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afdiaÍS de c.ooswçl oOvil e Princípio.

dii,
M CecbeDa Jsaia (Orpnmdor/F.ditor)
: ; :IBRACON. Todos direitos reservados.

Capítulo 32

Alvenaria Estrutural
Gihad Jlohamod
Universidade Federal do Pampa - RS

Humberlo Ramos Roman


t,;niversidade Federal de Santa Catarina

Eduardo Riwrtti
Universidade FederaJ de Santa Maria

Romson Romagna
Universidade do Sul de Santa Catarina

32.1 Introdu ção

32.1 J Evolução histórica e vantagens das construções em alvenaria


estrutural
de ensaio
e ensaio
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo muito utilizado desde a
antigüidade e que ainda hoje permanece em constante transformação pela
se tipos- ~
introdução de novos materiais que propiciam um progresso efetivo nas
men.s< ies-~ técnicas de execuç ão, tornando esse sistema eficiente em termos de segurança
e rapidez de produção.
ficação e requ No passado, as construções eram compostas por unidades retangulares
intertravadas com ou sem um material ligante. A segurança era garantida pela
gt:m e inspe?'
forma tipológica que propici ava apenas tensões de compressão. Até então, a
unidade (tijolo cerâmi co ou bloco de pedra) era a única responsável pelo
suporte e distribu ição das tensões verticais e horizontais provenientes do peso-
voJurncsu'tíJe próprio e das ações de vento. Exemp los marc~ tes, ~e construções que
destacam a relação entre o material, a forma t1polog1ca, o processo de
construção e a segura nça são (a) as Pirâmides do_ Egito, (b) o Farol de
Alexand ria e (e) o Coliseu Roman o, como mostra a Figura 1.
(a) (b}
. .5 t 1
Figum 1 - Construções que destacam o conceito da alvenana resi ien e ·

A pmtir do aparecimento do aço e do concreto e da versatilidade. de_ ambos os


sistemas construtivos em termos de produção, esbelte~ e, . prmc1palmente,
obtençã o de grandes vãos, a alvenar ia estrutur al. f01 de1~ada de lado,
especialmente para prédios de multipavimentos. O último prédio em al~enaria
estrutural antes da popularização do concreto armado , o "Monad nock Building"
(constm ído entre 1889 e 1891), com 16 pavimentos e paredes com espessura de
J,8 metros no pavimento térreo, parecia decretar definiti v~ente o abandono
desse processo construtivo para prédios de grande altura. Esse tipo de ~onstrução
cru caracterizado pela dificuldade de racionalização do process o executiv o e pelas
limitações de organiz ação espacial , tomand o o sistema lento e de custo elevado
(Figura 2).

(b)
(a)
Figum 2 - Edifício alto construído em alvenaria estrutural em meados de 1889 e 1891 2 .

O marco inicial da "Moderna Alvenaria Estrutural" começou na Suíça, com os


estudos realizados pelo professor Paul Haller, que conduziu uma série de testes
cm paredes de alvenaria, devido à escassez de concreto e aço, conseqüência da
Segunda Guerra Mundial. Os dados experimentais serviram como base no projeto
de um prédio de 18 pavimentos, com espessuras de parede que variaram entre 30
L' 38 cm. Essas paredes, com espessura bastante reduzida para a época, causaram
uma revolução no processo constru tivo existente (TMS, 2005). Com esses
L'sludos, voltou a disseminação do uso da alvenaria estrutural como processo
construtivo, por meio de extensos resultados experimentais que proporcionaram

I (u) liftp://www.geocities.com/tioisma2002/index.htmJUTH; (b) http://www.avanielmarinho.corn .br/maravilhas6.htrn


( t')l1t1p://www.11u111ismntike.hpg.ig.com.br/ImpRomano/Coliseu.htmJU
1
(11) /Jtrp://www.111n11nd11ockbuilding.com/hi tory.htmUTH; (b) http://www.clt.astate.edu/ wallcn/dH11• Monadnock/
M1>1111th1ork .lllm
. ão de teorias e critérios de pn,
a c~iaçção de materiais apropriado para a,,eJtiectJlélt:i.,
fabricªvanços nas pesquisas cresceram na 11.1-....a-·
os~édios
a · d · ~ ~.t:1tm.'1M~1;.em
em alvenana e cmco andares d.csenvr,1Vi,rlfto .....,.f ·:.l~')C'
de .P burgh, sob a responsabilidade do proiteslson~ .-a IRVersi~
e~inpesquísas co~sistia~ na avaliação do rnpo-!,~ e B. P. S ~
A naria em reJaçao a açoes de cargas horizontai quand b ~dasturas. de
aJvexpJosão de gas , e ou tros ac1"dentes que pud m I varo àu meti tirada apengos
de eelernento estrutural (Hendry, 1981). O re ultados d re . abru~ta de
u~·zados como base comparativa para se projetarem a - ;! perune:~ oram
uarti~ efetiva avaliação das precauçõe e truturai contra cargasdan º~de~.
P d d · ,..
especialmente nos casos e per .a mstantanea de um elemento estrutural. Os o ac1 ntais,
estudos _representaram um . impoi:tante a an o no conhecimento e
desenvolvimento de testes expenmentais em alvenarias truturai .
paralelamente ao avanço no conheci~ento do omportamento global da
construçao e d? elemento: for~m desenvolvido, ~ tudo que proporcionaram um
progresso efetivo na fabncaç~~ d?s mater!ais. técnicas e equipamentos para a
execução, tendo como co~sequencm o surgimento de no,as unidades e tomando
a alvenaria estrutural eficiente em termos de rapidez de produção. Atualmente,
pode-se _citar que o aumento gradual da concorrência e do níveis de exigência
constru~1va tem provocado. ~~s empre. as con~ truto~ uma mudança nas
estratégias, de form~ a poss1b1htare,m a. mtro.duç~o de melhorias na produção,
empregando alternativas que levem a rac1onahzaçao do proce· o construtivo.

32.1 .2 Normalizações para os materiais e dime11sio11amento das alvenarias


estruturais

No Quadro 1, apresentam-se as principai, normalizaçõe brasileiras e


européias que tratam do comportamento fí ico e mecânico do material,
componente, elemento e sistema construtivo.

32.13 Vantagens do sistema construtivo em alve11aria estruh1ral

"ça, com os A viabilidade do sistema em alvenaria e trutural e tá diretamente relacionada a


Je de testes como os requisitos de desempenho dos elemento, e da con trução atendem às
I. üência da necessidades dos usuários. Os principais iten de de empenho ão a segurança
no projeto estrutural , a durabilidade, a segurança ao fogo. a térmica e a acústica. O grande
entre 30 desafio imposto ao meio técnico é aliarem-, e a~ que tões construtivas aos
causaram requisitos de desempenho e ao aumento gradual da ~o~~orrência: provoc!ndo
om esses mudança nas estratégias das empresas, de forma a po s1b1htar~m a mtroduçao d~
processo me!horias na produção, por meio do emprego de altematlYas que levem a
cionaram racionalização do processo e à diminuição de cu to ·

vilhas6.f'[Jll

Ann11d/1
rek
da resistancia à com

Princf ios fundamentais


Componentes Cerâmicos
Parte 1: Blocos cerâmicos alvenaria de veda o - Terminolo ia e uisitos
ABNT NBR IS270.2:200S Componentes Cerâmicos
Parte 2: Blocos cerâmicos alvenaria estrutural - Terminolo ia e re uisitos
ABNT NBR 1S270.3:200S Componentes Cerâmicos .
Parte 3: Blocos cerâmicos alvenaria estrutural e de veda o - Métodos de ensaio
ABNTNBR 1S812-l:2010 Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos- Parte 1: Pro'etos
ABNTNBR 1S812-2:2010
ABNT NBR 6136:2007
ABNT NBR 12118:2010
ABNTNBR 8492:1984
ABNTNBR 10834:1994
ABNTNBR 1083S:1994
ABNTNBR 10836:1994

ABNT NBR 14974-1:2003


ABNTNBR 14974-1:2003
ABNTNBR 8490:1984
ABNT NBR 13277:2005
ABNT NBR 9778:2009
ABNT NBR 13279:2005 Argamassa para assenlamento e revestimento de paredes e tetos - Detenninação da resistência à tração na

ABNT NBR 13281:2005


ABNT NBR 8215:1983
ABNT NBR 8949:1985
ABNT NBR 14321:1999
ABNTNBR 14322:1999 Paredes de alvenaria estrutural - Verifica ·o da resistência à flexão sim lesou à flexo-com ressão
ABNT NBR 8798: 1985 Execu •o e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - Procedimento
ABNT NBR 10837:2000 Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

NORMAS EUROPÉIAS
EN 459-1 2001 Buildin lime: Part 1. Definition s ification and conformit criteria
EN 1015- 11 (1999) Methods of test for mortar for masonry - Part 11: Detennination of flexural and compressive strength of
hardened mortar
EN 1015- 2 1998 Methods of test for mortar for maso - Part 2: Bulk sam lin of mortars and re arntion of test mortars
EN 1015- 3 (1999) Methods of test for mortar for masonry- Part 3: Detennination of consistence of fresh mortnr (by flow

EN 772-3 1998
osrntic weighiiJ!_
EN 772- 4 ( 1998)
,. tnrnl and open
Quadro 1 - Principais nonnali~ nacion . .
BIS e mfemacionais para ai .
vcnarta CSlrutural. ( ~ )
EN 772- 6 (2001) Spccification for masonry ·

E"t'J1J-7 1998
EN 772-9 (1998)

· tennmatmn of water absorption of • 0 .,....


· d . -.-~gale concmc manu,.-~
c:onc:mc units

EN 772
-EN 772• ~
EN
13 2000
"'-'-'--____,,__.,___
16 t?OOO'
? 1 J998
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u~m~ts;uc~to~c~a~ll~I
_1--__Qetennination
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of net
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for masonry units Pan;aso~nry~un~,ts~(~e


~catmn~~~~~~~~~~-~o~m
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105-c....·.c..=:..:...:;,c_-1--~ ethods of test for masonry- Pan 1. Determinai' of
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Water a
and gross dry density ·u~·a1~~~~·
~ac~ti~on~an:d~:e~·; f
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x~cc~~!!-. .. stonc)
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SIOIIC=~ma=cnmv=-

~N 1052-2 (1999) Methods f r · compn:ss,vc sttcngth


- - ·· - - - · º-J.e~.,or masonry - Dctennination of flexural strcn:-L
EN 1052-3 2002 M thods f ~
=-:---:-::-::--:->-:-:--:-:-<-----+--~e~. __Q__ICSI for masonry - Dctennination of initial hcar
EN 1052-4 (2000) Methods f ~ s strcngth
EN 1996-1-1 (2005) -- ·· ·· - __ Q.. li!§! _~r ll13SOI!!}' - Dctennination of shcar strcngth including damp poof c:oane
Eurocode 6 - Design of masonry structures . Part 1-1: General rulcs for rcmforccd 111d .....!L.-....1
mason structures ....~ , -

: ~ normas ABNT NBR 5706: 1977, ~BNT NBR 5718:1982 e ABNT NBR 5729:1982 estão saindo de vi e
umca norma tendo como base as seguintes nonnas internacionais: a ISO 1971 · 1983 d li gor 5Cl'io substitufdas por uma
- d ed'f' · d · , que e me os termos ncccssúios ,.,.. 1 çio
construçao e 1 1c1os e acordo com a coordenação modular: ISO l006' 1981 .-- coacq,. e
coordenação modular de edifíci . . . , ., . . , que estabelece o valor do módulo b4ste0 para ser llSldo na
. , . º~· ISO 2848.1984, pnnc1p1os e regras da coordenação modular. ISO 6513·1982 ·
mulumodulares prefenve1 s para dimensões modulares· ISO 6514·198'> d . . . • séries de medidas
. . , . -· que etcmuna os valores dos mcremcntos submodul · ISO
1040. 1983, que define as medidas dos multimódulos para dimensões coordenadoras horizontais. ~. e

Na alvenaria es~t~ral, a ~redução de uma edificação passa por etapas que vão
desde o estu~o prehmmar ate .aspectos como a adaptação da concepção ao limite
da m?dula~ao, escolha do tipo de unidade, posicionamento das instalaçõe ,
especi~caçao dos ,acabamentos e esquadrias e, por último, a definição do projeto
executivo. Isso e fato marcante nas obras em alvenaria, pois a falta de
coorden~ção pode comprometer o sistema e gerar problemas globai na
construçao.
São necessários, para o projeto em alvenaria estrutural. os seguinte
documentos: planta de primeira e segunda fiadas, detalhes específicos dos
encontros entre paredes estruturais e de vedação, encontro da laje com as parede ·
externas e internas, posicionamento de vergas e contra-vergas. posicionamento
das colunas de graute nos encontros, detalhamento e posicionamento das juntas
de movimentação, posicionamento das colunas hidráulicas e elétricas. paginação
de todas as paredes, encontro entre a parede de vedação e laje. Destaca-se também
o papel fundamental do coordenador de projeto, responsável por compilar todas
as informações e por repassá-las, de forma contínua, aos envolvidos no proces o.
A principal vantagem econômica proporcionada pela alvenaria foi a otimização
de tarefas na obra, por meio de técnicas executivas simplificadas. facilidade de
controle nas etapas de produção e eliminação de interferência~. gerando uma
diminuição no desperdício de materiais produzido pelo constante rc-trabalho.
Con conseqüência , o sistema construtivo em alvenaria estrutural consegue
pn ·io.'.'lar uma flexibilidade no planejamento das etapas de execução das
obr. so toma O sistema construtivo em alvenaria estrutural competitivo no
Br: uando comparado com o concreto armado e o aço. C? Quadro 2 apresenta
a Lgem de redução no custo de uma obra em alvenana comparado com as
, v:....ados en•- as estruturas convencionais e a alvenaria estrutura} (Brasil).
Quadro 2 - Custos reJativos apro,..... u...

Economia (%) ~

'· Cuacterildca da obra 25-30 -


·Oumo navimenloa. -
Sele pavimentoa aem pilotis, com alvenaria 20-25
nloarmada.
Sele pavimentos sem pilotis, com alvenaria 15-20
-
annada 12-20
Sele navimentos com pilotis.
10-15
Doze navimentos sem pilotis.
Doze pavimentos com pilotis, téJTeo e subsolo 8-12
em concreto annado.
Dezoito pavimentos com pilotis, téJTeo e 4-6
subsolo em concreto amwlo.

De acordo com os dados apresentados no Quadro 2, pode-se concluir que, para


prédios em alvenaria estrutural de até quatro pavimentos, acontece uma reduçã9
no custo da estrutura de 25% a 30%, quando comparado ao concreto armado. A
medida que se aumenta o número de pavimentos, essa redução diminui para
valores em tomo de 4 a 6%.
Como desvantagens, pode-se citar que o desempenho da parede é influenciado
por fatores como a qualidade da mão-de-obra, que precisa ser treinada de forma
a respeitar o nivelamento da parede, o prumo, as espessuras das juntas de
argamassas e os posicionamentos dos blocos nas diferentes fiadas. Também,
existem limitações da concepção estrutural em relação ao arquitetônico, sem a
possibilidade de remoção de elementos estruturais.
Figura 3 -
32.1 .4 O uso da alvenaria estrutural no Brasil
Apartirde 199
No Brasil, a alvenaria surgiu como uma técnica de construção apenas no final
da década de 1960. Anteriormente, poderia ser considerada como uma "alvenaria
, u-o process
resistente", ou seja, fruto apenas de conhecimento empíric o, como conseqüência ~ . Entre
da inexistência de regulamentos que fixassem critérios de dimensionamento e cm,escadas p
segurança dos elementos estruturais. A grande maioria das edificações possuía ctlaria estrutur
quatro pavimentos com critérios de execução e dimensioname ntos baseados na Uso do proces
1

expe~êr~cia do cons~t or. Comumente, as paredes dessas edificações eram sil'-'


con~t1tu1das p01~ ~rudade~ cerâmicas maciças (tijolos) nos três primeiros i,aateriais
pavimentos; no ultimo pavimento, eram usados unidade s vazadas com furos na
direção _do assentamento da pare~e. Camach o (1986) observa que, no princípio da
alvenan a estrutural, as construçoes anteced eram as pesquis as na área e estavam
oncentradas em algumas regiões, como São Paulo (na década de 1970) e
Alegre (em 1984-1985).
o ano de 1966 datou o marco inicial do emprego do bloco de concreto em
alvenarias estruturais armadas no Brasil, com a construção do conjunto
habitacional Cen~ral P~k Lapa em São Paulo (Figura 3a). Essa obra possui quatro
pavime~tos e fot realizada.com par~de~ na espessura de 19 cm. Em 1972, foi
constrmdo, no mesmo conJunto hab1tac1onal, quatro prédios de 12 pavimentos
cada. em alven~ria arma~a (Figur~ }?)· ,~º~~de 1970,em São José dos Campos
(São Paulo), foi construido o ed1f1c10 Munt1", de 16 pavimentos em alvenaria
armada de blocos de concreto (Figura 3c). O edifício pioneiro em alvenaria não-
armada no Brasil foi o Jardim Prudência, construído em São Paulo, em 1977. A
edificação de nove pavimentos em blocos de concreto de sílico-calcário foi
realizada com paredes de 24 cm de espessura (Figura 3d).
Os blocos cerâmicos nas obras em alvenarias estruturais não-armadas ou
rumadas começaram somente na década de 1980, com a introdução, no mercado
de construção, de unidades com dimensões modulares e furos na vertical que
proporcionassem a passagem de instala9ões elét~icas se~,º~ rasg~s co!Ilu,~nte
feitos em obras. Na década de 1990, foi construido o ed1f1cio res1denc1al Solar
dos Alcântaras". Atualmente, essa edificação é a maior do Brasil em alvenaria
e trutural armada com paredes de blocos de concreto com 14 cm de espessura do
primeiro ao último andar (Figura 3e).

(a) (b) (e) , (d) . (e)


Fioura
o
3. Prédios precursores da aJvenaria estrutural construido no BrasiJ (ABCI. 1990).

A arf de 1990 intensificou-se o estudo da alven~ria e~tru~ral não-armada.


P ir ' · 1 ôs grande rac1onalizaçao nas formas de
Surgiu o processo Poh-Enco , que prop d ção de blocos com modulação
construir. Entre es,sas formas, destaca-s~i aa~~ntos e ferramentas próprias para
15 cm, escadas pre-moldadas, uso ~e eq P ntaram na época grande avanço
alvenaria estrutural. Algumas soluçoes represe ' '
no uso do processo em todo o Brasil·

32.2 Materiais para alvenaria eStrutural

A . _ ostas ela união de diferentes materiais .


xedes e°2 ~venan~ sao c~n:1P e coifcreto), argamassas e grautes ...E~sa
con 1 co (ceram1co , síllco-~alcardºd analisar O comportamento mecamco
cor I 'ão impõe uma certa d1ficu 1 a e em
Os blocos de sílico-calcário são produzidos através daaf:nsag~ m ; cu~ por
vapor a alta pressão, em autoclave, de areia quartz0sa e e ... · sse tipo . e umdade
não é muito comum nas obras de alvenaria, pois a produçao dessas um<lades está
concentrada em algumas regiões do Brasil. O resultado. garante nd um produto pouco
poroso, compacto e com um bom acabamento superficial, pode ser usado ~~m
º
uma camada fina de revestimento. Os blocos podem ser encontrados com vanas
resistências, mas precisam ser aplicados com técnicas corretas, uma vez que
apresentam alta retração na secagem. . . .
Os blocos de concreto começaram a entrar no mer~ado brasile~o no ~cio da
década de 1970. Os materiais constituintes são: areia, pedra, clillento, agua e
aditivos para aumentar a coesão da mistura ain~ fresca: S~o produzidos por _vibro-
compactação e, posteriormente, curados em camara uffilda co~ al_gum tipo de
aquecimento, no intuito de acelerar a cura. Os processos de _fabncaçao e cura dos
blocos devem assegurar a obtenção de um concreto sufic1ente~ente compacto
(abatimento= zero) e homogêneo. Em cura normal, levam, aproxunadamente, um
mês para ter a suficiente resistência para o uso estrutural. Quando curados a vapor,
esse tempo pode ser reduzido para três dias. Devido aos problemas de retração, só
podem ser usados em construções após a idade de 14 dias. Normalmente são
unidades vazadas, com dois ou três furos, com formato cônico para facilitar a
retirada da forma após a compactação. Apresentam uma gama de resistência que
varia entre 4,5 MPa e 20 MPa. O ganho de resistência é conseguido pelo aumento
no teor de cimento, pela carga de compactação, pelo número de vibrações e pelo
baixo fator água/cimento. São fabricados vários tipos e tamanhos de blocos, com
diferentes funções, os quais seguem as modulações de 7,5 cm, 10 cm, 15 cm e 20
cm, conforme a malha modular definida no projeto. Durante o assentamento, os
blocos são geralmente manipulados com as duas mãos devido ao peso,
dificultando ao operador a colocação concomitantemente da argamassa.
O ingrediente básico das unidades cerâmicas é a argila. A argila é composta de
sílica, silicato de alumínio e variadas quantidades de óxidos ferrosos . A argila pode
ser calcári~ ou não calcária. No primeiro caso, a argila, quando cozida, produz um
bloco ou tIJolo de cor amarelada. A não calcária contém de 2% a 10% de óxido de
ferro ~ feld~p~to e produz uma u.nidade de. variados tons vermelh os dependendo da
quantia de oxi.d? de ferro. A ar~a apropnada para a fabricaç ão de blocos e tijolos
deve ter _plasticidade q~ando ~s~a~ a ,com ~gua, de tal maneir a que possa ser
moldada, deve ter suficiente res1stenc1a a traçao para manter O formato depois de
moldada; enfim, deve ser capaz de fundir as partículas quando queimada a altaS
temperaturas.
A queima da argila a alta temperatura produz efeitos de retração que, se não
;~: :::!!~::':'=;:::. material cuja tensão, após atingir o pico, diminui gradaúvamente até o zero
Unidades ceramic~s~ = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

http://www.glasaer.com.br/

Unidades em Conc:reto

A&º o'&~
ºº
ºg1/

-!l!l s de Sílico-Calcário _
http://www.prensll.com.br

-- . ·reto e stfü·o-cükn rin ohtidns de diti:rcntcs fahricant~ .


4 H l'lllplm, de umdatki. et'rntll1t·ai.. t'lllll •
~.2.1 Unidades cerâmicas .
o blocos e os tijolos cerâmicos para a alven~na e~trutural devcrn
apresentar as propriedades físicas (aspecto. ~1mensao, e~quadro e
planeza e absorção de água), descritas no Capit~lo. IS. Alem ?CSMt\
propriedades, é importante que tenham as tolerancias_ dt: ~a?ncaçã<,
apresentadas no Quadro 3 e ~s _propried~des de sucç~ rn1c1al e de
resistência à compressão def101das abaixo (ABNT .:. BR !5270-2,
2005). De acordo com esta norma, o índice de absorçao de. agua d,,\
componentes cerâmicos não deve ser inferior a 8% nem Supenor a 22%.
Quadro 3 - Tolerâncias dimensionais relacionadas à média das d~ efema •

DIMENSÃO Tolerâncias dimensionais Tolrr'iláa dimmw.mil rmár.md.d :.. mtdíef, u


relacionadas às medi - individuais (mm ,etw · z:wf:M a ~ fJI!!!!.
±5 _ :~ ' - -
±5 _: ]
±5 :3
3
3

Absorção de água inicial (AAI): a absorção de água inicial de uma


unidade cerâmica é definida como a quantidade de água absorvida por
um tijolo seco quando parcialmente imerso em água (profundidade de 3
mm) pelo período de 1 minuto. Essa absorção inicial de água, dada em
(grama/cm1 )/minuto, mede a tendência da unidade em retirar a água da
argamassa. Sua magnitude depende das característica s superficiais da
unidade, do tipo de argila empregada e do grau de cozimento da peça.
A absorção de água inicial pode ser chamada de taxa de sucção inicial
e afeta a aderência entre a unidade e a argamassa. Quanto maior for essa
taxa de sucção inicial , tanto menor será a resistência à flexão e ao
cisalhamento . Por isso, nos casos em que um tijolo tenha elevada
absorção de água inicial , este deve ser umedecido antes do
assentamento , pois poderá reduzir a aderência final do componente. O
valor máximo recomendado para a taxa de sucção é de
2
(30 gramas/193,5 5 cm )/minuto (ABNT NBR 15270-2. 2005).
Resistência à compressão: é a principal característica da unidade para uso
em al~enaria estrutural. Ela deve atingir os requisitos mínimos que a norma
especifica, bem como as exigências do projeto estrutural. A resistência
característica à compressão dos blocos estruturais deve ser referida na área
bruta. ~e .aco: do com a norma (ABNT NBR 15270-2:2005 ). a resistência
caractenst1ca a compressão dos blocos cerâmicos estruturais (f ) dever ser
considerada a partir de 3 ,O MPa.
32.2.2.2 Unidades de concreto
Os bloc~s de concreto devem apresentar as propriedades apresentadas a se~
Aspecto. os .blocos deve~ aprese n~ aspecto homogêneo, serem com actos,
terem
. .arestas vivas e serem hvres de trmcas ou outras pe..c. · - p
11e1çoes que possam
lDl.

preJu~1car ~ seu assentamento, ou as características mecânicas e de d bilid de


da ed1ficaçao. ura a
Dimensões: os blocos de concreto devem atender às dimensões estabelecidas
no contrato.dentre fornecedor de compra dor. Caso isso não ocorra , pod - fi
erao car
-
compro me t I as tanto a mo u1açao prevista na fase de pro1ieto q t
· 1· - d . 'J , uan o a
rac1on~ 1zaçao o proccss? construtivo. P~q~enos desvios dimensionais podem
ser aceitos, desde que esteJam dentro dos hm1tes estabelecidos pela ABNT NBR
6136:20 07, conforme Quadro 4.
Quudm 4 - Tolcrilncim; máximas de fobricação.
DIMENSÃO TOLE

Altura(H) ±3
Com rimento e ±3

Absorção de água: a absorção de água dos blocos está indiretamente


relacionada com a sua densidade. Quanto mais denso for o bloco, menor será a
taxa de absorção. A densidade e a absorção de água afetam a construção, o
isolamento térmico e acústico, a porosidade, a pintura, a aparência e a qualidade
da argamassa requerida. Para o assentamento de unidades com alta absorção de
água, é necessário utilizar argamassa com maior retenção de água ou molhar
levemente a supe1fície de assentamento do bloco. Dessa forma, evita-se a perda
de trabalha bilidade decorre nte da absorção de água pelos blocos. A absorção de
água para qualquer uma das classes de blocos de concreto deve ser menor ou igual
a 10%, quando o agregado constituinte do bloco for de peso normal ou menor e
igual a J3% (valor médio) ou 16% (valor individual) para agregado leve.
Retração na secagem: a quantidade excedente de água utilizada na preparação
do bloco de concreto permanece livre no interior da massa e evapora
posteriormente. A evaporação gera forças capilares equivalentes a uma
compressão isotrópica da massa, produzindo redução de volume. Para blocos de
concreto com índices de retração inferiores a 0,065% (ABNT NBR 6136. 2006).
as solicitações devidas à retração por secagem podem ser desprezadas.
Resistência à compressão: é a principal característica da unidade para uso em
alvenana estrutural. A resistência deve atingir os requisitos mínimos da norma
e~pcc 'fica. bem como as exigências do projeto estrutural. Para uso estrutural. os
bloc de concreto devem apresentar resistência mínima de 4,5 MPa. conforme
e\pec.. cação da (ABNT NBR 6136:2007) mostrada no Quadro 5.
Absorção média em%
Resistência
1
Característica <>
Agregado Agregado
Normal Leve em%
ÍbkemMPa
ii!: 6,0 s 13,0%
A (média)
B ii!:4,0 s 10,0% s 0,065%
s 16,0%
e ii!:3,0
(individua)
D ii!:2,0

A nova versão da ABNT NBR 6136:2007 fixa os requisit?s para a classificação


dos blocos vazados de concreto simples destinados à alvenana com ou sem função
estrutural. As classificações gerais de uso das unidades são: . .
Classe A: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou
abaixo do nível do solo;
Classe B: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do
nível do solo;
Classe C: com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do
nível do solo;
Classe D: sem função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do
nível do solo.
322.3 Argamassas de assentamento para alvenaria4

Além das unidades, é importante destacar o comportamento da argamassa de


assentamento, pois é por meio desta que se garantem o monolitismo e a solidez
necessária à parede. A função principal da argamassa é a de transmitir todas as
ações verticais e horizontais atuantes de forma a solidarizar as unidades, criando
uma estrutura única. Outras funções que deve exercer são a absorção das
deformações e a compensação das irregularidades causadas pelas variações
dimensionais das unidades.
As argamassas são materiais fundamentais para a alvenaria. Normalmente, são
co~~ostas por cimento, .c~, areia e água suficiente para produzir uma mistura
plastica de?º~ trabalhabilidade. A cal pode ser substituída por saibro, caulim ou
barro. A pnnc1pal responsabilidade mecânica da argamassa é a de transmitir as
tensões verti~ais através das unidades e acomodar as deformações concentradas
de modo a nao provocar fissura~. Durante muito tempo, a principal finalidade da
argamassa era somente a de umr as unidades e ser a válvula de escape para as
4
Detalhes adicionais sobre argamassas constam do Capítulo 28.
deform;8Ções c~n~ntradas, pois aumento de .
O .
produzia um significativo incremento na . ~tstência da argamassa
resistência da argamassa sempre foi deixadaresistência da alvenaria. Por isso a
em geral. Somente na década de 70 pesq .
começaram a realizar testes para av~ar
:1
segundo plano pelo meio técnico
::S
ores como Khoo e Hendry (1973)
e, com isso, explicar os mecanismos de ru C:port amento !11axial da argamassa
requisitos básicos para as argamassas de t
das alvenanas à compressão. Os
estado fresco e endurecido são apres entad os~:~ : ~e blocos ou tijolos no
6
Qundro 6 - Requisitos para a argamassa no estado fresco e endurecido
.
ESTADO FRESCO
Conaistertcia ESTADOENDJJRECIDo
Retenclo de hua Reaiadncia à -
Coealo da mistura Adertncia amerficial
Bxaudaclo Durabilidade
Canacidade de acomodar def1 - (nllililncia)

32.2.3.l Materiais constituintes da argamassa


CIMENTO: .Em geral. se utiliza .cimento Portland Comum, mas podem ser
usados outros tipos de cimento, tais como o Pozolânico e O Alto-Forno o
aumento_ da proporção de cimento da argamassa, no estado fresco, acarreta m~or
exsudaçao, men.or tempo de endurecimento e aumento da retração e coesão. No
ria acimq, esta~o ~ndurec1?~· acon~ec~ ~ aumento da resistência à compressão e da
aderenc1a supc~1c1al e a d1mmmção na capacidade de acomodar as deformações.
CAL: é uttlJzada no preparo da argamassa de assentamento, com uma
percentagem de componentes ativos, CaO e MgO, superior a 88%. Normalmente
utiliza-se a caJ hidratada para as argamassas de assentamento. Podem também se;
utilizados cales extintas em obra. A cal nas argamassas possibilita, no estado
rgamassade fresco, um aumento na trabalhabilidade, retenção de água e coesão. Também gera
e a solidez a diminuição na exsudação e retração na secagem. No estado endurecido, o
itir todas aumento na proporção de cal provoca um aumento na aderência superficial, na
es, criando capacidade de deformação e da resistência no tempo. No estado fresco e
sorção das endurecido, as relações entre os componentes da argamassa no desempenho final
variações do produto são fundamentais para as necessidades de cada obra. Maiores detalhes
sobre a cal constam do Capítulo 22.
AREIA: é o agregado inerte na mistura e tem a função de reduzir a proporção
Jmente, são dos aglomerantes e de diminuir os efeitos nocivos do excesso de cimento. O ensaio
a mistura de análise granulométrica permite determinai· o tamanho dos grãos de areia através
cauJiJTl ou da\ percentagens retidas ou passantes em cada peneira. Com a análise
;nsmitir as granulométrka , verifica-se a distribuição dos grãos de areia em diferentes
nccntrada< , peneira~, determinando se a areia é contínua ou descontínua. Isso pode influenciar
aJidade da as rropricdw.Jcs da argamassa no estado fresco , tai.s co~o ~ consistênci~, a coesão
pe para ~ e a rt...tenção de água. Poderá , igualmente, ter infl?encrn em prop~e~ades da
argarna: no c~tmlo endurec ido, tais como a porosidade, a permeab1hdade e a
dcn\id· O . tabclccimcnto de exigências para a granulometria da areia é
a bmuí1açãó de argamassas àdequadas para o uso em alven ·
mrmàli7Jlções fixam que as areias devem estar dentro de faixas
· fun,.~, d tamanhos dos ariíos de agregados. Essas nonnas
cas em ..-o os o-- 1·2009 BS 1200·
~ ~ e n t o de alvenarias são a ABNT NBR 72l · .'2004 · 1.976 e
144
ASTM C-144:2004.As nonnas BS 1200 (1976) e ASTM C: · ta es~1ficarn
as percentagens passantes das areias, em função das penerras, eS belecendo os
limites granulométricos inferiores (LI) e superiores (LS) adeq~ados ao uso em
argamassas de assentamento. O Quadro 7 apresenta as respectJvas percen~gens
passantes em cada peneira, estabelecidas pela BS 1200 ( 1976) e ASTM C-144.2004.
Quadro 7 - Percentagem passante de areia nas peneiras.

Percentagem passante Percentagem pa11ante


Peneira BS 1200 (1976) ASTM C-144 (1987)
(abertura em mm) LI LS
LI LS
100 100 100 100
4,80
2,40 90 100 95 100
1,20 70 100 70 100
0,60 40 80 40 75
0,30 5 40 10 35
0,15 o 10 2 15

A ABNT NBR 7211:2009 fixa os limites das porcentagens, em massa, retida


acumulada de agregado miúdo através de zonas granulométricas. Isso permite a
classificação da areia conforme o tamanho médio dos grãos. A diferença básica
entre a BS 1200:1976, ASTM C-144:2004 e ABNT NBR 7211:2009 está em
designar a zona utilizável e ótima para a classificação da areia. As percentagens
retidas nas peneiras da série normal e as zonas de classificação são apresentadas
no Quadro 8. Maiores detalhes sobre agregados finos constam do Capítulo 16.
Quadro 8 - Limites granulométricos do agregado miúdo pela ABNT NBR 72 11 :2009.
Peneira com abertura Porcentagem, em massa, retida acumulada
de malha em mm ~ L ' . infi -=-
nrutes enores - .
Lunites superiores
I
Jzona utilizável Zona ó~a Zona utilizável Zona ótima
9,50 I O O O O

:- ~f-- ~--~ t~~-:t~~ i~


0,60 15 35 55
l..

1
; ;

70
'

0,30 50 65 85 +- 95
-- 0, 15 - - 85 90 95 -t- 100
~
No~ta~1--=-:n
o;--:::m:,:
6d:i::ulio:-:i
de::-:;fin
;--ura
----da
;--zo-na-::6c-:-
timLa_v__:
an=..:..
a de 2,2 Õa 2 90.

--
=g
~~= ~
=~~o ~e :ura da zona ut~~zável inferior varia' de 1,55 a 2,20.
o e ura d!~utilizável s.!!J)_erior varia de 2,90 a 3,50.
ÁGUA: a quantidade de água deve ser tal, que garanta boa pi.'odutMGMlellfJ
as~en~ento~ sem causar a segregação dos constituintes. A água deve ser
cnstalma e isenta de _produtos orgânicos. A adição de água durante
assentamento da alvenana, para repor a água evaporada e 0
te tante
'd d &. 'ta 'd d man r cons
flm ez, eve ser ,e1 com cm a o e, sempre que possível, deve ser evitada. sua

32 .2.3 .2 Tipos de argamassa


As argamassas utilizadas para o assentamento das unidad pod
'fi d d . . es em ser
class1 1ca as segu~ o os matenrus presen~es, como: argamassas com base de cal,
argamassas de cimento, argamassas mJstas de cimento e cal e argam
industna · 1·1zad as. assas
ARGAMASSA DE CAL: é a argamassa mais tradicional da alvenaria muito
encon~da em construções. his,tóricas. Constitui-se de mistura de cal e ~ia. o
endtueeimento acontece devido a carbonatação da cal fonnando o carbonato de cálcio
(CaC03) e não por perda de água ou pega do material ligante. Em função da ausência
do cimento, o desenvolvimento da resistência à compressão é lento e pode durar anos.
Por isso, os valores de resistências alcançados são baixos, ou seja, menores que 2 MPa.
ARGAMASSA DE CIMENTO: é feita com cimento Portland e areia.
Adquire a resistência com rapidez, garantindo a execução de diferentes fiadas de
parede sem o problema de esmagamentos nas argamassas das fiadas inferiores. A
resistência é obtida pela quantidade de cimento em relação à areia. São adequadas
para o assentamento em regiões em contato com água e para o nivelamento da
primeira fiada das alvenarias. As misturas ricas em cimento são antieconômicas
e podem facilitar o aparecimento de fissuras por retração.
ARGAMASS AS MISTAS: constituídas de cimento, cal e areia, quando
adequadamen te dosadas, apresentam a combinação das vantagens das
argamassas de cal e das argamassas de cimento. A presença do cimento confere à
argamassa um aumento da resistência à compressão nas idades iniciais . A cal
melhora a trabalhabilida de da mistura e a retenção de água, diminuindo os efeitos
de retração na argam assa . Por isso, essas argamassas são as mais adequadas para
211:2009, o uso em alvenaria estrutural. Atualmente, a crescente exigência do meio técnico
quanto a ritmo, velocidade e organização da produção tem deixado as argamassas
tradicionais (cimento, cal e areia) em segundo plano, pela dificuldade de
res manuseio e controle das percentagens de cada material. De uma maneira geral,
a ótiII18 isso incentivou o surgimento das argamassas industrializadas, cujos materiais
o estão prontos e apenas se adiciona água à mistura.
7 ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS: nesse tipo de argamassa, a cal é
10 substituída por aditivos, plastificantes ou ~ co~oradores de~· Esse tipo d~ argamas~a
resulta numa menor resistência de aderenc1a e compressao comparativamente as
5
produzidas com cal. Nas argamassas com aditivos incorporadores de .a r, a resistência
o
à comprl;:ssão diminui se o tempo de mistura em betoneira for excess~vo, ge~ente
o acima lc 3 minutos (MOHAMAD et al., 2000) ._ ~s argamassas mdustn~zadas
5 possu{ os seus componentes, diversos maten rus que garantem propnedades
o espec ao produto quando no estado fresco. Portanto, para as argamassas
32.233 Especificação dos traços de argamas~ . .
A especificação dos traços de argamassas e defimda, basicamente, pelas
recomendações normativas ASTM C-270:2008, BS-5628 (1_992~ e EN 998-2
(2003). As exigências estabelecidas por essas norm~1zaçoes ~ara as
argamassas no estado fresco estão relacionadas com os ensaios de consistência
e de retenção de água. O Quadro 9 apresenta os valores recomendados pela
ASTM C-270:2008 para as propriedades da argamassa n? ~st~do fresco. Na
execução dos prismas e paredes, os valores da cons1stencia devem ser
definidos de forma que o assentador consiga manter constante a espessura da
junta horizontal, de maneira a ajustar as unidades conforme as tolerâncias
geométricas, resultando em relações água/cimento variáveis.
Quadro 9 - Exigências estabelecidas para as axgamassas de assentamento.

PROPRIEDADE ARGAMASSA
Consistência (abatimento) medido na mesa de consistência 230 ± 10mm
Retenção de á2ua (%) >75%

A norma ASTM C-270:2008 especifica os traços de argamassas a partir da


proporção entre os volumes de materiais. como mostra o Quadro 1O. As
argamassas especificadas são empregadas de acordo com a sua aplicação.

Quadro l l - Especificação dos traços de argamassas, conforme a ASTM C-270 (1987).


- --
Tipo cimento portland Cal hidráulica ou Proporçã o de agregado
ou com adição leite de cal
M 1 0,25 Maior que 2,25 e menor que 3 vezes
s 1 0,25 a 0,50 a soma dos volumes de aglomerantes
N 1 0~50 a 1,25
o 1 1,25 a2,25

As argamassas c~tadas n~ Q~adro 1Opossuem as seguintes especificações:


Argamassa do tipo M: _e o tipo de argamassa de alta resistência à compressão
recomend!da para alvenarias armadas e não-annadas sujeitas a valores altos de
compressao.
Argamass~ . do tipo S: é o tipo de argamassa recomendado para
estf1:turas suJe1tas a cargas de compressão, mas que necessitam atender a
fle~ao P!0 vocada por cargas laterais provenientes do solo, vento ou sismos.
Alem d:sso, podem ser aplicados em estruturas em contat0 com O solo
(fundaçoes). ·
Argamassa do tipo N: é o tipo de e.raamassa dê tlso ~ :'éd11Jrr1
boa relação entre resistência à compressló e flexão trabalhabi li~
economia. E a argamassa mais em)lregada para assen-t.o de ál'YlmlllilllJ
em geral.
Argam~ do tipo O: é o tipo de argamassa com baixa resistência à
compressão e recomendada para áreas internas não sujeitas a umidade e utilizada
em edificações de um e dois pavimentos.
As exigências estabelecidas para as propriedades físicas e mecânicas das
argamassas de assentamento devem satisfazer os requisitos do Quadro 11.
Quadro 11 - Propriedades ffsicas e mecânicas das argamassas (ASTM C-270:2008).
Tipo Resist@ncla média à compressio Retenção de qua
aos 28 dias % Ar na mutua
%
M 17,2 ~75
~12
S 12,4 ~75
~12

• Quando houver annadura incorporada à junta de aigamassa, a quantidade de ar incorporado não poderá ser maior que 12%.

As recomendações para os traços de argamassas da BS-5628 (1992) são


apresentadas no Quadro 12. O Quadro 13 mostra os limites de resistência à
compressão das argamassas.

Quadro 12 - Especificação dos traços de argamassas em volume (BS-5628, 1992).

Designação da TIPO DE ARGAMASSA


Ar amassa
o (1987) Cimento :Cal:Areia Cimento Alv.:Areia Cimento :Areia Plastificante
l:Oa0,25:3
1: 0,5: 4 a 4,5 1: 2,5 a 3,5 1: 3 a4
l:l:5a6 1: 4 a5 1: 5 a6
1:2: 8 a 9 1: 5,5 a 6,5 1: 7 a8

Quadro 13 - Propriedades mecânicas das argamassas segundo a BS-5628 ( 1992).

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO MEDIA AOS 28 DIAS a


. - da
Des1gnaçao argamassa Testes laboratoriais Testes em
ll o loco
I 16,0 ,
(II) 6,5 ~,;
(III) 3,6 '
(IV) 1' 5 1,0
i'êsultados de resistência à compressão aprest:ntados pel
0 '.'OS
Q•!008 e pela BS-5628 (1992), nota-se uma ~iferença d
"'"'-·--~,neià à c~mpressão para os traços "S", "N" e "O" em relaçao aos traço
"Il" "Ili'' e ''IV" de quase 100% .
.À EN 998-2 (2003) estabelece que os materiai~ ~as argamassas podem se
proporc10n· ados em volume ou peso e todos os constttumtes
. ,. . , devem ser
_ declarado
.e
pelo fabricante, juntamente com a classe de res1stenc1a a compressao, conionn
o Quadro 14.
Quadro 14 - Classe de resistência das argamassas.

Classe Ml M2,S MS MIO MI5 M20 Md


Resistência à 1 2,5 s 10 15 20 D
Compressão (N/mm.2.)
Onde D é uma resistência à compressão maior que 25 N/mm' declarada pelo fabricante.

A ABNT NBR 15812-1:2010 designa as argamassas destinadas ao


assentamento, sendo que as mesmas devem atender aos requisitos
estabelecidos naABNT NBR 13281:2005. Para a resistência à compressão,
deve ser atendido o valor mínimo de 1,5 MPa e o máximo limitado a O,7
tbk (resistência característica do bloco) referida à área liquida. A resistência
da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR
13279:2005. Alternativamente a moldagem dos corpos de prova pode ser
feita empregando-se moldes metálicos de 4 cm x 4 cm x 4 cm, com
adensamento manual, em duas camadas, com 30 golpes de soquete.

32.2.4 Grautes para alvenaria

O graute é um concreto ou argamassa com suficiente fluidez para preencher os


vazios dos blocos completamente e sem separação dos componentes. Tem a
finalidade de aumentar a capacidade de resistência à compressão da parede e de
solidarizar as ferragens à alvenaria, preenchendo as cavidades onde estas se
encontram. Pode também ser usado como material de enchimento em reforços
estruturais e em zonas de concentração de tensões.
~ graute para al:'en~a é composto de uma mistura de cimento e agregado, o~
gurus devem possmr modulo de finura em torno de 4 (areias grossas). O graute e
composto dos mesmos materiais usados para produzir concreto convencional. As
difer~nças estão no tamanho do agregado graúdo (mais fino, 100% passando na
penerra 12,5 mm) e na relação água/cimento.
No iníci~, como se desejava uma elevada trabalhabilidade, 0 graute era
st
ba ante fl~do: J\tu~ente, o graute é colocado em duas etapas: a primeira
quando me10 pe-dire1to d~ parede foi executado, e a segunda quan lo está toda a
parede do Pª':_IIllento er~mda. Por essa razão, pode ser usado abat • nto em torno
de 7. A fixaçao do abatimento nessa faixa dependerá fundamen "'nte da taXª
de absorção inicial das. unidadeS • m.lÍo
dos alvl,.Q~
absorventes forem umdades e menores~mn. os alvéolos maior. deverá ser
fluidez da mi tura. o colocar o graute na alvenaria ~ unidades retiram
grande parte do e ce o de água, deixando o mesm~ com uma relação
água/cimento final entre Oj e 0,6.
Para definição do traço e, conseqüentemente, das resistências deve-se
considerar dois fatore : a resistência à compressão dos blocos us~dos e a
dosagem da argamas a utilizada na p~de .. A norma BS-5628 ( 1992) especifica
que o graute deve ter a mesma res1stenc1a à compressão na área liquida do
bloco. Esse valor de re i tência otimiza o desempenho estrutural da parede.
A ABNT NBR 15812- 1:2010 cita que a influência do graute na
resistência da alvenaria deve ser devidamente verificada em laboratório, nas
condições de sua utilização e a avaliação da influência do graute na
compressão deve ser feita mediante o ensaio de compressão de prismas.
Esse elemento deverá ser grauteado e argamassado com os mesmos
materiais e da mesma forma a ser empregada na edificação.

32.2.4.l Propriedades do graute nos estados fresco e endurecido


As principais propriedade que o graute deve apresentar são:
a) consistência: a mi. tura deve apresentar coesão e, ao mesmo tempo, ter
fluidez suficiente para preencher todos os furos dos blocos;
b) retração: a retração não deve ser tal que possa ocorrer separação entre o
graute e as parede internas do blocos; .
c) resistência à compre ão: a resistência à compressão do graute, com~1~ada
com as propriedade mecânicas dos blocos e da argamassa, defimra as
características à compre ão da alvenaria.

32.2.4.2 Materiais con tituintes . . ,


Os grautes são compostos por cimento, are.ia, pednsco,_ a~ua e, em certos casos,
pode ser adicionada cal na mistura para diminmr a sua 1:1g1dez. O_s Quadros 15 e
16 indicam as granulometrias recomendadas para as areias e pednscos de acordo
com ASTM C404:2007.

Quadro 15 _Granulométricas recomendadas para areias: percentagens retidas acumuladas.

Abertura da peneira (mm) Tipo 1 Tipo 2


9,5 o o
4,8 0- 5 o
2,4 0 - 20 o 5
1,2 15 - 50 o 30
0,6 40 - 75 25 60
0,3 70 - 90 65 90
0,15 90 98 85 98
0,075 95 - 100 95 100
32.2.4.3 Dosage m ,. . f" . " .
O graute deve ser dosado para que atinja as caractensttca~ isicas e m~camcas
necessárias para o bom desempenho estrutural da parede .~ recomen?~vel que
seja sempre realizado ensaio de prismas feitos ~~m maten~l a ser ut1hzado na
obra, para verificar se a especificação de matenrus proporciona o resultado de
resistência desejado. Em caso de obras pouco carregadas, n~ entanto, podem-se
utilizar alguns traços clássicos de grautes. Estes podem ser vistos no Quadro 18.
Quadro 17 - Proporções recomendadas para a dosagem do graute.

Materiais constituintes
Cimento Areia Pedrisco
Sem pedrisco 1 3a4 -
Com pedrisco 1 2 a3 la2

32.2.4.4 Proporcionamento, mistura e lançamento


O proporcionamento dos materiais componentes do graute deve ser feito
de tal forma que as quantidades especificadas possam ser controladas e
mantidas com uma precisão da ordem de ± 5%. A mistura dos materiais
constituintes deve efetuar-se mecanicamente por um tempo não menor que
5 minutos e suficiente para proporcionar boa homogeneidade.
O lançamento do graute geralmente é realizado em duas ou três camadas
ao longo da altura da parede, conforme a fluidez do material. O aumento no
número de camadas de lançamento permite que se use um graute com menor
teor de água/cimento e maior controle no preenchimento dos furos verticais
dos blocos, diminuindo a possibilidade de segregação e de ocorrência de
vazios na parede.
Geralmente, a própria pressão hidráulica gerada pela coluna líquida é,
muitas vezes, suficiente para o adensamento. Em alguns casos , no entanto ,
pode ser necessário vibrá-lo (vibradoFes de agulha de pequen o diâmetro) ou
compactá-lo manualmente (barras de aço). Pode-s e encont rar no mercado
produtos a b~se de cimento de alta resistência inicial , com agregados
graduados, adições, aditivos plastificantes e compe nsadores de retração
para o grauteamento dos furos do bloco e solidar ização da armadura. Esses
grautes possue m como características principais a alta flu idez, a baixa
rettaÇão na secagem e
de idade.

3 2 2 5 .l Introdução
A alvenaria estrutural não-armada p o d e se r co
nsiderada como u m
sistema fº1:°1~do por. mate~iai d i ti~to q u e intera
gem p a ra responder à s
cargas vert1ca1s ~ hor!~onta1~ produzido pelo peso
durante a su a v id a ut1l, cuJa natureza resistente -p ró p ri o , v e n to e si sm os
é frágil à tração. C a b e
salientar q u e o c o m p o rt a m e n to d o conjunto dep
ende não somente d a
qualidade d e c a d a material e m p re g a d o , mas també
m das interações físico-
químicas q u e se processam e n tr e o s materiais. A
ss im , deve-se tratar a
parede d e ai v e n a ri a estrutural não e m função das
características d e seus
materiais is o la d a m e n te , mas si m como u m mate
rial compósito fruto d a
interação d a u n id a d e , d a argamassa e , quando tam
bém usado, do graute.
Dessa forma, é importante q u e se e n te n d a perfeita
mente o comportamento
do ··material ai v e n a ri a ", comportamento q u e v a ri a
d e unidade para unidade
e com o s d if e re n te s tipos de argamassa e gra
ute. P o r e ss a razão, o
desempenho e st ru tu ra l d e paredes de alvenaria não
pode se r estimado se m
a realização d e testes c o m paredes o u prismas d
os materiais que serão
utilizados. A s p ri n c ip a is propriedades mecânicas q
ue d e v e m a p re se n ta r a s
paredes d e a ]v e n a ri a sã o as resistências à c o m p re ss
ã o , à tr a ç ã o , à flexão e
ao c is a lh a m e nto. D e todas e ss a s p ro p ri e d a d e s,
a mais importante é a
resis té n c ia a c o m p re ss ã o , p o is , g e ra lm e n te . as p a
re d e s de a lv e n a ri a e st ã o
submetidas a c a rr e g a m e n to s verticai mai inte
nsos q u e o s h o ri z o n ta is
produzidos p e lo v e n to e si sm o s.

3 2 .2 .5 .2 E n v olt ó ri a d e ru p tu ra d a a lv e n a ri a , b lo
c o e a rg a m a ss a
O c o m p o rt a m e nto g e ra l d e p ri sm a su je it o s à c
o m p re ss ã o u n if o rm e é
aprese n ta d o a tr a v é s d o g rá fi c o d a F ig u ra 5 . q u e
re la c io n a a e v o lu ç ã o d a s
tensõ es d e tr a ç ã o no b lo c o e as te n sõ e s d e c o n fi n
a m e n to d a a rg a m a ss a e m
fu ncão d a te n sã o u n ia x ia l a p li c a d a a o c o n ju n to .
Ó po n to " J " é a e n v o lt ó ri a d e ru p tu ra d a a rg a m a ss a sob
tríax iaJ; o p o n to " 2 " é a e n v o lt ó ri a d e ru p tu ra d o s b lo c o m p re ~ sã o
c o s sob c o m p re ss a o e
tracãrJ b iaxja] ; o p o n to " 3 " é a c u rv a d e c a rr e g
a m e n to d a a rg a m a ss a ; o
po~to ·· 4 " é a c u rv a d e c a rr e g a m e n to d o bloco~
" 5 " é o p o n to e m q u e a
ruptura o c o rr e u p o r tr a ç ã o n o b lo c o , a n te s d e a
ti n g ir o e s m a g a ~ e n to d~
junta a e a rg a m a ss a . C o m is so , o m o d o d e ru
ptur_a d a a lv e n a ri a se ~ a
ba)ica m e n te p e lo e s m a g a m e n to d a argam.assa,
tr a ç a o d o b lo c o o u e fe it o
cr,mb inado d e tr a ç ã o e c o mp re ss ã o . A . F1~ura 6 a p
re se n ta o s re su lt a d o s
e x p c ri m ta is d o c o m p o rt a m e n to tn a x 1 a l d
a a rg a m a s s a , c o n fo rm e
resu lt a d e Atki nso n e t a l. (1 9 8 5 ) e M o h a m a d (1 9 9 8 ).
Tensão de tração no bloco Tensão de compressão na argamassa
Figura 5 - Comportamento geral dos prismas sujeitos a carga de compressão.

l • _Alldnlon
___ (1_985_)- - - . - - - - - - , 611
~ (1998) 1
~ ,. / ,o

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o~------- .-----....- ---! o~--.l.- - - + - - -+ - - - - 1 - ---1


o 2 4
• • 10 12 O 2 3 4 s
Tensão lateral (MPa)
Figura 6 - Relação entre a resistência à compressão triaxial e a tensão lateral confinante dos estudos de Atkinson
et ai. (1985) e Mohamad (1998).

Para Afshari e Kaldjan (1989), o comportamento biaxial das unidades de Arga,


alvenaria com diferentes proporções entre a área líquida (A,,) e a área bruta (A8)
segue o comportamento mostrado na Figura 7. Nessa figura, rrY é a tensão uniaxial
aplicada na unidade, f, é a resistência à tração uniaxial das unidades, e fc é a
resistência à compressão uniaxial das unidades. A envoltória detalhada na Figura
7 permite que esta seja corrigida, conforme a relação área líquida e bruta, ou seja,
para A,/A8 igual a O,5 o valor de D= 1,0 e para A,/A8 igual a 1,0 o valor D= 2/3.
figura 7 _ Envoltória de ruptura proposta para as ~dades de alvenaria com difen:ntcs proporçaes entre 4n,a
líquida e bruta.

J2.2.5.3 Surgimento das tensões responsáveis pela ruptura da alvenaria


A alvenaria, quando submet ida à compressão, produz tensões birudais
8
(compressão e tração) no bloco ou tijolos e tensões triaxiais de compressão na
aroamassa e graute, caso os furos forem preenchidos com concreto. A Figura 8
ap';.,senta o esquem a~ distrib_uição ?as tensões nos mate~ais. Basic_amente, as
deformações laterais max1mas 1mped1das servem para exphcar o surgimento das
tensões e. por conseqüência, dos mecanismos que levam a alvenaria à ruptura.
Parte-se do princípio da compatibilidade de deformações laterais entre os
-a- • . materiais (bloco e argamassa). Por esse critério quanto maior a diferença entre o
módulo de elasticidade da argamassa e do bloco, maiores são as tensões laterais
de tração e de compre ssão geradas nos materiais.

Argamassa
aJ das uoíd#
e a área bru
é a tensão O'xg
Y unidades. e
etalhadanaf
'da e bJ1Jta,
I
ÜOV O
al r/r,
'
Graute

hgura H Distribuição das tensões verticais e horizontais nos materiais.

s-
0 - vcnu:
y é a tensão . a é a pai;cela da tensão vertical atuante no bloco, arg,amassa e
re~pectivam-- no pnsma; ªyb• <Tym• yg - h . tais atuantes na argamassa, bloco e graute,
g!'auie. são as tensoes onzon
~JJectivamentc n '1' ,,x.z b• CT x;z g . aracterísticas dos materiais.
'J l(cradas pelas diferentes e
M cõmpressão das alvenarias, blocos e argamassas
IS no Brasil
ítjh'lé destacar que a resistência à compressão e ~ moei_? de ruptura dos
~pen~ das alvenarias são importantes para a especificaç:tO dos ~teriais
apropriados para a execução de uma edificação. Assim, para os dife~ntes tipos de
unidades e argamassas, o comportamento do "material alvenana" apresenta
ffiferenças, seja no modo de ruptura, seja na resistência desta comparada com a
resistência dos materiais que a constituem (unidade, argamassa e graute). Um
conceito bastante usado para definir essa relação chama-se fator de eficiência.
Esse fator é obtido dividindo a resistência à compressão do prisma de alvenaria
pela resistência à compressão da unidade. Geralmente é menor que um e diminui
à medida que aumenta a resistência da unidade. Algumas investigações foram
realizadas nos últimos anos, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
pelo Grupo de Desenvolvimento de Sistemas em Alvenaria (GDA), para
estabelecer a resistência das alvenarias à compressão e os modos de ruptura, com
a finalidade de compreender os fenômenos internos e externos que levam o
material (cerâmico, concreto, argamassa e graute) a romper. Tais investigações
são resumidas abaixo.
Mohamad ( 1998) realizou estudos experimentais em prismas de blocos de
concreto não-grauteados. Os prismas construídos tiveram diferentes modos de
rupturas, de acordo com a resistência da argamassa. As características visuais do
modo de ruptura, durante os ensaios em prismas, permitiram concluir que a
argamassa induz no bloco tensões laterais. Essas tensões são diferenciadas
conforme as características físicas da interface superior e inferior. Normalmente,
o esfacelamento aconteceu na face superior do bloco intermediário. Após o
esfacelamento, verificou-se uma perda de aderência entre a argamassa e o bloco,
gerando o esmagamento da junta de assentamento. O esmagamento não levou o
prisma a perder a capacidade resistente, apenas gerou fissuras ao longo do
comprimento do_ bloco, ten?endo, posteriormente, a esfacelar o bloco superior em
contato com a Junta. A Figura 9 apresenta os resultados individuais de duas
resistências d~ b}oc?s (B 1 e_B2), quatro resistências de argamassas (Al, A2, A3
e A4) e as res1stenc1as das diferentes combinações de prismas.
219
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0-+""''í'" 'TJUf'~f ,U-,~~~~ l.l
81 B2 A1 A2. t,J M
BLOCO(B)-ARGMV\.SSA(A)
PRISMA
Figura 9 - Resultados de re istência dos blocos, argamassas e prismas obtidos por Mohamad (1998).

Romagna (2000) também avaliou o comportamento mecânico dos prismas de


bloco de concreto de dois furos à compressão, incluindo na pesquisa o
comportamento de prismas grauteados, como mostra a Figura 10. As fissuras
aconteceram, na maioria das vezes. na interseção entre as paredes transversais e
longitudinais. Aconteceram. também. fendilhamentos na parede do bloco (região
demarcada como "1" na Figura 10). As rupturas caracterizadas visualmente
demonstraram uma perda da capacidade resistente da argamassa em pontos
específicos, por onde se propagaram tensões laterais causadas pela sobreposição
das unidades. Foram verificadas fissura distribuídas na direção paralela ao
carregamento, no sentido do comprimento do bloco. Os prismas grauteados
apresentaram fissuras distribuídas na direção vertical provocados pela expan ão
do grau te de enchimento. Não foram verificadas quebras dos septos transversai
dos blocos, como mostra a Figura 11 .

. mas de blocos de concreto não-grauteados


Figum IO - ~lodo de ruprura dos pnsda ·sma da esquerda).
(a região I é mostra no pn
uptura grautea o RupbJra prisma grauteado
Fjgura 11 - Modo de ruptura dos prismas de blocos de concreto grauteados.
A Figura 12 apresenta os resultados individuais dos bloco~ (Bl, B2, B3),
argamassa (Al), grautes (O 1, 02, 03 e 04) e as diferentes combmações entres os
prismas não-grauteados e grauteados.

Elxx>Bl Gtu.ÉGI
30 Ebx, 82 GtmmG2
Elxx>ID Gttú:03
Alptml!Al Gnú:04
25

20

15

10

5 5

o
BJ B2 B3 Al G1 G2 G3 G4
Prisma
Blc.x:o (B)- ~ma.s<,a (A)- Oaue (G)
Figura 12 - Resultados de resistência do bloco, argamassa, graute e prismas grauteados e não-grauteados
(ROMAGNA, 2000).

Ensaios similares, porém com blocos de cerâmica, foram realizados por Kuerten
(1998). Prismas de três blocos vazados cerâmicos grauteados e não-grauteados
foram ensaiados à compressão. A relação área líquida pela bruta foi de 0,52. Os
prismas foram preenchidos com grautes de diferentes resistências à compressão. A
geometria e os modos de ruptura dos prismas grauteados e não-grauteados podem
ser visualizado na Figura 13. Pode-se observar, nos prismas não-grauteados, que o
início da trinca começa com o esmagamento da junta de argamassa, gerando
concentrações de tensões no bloco e o fendilhamento da superfície do bloco no
contato com a argamassa. O tipo de ruptura dos prismas não-grauteados foi brusco
para os ensaios com argamassa mais resistente (Al) e através de "descascamento"
do bloco para argamassa de resistência mais baixa (A3). Nos prismas grauteados,
houve uma separação de todas as paredes do bloco cerâmico provocado pelas
defonnações laterais de expansão do graute. A Figura 14 apresenta os resultados
Ru pu a prllma nl o, gr ul ad o Aus*n . . . . . . . .
Figura 13 - Modos de ruptura dos prismas de blocos de cerâmico
s grauteados e não-grauteados (KUERI'BN, 1998).
ro .- -. -- -- .- -r -- -- .- -~ -
1 1 T 1 1 1 1 T

~~ ..,_,.,.UI.Zl:3
50 .., _, 10 .1 :u s
r-... V
50
Qa laG 1
Qa laG Z

40
r-... V Qa laG l
40
......... V -

30 .
AI
AIID
AIGI AIG2
20 - A.l 3\ -
A3
A."402
A.'Cll
10 . -

o
Bloe<>Bl AI A3 Gl G2 G3
Bloco (B)- ~ - ( A ) - Gaim (~
Figura 14 - Resultados de resistência do bloco, argamassa, graute
e prismas grauteados e não-grauteados tKuc:rtcn, IQ<l8).

Também com unidades cerâmicas, Rizzati (2003) analisou


a influência da
geometria do bloco na resistência à compressão da alvenaria. O
autor e tudou quatro
tipos de geometria de bloco em escala reduzida 1:3 e dois traç
os de argamassas. A
Figura 15 mostra as dimensões e formas dos blocos ensaiado
s, juntamente com o
modo de ruptura dos p1ismas de três blocos obtidos experimen
talmente.
11DcoB

Bb:oD .,
a
~ 4

1"11 N• 21 N• 11.
w s::
:. :.

Figura J5 - Dimensõe, e ft nn~ , t- , ~T.:.. ' 3 cooi o modo de ruptura dos prismas de tijolos (b)
IZZ.-\TTl. - 1) .

A Figura 16 apre enta ot re:ultad : individuais dos diferentes blocos (A, B , C


e, D) , argamassas do tipo l: 1: e l :O_- :-i wroporção entre cimento:cal e areia em
volume) e as diferente" e mbina~ - : de resi tência dos prismas não-grauteados.

8)--.....---------
l)
Prima

~
@ ~ Trnçooonrgamam=lD.5:4

:j
3)
----fllll illll--fl lll-----1
l)

J)

A B e l) t> A B e D

Figura 16 - Dimensões e fonnm; dt · blt ~ ._ -n1mi ' ''.tn -., tltl l :) com o modo de ruptura dos prismas de tijolos
\Rl. .\TI._ .?).

Moham ad (2007) analisou ~l re L't n ia à compre ssão e eficiên cia dos


componentes de alvenarin, as~in1 d"n mim1d ": prismas de três blocos inteiros
(prisma (a)), prisn1as de dois bk '- ' intt iro" e uma junta vertical (prisma (b)) e
paredes com dimen ão d O, () n1 d' )n1prinl nt por 1 m de alturn (r rede (c)).
1
A Figura 17 apresenta os resultados • ·
alvenaria em função do tipo de CODlpOnen tencia do bloco,
resistência à compressão dos prismas do · 8 fi(a), (b~ e. (e)..Os resultados
dos prismas (b) e paredes (e). No entanto ~JJ 1Jl'8.tn Significativamente diferente
resistência para os prismas do tipo (b) e 'pared caram-se resultados se_melhantes de
casos, os prismas de dois blocos inteiros e uma j~~ ~ : conclwr que, nestes
em tennos de valores de resistência à compressão as v e rí:(b~ pode representar,
' caracte sticas da alvenaria.
r-----------

Pmma(a) Prinm(b) Parede (e)

Parede (e)

t - - - - - - -- ~ - - - - - - - - · •a Argamassa
Alvc:naria
• Blooo
Pmma(b)

Prisma(a)

o 5 10 15 20 25
Rcaiatcncia (Ml'1)

Figura 17 - Relação entre as resistências da alvenaria. argamassa e do bloco (MOHAMAD, 2007>.

A resistência à compressão e o modo de ruptura das unidades cerâmicas são


significativam ente diferentes quando comparados com os de concreto. Os
materiais cerâmicos possuem uma faixa de resistência à compressão maior,
um modo de ruptura mais frágil, fi ssura normalmente localizadas nos
encontros entre as paredes longitudinais e transversais do bloco e um fator
entre a re istência do componente e unidade (fator de eficiência) menor
ao concreto . O bloco de concreto pos ui uma faixa de resistência
me ruptura mais dúctil , uma fi suração di. tribuída e um fator de
eti _ r do que as unidades cerâmicas. Portanto. a avaliação do modo
de r res' stência à compres ão deve acontecer juntamente com a
da perda da capacidade resistente do conjunto bloco-
(fa forma de propagação das trincas, pois a ruptura está
om fenômenos internos inerentes à natureza quase do material.
te, o modo de ruptura é por indução de tensões de tração no bloco
eu:poresmagamentos dajunt a de assentamento, podendo, muitas vezes, ser a
QSociaçlo dos dois modos de ruptura. Essa afirmação trata a ruptura como
uma combin ação de efeitos consec utivos e depend entes. Por isso, é
nece sário, para os critérios de especificação de resistência das alvenarias, 0
conhecimento da resistência última do conjunto (componente) e do modo de
ruptura obtido nos experimentos.

32.2.6 Conclusão

Como pode ser observado, o estudo do "material alvenaria" para uso estrutural
está muito disseminado e, como conseqüência, o uso desse processo construtivo
é cada dia maior. O Brasil é um dos países em que mais pesquisas estão sendo
realizadas sobre o tema, e os resultados podem ser vistos nos prédios em alvenaria
estrutural de até 16 pavimentos (alvenaria não armada) e acima de 20 pavimentos
(alvenaria annada).
É muito importante entender o comportamento da parede como um todo e
jamais limitar a resistência da alvenaria à resistência da unidade. Fatores como
qualidade da mão-de-obra por meio do seu constante treinamento pode minimizar
os problemas de execução, de forma a evitar que a parede rompa por eventuais
excentricidades provocadas pelo desaprumo. Também, devem -se realizar estudos
entre os materiais (unidades, argamassas e grautes) de modo a adequar a
necessidade técnica e estética de cada empree ndimen to aos requisitos de
desemp enho do sistema construtivo. Cabe salientar que recente s pesquisas estão
sendo realizadas de modo a conhec er as interações entre os materia is e a estrutura
de maneir a a potencializar o uso da alvenaria estrutu ral como sistem a construtivo
alternativo ao concre to armado , propor cionan do segura nça, simplicidade e
econom ia.

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