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DIREIRO ADMINISTRATIVO I

CASO AULA 1

É correto afirmar que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais?


Discorra a respeito, identificando na Constituição de 1988 os artigos que refletem o
pensamento dos principais articuladores da Revolução Francesa de 1789.
R: Sim, não só das jurisprudências, como também da Constituição Federal e Leis
esparsas. Esclarecesse que a jurisprudência se consolida quando determinadas
situações passam a ser decididas reiteradamente no mesmo sentido, servindo assim
de orientação para futuras decisões.
Tratam-se dos artigos 2º e 3º da CRFB/88, que respectivamente tratam do estado
civil democrático de direito e a tripartição dos poderes, resultado da Teoria de
Montesquieu.

CASO AULA 2
O prefeito do município “P", conhecido como João do “P”, determinou que, em todas
as placas de inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu mandato na
localidade denominada “E”, fosse colocada a seguinte homenagem: “À minha querida
e amada comunidade “E”, um presente especial e exclusivo do João do “P”, o único
que sempre agiu em favor de nosso povo!”
O Ministério Público estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão. Na
qualidade de procurador do município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em
manter a situação. Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e por
que motivo.
R: O Princípio violado foi o da impessoalidade, uma vez que o prefeito não pode se
aproveitar das inaugurações de obras públicas para se promover pessoalmente.
Esclareça-se que a publicidade de tais obras deverá ter caráter meramente
informativo.

CASO AULA 3
José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da
Administração Pública direta do Estado de Roraima. Após a realização das provas, ele
foi aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de
documentos, exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o
prazo para a apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames
médicos e psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do
Estado de Roraima após 1 (um) ano da realização das provas; assim como foram
veiculados através do site da Internet da Administração Pública direta do Estado, tal
como previsto no respectivo edital do concurso.
Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima,
onde não circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de
Internet. Por tais razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de
documentos e dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação
quando resolve entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso.
Insatisfeito, José procura um advogado para ingressar com um Mandado de Segurança
contra a ausência de intimação específica e pessoal quando de sua aprovação e dos
prazos pertinentes à fase final do concurso. Na qualidade de advogado de José,
indique os argumentos jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial.
R: Partindo da premissa de que no ato da inscrição o candidato é obrigado a fornecer
endereço, telefone e e-mail, a jurisprudência tem sinalizado no sentido de que a
banca, no ato de convocação, deverá usar de meios efetivos nesta convocação.
Ademais, fala-se na violação do princípio da Razoabilidade, quando no prazo de
prorrogação o contato não é feito de forma pessoal e efetiva.

CASO AULA 4
O Prefeito de uma Cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro editou decreto
promovendo uma ampla reformulação administrativa, na qual foram previstas a
criação, a extinção e a fusão de órgãos da administração direta e de autarquias
municipais. Alegou o governo municipal que, além de atender ao interesse público, a
reformulação administrativa inseria-se na competência do Poder Executivo para, no
exercício do poder regulamentar, dispor sobre a estruturação, as atribuições e o
funcionamento da administração local. Em face dessa situação, responda, de forma
fundamentada, se é considerada legítima a iniciativa do chefe do Poder Executivo
municipal de, mediante decreto, promover as mudanças pretendidas
R: Não, conforme o artigo 48, X e XI da CRFB/88, cargos e órgãos só podem ser
criados através de Lei. Esclarecesse que, o artigo 84, VI da CRFB/88, que trata do
decreto autônomo dispõe que, através deste até seria possível promover a extinção
de cargos vagos.

CASO AULA 5
O Governador do Estado X, após a aprovação da Assembléia Legislativa, nomeou o
renomado cardiologista João das Neves, ex-presidente do Conselho Federal de
Medicina e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da Agência Reguladora
de Transportes Públicos Concedidos de seu Estado. Ocorre que, alguns meses depois
da nomeação, João das Neves e o Governador tiveram um grave desentendimento
acerca da conveniência e oportunidade da edição de determinada norma expedida
pela agência. Alegando a total perda de confiança no dirigente João das Neves e, após
o aval da Assembléia Legislativa, o governador exonerou-o do referido cargo.
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente
ao caso.

A) À luz do Poder Discricionário e do regime jurídico aplicável às Agências Reguladoras,


foi juridicamente correta a nomeação de João das Neves para ocupar o referido cargo?
R: Não, pois segundo o artigo 5º da Lei 9986/2000, para ocupar o referido cargo na
agência reguladora, seria necessária uma formação acadêmica e técnica pertinente
ao cargo ocupado.
B) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves, com aval da
Assembléia Legislativa, em razão da quebra de confiança?
R: Não, tendo em vista que o artigo 9º da Lei acima referida estabelece que a perda
do cargo, só poderá ocorrer em razão de sentença judicial transitada em julgado,
renúncia ou mediante processo administrativo.

CASO AULA 6
Os municípios “X”, “Y” e “Z”, necessitando estabelecer uma efetiva fiscalização
sanitária das atividades desenvolvidas por particulares em uma feira de produtos
agrícolas realizada na interseção territorial dos referidos entes, resolvem celebrar um
consórcio público, com a criação de uma associação pública. A referida associação, de
modo a atuar com eficiência no seu mister, resolve delegar à Empresa ABCD a
instalação e operação de sistema de câmeras e monitoramento da entrada e saída dos
produtos.
Diante da situação acima apresentada, responda aos itens a seguir.

A) Pode a associação pública aplicar multas e demais sanções pelo descumprimento


das normas sanitárias estabelecidas pelo referidos entes “X”, “Y” e “Z”?
R: Sim, tendo em vista que a associação pública criada para gerir o consorcio público
tem natureza jurídica de autarquia (artigo 41, IV do CC). De modo que sendo uma
pessoa jurídica de direito público, detém poder de polícia e pode perfeitamente
aplicar sanções.

B) É possível que a referida associação pública realize a delegação prevista para a


empresa ABCD?
R: Sim, pois trata-se de uma delegação de simples atos executórios, que não
necessitam de poder de polícia para serem praticados.

CASO AULA 7
Caio, Tício e Mévio são servidores públicos federais exemplares, concursados do
Ministério dos Transportes há quase dez anos. Certo dia, eles pediram a três colegas
de repartição que cobrissem suas ausências, uma vez que sairiam mais cedo do
expediente para assistir a uma apresentação de balé. No dia seguinte, eles foram
severamente repreendidos pelo superior imediato, o chefe da seção em que trabalhavam.
Nada obstante, nenhuma consequência adveio a Caio e Tício, ao passo que Mévio, que não
mantinha boa relação com seu chefe, foi demitido do serviço público, por meio de ato
administrativo que apresentou,como fundamentos, reiterada ausência injustificada do
servidor, incapacidade para o regular exercício de suas funções e o episódio da ida ao
balé. Seis meses após a decisão punitiva, Mévio o procura para, como advogado,
ingressar com medida judicial capaz de demonstrar que, em verdade, nunca faltou ao serviço e que
o ato de demissão foi injusto. Seu cliente lhe informou, ainda, que testemunhas podem comprovar
que o seu chefe o perseguia há tempos, que a obtenção da folha de frequência demonstrará que
nunca faltou ao serviço e que sua avaliação funcional sempre foi excelente.
Como advogado, considerando o uso de todas as provas mencionadas pelo cliente,
elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de seu cliente.
R: (Violação do princípio da razoabilidade e proporcionalidade)
No caso em apresso a peça adequada seria ação ordinária para fins de anular o ato
de demissão com pedido de reintegração ao cargo. Quanto aos fundamentos,
podemos alegar que houve um abuso de poder na modalidade DESVIO, ou seja, o
servidor até poderia ser punido conforme as sanções previstas em LEI, mas o seu
chefe acabou desviando na finalidade da punição para prejudicar seu desafeto, de
modo que o ato deixou de cumprir sua finalidade e tornou-se nulo.

CASO AULA 8

A Lei n. XX, de março de 2004, instituiu, para os servidores da autarquia federal ABCD,
o adicional de conhecimento e qualificação, um acréscimo remuneratório a ser pago
ao servidor que, comprovadamente, realizar curso de aperfeiçoamento profissional.
Com esse incentivo, diversos servidores passaram a se inscrever em cursos e
seminários e a ter deferido o pagamento do referido adicional, mediante apresentação
dos respectivos certificados. Sobre a hipótese, responda aos itens a seguir.

A) A Administração efetuou, desde janeiro de 2006, enquadramento equivocado dos


diplomas e certificados apresentados por seus servidores, pagando-lhes, por essa
razão, um valor superior ao que lhes seria efetivamente devido. Poderá a
Administração, em 2015, rever aqueles atos, reduzindo o valor do adicional pago aos
servidores?
R: Não, uma vez que decorrido o prazo de 5 anos, previsto no artigo %$ da Lei
9784/99, não haveria como rever os tais pagamentos feitos a maior.

B) Francisco da Silva, servidor da autarquia, vem percebendo, há seis anos o referido


adicional, com base em um curso que, deliberadamente, não concluiu (fato que passou
despercebido pela comissão de avaliação responsável, levada a erro por uma
declaração falsa assinada pelo servidor). A Administração, percebendo o erro, poderá
cobrar do servidor a devolução de todas as parcelas pagas de forma errada?
R: Considerando que o servidor usou de má-fé para passar a receber o adicional de
qualificação, seria possível com base na parte final do artigo 54 da Lei 9784/99
cobrar os valores pagos indevidamente.

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