.1/)a
b a :.+U iO
}to-
e a A
'trea.
·0 rn° ·
a
_forno Figu

i dfO na
798 M. Gomes da Silva
. te de co
"L~fic1eJ1ontrado p
, eoc Iç
i㺠de corre a
nóeoteconforrne se
.tJf.18),refração rne
-e d~ 0 índice de
·ficaçao, d na fab
11 il e usa a
sr.is
? _ Grau de v
,1..,..
QUllUJV ,.,, - - - - - ;

Mimagens. obtidas .
JfmjCa elementar oba:
,oinância de eleme
Ân<Julo (2 61
Figura 4 - Difratograma de raios-X de uma escória granulada de alto-fomo-5 (SILVA, 2006b).
.A Figura 6 e a Fi
:-.orar qualitativa d
_. na fabricação d
Resultados obtidos por Battagin ( 1986), analisando 30 amostras de escória de
alto-forno (superfície específica Blaine de ::::400m2/kg), demonstram ser possível
correlacionar a hidraulicidade das escórias de alto-forno a partir dos índice de
refração, medido em microscópio de luz transmitida com luz polarizada, pelo
método de linha de Beck (Figura 5).

-
: . 30 +-----1---+ -- -+--+---+ --+----f

-
~ R
2
0,83

.......- ~ 1 - - - - t - t •1 dias
•90dlas

1,64 1,65 1,66


Ensaio .
Grau de vitrificação (%) ~
Índice de refração (n) 96
1,65
Na1ureza
Bésica

As imagens, obtidas. por meio ~ emi ~o de elétron: ~ ·und·iri _ e a análL e


ímica elementar obtLda pelo rrucroanalisador ED ~ ·ihilit.un idcntifi ·ar
3
q~ominância de elementos como o cálcio e o ili 'io ~, ·ri tai - d~ e· ~ória de alto-
fomo. AFigura 6 e a Figura 7 mostram as imagen~ btid~ e.: a re Pl ·ti\ a análise
elementar qualitativa da área visualizada de wna • ·ria alt )-f n1 do Brn:il
utilizada na fabricação de cimento.
30 amostras de escória lk
), demonstram ser possí1el 1

mo a partir dos índice~


com luz polariz.ada.~~

1,65
800 M (iom1 ri" \tlvo
1
\

/ os 28
O ate ·dade
É importante ressaltar que o desempenho mecânico é função não , ~I. eJ111
solubilidade da csc6ria de alto-forno , mas também da composição químicsodcta iéº'nte
1
'ª se hidra
.
produtos de hidrataç,io resultantes das reações entre ativadores e a f~ ~s 11101\odoS mais
vítrea. ç0 o, 01e étrica da
A relação entre o 1eor de modificadores de cadeia e de formadores de cad . 0ulof11 ranulome
pode fornecer uma medida da solubilidade da escória de alto-forno. No mod e:a ~ee ªga1mente .
de Zachariesen ( 1'J32) , por exemplo, o móduJo de hidraulicidade da escór~ 0 ,no oodrJll distribu
lnS a ,, .
de alto-forno de alto forno corresponde a relação entre o CaO e Siüas uv , ti·cas f1s1ca
O
respectivamen te, elemento modificador e formador de cadeia. Com isso a~ -JClef1S .,
.neral ao. e
escórias de alto-forno são classificadas em ácidas (CaO/Si02 < l) ou bási'cas :áO JT11
(CaO/S iOz > JJ, conforme mencionado anteriormente. 4, respect1 va
adro
Há outros m6dulos de hidraulicidade citados na literatura, entretanto são adrO 3 _ Dados da
Qu
considerados apenas indicadores, e nem sempre os mais adequados, da
solubilidade da esc6ria de alto-forno. Assim, a Figura 8 apresenta uma baixa ~ o1ametro corr
correlação entre a relação Ca0/Si02 e a resistência à compressão aos 28 dias de coeficiente a1
argamassas de cimento com 60% de escória de alto-forno moída (superfície ,_Dimensão mlfJ
específica Blaine de ::::4<)() m 2/kg) e clínquer (BATTAGIN e ESPER, 1988). '-o,ametro abai
40 ' b1ametro aba~
R;, = 0.4 34 A

-!.•
a.
30
A 100
20 80
u
a: 60
10 40
20 '
o o
o 0,5 1,5
0,01
Figura 8 C-orrelação entre a relação CaO/Sí02 e a re1;í1,léncia a compres!>âo de cimentos com 60% de escória e
cllnquer <JOHN et ai., 21.MH, a partír de dados de BATTAGJN e ESPER, 1988).

A ASTM C 989 (2009a), considerando possíveis variações na reatividade da


eacótia de alto-forno, propõe 3 (três) classes de escória de alto-forno, com base
n a ~ de argamassa com 50% de cimento e 50% de escória de alto-forndo
e:de OUlm argamassa de referência, constituída somente por cimento Po~I~n ~
~ fixa limites para resíduo na# 325 (s20%) e teor de ar de º? maxil~-
com escória de alto-forno. A especificação da escória de ª
~Qlítes para enxofre (s2,5%) e para S03 (~% ).
ão não só da
o química dos co~c~to. até os_ 28 dias d~ idade; partículas entie 10 e 4Sµm conlribuem para
~s e a fração res1s~nc1a
dificilmente
em •<!ades nuus avançadas, enquanto partícuJas maiores que 4Sµm
se hidratam.

res de cadeia Os mét?<l?s mais com~s para avaliar a superfície específjca e a dislribuição
.No modelo granulometrtca da escóna de alto-forno são, respectivamente, os métodos de
e da escórias Blaine e a granulometria a laser. A superfície específica B1aine da escória de alto-
forno normalmente utilizada como adição mineral está entre 400 e 500 m2/kg.
O e o SiO.,
.
om isso, as ~· Dados da distribuição e da curva granulométrica, bem como algumas
características físicas de uma escória granulada de alto-forno moída usada como
) ou básicas
adição mineral ao cimento estão apresentados no Quadro 3, na Figura 9 e no
Quadro 4, respectivamente (SILVA, 2006b).
tretanto são
equados, da Quadro 3 - Dados da distribuição granulométrica a laser da escória granulada de alto-forno moída
a uma baixa (SILVA, 2006b).
s 28 dias de Diãmetro correspondente a 63% de partículas passantes_(µm)
12,38
a (superfície - Coeficiente angular da reta N
0,9843
Dimensão média (µm)
, 1988). 9,2 ~-
Diãmetro abaixo do qual se encontram 10% das partículas (µm) 1,22
Diãmetro abaixo do qual se encontram 90% das partículas (µm) 26,47

100
1,
80
j
60 ,.
40
i,111~
20
i.-"' 1
o
0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro da Partlculas (_m)
% de escória e . granui ªdª de alto-forno moída usada como adição cimento
· d escónn
Figura 9 - Curva granulométnca e l tn'a a laser) (SILVA, 2006b).
(granu orne

atividade da 6 . granulada de alto-forno mofda usada como adição ao cimento


Quadro 4 - Caracterização ffSica
. de uma esc na
(SILVA, 2006b).
o com base
le' alto-fiorno Resultado
Método de ensaio ) 0,4%
.to Portl~~ . nº 325 (NBR 9202/1985
Finura por meio da pene1rad Blaine) (NBR NM 76/1998) 410 m2/kg
no máxJJll (
ória de alto- Superfície específica método NBR
e NM 23/2001 2,91 /cm3
Massa es ecífica

25.3. . . tivação tem hidraulicidade latente e


O aumen:~ Hidraulic1dade eª escória de alto-forno_ de produtos hidratados
soluÇ~ Di
di
1 s / a sua f!nte das pozolan~s, ~er usada na fo~maç:i Portland, mesmo sem a
de escol1 rgia interna . po ena hidratação do c1men
s. te"'11c1a
· do semt: ntes aos obttdos
~JS
802 M. Gome., da Síl1•c1

presença do hidró ido de cálcio. Entretanto, a vel "O l) .


ocidade das rca - çll
hidratação da, escórias de alto-forno é muito lenta6 , e
a quantidade de J~e; de ·o
,eSl 2 + yCa
hidratados formados não é sufi c ien te ao seu uso como O
emprego de nenhuma forma <le ativação. m at er ia l cim e ntício utos
sem 0 . ai produ
Como a velocidade de disso lução de seus compostos dep prioc1PdeJ11 se r f
ende da basicidade d ..,po / .
material. para acelerar essa reação . torna-se necessária a 0 ,nt,e••·. ...0 qu1m1c
físicos ou mecânicos. químicos e térmicos. at iv aç ão po r m ec an is m
os p0s1Ç~apacidade
N~ prátic_a. a ativaçã.o química é a que apresenta melhor~s
da hidrataçao da cscóna de alto-forno acontece pela com re su lt ad o s. A ac eler ação efllaJgurnas poz
bmação de dois fatores: dJP·sição química.
• elevação da velocidade de di solução pela elevação do
• antecipação do início de precipitação dos comp
pH do meio aquoso·
ostos hidratados, pel~ ~pazolanas ~º?
aumento da concentração de íons na solução ou pela alte
ração da solubilidade ácea, ou on~1
da escória. a sílica at1v
Os ativadores reagem com os íons da escória de al 'as utilizadas
to-forno em solução e
modificam a composição química e mjneralógica dos p mente subprod
rodutos hidratados . Entre
o principais ativadores quín,jcos estão: o hidróxido
de cálcio (Ca(OH)2); os 0, material p o
hidróxidos de metai alcalinos, como o de sódio (NaOH da queima d
) e o de potássio (KOH);
os silicatos alcalinos de sódio ou potássio (R 0 n S i0 por meio d e
2 2); o clínquer Portland ou
uma mistura destes compostos. Neste capítulo, a ênfase
é na ativação da escória cuias d a c i
de alto-forno pelo clínquer Portland.
A ativação física ou mecânica está relacionada com e como e s
o aumento da finura e, das com o u t
logo, da superfície específica da escória de alto-forno.
Com isso, a dissolução se variam de
desenvolve mais rapidamente, devido à maior área de
contato da escória com a 45µ.m. E s s
solução. A ativação térmica é obtida por elevação da
temperatura da mistura u p e rf íc ie e
escória-água. Sabe-se que a temperatura tem grande
influência na cinética de
todas as reações químicas. Além disso, a solubilidade do
s vidros de sílica cresce
com o aumento de temperatura até 200ºC.
A influência da temperatura na velocidade de hidra . .
tação da escóna f01
comprovada por vários pesquisadores. Para teores de es
cória de alto-foi:no entre
40% e 80%, a cura ténnica acelera a hidratação e o endurecim
ento dos cimentos,
usando o lento ganho de resistência à compressão observ
ado à temperatura
~ ' 1995; SILVA, 1998). .
lo isolada d e ativação mecânica ou de ativação ténmca ta
ap_resend
e m técnica e econômica. Com isso, essas altemauva
s de
~ m e n te integradas e associadas ao emprego e
de Equação 1).
>duto
ein o xSiO2 + yCaO H
+z 20 -+ xCaO .ySiO H
. . z.z 20 (Equação 1)
~dedo O pnnc1pal produto dessa reação é o . .
ismos também podem ser formados alullll· t silic_ato de cálcio hidratado, mas
. - , .
compos1çao qu1nuca das pozolanas A na os e sílico alumi t fu
- n~ os, em nção da
~ração possuem capacidade aglomerante e n · ~ pozolanas, isoladamente, não
s: porém, algumas pozolanas que poss~~:sita~ d~ uma fonte d,e ~álcio. Há,
oso· composição química. mais e 25% de cálcio em sua
'
pelo As pozolanas podem ser naturais como . ,.. .
·dade . , . . , as cmzas vu1carucas e a terra
d1atomacea, ou . ong1nadas
. de
. algum processamento ·
m dus tn·a1 , como a ·
cmza
ão e
1 ~ª
voante, a siíl.1 ativa, a cinza de casca de arroz e a argila calcinada. As
pozolanas utiltzadas atualmente na produção de cimentos e concretos são
ntre normalmente su_bprodutos de algum processo industrial. A cinza volante, por
~); os ex~mplo, mater~al pozolânico mais utilizado na produção de cimentos, é um
OH); res1duo da quenna do carvão nas centrais termoelétricas, cujas cinzas são
~d ou coletadas por meio de precipitadores eletrostáticos.
ória As partículas da cinza volante são esféricas, apresentando-se em pequena
quantidade como esferas ocas, que podem estar vazias (cenosferas) ou
a e, preenchidas com outras esferas menores (plenosferas) (Figura 10). Seus
~ao se diâmetros variam de menos de lµm a mais de 150µm, sendo a maior parte
pma menor que 45 µm. Essa grande variação é justificada pelo tipo e processo de
tstura queima. A superfície específica Blaine da cinza volante encontra-se entre 200
~a de e 800 m 2/kg.
resce

a foi
entre
fn tos,
atura

ienta
LS de
) de
(a) . te e (b) sílica ativa (MINDESS et al., 2003).
, las de (a) cinza vo1an
Figura 10 - Moxfologia de parucu

,
bproduto resultante do processo de
A
obte
l;jílica ativa (Figura 1~), ~ um :,tco.
A distribuição dos tama~os das
~ão do ferro si~cio e silici~~~aio r parte das partícula~ com d1~~tro
rais,
parti 1 1as da sílica ativa apr~se~amente duas ordens de magrutude mais f1~~s
no e · e. . 1 µm sendo aproxima rtl d u da cinza volante. A sua superf1c1e
,s de tni c 1 a , . to p 0 an o
que partículas de cunen
peJa
a2·
ttúlorcJ
804 M. Gomes da Silva

'"'espozoÜ
específica varia de 13 .000 a 30 .000 m2/kg (medida por absorça- d · , ~eafº
BET) . , . 0 e n1trogê · J, rno rfa,
-. , f1cando, em media, em torno de 20.000 m2/kg, muito superior , nio ·a a
cimento Portland (350 a 600 m2fkg) ou à da cinza volante (200 a 800 ª do ~ ,n,c nte com
2
Pelo fato de ser c~mpo~ta essencialm<::_nte, .por sílica amorfa e ~:kg). ~ipal~: cálcio do
e~tremamente fina, a sílica ativa tem uma açao f1s1ca e química na form _ ser atos te ou poz
rrucroestrutura da pasta. Sua reação é muito mais rápida do que a escória ~çaol da · voJaO
18 é muito
forno e as cinzas volantes. e ª to. rJ não
·P
d
apesar e ª1
No Brasil, a sílica ativa é empregada em pequenos teores (entre 5% e 10'½) 1and, ozolan as
O
apenas na produ~ão de alguns cimentos especiais, quando requisitos de sde P.inza de cas
desempenho a_ssoc1ados à elevada durabilidade são especificados em projeto. e C
aou "o HJS e' li
.O metacaulim é ~a adição mineral al~~no s~cosa , emp~egada como adição
mmeral na produçao de concretos especiais, obtida da calcmação (temperatur ~:~~undária-co
entre 600ºC e 900ºC) de alguns tipos de argilas, como as cauliníticas e os caulint pela Equaçao
As argilas não têm atividade pozolânica, a menos que, por meio de tratament~
térmico, a estrutura cristalina dos argilominerais seja transformada em uma C3S + 2S +1
estrutura amorfa .
Quando a caulinita é submetida à temperatura entre 600ºC e 900ºC, ocorre a 11t.9uenas quanti d
remoção dos íons hidroxila da sua estrutura cristalina, o que resulta na destruição zolana geral
do seu arranjo atômico. Forma-se, com isso, um material amorfo com grande uma pozolan
instabilidade termodinâmica, denominado metacaulinita (Al2Si20 7), que é lanas natura is
responsável pela atividade pozolânica, com formação predominante de C-S-H e ocorrer, resu
C4 AHx. Em temperaturas acima de 900ºC, são formados compostos cristalinos, do), confor me
que não possuem capacidade aglomerante.
A cinza da casca de arroz é o material resultante da combustão da casca de
arroz, geralmente usada pelas indústrias beneficiadoras de arroz como fonte
calorífica na geração de calor e vapor necessários aos processos de secagem e
parboilização dos grãos. Desde que processada adequadamente, é mais reativa do
que a cinza volante. .
Apesar da sua reatividade e das várias pesquisas sobre uso de cmza d_e
casca como adição mineral ao concreto, desenvolvidas tanto no Brasil
quanto no exterior, não foi possível identificar-se uso comercial n~m como
adição na produção de cimento Portland, nem como adição mmeral ao
concreto. . ·d de
O proces so de calcina ção é muito import ante para attvt {w.
pozolâ nica da cinza de casca de arroz resultante. A calcinação deve ser ei r
a temperaturas entre 500ºC e 700ºC, por período de tempo capaz de_ rem?~is
quase a totalidade da matéria orgânica presente. Resultados sattsf~J~ e
também podem ser obtidos por rápida calcinação à temperatura entre 7 Jular
800~. Em temperaturas acima de 800ºC, a sílica amort:a de e~trutura.;mita,
te na casca começa a cristaJizar na forma de cnstobalita e tn tura,
do em produto com fases cristalinas. Além disso, ne_ssa !em";:;ução
veo~ ,com~a a romper-se, resultando em cons1deravel u ão da
Mtó.Jlidinúuoição do teor de vidro quanto a red JiçõeS·
da reatividade da cinza nessas con
Beafões pozolanicas
15,JJ
fca amorfa, q u e é o principal
1
A~~rnente com o hidróxido d e e
prioctP de cálcio d o cl ín q u er o u d o e·
·1·cat0
si 1 ,S lante ou pozo1anas n atura1.s co m
J 3
ót1Z ~ão é muito d if er en te daquele foq
n
C·\nd , apesar de apr~sentar relação C/S ligeu a.lít
Pt1:, de pozolanas muito reativas ou com alto t: e n te .
?·. ·0 u cinza de ca sc a d e arroz), a relação C/S d CdeSsDica a m .~~ltlllltê
a1.1'ªre IS , 1· . l1iJ
lação H e igeiramente menor indicando - -H é"'r.rd~ ...w
,;~d. &
l ªão ecundária co m o C -S -H . A reaç O 1,
~aç l Equação 2 ão po de se ª oc orrência de uma
f~ral -pe a r expressa , de um a fo rm a
.

(Equação2)
Pequenas quantidades d e a lu ~ in a reativa na composição
química de
um~ pozolana geralmente s~bstituem part~ da sílica do C-S
-H. Quando,
porem . uma pozola~a possui ~rande 9uant1dade de alumina re
JS pozola nas naturais e as argilas calcmad
ativa (como
as), algumas reações secundárias
podem ocorrer, resultando na formação de C-A-H (aluminat
o de cálcio
hidratado), conforme E q u aç ão 3.

CH+A+ H ~ C-A-H (Equação 3)


Há métodos de ensaio p ar a avaliação da atividade pozolânica
. Entre eles,
pode- e citar o Método Chapelle, a determinação da re
sistência mecânica.
3 difração de ra io s X , a determinação do
consumo de C H . pela
1:nn_ogravimetria e a determinação do calo
r de hidratação por me10 de
tecmca calorimétricas.
A Figura 11 ap re se n ta os resultados de !saia (1995)
referentes _ao
~onsumo de C H ' n as id ad es de 28 e 91 di~s., pa
ra rela~oes
agua aglomerante ig u ai s a O 5 e 0,3. Nesses estudos, ut
ihzo~-~e uma.cm~a
;olante do Polo Petroquírnido de Triunfo, moída (área espec1f;ca
Biame e
3 m!/kg) e reatividade Cha
pelle de 4o5 mg C a ü/g denhPaºJi
aprox- ento do te o r d e -s-H Pode ser acdeom
0 aum C pa
mª::·
anei
.
nte na difração de raios
ra
Xe r:mada pelo cr es ci m en to do pico co:respo1 formação
crescente de C-
S-lf eVela resultados similares aos ~nte~1o~e\·ficativas para o au
mento da
re istêa r~dução da re la çã o C/S m é d ia ~ ~ JUt~~ão da po
zolana ativada com
Ctfllent"c1a da pasta . Alé m do C-S-H_, a t raelenita hidratada
O (C2ASHs) e
h1dro Portland incl ui a produçao de g
granada [C J(A.F )H6] .
'06 'J. Go ma da Sili·a

bLlstãO
·5
~ cº~ssirJl e
Jote, de gr
1iõade (dias) i;ioza5 no P
-É 10
fsitafll eJll g
~
o
o
-::;
1~ 0 91
senta! com
sentafll
de sílica~
a/a (9 g)
'-
de variaçao

,~
o
{= 5 xa

20 ~o 60
~ de ci.. zz ,-u b::: e oo ~ de Oi lhTC para as relações á.,,,ona aglomera
nte iguais a 0,5 e
3 ,e ~ de - e 91 dias JOJ-N et aL : 3. a partir de dado5 de ISAIA. 199 5).

-.-1.3 Características das poz.olanas

..\s po zo lan as sã o. pr in cip alm en te. co ns tit uíd as po r óx id o de ilicio, óxido de


alumínio. de fe rro e de cá lci o e an idr ido sulfúrico. As técnicas utilizadas para
de • ooinação da co mp os içã o qu ím ica sã o a fluorescência de raios X e a

-
-
ICl 1M ii0 2ia \i.m ett ia IT G _ O te or de an idr ido su lfú ric o ( SO,.) deYe se
a -4 : para e ita r-s e a expansão pela fo rm aç ão de etr ing -
r menor ou
ita já nas primeiras
lu as da hidratação . · ville. 1982).
Scgamoo a A SI M C 61 8 1008a). a so m a dos teo re de [SiO~ + Fe~0 + AI~03]
3
!in maiaJrou igu al a 70 'k ". ville. 19 2: M in de s et al .. 2003). AA
STM C
. ......._. . es pe cif ica m na resisléocia mínima de 75Ck ao 7 e 2 dias da argamas a
E _. , ~ de poz.olana em substittiição ao cim en to em comparação
à
ilf a da aganJaS..'$3 de ref ere nc ia (corpos-de-pro,a cú bi co ) (MINDESS et
O leol' de M gO deve se r inf er ior a 4% (N EV IL LE . 19 2).
wwça de e K em teo r ele ad o é., muitas ve re . inde ejável por
ai -u »D C 1m de eflorescências ou a oc on ên cia da reação álcali:
IDar múit••> de ál al is recomendá el (e m equi alente de a.20) e
~~ J9 ll O 1aJI' de carbono da s pozolanas também precisa ser
elevados implicam menos material para. efetivamente.
al ál l de tam.'lém aumentar a demanda de água
iUl*"apg do cã11ento. recomendações são que ~
eMON1FJRO 2006) ndotoleráve

e.~==~cu[le- ãr·oriasundedaSleit~a
o
o B .- 1 ,-
do uJ,que
Quadro 5 - Composição de cinzas volantes nacionais (Isa.ia, 1995; MAR
CIAN O e KillARA, 1997).

Constituintes Teor(%)
S i02 55,62 - 60,85
nte iguais a o,s e li
5) . li - -
- Al203 28,8 5 - 29,2 5
-- - - . - ~-
li Fe203 7, 15 -3,15
I•

- - C aO 1,3 6 -2 ,3 2
I•

- - - - M90 0,9 4 -0,48


- --
io . óxido de S 03 0, 35 -0 ,2 0
·liz ad as para - ,, -
- N a2 0 0, 23 -0 ,3 6
aios X e a
er m en or ou K20 2 ,3 2 - 1,28
as pr im ei ra s
A s cinzas de grelha apresentam-se na granulometria de um a ar
eia grossa e, po r
2Ü 3 + A l2Ü 3] serem re sf ri ad as m ai s lent am en te , po ss ue m co m po si çã
o m iner al óg ic a
AASTMC predominantemente cristalina, co m potencial aglomerante ba
a ar ga m as sa ix o, nã o sendo
empregadas na fabricação de cimento .
m pa ra çã o à O B ra si l pr od uz aproximadamente 1,4 M t de ci nz a volante po
E S S et r ano somente
nas termoelétricas de Sa nt a Catarina e R io Grande do Sul. E ss
e volume é, em bo a
parte, incorporado na fabricação de cimento e de compone
ntes de cimento
sejá ve l po r amianto. A s cinzas volantes m ai s usadas no Brasil são as que
co nt êm baixo teor
aç ão álcali- de CaO (< 10 % ), classificadas co m o classe C pe la NBR 12653:
1999.
de N ai ü ) é As cinzas co m alto teor de cálcio (classe E de acordo co m a N
pr ec is a se r BR 12653: 1999)
têm si do comercializadas nos Estados Unidos e no Canadá.
·e ti va m en te , Apresentam
propriedades pozolânicas e cimentantes, baixo te or de ca
da de ág ua rbono, alta área
específica, co lo ra çã o cl ar a, m as , em muitos casos, po de m ta
sã o qu e o m bé m apresentar
expans ão indesejável, em de co rrên ci a do te or elevado de C aO
tio tolerável livre e de M gO
(NEVILLE, 1982).
No B rasil, es tã o normalizados dois tipos de cimento co m
ri un da s da adição de ci nz a
Volante, ou outras pozolanas: (i) o ci m en to Portland compo
as de Jeito sto co m pozolana
(CPII-Z), contendo en tr e 6% e 14 % de pozolana em relação à massa
ra si l, es sa total (NBR
12653:1999), e (ii) 0 ci m en to Pozolânico (CPI V ), contendo en
o S ul , qu e tre 15 e 50 % de
Pozolana em re la çã o a m as sa total (N B R 12653:1999): D a
.mesma fo rm a, a
ASTM C 595/2010 de fi ne do is tipos de cimentos, aos quats a cmza vola
nte po de
808 M. Gomes da Silva


··u 1a!; IJO

ser adicionada: o tipo 1-P, que permite de I 5% a 40% de po, ola nn. t' o tipo I-Pt>il
.,Jt11. -1,·ul O
c~t"'
contendo menos que 15% (MINDESS et ai., 2003). 111°,;ll l'
•'l~' 0
' 1
t1h · ·• de
' \ ~tfhl
25 .4.3 .1 Teo r de vidro 1tt . scn 1
111t1l10. ..,
A reatividade de uma pozolana também é muito influcnciadn pelo teor de vidro ·.dtStf·t,u iça o
1 ;
que pode ser avaliado pela difração de raios X ou por contagem por meio dt~ \ ,·1n,1111
microscópio óptico. 01as ' •
trO ,neno1
Algumas pozolanas naturais, apesar da variabilidade. podem apn~sentar teor de
vidro vruiando de 50% a 90%. As principai fa e c1i, talina ne a, pozolana , são no caso da e
o quartzo e o feldspato, mas algumas pozolana naturais pod em conter zeolita ·. au01entan~
A sílica ativa e a cinza de casca de arroz, amba ext:reman1 nt reativa . p dem UlJll a reSI
apresentar até 98% de Si02 , enquanto que uma cinza volante d boa qualidade do que
pode apresentar de 70% a 85% de fase vítrea, podendo apresentar algumas fase , jUDlS idade.
cristalinas, com o quartzo, mulita, hematita e magnetita.
Materiais contendo vidro silicoso apresentam um halo centrado em tom o de
22º 20. A esse halo podem estai· sobrepostos picos de diferentes forma, c1i talina,
de sílica, com o o quartzo (26,6º e 20,8° 20), cri tobalita (21.9º 20). mulita e
tridimita (Figura 12).

3.J.I Q,
Cinza volante
3.40 M
416Q z

3,43 Mu

5,39 Mu 2,70 Mu, ~ 1 M 2.20 Qz,Mu


·2.4.
" ·~uQl

10,00 20,00 3>,00 40,00 50,00 00,00


Figura 12 - Difração de raios X de cinza volante do Pólo Petroqufmico de Triunfo {R ). mostmmln ,l hnl,l, itt\'\I
com picos sobrepostos (ISAIA, 1995).
~ e n t a r teor d e
a s p o z o la n a s s ã o
conter zeolitas
re a ti v a s , p o d e ~
e b o a qualidade
a lg u m a s fases

d o e m to m o d e 25 .4.3.3 M a s s a específica
rm a s cristalinas A massa específica d a cinza volante va
º 2 0 ), m u li ta e ria e n tr e 190 a 2 4 0 k g /m3 , e n q u a n to a
do cimento fica e m to m o d e 315 k g /m3. C
o m isso, a substituição e m m a s s a re s u lt
em volume maior d e aglomerante. a

25.5 Materiais não reativos: fíler


F íl e r é u m material finamente dividido
, c o m o d iâ m e tr o m é d io p ró x im o a o d
cimento Portland, que, e m decorrência o
d a s u a a ç ã o física, m e lh o ra a lg u m a
propriedades d o concreto, quando e m s
teores m e n o re s q u e 15% e m re la ç ã o
massa d e c im e n to . E n tr e as propri à
edades m e lh o ra d a s , p o d e m -s e c it a
trabalhabilidade, a massa específica, a p r a
ermeabilidade, a e x s u d a ç ã o e a te n d ê n
à fissuração. c ia
Usualmente, o s filers s ã o inertes, m a
s p o d e m a p re s e n ta r a lg u m a a ti v id a d
hidráulica o u participar d e reações c o m e
o s c o m p o s to s d o c lí n q u e r, c o m o o ½ A
o C4Af8. O s filers p o d e m ta m b é m atua e
60,00 r c o m o a g e n te s d e n u c le a ç ã o e a c e le ra
2 hidratação d o clínquer. H á , ainda, a p ra
ossibilidade d e in c o rp o ra ç ã o p a rc ia l
d o o halo vítreO material carbonático n o C -S -H . O s do
fílers p o d e m s e r m a te ri a is n a tu ra is
materiais inorgânicos p ro c e ss ados . A N ou
BR 11578/1997 li m it a a c o n te ú d o d e fí le r
em 10% p a ra o s c im e n to s Porltand c o m
p o s to c o m fíler, e x ig in d o q u e o m a te ri
carbonático utilizado c o m o fíler p o s s u a al
pe n e ir a # 2 0 0 , n o m ín im o 85 % d e C a C 0 •
3
n e tr ia a la s e r e
25.6 Efeitos das adições minerais dos cime
(B E T ) o u p e lo ntos nas propriedades do
to ta li d a d e das
concreto9
o u c o ro uID 25.6.I Reologia
'
d e te rm in a ç ão '
c om p a c ta d o t
retª
c o e s ã o e a v is c o s id a d e d o c o n c r e to
8• a d iç
n o e s ta d o f r e s c o s ã o in f lu e n c ia d a s
e m d o ar. A s õ e s m in e r a is , s o b r e tu d o q u a n d o
s e u s d iâ m e tr o s m é d io s s ã o
~ r e s a o s d o c im e n to ( c a s o d a s
íl ic a a ti v a , m e ta c a u li n e c in z a e c a
sca
:l>rodllZindo 3Caü.AI20 eaco .11H 0 (NEV
3 3 2 ILLE, 1982).
IS ~ ~ ções complementares em Dal Molin, ca
pítulo 12 - Adições minerais para concreto
· · C. (ed.) Concreto - Ensm o, Pesquisa e R estrutural do livro:
ealiz ações. São Paulo: Instituto Brasileiro do Con
creto, 2005.
81 O M. Gomes da Silva

de arroz). Por ém, mes mo quando o diâm etro méd io da.:) ad1ções rr, 1erais
é sem elha nte ao do cim ent o, a sua men or mas sa esp ecíf ica faz cor.. que a
sub stit uiçã o em rela ção à massa de cim ento resu lte em mai or vol ume de
aglo mer ante , o que tam bém infl uen cia as pro prie dad es reo lóg icas .
O con sum o de águ a de con cret os com cim ent os com adi çõe s min erais
dep end e da form a e da sup erfí cie esp ecíf ica des sas adi çõe s e da
qua ntid ade util izad a em sub stit uiçã o à mas sa tota l de cim ent o. No cas o do
emp reg o de cinz as vol ante s, a sua form a esfé rica per mit e red uzir o
con sum o de águ a par a um a dad a con sist ênc ia, pod end o oco rrer de 5% a
15% de red uçã o de dem and a de águ a (NE VIL LE, 198 2). Há, por ém , cas os
em que esta red uçã o não é obs erv ada (MEHTA e MO NT EIR O, 200 6).
A esc ória de alto -for no , por ém, não pos sui a mes ma cap acid ade de
red uçã o de con sum o de águ a, em função de as sua s par tícu las serem
ang ular es (Fig ura 3c) . O mes mo acontece com o met aca ulim .
No cas o da síli ca ativ a e da cinz a de cas ca de arro z, as sua s elev ada s
sup erfí cies esp ecíf icas aum enta m a dem and a de águ a em con cre tos. Ess e
aum ento é mai or com o cres cim ento do teor de adiç ão. Me hta e Mo ntei ro
(20 06) cita m que peq uen os teor es de sílic a ativa (2% a 3% da ma ssa total
do cim ento ), por ém, pod em mel hor ar a coe são e a trab alha bili dad e.
A exs uda ção e a seg reg açã o são reduzidas em dec orrê nci a do mai or
vol um e de fino s e do men or con sum o de águ a par a um a dad a
trab alha bili dad e, par ticu larm ente par a o caso da cin za vol ant e e de
algumas out ras poz olan as.

25.6.2 Cal or de hidratação


Nor mal men te, o calo r de hidratação ger ado , por uni dad e de tem po, é
red uzid o com a sub stit uiçã o do cimento por adições. Com isso , o aumento
de tem per atur a em grandes massas de con cret o pod e ser red uzid o com o
emp reg o de cim ento s com adições minerais de reações mai s len tas, como
a esc ória de alto -for no e a cinz a volante, por exe mpl o.

25.6.3 Retração por secagem


Com o as adiç ões minerais normalmente reduzem a exs uda ção , o que
dificulta a sub ida de águ a até a superfície, exis te um potencial risco de
fissuração em decorrência da retração por secagem qua ndo se usam
~e nto s com adições min erai s, particularmente quando esta s adições são
rega das em teores mais elev ado s e qua ndo a taxa de eva por açã o de
i:mais- intensa. A cur a, por tant o, é de extr ema importância quando da
- ~ cim ento s com adições minerais.
Jlesistenc,a a compr essao
A • ' _,

15,6,4
dição de alguma s pozolan as, como
A ª da casca de ~oz aument am d~
cifl!ªst "ocia à compre ssao em todas as idades,'IU
resi e ento de poros e de grãos e pela melhona e podi r. X\>U.c_1,m __--,-1n,,,_y1_,.,lli,
refinam. -
ans1çao. na lll croe lrUtUtí:41a,e,_, 0

de tr . (l 995) estudo u o efeito da adição d ,


Jsata
01 as (cinza volante , cinza de casca de arroz: d~fere~te teores de
pot !~o%. manten do constan te a relação água-ag:i•ca attva()F~m teore
de at"o-sumo de aglome rante total foi de :;;a~te •gu~ 13),
614
O caloaglome rante igual a O,3, e 338 kg/mJ pmarapara relaçlio
áuU • l O5 A . a re aç o
,:ua/aglomerante igua a '. . s características da cinza volante utilizada
~[ foram apresen tadas anteno rmente ..
1
Na Figura 1}, observ~ -se q~e a cmza volante reduziu a resi tência à
pressão ate os 28 dias de idades de todos os concretos com relação
:~:a/aglomerante _igual a 0,50 e para todos os teores estudado .
e° mportamento diferen te ocorreu para os concretos com relação
'uºua/aolomerante igual a 0,30 na idade de 182 dias. que apre entaram
ª;nhos° de resistên cia à compre ssão de até 10% com a incorporação de
Jo% de cinza volante , sugerin do que adição de cinza volante é mais
eficiente em baixas relaçõe s água/aglomerante.

100 ~--r---,-----, 100

1K) 4---~ f----- t----- --, 80


unidade de tempo, é Idade (dias)

. Com isso, o aumento l 60 - 1 - - - - - 1 - - - - - t - - - - , -0-3 íi' 60


D.
! -0,,7
e ser reduzido com o !. ~7

-es mais lentas, como ~ 40 ,~~::::t:~..;;;;::::t:-- -, . . 28


. . . 128
(J
o: 40 ~28
. . . 128

]o. 20
o......__ _ _ _ _ _ _ _ _ __
o
o o 20 40 60
20 40 SO (b) água/oglomcmntc = OJ
"'o o que (a) água/aglomerante = 0.5 1 -
a Udaça · ·
exs • / (IS. co Je ·a à compressão em concreto., com~ •l\'>e~
• A

Figura 13 - Influência do teor de cinza volante na ;is~~c~a s (JOHN et ai.. 2003. n partir dl! IS:\lA. \QQS).
potencia e usaa: água/aglomerante iguais a 05 e 0,3, nas idades de 3•7 • 2 e
m quandodi~õeSsão
do estas a ração ~e · s de casca de arroz ' S0%
- obtida
. ,.
Isaia (1995) utilizo u mistura de crnza r controle de temperatura, t:
de evaPº ndo1-l
5por queima em forno de olaria'.. se?1 q~a f~~era nte foi constante -~"~~~t~
1
a /' eia qua
portan 0%queimada a 600ºC A relaçao agua ag f m 1:5 5:0.5 e 1·:-·- · ·-
o · pregad os ora ' - e umu.los na
(a ~xperim
0 ento. Os tra~os em resultados obtidos estao r ~dicionada
1 p·g merant e:agreg ados:a gua) e os apesar de as cinza
igura 14. Observ a-se, na Figura t 4 , que ,
812 M. Gomes da Silva

serem compos tas de 50% de cinza calcina da sem nenhum control e de


temper atura, o que resulto u em uma cinza com fases cristali nas (quartzo
e cristob alita), a resistên cia à compre ssão, de um modo geral, cresce
com o aument o do teor de cinza de casca de arroz, já a partir dos 3 dias
de idades. Esse crescim ento é propor cionalm ente maior para a relação
água/ag lomera nte igual a O,5.

100 100

80 idade (dias) 80 idade (dias)


i
L
-+-3 íi
Q.
+3
!., 60 -0-7 ~ 60 ~ 7
-it.t-2a (.J
+2s
" ~ 91
a:
-0-91
40 40

20 20 + - - - - - + - - - + - - - - - - - t - - - - t
o 10 20 30 40 o 10 20 30 40
Cinza de Casca de Arroz (%) Cinza de Casca de A"oz: (o/o) Resistência à compre
(a) água/aglomerante = 0.5 (b) água/aglomerante = 0,3 (Pfil-32 + escória de
Figura 14 - Influência da adição de cinza de casca de arroz na resistência à compressão em concretos com
relações água/aglomerantes iguais a (a) 0.5 e (b) 0,3, nas idades de 3, 7, 28 e 91 dias (JOHN et ai., 2003 a
partir de dados de ISAlA, 2005).

A Figura 15, a Figura 16 e a Figura 17 apresen tam a influência do


ciment o CP II-E 32, CPIII-3 2-RS e CPIII-3 2 + escória (50% de escória
de alto-fo rno e 50% de ciment o CPIII-3 2) na evoluç ão da resistência à
compre ssão de concre tos com fck variand o de 20 a 40 MPa.
Pode-se concluir da análise dessas figuras que a contribuição da escória de
alto-forno na resistência à compressão é menor nas primeiras idades, mas é
crescente para as idades mais avançadas, em decorrência da formação de uma
microestrutura mais densa e do avanço da hidratação tanto da escória de alto-
forno como do próprio clínquer do cimento.

25.6.5 Resistência. à tração

Bdições minera is, por melhor arem a porosid ade da matriz e d?


• transição, melhor am também a resistên cia à compressão e ª
te é observ ado quando ocorrem o consum o e a redução do
is.tais de CH pelas adiçõe s minera is, o que acontece em
as.
(/ )

-"~O 55

co 50
C \I
(/ )
g 45
-~ '\
~ 40
o
1 (0 ' \

'
(/ )
(/ ) 35
~
\
o. \
E 30 \
o
(. )
\ ,,
, (O 25
ctS
·u
e 20
-·oo
<Q)
C/)

Q)
15
CP 111-32-RS
•••C•P 11
a: 10
-E-3
2
,4 ,5 ,6 ,7
,3 ,8

"f"'16 . Rei •
CUnento CP III- ª compressão R e lação água/ 1111terial c1menticl0
-~e ao s 28 dias de idade do concreto com
1 tencia , <50% de escória cimento_CP lll-32, ~ t o CP D
de alto-forno e 5 0 4 de CP lll-3
1 l, em runçao da t<laçio águafm
·&
32 cun aienal
entíciO (SILVA, .2006b).
814 M. Gomes da Silva
volante,
~i11t8 1uíra
"'
<tJ
55 . cone
~ tfl!l-"·., do volu
~ 50
\ ~j~·aO
1
"'
g 45
\
sistência
ãi
-~ 40
' \
\
7 ,, Re
.. , ,. õeJJ..U
.
,., s ..,.11ner
\ .\.' adtÇ decorrên
·~
o
35
' ~ sÓ erTl s sobretu
~
a. 30
E '' rit, rn~ ~ulfatos
-aoCO
8 25 ,;i1JSÍVa.
,(tj
<tJ Material olmentlclo
·5 20
73 Reação _álc
e
cQ)
êi5
·cn
Q.)
CC
15 --
••••
CP 111-32-RS+eacórte

CP 111·32-RS
adições nuner
~ivas resultan!
10 CP 11-E-32
,3 4 ,5 ,6 ,7 ,8
iaimente reat1
totais, pela su
Relação água/ material clmentlclo redução da relaç
Figura 17 - Resistência à compressão aos 63 dia\ de idade dos concretos com cimento CP ill-32, cimento CP II-E-
32 e cimento CP JJJ-32 + escória de alto-forno (50o/r de escória e 50% de CP ill-32), em função da relação
águaimaterial cimenúcio (SILVA, 2006b).
Corrosão d
·s fatores pri
25.6.6 Módulo de elasticidade
-oe a pe
a despassiv
A melhoria da microestrutura da zona de transição na presença de adições
minerais não resulta em correspondente aumento do módulo de elasticidade do
concreto, mais influenciado pelas características do agregado. Com isso, os
aumentos nos níveis de resistência à compressão, obtidos com o emprego de
adições minerais, não se repetem nos resultados de módulos de elasticidade. Pelo
awnento do teor de pasta, o módulo cai na mesma proporção do teor de adição
mineral substituindo cimento.
25.4.7 Durabilidade
'IS.!J,.7.t Porosidade capilar .,
Ãn,dução da porosidade de capilar é muito importante para a durabilidade,Ja
IIJ«anismos de transporte de massa associados à entrada de agent~s
IIO eoncreto são afetados por essa propriedade. As adições min~rrus
e eacória de alto-forno) reagem com o hidróxido de cálc10 da
~ ~ou do cimento Portland, gerando silicatos e
~tado. que precipitam nos poros capilares e
B importante rc saltar o beneficio de sa
· de cálcio.
de porosimetria por inuusão de
do cimento por escória de alto-
,·.6.7.4 Corrosão das armaduras
- Os doi fatores principais respon
sáveis pela d e s p a s s i v ~
c aroo natação e a penetração de cloretos em q
3
~'Orrida a despassivação das armad u a n tid a d e sufié{eilté
outro fatores, como disponibilidade u r as , a ta x a de corrosão é
do concreto. Estudos comprova
d e um id a d e e d e 0 2 e resistivi
m que as adições minerais reduzem
cloreto e a entrada de oxigê
nio e de água no concreto, aume a d im sió d e
re isti\~dade elétrica e contri ntando a sua
buindo para prevenir a corrosão
ctsencadeada pelos íons cloreto. d as armaduras
Omesmo não acontece com relaçã
menor re erva alcalina (concentra
o à c o r ro s ão por carbonatação, devido a
ção de CH na água do poro) qu
emprego de adições minerais e ando do
m cimentos e concretos. Essa
desvantagem pode ser minimizada c aparen~e
om uma adequada cura, de forma a
~. ªporosidade e a permeabilidade superficia ~u~-
0 mgres o do C 0 • O fato de
l d o co n c re to e retardar ou u n ~
as a diç ões minerais reagire~ com o CH e
0 pH da água do poro n2
ão é , isoladamente, um n_iouvad re d UZ ll'C m
Jl!Ss1vação das armaduras pois or para~- perda da
essa redução não aunge o valor c
seguutlo Pourbaix o valo; crítico de n tic o de pH
Na verdade o ' p H é 9 ,4 ),
Pmvav d C H po u co a feta a alcalinidade da água do por
' consumo e ,.. o ,
COociu e~~nte porque o pH da so lado lo teor de Na e K. Essa
cttº
tipos
luçao é ~on:r°ia ( 1 : 5 ) , utilizando
e corroborada pelos res~ltados
e sade arroz e sílica ativa) em teore
diferentes
elevactoi(ozolanas (cinza volante, cm s
za d~ c)a~:sses estudos, 0 pH vario
a12,3. em alguns casos che
ga nd
u d e 1 1 ,9
Na p· o a 5 0 v • • ,. •
class tgura 18 e na F igura 19, ob ectivamente a mfluenc1a da
e de · " serva-se, resp da relação água
res1stencia à compressao ,.. d o c o n c re to e /m a te ria l
816 .\/. Gomt s d,, Sifra

dmentício na resi tividade elétrica após ciclos de en, elhecimento acelerado


t càmara de né\'oa salina e câmara de carbonatação) nos estudos de Silva
(2006b). Na análise da Figura 18. obserYam-se valores de resistividade ao
elétrica, muito ~emelhantes nas ?1.isturas com C~ II-E-32 (30~ de escória) e
com CP III-32-RS (66% de escona), ambas maiores do que as das misturas
produzidas com CP Ill-32-RS+esc ória de alto-forno (83% de escória). Todos
o - valores de re i tividades elétricas são crescentes com a classe de resistência
[ 60
diminuindo a probabilidade de corrosão de acordo com os critérios do CEB e:ç.
192 (Silva. 2006b). ~
,._,,
(1'
100.,--------------, (..) 40
E
-
,CIJ
CIJ
CIJ
80 'O
(1' 20
'O
~
rn 10
E 'én
u 60 Q.) 5
E ~ o
.e ,3

..,_
40

20+-..- ---~~-- ----1 -


Mat.cimentí cio
CP ll~Rs+ucõrla

10 ~-~.-.- ------- -t -
5 1----- ------- --i ••••
~ p ll~RS ncia obser
o ~-------- ----...--- ---. CP li E-.12 ento acel
C20 C30 C40 C50 Cso da classe,
·s a 2C
Classe , na Fi
F.igum 18 - Resistividade elétrica após ciclos de en, elhecimento em câmara de carbonatação e de névoa salina para to, Püt(
~ com cimento CP II-E-32. CP W-32-RS e CP ill-32-RS+ escória de alto-forno (50'1- de escória e 50% de se d(
CP W-32). em função da classe de resistência à compressão (SD..VA. 2006b ).
nun.
21'
-'Wão à influência da relação água/material cimentício, tendo co~o (Sil~
9, ob$elva-se a tendência de misturas com CP ill-32-RS+escona
em menores alores de re istividade elétrica
_ . :CP B-E-32 e com CP ID-32-RS. Os valore! ~
e:
.......,...-,.,...-...... misturu com CPID-32-RS em relaçao_al
tllD8 mesma relação água/ mate~al
. ,,a!UG ..anmeota a relação água/maten
..aDa:sislmd ade elétrica diJninuern·
,...
5.
!
g
(O
(, J 40
:E
,Q.)
Õ)
Q)
"C
(O
"C
20
-:.,~..
ti ) 10
·c;;
Q) 5
~ o
,3 ,4 ,5

figura 19 - Resistividade elétrica após cic


los de envelhecimento em cAmara dê c
ca-.cretos com cimento CP íl-E-32, CP íl mbéJÔIIÍI!~
l-32-RS e CP ID-32-RS+ escória de alto
CP III-32) em função da relação água/ -forno.(!
material cunentíci
o (Sll.VA.~

Atendência observada com relação ao


potencial de eletrodo, após o 50'"cic ti·t1111·-;
envelhecimento acelerado (câmara de n ..,,xif~
évoa salina e câmara de carbonataÇão)
em função da classe de resistência à com
armadu ra iguais a 20 mm e 30 mm, é a p re ssã o e p a ra o cobrimento mínimo de
presentada na Figura 20 e na Figura 21
Observa-se, na Figura 20, para os tr .
envel hecimento, potenciais com tendên ê s a glo m e r a ntes e após o 5° ciclo de
cia de serem mais ele~opositivos_com o
aumento da classe de resistência à com
pressão e para o cobnmento mírumo d
armad ura de 20 mm. Porém, nos conc e
re to s c o m c o
ª30 mm (Figura 21), observa-se uma tendência brimento. ~a armadura i ~
de probabilidade de corrosao
menor que 10% (Silva 2006b).
Entretanto , o b s e r v ~ - s e tendências dif
erentes com relação ao teor de ~s':6n· ;
:~~to-fo~o para os dois cobrimentos
reJaç~do sao mais eletropositivos nas
m(nimos da ~r!~:~º~r:.:~~s
m1~uras comobrimento mínimo igual
em
21) rn: àq uelas misturas com CP 2 a
Il!-3 -R P~~b~~entos mfnimo da arm
iguai (Figura 20). Ocorre o contrár
io par~ os a dur a
de e1:: 30 mm (Figura 21), ou seja, as m1st~
r~ tm
m
is
C
tu
P
ra
u
s
-E
c
-
o
32 têm potenciais
m CP ffi-32-RS,
Prova r~do mai s eletronegativos
em : I a ç a \ o n a t a ç ã o e os íons clore
alc:a ve mente pelo fato de a fre to não
nte e car
nçarem a armadura (SILVA, 2006b).
HJH AI , ,,11111•1 ,1,, S/11111

o...------ -----,

• 100 1------ --~


200

JOO

400

·500
Material cimentício

·600
-- CP 111-32-RS+eecórfa

CP 111-32-RS
•••• ;Jl Cimentos e
• 7 0 0 - - - - - - . . . . - - ---.1 CP II E-32
20 30 40 50 60

Classe
J wum 2" P111ern·1r1l de eletrodo ap<js ciclos de envelhecimento em câmara de carbonatação e de névoa salina para
u1114,rclo'i Llllll LllllClll11 ( 1'11-E 32, CPlll-32-RS e CPflI-32-RS+ escória de alto-forno (50% de escória e 50% de
<'Plll 32), cobrimento mínimo <le armadura de 20 mm (SILVA, 2006b).

·100
,, ~
..•••••• ...
... 6

•• •
-200,,
.••

-300,,

.400 '
Material cimentlcio

-500 .
-- CP 111-32-RS+ea:ória

CP 111-32-RS
••••
-eoo . . CP li E-32
20 30 40 50 60

aa...
. . ...,.1. . . . . . . cf4 ~ t o em c4mara de carbonalaçio e de névoa salina para
o CPID-32,.RS+ escória de alto-forno (50% de escória e SO'l de
•wmactana ele 30mm (SU..VA, 2006b)
2,5.7 Ciment Portland comerciais com adições minerais•º
.5.7J Cimento com adição de escória de alto-forno

\'árias n nuas permite m a adição de escória de alto-forno aos cimentos


Portland: ó()C'. no ~ léxico tNMXC 414 ONNCCE); 70% nos Estados Unidos
névoa salina para l..\ST1I CSQ.5 ó"') . no Japão (TIS R 5211) e no Brasil (NBR 5735/1991 da
escória e 50% de
ABJ. m: -5Cé, na Argenti na tIRMI 50000:2000) e Chile (NCh 148 Of 68); 80%
na Rússia Roy e 11alek. 1993) e na República Tcheca; 85% na Alemanha; 90%
na lnglarer ra 1,.B 4~-t-6 74) e União Européia (ENV 1997-l/20(X)), conform e
Quadro 6 1,. Sih-a et aL 2006a).
Qll:!dro 6 - Teores mi.'\UDOS de escória admitidos por nonnas de cimento (SILVA et ai.• 2006a).

1 Pars Norma Teor de escória


i r,. éxico NMXC- 414 ONNCCE 60%
Inglaterr a· BS 146/2002 95%
I Canadá CAN/CSA A3001 (2003) 70%
Estados Unidos ASTM C595 (2010) 70%
Brasil NBR5735 70%
Japão JIS R 5211 (2003) 70%
Argentina IRAM 50000 (2000 75%
Chile NCh 148 Of68 75%
,,
AJemanha" D1N1164 85%
lngJaterra• BS 4246/96 90%
1França"
1
NF P15-301 95%
voa salina para *'Suhsriruídas pela nonna européia ENV 197- 1:2000, que admite até 95%.
ria e 50% de
Alguns paíse . como Estados Unidos (ASTM C 989/2009a),Argentina ~
1667). Japão. ns A 6206) e Inglaterra (BS 6699 11 ), p~s~uem normas específicas
a partir de para descreYer as características esperadas da escona de alto-forno para a
emente do Utilização em cimentos. confon ne pode ser visto no Quadro 7 (SILVA, 2006a).

IO lnfonnacões .,"_ OflllJ!~ntl..-es no Capírulo 10 - O cimento Portland do livro: 1SAIA, G. C. (ed.) Concreto ·
Ensino, p ~ e Realizn - • São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2005.
11
Uma norma eç-.:., .....~re f..:r:i toda a comunidade européia encontra-se em desenvolvimento.
820 M. Gomes áa Síl w

Pás l No rm M- Npt,eif'i,c:as pv a ev Ma Limites est abe lec ido s


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1CS A ~ 2"/131 ~~ ,.. _.. :1~-.
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Car.adá aos 28d ias > 80%
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lndr....e de a:didade (3 classes)
7ç; , I'! <I. 70%; 90%
2.8o >70'/4; 90% ; 110 %
EUA AS TM C ~~ '~'))!;,aVJ.AS..qo 111 ?2 % re'A a na pene.ra 45µ m <20%
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""'2%
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Pa r~ a vi:r eas >85 %
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P.esiauo ~ , e l <1,5%
Reino BS 669 9 ( "99 2) - 5;,e,::CJ::a:Q ro- 17oond lrgJ <14%
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,,_, JIS A 820 8 1997}
b:k e de a:.vdade...
70 >55 % (4000); 75% (6000); 95% (8000)
1 2Sd >75 % (4COO); 95% (60 00)
;10 5% (8000)
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ãJ e m- de c:sooanxuo da argamassa de refcrêo.i.1
15,7.2 Cimentos com adição de pozolanas

Os cimentos ~ortland pozolânicos assumiram expressiva participação a partir


de 1923, na Itáha, com a utilização de pozolanas naturais derivadas de rochas
vulcânicas. No Brasil, os cimentos com adição pozolânica viriam a ser
comercializados somente em 1969, no Rio Grande do Sul, por iniciativa da S. A.
Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, utilizando as cinzas volantes coletadas
na Termoelétrica de Charqueadas. Anteriormente, havia usos esporádicos de
cinzas volantes, em 1964, também no Rio Grande do Sul, e de argilas calcinadas
em obras da barragem de Jupiá, no Rio Paraná, cuja fábrica de pozolana iniciou
sua operação em 1965. A indústria cimenteira brasileira produz dois tipos de
cimento contendo cinza volante, ou outras pozolanas: o cimento Portland
Composto CPII-Z, contendo entre 6% e 14% de pozolana (NBR 11578:1997), e
o cimento Pozolânico CPIV, com teor entre 15 e 50% (NBR 5376:1999).

25.7.3 Cimentos com adição de fi1er

A NBR 11578:1997 limita o conteúdo de fíler em 10% para o cimentos


Portland composto com fíler, exigindo que o material carbonático utilizado como
fíler possua no mínimo 85% de CaC03 • Os cimentos CPII-E e CPII-Z (NBR
(8000) 11578:1997) podem conter até 10% de fíler, enquanto os cimentos CPIII (NBR
(8000)
(8000) 5376:1999), CPIV (NBR 5376:1999) e CPV-ARI (NBR 5376:1999) podem
conter até 5 % dessa adição.

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